TCC arqurbuvv PROPOSTA DE UM CENTRO DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO PARA CRIANÇAS AUTISTAS EM VV

ATO: PROPOSTA DE UM CENTRO DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO PARA CRIANÇAS AUTISTAS EM VILA VELHA - ES

CENTRO DE ATENDIMENTO AO AUTISTA

UNIVERSIDADE VILA VELHA - ES

DENNER VIEIRA FERREIRA

ATO: PROPOSTA DE UM CENTRO DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO PARA CRIANÇAS AUTISTAS EM VILA VELHA - ES

VILA VELHA 2021

UNIVERSIDADE VILA VELHA - ES

ATO: PROPOSTA DE UM CENTRO DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO PARA CRIANÇAS AUTISTAS EM VILA VELHA - ES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha como requisito parcial para obtenção do Grau em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Prof.ª Clovis Aquino de Freitas Cunha.

VILA VELHA 2021

UNIVERSIDADE VILA VELHA - ES

ATO: PROPOSTA DE UM CENTRO DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO PARA CRIANÇAS AUTISTAS EM VILA VELHA - ES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha como requisito parcial para obtenção do Grau em Arquitetura e Urbanismo.

________________________________ Prof. Clovis Aquino de Freitas Cunha Universidade de Vila Velha Orientador ________________________________ Avaliador interno

________________________________ Avaliador externo

VILA VELHA 2021

AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS Gratidão a minha família, que sempre me incentivou e me apoiou durante toda essa luta, em especial a minha mãe Rosemeri, que sempre me estimulou a estudar e concluir a minha graduação. Agradeço a minha tia Sally, por todo apoio e orientação, minha irmã, por acreditar em mim e me encorajar e meu namorado, Thiago, por me ajudar no processo criativo e por me aguentar durante esse período de estresse.

Amo todos vocês.

Gratidão total às amizades que surgiram durante a graduação e as de longa data que sempre me incentivaram e me deram total apoio, em especial ao Adriano e André.

Gostaria de agradecer aos professores que me inspiraram e apoiaram durante toda a graduação, em especial ao meu orientador Clóvis Aquino de Freitas Cunha pelo apoio ao meu Trabalho de Conclusão de Curso. Gostaria de agradecê-lo pela troca de conhecimento e referencias. Imensa gratidão por essa experiência incrível que vivi nos últimos anos. Levarei toda bagagem na memória e no peito com muito carinho.

RESUMO

ABSTRACT ABSTRACT

O tema escolhido refere-se à implementação de uma clínica-escola para crianças com transtorno do espectro autismo (TEA), em Vila Velha – ES. O estado do Espírito Santo carece de uma clínica que atenda às necessidades de pessoas com o autismo, que tenha como base do seu planejamento as dificuldades e necessidades desses individuos. As clínicas que existem, atualmente, no estado não são voltadas exclusivamente para esse público, o que acaba prejudicando ou não mostrando resultados satisfatórios no tratamento.

A arquitetura bem planejada para esses casos auxilia no desenvolvimento, principalmente quando a criança é mais nova.

Existem vários graus de autismo, e a arquitetura deve ser aconchegante e acolhedora a todos os indiviuos, independente do nível de sensibilidade da criança austista.

Todo projeto é pensado para ser flexivel, para poder adaptar-se a cada indivíduo atendido.

Palavras-chave: autismo; transtorno do espectro autismo; acessibilidade; clínica;arquitetura inclusiva.

The chosen theme refers to the implementation of a teaching clinic for children with autism spectrum disorder (ASD), in Vila Velha – ES. The state of Espírito Santo lacks a clinic that meets the needs of people with autism, whose planning is based on the difficulties and needs of these individuals. The clinics that currently exist in the state are not aimed exclusively at this public, which ends up harming or not showing satisfactory results in the treatment.

The well-planned architecture for these cases helps in development, especially when the child is younger.

There are varying degrees of autism, and the architecture should be warm and welcoming to all individuals, regardless of the level of sensitivity of the autistic child. Every project is designed to be flexible, to be able to adapt to each individual served.

Keywords: autism; autism spectrum disorder; accessibility; clinic; inclusive architecture.

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Prevalência de autismo por gênero.

FIGURA 2: Fachada Sweetwater Spectrum Community.

FIGURA 3: Planta tipo residência.

FIGURA 4: Áreas comunitárias.

FIGURA 5: Implantação Advance Center for Autism.

FIGURA 6: Jardim de estimulação sensorial, FIGURA 7: Antigo Ginásio.

FIGURA 8: Forma dos ambientes.

FIGURA 9: Treliças aparentes.

FIGURA 10: Localização do terreno.

FIGURA 11: Localização do terreno.

FIGURA 12: Mapa do território municipal.

FIGURA 13: Equinócio de outono.

FIGURA 14: Equinócio de primavera.

FIGURA 15: Solstício de Verão.

FIGURA 16: Solstício de inverno.

FIGURA 17: Volumetria setorizada.

FIGURA 18: Setorização Térreo.

FIGURA 19: Segundo Pavimento.

FIGURA 20: Vista fachada principal e praça.

FIGURA 21: Implantação.

FIGURA 22: Planta térreo.

FIGURA 23: Planta setor diagnóstico.

FIGURA 24: Planta setor administrativo e serviços.

FIGURA 25: Planta piscina terapêutica.

FIGURA 26: Planta segundo pavimento.

FIGURA 27: Planta setor terapêutico.

FIGURA 28: Planta setor pedagógico.

FIGURA 29: Planta de cobertura.

FIGURA 30: Planta subsolo.

FIGURA 31: Fachada Norte.

FIGURA 32: Fachada Sul. FIGURA 33: Fachada Leste.

FIGURA 34: Fachada Oeste.

FIGURA 35: Cortes.

FIGURA 36: Brises.

FIGURA 37: Vista jardim terapêutico superior.

FIGURA 38: Vistas salas de refúgio.

FIGURA 39: Vistas piscina terapêutica.

FIGURA 40: Vistas sala de integração sensorial.

FIGURA 41: Vistas sala de terapia.

FIGURA 42: Vistas laboratório casa.

FIGURA 43: Sala de psicomotricidade.

FIGURA 44: Sala de teatro.

LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Diretrizes das referências projetuais.

TABELA 2: Programa de necessidades.

LISTA DE ABREVIATURAS

ABA - Applied Behavior Analysis.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

AMAES – Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo.

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

APAE – Associação de Pais e Amigos dos Exceocionais.

CADB - Center for Autism and the Developing Brain AMAES - Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo.

CDC – Centro de Controle de Doenças.

OMS – Organização Mundial da Saúde.

ONU – Organização das Nações Unidas PDM – Plano Direto Municipal.

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada.

SOMASUS – Seviço de Apoio à Organização e Elaboração de Projetos de Investimento em Saúde.

TEA – Transtorno do Espectro Autista.

