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A R E V I S TA D O C O M I T É O L Í M P I C O D E P O R T U G A L

N.º 133, Agosto de 2012 Publicação mensal

PORTUGAL DE PRATA EMANUEL SILVA E FERNANDO PIMENTA

Os novos símbolos do olimpismo nacional ao conquistarem a medalha de prata na prova de K2 1.000m.

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Sumário 10 6

DESTAQUE

FRANCISCO LÁZARO

Uma homenagem ao atleta português que faleceu durante os Jogos Olímpicos de 1912 a correr a “Prova Rainha” das Olímpiadas da Era Moderna: a Maratona. Chamava-se Francisco Lázaro e tinha 24 anos.

TEMA DE CAPA A FESTA DO DESPORTO

Durante pouco mais de duas semanas, Londres viveu pela terceira vez as emoções daquele que é o evento mais mediático do desporto mundial.

Ficha Técnica Propriedade e Edição Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 LisboaTel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67 Director José Vicente Moura Director Executivo João Malha Textos Cunha Vaz & Associados Fotos Fernando Piçarra, Getty Images Projecto Gráfico e Paginação Cunha Vaz & Associados Impressão Sig, Sociedade IndustrialGráfica, Lda. Rua Pêro Escobar, 21, 2680-574 Camarate Lisboa Tiragem 2.500 exemplares Periodicidade Mensal Numero de Registo ICS 102203 Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita

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Editorial

JOSÉ VICENTE MOURA Presidente do Comité Olímpico de Portugal

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LONDRES 2012

SERÁ, TALVEZ, PREMATURO ANALISAR a recente participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Londres, pelo menos até estarmos na posse do Relatório do Chefe de Missão que constituirá o documento primordial de avaliação. Contudo é possível, desde já, tecer algumas considerações a propósito da nossa presença na capital britânica. A primeira conclusão que poderemos tirar do conjunto de resultados obtidos é que a participação esteve ao nível das anteriores participações olímpicas portuguesas. Logo, o Projecto Olímpico financiado pelo Estado e gerido pelo Comité Olímpico de Portugal, pelo menos nos actuais moldes, não diminuiu significativamente a distância que nos separa desportivamente da Europa. Confirmaram-se assim, o que não era difícil, as previsões públicas e privadas que fui fazendo no último ano. Poderia ter sido melhor? Sem dúvida, especial-

participação portuguesa aos Jogos Olímpicos de Londres esteve ao nível das anteriores participações olímpicas.

mente se alguns dos nossos melhores atletas não primassem pela ausência, devido a lesão ou doença. Tal facto não deverá afastar-nos da conclusão que se impõe. O sistema desportivo português actual não corresponde à necessária evolução do desporto do País. A Missão a Londres apenas conseguiu qualificar 13 das 28 modalidades constantes no calendário olímpico. Menos que 50% dos desportos presentes. Nenhuma modalidade colectiva portuguesa se qualificou para os Jogos. A nossa Missão, no seu conjunto, não ultrapassava 0,8% do conjunto dos atletas presentes na capital britânica. Os atletas portugueses participaram em menos

de 10% das competições olímpicas. Logo estávamos fora da possibilidade de alcançarmos lugares de pódio ou diplomas, em 90% dos casos. A Canoagem com as suas quatro finais e a medalha de prata no K2 Masculino, as inesquecíveis participações da dupla do Remo, da equipa masculina do Ténis de Mesa, do Equestre, do Tiro ou dos 3.000m obstáculos femininos, entre outros, compensaram, em grande parte, o apoio do IPDJ e o trabalho do COP, Federações e de tantos: treinadores, médicos, administrativos, etc., que anonimamente se empenharam em garantir uma presença honrosa nos Jogos de Londres. Para todos, sem excepção, e em especial para todos os elementos que chefiaram e integraram a Missão aos Jogos Olímpicos de Londres 2012, a gratidão do Presidente e por meu intermédio do Movimento Olímpico em Portugal.

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Destaque

HOMENAGEM

MORTE DE FRANCISCO LÁZARO O falecimento de Francisco Lázaro no decorrer dos Jogos Olímpicos de 1912 deixou uma mensagem às gerações futuras: desporto e espírito olímpico não se coadunam com improvisação, inexperiência, ignorância e ambição desmedida.

