asasasa

Implantação de um Centro Cultural e Esportivo no Setor Sul de São João da Boa Vista - SP

marcos antonio de mello

2018

MARCOS ANTONIO DE MELLO RA: 610134

Implantação de um Centro Cultural e Esportivo no Setor Sul de São João da Boa Vista -SP

Trabalho apresentado como requisito da disciplina Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura e Urbanismo, ao Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, sob a orientação da Profa. Ma. Marina Aparecida de Melo Andrade.

São João da Boa Vista – SP 2018

Agradecimentos Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por cada momento que ele se fez presente em minha vida. Demonstrando sua bondade em cada momento simples, sendo bondoso e me apoiando em vários momentos.

Agradecer a minha família que é a base de tudo. Que me apoiou e me incentivou em vários momentos em que estava prestes a desistir. Mesmo com um abraço eram capazes de me fazer sentir mais forte e determinado a seguir em frente.

Aos amigos que fiz na faculdade, principalmente à Isabella Teixeira, Luana Teixeira, Maísa Lima, Taiane Oliveira e Thaís Damião. Sempre estivemos no mesmo barco, sofrendo juntos, rindo, compartilhando momentos. As vezes nem relacionados diretamente com o curso, mas sempre nos ajudando como uma família, os “AMIGAMERS” ... A elas tenho muito que agradecer, por se importarem comigo e sempre me tratar com sua doçura e gentileza. Sentirei falta por não estarmos juntos diariamente.

Ao Lucas Lopes, que muitas das vezes se sacrificou e me aturou com minhas variadas reclamações. Sempre me apoiando e me mostrando que sou capaz de muito mais. Obrigado por tudo, por realmente me aturar e estar ao meu lado neste meu sonho.

Aos meus professores ao longo destes 5 anos, cada um foi capaz de me inspirar de algum modo. Principalmente a minha orientadora Marina, que vem me instigando em cada ponto deste trabalho, e, mesmo com toda a pressão presente em cada encontro me acalmava e me mostrava o caminho a seguir.

Obrigado, por serem parte desta minha luta.

« ‘‘A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.’’

Mahatma Gandhi

1 INTRODUÇÃO O setor sul do município de São João da Boa Vista – SP é o maior setor da cidade e ainda existem planos para o crescimento do mesmo. Apesar do seu constante crescimento aquele setor não está totalmente equipado com instrumentos voltados a cultura e o esporte.

Este estudo visa demonstrar a necessidade de um centro cultural e esportivo naquela área, onde poderão ser executadas atividades que desenvolvam e promovam a interação da sociedade.

Logo, este espaço próximo as suas moradias e com atividades voltadas ao morador daquele local despertará o sentimento de pertencimento que é causado em um projeto que foi pensado para aquela região.

19

2 JUSTIFICATIVA O crescimento da cidade e a necessidade de moradias em São João da Boa Vista – SP vem fazendo com que o município autorize cada vez mais loteamentos para suprir essa necessidade, deixando para uma próxima etapa a constituição de espaços voltados a cultura e o esporte.

Hoje, a moradia tem sido uma das prioridades a serem sanadas no município, já que a cidade consta com 5 mil famílias¹ na lista de espera de programas para moradia.

A falta de equipamentos que proporcionem atividades ligadas a cultura e ao esporte causam prejuízos para uma sociedade em crescimento, como discutiremos nos próximos capítulos.

As estratégias de inclusão social e de ampliação das oportunidades devem contemplar áreas destinadas a usos coletivos – espaços verdes e de utilização coletiva, infraestruturas e equipamentos – os quais, precisamente, se apresentam como indispensáveis à qualidade de vida nas cidades. Devem também refletir e ponderar vias, instrumentos e procedimentos que garantam um adequado ordenamento do território, em especial na sua vertente de racionalização da ocupação da urbe e de um ambiente urbano que se caracterize por uma vasta e sistêmica busca de justiça e igualdade e pela existência de um sistema de “proteção social” capaz de garantir e dar apoio a todos, face a vulnerabilidades e necessidades especiais. (SAOJOAO 2050, 2016, pág. 60)

O plano diretor do município aponta a necessidade de locais que contemplem áreas que sejam destinadas aos usos coletivos com estrutura e equipamentos que promovam o convívio e melhor qualidade de vida.

Que é o foco deste estudo: Entregar um centro cultural e esportivo que integre a sociedade local.

1 Segundo setor de habitação do município

20

3 METODOLOGIA 3.1 Identificação da problemática Percebeu-se o crescimento da área sul do município de São João da Boa Vista – SP, com as inúmeras construções de moradias, loteamentos..., mas foi identificado a falta de equipamentos públicos para o lazer dos novos moradores daquela localidade. Sendo assim, a problemática foi escolhida e os direcionamentos deste estudo serão para a criação de um Centro Cultural e Esportivo.

3.2 Pesquisa Descritiva Levantamento de dados nos setores de cultura e esporte da cidade, identificando a necessidade ou não daquela região receber esse tipo de equipamento.

Visita aos locais indicados como pontos de cultura e esporte.

Crítica sobre os pontos oferecidos: como a sua localização e infraestrutura.

Esse levantamento nos conduzirá a uma resposta: O escopo sanaria este problema?

3.3 Pesquisa de Bibliografias Preliminares Através de livros, artigos e/ou teses levantar estudos já realizados e que possam conduzir a resolução da problemática proposta. Estes estudos darão um Norte indicando ou instigando o questionamento daquela solução para um problema parecido com o estudado aqui.