ZOP – Zona de Ocupação Prioritária.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO • • • •

CONTEXTUALIZAÇÃO E JUTIFICATIVA OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS METODOLOGIA

REFERÊNCIAS • • • •

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A ARQUITETURA E O AUTISMO 17 SWEETWATER SPECTRUM COMMUNITY 19 ADVANCE CENTER FOR AUTISM 22 CENTER FOR AUTISM AND THE DEVELOPING BRAIN 24

DIRETRIZEES PROJETUAIS SÍTIO •

9 11 13 13 14

ESTUDO SOLAR

PROGRAMA DE NECESSIDADES PROPOSTA • CONCEITO • SETORIZAÇÃO • IMPLANTAÇÃO • PLANTA BAIXA TÉRREO • PLANTA BAIXA SEGUNDO PAVIMENTO • PLANTA DE COBERTURA • PLANTA DE SUBSOLO

28 33 38 40 46 46 47 50 52 57 61 62

• • • • • •

FACHADAS CORTES ESTRUTURA AMBIENTES ESPECIAIS VISTAS CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

63 65 66 67 79 95 96

LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA Esta pesquisa tem o enfoque em pessoas com o transtorno do espectro autista, abordando suas reais necessidades e seus desafios de vida. A proposta de uma Clínica-escola com ênfase no autismo visa proporcionar um espaço projetado, de qualidade, que tenha capacidade de atender e auxiliar o desenvolvimento de pessoas com todos os diferentes graus de TEA (Transtorno do Espectro Autista), através de uma arquitetura com espaços flexíveis, modulares e que consiga ser personalizado, conforme o usuário. Atendendo de forma multidisciplinar, ajudando as crianças nas suas reais necessidades e excentricidades. Utilizando uma metodologia de construção e interior, capaz de proporcionar acessibilidade a qualquer pessoa.

O trabalho aborda as questões e as problemáticas existentes no mundo dessas pessoas, e as vantagens de um ambiente propício para possíveis tratamentos. Através de estudos, pesquisas e entrevistas de modo a desenvolver um espaço com estrutura adequada para os tratamentos especializados, em conjunto aos tratamentos comuns.

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De acordo com a OMS (2017), órgão ligado a ONU, cerca de 1 em 160 crianças é identificada com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Já o CDC (Centers for Disease Controland Prevention — o Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA), divulga dados mais recentes nos Estados Unidos, referente ao ano de 2020, o número de prevalência de TEA é 1 para cada 54 crianças.

No Brasil esses dados são muito limitados, visto que não existem dados oficiais sobre os autistas. Mas informações do Censo Escolar de 2018, indicam que existem 105.842 alunos com algum grau de autismo nas escolas Brasileiras (SANTOS, 2020). Segundo os dados da OMS, estima-se que no Brasil, exista aproximadamente 2 milhões de pessoas com TEA. Somente no estado de São Paulo, existe mais de 300 mil casos.

LISTA DE pessoas ABREVIATURAS Os números são altos, e muitas dessas ainda sofrem por não encontrarem locais que ofereçam tratamento adequado, principalmente no Espírito Santo.

Estima-se que 90% dos brasileiros com autismo não tenham sido diagnosticados devido à falta informações, não existem campanhas de conscientização no país (SILVEIRA, 2013).

De acordo com a AMAES (Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo), existe uma fila de espera de mais de 500 pessoas na Grande Vitória. O local é o único com acompanhamento específico para os autistas, e hoje atende mais de 238 pessoas.

Faltam vagas para todos os interessados em acompanhamento clínico e pedagógico e é um dos pontos mais lamentados pela instituição. Novas associações voltadas para cuidas dos autistas deveriam ser criadas no estado (A GAZETA, 2019).

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1.2 OBJETIVOS GERAIS

Realização estudos que fundamentem a realização de um projeto de um centro de apoio e referência, localizado em Vila Velha - ES, para crianças com o transtorno do espectro autista (TEA). Local este, que presta serviços de assistência educacional e terapêutica, para o portador do transtorno e seus familiares.

Propondo espaços arquitetônicos pensados a partir da perspectiva de um autista.

A proposta surge a partir de uma carência existente de um serviço que atenda essas pessoas, no estado do Espírito Santo. Há relatos de muitos casos em que há uma dificuldade de se obter o diagnóstico. Muitos pais sofrem, porque o autismo está sendo mais conhecido agora, no Brasil, e ainda há grande dificuldade de encontrar profissionais que conheçam a síndrome, além de que muitos percebem que há insegurança por parte dos médicos em ser precisos no diagnóstico. E quando diagnosticados, muitos pais não sabem o que fazer. Dessa forma entende-se que há a necessidade de um local onde seja capaz de realizar os devidos suportes, amparos e que auxiliem no tratamento dos autistas e seus familiares (SILVEIRA, 2013).

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1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Elaborar um programa de necessidades que priorize a qualidade do tratamento dos pacientes e a qualidade arquitetônica dos espaços; • Criar espaços que promovam a inclusão social; • Fazer o uso da arquitetura para promover atividades pedagógicas e terapêuticas; • Pesquisar sobre referenciais projetuais no Brasil e em outros países e fazer comparações de suas diretrizes, suas potencialidades e vulnerabilidades; • Analisar e compreender as necessidades dos usuários; • Propor espaços adaptáveis que atendam de forma geral todos os usuários; • Propor uma edificação que auxilie no tratamento e desenvolvimento de pessoas autistas.

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1.4 METODOLOGIA

O estudo será realizado através de pesquisas, que serão utilizados como base para um projeto final de uma edificação que atenda às necessidades e demandas de pessoas autistas, em Vila Velha - ES O trabalho será embasado por estudos teóricos, através de pesquisas em sites, em materiais de divulgações de institutos que atuam no estado, como APAE e AMAES, artigos e teses. Além de normas brasileiras, como a RDC 50 (ANVISA, 2004), ABNT e cartilhas, como a do Serviço de Apoio à Organização e Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde (SOMASUS). A partir dos estudos, é possível obter uma base para compreender as necessidades básicas desse público específico, para a elaboração de diretrizes e programas de necessidades, para a realização de uma proposta final totalmente adequada.

Bases referenciais de projetos semelhantes serão analisadas a partir de fontes bibliográficas e da Internet, para ter como referência o que pode ser aplicado no objeto de estudo, compreendendo as diretrizes projetuais para que possam ser usadas como parâmetros ao objeto de estudo.

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LISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO

2 – REFERÊNCIAS

O autismo é uma condição de saúde caracterizada pela dificuldade na comunicação social e no comportamento. Foi mencionado pela primeira vez em 1943, pelo psiquiatra austríaco Leo Kanner, em seu artigo “distúrbio autístico do contato afetivo” onde descrevia crianças que exibiam comportamentos atípicos e possuíam dificuldades em se comunicar com outras pessoas (KLIN, 2006).

Autismo é uma síndrome definida Por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação (MELLO, 2007, p. 16).

Em 1944, Hans Asperger escreve o artigo “A psicopatia autista na infância”, onde destacava a ocorrência preferencial em meninos, que apresentavam baixa capacidade em fazer interações, conversação unilateral, foco intenso, baixa empatia e movimentos descoordenados. Hoje, são considerados os pioneiros na identificação do autismo no mundo (KLIN, 2006).