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ra português o primeiro atleta que morreu a correr a “Prova Rainha” das Olimpíadas da Era Moderna. Chamava-se Francisco Lázaro, tinha 24 anos, era corredor de fundo pelo Sport Lisboa e Benfica, não sabia ler nem escrever. Tinha como profissão ser carpinteiro de carroçarias e treinava no caminho de casa para o trabalho, entre o bairro de Benfica e a Travessa dos Fiéis de Deus, no Bairro Alto, fazendo corridas com os eléctricos públicos. Homem simples, passou a viagem toda rumo Estocolmo, a cidade anfitriã dos Jogos em 1912, a queixar-se que o laço do ‘smoking’ o matava. Mas o seu assassino foi o extremo calor no dia em que, sem preparação e pro-

tecção, ao quilómetro 30, caiu inanimado durante a prova da Maratona. Cem anos depois, o Comité Olímpico de Portugal (COP) relembrou o malogrado atleta. A cidade de Estocolmo, na Suécia, também não o esqueceu e agora uma placa comemorativa em bronze foi descerrada em sua homenagem. No centenário da morte de Francisco Lázaro, coube ao comandante José Vicente Moura, presidente do COP, reconstituir os factos, procurando o máximo rigor histórico. “São cem anos que medeiam desde a primeira participação portuguesa nos Jogos Olímpicos, em Estocolmo. Os mesmos em que o atleta Francisco Lázaro desfaleceu às 13h do dia 14 de Julho ao quilómetro 30 da Maratona. Não reagiu

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// Foi com grande solenidade que os presentes escutaram o Coro Orfeonista dos Antigos Alunos da Universidade de Coimbra a cantar a versão portuguesa do Hino Olímpico. Nem só de ouro se escreve agora a epopeia olímpica nacional: todos os atletas medalhados ao longo do último século estão imortalizados na parede da Fama Olímpica, na sede do Comité Olímpico Português

aos tratamentos e morreu às 6h de dia 15 no hospital. Até há poucos dias tinha uma imagem formal de Francisco Lázaro. Mudei-a à medida que fui apreendendo o que me diziam as provas”, confessou o responsável pelo comité português, descrevendo alguns passos da centenária missão nacional. Há ainda factos indesmentíveis registados nos anais da história de Portugal. Em 1912, dois anos após a implantação da República, o novo regime encontrou Portugal a atravessar uma grave crise política, económica e social: greves, paralisações e bancarrota era o cenário vigente. Para garantir a participação dos nossos atletas nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, realizou-se um sarau de ginástica no Coliseu dos Recreios com vista à

recolha de fundos para que Portugal pudesse enviar um mínimo de seis atletas. A colecta não chegou. Mas também não foi feita uma subscrição nacional oficial para os financiar. Condições indignas para competir Com todas as atribulações, primeiro financeiras e depois meteorológicas, os seis atletas conseguiram chegar a Estocolmo, a bordo do paquete Austin, no dia 2 de Julho de 1912. Foram recebidos pelo embaixador António Feijó, pai do poeta homónimo português. Ficaram instalados numa escola,

em instalações inimagináveis para qualquer atleta. Francisco Lázaro foi o porta-estandarte com uma bandeira de Portugal cedida pelo artista Columbano Bordalo Pinheiro. Foram todos inspeccionados. O estado de saúde de Francisco Lázaro foi inspeccionado e obteve nota de “bom”. Muitos atletas foram desqualificados. Os seis desportistas portugueses mal tiveram tempo de treinar e mal tiveram oportunidade de se adaptarem às condições climáticas encontradas na Suécia. No dia 14 de Julho de 1912, um domingo, sabe-se pelos relatos dos colegas que Francisco Lázaro almoçou às 10h. O atleta estava confiante. Ocupou uma das últimas posições na linha de partida da prova da Maratona. Dos 91 concorrentes, só partiram 68, de 17 países. Ao todo desistiram 45 atletas porque estavam 34 graus à sombra. A partida foi às 11h. Lázaro tinha o número 518 na camisola e era um dos dois únicos atletas que competia sem usar uma protecção na cabeça contra o sol, relatou então Fernando Correia, o esgrimista e chefe da comitiva. Na fotografia oficial, havia nove dos 68 atletas que posam sem o chapéu na cabeça. Lázaro era um deles. Ao quilómetro 25, quando seguia na 18.ª posição, disse aos colegas que estava bem, apenas com sede e bebeu água sofregamente. Nos cinco quilómetros seguintes caiu várias vezes e levantou-se sempre. Ao quilómetro 30 caiu, levantou-se e voltou a cair de imediato até ficar totalmente desfalecido na estrada. No hospital diagnosticaram-lhe uma meningite provocada pelo sol. Um médico pôs-lhe gelo na cabeça. À meia-noite, no hospital, deram-lhe uma injecção de água salgada enquanto ele delirava e agitava os braços na cama julgando estar ainda em plena prova. O embaixador António Feijó permaneceu junto ao leito até ao último suspiro do atleta. A causa da morte declarada foi insolação provocada por desidratação. A 20 de Julho de 1912, em Lisboa, uma multidão triste de 24 mil pessoas prestou homenagem a Francisco Lázaro no dia do seu enterro. O barão Pierre de Coubertin, o pai dos Jogos da Era Moderna, enviou condolências à família do atleta português. “Como foi possível ter acontecido isto? O dispositivo da comissão organizadora Agosto 2012 . Olimpo . 7