21

4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral O objetivo geral é chegar em um resultado que atenda a demanda de um espaço público, destinado a cultura e esporte na região sul do município de São João da Boa Vista – SP.

4.2 Objetivos Específicos a. – CRIAR... ...espaço para assegurar que os moradores daquela localidade possam desenvolver atividades que estão ligadas ao lazer.

b. OFERECER... ...um local que se torne extensão de suas casas, escolas... O Centro Cultural e Esportivo poderá ser utilizado pela população, independentemente de serem como atividades dirigidas ou apenas por puro lazer.

c. INTEGRAR... ...os bairros próximos, criando um ambiente que mostre que o projeto é para todos.

d. VALORIZAR... ...o sentimento de pertencimento do morador daqueles bairros, levando aquela população a abraçar o projeto e utiliza-lo como extensão de seus lares.

22

5 ESTUDO DE CASOS Os estudos de caso aqui apresentados tem por objetivo auxiliar nos estudos do projeto a ser executado para solução da problemática apresentada.

Neste documento estamos apresentando quatro projetos. Sendo dois deles centros esportivos, um como um projeto de centro cultural e o outro sendo um SESC que abriga a cultura e o esporte no mesmo projeto.

O estudo desses projetos auxiliou em uma melhor compreensão de como outros projetistas resolveram algumas questões que podem ser pertinentes nesta evolução do trabalho. Os projetos servirão como guias e/ou referências.

23

5.1 Centro Esportivo Arteixo, Espanha 5.1.1 Dados Básicos

Figura 1 - Centro Esportivo Arteixo - José Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Fonte: Archdaily Brasil.

Área construída: 1527 m² Área do terreno: 3150 m² Ano: 2011 Localização: Avenida de Arsenio Iglesias, Arteixo, A Coruña, Espanha Autor: José Ramon Garitaonaindia de Vera

5.1.2 Autor José Ramon Garit aonain dia de Vera Formou-se em 1992 em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Navarra.

Doutor Arquiteto, em 1997 pela Universidade de Navarra.

Mestre em 2001 pela Universidade de La Coruña.

Inicialmente começou suas atividades em Navarra, colaborando em diferentes estudos e/ou atividades profissionais gratuitas, desenvolvendo vários projetos habitacionais, reformas, edifícios públicos...

24

5.1.3 Localização

Figura 2 - Localização extraída do Google Earth. Acesso em: 05 de mar. 2018. Fonte: Google Earth.

Localizado no centro urbano de Arteixo.

Arteixo é uma cidade litorânea da provincial de La Coruña, na Espanha. Cidade com 94 km² e com uma altitude de 11 metros do nível do mar. Tem uma população de aproximadamente 27 mil habitantes.

Ao Norte do terreno fica a piscina municipal. Na direção oeste da para a Estrada conhecida como “Travessia dos colexios” que dá acesso ao Centro Esportivo.

E por último, o rio estabelece os limites a leste.

5.1.4 Partido Arquitetônico “À primeira vista a imagem do Centro Esportivo de Aleixo surge como coisas claramente estabelecidas e que nega alguns lugares comuns sobre isso. Arquiteturas rápidas ainda resistem à prova do tempo. A ordem de uma edificação singular numa trama urbana consolidada, a configuração do local, limites sobre o escopo e as características do projeto, que usos estão de acordo com as suas próprias posições no projeto, nos leva a uma formalização regular sem maiores estridências para facilitar a sua operação. O Centro Esportivo tem uma dimensão urbana relativamente agressiva devido a sua escala. Nós propusemos uma área de apoio que envolve a pista principal para ajustar a escala correto no ambiente. Além disso, estas instalações geralmente são escuras, e por isso, optamos por uma estrutura de caixa de vigas no sentido longitudinal

25

da pista, de modo que o lado norte recebe luz do Norte, ideal para prática esportiva, e a luz do Sul forma matizes através do policarbonato translúcido nas caixas de vigas.” (Jose Ramon Garitaonaindia de Vera, 2012)

Figura 3 - Figura 1 - Centro Esportivo Arteixo - José Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Fonte: Archdaily Brasil.

5.1.5 Forma

Figura 4 - Fachada Centro Esportivo Arteixo - José Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

O projetista partiu de formas básicas – usando o retângulo -, para atingir seu objetivo.

Através do uso dessas formas simples, mas com a utilização dos materiais corretos ele conseguiu atingir algo que agora que é esteticamente e totalmente funcional como a planta de pavimento que vemos na próxima imagem.

26

Figura 5 - Planta de Pavimento Centro Esportivo Arteixo - JosĂŠ Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Editada pelo autor.

Fonte: Archdaily Brasil.

27

5.1.6 Sustentabilidade, Ventilação E Incidência Solar No projeto foi empregada a técnica de ventilação cruzada e grandes aberturas. Por se tratar de uma cidade litorânea o clima costuma ser quente e úmido. Foi utilizada esta técnica, colocando as aberturas voltadas para que receba o vento predominante da região que é o Nordeste.

Figura 6 - Planta de Pavimento Centro Esportivo Arteixo - José Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Editada pelo autor.

Fonte: Archdaily Brasil.

As quadras têm a sua volta portas de vidros onde abertas captam ainda mais a corrente de vento, proporcionando a troca de calor através de ventilação cruzada.