Embora o TEA possa caracterizarse por comprometimentos nesses dois eixos centrais, interação (...) e comportamentos/ interesses restritos e repetitivos, a forma como os TEAs afetam cada sujeito é singular, caracterizando caso e cada sujeito autista como único.

(MIRANDA, Fernanda, C. da. 2018, p.1)

Apesar de não existirem estatísticas confiáveis no Brasil, é possível afirmar com base em estudos realizados em outros países que, em relação ao sexo das crianças o autismo é mais comum em meninos, a proporção é de quase cinco meninos afetados para cada menina. (fig. 1)

De acordo com a classificação internacional de doenças da OMS, indivíduos que apresentam um desenvolvimento anormal ou alterado, dificuldades nas interações sociais ou na comunicação, comportamento focalizado e repetitivo, são enquadrados no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Tais características podem prejudicar significativamente a capacidade de convivência de uma criança autista. O Autismo não é um transtorno simples Apesar de não existirem estatísticas confiáveis no Brasil, é possível afirmar com base em estudos realizados em outros países que, em relação ao sexo das crianças o autismo é mais comum em meninos, a proporção é de quase cinco meninos afetados para cada menina. (fig. 1) 16

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2.1 A ARQUITETURA E O AUTISMO

Estudos da arquiteta canadense Magda Mostafa (MOSTAFA, 2015), com ajuda de professores, pais e cuidadores deu origem ao trabalho intitulado: “The autism Aspects of Design Index”, que contem diretrizes adotadas para a execução de projetos arquitetônicos voltado ao público autista. A pesquisa foi desenvolvida ao longo de uma década e foi composta por sete diretrizes principais, que são voltadas para o desenvolvimento das habilidades por meio de ambientes controlados sensorialmente. As diretrizes visam minimizar a sensação de angústia sensorial, que pode ser desencadeadas a partir de um barulho de um ventilador ou ar-condicionado, até algo mais intenso, como um barulho de buzina de um carro (MOSTAFA, 2015).

O estudo foi o primeiro a ser realizado, e surge a partir de uma demanda crescente de um modelo de referência. As diretrizes propostas por esse estudo de Mostafá são: • Conforto Acústico: controlar e minimizar os barulhos, ecos e reverberação. Para manter o nível de foco requerido a atividade dos usuários.

• Sequenciamento Espacial: Espaços organizados em ordem lógica, transições entre espaços fluida, com poucas interrupções e distrações.

• Espaço de Fuga: Espaços projetados para proporcionar uma pausa para o usuário. Pequenas salas com estímulo sensorial mínimo que pode ser personalizado conforme o usuário.

• Compartimentação: Setorizar o projeto de acordo com as funções de cada área, utilizando a arquitetura para definir os usos, marcando as transições Com revestimentos, mobiliários, cor, iluminação e nível.

FIGURA 1: Prevalência de autismo por gênero.

Fonte: Public Health Agency Of Canada, 2018, adaptado pelo autor (2020)

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2.2 SWEETWATER SPECTRUM COMMUNITY – LMS ARCHTECTS • Transições: uso de zonas de transição para ajudar o usuário a reequilibrar os sentidos, enquanto troca os níveis de estimulação.

• Zoneamento Sensorial: organizar os espaços de acordo com suas características sensoriais, ou seja, espaços com níveis de estímulo alto e baixo agrupados de acordo com seu nível de sensorial. E zonas de transições entre esses espaços.

• Segurança: Ponto essencial, principalmente quando projetado para crianças. Evitar arestas e cantos, degraus e escadas.

Essas diretrizes, que foram as primeiras desse tipo a serem publicadas, foram essenciais para a concepção dos projetos que foram referenciados nos próximos tópicos do capítulo.

•Localização: Sonoma, CA •Área: 16.315m² •Ano do projeto:2013 É um novo modelo de habitação de apoio para adultos com autismo, oferece um modo de vida autonomo (fig. 2). Foi projetado por Leddy Maytum Stacy Archtects, em um lote de aproximadamente 2.8 acres. Fornece um lar permanente para 16 adultos e sua equipe de apoio.

FIGURA 2: Fachada Sweetwater Spectrum Community.

Fonte: Archdaily (2020)

Existem quatro casas com quatro dormitórios, e cada casa possui aproximadamente 300m², incluindo as áreas comuns, e um dormitório e um banheiro para cada morador (fig.3).

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FIGURA 3: Planta tipo residência.

Fonte: Archdaily, adaptado pelo autor. (2020)

O condomínio também possui um centro comunitário (fig.

4) de cerca de 215m², com espaços para exercícios/atividade, cozinha de ensino, piscina terapêutica e spas, além de uma fazenda urbana com pomar e estufa.

FIGURA 4: Áreas comunitárias.

Fonte: Archdaily, adaptado pelo autor. (2020)

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A intenção desse projeto é preparar o adulto autista para ter mais autonomia e independência em situações do dia a dia.

Esse conjunto habitacional oferece segurança para todos os moradores e funcionários, e proporciona o envolvimento adequado com a vizinhança e a comunidade, por meio de atividades voluntárias e projetos de extensão.

A segurança foi fundamental na concepção do projeto, a escolha de materiais duráveis foi essencial, e são usados em toda a parte. Cada morador pode personalizar seus espaços pessoais para acomodar suas preferências e necessidades específicas. As principais estratégias do projeto foram: • Legibilidade: a organização espacial simples e consistente, fornecem limiares de transição claramente definidos entre o público, o semipúblico, o semiprivado e os espaços privados; • Hierarquia Experiencial: O projeto oferece uma hierarquia experiencial em camadas ou "aninhada", começando com o dormitório individual; expandindo para uma ala residencial, com dois dormitórios e, em seguida, para a casa com quatro moradores, expandindo para fora, para o sub-bairro de duas habitações, o centro comunitário e áreas comuns e as outras duas casas; • Visualização e retiro: Moradores têm a oportunidade de visualizar espaços e atividades, e eles podem acessar os locais de refúgio para encontrarem silêncio e calmaria; • Previsibilidade: Todas as quatro casas são semelhantes no design para que os moradores se sintam confortáveis em visitar um ao outro ou se mudar para uma casa diferente no lote; • Espaços serenos: Todos os espaços foram projetados para reduzir o estímulo sensorial e para proporcionar um ambiente sereno. As formas são familiares, cores e acabamentos são simples, e a iluminação é em sua maioria indireta.

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2.3 ADVANCE CENTER FOR AUTISM - MAGDA MOSTAFA • Localização: Cairo,Egito.

