Jornal Expressão - Novembro 2012

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Editorial

Caminho Pós-Sinodal

Tempo de aprofundar, celebrar, confessar e testemunhar a Fé

E

stamos dentro do Ano da Fé, um tempo proclamado pelo Papa Bento XVI, com a intenção de dar novo impulso missionário à ação de toda a Igreja. O Ano da Fé visa, antes de tudo, uma renovação interna da Igreja com os consequentes efeitos disso na sua missão. Por isso, este período nos convoca à conversão, ao fortalecimento da fé e ao anúncio renovado, comprometido e criativo para fazer o Evangelho chegar a todos. A fé é a porta pela qual somos introduzidos na vida de comunhão com Deus e nos tornamos membros da sua Igreja. É a fé, portanto, que nos faz Igreja, isto é, portadores de uma experiência específica que deve ser comunicada aos outros, para que também a façam. Atravessar esta porta é entrar num caminho que, começando no Batismo, dura a vida inteira. Na Carta Apostólica Porta Fidei o Papa afirma que não podemos pressupor a fé como algo definitivo e presente em todas as pessoas, inclusive nas que participam da Igreja e, menos ainda, na sociedade em geral. Vivemos uma profunda crise de fé, que tem atingido muitas pessoas. Isso dá a todos a responsabilidade de cuidar da fé, para desenvolvê-la e com ela contagiar outras pessoas. Diferentemente do que muitos pensam, Bento XVI diz que a fé não aliena, mas coloca o ser humano no seu lugar, pois responde a algumas perguntas que surgem no seu coração, pelo simples fato de ser humano. Os modos concretos de vivenciar o Ano da Fé são indicados por 4 verbos: Aprofundar, celebrar, confessar e testemunhar a fé. Aprofundar a fé é compreender melhor os seus conteúdos para assumi-los com mais compromisso. Isso pode ser feito com a leitura e o estudo do Catecismo, de modo pessoal e comunitário, e com outras formas de estudo e reflexão. Celebrar a fé é torná-la célebre, isto é, engrandecer a experiência de crer. Isso se faz por meio da liturgia que, ao mesmo tempo, alimenta a fé. Confessar a fé é crescer na coragem de mostrar a um mundo cuja mentalidade e prática vai, cada dia mais, na contramão da fé o que norteia a nossa existência. Testemunhar a fé é assumir as conseqüências de crer. Assim, porque acreditamos em um Deus comunhão, amor, misericórdia, a unidade, a caridade fraterna e perdão sem limites devem ser características de nossa vida prática. Porque cremos em um Deus que se encarnou, temos compromisso com a humildade, o serviço e o colocar-se ao lado dos menos importantes e mais necessitados. A caridade cristã é o testemunho da fé, fruto mais excelente dessa virtude, que mostra que ela está viva. Viver concretamente o Ano da Fé é aproveitar as oportunidades que esse tempo oferece em vista de uma realização pessoal mais plena e maior eficácia da missão evangelizadora, que é de todos.

O DECOM está cadastrando os membros para a Rede de Comunicadores. Fale com seu pároco ou assessor de Pastoral. Mais informações, ligue: 3928-3929 ou 3928-3926, com Ana Lúcia e Pedro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Evangelizar os jovens à luz da Palavra de Deus e da palavra da Igreja Não basta apenas conhecer a realidade da juventude, mesmo considerando em primeiro lugar seu potencial, mas é necessário, também um olhar de fé, que se obtém a partir da Palavra de Deus e do ensinamento da Igreja. Seguimento de Jesus Cristo, Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus e Construção de uma sociedade solidária são alguns eixos temáticos que devem direcionar o nosso compromisso com os jovens. Seguimento de Jesus Cristo Os jovens buscam modelos e referências para sua vida e isso constitui uma porta que se abre para o processo de evangelização deles, a grande oportunidade de apresentar-lhes Jesus Cristo. Com criatividade pastoral deve-se apresentar e testemunhar Jesus Cristo como resposta às angústias e aspirações mais profundas dos jovens de hoje. Como todo cristão, o jovem é convidado por Jesus a ser seu discípulo, através de um convite pessoal. Evangelizar os jovens requer que isso seja mostrado a eles de maneira convincente para fecundar-lhes o coração, gerar uma consciência ética própria e sustentar uma conduta que aponte o compromisso com a vida e o Reino de Deus. Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus Mesmo evangelizados, muitos jovens se mostram resistentes à Igreja, porque têm dificuldade para entender que eles são Igreja ou porque não se sentem acolhidos nas comunidades. Muitos

deles pensam que a Igreja é algo ultrapassado, burocrático e que fala uma linguagem desconectada de sua vida. Frequentemente compreendem-na apenas como instituição e não como a comunidade dos seguidores de Jesus. Em muitos ambientes universitários e meios de comunicação a Igreja é apresentada como cúmplice da injustiça e, em diferentes situações históricas, contra o progresso humano. A evangelização da juventude deve desfazer essas imagens por meio do testemunho comunitário, que a faça experimentar a Igreja como comunidade de irmãos, família dos seguidores de Jesus e com a apresentação das tantas experiências de santidade e solidariedade na história da Igreja. Renovar a vida da Igreja pelo caminho do serviço e da superação do autoritarismo, pela oferta de canais de participação e

envolvimento nas decisões é também caminho eficaz para evangelizar os jovens inserindo-os na comunidade dos seguidores de Jesus. Construção de uma sociedade solidária Embora seja algo desafiante para nossos tempos, a evangelização dos jovens não pode visar somente suas relações mais próximas (amigos, família), mas deve também motivar o envolvimento com as grandes questões que dizem respeito a toda a sociedade (economia, política e desafios sociais de nosso tempo). A sociedade brasileira, uma das mais desiguais do mundo pede protagonistas comprometidos com os ideais do Evangelho em vista de transformá-la. Os jovens devem ser formados para tornarem-se, nesta sociedade atual, presença do bom samaritano que socorre toda vítima inocente do mal no mundo. A palavra da Igreja Muitas vezes o Magistério da Igreja se ocupou da evangelização da juventude propondo ensinamentos que podem balizar as atividades nesse campo. O Documento de Medellin, de Puebla, Santo Domingo e Aparecida, a exortação apostólica Christifideles Laici e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, são referências desses ensinamentos indispensáveis para o trabalho evangelizador da juventude por toda a comunidade. Pe. Edinei Evaldo Batista

Coordenador Diocesano de Pastoral

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