A posição da quadra em relação ao trajeto solar não prejudica os jogadores, pois não está projetada Leste/Oeste que dependendo do horário é onde o sol prejudicaria o seu uso.

Além de que algumas salas não têm tanta incidência solar do Sul (projeto localizado na Europa), onde acarretaria em locais muito quentes.

Para os pisos, incluindo arquibancadas, foi utilizado o parquet de carvalho reciclado de 2,4 cm de espessura.

28

Figura 7 - Fachada Centro Esportivo Arteixo - JosĂŠ Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Fonte: Archdaily Brasil.

29

5.1.7 Programa De Necessidades

Figura 8 – Plantas de Pavimento Centro Esportivo Arteixo - José Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Editada pelo autor.

Fonte: Archdaily Brasil.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ambiente Salas Multiuso Quadra Vestiários Hall de Entrada Banheiros para o Público Enfermarias Salas Administração Terraço Arquibancadas

Área em m² (Aproximadas) 104 243 39 48 7 12 24 59 62

Tabela 1 - Programa de necessidades Centro Esportivo Arteixo. Fonte: do autor.

30

5.1.8 Acessos

Figura 9 - Plantas de Pavimento Centro Esportivo Arteixo - José Ramon Garitaonaindia de Vera, 2011. Editadas pelo autor.

Fonte: Archdaily Brasil.

Como comentado no tópico 6.1.3 deste trabalho os acessos ao projeto são pelo lado oeste. Foram destacados os acessos através das setas vermelhas. Com a cor amarela destacamos o acesso vertical ao terraço, que também consegue acessar o topo da arquibancada.

5.1.9 Materiais E Técnicas Construtivas A estrutura da área de serviço é de concreto, o piso é de lajes pré-fabricadas e os fechamentos, também são de paredes de concreto com gesso acartonado e isolamento.

A estrutura foi resolvida por treliças paralelas sobre colunas de aço HB-300.

A estrutura de metal revela ainda mais o caráter intrínseco do trabalho, neste caso, a um universo onde a cor preencheu todo o espaço.

Quanto as coberturas, serão de três tipos. Painéis de praticáveis de concreto préfabricado com 8 cm de espessura, e, não praticáveis, terminados em folha dupla de aço inoxidável auto protegido impermeável.

31

Para os pisos, incluindo arquibancadas, parquet de carvalho reciclado de 2,4 cm de espessura. Esta escolha do revestimento da pista e da arquibancada proporciona uma continuidade não somente de material, mas também de visual para o observador, estabelecendo uma relação mais próxima com o jogo.

32

5.2 Centro Esportivo Leonberg, Alemanha 5.2.1 Dados Básicos

Figura 10 - Fachada Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Fonte: Archdaily Brasil.

Área Construída: 10490 m² Ano: 2014 Localização: Steinstraße 18, 71229 Leonberg, Alemanha Autor: Escritório 4a Architekten

33

5.2.2 Autor 4a Architekten É um Escritório fundado por 3 arquitetos que além de acionistas, são gerentes.

Contam com uma esquipe com mais de 31 colaboradores. a. Alexander von Salmuth Nasceu em 1959, estudou arquitetura na TU Darmstadt. 1987-1992 no Behnisch & Partner Stuttgart. Professor 1991-1995 na Universidade de Stuttgart.

2000-2003 Professor e palestrante da Universidade de Estugarda.

Desde 2003 trabalha como juiz em competições de arquitetura.

Sócio-gerente desde 2014 da 4a Architekten GmbH. b. Ernst Ulrich Tillmanns Nasceu em 1956, estudou arquitetura na Universidade de Ciências Aplicadas de Frankfurt de 1986-1991.

Sócio Gerente da 4a Architekten GmbH. c. Matthias Burkart Nasceu em 1957, estudou arquitetura na Universidade de Fridericiana em Karlsruhe.

Professor de 1990-1992 e 1996-2001 na Universidade de Stuttgart.

Membro do VFA Stuttgart e membro do Conselho para a Construção da Cultura no Conselho Cultural Alemão.

Membro fundador do Conselho Alemão de Construção Sustentável (DGNB).

Sócio Gerente da 4a Architekten GmbH.

34

5.2.3 Localização

Figura 11 - Localização extraída do Google Earth. Acesso em: 09 de mar. 2018. Fonte: Google Earth.

No local do projeto já havia um centro esportivo, mas por votação local foi solicitado uma requalificação desse centro.

Desse centro esportivo feito em 1970 foi utilizado apenas as bases e algumas estruturas, pois a equipe levou para o local um novo olhar.

Localizado no centro da cidade de Leonberg.

Leonberg é uma cidade do distrito de Böblingen com aproximadamente 46 mil habitantes.

35

5.2.4 Partido Arquitetônico “Em um referendo local, as pessoas de Leonberg votaram por uma grande maioria a favor de uma remodelação de um centro esportivo existente. Isto não apenas envolveu uma nova construção, mas também deu à estrutura existente uma nova forma. O objetivo da reforma era aumentar o apelo e a sensação de bem-estar das piscinas e salões esportivos, além de atualizar as características técnicas do edifício.” (4a Architekten, 2016)

Figura 12 - Fachada Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Fonte: Archdaily Brasil.

36

5.2.5 Formas

Figura 13 - Fachada Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

A forma do projeto continuou a mesma que o projeto de 1970. Podemos observar que a base do projeto é um retângulo e um telhado que nos lembra um triângulo.