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Destaque

FAMILIARES E AMIGOS PRESERVAM A MEMÓRIA DO MARATONISTA

não escapou à sua responsabilidade. Houve improvisação, inexperiência, ignorância, ambição desmedida e o que aconteceu foi uma tragédia. Durante as décadas seguintes as comissões olímpicas passaram a ser organizadas pelas federações, sempre seguindo a máxima de que mais importante do que ganhar é participar”, salientou José Vicente Moura, no final da sua intervenção. Nesta homenagem estiveram presentes representantes das três federações que participaram nos Jogos de Estocolmo em 1912 (Atletismo, Esgrima e Lutas Amadoras) que foram agraciados com lembranças pelo Presidente do Comité Olímpico de Portugal. Seguiu-se a colocação de um ramo de flores junto à escultura evocativa da 1ª participação nos Jogos Olímpicos e foi descerrada a Fama Olímpica na sede do Comité, que passou a incluir todos os medalhados olímpicos portugueses, dado que até à data apenas figuravam as medalhas de ouro. Estiveram presentes familiares dos medalhados Mário Quina, José Gentil Quina, Duarte Bello, Fernando Bello, Fernando Paes, Francisco Valadas, bem como os ex-atletas medalhados Francis Obikwelu e Nuno Delgado. O evento contou com a actuação do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, que entoaram o Hino Olímpico numa versão em Português.

// Francisco Lázaro

LAURINDA LEITÃO é médica e uma das familiares de Francisco Lázaro, primo-direito do seu bisavô. Ela é uma das mais empenhadas divulgadoras dos feitos do maratonista que morreu jovem, num tempo em que o desporto tinha tanto de amadorismo como de espírito sacrificial de missão. No final das homenagens na sede do COP, Laurinda Leitão explicou à Olimpo como um grupo de amantes de atletismo e fãs do malogrado maratonista tem lutado para manter vivo o exemplo de sacrifício do seu familiar: “No centenário da morte de Francisco Lázaro, os suecos quiseram, além de uma corrida réplica com o percurso da maratona de 1912, descerrar uma placa em acrílico na porta do Estádio Olímpico. Só que nós achámos que não era digno e quisemos homenagear o Francisco Lázaro com uma placa de bronze esculpida por um escultor português que foi então descerrada na porta sul do Estádio Olímpico de Estocolmo”. Além de todos os factos destacados por Vicente Moura, aquando da sua intervenção, Laurinda Leitão avançou ainda saber um pormenor curioso ocorrido com António Feijó, o à data embaixador português na Suécia, o diplomata que acompanhou Lázaro até à hora da morte. “Quando foi para casa dormir, nesse dia de manhã cedo bateram-lhe à porta, apareceu em pijama e robe e era o príncipe da Suécia a dar-lhe os sentimentos. Agradeceu em nome de Portugal e da família do atleta e, por ser um momento de pesar e consternação, o herdeiro da coroa sueca nem se importou com a indumentária do diplomata”, contou a familiar do maratonista.

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Tema de Capa

// A comitiva portuguesa na Cerim贸nia de Abertura dos Jogos Ol铆mpicos de Londres

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JOGOS OLÍMPICOS 2012

A FESTA DO DESPORTO Londres foi a capital mundial do desporto durante pouco mais de duas semanas ao acolher os Jogos Olímpicos 2012. A Missão Olímpica de Portugal conseguiu a sua melhor participação de sempre em termos de finalistas e semifinalistas.

