Revista Hippo

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uando me perguntaram “o que é ser voluntário” pensei nas inúmeras definições que explicam a palavra, mas o conceito que mais me envolve é o que se relaciona ao comprometimento com os menos favorecidos pela vida e com as pessoas em estado de vulnerabilidade social. Abro parênteses para dizer que não gosto da palavra excluído, pois a considero, por si só, preconceituosa. Não acredito que fazer algo pelos outros seja simplesmente um dever do Estado, é também um dever meu, enquanto ser humano, e minha responsabilidade enquanto cidadã. É importante estarmos inseridos dentro desse contexto que nos cerca. Acredito mesmo que o homem nasceu para servir... Servir à humanidade, à natureza, a Deus! Nossa vida perde o sentido se estivermos no mundo a serviço do nada! Tenho certeza e convicção de que a própria comunidade ganha com o trabalho feito pelos voluntários. Sempre imagino onde estariam as cerca de mil crianças que a Irmandade do Divino Espírito Santo atende. Nossas crianças, além te terem sua dignidade resgatada, recebem o melhor que podemos oferecer, para que, com boa formação, possam crescer e enfrentar o mercado de trabalho em igualdade de condições! O requisito mais importante para ser voluntário chama-se VONTADE. Comecei meu primeiro trabalho voluntário aos dezessete anos, ajudando ativamente na construção do Jardim de Infância Monte Serrat, no Morro da Caixa D’Água, e aí não parei mais. Em 1994, comecei minha

Elisabeth Mussi participação na Irmandade do Divino Espírito Santo, como diretora; atualmente, sou viceprovedora (cargo que, em 239 anos, somente foi ocupado por homens). Também, juntamente com meu marido, coordenamos um grupo de jovens do Movimento Emaús, o qual incentivamos e auxiliamos nas ações solidárias. Quanto mais ajudamos, mais queremos ajudar... A vontade cresce sempre mais e mais... E depois vem a deliciosa sensação de missão cumprida, de dever feito, de amor espalhado, de vazio preenchido. Um exemplo de pessoas que começaram a participar desse trabalho de forma tímida é o de Seu Estevão Saquete e Dona Maria de Lurdes, sua esposa, (fundadores do Hippo Supermercados). Eles chegavam de mansinho no Lar São Vicente De Paulo, da nossa Irmandade, e levavam frutas para as crianças. Em pouco tempo, já eram “o Vô e a Vó”, exemplo lindo de solidariedade que muito nos comoveu. Seus nomes ficaram gravados em nossos corações, com certeza. Se você quer participar para a construção de um mundo melhor, ajude a Irmandade que, como muitos pensam, não é do Colégio Coração de Jesus, apenas foi ajudada por essa escola. Doe materiais para a construção de um novo espaço de atendimento a mais crianças. No exemplo de trabalho solidário, existem muitas estrelas... E, nessa constelação, quem sabe a próxima estrela a brilhar possa ser você! Participe também! As frentes de trabalho são muitas; informe-se.

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