150 anos de Imigração Italiana no Brasil

UNIVERSIDADE DO MINHO MESTRADO EM HUMANIDADES DIGITAIS CORPORA NAS HU

150 ANOS DE

IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL

PROFESSORAS: SÍLVIA ARAÚJO CECÍLIA MARIA

CO-ORIENTAÇÃO: EVELYNE AZEVEDO

ALUNAS: DANIELLA MONTEIRO CAVALHEIRO LÍVIA PÉREZ BETTERO JAN/2024

UNIVERSIDADE DO MINHO MESTRADO EM HUMANIDADES DIGITAIS CORPORA NAS HU

150 ANOS DE

IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL

PROFESSORAS: SÍLVIA ARAÚJO CECÍLIA MARIA

CO-ORIENTAÇÃO: EVELYNE AZEVEDO

ALUNAS: DANIELLA MONTEIRO CAVALHEIRO LÍVIA PÉREZ BETTERO JAN/2024

150 ANOS DE IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL

1 INTRODUÇÃO

2 HÁ 150 ANOS...

3 DIÁSPORA ITALIANA

4 PERFIL DOS IMIGRANTES

5 CHEGANDO AO BRASIL...

6 INFLUÊNCIAS CULTURAIS

7 150 ANOS DEPOIS...

8 BIBLIOGRAFIA

9 FICHA TÉCNICA

INTRODUÇÃO Bem-vindo ao e-book que celebra os 150 anos de imigração italiana no Brasil!

Nesta obra, exploraremos a rica história desse fenômeno migratório, iniciado na segunda metade do século XIX, deixando sua marca até os dias atuais. Para enriquecer nossa compreensão, realizamos uma pesquisa abrangente, coletando dados valiosos para comparar com informações históricas.

Primeiramente, mergulharemos nas origens da diáspora italiana no Brasil, destacando os motivos que levaram tantos italianos a buscar uma nova vida em terras brasileiras. Examinaremos as condições socioeconômicas na Itália do século XIX e os fatores que influenciaram essa migração em massa.

Exploraremos o período inicial da imigração italiana, destacando os principais anos de chegada, os portos de entrada e as regiões do Brasil que receberam maior concentração de imigrantes italianos. Ofereceremos uma visão panorâmica do impacto desses fluxos migratórios na formação da sociedade brasileira.

Analisaremos algumas contribuições significativas dos imigrantes italianos para a cultura brasileira, bem como seu papel fundamental no desenvolvimento econômico do país. Falaremos das tradições culinárias até a influência na arquitetura, exploraremos como a presença italiana moldou aspectos importantes da identidade brasileira.

Falaremos das transformações sociais decorrentes da presença contínua da comunidade italiana no Brasil e mostraremos como as relações familiares, a educação e a participação política foram influenciadas por essa longa trajetória migratória.

Este ebook é uma homenagem aos 150 anos de imigração italiana no Brasil, destacando o impacto duradouro dessa comunidade na construção da nação e ao compreendermos a jornada desses imigrantes, esperamos preservar e honrar a rica herança cultural que eles legaram ao Brasil.

Imagem 1 - Imigrantes italianos embarcando para o Brasil no século XIX..

Fonte: Bing IA.

HÁ 150 ANOS...

O Brasil era um império e sua Imperatriz era Teresa Cristina de Bourbon das Duas-Sicílias (*14 de março de 1822, Nápoles, Itália - +28 de dezembro de 1889, Porto, Portugal), chegada ao Rio de Janeiro em 03 de setembro de 1843 após seu casamento por procuração com o Imperador D. Pedro II. Filha do rei Francisco I das Duas Sicílias e da infanta Maria Isabel da Espanha, por sua dedicação em desenvolver a cultura e melhorar as condições de vida e saúde do povo brasileiro, passou a ser aclamada como “Mãe dos Brasileiros“.

Na primeira metade do século XIX, Nápoles estava entre as cidades européias mais avançadas do mundo e o reino das Duas Sicílias (Sul da Italia e Sicília) chegou a acumular, dois terços do ouro total da península italiana.

O conceito de “nação” era definido, até então, como “o agregado de habitantes de uma província, de um país ou de um reino" e o modelo de estado nacional deveria seguir o modelo europeu.

O Brasil Imperial tinha uma população mas ainda não tinha um povo - se excluíam “indios” e “negros da terra” que eram maioria em determinadas regiões do país. Não havia um Brasil no sentido de espaço unificado e o intercâmbio cultural promovido pela Imperatriz Teresa Cristina era uma forma de enriquecer a cultura de um povo brasileiro ainda em construção.

Os Bourbon seriam pioneiros em termos de política cultural no Brasil.

Foto 1: Imperatriz Teresa Cristina, tirada no ano 1888.

Fonte: Arquivo Nacional

DIÁSPORA ITALIANA A Diáspora Italiana no Brasil se inicia oficialmente em 1874 com a Expedição Tabacchi, que atravessou o Atlântico com 386 camponeses, um padre e um médico italianos, todos trentinos e vênetos.

Nos anos seguintes, com o deslocamento de massas populacionais originárias das mais diversas regiões da Itália, famílias inteiras desembarcaram em solo Brasileiro para trabalhar em fazendas, pedreiras, estradas de ferro e onde mais pudessem suprir a deficiência de mão de obra enfrentada após a Lei do Ventre Livre no país, ao mesmo tempo em que, na Italia se enfrentava a crise agrária ou “grande depressão” (1873-1895).