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urante pouco mais de duas semanas, a cosmopolita Londres viveu pela terceira vez as emoções daquele que é o evento mais puro da celebração dos valores do desporto. Foram 17 dias de festa, de competição, de vibração, de uma mistura de sentimentos e culturas como poucos eventos mundiais conseguem proporcionar. Sensações que cedo vieram ao de cima na Cerimónia de Abertura, repleta de cor, luz, música, dança e um espectáculo conceptual inesquecível, da autoria do conhecido realizador britânico Danny Boyle. Muito se temeu antes dos Jogos Olímpicos que os Londrinos fugissem da cidade e virassem costas ao maior evento multidesportivo do mundo. Nada disso se confirmou. Foi uma cidade vibrante e preparada que acolheu os Jogos Olímpicos 2012. E se algum ponto merece destaque, sem dúvida que a afluência do público é o mais importante. Estádios, pavilhões, arenas e muitas outras infra-estruturas desportivas estiveram completamente cheias do início ao fim de cada competição, numa atmosfe-

ra única, que confirmou aquilo que todos conhecemos dos ambientes britânicos em eventos desportivos: fervilhantes. Realce ainda para os milhares de voluntários que foram fundamentais para o sucesso da trigésima edição dos Jogos Olímpicos de Verão da Era Moderna. Sempre disponíveis e solícitos, os voluntários foram a peça chave para que atletas, oficiais e espectadores tivessem toda a orientação e acompanhamento, tendo tido direito à devida homenagem na cerimónia de encerramento, num espectáculo que assinalou os momentos mais marcantes dos Jogos, pautado por muita música britânica que ecoou por todo o Estádio Olímpico e que fez levantar os espectadores das suas cadeiras. Em termos desportivos, os Estados Unidos da América recuperaram a supremacia das medalhas, superando a China (que havia vencido há quatro anos em Pequim) e o país anfitrião, a Grã-Bretanha, cujo forte investimento feito se traduziu numa participação repleta de vitórias. Em Londres, fez-se história nas piscinas do Centro Aquático, com o norte-americano Michael

Phelps a tornar-se no atleta mais medalhado da história dos Jogos Olímpicos, totalizando agora 22 medalhas, das quais 18 de ouro. A Missão Olímpica de Portugal conseguiu o seu segundo maior número de diplomas de sempre, num total de nove, apenas superado por Atenas 2004, onde se alcançaram dez diplomas. Contudo, foi a melhor participação de sempre de Portugal em termos de finalistas e semifinalistas, com cerca de um terço (29) dos atletas a conseguir ficar entre os 16 melhores do mundo, o que é um feito relevante para o desporto nacional. Em termos de medalhas, Emanuel Silva e Fernando Pimenta asseguraram uma medalha de prata para Portugal, na Canoagem, na prova de K2 1000m, tendo ficado a cinco centésimos do ouro. Mas nem só de medalhas viveu a participação nacional, sendo de referir que modalidades como o Badminton, a Canoagem, o Equestre, a Ginástica, o Remo, o Ténis de Mesa e o Tiro tiveram em Londres a sua melhor participação de sempre em Jogos Olímpicos. Agosto 2012 . Olimpo . 11

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Tema de Capa

Atletismo NAQUELA QUE é uma das modalidades mais emblemáticas dos Jogos, e onde Portugal conquistou as quatro medalhas de ouro da sua história, a participação nacional teve como ponto alto o diploma de Jéssica Augusto na Maratona Feminina. Recheada de jovens valores, que prometem outros sonhos para o Rio 2016, e com algumas baixas de peso, como do Campeão Olímpico Nélson Évora, ou de Naide Gomes e Francis Obikwelu, a comitiva nacional conseguiu ainda assim colocar nove dos 24 atletas nos 16 melhores do mundo nas provas em que competiram: Ana Cabecinha, Inês Henriques e João Vieira na Marcha, Marisa Barros na Maratona, Marco Fortes no Lançamento do Peso, Patrícia Mamona no Triplo Salto, Sara Moreira nos 10.000m e Clarisse Cruz nos 3.000m Obstáculos. Foi precisamente a atleta de Ovar a protagonizar um dos momentos heróicos destes Jogos, ao cair perto do final da meia-final quando liderava a sua prova, mas mesmo assim logrando o apuramento, numa recuperação histórica. Momentos marcantes foram também o sofrimento de Ana Dulce Félix e de Vera Santos, no final das provas da Maratona e dos 20km Marcha, respectivamente, ou o recorde nacional que Vera Barbosa bateu nos 400m barreiras que a colocou nas meias-finais da competição.

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Tema de Capa

Badminton

Ciclismo

TELMA SANTOS fez história em Londres ao ser a primeira portuguesa a conseguir vencer um jogo nos Jogos Olímpicos nesta modalidade. Até à data, Portugal nunca lograra vencer um set, mas a atleta de Peniche não se deixou abater pela estatística e inscreveu o seu nome na história da modalidade no nosso país. Apesar da vitória no jogo inicial, frente a uma adversária do Sri-Lanka, Telma Santos acabaria por cair perante o n.º 10 do mundo, ficando-se pela fase de grupos. Na mesma fase ficou Pedro Martins, contra o dinamarquês Peter Gade, apesar da excelente réplica que o algarvio deu perante o quinto da hierarquia mundial.

