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“Boa Governação Mudar ou ser mudado” Por: João Paulo Almeida, Diretor Geral do Comité Olímpico de Portugal
A
evolução do fenómeno desportivo nas últimas décadas, comprovada em inúmeros indicadores e dimensões de análise, transformou-o num fenómeno global com um relevante impacto económico, social, cultural e político, atraindo o interesse de diversos sectores empresariais e movimentando um crescente número de recursos e meios associados ao desporto. Este processo de transformação nem sempre contribuiu para a criação de valor para o Movimento Olímpico e Desportivo. Pelo contrário, a associação a outros sectores em inúmeras ocasiões trouxe mais dividendos para o exterior, do que aqueles que o desporto teve capacidade de reter para se
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valorizar como um instrumento de inegável importância na prossecução do bem comum, e de princípios fundamentais do desenvolvimento humano, como a paz, o combate à discriminação, a saúde, a educação, a inclusão social, o ambiente ou o desenvolvimento sustentável. O futuro do Movimento Olímpico passa pela capacidade em reverter esta tendência e robustecê-lo com os instrumentos eficazes para concretizar a sua missão, de acordo com os seis princípios fundamentais inscritos no texto da Carta Olímpica, cuja importância foi recentemente reconhecida pela Nações Unidas no quadro da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.