Índice: pág. 1 - Editorial / pág. 2 - Paisagens Errantes - Paola Berenstein Jacques / pág. 3 - A Forma da Ausência: Terrain Vague - Ignasi de Solà- Morales / pág. 4 - Parque no Brooklyn - Frederick Law Olmsted / pág. 5 - Entrevista - Fernando Chacel / pág 6 - Praça dos Vagalumes - Aluno: Felipe Botelho | Professora: Flaviana Raynaud
nº 1 maio/2007
distribuição gratuita
periódico do curso de arquitetura e urbanismo da PUC-Rio
EDITORIAL FRESTA 1 abre-se para a discussão sobre a paisagem, reunindo textos que nos ajudam a refletir sobre um conjunto de conceitos cruciais para a prática contemporânea da arquitetura e do paisagismo — com destaque para o conceito de “paisagem urbana”. A entrevista concedida aos editores executivos de FRESTA (profs. Ana Luiza Nobre e Andrés Passaro) por Fernando Chacel, um de nossos maiores paisagistas e autor do projeto de paisagismo da Nova Biblioteca Central da PUC-Rio, ajuda a esclarecer o que é a prática do paisagismo hoje, e põe em debate sua importância na construção da cidade contemporânea. Frederic Law Olmsted (1822-1903), autor do mais famoso parque urbano do mundo, o Central Park de Nova York, viveu a braços com questões complexas, e deu a elas (através de textos e projetos) respostas instigantes. O interesse que seu trabalho despertou em personagens tão diversos quanto Lucio Costa e Robert Smithson dá bem a medida da importância de sua obra. Uma obra ainda hoje bastante ignorada no Brasil que FRESTA contribui para trazer à luz, com um texto inédito em português. Em “Terrain vague”, texto publicado por lgnasi Solà-Morales no catálogo do XIX Congresso da U1A/ União Internacional de Arquitetos, em 1996, aborda-se a paisagem urbana procurando resgatá-la da positividade (herdada do século XIX) do planejamento urbano. À noção pejorativa de “vazio urbano” o autor contrapõe a ideia de “terrain vague” — espaço residual, de ausência e liberdade, a ser urgentemente preservado nas cidades pós-industriais. Motivação análoga à de Paola Berenstein Jacques que, defendendo a ideia de “paisagens errantes”, explicita sua insatisfação com “métodos de intervenção no espaço urbano que se distanciam cada vez mais da experiência urbana, da própria vivência ou prática da cidade”. FRESTA 1 traz ainda trabalho produzido na disciplina de paisagismo por nosso ex-aluno e hoje arquiteto Felipe Botelho, que representa aqui a primeira turma do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, formada em janeiro último. Otavio Leonídio Coordenador Acadêmico do CAU PUC-Rio