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Steve Jobs (24 de fevereiro de 1955-5 de outubro de 2011) morreu, aos 56 anos, deixando um legado de inovações tecnológicas e fãs em todo o mundo.

A marca, criada em abril de 1976, se espalhou rapidamente. A empresa vive, hoje, o seu melhor momento financeiro. Fechou o balanço do primeiro trimestre deste ano com faturamento de US$ 28,5 bilhões, fantásticos 82% superior ao apurado no mesmo período de 2010. Só o iPhone, a grande estrela da companhia sediada na californiana Cupertino respondeu por US$ 13,3 bilhões. Só que a Apple enfrenta hoje concorrentes de peso como o Google, além dos tradicionais Samsung – há grande expectativa em relaçãos às parcerias com o Google, Motorola, LG, Ericsson que estão invadindo a área dos tabletes e dos telefones fazem-tudo.

Jobs ganhou notoriedade por realizar os sonhos, na forma de produto, de um mercado onde a novidade é o segredo do negócio. O design arrojado, bem próximo da estética da Bauhaus do alemão Walter Gropius, sempre foi outro ingrediente de peso nos produtos Apple, mas sobretudo a imagem de Steve Jobs. Ele tomou para si a tarefa de ser a cara, esculpida em carrara, da Apple.

Então, sua saída de cena em definitivo – 43 dias antes da morte anunciada e diante do avanço do câncer, ele havia abandonado o comando da empresa – abre um grande vácuo, certamente com reflexos sobre a marca. Era tudo o que poderiam desejar os concorrentes.

O risco de empresas muito atreladas a um garoto-propaganda, especialmente se este é a mais perfeita tradução do principal ativo, no caso da Apple, a inovação, é sempre alto.

No final de 2009, por exemplo, Zeca Pagodinho, em campanha assinada pela agência Fischer e criada por Atila Francucci, aparecia convidando o consumidor a experimentar a Nova Schin. Foi sucesso de público e de vendas. No verão seguinte, Zeca voltou para a Brahma. Foi parar na Justiça e no Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), pois ainda estava sob o contrato com o Grupo Schincariol. Por via das dúvidas, na sequência, as Casas Bahia abriram mão de seu garoto, Fabiano Augusto, aquele do “quer pagar quanto? “, e a Embratel da atriz Ana Paula Arósio, do “faz um 21”.

A Apple, agora, enfrenta o mesmo desafio.

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no AR

SAMBA DE NOEL

PAPÉIS INVERTIDOS Para reforçar o design do modelo Cinquecentro da Fiat, a Leo, Burnett criou campanha invertendo o papel dos populares e nem sempre agradáveis flanelinhas.

Uma mulher ao descer do modelo aceita que ele tome conta do veículo, mas cobra R$ 10,00 pelo momento em que o flanela irá poder contemplar o carro. O flanelinha consegue juntar R$ 5,00 com as moedas que tem no bolso. Num gesto de boa vontade, ela aceita. O comercial garante que vale à pena sacrificar as economias para ver o modelo e, sobretudo, ter um na vaga de garagem.

O novo comercial da Antarctica, criado pela AlmapBBDO, é inspirado no samba de Noel Rosa "Conversa de botequim". A peça faz parte da campanha "Boa é Antarctica.

A cerveja da diretoria", lançada em 2010.. O comercial foca-se no trecho em que Noel pontua: "seu garçom faça o favor e me trazer depressa, uma boa"; bem no início da composição. No filme, ao rodar em um toca-fitas encontrado pelo "diretor de achados e perdidos", a música 'trava' sempre nessa parte.

BRINCADEIRA SÉRIA A agência Talent, do Grupo Publicis, assina campanha do Santander em parceria com a TV Globo, que está no ar no endereço eletrônico www.mundodositio.com.br . Conduzido pelos personagens do Sítio de Monteiro Lobato, a intenção é estimular a criança a aprender o funcionamento e a administração de uma loja de brinquedos, reforçando três conceitos que do banco: empreendedorismo, gestão responsável do dinheiro e sustentabilidade. Vale conferir. É divertido e educativo.