RUI COSTA FOI o melhor dos três ciclistas nacionais na prova de estrada, tendo garantido o 13.º lugar, a segunda melhor classificação de sempre de Portugal nesta prova nos Jogos Olímpicos, apenas superada pela medalha de prata conquistada por Sérgio Paulinho em Atenas 2004. Rui Costa integrou o grupo fugitivo que acabaria por chegar na frente, mas acabou por perder nos últimos metros a possibilidade de acompanhar os fugitivos que terminaram nos dois primeiros lugares, terminando no grupo seguinte, com oito segundos de atraso. Já Manuel Cardoso e Nélson Oliveira, terminariam integrados no pelotão, no 49.º e 69.º lugares, respectivamente. Nélson Oliveira competiu ainda na prova de Contra-Relógio, tendo garantido um honroso 18.º lugar, numa prova ganha pelo vencedor do Tour 2012, o britânico Bradley Wiggins.

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Canoagem FOI A MODALIDADE em que Portugal mais se destacou no Reino Unido. Quatro finais em cinco possíveis, uma medalha de prata e três diplomas, numa participação de topo que fez o país vibrar. Emanuel Silva e Fernando Pimenta tornaram-se nos novos símbolos do olimpismo nacional ao conquistarem a medalha de prata na prova de K2 1.000m. A dupla composta pelos canoístas de Braga e Ponte de Lima lutou “taco-a-taco” pela vitória com a dupla húngara, ficando a apenas cinco centésimos do ouro, tendo sido necessário recorrer ao ‘photo-finish’ para se perceber que os magiares tinham levado a melhor. Mas nem o facto de não terem subido ao mais alto lugar do pódio tirou brilho e alegria pelo resultado alcançado, naquele que foi o melhor resultado de sempre da Canoagem nacional nos Jogos. Para além da medalha de prata no K2 1.000m masculino, a pista de Eton Dorney ficará para sempre como o palco dos sonhos nacionais em Londres 2012, graças à excelente participação feminina, que conquistou três diplomas olímpicos (K1 200m – Teresa Portela; K2 500m – Beatriz Gomes e Joana Vasconcelos; e K4 500m – Beatriz Gomes, Helena Rodrigues, Joana Vasconcelos e Teresa Portela).

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Tema de Capa

Equestre LONDRES 2012 foi a melhor participação portuguesa dos últimos 50 anos nesta modalidade. Os dois cavaleiros nacionais asseguraram presenças nas finais das suas provas, algo que não acontecia desde os longínquos anos 40, em que Portugal conquistou pela terceira vez uma medalha de prata, repetindo o êxito das duas décadas anteriores. Gonçalo Carvalho, na prova de Dressage, fez história com o seu cavalo Puro Lusitano, Rubi, ao alcançar um brilhante 16.º lugar, quando os seus objectivos passavam apenas por promover esta raça equestre lusitana.

A luso-brasileira Luciana Diniz foi outra das boas surpresas da comitiva nacional, superando uma fase atrás da outra, sempre a subir na classificação geral e entrando em 7.º lugar para a prova derradeira. Contudo, acabaria por derrubar dois obstáculos no derradeiro momento da sua participação, o que lhe custou dez lugares na geral, terminando ainda assim num excelente 17.º lugar na prova de Salto de Obstáculos, sendo a melhor cavaleira feminina olímpica.

Ginástica MANUEL CAMPOS E ZOI LIMA asseguraram em Londres as duas melhores classificações da Ginástica Artística portuguesa em Jogos Olímpicos. No All-Around, conseguiram um 27.º e 53.º lugares, respectivamente, tendo Zoi Lima assegurado ainda um 15.º posto nas eliminatórias do Salto de Cavalo. Nos trampolins, Diogo Ganchinho quedou-se pelo 15.º lugar, devido a uma queda no segundo exercício, quando lutava pelo apuramento para a final. Um momento doloroso mas que demonstra a coragem do atleta. Também Ana Rente lutou pela final, que falharia por apenas três lugares. A ginasta alcançou o 11.º lugar, numa participação que deixa boas perspectivas para o próximo ciclo olímpico, de uma das certezas da ginástica nacional. 16 . Olimpo . Agosto 2012