• Ano do projeto: 2007 O pesquisador Andrei Pomana do portal Architecture for Autism (POMANA,2014?) apresenta o projeto Advance Center for Autism, que foi planejado pela arquiteta, Magda Mostafa. Nesse projeto, que foi apenas idealizado, os espaços são rigorosamente divididos de acordo com o potencial sensorial que possui: áreas de alto estímulo, áreas de baixo estímulo e espaços de transição. A construção possui 5 andares e está dividida em 4 blocos diferentes: unidades de alojamento, centro desportivo, área de relações públicas e edifício de tratamento (fig. 5). O centro tem 2 entradas principais distintas, a primeira destinada ao público em geral e a outra concebida especialmente para os pacientes, com fácil acesso às salas de terapia. As duas zonas são conectadas por um longo corredor que tem a função de proporcionar intimidade à zona de tratamento.

As funções presentes dentro da unidade de tratamento são diversas, sendo as atividades divididas entre atendimento geral ao público e tratamento para autistas. Embora não exista espaços “neuro-típicos”, a integração para pessoas com autismo é facilitada por muitas áreas de terapia específicas, como salas de terapia individual e coletiva complexas, salas de esporte, jardins de estimulação sensorial (fig. 6) e unidades de alojamento.

FIGURA 6: Jardim de estimulação sensorial.

FIGURA 5: Implantação Advance Center for Autism.

Fonte: Archtecture for Autism, 2020.

Fonte: Archtecture for Autism, 2020.

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2.4 CENTER FOR AUTISM AND THE DEVELOPING BRAIN – DAS ARCHTECTS

FIGURA 7: Antigo Ginásio.

• Localização: Nova Iorque • Ano do projeto: 2013 O Center for Autism and the Developing Brain (CADB) fornece atendimento abrangente em um único ambiente para indivíduos com TEA, e outros transtornos do desenvolvimento mental. É um programa colaborativo entres hospitais, universidades e médicos.

O CADB oferece serviços abrangentes de diagnóstico e terapêutico por uma equipe clínica multidisciplinar liderada pela especialista em autismo Dra. Catherine Lord. Pacientes de todas as idades e suas famílias podem ter acesso aos cuidados de terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, comportamentais, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras durante toda a vida dos pacientes. Como um centro clínico de autismo, o CADB hospeda médicos, pesquisadores e pós-doutorandos de diversos países do mundo.

O projeto incluiu a renovação de um ginásio histórico existente (fig. 7), construído em 1924 e a nova instalação foi projetada para avaliação, diagnóstico e tratamento de pacientes ambulatoriais com autismo. O espaço principal do ginásio foi projetado como uma “vila de tratamento”, com atividades e consultórios flexíveis, que podem ser usados por crianças, bebês, adolescentes e adultos.

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Fonte: NY DAILY NEW, 2020.

Os espaços de atividades são organizados em grupos, com formas tridimensionais distintas, com tetos, portas e janelas que se abrem em zonas de circulação conjunta, dentro do espaço maior, iluminado naturalmente (fig. 8).

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FIGURA 8: Forma dos ambientes.

As diretrizes das referências utilizadas nesse trabalho, apresentados anteriormente, foram desenvolvidas através das análises realizadas pelo autor. (tabela 1) TABELA 1: Diretrizes das referências projetuais.

Fonte: NY DAILY NEW, 2020.

Cores, tamanhos, formas, texturas e luzes dão usados para criar espaços ativos e atuam como uma ferramenta de orientação para os usuários. Um jardim terapêutico, janelas grandes e treliças de telhado com pinturas vivas animam esta área de atividade e tratamento individual ou em grupo (fig. 9).

FIGURA 9: Treliças aparentes.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

Nota-se que os projetos, mesmo exercendo atividades diferentes, possuem diretrizes semelhantes, e uma preocupação notória com a parte sensorial dos usuários. A separação dos blocos por grau de estímulo foi o ponto em comum de todos os projetos pesquisados, o que se torna essencial para a elaboração de qualquer projeto voltado para as pessoas do espectro.

Fonte: NY DAILY NEW, 2020.

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LISTA DE ABREVIATURAS

3 – DIRETRIZES SUMÁRIO PROJETUAIS

Analisando as diretrizes dos projetos que foram citadas no tópico anterior, foram escolhidas as principais diretrizes norteadores para concepção do projeto da clínica, que atenderá crianças com a faixa etária entre 0 à 12 anos que são: • CONFORTO ACÚSTICO: um dos aspectos mais importantes a ser trabalhado no projeto. O tratamento acústico é indispensável para que se evite distrações causadas por ruídos externos. Muitos autistas possuem hipersensibilidade a sons, devido a uma disfunção sensorial. Um tratamento acústico bem feito influencia diretamente na capacidade de concentração e, consequentemente o seu aprendizado (BROWNLEE, 2016).

• CONFORTO LUMÍNICO: a iluminação deve ser uma mescla de natural com artificial, utilizando janelas mais altas e iluminação zenital, pois pode trazer uma boa sensação de ar livre, sem expor a criança ao que está acontecendo fora do ambiente, evitando possíveis distrações (BROWNLEE, 2016). A iluminação artificial deve possuir fontes de luz diversificadas, com tipos variados de lâmpadas e dimmers (BROWNLEE, 2016). A possibilidade de criar ambiências diferenciadas e possibilidade de trocas de layout é importante devido a necessidades de alguns usuários.

• CONFORTO TÉRMICO: ponto importante para qualquer tipo de edificação. A ventilação natural é essencial para o bem estar dos usuários, porém janela aberta pode ser perigosa quando se trata de crianças com autismo. Janelas mais altas devem ser previstas, para que apenas um adulto consiga abri-las com facilidade.

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• COMPARTIMENTAÇÃO: estratégias visuais na criação dos espaços, para estimulara independência dos autistas. Criar informações visuais concretas nos ambientes, para utilizar a capacidade de reconhecimento visual dos indivíduos, como forma de torná-los mais independentes. Utilizando elementos arquitetônicos para definir os usos, marcando as transições com revestimentos, mobiliários, cor, iluminação, nível etc. (MOSTAFA, 2008).

• ESPAÇOS DE FUGA: auxilia as crianças autistas a evitarem o estresse e ansiedade gerado por grandes demandas de socialização. Muitos autistas têm dificuldade em lidar com situações como essa e preferem ficar afastados das pessoas.

Nesses espaços é possível se livrar de distração e estímulos e retomar seu auto controle(KHARE; MULLICK, 2009).

• ESPAÇOS INCLUSIVOS: ambientes capazes de promover a inclusão de todos. Não somente seguindo padrões das normas de acessibilidade, mas também, proporcionando oportunidades de interações entre crianças autistas (KHARE; MULLICK,2009).

Ambientes que promovam a auto suficiência doméstica e profissional, através de treinamentos de independência, que ajudarão as crianças autistas a viver com autonomia no futuro.

• SEGURANÇA E PROTEÇÃO: prioridade máxima em ambientes com crianças autistas. Elas são vulneráveis ao meio ambiente, devido à sua disfunção sensorial, comprometimento na comunicação e falta da consciência de perigo. Deve-se evitar criar espaços muito abertos e que seja possível a fuga, além de arestas pontiagudas e materiais tóxicos (KHARE; MULLICK,2009). Os ambientes devem ser acolhedores. (CRUZ; ABDALA; ANTUNES, 2015).