DOE VIDA O ator José de Abreu é o garoto-propaganda de campanha criada pela Propeg para o Ministério da Saúde visando estimular a doação de órgãos. “Seja um doador de órgãos. Seja um doador de vidas” é o mote das peças que alertam para a importância do ato. É que muitas pessoas não assinalam a opção no próprio RG e famílias, quando do falecimento, acabam por restringir a doação ou não permitir. José de Abreu lê um texto de um doador anônimo nos comerciais que contam com a participação da transplantada Maria Pia de Albuquerque que vive com um coração doado. É para emocionar mesmo.

QUASE DE GRAÇA ACERTO DE CORES

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a Caixa Econômica Federal coloca no ar um novo comercial, na verdade o mesmo que tirou do ar por ter exibido Machado de Assis, que foi cliente e era negro, como branco. A agência BorghiEr/Lowe agora acertou a cor. O movimento negro e até a Academia Brasileira de Letras, criada pelo "bruxo do Cosme Velho"protestaram. Machado de Assis foi correntista da Caixa no final do século 19. Merece respeito.

Campanha criada pela Z+, agência de publicidade do grupo Havas, lança a 12ª edição do Projeta Brasil Cinemark. Será um dia inteiramente dedicado às produções brasileiras, lançadas entre novembro de 2010 e outubro de 2011, que chegam a 446 salas dos 54 complexos da rede em 7 de novembro, a somente R$2,00 o ingresso. Estrelada pelo ator Eriberto Leão, a campanha publicitária entra na próxima segunda-feira, com materiais de PDV e chamadas nas rádios, será veiculado em diversas regiões nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul entre outros. Não deixa de ser uma iniciativa louvável.

matéria de capa

HAVAIANAS TODO MUNDO USA

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PAÍSES IMPORTAM NOSSAS SANDÁLIAS HAVAIANAS

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m 14 de junho de 1962, a São Paulo Alpargatas, uma empresa hoje controlada pelo Grupo Camargo Corrêa, lançava oficialmente um produto que desenvolveu durante dois anos e que se tornaria o seu maior sucesso de vendas: as sandálias Havaianas.

Seguindo o estilo da japonesa Zóri, inclusive usando grãos de arroz na plataforma, o produto ganhou as ruas, o azul claro como sinônimo de limpeza nas tiras e no solado e na palma dos pés, os grãos de arroz em plataforma branca.

O custo baixo se encarregou de tornar Havaianas populares e 10 mil pares eram vendidos por dia em 1965. As sandálias logo ultrapassaram as vendas das Alpargatas, que deram nome à empresa, um calçado de tecido e solado de corda, então popular no campo.

Durante os primeiros anos, Havaianas reinou absoluta no pés. Em 1967, com o surgimento de imitações, se valendo do preço, a empresa iniciaria a sua primeira e marcante campanha publicitária, estrelada pelo comediante Chico Anysio com o bordão “não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras” para marcar a diferença das “legítimas” Havaianas das concorrentes.

O bordão pegou. A opção pelas legítimas continuou em alta e o escritor Jorge Amado proclamou que as Havaianas calçam dos ricos aos poBILHŐ PARES DE bres. As sandálias se tornaram um ícone pop.

HAVA Em 1994, as Havaianas, cedem aos consumiVEN dores, que tiravam as tiras e as viravam do avesso numa tentativa de se diferenciar. Como a concorrência também cresce, a empresa resolve ampliar o leque de cores e o faz com publicidade que expressasse a mudança a cargo da AlmapBBDO. Marcello Serpa, inspirado pelos cursos de design na Alemanha, onde impera a simplicidade nas formas desde que o arquiteto Walter Gropius revolucionou a moradia e que nela havia, dando origem à Bauhaus (o principal movimento de design moderno do século 20),

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MILHŐES DE PARES VENDIDO NO ANO DE 2010

colore as campanhas de Havaianas. As sandálias começam a ser exportadas. Em 1998, aproveitando a Copa da FIFA, na França, Havaianas ganham as bandeirinhas, primeiro do Brasil, depois dos países que disputavam o torneio. A estratégia deu certo. Foi parar nos festivais de Cannes e no Oscar, foi fotografada nos pés de celebridades e ganhou mercado internacional. A empresa abriu escritório nos Estados Unidos e Europa.

Havaianas ingressou no século 21, conquistando ainda novos mercados, passou a ser oferecida como brinde por empresas e em eventos proprietários.