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Judo APESAR DAS GRANDES expectativas que existiam em redor da participação nacional nesta modalidade, os resultados acabaram por não sair como desejado. A porta-estandarte Telma Monteiro, campeã da Europa e número dois da hierarquia olímpica, foi surpreendida no combate inicial pela judoca norte-americana Marti Malloy, que viria a conquistar a medalha de bronze. Este foi um dos momentos mais marcantes para Portugal, mas que não fez desanimar a comitiva, sendo a própria Telma Monteiro a dar o exemplo e a dar a sua força e emoção aos atletas portugueses. Tal como Telma Monteiro, os restantes judocas nacionais acabariam por cair todos no primeiro combate. Primeiro Joana Ramos, perante a francesa Priscilla Gneto, também vencedora de uma medalha de prata. Depois João Pina, perante o ucraniano Volodymir Soroka, e a finalizar a luso-cubana Yahima Ramirez, perante a britânica Gemma Gibbons, que conquistaria a medalha de prata.

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Tema de Capa

Natação DOS OITO NADADORES presentes em Londres, a melhor classificação foi assegurada por Diogo Carvalho, que foi 18.º nos 200m Estilos, ficando a dois lugares da meia-final. O único recorde a ser batido foi o dos 200m Costas, por Pedro Oliveira, que superou a sua anterior marca, que lhe valeu o 20.º lugar nesta distância. Nas restantes provas, os atletas nacionais não conseguiram atingir o seu melhor nível, que lhes permitisse bater os seus melhores tempos. 18 . Olimpo . Agosto 2012

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Remo ETON DORNEY FOI sem dúvida talismã para Portugal em Londres. No palco onde a comitiva nacional conseguiu a sua única medalha nestes Jogos, teve também lugar a competição de Remo onde Nuno Mendes e Pedro Fraga conseguiram a melhor participação de sempre de Portugal em Jogos Olímpicos, superando o que já haviam conseguido há quatro anos em Pequim. De forma muito consistente, a dupla nacional assegurou logo na primeira prova o apuramento directo para as meias-finais e depois, nesta fase, conseguiram carimbar o passaporte para final. No dia decisivo, a dupla de LM2X acabou por ser prejudicada pela colocação na pior pista, face ao vento que se fazia sentir, mas nem assim esmoreceu e garantiu um histórico 5.º lugar.

Tiro Triatlo DEPOIS de há quatro anos esta modalidade ter conquistado uma medalha de prata, através de Vanessa Fernandes, a responsabilidade dos triatletas nacionais era maior. João Silva, apesar de um ano marcado por muitas lesões, apresentou-se ao seu mais alto nível. Na transição da natação para o ciclismo, estava entre os primeiros, tendo mesmo feito a transição para o atletismo na frente da prova. Manteve-se sempre na frente da corrida, acabando por falhar o diploma olímpico por escassos segundos, terminando na 9ª posição, fazendo parar toda a assistência do Hyde Park. Bruno Pais não conseguiu acompanhar o ritmo frenético imposto pelos irmãos britânicos Brownlee que ocuparam dois dos lugares do pódio, quedando-se pelo 41.º posto.

JOÃO COSTA E JOANA CASTELÃO tiveram excelentes prestações em Londres. O atirador alcançou dois resultados de relevo. Primeiro, na prova de 10m Pistola de Ar Comprimido, conquistou um diploma olímpico, atingindo a final da competição, onde ficou em 7.º lugar de entre mais de 50 atiradores. Já nos 50m Pistola, João Costa voltou a lutar pelo acesso à final, tendo mesmo garantido o 8.º lugar ‘ex-aequo’ com mais seis atiradores, que obrigou a um ‘Shoot-Off’ para definir quem ocuparia o último lugar da final. Apesar de excelente prova, João Costa ficou a um décimo do italiano Giuseppe Giordano, que assegurou o acesso à final. Joana Castelão, estreante em Jogos, conseguiu uma excelente prova nos 10m Pistola de Ar Comprimido, lutando pelo apuramento para a final até à última ronda, acabando por ficar em 15.º lugar. Na prova de 25m Pistola, a farmacêutica de profissão, quedou-se pelo 33.º lugar. Agosto 2012 . Olimpo . 19

