Símbolos do RS

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ÍNDICE APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 03 BANDEIRA .......................................................................................................................................... 04 BRASÃO ..................................................................................................................................................06 HINO ......................................................................................................................................................... 08 QUERO-QUERO .................................................................................................................................. 10 ERVA-MATE ........................................................................................................................................... 12 BRINCO DE PRINCESA ................................................................................................................. 14 CAVALO CRIOULO ........................................................................................................................... 16 PLANTA MACELA ............................................................................................................................ 20 CHIMARRÃO ........................................................................................................................................ 22 CURIOSIDADES SOBRE O CHIMARRÃO .............................................................. 24 CHURRASCO ....................................................................................................................................... 26 ESTÁTUA DO LAÇADOR ............................................................................................................. 28 GAITA ........................................................................................................................................................ 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 32

APRESENTAÇÃO

Se há um estado no Brasil em que a cultura e as tradições despertam a atenção e cativam as pessoas, esse é o Rio Grande do Sul. Não somos apenas brasileiros; somos gaúchos. Nossos costumes revelam autenticidade e influenciam o modo de viver para além das fronteiras territoriais.

Nossa história de lutas, bravura e devoção à liberdade nos distingue e nos coloca em destaque. Como dizia o mestre Paixão Côrtes: “Gaúcho é um estado de espírito, não é um nascer, é querer ser!”

Um povo com tantas virtudes possui também uma personalidade marcante, expressa por meio de símbolos próprios que ressaltam valores, princípios e ideais.

Neste trabalho, publicado pela Assembleia Legislativa do RS, apresentamos de forma simples, com texto de fácil compreensão e imagens de alta qualidade e sensibilidade, os elementos que compõem nossa identidade e cultura, buscando contribuir para a disseminação desses símbolos e signos que nos definem.

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BANDEIRA

A bandeira é o símbolo oficial máximo do Rio Grande do Sul, e sua elevação, nesta condição, é positivada no artigo 6º da Constituição Estadual vigente. Elaborada durante a Revolução Farroupilha, sua autoria ainda é controversa. No entanto, pesquisadores atribuem sua concepção ao Major Bernardo Pires e outros ao Coronel José Mariano de Mattos.

Promulgada por meio da Constituição Estadual como símbolo em 1891, a bandeira deixou de ser adotada como signo apenas entre 1937 e 1946 quando o presidente brasileiro, Getúlio Vargas, suspendeu a vigência das insígnias estaduais e municipais. Composta por três faixas diagonais, sua cor verde simboliza o pampa gaúcho, o amarelo as riquezas da nossa terra e o vermelho o ideal revolucionário de um povo bravo e corajoso. Alguns historiadores, por 4

sua vez, sustentam que a representação contida neste pavilhão significa o Brasil (verde e amarelo) dividido em batalha (vermelho).

Controvérsias à parte, o que não se discute e questiona é o respeito, a devoção e o amor com que nosso povo cultua e venera seu maior emblema.

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BRASÃO

Repleto de elementos e símbolos maçônicos, o brasão do Rio Grande do Sul remonta aos tempos da Revolução Farroupilha, refletindo fortes influências dos ideais iluministas da época. Embora pequenas modificações tenham sido aplicadas ao longo do tempo, o brasão ainda ostenta a inscrição “República Rio-Grandense”, acompanhada da data magna do Estado, “20 de setembro de 1835”, que marca o início da Revolução Farroupilha, conforme estabelecido no artigo 6º, parágrafo único, da Constituição Estadual.

Assim como ocorre com a bandeira, existem controvérsias quanto à sua autoria. A primeira representação do brasão encontra-se no icônico “Lenço Republicano”, uma peça de vestuário que registra as batalhas e convicções dos revolucionários. A autoria desse desenho tem sido atribuída tanto ao padre Hildebrando de Freitas Pedroso quanto ao Major Bernardo Pires. O significado desse emblema é de compreensão complexa, uma vez que muitos de seus elementos estão vinculados à Maçonaria; organi-

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FUZIS ARMADOS DE BAIONETAS DE OURO

