Imigração e língua alemã no Sul do Brasil

Page 1


Imigração e língua alemã no Sul do Brasil

Serra dos Tapes

Língua, história e imigração

A Serra dos Tapes no Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, abriga parte da diversidade cultural e linguística brasileira. Sua paisagem inclui as línguas de imigrantes europeus, mas também as de herança de povos indígenas, grupos africanos e outros imigrantes que até hoje estão presentes ou passaram por esse espaço. Você é nossa(o) convidada(o) nessa viagem pelas paisagens da língua alemã.

Hunsriqueano

Iídiche

A presente exposição faz uma visita às principais variedades da língua alemã presentes na Serra dos Tapes. Nem sempre as fronteiras linguísticas respeitam as fronteiras nacionais. O que é alemão ou língua alemã? Quando a maioria dos imigrantes de língua alemã chegaram ao Brasil, havia diversas regiões de fala alemã. Imagine, por exemplo, que falantes de pomerano, hunsriqueano e iídiche trouxeram consigo uma bagagem linguística, religiosa, culinária e histórica própria. Desde o século XIX e XX, convivem com outras culturas. Por isso, a fala ou a memória das pessoas abriga não apenas histórias das línguas, mas línguas que passaram ou passam pelas suas vidas antes, durante e após a imigração. Vamos conhecer um pouco mais da Serra dos Tapes...

relatos: viajantes e imigrantes

Introdução

Você pode saber mais e consultar referências utilizadasem:

Nessa viagem pelas culturas e formas de língua alemã na Serra dos Tapes, vamos utilizar imagens, fotos, mapas, lápides de cemitérios, guias telefônicas, trechos de falas e relatos coletados em cooperação com as comunidades locais. Boa viagem, esperamos quem gostem!

Organização:

Docentes: Lucas Löff Machado, Bernardo Kolling Limberger, Luciane Leipnitz, Paulo Ricardo Borges

Estudantes: Barbara de Lima Sobral, Gabriela Cordeiro Cassiano, Marcele Mattos Afonso, Riam Fagundes de Ávila

Imigração e língua alemã no Sul do Brasil

Serra dos Tapes

Que língua é essa?

A língua alemã nasceu do contato de povos germânicos há milhares de anos. Com as migrações dentro da Europa, desenvolveram-se novas línguas germânicas que hoje conhecemos como línguas nacionais, como, por exemplo, o inglês, o holandês, e o próprio alemão. Por muito tempo, escrevia-se em latim e se falava o dialeto da sua região, geralmente uma forma de "Deutsch" (alemão). A partir do ano 1250, ocorreu uma combinação de dialetos do centro-sul da atual Alemanha, que foram utilizados para a escrita e se disseminaram como mais formais. Um dos exemplos desse uso mais formal foi a utilização dessa variedade linguística na tradução da Bíblia por Lutero em 1522. Atualmente, alemão é a língua oficial ou cooficial da Alemanha, Áustria, Bélgica, Suíça, Liechtenstein e Luxemburgo. Cerca de 130 milhões de pessoas ao redor do mundo falam alemão como língua materna e segunda língua. Além disso, existem, ao redor do mundo, uma série de línguas minoritárias com origem no alemão (acesse o QR-Code para saber mais).

Serra dos Tapes

Alemão padrão

Língua, história e cultura

1 2

Características da Língua

Nome da língua: “alemão”, “German”, “Deutsch”, “tedesco”... A língua alemã possui diversos nomes. Esse fato tem razões históricas. Muitas tribos habitavam a região que viria a ser a Alemanha, a leste do rio Reno. Em referência à tribo dos germani, com quem tiveram maior contato, os romanos chamaram a região de “Germania”. Os francos, de “Allemagne” (allemani). Os finlandeses e estonianos chamaram-na de “Saksa” ou “Saksamaa” (saxões). Os povos que lá viviam nomearam a área, simplesmente, de terra “do povo” (diutisc), o que originouo nome “Deutschland”, bem como “tedesco” (em italiano) e “tysk” nas línguas escandinavas.