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Tema de Capa

Ténis de mesa PARA QUEM não acompanha a modalidade, foi outra das grandes surpresas da participação portuguesa em Londres. Contudo, os resultados consistentes dos últimos anos do trio português já anteviam uma grande participação. E se nos singulares o melhor resultado foi a passagem de uma eliminatória por parte de Marcos Freitas (João Pedro Monteiro caiu no primeiro jogo), já na variante de Equipas, o trio nacional, que integrava ainda Tiago Apolónia, foi simplesmente brilhante. Após vencer a equipa britânica nos oitavos-de-final, perante um pavilhão cheio, com um ambiente fantástico, mas adverso, a equipa portuguesa enfrentou os sul-coreanos, número dois do ranking mundial de equipas. De acordo com as notícias da comunicação social portuguesa, mais de 350 mil pessoas assistiram em Portugal à transmissão televisiva deste

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inesquecível jogo e vibraram com cada ponto nacional. Apesar da derrota inicial de Tiago Apolónia, Marcos Freitas empatou a um os jogos, seguindo-se a épica partida de pares, onde Tiago Apolónia e João Pedro Monteiro venceram por 3-2, depois de estarem a perder por 0-2, obrigando os sul-coreanos a aplicarem-se a fundo para não ficarem de fora das meias-finais. Infelizmente para Portugal, os asiáticos acabariam por confirmar o seu favoritismo, vencendo por 3-2 em jogos. A equipa nacional ficou em 5.º lugar, garantindo o primeiro diploma olímpico da história do Ténis de Mesa nacional, mas a sua maior vitória foi despertar os portugueses para uma modalidade que tem pouca atenção dos focos mediáticos, graças a uma prestação simplesmente notável do trio português.

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Vela NAQUELA QUE FOI a maior comitiva de sempre da Vela nacional em Jogos Olímpicos, inicialmente treze atletas, que passariam a doze devido à desistência da velejadora do RS:X, a participação portuguesa foi marcada por alguns resultados de relevo e outros que ficaram aquém do que os atletas pretendiam. Destaque para as duplas de 49er (Francisco Andrade e Bernardo Freitas) e 470 (Álvaro Marinho e Miguel Nunes) que conquistaram diplomas olímpicos, atingindo ambos as respectivas medal races. Terminariam ambos no 8.º lugar final da geral, apesar de na maioria das regatas terem andado a disputar os lugares de pódio, o que demonstra bem o valor das duplas. Para Álvaro Marinho e Miguel Nunes, este foi mesmo o quarto diploma olímpico que conquistaram em outras tantas participações olímpicas. O mesmo objectivo perseguia Gustavo

Lima, mas desta feita o velejador nacional quedou-se pelo 22.º lugar. Também João Rodrigues, o atleta mais olímpico de sempre em Portugal, que em Londres participou pela 6ª vez, ficou abaixo das suas metas, apesar de ter conseguido um excelente 14.º lugar na prova de RS:X. Referência ainda para as estreias do Match Racing feminino, que ficou no 11.º lugar, e de Sara Carmo no Laser Radial, 28.º lugar. A dupla de Star, Afonso Domingos e Frederico Melo, fruto de problemas com a embarcação no primeiro dia de regatas que obrigaram à substituição do mastro, terminaram no 15.º e penúltimo lugar.

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Tema de Capa

MISSÃO LONDRES 2012 RESULTADOS Modalidade

Prova

Atleta

Atletismo Maratona Jéssica Augusto 20km Marcha Ana Cabecinha 3.000m Obstáculos Clarisse Cruz 20km Marcha João Vieira Maratona Marisa Barros Triplo Salto Patrícia Mamona 10.000m Sara Moreira 20km Marcha Inês Henriques Lançamento do Peso Marco Fortes 400m Barreiras Vera Barbosa Maratona Dulce Félix Salto com Vara Edi Maia Salto em Comprimento Marcos Chuva 3.000m Obstáculos Alberto Paulo Salto com Vara Maria Leonor Tavares 110m Barreiras João Almeida Lançamento do Disco Irina Rodrigues Lançamento do Martelo Vânia Silva 200m Arnaldo Abrantes 50km Marcha Pedro Isidro 400m Barreiras Jorge Paula Maratona Luís Feiteira 20km Marcha Vera Santos Maratona Rui Pedro Silva 50km Marcha João Vieira

Classificação 7.º 9.º 11.º 11.º 13.º 13.º 14.º 15.º 15.º 19.º 21.º 24.º 28.º 31.º 31.º 31.º 32.º 35.º 39.º 40.º 41.º 48.º 49.º Desistiu Desistiu

Badminton

Singulares Singulares

Telma Santos Pedro Martins

Fase Grupos Fase Grupos

Canoagem

K2 1.000m K2 500m K4 500m K1 200m K1 500m

Emanuel Silva Fernando Pimenta Beatriz Gomes Joana Vasconcelos Beatriz Gomes Joana Vasconcelos Teresa Portela Helena Rodrigues Teresa Portela Teresa Portela