O efeito deste telhado em forma de triângulo causa um efeito estético impressionante no complexo das piscinas, como podemos ver na próxima imagem.

37

Figura 14 – Vista Interna Complexo à reas Piscina Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Fonte: Archdaily Brasil.

38

5.2.6 Sustentabilidade, Ventilação E Incidência Solar O projeto utilizou de ventilação cruzada, com aberturas voltadas também para maior aproveitamento do vento predominante que é o Sudeste. Isso ajuda a nenhuma ou pouca utilização de ventilação artificial.

A quadra está disposta de forma que a orientação Leste/Oeste não prejudique os seus usuários.

As piscinas recebem o sol da tarde, além de serem cercadas por painéis de vidro que permitem a entrada dos raios solares, diminuindo ou chegando a não usar aquecedores.

Figura 15 – Planta de Pavimento Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

39

5.2.7 Programa De Necessidades

Figura 16 – Planta de Pavimento Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Ambiente Saunas Enfermaria Salas Administração Cantinas Banheiros para o Público Vestiários Quadras Piscinas Arquibancadas Hall de Entrada

Área em m² (Aproximadas) 38 18 48 90 63 72 840 385 106 55

Tabela 2 - Programa de Necessidades Centro Esportivo Leonberg. Fonte: do autor.

40

5.2.8 Acessos

Figura 17 - Planta de Pavimento Centro Esportivo Leonberg - 4a Architekten, 2014. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

O acesso principal acontece em uma área próxima às piscinas. Local que é o ponto mais marcante do projeto.

5.2.9 Materiais E Técnicas Construtivas Nas fachadas, principalmente a das piscinas foi utilizado muito vidro. As paredes e revestimentos de concreto.

Os vestiários e duchas para as piscinas e pavilhões esportivos foram redesenhados formalmente. Pé direitos altos e novas superfícies proporcionam uma agradável sensação de espaço. As fachadas receberam isolamento a partir do interior. As paredes foram revestidas com novas paredes refletoras com uma chapa de madeira. Superfícies de concreto e painéis de madeira existentes foram restaurados. A aparência geral na cor branca - os novos painéis do teto foram desenhados em branco – confere aos salões esportivos um ambiente luminoso e agradável; fitas de LED no teto proporcionam ampla iluminação. O novo envidraçamento do pequeno ginásio também permite uma maior

41

quantidade de luz natural que as superfícies das aberturas anteriormente opacas, abrindo deste modo o ambiente para o exterior.

5.3 Centro Cultural Curitiba, Brasil 5.3.1 Dados Básicos

Figura 18 - Fachada Centro Cultural Curitiba - HARDT Planejamento, 2015. Fonte: Archdaily Brasil.

Área Construída: 2140 m² Área do terreno: 6720 m² Ano: 2015 Localização: Rua Antônio Meirelles Sobrinho, 540 Cajuru, Curitiba - PR, Brasil Autor: HARDT Planejamento

42

5.3.2 Autor HARDT Planejamento A HARDT Planejamento é uma empresa especializada em projetos paisagísticos e arquitetônicos, além de consultorias urbanísticas e ambientais. Possui o diferencial de atender as demandas de seus clientes tanto no contexto projetual quanto nas questões relacionadas aos licenciamentos ambientais e urbanísticos. Atua em projetos e empreendimentos de pequeno, médio e grande porte, sendo eles públicos ou privados.

Fundada em 29/05/1990 e sediada em Curitiba - PR, a empresa encontra-se em processo de expansão e desenvolve trabalhos no âmbito nacional e internacional, mantendo contato constante com instituições na França, Itália, Espanha, Alemanha, Estados Unidos e África do Sul. Nos últimos anos, seus sócios administradores conquistaram prêmios em concursos nacionais e internacionais, comprovando o momento de crescimento da HARDT Planejamento.

A HARDT Planejamento é a empresa do arquiteto Marlos Hardt Arquiteto e Urbanista pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná com intercâmbio na Università degli Studi di Ferrara (2004).

Atualmente é professor do curso de Arquitetura e Urbanismo e coordenador do curso de Especialização em Arquitetura da Paisagem da PUCPR. Especialista em Gestão Técnica do Meio Urbano pela UTC - Compiegne (2005). Especialista em Projeto de Arquitetura Sustentável pela FURB - Blumenau (2010). Mestre em Urbanismo pela PUCPR com intercâmbio na Yokohama National University (2013) e doutorando em Gestão Urbana pela PUCPR. Sócio-Gerente da HARDT Planejamento S/S Ltda. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Estudos de Organização do Espaço Exterior, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto arquitetônico, planejamento urbano, projeto paisagístico, projeto urbanístico e planejamento ambiental.

43

5.3.3 Localização

Figura 19 - Localização extraída do Google Earth. Acesso em: 15 de mar. 2018. Fonte: Google Earth

A comunidade da BSGI de Curitiba se transferiu de uma sede menor no bairro Jardim das Américas. A nova sede se localiza no centro do bairro de Cajuru, próximo a algumas instituições governamentais.

44

5.3.4 Forma O autor utilizou de cubos para criar a forma projetual. Com ''caixas flutuantes'' dentro de outra caixa. Apesar de ser um sólido geométrico básica, o arquiteto conseguiu instigar e obter um resultado incrível.