Para marcar posição no mundo fashion criou loja conceito na famosa Rua Oscar Freire, em São Paulo. Também ingressou em causas politicamente corretas, como as do Instituto Ipê, de preservação animal, que, em troca, permitiu à empresa estampar belos animais marcados para morrer, mas vivo nos pés dos que apóiam a causa preservacionista. Novo gol das sandálias.

Outras parcerias ajudam, ainda hoje, a manter as sandálias em evidência, como as Havaianas com cristais Swarovski e até uma, em parceria com a H. Stern, com ouro e diamante, avaliada em R$ 60 mil.

Tem tudo a ver, um produto simples, que se tornou indispensável como acessório fashion e conquistou mercado e preço.

Uma bela estratégia de marketing e negócios, hoje estudada em escolas de todo o País. Afinal, Havaianas tudo mundo e o mundo usam. Faz todo o sentido. Até os leões de Cannes rugem para as sandálias para felicidade da AlmapBBDO.

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MILENARES

ŐES DE SANDÁLIAS AIANAS DIDOS

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por Yume Ikeda

O design milenar das zóris, as sandálias tradicionais japonesas, que calçam monarcas e camponeses certamente foram a fonte de inspiração das brasileiríssimas Havaianas. Artesanalmente produzidas com palhas de arroz, inspiraram ainda os grãos de arroz emborrachados das sandálias produzidas no Brasil.

No Japão, as zóris também se sofisticaram, ganharam versões em madeira e tecidos, especialmente porque completam a tradição do quimono, tanto o imperial como das gueixas. E, atenção: gueixas não são prostitutas, essas, em algumas regiões imitam os trajes, mas uma gueixa – e elas estão em extinção por falta de aprendizes (maikos) – guarda a tradição da cultura milenar, no gestual, no canto e na dança. Podem, é verdade, seduzir com esses elementos da arte, mas o sexo está fora de cogitação.

Dos pés delicados das gueixas, algumas os conservavam em verdadeiras ferraduras para que os pés se mantivessem pequenos, às camponesas, a Zóri, como as Havaianas são democráticas, estão nos pés de todos. Sayonara.

giro

O DONO DOS PÔNEIS CAMPEÕES

SURPRESO

TRIUNVIRATO SURPRESA

MICO

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ponto de vista

VIVA A RECICLAGEM por carlos franco

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s garrafas de 2,5 litros de Coca-Cola vendidas em Curitiba e algumas cidades do interior de São Paulo começam a exibir neste fim de ano o rótulo de embalagem PET 100% reciclado. Até janeiro, as garrafas, mais leves que as atuais, chegam a São Paulo e Rio de Janeiro. Em 2014, a novidade estará presente em todos os produtos da empresa que usam PET no mercado nacional.

Depois de quatro anos de pesquisa, diz o vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil, Marco Simões, foi desenvolvido o processo “Bottle-toBotle”, que permitirá o retorno do PET ao PET numa economia de 5 mil toneladas de PET virgem de setembro a dezembro. No período, serão produzidas mensalmente 1,5 milhão de garrafas de 2,5 litros de Coca-Cola.

A intenção da empresa, no entanto, é chegar a uma economia anual de 60 mil toneladas/ano de PET virgem a partir de 2014. A economia vai permitir também renda aos catadores, organizados em cooperativas, e vai dar gás ao marketing de sustentabilidade da multinacional sediada em Atlanta.

O Brasil é o terceiro maior mercado global de Coca-Cola, depois de Estados Unidos e México e muito acima da Europa. Portanto, qualquer estratégia de comunicação que permite à empresa estreitar laços e criar sensações está no DNA da companhia que repaginou no século 19 o Papai Noel, tal qual o conhecemos hoje, substituindo a sua roupa verde pela vermelha, da marca.

Mas não é apenas a Coca-Cola que está se associando ao marketing da embalagem reciclável. A própria Braskem, gigante petroquímica, tem oferecido à indústria, soluções plásticas mais em sintonia com a realidade atual, especialmente depois que redes de supermercados globais começaram a abolir e a condenar as famosas “sacolinhas”. A associação com a cana-deaçúcar foi o meio encontrado e a Danone foi a primeira empresa a adotar a chamada embalagem verde no País. A gigante mundial de lácteos acredita que o uso do produto em Danoninho e Activia, ambos com 150 gramas, reduz emissões de CO2 na atmosfera.

O lixo, já dizia o carnavalesco Joãozinho Trinta, é um luxo.

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