A imigração alemã para o Brasil teve início em 1824, sendo o sul do país um dos principais destinos. A partir de 1858, os imigrantes passaram a ocupar a região da Serra dos Tapes. Por essa razão, o ensino de alemão se faz presente na Serra dos Tapes. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) oferece, desde 2009, o curso de Letras - Português e Alemão. Algumas escolas da região costumavam ter aulas de alemão como parte do currículo. É o caso do Colégio Alfredo Simon e da E.M.E.F. Martinho Lutero, em São Lourenço do Sul (que, hoje, conta com aulas de pomerano). Outras, como a E.M.E.F. Dona Maria Joaquina (1º - 9º ano), em Pelotas, e a E.M.E.F. Francisco Frömming (6º ao 9º ano), em São Lourenço do Sul ainda têm aulas de língua alemã em sua grade curricular.

Paisagem Linguística

3

4 5

Caminho Pomerano: Museu Memórias und Andenken. O museu guarda as memórias e artefatos da família Zielke, recontando sua migração da antiga Prússia/Pomerânia até o Brasil. As visitas são guiadas em português e/ou alemão.

Autoria: Gabriela Cordeiro Cassiano

Influência do latim: De acordo com o dicionário Duden, a língua alemã possui entre 300.000 e 500.000 palavras. Destas, cerca de 25.000 têm origem latina. Alguns exemplos são: Wein (vinho, do latim “vinum”) e Schule (escola, do latim “schola”).

Três gêneros: Existem três gêneros para os substantivos em alemão: masculino, feminino e neutro. Por exemplo: der Mond (lua), die Sonne (sol) e das Feuer (fogo).

Escrita: O alemão é a única língua do mundo que usa o caractere ẞ na escrita. O nome dessa letra é “esszett” e tem o som de ss. Por exemplo: Fuß (pé).

Como soa essa língua?

Comparação com as línguas do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas e com línguas minoritárias de origem alemã:

*pt.: português/es.: espanhol/fr.: francês/en.: inglês/hr.: hunsriqueano/po.: pomerano/ de.: alemão

Lápide com inscrições em alemão no Cemitério Harmonia - traços da imigração alemã para o Rio Grande do Sul (São Lourenço do Sul, RS, 2024)

Para saber mais

Imigração e língua alemã no Sul do Brasil

Serra dos Tapes

Hunsriqueano

Hunsrück(isch), Hunsrick, Deitsch/Deutsch

Que língua é essa?

Língua formada pelos dialetos trazidos por imigrantes, principalmente a partir de 1824. Grande parte deles veio da região do Hunsrück, no oeste da Alemanha. O hunsriqueano possui maior semelhança com o alemão padrão em comparação ao pomerano (exemplos no quadro ao lado).

Diferentemente dos dialetos da Alemanha, a língua pode ser caracterizada no Brasil como um arquipélago linguístico, ao invés de configurar ilhas isoladas, pois é falada em várias regiões do Brasil, na Argentina e no Paraguai.

Características da língua

Nome da língua: provém da região Hunsrück, acrescentado do sufixo alemão -isch para línguas. Essa nomenclatura é mais usada na Dialetologia, mas tem sido cada vez mais conhecida pelos falantes. Outros nomes são: hunsriqueano, Hunsrickisch, Hunsrück/Hunsrik, Hunsrücker Platt, Hunsbucklisch, Deitsch/Deutsch Vocábulos: em contato com o português, o hunsriqueano possui diversos empréstimos e neologismos (palavras criadas pelos falantes). Por exemplo, namorieren (namorar), Milje (milho), Teekui (cuia). Além disso, possui arcaísmos, porque a língua chegou há 200 anos no Brasil, como, por exemplo, Fixfeier (fósforo), Verlangen (saudade). Devido à proximidade do Hunsrück com a França, também encontramos palavras como, por exemplo, retour (voltar) e choffeur (motorista). Há inúmeros cognatos com o alemão padrão: por exemplo, Tisch (mesa), Hund (cachorro), Katz (gato) e Schul (escola). Escrita: a língua minoritária é principalmente falada e não dispõe de uma prática de escrita uniforme e amplamente utilizada; no entanto, há uma proposta baseada nas normas do alemão padrão (grupo ESCRITHU coordenado pelo professor Cléo Altenhofen, UFRGS). Quantidade de falantes: estima-se que o hunsriqueano seja a língua de referência de mais de um milhão de brasileiros.