Figura 20 - Fachada Centro Cultural Curitiba - HARDT Planejamento, 2015. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

45

5.3.5 Sustentabilidade, Ventilação E Incidência Solar

Figura 21 -Planta de Pavimento Centro Cultural Curitiba - HARDT Planejamento, 2015. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

O arquiteto projetou as aberturas para aproveitamento do vento predominante que é o Este- Sudeste.

Podemos verificar que um dos auditórios e as salas acima recebem incidência solar direta do Norte. Por se tratar do hemisfério Sul do planeta esses ambientes terão a tendência de se aquecer mais durante o dia.

46

5.3.6 Programas De Necessidades

Figura 22 – Planta de Pavimento Centro Cultural Curitiba - HARDT Planejamento, 2015. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Ambiente Auditórios Enfermaria Banheiros Hall de Entrada Salas Administração Recepção Apoio/Camarins Salas de Aula Salas Multiuso

Área em m² (Aproximadas) 717 15 82 110 91 11 58 125 58

Tabela 3 - Programa de Necessidade Centro Cultural Curitiba. Fonte: do autor.

47

5.3.7 Partido Arquitetônico “A edificação monolítica ocupa a porção central do terreno de esquina, garantindo afastamentos generosos das divisas e proporcionando assim amplas visuais e possibilitando a articulação de pequenas praças ao seu redor. A estratégia de implantação permite eventual ampliação por meio de edifício anexo na porção posterior do lote, aonde atualmente encontra-se o estacionamento de veículos.” (HARDT Planejamento, 2017)

Figura 23 - Fachada Centro Cultural Curitiba - HARDT Planejamento, 2015. Fonte: Archdaily Brasil.

Figura 24 - Fachada Centro Cultural Curitiba - HARDT Planejamento, 2015. Acesso em: 15 de mar. 2018. Fonte: Archdaily Brasil.

48

5.3.8 Materiais E Técnicas Construtivas “O auditório possui sistema de controle de ruídos composto por diversas camadas de materiais isolantes abaixo da telha sanduíche e junto ao forro. Foram criadas aberturas zenitais na circulação do pavimento superior com janelas laterais que permitem o controle térmico da edificação. No inverno rigoroso de Curitiba, mantém-se as janelas basculantes fechadas, garantido assim a permanência do calor dentro da edificação. Já no verão, as janelas são basculhadas permitindo a liberação do ar exausto e quente criando um efeito-chaminé no centro do edifício, com tomada de ar pelas portas de acesso e pelas janelas laterais.” (HARDT Planejamento, 2017)

49

50

Transporte], onde está até hoje comandando, junto com seu filho, Guto Índio da Costa, dezenas de profissionais. Índio da Costa já foi arquiteto da prefeitura do Rio de Janeiro, atuou no Departamento de Parques e Jardins da cidade, na Secretaria Municipal de Urbanismo e assinou muitos projetos de grande porte, inúmeras residências e prédios públicos.

Ao longo dessa trajetória recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, com destaque para os mais recentes e importantes, concedidos pelo IAB e pela ASBEA: Comenda Oscar Niemeyer outorgada pelo Conselho Superior do IAB no XVIII Congresso Brasileiro de Arquitetos, “por sua exemplar contribuição para a produção da melhor arquitetura no Brasil “em 2006. (INDIO DA COSTA AUDT | Copyright 2015).

5.4.3 Localização

Figura 26 - Localização extraída do Google Earth. Acesso em: 09 de ago. 2018. Fonte: Google Earth.

Localizado na Barra da Tijuca, bairro nobre na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro é a capital do estado que leva o mesmo nome – Rio de Janeiro-, cidade com área de 1200 km², a 2 metros do nível do mar.

51

5.4.4 Partido Arquitetônico O projeto para a implantação de uma escola de ensino médio, nos moldes das escolas americanas, em que os estudantes e professores convivam em um campus. (Índio da Costa Arquitetura e Design, 2014).

Figura 27 - Escola de Ensino Médio SESC Barra – Índio da Costa A.U.D.T, 2007. Fonte: Archdaily Brasil.

52

5.4.5 Formas

Figura 28 - Escola de Ensino Médio SESC Barra - Índio da Costa, 2007. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

Figura 29 -Escola de Ensino Médio SESC Barra – Índio da Costa A.U.D.T, 2007. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

53

Figura 30 - Escola de Ensino Médio SESC Barra – Índio da Costa A.U.D.T, 2007. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

O projetista usou em grande parte do projeto linhas retas e formas puras.

Mesmo com o projeto sendo de grande extensão e com vários elementos arquitetônicos eles conversam entre si, não causando estranheza com cada edifício projetado.

54

5.4.6 Sustentabilidade, Incidência Solar e Ventilação O projetista utilizou o vento predominante para contribuir na melhor ventilação entre todos os edifícios construídos. Com a utilização do vento predominante aliada aos espelhos d’água empregados ao longo do projeto obtêm-se um clima mais ameno em uma cidade em que a média da temperatura é de 29º C.

Figura 31 - Escola de Ensino Médio SESC Barra - Índio da Costa A.U.D.T., 2007. Fonte: Achdaily Brasil.

Os equipamentos esportivos estão localizados mais ao norte do terreno. Lugar ideal para a piscina pois recebe a maior quantidade de sol durante praticamente o dia todo. As quadras e campos estão na orientação norte/sul o que não prejudica o seu uso durante o dia todo.

55

Figura 32 - Implantação Escola de Ensino Médio SESC Barra - Índio da Costa A.U.DT., 2007. Editada pelo autor. Fon te Archdaily Brasil.