ORNAMENTO COM FITA VERMELA, COM BORDAS DOURADAS

BARRETE FRÍGIO (GORRO VERMELHO), SIMBOLO DAS LUTAS E IDEAIS DE LIBERDADE DA REPÚBLICA

SABRE DE OURO

ESTRELA DE CINCO PONTAS, ELEMENTO MAÇÔNICO UNIVERSAL

CAMPO VERDE ONDULADO, REPRESENTANDO AS COXILHAS E PAMPA GAÚCHO

CANHÕES ENTRECRUZADOS

LANÇA DE CAVALARIA COM FLOR-DE-LIS, EM OURO

BANDEIRAS TRICOLORES ENTRECRUZADAS, REMATADAS DE FLOR-DE-LIS INVERTIDA, EM OURO

BALA DE CANHÃO

COLUNA JÔNICA, DE SIMBOLISMO MAÇOM

RAMOS DE ERVA-MATE E TABACO FLORIDO, REPRESENTANDO A PRODUÇÃO GAÚCHA, E OS IDEAIS QUE NUNCA MORREM

BORDADURA AZUL, CARREGADA COM A INSCRIÇÃO REPÚBLICA RIO-GRANDENSE E A DATA

20 DE SETEMBRO DE 1835, SEPARADAS POR DUAS ESTRELAS DE CINCO PONTAS

LISTEL COM O LEMA FARROUPILHA

zação que desempenhou um papel fundamental na difusão dos valores de liberdade e independência em diversos países da Europa e das Américas.
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A Lei nº 5.213, de 5 de janeiro de 1966, em seu artigo 8º, detalha e especifica as Armas do Estado.

HINO

O Hino do Rio Grande do Sul (símbolo oficial positivado no artigo 6º da Constituição Estadual) foi criado em 1838, quando as tropas farroupilhas venceram o “Combate do Barro Vermelho”, no município de Rio Pardo.

A letra é de Francisco Pinto da Fontoura e a música do Maestro Joaquim José Mendanha, com a harmonização de Antônio Corte Real. Assim como o Brasão, o hino, tem em seus versos forte influência nos ideais iluministas, que inspiraram revoluções por independência e liberdade em vários países.

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A Lei nº 5.213 de 05 de janeiro de 1966, institui o Hino como símbolo oficial do Rio Grande do Sul.

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A Lei n° 7.418 de 1° de dezembro de 1980, instituiu o Quero-quero como ave símbolo do Rio Grande do Sul.

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QUERO-QUERO

O quero-quero (Belonopterus Cayennesis) é uma ave singular, repleta de personalidade. Corajoso e destemido, é conhecido por sua vigilância aguçada. Por instinto, ele protege com firmeza o seu território, permanecendo alerta e pronto para soar o alarme diante do menor sinal de intrusão em seus domínios.

Encontrado em todo o território gaúcho, esta ave se tornou um ícone representativo do Rio Grande do Sul e é carinhosamente chamada de “Sentinela dos Pampas”.

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ERVA-MATE

Uma marcante característica do povo gaúcho é o apreço pelo chimarrão, uma bebida feita a partir da erva-mate (Ilex Paraguariensis), uma árvore que se tornou um símbolo do nosso Estado. Além de representar um elemento essencial da identidade gaúcha, a erva-mate conquistou a distinção de ser o primeiro patrimônio cultural imaterial do Estado, afinal, sua preservação valoriza as raízes dos povos originários locais.

O Rio Grande do Sul desponta como o maior produtor de erva-mate do Brasil e também é o principal exportador nacional deste produto. Isso ressalta a significativa contribuição da erva-mate para a economia gaúcha.

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A Lei n° 7.439 de 8 de dezembro 1980 instituiu a erva-mate como a árvore símbolo do Rio Grande do Sul.

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O Decreto nº 38.400 de 16 de abril de 1998, instituiu o Brinco de Princesa como flor símbolo do Rio Grande do Sul.

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BRINCO DE PRINCESA

A flor Brinco de Princesa (Fuchsia Regia (Vell.) Munz), apesar de sua aparência frágil e de grande beleza, carrega consigo a força gaúcha. Resiliente ao frio e às geadas, ela floresce a partir do mês de setembro, conhecido como o mês farroupilha, o que a levou a ser considerada um símbolo do Rio Grande do Sul.

