Revista Bubble

Rap paulista representa poesia e realidade com Joe Sujeira Capa: @_mrczz Do feed do istagram para, quem sabe, sua parede

Cascavel/PR - Centro Universitário FAG

Edição nº001 | Ano 1 | R$8,00

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Orientador: Jeferson Richetti Designers: Ariadne de Oliveira Trentini Luana Trespach Delallo Felipe Valenciano Cruz Jornalista: Ana Paula Mocelin

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Nós, acadêmicos de Design Gráfico do Centro Universitário FAG, de Cascavel PR, Ariadne Trentini, Luana Trespach e Felipe Cruz, trazemos esta revista como projeto integrador do 3º período do curso. Na matéria de Projeto Editorial, como orientador o Professor Jeferson Richetti. A revista Bubble, tem o intuito de trazer visibilidade a artistas que tem como exposição de seus trabalhos apenas redes sociais.

Um público jovem, que ama bancar o hipster e folhear uma revista de vez em quando. Essa geração tem a mania de ver uma coisa que gosta e procurar no instagram, ou no youtube. É como um instinto. A facilidade de Bolhas são como mundinhos particulares, o universo, o estilo, a subjetividade de cada artista.

Bolhas são voláteis, e podem estourar a qualquer momento, assim como um artista de internet. Bolhas impressionam logo quando são formadas, voam pelo ar, dançam, fascinam.

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6 10 14 s 20 u m á r s u m á r Uma palavra da nossa jornalista e egressa de jornalismo do Centro Universitário FAG.

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De papel, tesoura e cola pro reconhecimento da arte na internet. Colagens. Por Marcos Coelho.

Entrevista com Joe Sujeira.

Rima, conteúdo, ideias em fluxo. O conário do rap paulista pra te fazer ficar pensando no travesseiro antes de dormir.

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Desconstrução ao pé do lápis, do pincel, da caneta ou da agulha. A menina que achava que não era artista, é em sua essência. Carolina Alves e suas personas.

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Oi galera! Eu sou a Ana, a jornalista responsável pelas entrevistas com os artistas dessa edição. Uma das lições que aprendi conhecendo um pouco da história de cada um, é que o segredo da arte está em compartilhar aquilo que sentimos. Trabalhar com a arte é trabalhar com as nossas emoções. É materializar e expor as nossas emoções de alguma forma. Todos nós sentimos. Logo, todos nós podemos transformar nossos sentimentos em arte. Uns nascem arteiros, outros se descobrem artistas.

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@_mrczz fb.com/mrczz

Marcos Coelho estava cansado da rotina da faculdade de design e do trabalho em uma agência de publicidade em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Eram 12 horas do seu dia que ele passava triste e ansioso. Foi então que decidiu ocupar o tempo restante com algo que lhe fizesse sentir prazer. “Pensei em ilustrar, mas eu sou um péssimo ilustrador! Então, decidi que faria uma colagem digital por dia durante um mês. Eu gostei muito dos primeiros resultados e meio que me encontrei ali”.

O desafio de fazer as colagens todos os dias se transformou na sua terapia. “Foi uma forma que eu encontrei de me expressar e deixar de pensar nas milhões de coisas que eu costumo pensar”.

Como uma maneira de se sentir motivo a produzir diariamente, veio a ideia de criar um perfil no Tumblr. Depois Marcos escolheu migrar seu perfil para o Instagram, para ficar mais fácil de divulgar suas colagens e para acompanhar melhor seus artistas preferidos.

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_mrczz _mrczz Depois de alguns meses trabalhando em cima das suas colagens, Marcos sentiu que era a hora de participar de feiras. O valor cobrado pelas suas produções é algo que ele considera simbólico, pois o seu interesse mesmo é outro. A intenção é ter um diálogo e uma troca de experiências com pessoas que se identificam com a sua arte. “O objetivo é esse, usar minhas experiências boas ou ruins e transmitir elas no meu trabalho pra que pessoas que pensam parecido comigo possam se identificar e sentir que não estão sozinhas”.

Atualmente Marcos é diretor de arte em uma agência de publicidade em Porto Alegre. E continua com seu trabalho com as colagens, tanto digitais, quanto feitas com papel.

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sujo Rapper de São Paulo, publicitário e redator. Vai entecipar a cirrose pra esquecer da gastrite.

Mostra em suas letras o real cenário da sociedade atual. Desde dentro de casa até os becos as 3 da manhã. Criticas sociais com figuras de linguagem e uma genialidade que só o rap traz.

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Desde quando você traballha com música?

Desde 2008 Você divulga seu trabalho apenas no YouTube? Desde quando?

Não. Meu trabalho é divulgar no Facebook, no Twitter, no Instagram e em meios de comunicação especializados em Rap Nacional.

O Youtube serve como plataforma de streaming. Assim como Spotify, Itunes, etc.

Por que você escolheu esta(s) plataforma(s)?