5.4.7 Programa de Necessidades

Figura 33 - Implantação Escola de Ensino Médio SESC Barra - Índio da Costa A.U.D.T.,2007. Fonte: Arco Web Projeto Design.

56

5.4.8 Acessos

Figura 34 - Implantação Escola de Ensino Médio SESC Barra - Índio da Costa A.U.D.T, 2007. Editada pelo autor. Fonte: Archdaily Brasil.

57

58

6.2 A Cidade E O Seu Desenvolvimento São João da Boa Vista tem uma estimativa de aproximadamente 90.089 habitantes. O crescimento do município é visível na área sul, local com grande investimento de programas de habitação social.

Figura 35 - Da direita para a esquerda: Foto aérea do município em 2006. Foto aérea do município em 2014. Editado pelo autor. Fonte: ARQUITETOS, Fortes, Gimenez e Marcondes Ferraz, 2014. Relatório de Análise Intraurbana de São João da Boa Vista, 2014. Página 26.

Na imagem da esquerda temos os bairros do município em 2006. Na imagem de 2014 que está à direita podemos perceber o crescimento do setor sul -crescimento destacado em colorido, contrastando com o restante em branco e preto-. A cidade tem aumentado consideravelmente com os novos loteamentos.

60

Áreas Município (km²) Total 516,99 Urbana Total

34,9

Macrozona Rural

396,65

Setor Sul

19,2

Setor Oeste

18,7

Setor Norte

13,8

Setor Sudoeste

9,2

Setor Leste

8,4

Setor Centro

7,1

Tabela 4 - Áreas dos setores do município. Fonte: PLANOSJBV 2050, pág. 25.

Figura 36 - Setorização do município de São João da Boa Vista. Editada pelo autor. Fonte: Plano SJBV 2050, pág. 25.

Vemos nesta tabela as respectivas medidas de cada setor de São João da Boa Vista, onde podemos notar que o setor sul é o maior de todos. Em seguida apresentaremos um mapa, seguido de uma tabela que nos demonstra os últimos loteamentos aprovados.

61

Figura 37 – Novos loteamentos. Fonte: ARQUITETOS, Fortes, Gimenez e Marcondes Ferraz, 2014. Relatório de Análise Intraurbana de São João da Boa Vista, 2014- pag. 107

62

63

Uma nova arquitetura deveria ser ligada ao problema [...] do home criador de seus próprios espaços, de conteúdos puros, conteúdos que criassem as próprias formas [...] esse tipo de arquitetura requer uma humildade absoluta da figura do arquiteto, uma omissão do arquiteto como criador de formas de vida, como artista. E a criação de um arquiteto novo, um homem novo, ligado a problemas técnicos, problemas pessoais, problemas políticos, que abandone completamente toda aquela enorme herança do movimento moderno, que acarretam em amarras enormes, que são as amarras que praticamente produzem essa atual crise da arquitetura ocidental. (BO BARDI, 1972)

A citação da década de 70 pode nos parecer ultrapassada, mas quando nos colocamos a pensar o tema é ainda mais atual do que imaginamos.

A criação de espaços para moradias deve ser atrelada a equipamentos públicos para solução das demandas que não são apenas as moradias em si.

Criar espaços apenas para moradias e sem espaços voltados para o uso da população faz com que os cidadãos dos setores abastados tomem o uso de veículos próprios para ter maior autonomia, gerando congestionamentos em horários de picos.

Já não é aceitável construir uma edificação de alto desempenho em uma área ainda não urbanizada, em um contexto dependente de automóveis e certifica-la como sustentável. Já não é suficiente fazer um empreendimento com uma implantação responsável e construir um bairro admirável, que respeite os pedestres e tenha usos mistos, se o nível de recursos necessários para a construção e a manutenção das edificações e infraestrutura de alto desempenho. A compacidade (densidade) e a biofilia (acesso humano a natureza) são valores centrais do urbanismo sustentável. [O urbanismo sustentável] engloba três elementos essenciais: bairros, distritos e corredores [...]

Os bairros são “compactos, respeitam o pedestre e tem uso misto”. Os distritos como os bairros deveriam ser compactos e respeitar os pedestres, máster, normalmente, uso único – tal como campus universitários ou parques industriais. Os corredores, variando de “bulevares e linhas de metrô”, a rios e estradas - parques intercomunicam bairros e distritos. (FARR, 2013, pág. 28)

Como explorado por Douglas Faar, um projeto não é definido por ele só e sim por um conjunto de diretrizes para que ele não seja o elefante branco e mesmo com investimentos e com qualidade não seja algo atrativo. Como os novos loteamentos: neste momento fornecem apenas moradia e nada além disso.

Faar nos traz também 3 conceitos para criação de espaço, e nos mostra a necessidade de bairros/distritos que sejam mistos... que tenham uso além da moradia.

Que promova a locomoção a pé e que o desenho urbano estimule a promoção do uso de transportes públicos.

64

Como o nosso foco para o trabalho é a problemática da falta de equipamentos para a cultura e o esporte na região sul, apresentaremos nos próximos tópicos as disposições dos equipamentos já existentes no município e as atividades proporcionadas por ele para a população.

65

6.3 A Cultura No Município A cidade conta com várias atividades voltadas para seus munícipes ligadas ao aspecto de cultura. São atividades como aulas de dança e coreografia, música instrumental ou até mesmo um coral.