Existem mais de 200 variedades dessa flor na América do Sul.

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CAVALO CRIOULO

Com sua origem nos equinos das raças espanholas Andaluz e Jacas, os Cavalos Crioulos foram trazidos da península ibérica no século XVI pelos colonizadores. Estabelecidos na América do Sul, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e sul do Brasil, muitos desses animais passaram a viver livres.

Durante quatro séculos, as manadas selvagens que foram formadas enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação. Essas adversidades imprimiram nestes animais algumas de suas características mais marcantes, como a rusticidade e a resistência.

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A Lei nº 11.826 de 26 de agosto de 2002 institui o Cavalo Crioulo como animal-símbolo do Rio Grande do Sul.

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Foi em meados do século XIX que fazendeiros do sul do continente sul-americano começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos que vagavam por suas terras. A nova raça, bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX, quando a seleção técnica exaltou o valor e comprovou as virtudes do Cavalo Crioulo. (fonte: ABCCC)

O Cavalo Crioulo faz parte da história do Rio Grande do Sul, o animal traz a representatividade da força dos gaúchos e o companheirismo que existe entre o homem e o animal na lida campeira.

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A Lei nº 11.858 de 05 dezembro de 2002, instituiu a Macela como planta símbolo do Rio Grande do Sul.

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PLANTA MACELA

A macela, ou marcela, (Achyrocline Satureioides) é uma planta nativa do Rio Grande do Sul e possui propriedades medicinais, já testadas e confirmadas por estudos científicos.

A tradição religiosa afirma que a macela, colhida antes do amanhecer da Sexta-Feira Santa e coberta de orvalho, tem efeitos milagrosos.

Essa crença tem levado milhares de fiéis a acordar cedo e partir em busca da erva. Com a macela são feitos chás e infusões com funções anti-inflamatórias.

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CHIMARRÃO

Também conhecido como mate amargo ou simplesmente mate, o chimarrão vai muito além de ser um símbolo da tradição gaúcha. É uma herança cultural dos povos guaranis e representa a maneira autêntica de celebrar a vida e de receber os visitantes no Rio Grande do Sul. Ele personifica a hospitalidade e a amizade do povo gaúcho, que se manifesta nas rodas de chimarrão.

Tradicionalmente, o chimarrão é preparado sem açúcar, uma vez que, no passado, adoçar a bebida era considerado essencialmente uma prática feminina. Ele é preparado em uma cuia, geralmente feita de porongo ou cabaça, e sorvido com o auxílio de uma bomba. Essa bebida é feita a partir da infusão da erva-mate, uma planta nativa das matas sul-americanas e também símbolo do Rio Grande do Sul.

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A Lei nº 11.929, de 20 de junho de 2003, oficializou o Chimarrão como símbolo do Rio Grande do Sul.

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Curiosidades sobre o Chimarrão:

1) A cuia deve ser passada com a mão direita, e a roda de mate deve girar no sentido contrário, ou seja, pela esquerda de quem preparou o chimarrão.

2) Ao oferecer a cuia a alguém, é importante fazê-lo com a bomba na direção da boca da pessoa que vai tomar.

3) O preparador do chimarrão deve tomar o primeiro gole como gesto de educação, além de verificar a temperatura da água. Geralmente, o primeiro chimarrão é o mais amargo.

4) Os participantes da roda de chimarrão não devem mexer na bomba e na erva, pois isso pode ser considerado desrespeitoso.

5) A expressão de gratidão pelo chimarrão só deve ocorrer quando a pessoa estiver satisfeita. A única cuia que deve ser agradecida é a última.

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6) O último chimarrão é chamado de “mate do estribo”, em referência a um componente da sela usada na montaria. No imaginário, quando se chega ao último chimarrão, é hora de partir.

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O churrasco foi reconhecido como símbolo do Rio Grande do Sul no dia 20 de junho de 2023 com a Lei nº 11.929.