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• INTEGRAÇÃO SENSORIAL: ambientes que são capazes promover as disfunções sensoriais presentes em muitas crianças. Essas disfunções fazem com que os autistas sejam pouco sensíveis a recepção das sensações, afetando sua percepção e entendimento do ambiente em sua volta (KHARE; MULLICK, 2009). Esses ambientes promovem oportunidades multissensoriais que ajudam as crianças a desenvolver tolerância aos sentidos que incomodam (KHARE; MULLICK, 2009). Essas salas podem ter uma variedade de configurações.

Desde baixos estímulos sensoriais, com distrações controláveis para ajudar no foco do ensino e tratamento individualizado (CRUZ; ABDALA;ANTUNES, 2015). Salas com estímulos sensoriais específicos também são importantes para ajudar as crianças com dificuldade de aprendizagem, melhorar a coordenação, compreensão de causa e efeito ou promover o relaxamento (CRUZ; ABDALA; ANTUNES, 2015).

• FLEXIBILIDADE: importante diretriz desse projeto. Pela diversidade do espectro, devemos ter em mente que o layout deve ser bastante flexível, para que se adapte às diferentes necessidades individuais do usuário (KHARE;MULLICK, 2009).

Pode se propor por meio de mobiliário, arranjos espaciais e iluminação que permitam a adaptação de programas de ensino, o rearranjo e subdivisões dos espaços (CRUZ; ABDALA; ANTUNES, 2015).

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• MATERIALIDADE: uso de materiais simples e aconchegantes, para que seja possível a fácil troca ou manutenção, para proporcionar um ambiente agradável e a sensação de estar em casa. A limpeza deve ser um elemento chave em um projeto que lida com crianças e com atendimento ao público. Materiais fáceis de limpar são de extrema importância (KHARE; MULLICK, 2009).

• NIVELAMENTO SENSORIAL: organizar espaços de acordo com o seu nível de estímulo sensorial. Ambientes são separados conforme o grau sensorial, ou seja, espaços com altos níveis de estímulos setorizados em um bloco e ambientes com baixo nível de estímulo em um outro bloco. Com uma zona de transição confortável, conectando os blocos. (MOSTAFA, 2008) Essas diretrizes darão suporte para a concepção do projeto final, idealizado a partir dessa pesquisa.

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LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO 4 – SÍTIO

O local escolhido para a implantação do projeto se localiza em Vila Velha (ES), na Av. Saturnino Rangel Mauro, no bairro Itaparica (Fig. 10). A escolha dessa área se deu pela localização privilegiada, e pelo fácil acesso, tanto para moradores do município quanto para moradores de cidades vizinhas. Não há nenhuma clínica que preste o atendimento exclusivo para pessoas autistas no município, o que dificulta o tratamento de quem precisa.

FIGURA 11: Localização do terreno.

FIGURA 10: Localização do terreno.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

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A área possui aproximadamente 2.070m², e 46m de testada frontal. A fachada principal que é acessada pela Av. Saturnino Rangel Mauro recebe predominantemente o sol da tarde, além de ser a fachada com maior incidência de ruídos, oriundos da avenida que possui um grande fluxo de veículos durante o dia. A topografia é plana.

O terreno fica localizado na região 01 segundo o Plano Diretor Municipal de Vila Velha (PDM), esta região é a mais populosa, e com maior número de domicílios e comércio. A área faz parte da Zona de Ocupação Prioritária B (ZOP-B), que permite usos com grau de impacto I, II, III e IV, o que torna viável a instalação da clínica no terreno escolhido.

Segundo o Art. 78 do PDM, a ZOP é a parte do território do município com a melhor infraestrutura e potencial para incremento. Logo o bairro conta com 100% de existência de energia elétrica e mais de 99% de lixo coletado, abastecimento de água e tratamento de esgoto, segundo o PMVV. O terreno possui é próximo a Rodovia do Sol, que conecta o município a outras cidades da Região Metropolitana da Grande Vitória. E com avenidas importantes, que ligam o bairro ao centro da cidade e a outros polos geradores de tráfego, como terminais rodoviários, shoppings, hospitais etc. (Fig.12)

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FIGURA 12: Mapa do território municipal.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

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ESTUDO SOLAR FIGURA 13: Equinócio de outono.

FIGURA 15: Solstício de Verão.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

FIGURA 14: Equinócio de primavera.

FIGURA 16: Solstício de inverno.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

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LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO DE 5 – PROGRAMA NECESSIDADES

Embora exista uma relação de ambientes comuns a cada tipo de serviço de reabilitação, algumas variantes implicam uma programação arquitetônica específica a cada caso. O públicoalvo, bem como as atividades terapêuticas desenvolvidas, devem ser considerados na composição da estrutura física. Por se tratar de ambientes voltados para um público portador de necessidades especiais, é imprescindível que a unidade de reabilitação seja dotada de condições de acessibilidade previstas pela Norma Brasileira 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos (ABNT, 2004).

A angústia causada por estímulos sensoriais específicos, despertam comportamentos problemáticos em indivíduos autistas que não conseguem expor seu desconforto. É extremamente importante entender quais estímulos sensoriais causam tais desconfortos nessas pessoas, a fim de fazer a reorganização dos ambientes em que eles vivem ou frequentam, para reduzir o máximo possível tais desconfortos.

Neste caso um programa de dessensibilização pode ser eficaz.

Em certos casos, salas sensoriais nas quais os indivíduos possam ser submetidos a experiências sensoriais agradáveis. (LEEKAN; NIETO; LIBBY; WING; GOULD,2007 apud POSAR, 2018).

Nesse contexto, segundo (ALBUQUERQUE; CARDOSO, 2006) a arquitetura tem o papel de “[...] prover todas as facilidades para que equipamentos e pessoas encontrem sua plena utilização, permitindo, inclusive, as modificações de uso e a adaptação à adoção de novas práticas e aparelhos, fato extremamente corriqueiro nesta área”.

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A programação arquitetônica de uma unidade de reabilitação depende do conhecimento prévio de determinadas características essenciais ao seu pleno funcionamento: atividades desenvolvidas, critérios para localização, dimensionamento mínimo dos ambientes, fluxos de usuários, materiais e resíduos, setorização de atividades, instalações prediais (hidráulicas, elétricas etc.) necessárias, materiais de acabamento adequados, entre outras (BRASIL, 2013, p19).

Seguindo as análises das referências, levantamento bibliográfico e as normas brasileiras, foi possível a construção de um programa de necessidades. Segundo a Norma para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde – RDCn°50, a clínica atenderá em regime ambulatorial, apoio ao diagnóstico e à terapia e reabilitação, que enquadra atividades como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.

A reabilitação tem como objetivo retornar o indivíduo às suas atividades normais, pela recuperação total ou parcial de suas funções intelectuais, físicas e/ou psicológicas, perdidas em função de um trauma ou doença.