Em visita ao Departamento de Cultura e Turismo da cidade foi realizado o levantamento de todas as atividades desenvolvidas pelo setor. Os Departamentos coexistem no mesmo local, porém, realizam atividades distintas.

O município de São João da Boa Vista não conta com uma sede, ou um local de concentração para essas aulas. As aulas são ministradas em vários pontos da cidade, mas todos concentrados no bairro central.

Em seguida temos uma imagem que demonstra onde as atividades acontecem:

Figura 38 - Localizações dos pontos de cultura no município – Criado pelo autor. Acesso em 23 de mar. 2018. Fonte: Google Earth.

66

Figura 39 - Zoom nas Localizações dos pontos de cultura no município – Criado pelo autor. Acesso em 23 de mar. 2018.

Fonte: Google Earth.

67

LOCAL A

ATIVIDADES

Estação Ferroviária

Aulas de música instrumental.

B

Theatro Municipal

Aulas de música instrumental e ensaios de um grupo de teatro organizados pela AMITE³

C

CLAC4

Aulas de música instrumental.

D

Espaço Luiz Gama

Aulas de canto de coral.

E

Salão do Sindicato dos Servidores Públicos

F

Galpões da CEAGESP

G

Galeria e Atelier Ângela Bonfante

Bailes promovidos para a terceira idade todas às quartas-feiras.

Espaços criados para ser um centro cultural, composto com salas de música, dança, um miniteatro, salas para exposições e instalações do arquivo municipal. Obras ainda não foram entregues.

Galeria que está sob o comando de Ângela Bonfante e os curadores Silvia Borges, Leo Beraldo, Claudio Guedes, Antônio Lorette e Erenilda Queiroz.

H

Museu Histórico e Pedagógico Dr. Armando de Salles Oliveira

I

Museu de Arte Sacra da Diocese de São João da Boa Vista

Esse museu conta um pouco da história Sanjoanense com algumas peças, documentos e fotografias históricas.

Destinado à preservação da Memória da tradição religiosa da população regional.

J

GLOC

O GLOC também é um local destinado para exposições e venda de arte.

K

Cine Ouro Branco

Cinema.

L

Centro Cultural Pagu Patrícia Rehder Galvão

Biblioteca Municipal Jaçanã Altair.

Tabela 6 - Legenda explicando cada ponto da cultura do município. Fonte: do autor.

3 AMITE= Associação dos Amigos do Theatro Municipal 4 CLAC= Centro Livre de Arte e Cultura

68

Podemos notar que as atividades relacionadas a cultura, sendo elas de origem da prefeitura ou mesmo as de cunho particular, são todas concentradas no centro da cidade.

Figura 40 - Simulação no Google Maps de distância a ser percorrida por um morador do Jd. Das Rosas até a galeria da Ângela Bonfante. Acesso em: 30/04/18. Fonte: Google Maps.

Sendo assim, o cidadão que gostaria de estar usando este tipo de serviço deve se locomover por um grande trajeto atravessando a cidade. Por estar longe de sua moradia, o acesso e a vontade de ter a cultura como parte de sua vida acaba não sendo prioridade ainda mais quando se dispõe de transporte particular.

69

6.4 O Esporte Na Cidade O município tem um grande suporte dedicado ao esporte. O município conta com professores e estagiários de Educação Física para ministrar as atividades.

Figura 41 - Localizações dos pontos esportivos no município – Criado pelo autor. Acesso em 23 de mar. 2018. Fonte: Google Earth.

70

Continua...

5 CSU= Centro Social Urbano 6 CIC= Centro de Integração Comunitário 7 UNIFAE= Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino 8 CRAS= Centro de Referência Assistência Social

71

Continuação...

Continua...

72

Figura 43 - Método de curvas Isótopas com intervalos de 05, 10, 15, 30 e 60 minutos. Método extraído do Relatório de Análise Intraurbana de São João da Boa Vista, 2014. Pág. 120. Fonte: do autor.

Mesmo o CSU DER estando dentro do setor sul, os moradores dos loteamentos mais ao sul ficam distantes do centro social. A distância por muitas vezes pode fazer com que cresça o desinteresse as práticas esportivas e/ou a convivência com o próximo. É possível perceber-se o desenvolvimento das relações sócio afetivas, a comunicabilidade, a sociabilidade, ajustando socialmente esse homem ao meio que vive.

(BURITI, 2001, pág. 49)

Criar espaços voltados ao esporte e ao lazer, tem uma abrangência muito maior do que a eles foram destinados de início. Os espaços passam a ser locais de encontros de vizinhos, amigos, colegas de escola... ou um local para apenas espairecer.

Nos tempos de crises culturais a imagem do homem é a primeira a ficar abalada. O homem sente-se perdido e em perigo. (SANTIN, 1993, pág. 20) Desse modo, o esporte não só proporciona formação social e educacional como também contribui para a formação do caráter. (MARQUES, 2003, pág. 24) O esporte possui um grande potencial de socializar indivíduos das mais diferentes classes, religiões, gêneros, entre tantas outras diferenças presentes na nossa sociedade. Através de uma partida de futebol na rua, de um jogo de vôlei na escola, um jogo de basquete na praça, pessoas se relacionam, fortalecem amizades, criam vínculos mesmo sem nunca terem se visto. (BURITI, 2001, pág. 49).