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CHURRASCO

O prato mais emblemático da culinária gaúcha é indiscutivelmente o churrasco, que nasceu em comunidades indígenas catequizadas por jesuítas no século XVII. Algumas décadas depois o churrasco foi incorporado pelos tropeiros, onde a carne bovina, temperada com sal grosso, era assada em estacas de madeira no fogo de chão.

Os tropeiros levaram a cultura do churrasco pelas terras que foram explorando, assim o churrasco está em todo Brasil. No Rio Grande do Sul o churrasco faz parte da identidade cultural, representando muito mais que uma simples refeição, é a integração, a fraternidade e a hospitalidade do povo gaúcho.

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ESTÁTUA DO LAÇADOR

A Estátua do Laçador ou Monumento Laçador é um símbolo de Porto Alegre, definida pela Lei complementar municipal n° 279 de 17 de agosto de 1992, é a representação do gaúcho pilchado.

Sua autoria é do escultor pelotense Antônio Caringi. Como modelo Caringi contou com o tradicionalista Paixão Côrtes, que posou com sua indumentária gauchesca.

O monumento é feito em bronze, tem 4.45 metros de altura e pesa 3.8 toneladas. A Estátua tem um pedestal trapezoidal com 2.10 metros de altura.

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A Lei n° 12.992 de 13 de junho de 2008 tornou a Estátua do Laçador símbolo do Rio Grande do Sul.

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A Lei n° 13.513 de 8 de setembro de 2010, institui a Gaita como símbolo do Rio Grande do Sul.

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GAITA

A chegada e difusão da gaita em nosso Estado não é ponto pacífico entre historiadores. Alguns autores apontam sua inserção por meio dos imigrantes alemães no ano de 1845, outros indicam que sua presença em território riograndense deu-se por meio dos italianos no ano de 1875.

Mais que um instrumento musical, a gaita é uma companheira dos gaúchos. Por seu teclado e botões há cultura, tradição e histórias. A gaita desperta nossos sentimentos, aflora emoções e marca o ritmo de nossa identidade.

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referênCias bibliográfiCas

• ABCCC. Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. Disponível em: http://www.cavalocrioulo. org.br. Acesso em 10 de setembro de 2023.

• Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.al.rs.gov.br. Acesso em 07 de setembro de 2023.

• Acordeon Símbolo do RS. Centro de Acordeon. Disponível em: http://www.centrodoacordeon.com.br .Acesso em 29 de agosto de 2023.

• Cadernos de história. Disponível em: http://www.cadernosdehistoria.com.br. Acesso em 31 de agosto de 2023.

• Leis Municipais. Disponível em: http://leismunicipais.com.br . Acesso em 04 de setembro de 2023.

• O LAÇADOR – Monumento de POA. Disponível em: http://www.ufrgs.br. Acesso em 06 de setembro de 2023.

• Símbolos – Portal do Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.estado.rs.gov.br. Acesso em 31 de agosto de 2023.

• Símbolos do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://estanciavirtual.com.br . Acesso em 07 de setembro de 2023.

• Simbologia – MTG RS. Disponível em: http://mtg.org.br . Acesso em 07 de setembro de 2023.

• SOUZA, Paulo. Quantos e quais são os símbolos do Rio Grande do Sul. Jornal Tradição, 16 de abril de 2023. Disponível em: http://jornaltradicao.com.br . Acesso em 02 de setembro de 2023.

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organização e Planejamento

Dep. Marcus Vinícius

Ana Paula Mainardi

Cristiane Mainardi

Daniel Ajala

Lucas Bridi

Valério Marcon

fotografias

Eduardo Soares Sussermann

Fagner Almeida

Sabrina Bastos Teixeira fonte das imagens

https://commons.wikimedia.org

https://www.pexels.com

aPoio e reConheCimento

Bruno Aires

Daniel Galarza

Elma Santana

Frente Parlamentar em Defe-

sa do Tradicionalismo Gaúcho

Luiz Fernando Rodriguez Jr.

Neliane Ereno

Sebastião Teixeira

Sergio Turra

Ver. Marcus Vigolo

Verª. Rose Grings

revisão

João Vitor Vargas

Caroline Gomes

Projeto gráfiCo e diagramação

Eduardo Soares Sussermann

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