Como soa essa língua?

Na Serra dos Tapes

Alguns hunsriqueanos se assentaram em São Lourenço do Sul (em torno de 9% dos imigrantes que vieram para a cidade). É a colônia mais antiga da Serra dos Tapes. A língua é falada em Boa Vista e São João da Reserva. O próprio fundador Rheingantz era de uma região hunsriqueana, próxima ao rio Reno. Alguns sobrenomes que encontramos por aqui são: Bender, Bosenbecker, Franz, Hammes, Kirst, Rockenbach, Schneider e Schwartz.

Estabelecimento em São Lourenço do Sul

Autoria: Bernardo Kolling Limberger

Para saber mais Origem do nome Rockenbach: povoado (Francônia, Alemanha). a) Nomedeprofissãoparaagricultorde centeio ou padeiro (Roggen); b) alfaiate ou usuário de uma túnica, casaco(Rock)chamativo.

Serra dos Tapes

Imigração e língua alemã no Sul do Brasil Pomerano

Düütsch, Platdüütsch, Pomerisch

O pomerano é uma língua germânica, originária do antigo baixo-alemão ou antigo baixo-saxão. Falada predominantemente no Brasil, a língua veio da Pomerânia, antiga província pertencente, na época, à Prússia, cujo território se divide atualmente entre o nordeste da Alemanha e o norte da Polônia. Que língua é essa?

Características da língua

Denominação: Düütsch ou platdüütsch, como é denominada pelos falantes, vem da palavra “diutisc”, que significa “do povo”. Seu uso teve início por volta do séc. VIII para designar a língua falada pelas tribos germânicas. Na segunda denominação, "plat" significa "plano", fazendo alusão à geografia no norte da Alemanha, onde as terras são mais planas. Vocabulário e gramática: Próximo do inglês e das línguas escandinavas. Sofreu influência das línguas lequíticas (línguas eslavas ocidentais), outrora faladas no território. Sua estrutura é semelhante ao alemãopadrão.

Escrita: Alfabeto latino (com alguns caracteres especiais).

Uso: Predominantemente no âmbito familiar e social das comunidades. Hoje, há cerca de 300 mil descendentes de pomeranos no Brasil (a maioria nos estados do ES, RS, RO, SC, MG e PR).

Escolas Mercados

O Hortifrutigranjeiro Rudi Bonow está localizado na R. Gen. Telles no centro de Pelotas. O nome de origem pomerana remete ao seu fundador (o comércio existe desde 1961). O foneow, ou apenas -w, é uma dica para saber se um sobrenome é pomerano. Não há regra, mas sobrenomes com terminação -ow, -off, -ke, entre outros, sãotipicamentepomeranos.

Como soa essa língua?

Pomerano na Serra dos Tapes

No RS, onde realizamos as nossas pesquisas, especificamente na Serra dos Tapes, a colonização pomerana iniciou em 1858 (Salamoni et al., 2021). É exatamente nessa região que se tem a presença mais expressiva de falantes de pomerano no RS (Morello; Silveira, 2022), distribuídos principalmente nas zonas rurais de Arroio do Padre, Canguçu, Morro Redondo, Pelotas, São Lourenço do Sul e Turuçu, cidades localizadas no sul do estado.

Paisagem Linguística

Era muito comum, antigamente, escrever em alemão padrão nas lápides, assim como na bíblia, hinários e demais livros, pois era a língua da “escrita” na Alemanha. Outra curiosidade é que normalmente, na família descendente de pomeranos, os filhos ganhavam os nomes de seus três padrinhos, por isso era comum ter três nomes próprios.