2.º

8.º 11.º

Ciclismo

Prova de Estrada Contra-relógio BTT

Rui Costa Manuel Cardoso Nelson Oliveira Nelson Oliveira David Rosa

13.º 49.º 69.º 18.º 23.º

Equestre

Ensino Individual Salto de Obstáculos

Gonçalo Carvalo Luciana Diniz

16.º 17.º

Ginástica Trampolim Ana Rente Trampolim Diogo Ganchinho Concurso Geral Individual Manuel Campos Concurso Geral Individual Zoi Lima

11.º 15.º 27.º 53.º

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6.º 6.º

Modalidade

Prova

Atleta

Classificação

Judo

-52kg -57kg -73kg -78kg

Joana Ramos Telma Monteiro João Pina Yahima Ramirez

1ª elim. 1ª elim. 1ª elim. 1ª elim.

Natação Remo

200m Estilos Diogo Carvalho 10km Águas Abertas Arsenye Lavrentyev 200m Costas Pedro Oliveira 200m Mariposa Pedro Oliveira 200m Mariposa Sara Oliveira 100m Bruços Carlos Almeida 400m Estilos Diogo Carvalho 100m Mariposa Simão Morgado 200m Livres Tiago Venâncio 100m Bruços Ana Rodrigues 100m Mariposa Sara Oliveira LM2x

Pedro Fraga Nuno Mendes

Marcos Freitas Ténis de Mesa Singulares Masculinos Singulares Masculinos João Pedro Monteiro Singulares Femininos Lei Mendes Equipas Tiago Apolónia João Pedro Monteiro Marcos Freitas Tiro Triatlo Vela

18.º 19.º 20.º 22.º 24.º 25.º 26.º 32.º 34.º 35.º 36.º 5.º 2ª elim. 1ª elim. 1ª elim. 5.º

10m Ar Comprimido 50m 10m Ar Comprimido 25m

João Costa João Costa Joana Castelão Joana Castelão

7.º 9.º 15.º 33.º

Masculinos Masculinos

João Silva Bruno Pais

9.º 41.º

470 49er Match Racing RS:X Star Laser Laser Radial

Álvaro Marinho Miguel Nunes Francisco Andrade Bernardo Freitas Rita Gonçalves Mariana Lobato Diana Neves João Rodrigues Afonso Domingos Frederico Melo Gustavo Lima Sara Carmo

8.º 8.º 11.º

14.º 15.º 22.º 28.º

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JOGOS OLÍMPICOS DE VERÃO HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL LONDRES 2012 Modalidades Atletismo Badminton Canoagem Ciclismo Equestre Ginástica Judo Natação Remo Ténis de Mesa Tiro Triatlo Vela TOTAL

Medalhas 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Diplomas 1 0 3 0 0 0 0 0 1 1 1 0 2

Finais 2 0 4 NA 2 0 0 0 1 0 1 NA 2

1

9

12

NA – Não Aplicável

Jogos Olímpicos

Pontos 44 34 30 28 28 26 26 19 19 17 17 16 13 13 12 10 9 8 7 6 6 3 0 0

Medalhas 3 2 2 2 1 3 1 1 2 1 2 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0

Diplomas 10 6 6 7 9 3 7 5 2 3 2 3 1 5 2 3 0 1 2 2 3 1 0 0

Atletas 81 107 61 77 76 37 76 71 19 31 46 28 64 101 19 21 6 65 12 13 6 29 20 11

N.º de Classificações até 16.º lugar

Londres 2012 Pequim 2008 Atlanta 1996 Atenas 2004 Sydney 2000 Los Angeles 1984

29 24 23 22 21 10

Jogos Olímpicos

N.º de Pontos até 16.º lugar

Atenas 2004/Londres 2012 Pequim 2008 Atlanta 1996 Sydney 2000 Los Angeles 1984

Melhores Participações Atenas 2004 Atlanta 1996 Sidney 2000 Pequim 2008 Londres 2012 Los Angeles 1984 Londres 2012 Helsínquia 1952 Montreal 1976 Amsterdão 1928 Londres 1948 Paris 1924 Seul 1988 Barcelona 1992 Berlim 1936 Tóquio 1964 Estocolmo 1912 Roma 1960 Melbourne 1956 Antuérpia 1920 Los Angeles 1932 Munique 1972 Cidade México 1968 Moscovo 1980

191 184 169 159 89

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