73

O homem necessita tanto da cultura quanto do esporte para a sua formação. Seja ela aplicada com uma temática, como as exercitadas na escola para formação de percepção de sociedade.

Por se tratarem de bairros novos a maioria dessas pessoas podem não se conhecer. A criação de espaços como este poderá proporcionar o encontro de indivíduos para as mais variadas atividades. Esses encontros tendem a fazer com que a sociedade se conheça e criem laços além daqueles que envolvam a atividade em si. Proporcionando a real função da cidade que é a convivência com os outros.

74

7 TERRENO Após os estudos e a percepção de crescimento voltado para o setor sul do município e a falta de equipamentos destinados ao esporte e a cultura foi escolhido um terreno que atendesse e estivesse diretamente próximos a estes novos bairros já criados e os que estavam por vir. Esses estudos para novos loteamentos vem sendo revistos e ganhando um novo pensamento de criar esses bairros.

Como o crescimento é incerto foi decidido por um recorte na lateral do bairro Jardim das Rosas. Esse terreno ficará diretamente próximo a 3 bairros já existentes, tendo a capacidade de fazer uma ligação entre os outros dois construídos e o outro que ainda poderá vir a ser executado.

Ao escolhermos este terreno, visamos criar o corredor que Douglas Faar nos apresentou como conceito para criar um espaço público bem-sucedido.

75

7.1 Diagnóstico Do Local

Figura 44 - Mapa dos bairros que circundam o terreno proposto. Criado pelo autor. Fonte: Google Earth.

• 1 2 3 4 5 6

Terreno selecionado Jardim das Amoreiras Jardim Primavera Jardim das Azaleias Jardim dos Jacarandás Jardim das Rosas Reserva de Área Estrada Vicinal José Rui Lima Azevedo

Tabela 8 - Terreno escolhido e os bairros que o circundam. Fonte: do autor.

O terreno escolhido para o desenvolvimento do projeto possui aproximadamente 25204 m². Por estar inserido em uma região em crescimento e implantação, ainda não possui grande pontos de interesse ao seu redor. Apenas moradias, pequenas mercearias e uma Unidade de Saúde. O principal acesso a este terreno é feito através da Estrada Vicinal José Rui Lima Azevedo, esta estrada liga a cidade de São João da Boa Vista a sua zona rural sulista e ao munícipio de Santo Antônio do Jardim. É uma estrada de trânsito rápido e sempre movimentada com veículos de carga alta.

76

Figura 45 - Vistas do terreno escolhido. Fonte: do autor.

77

78

79

Figura 48 - Mapa da relação do terreno escolhido com o terreno apontado para criação do espaço de lazer dos bairros próximos. Fonte: do autor.

Neste mapa o terreno em que o projeto será inserido está em rosa e em vermelho é o espaço reservado para área de lazer. A área ainda não recebeu uma proposta e atenderá diretamente apenas 2 bairros.

80

Figura 49 - Mapa da relação do terreno escolhido com as massas verdes e arbóreas. Fonte: do autor.

Com este mapa apresentamos as áreas verdes próximas ao terreno escolhido.

Estas áreas contemplam tanto as que tem arborização, quanto aquelas que tem apenas vegetação rasteira.

81

Figura 50 - Mapa da relação do terreno escolhido com os corpos de água que estão próximos. Fonte: do autor.

Apresentamos aqui os cursos d’água próximos a gleba escolhida.

82

Figura 51- Mapa da relação do terreno escolhido com os tipos de usos dos lotes. Fonte: do autor.

83

Com este mapa podemos visualizar mais claramente como aquela região é constituída. Vemos que os bairros têm áreas destinadas a serviços que ainda não foram criadas, mas também podemos perceber que a grande maioria é de construções residenciais (com quase toda sua totalidade de casas térreas).

Temos nesse raio de 1 km alguns comércios, prestações de serviços e áreas institucionais, uma quadra poliesportiva...

Mas não temos locais que propiciem o encontro de pessoas, a integração da sociedade. Por isso, este trabalho de pesquisa se mostra importante apresentando a necessidade da criação de um local que entregue espaços voltados para as atividades integradoras.

84

85

86

87

88

89

90

Figura 54 - Terceira proposta de implantação. Fonte: do autor.

91

9.3.2 Volumetrias Para as volumetrias dos edifícios que seriam necessários para abrigar algumas atividades foi utilizado o a referencia do estudo de caso do Centro Cultural de Arteixo e no conceito da árvore baobá. Criando algo que represente a solidez, funcional, que cumpra e atenda a necessidade proposta.

Figura 55 - Estudo de volumetrias. Fonte: do autor.

Figura 56 - Estudo de volumetria. Fonte: do autor.

92

9.4 Proposta Final Após os estudos e experimentações chegou-se ao resultado final.

Resultado este que será apresentado através das plantas técnicas e perspectivas.

93

94

95

96

97

98

99

9.6 Perspectivas

104

Imagem 62 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

105

106

Imagem 63 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

108

Imagem 64 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

110

Imagem 65 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

112

Imagem 66 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

114

Imagem 67 68 -- Perspectiva Perspectiva do do Projeto.

Projeto. Fonte Fonte do do autor autor

116

Imagem 68 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

118

Imagem 69 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

120

Imagem 70 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

122

Imagem 71 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

122

Imagem 72 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

124

Imagem 73 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

126

Imagem 74 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

128

Imagem 75 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

130

Imagem 76 - Perspectiva do Projeto. Fonte do autor

135

136

137