A escola localizada no bairro Três Vendas. ilustra a relação do bairro com a imigração. O nome homenageia o ex-prefeito Adolfo BohnsFetterdeorigemhunsriqueana que construiu 50 escolas em seu mandato (1956-1959). A escola tem comoapelidocarinhoso“Adolfão”.

Autoria: Riam Fagundes, Luciane Leipnitz

Nocentro,encontramosvárias óticas administradas por descendentes de pomeranos. Seu nome remete ao alemão Brille ‘óculos’. Esse nome demonstra o uso da língua falada também na identificaçãolocal

Griep é o sobrenome da família, que significa grifo. A palavra Greif em alemão corresponde a um ser mitológico, símbolo da Pomerânia, muitas vezes usadonosbrasões.

Para saber mais

Serra dos Tapes

Imigração e língua alemã no Sul do Brasil Iídiche

Língua, história e cultura

Que língua é essa?

O iídiche é uma língua germânica com grande influência de outras línguas faladas especialmente por judeus. Após deixar sua terra natal, os judeus passaram a usar as línguas dos novos territórios. Assim, surgiram (século XIII e XIV) o iídiche (Alemanha), ladino (Espanha) e persa judaico (Persia).

Características da língua

Nome da língua: o termo “iídiche” vem de jidisch (que significa judeu), os falantes mesmos porém utilizavam “daitsch” ou “jidisch” para se referir à língua.

Vocabulário: 70 e 75% alemão, inclusive a estrutura frasal. Restante: hebraico-aramaico, eslavo (polonês, russo) e românico (francês, italiano).

Escrita: alfabeto hebraico (leitura da direita para a esquerda).

Uso: hebraico na religião e língua local ou íidiche nos outros domínios. Hoje, apenas cerca de 3 milhões de pessoas no mundo falam iídiche (maioria: Estanos Unidos, Israel e países da antiga União Soviética).

Hospital Miguel Piltcher = variante alemã que remonta ao russo Pilzcyk (profissão ou ao moinho de serrar) ou Pilcza (aldeia junto a Dobrowo, na Galícia, hoje entre Polônia e Ucrânia).

Como soa essa língua?

Comparação

Iídiche em Pelotas

Canção popular

iídiche - alemão - português

eins und zwei und dray und fir kleine kinder zainem mir fennef sechs sieben acht zait ze schlufen a gite nacht

eins und zwei und drei und vier kleine Kinder sind wir fünf, sechs, sieben, acht Zeit zu schlafen eine gute Nacht um, dois, três, quatro pequenas crianças nós somos cinco, seis, sete, oito hora de dormir boa noite

coletada em entrevista em Pelotas

Imigração de cerca de 100 famílias judias.

Hoje, encontramos apenas uma falante de iídiche que carrega consigo o conhecimento de gerações. Seus pais vieram da Galícia, (região entre Polônia e Ucrânia).

Em 1928, o Colégio Israelita Pelotense incluía o ensino do Iídiche em seu currículo.

O Iídiche era utilizado em apresentações teatrais na comunidade judaica local.

Antigamente, a avenida General Osório, no centro de Pelotas, era conhecida por inúmeras lojas e estabelecimentos de famílias judias (móveis, tecidos, lavanderias, envio de mensagens, entre outros).

Paisagem linguística

Placa em homenagem ao médico e cientista André Dreyfus. Apesar da semelhança com drei (três) e fus (pé), a origem mais provável é no nome das cidades Troyes (França), Trier (Alemanha) ou Treviso (Itália).

Unidade Básica de Saúde Isaias Lokschin = nome de família de judeus asquenazes com provável origem em Lok, no alemão medieval loc “trança de cabelo, juba”.