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[...] um processo de duração limitada e com objetivo definido, com vista a permitir que uma pessoa com deficiência alcance o nível físico, mental e/ou social funcional ótimo, proporcionandolhe assim os meios de modificar a sua própria vida.

Pode compreender medidas com vista a compensar a perda de uma função ou uma limitação funcional (por exemplo, ajudas técnicas) e outras medidas para facilitar ajustes ou reajustes sociais(BRASIL, 2006 apud BRASIL, 2013, p. 17).

Para cada tipo de serviço de reabilitação oferecido, existe uma lista geral de ambientes e certas variantes. O público-alvo e as atividades terapêuticas desenvolvidas devem ser considerados nos componentes da estrutura física. É imprescindível que a unidade de reabilitação seja dotada de condições de acessibilidade previstas pela Norma Brasileira 9050, RDC’s definidas pela ANVISA, que são regulamentadas pela vigilância sanitária de cada município.

A setorização foi dividida em quatro setores, cada um exerce um tipo de atividade específica, a fim de facilitar os fluxos e a compartimentação, conforme a tabela 2.

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TABELA 2: Programa de necessidades.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

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LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO 6 – PROPOSTA

CONCEITO

SETORIZAÇÃO FIGURA 18: Setorização Térreo.

O projeto trata como público-alvo crianças que apresentam condições consideradas excepcionais, que podem desencadear reações diversas ao ambiente.

Sendo assim, o projeto se baseia nos conceitos que trazem aconchego aos pacientes, como espaços de refúgios, segurança, compartimentação. Tais princípios dialogam entre si e promovem diferentes sensações aos que utilizam os espaços, atendendo as necessidades especificas dos usuários.

O lúdico faz parte da formação criativa dos espaços, para se relacionar diretamente com as crianças, permitindo a utilização de cores, equipamentos modulares e que estimulem a imaginação e criatividade.

Os blocos possuem identidades que os caracterizam, para que sejam compreendidos e assimilados com facilidade. Além disso, as salas devem ser versáteis e flexíveis, para se adaptar ao usuário e não ao contrário.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

FIGURA 19: Segundo Pavimento.

FIGURA 17: Volumetria setorizada.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

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A partir do conceito apresentado, foram realizados alguns estudos de volumetria e setorização, até o resultado apresentado na figura 18.

A volumetria final apresenta quatro setores que referem-se ao setor de diagnóstico, setor administrativo e de serviços, setor terapêutico e setor pedagógico. A edificação ainda contempla uma praça pública para uso dos usuários da clínica e para a população em geral.

Os setores foram bem divididos, e separados conforme o grau de estimulo sensorial e tipo de tratamento.

O setor pedagógico foi o escolhido para as atividades de uso coletivo, por ser um espaço mais lúdico e com menor estímulo sensorial. Nesses espaços é possível introduzir a criança ao convívio social, com adultos e outras crianças com brincadeiras e atividades.

FIGURA 20: Vista fachada principal e praça.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

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IMPLANTAÇÃO FIGURA 21: Implantação.

LEGENDA Acesso Pedestres Acesso Veículos

Acesso Serviços

2

1 2

Praça Pública Praça Funcionários

Como base a implantação, a edificação foi colocada de maneira paralela com a praça de convívio, com a intenção de potencializar os usos e criar um maior contato com a natureza e o externo, promovendo assim conexões mais dinâmicas entre o público e o privado.

O acesso de serviço está localizado na lateral da edificação com acesso pela avenida Saturnino Rangel Mauro, junto com o acesso para veículos para o estacionamento no subsolo.

1

AV. SATURNINO RANGEL MAURO

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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PLANTA BAIXA – TÉRREO FIGURA 22: Planta térreo.

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16

14

18

17

18

15 12

19

13

21

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20 11

10

24

9

24

25

23

6

7

5 8 3

2

4

1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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53

PLANTA BAIXA – TÉRREO

SETOR ADMINISTRATIVO E SERVIÇOS

SETOR DIAGNÓSTICO

FIGURA 24: Planta setor administrativo e serviços.

FIGURA 23: Planta setor diagnóstico.

7

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10

9

10

6 7 6

7

4

11

5

13

14

12 3

2

5 1

8 3

2

4

1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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PISCINA TERAPÊUTICA

FIGURA 25: Planta piscina terapêutica.

2

2

3

1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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PLANTA BAIXA – SEGUNDO PAVIMENTO FIGURA 26: Planta segundo pavimento.

16 14

17

15

13

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12 23

11

10

10

21

20

10

5

6

7

3 4

8 2

9 1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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PLANTA BAIXA – SEGUNDO PAVIMENTO SETOR TERAPÊUTICO

SETOR PEDAGÓGICO

FIGURA 27: Planta setor terapêutico.

FIGURA 28: Planta setor pedagógico.

16 14

4 3

15

13

6

12

5

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2

10

7

10 1 5

6

7

3

4 8 2

9

1

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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60

PLANTA BAIXA - SUBSOLO

PLANTA BAIXA – COBERTURA FIGURA 29: Planta de cobertura.

COBERTURA VERDE

LAJE IMPERMEABILIZADA

FIGURA 30: Planta subsolo.

1

2

7 3

LAJE IMPERMEABILIZADA

4

PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

61

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FACHADAS FIGURA 31: Fachada Norte.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 32: Fachada Sul.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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FACHADAS FIGURA 33: Fachada Leste.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 34: Fachada Oeste.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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CORTES FIGURA 35: Cortes.

CORTE AA

CORTE BB

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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ESTRUTURA

Os materiais utilizados vão de materiais simples de lisos a coloridos e com texturas.

A fachada frontal possui uma grande incidência de insolação durante a maior parte do ano e brises foram usados como estratégias para amenizar a entrada de luz solar e consequentemente o calor dentro dos ambientes (Fig. 36). Além disso, esses elementos ajudam na composição da fachada, alternando entre os fechamentos opacos, translúcidos e painéis vazados. Ainda na fachada principal há uma grande parede de grama sintética, com variados tipos e tamanho de gramas, em formato de quebra-cabeças, que simboliza o autismo. Essa estratégia além de ser esteticamente agradável, ajuda no conforto térmico dos ambientes internos.

As estruturas coloridas são brises de placas voltaicas do Sistema AuREUS do designer Carvey Ehren Maigue, que uda tecnologia criada a partir de resíduos de cultura Upcycled que absorvem luz UV e as convertem em eletricidade, essas estruturas são afixadas em traves de concreto com chanfros em madeira Agelim Pedra.

FIGURA 36: Brises.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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AMBIENTES ESPECIAIS

JARDIM TERAPÊUTICO SUPERIOR FIGURA 37: Vista jardim terapêutico superior.

Um pequeno jardim no segundo pavimento, com acesso pela sala de integração sensorial, capaz de transmitir sensações e sentimentos ao usuário. Utilizado como um palco de extensão das salas ao ambiente externo, com elementos naturais de massas verdes e mobiliários lúdicos.