Pois não existem mais outras opções. A mídia física perdeu muita força.

A sua arte é um hobbie ou sua fonte de renda?

Com que vanguarda/estilo/escola artística você identifica seu estilo?

É uma paixão e um complemento de renda.

Rap e Rock.

Você tem alguma formação profissional?

Esse sempre foi o seu estilo preferido?

Sim, sou formado em Publicidade e Propaganda.

Fui criado ouvindo Rock, sempre amei o estilo. Talvez até mais do que o Rap.

Você considera seu trabalho uma arte?

Sim, sem dúvida.

Quando e como você começou a desenvolver esse estilo?

Faço rap desde 2008, mas só “achei” meu estilo no processo de criação do disco que lançarei esse ano. Quando assumi que o Rock é meu estilo preferido e só estaria satisfeito com a minha música se deixasse que o Rock interferisse em tudo que faço.

O que arte significa para você?

@joesujeira fb.com/joesujeira

Uma válvula de escape para quem cria e para quem aprecia. Uma terapia, um remédio pro estresse.

A arte é muita coisa. Acho que sem a arte, depressão não seria uma doença, seria sinônimo de estar vivo.

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Vem escutar o Joe no Youtube.

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Quais são suas inspirações?

Para resumir: Black Sabbath, Yelawolf, Misfits, Sex Pistols, Lupe Fiasco, Method Man, Outkast, Johnny Cash, etc.

Se pudesse ter como tutor um grande mestre da arte (pode ser da música ou de outra área artística), quem seria?

Pergunta complicada, mas vou de Johnny Cash.

Que instrumentos você usa no seu trabalho?

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Papel e caneta.

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Cite 3 artistas que você mais curte no Youtube: Joe Budden, Jam Baxter, Brockhampton.

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“Somos rivais, somos iguais, somos meninos que já são pais Ou somos a turma do tarde demais Debatendo polemicas em jornais Fomos a paz de anos atrás ou somos a herança da falta de paz Somos os netos de escravos sentados Bebendo com netos de capataz Espere, opere os normais.

Prepare o terreno Pra ser mais do mesmo deguste o veneno na taça Faça seus planos sem fé nos jornais” Fim do Mundo, 2014.

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Aa menina que nao sabia desenhar s s s s s

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“É como eu me sinto, como eu lido com as coisas. É sobre estar em sintonia ou em briga com o Universo”

@x230894x fb.com/x230894x

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Quem acredita que para desenhar é preciso nascer sabendo e por isso já abriu mão dessa arte, é porque não conhece a história da Carolina.

Carolina Alves, gaúcha de 23 anos é artista visual. Sem nenhuma formação acadêmica, sua habilidade para desenhar “nasceu” há mais ou menos 4 anos de uma forma diferente.

Quebrando qualquer protocolo que possa dizer que para ser bom ou ter habilidade em algo é preciso ter uma aptidão natural, Carolina foi atrás de desenvolver o seu talento. Afinal de contas, ela podia não ter nascido com o dom para desenho, mas tinha nascido com a mais poderosa máquina embutida na cabeça: o cérebro.

Apostando todas as fichas na sua capacidade de aprender uma nova habilidade, a gaúcha estudou sobre coordenação motora.

“Estudei por meio de uma enciclopédia como “ativar” o lado direito do cérebro e aprender a desenhar. Eu nunca soube desenhar!

Então, lá tem uma parte do estudo em que o aluno aprende a ter uma coordenação motora melhor para desenhar através de um traço chamado contorno cego. Eu tinha outro traço nessa época de descoberta, mas não achei ‘eu’ o suficiente, então comecei a me apegar na técnica do contorno e nunca mais parei.”

A vontade que a Carolina tem de encontrar respostas dentro de si pode ser claramente notada na sua preferência pela arte abstrata. “Gosto muito de artes não realistas, artes que são feias a outros olhos. É a minha arte favorita. Sabe, a arte realista é linda, mas é um padrão que todos já conhecem e eu acho chato porque é algo que todos já esperam. Ninguém pensa mais nada. Ela não intriga ao extremo, não te faz buscar sentimentos até obscuros dentro de ti. A gente encontra muito isso na arte não realista, a gente sente mais.”

E se até então o desafio de aprender a desenhar era apenas uma questão de hobby, hoje em dia se tornou trabalho.

Carolina tem uma loja virtual no Instagram em que vende seus bordados, telas e ilustrações aquareladas. O seu perfil pessoal tem mais de 10 mil seguidores.

O segredo para trabalhos tão únicos está na fonte de inspiração da artista. “Todos os meus trabalhos são inspirados na minha vida e em coisas que eu acredito.

Depois do falecimento do meu irmão, em março desse ano, tudo ficou muito mais triste e forte na minha arte. É como eu me sinto, como eu lido com as coisas. É sobre estar em sintonia ou em briga com o Universo.”

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