Frida Galanternick: sobrenome com origem em Galant “galã”. Cemitério israelita aos fundos do cemitério alemão e ecumênico São Francisco de Paula, Fragata, Pelotas.

para saber mais

Autoria: Marcele Mattos Afonso, Lucas Löff Machado

Imigração e língua alemã no Sul do Brasil

Relatos de Viajantes ao Rio Grande do Sul

Serra dos Tapes

Relatos de viagem

Os relatos de viagem podem servir como fontes documentais da história de um lugar. Através deles, temos a chance de conhecer sobre características da cultura e tradições das comunidades de imigrantes falantes da língua alemã no Rio Grande do Sul, no século XIX. Nos relatos selecionados, encontramos impressões e descrições sobre as línguas faladas nas regiões das colônias de imigração alemã. Essas línguas são variedades do alemão falado em diferentes regiões da atual Alemanha e, por isso, em referência à língua alemã, são classificadas como “dialetos”.

Passo Fundo

Durante alguns anos não havia escolas públicas. Os professores particulares não conseguiam atender às 200 crianças em idade escolar e sofriam com a predominância da verbalização alemã. Pela dificuldade da linguagem, os professores viam seu trabalho perdido e não se aguentavam por muito tempo. Sempre lamentei que não conseguissem um professor alemão competente, que saiba lecionar o português, para que a aplicação e a energia dessa crescente geração não se perca. (BESCHOREN, 1874, p. 35)

Dois Irmãos

São Leopoldo

Deutschtum e imigração

Porto Alegre

São Lourenço

São Leopoldo

Em resumo, quando se pisa a colônia de S. Leopoldo, acredita-se antes estar numa província do sul da Alemanha do que neste país, alhures tão incivilizado e inculto. A colônia já conta com mais 8.000 habitantes todos alemães, a maior parte dos quais pelo seu dialeto tão pronunciado se revela como naturais da chamada Suábia do Mosel. Além desses achavam-se muitos meclemburgueses e alguns hanoveranos (SEIDLER, 1835, p. 111112)

Porto Alegre

Ali em toda a parte se vê gente de raça loura perambulando. A cada momento se vê um alemão transitando, a cada momento se vê um nome alemão sobre as portas das casas e se houve falar rude da língua do Holstein e do dialeto pomerânio até o bávaro renano. Deve haver em Porto Alegre uns três mil alemães ao passo que toda cidade não tem mais de 20.000 habitantes.” (AVÉ-LALLEMANT, 1858, p. 146 - 147)

Dois Irmãos

Eu me lembro, ter falado com um jovem que por sua língua seus antepassados teriam que ter emigrado da região da Renânia. Não, seus pais eram pomeranos, foi a resposta, e na família ainda era falado Platt, no restante, contudo, ele mesmo falava Hochdeutsch. (LACMANN, 1906, p. 159).

Deutschtum é um conceito que aparece frequentemente nos relatos e pode ser traduzido como “germanidade”. Ele se refere à busca pela manutenção da identidade através da língua, da religião, de relações econômicas, de características sociais e familiares de grupos étnicos alemães em países estrangeiros. Falar alemão no Brasil ainda hoje é um hábito presente nas regiões de imigração no Rio Grande do Sul e outros estados do Brasil. Nos registros aqui apresentados, os viajantes relacionam a presença da língua e da cultura na paisagem local com características da terra de origem e procuram reforçar laços políticos, religiosos e econômicos entre Alemanha e o Brasil.

Pelotas e São Lourenço

O Collegio Allemão de Pelotas, fundado em 1898, acolheu a comunidade teuto-brasilera na região urbana de Pelotas até o seu fim, em 1942. No colégio, a língua alemã era utilizada nas aulas, considerando o repertório linguístico dos alunos, que em maioria, falavam a língua alemã em casa. Abaixo, um registro da nacionalidade, língua, religião dos alunos no ano de 1923 (acesse o QR-Code para a tradução).

RELATÓRIO ESCOLAR DO COLLEGIO ALLEMÃO DE PELOTAS, 1923, p. 16

Para saber mais:
Autoria: Paulo Ricardo Silveira Borges, Barbara de Lima Sobral
Passo Fundo
Pelotas

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
Imigração e língua alemã no Sul do Brasil by deutsch_ufpel - Issuu