O contato com o ambiente exterior é essencial para o público infantil autista, para desenvolver suas percepções além do ambiente construído, possibilitando a exploração de novos sentidos.

O tato é trabalhado com as plantas e diferentes materiais do jardim, onde é possível pisar descalço e sentir as variedades de texturas. O olfato é trabalhado com plantas e flores que exalam cheiros. O paladar pode ser estimulado com pequenas plantas frutíferas e hortaliças. A audição é trabalhada com brinquedos que emitem som e pode criar timbres diferentes e a visão é trabalhada com os diferentes tonalidades de cores do espaço.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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AMBIENTES ESPECIAIS

AMBIENTES ESPECIAIS

Pequenos ambientes de refúgio para a criança e um responsável. São lugares aconchegantes, que seja capaz de isolar a criança do mundo externo O ambiente planejado é flexível aos diferentes estímulos sensoriais como luz, temperatura e som, visto que cada criança carece de uma necessidade diferente e específica. Ambiente ideal para se isolar de estímulos excessivos.

Espaço destinado ao tratamento fisioterapêutico, onde é possível exercitar a mobilidade, além de poder ser utilizado como ambiente para hidroterapia.

A piscina possui uma cobertura móvel, que pode ser usada aberta ou fechada.

O piso utilizado na área da piscina é antiderrapante e drenante, as quinas são arredondadas e o acesso é totalmente controlado, garantindo a segurança do usuário.

FIGURA 38: Vistas salas de refúgio.

FIGURA 39: Vistas piscina terapêutica.

SALAS DE REFÚGIO

PISCINA TERAPÊUTICA

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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AMBIENTES ESPECIAIS

SALA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL EM GRUPO FIGURA 40: Vistas sala de integração sensorial.

Essa sala sensorial é um ambiente que proporciona vários tipos de estímulos controláveis. É possível estimular a criança por meio de brincadeiras e contato com outras pessoas, com intuito de torná-las mais autônomas. A sala de integração sensorial em grupo faz parte da terapia ocupacional Neste ambiente é possível identificar problemas que causam desconforto a criança e trabalhá-los, fazendo com que a criança seja capaz de lidar com eles no futuro.

O ambiente possui mobiliários flexíveis, luz e temperatura controláveis. O piso é laminado e as bordas dos mobiliários são protegidos para evitar acidentes. As janelas possuem aberturas somente na parte superior, onde é possível somente a abertura por um adulto.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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AMBIENTES ESPECIAIS

SALAS DE TERAPIA INDIVIDUAL FIGURA 41: Vistas sala de terapia.

São quatro salas dedicadas a terapia individual dos usuários, dispõem-se de 2 salas de psicoterapia, uma sala de fonoaudiologia e uma sala de fisioterapia.

As salas de psicoterapia possuem as mesmas configurações da sala de integração sensorial em grupo, porém com o porte menor e com atendimento individualizado. Já as salas de fonoaudiologia e fisioterapia são propostas com tons pastéis, poucos ornamentos e mobiliário simples, afim de evitar possíveis distrações. São modulares, para que possa ser adaptada conforme as necessidades de casa usuário.

A sala de espelhos fica entre as duas salas de psicoterapia e possibilita o acompanhamento da terapia por pesquisadores, alunos de psicologia, outros profissionais e responsáveis, sem causar distrações a criança. Ambiente utilizado para análise e consequentemente pesquisas e projetos que podem contribuir com a clínica.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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AMBIENTES ESPECIAIS

AMBIENTES ESPECIAIS

Uma mini casa simples, com cozinha, quarto e banheiro.

Esse ambiente faz parte da terapia ocupacional, e é capaz de proporcionar o treinamento e desenvolvimento de habilidades do cotidiano, como lavar louças, dobrar e guardar roupas, escovar os dentes, amarrar os sapatos, preparar pequenas refeições, entre outros. Preparando o autista para a vida adulta, desenvolvendo o seu lado autônomo.

Ambiente anexado a sala de fisioterapia, onde é possível desenvolver atividades com o corpo que não necessitam de equipamentos considerados pesados, como alongamento, brincadeiras e atividades físicas. Sala ampla e com poucas distrações.

Atividades de dança são desenvolvida nesse espaço, auxiliando a coordenação motora e a audição, devido a possibilidade de realizar atividades com música.

LABORATÓTIO CASA

SALA DE PSICOMOTRICIDADE E DANÇA

FIGURA 42: Vistas laboratório casa.

FIGURA 43: Sala de psicomotricidade.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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AMBIENTES ESPECIAIS SALA DE MUSICOTERAPIA

FIGURA 44: Sala de teatro.

Ambiente destinado ao desenvolvimento da audição, com aulas de música, canto, oficinas, entre outros. Possibilitando o desenvolvimento da tolerância aos diversos tipos de sons e ruídos. Sala conta com instrumentos musicais, e aparelhos capazes de emitir diferentes sons. Ambiente com acústica controlada.

SALA DE TEATRO Sala que possibilita do desenvolvimento da coordenação motora, fala e a angústia causada em lidar com o público. São apresentados filmes, pequenas esquetes e aulas de atuação.

A atuação ajuda as crianças a entender expressões, estimula a comunicação, favorece a interação e estimula a criatividade.

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Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS FIGURA 45: Acesso garagem e serviço.

46

45

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 46: Fachada oeste.

79 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

VISTAS FIGURA 47: Visão do pedestre caminhando na calçada.

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FIGURA 49: Jardim lateral.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 48: Visão do pedestre caminhando na praça.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS

FIGURA 50: Fachada oeste.

50

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

81

VISTAS FIGURA 51: Visão frontal do jardim central e lago.

52 51

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 52: Lago de carpas.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Acredita-se que as carpas são sinônimo de felicidade, prosperidade e boa sorte, segundo a cultura oriental, além de se adaptar facilmente ao meio em que habita.

A escolha deste animal foi feita levando em consideração toda seu significado mitológico, assim como suas características físicas, para compor a paisagem do espaço.

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VISTAS 53

FIGURA 53: Detalhe composição Cobogó V e parede verde.

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Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 54: Cobogó V inserido como elemento arquitetônico.

Foco dos Cobogós V do designer Zanini de Zanine na cor branco utilizado como elemento arquitetônico afim de criar barreira entre a área externa e interna.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS

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FIGURA 55: Jardim contemplativo.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS FIGURA 56: Entrada de veículos usuários.

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FIGURA 58: Isometria quebra-cabeças.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 57: Fachada sul.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS FIGURA 59: Entrada de serviço.

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59

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FIGURA 61: Visão do usuário na praça.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 60: Jardim contemplativo.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS

FIGURA 62: Brises de madeira na fachada.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

62

Brises sombreados em madeira Angelim Pedra afixados em traves de concreto com chanfros também em madeira, afim de proporcionar sombreamento nas salas de teatro e musicoterapia.

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VISTAS FIGURA 63: Visão lateral do jardim contemplativo.

63 65

64

FIGURA 65: Visão lateral.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 64: Visão lateral.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

88

VISTAS

66

FIGURA 66: Brises de placa fotovoltaica na fachada.

Brises de placas fotovoltaicas do Sistema AuREUS, inspirado pelo fenômeno da aurora boreal, uma ocorrência natural onde partículas luminescentes na atmosfera superior absorvem energia da radiação UV e gama e emitem-na como luz visível.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS

67

FIGURA 67: Visão deck externo.

Cobogós V do designer Zanini de Zanine na cor branco que fazem barreira entre a área externa e interna onde se encontra uma passagem aberta para os usuários da clinica com Banco Double Dip do designer Chris Howker.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

90

VISTAS

68 69

FIGURA 68: Visão dos fundos.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 69: Área de carga e descarga.

91 Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

VISTAS

70 71

FIGURA 70: Área de integração dos funcionários.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 71: Área de integração dos funcionários.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

Espaço externo de integração e descanso dos funcionários e prestadores de serviço com cobertura parcial metálica na cor preto + vidro incolor e laje de concreto aparente paginadas de acordo com as madeiras das formas da construção.

O layout é composto por Mesas Obi em aço carbono e Cadeiras 22, assim como um Sistema Modular Campo Concreto da marca ,ovo.

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FIGURA 72: Área de integração dos funcionários.

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Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

FIGURA 73: Área de integração dos funcionários.

Jardim vertical com espécie trepadeira – Hera – e arbustos de florescência em jardineiras de concreto.

O lounge ao fundo tem Poltronas 2 e conjunto Margem 3 Marias da marca ,ovo.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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VISTAS

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FIGURA 74: Ponto focal quebra-cabeças.

Mosaico de quebracabeças em diferentes tipos de grama sendo elas, Esmeralda, São Carlos e Batatais afixados na fachada de concreto aparente por toda extensão da fachada sudeste.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.

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CONSIDERAÇÕE FINAIS

A falta de locais que prestam serviços educacionais e de saúde para crianças autistas é notória no Espírito Santo os locais que existem já operam em sua capacidade máxima e com uma grande fila de espera.

O número de crianças portadoras do TEA cresce a cada ano, e com o avanço da tecnologia e dos estudos, torna-se muito mais fácil o diagnóstico do transtorno.

A arquitetura desenvolve um papel importante no auxílio do tratamento dessas pessoas, através da edificação, que deve proporcionar conforto e aconchego a essas crianças, com seus variados de níveis de comprometimento. A arquitetura deve ser adaptável e aconchegante a cada usuário.

A arquiteta Magda Mostafá foi a criadora da pesquisa “The autismo Aspects of Design Index” (MOSTAFA, 2015). Ela foi a primeira a criar diretrizes para concepção de projetos voltados ao público autista, devido à demanda que havia na época e a partir disso a demanda cresceu ainda mais, alguns outros autores foram responsáveis por outros trabalhos voltados a arquitetura e o autismo.

A demanda existe, porém poucos lugares são capazes de prestar esse serviço com uma estrutura adequada. E o projeto tem como o objetivo criar um espaço que seja capaz de potencializar os tratamentos e causando o mínimo possível de estresse às crianças atendidas.

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LISTA DE ABREVIATURAS

SUMÁRIO 7 – REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

A GAZETA.Centenas de autistas aguardamacompanhamento pedagógico no ES. A Gazeta. 02 abr. 2019. Disponível em: <https://www.agazeta.com.br/es/gv/centenas-de-autistas-aguardamacompanhamento-pedagogico-no-es-0419>. Acesso em: 29 Oct.2020.

ALBUQUERQUE, J. C.; CARDOSO, M. F. B. Unidade de reabilitação. In: CARVALHO, A. P. A. (Org.).Quem tem medo de arquitetura hospitalar?

Salvador: Quarteto; UFBA, 2006.

ANVISA. RDC n°50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002. programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

Disponível em:< https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/i tem/rdc-50- de-21-de-fevereiro-de-2002>. Acesso em: 10 nov. 2020.

CRUZ, Débora Rodrigues; FRANCIS, Gustavo; VARGAS, Cristina.

Deficiência intelectual e autismo: critérios para uma observação da arquitetura escolar. Locus.ufv.br, 2015. Disponível em: <https://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6062>. Acesso em: 10 Nov. 2020.

GARCIA, Priscila Mertens; MOSQUERA Calos Fernando. Causas neurológicas do autismo. O mosaico, 2015. Disponível em: < http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/mosaico/article/viewFile/19/p df>. Acesso em: 10 nov. 2020 KHARE, R.; MULLICK, A. Incorporating the behavioral dimensionin designing inclusive learningenvironment for autism. International Journal of Architectural Research. vol. 3 n. 3. nov. 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS(ABNT). NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Rio de Janeiro, 2004.

Bosa, A.C.; Autismo: Intervenções Psicoeducacionais, Rev Bras Psiquiatr.

2006;28(Supl I):S47-53

KLIN, Ami. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 28, n. suppl 1, p. s3–s11, 2006. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151644462006000500002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 03 Nov. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. SomaSUS: Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde. Brasília, V2, 2013, p.1-142, 2013.

LEEKAM SR, NIETOC, LIBBY SJ, WING L, GOULD J. Describing the sensory abnormalities of children and adults with autism. J Autism Dev Disord.2007;37:894- 910

BROWNLEE, John. How To Design For Autism. Fast Company, 2016.

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Comunidade Sweetwater Spectrum / LMS Architects. ArchDaily Brasil.

Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01169110/comunidade-sweetwater-spectrum- slash-lms-architects>. Acesso em: 29 Oct. 2020.

97

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MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: guia prático.5 ed. São Paulo: AMA. Brasília: CORDE,2007.

MIRANDA, Fernanda, C. da. Documentação multimodal de interações com crianças com Transtorno do Espectro do Autismo: corpo, língua e mundo material. Calidoscópio. São Paulo. Vol. 16, n2, p. 179-193, 2018.

98

MOSTAFA, Magda. Architecture for autism: Built environment performance inaccordance to the autism ASPECTSSTM design index.ResearchGate, 2015. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/283099110_Architecture_for_a utism_Built _environment_performance_in_accordance_to_the_autism_ASPECTSS_de sign_ind ex>. Acesso em: 16 Nov. 2020.

POSAR, Annio;VISCONTI, Paola. Sensoryabnormalities in childrenwith autism spectrum disorder. Jornal de Pediatria, v. 94, n. 4, p. 342–350, 2018.Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S002175572018000400342&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acessoem: 15 Nov. 2020.

POMANA, Andrei. Architecture for Autism [2014?]. Disponível em: <https://architectureforautism.wordpress.com/treatment-centers-forpeople-withautistic-spectrum-disorders/advance-center-for-autism/>.

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PUBLIC HEALTH AGENCY OF CANADA. Autism Spectrum Disorder among Children and Youth in Canada 2018 - Canada.ca. Canada.ca. Disponível em: <https://www.canada.ca/en/public-health/services/publications/diseasesconditions/autism-spectrum-disorder-children-youth-canada-2018.html>.

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