Gráfico 1: Fluxo Migratório de Italianos para o Brasil Imperial

Imagem 2: Imigrantes embarcam em navio a vapor do século XIX Fonte: Canva IA

DIÁSPORA ITALIANA Ao decidir deixar a Itália para o Brasil, os imigrantes vendiam todos os seus bens, mas o agenciamento de italianos para imigração atraía mais pessoas do que a capacidade de transporte dos navios, fazendo com que muitos se concentrassem em Gênova, em condições precárias, à espera de uma oportunidade para embarcar em busca da promessa de um novo horizonte de fartura e prosperidade.

Uma vez embarcados, os imigrantes se acomodavam em espaços estreitos chamados “cuccetta”, que lhes servia como dormitório coletivo cuja higiene deixava a desejar, tornnado o ambiente, repleto de parasitas e insetos, propício à propagação de doenças. Banho completo não era uma possibilidade.

Não haviam espaços destinados à alimentação nestes navios, portanto, a comida e a bebida eram distribuídas e consumidas em qualquer local e sem qualquer cuidado. Também não havia sistema de filtragem da água que era armazenada para consumo e acaba servida em cor avermelhada devido ao contado com o metal enferrujado dos tanques.

O Regulamento de Sanidade Marítima seria criado apenas em 29 de setembro de 1895 e a primeira lei sobre os aspectos sanitários para a viagem de imigrantes estrangeiros ao Brasil, apenas em 1901.

Foto 2: Imigrantes italianos em navio rumo ao Brasil.

Fonte: site Pesquisa Italiana .com.br

PERFIL DOS IMIGRANTES Os imigrantes italianos chegavam ao Brasil principalmente pelos portos do Rio de Janeiro e de Santos, não por acaso, pois o Rio de Janeiro era o Estado de residência da Faília Imperial e também de onde, nas décadas anteriores, haviam saído os principais exploradores que colonizaram outras regiões do país, enquanto Santos tinha o melhor acesso apra navios e a maior demanda por mão de obra para trabalho no campo.

A viagem entre Itália e Brasil durava aproximadamente 40 dias e muitos imigrantes precisavam trabalhar assalariados por muitos meses a fim de quitar a dívida das passagens recebidas.

A fama dos vênetos em especial, era de gente trabalhadora e submissa cuja tendência ao trabalho familiar, incentivada pela Igreja Católica e pelas autoridades italianas, agradava aos fazendeiros brasileiros, ao contrário da população negra liberta que se opunha ao trabalho de crianças, uma vez que este remetia aos abusos da escravidão.* Até 1891 não havia lei que definisse a idade mínima para o trabalho no Brasil e a política de incentivo ao trabalho familiar fez com que, para cada imigrante que viajava sozinho, outros quatro viajassem levando a família consigo.

Gráfico 2: Proporção entre Imigrantes que viajavam sozinhos e Imigrantes que viajavam como Chefes de familia.

Desconsiderando-se os demais membros de cada família.

Só

Chfes de familia

* A preferência por trabalhadores imigrantes italianos dava-se também pelo preconceito contra os chamados “negros da terra” e “índios”.

PERFIL DOS IMIGRANTES Com a família...

Cada passageiro declarado como “Chefe” de uma família, embarcava acompanhado de filhos, esposas/maridos, pais, avós, enteados, tios, irmãos, acompanhantes, conviventes e, alguns poucos, acompanhados de pupilos, criados ou servos.

Gráfico 3: Relações de parentescos de pessoas embarcadas com aquelas denominadas “Chefes”

Gráfico 4: Proporções de imigrantes por tipo de parentesco

PERFIL DOS IMIGRANTES A travessia entre Itália e Brasil não era uma viagem fácil e muitos imigrantes morreram durante o percurso, sendo a maioria dos registros de baixa entre menores de quatorze anos onde, quase metade eram de crianças de até quatro anos.

(%)

Gráfico 5: Contagem de Imigrantes por Faixa Etária

(%)

Gráfico 6: Falecidos durante a viagem

Imagem 3 - Crianças itlaianas do século XIX. Fonte: Microsoft Designer IA.

PERFIL DOS IMIGRANTES Entre chefes e viajantes solitários...

Embora imigrar da Itália ao Brasil com toda a família fosse afetasse até cinco gerações de um grupo familiar, entende-se que os passageiros indicados como “Chefe” e aqueles que viajavam sozinhos eram os principais tomadores da decisão.

Gráfico 7: Distruibuição de Idades entre Chefes e Viajantes Sozinhos

Mesmo que a maioria dos chefes e viajantes sozinhos fossem homens, havia uma minoria de mulheres que se lançavam à imigração sozinhas ou como Chefes de famílias.

Gráfico 8: Proporção entre Homens e Mulheres “Chefes” e “Sozinhos Homens Mulheres

Imagem 4 - Camponesa Italiana do século XIX. Fonte: Microsoft Designer IA.

CHEGANDO AO BRASIL...

Imagem 5 - Família de imigrantes italianos do século XIX. Fonte: Bing IA.

Muitos dos imigrantes recém-chegados ao Brasil foram direcionados diretamente para seus lugares de trabalho, em sua maioria, em fazendas.

Outros, como os que passaram por São Paulo, por exemplo, foram acolhidos na Hospedaria do Imigrante até serem levados ao que seria seus novos lares e lugares de trabalho.

Durante seu período de passagem pelas hospedarias e barracões, cujas condições nem sempre eram muito melhores que as do navio, os imigrantes trabalhavam na construção de estradas. Este trabalho era geralmente pago não com dinheiro, mas com bônus que seriam cobertos pelo futuro empregador definitivo de cada imigrante.

Em todo país, estes imigrantes descobriam o que até então lhes era desconhecido: não havia escola ou qualquer forma de educação gratuita para os filhos do povo e quando se podia pagar, o ensino era em Português enquanto a fala do italiano era desincentivada.

Os conflitos entre fazendeiros defensores da monarquia e de um governo republicano faziam com que muitos deles distribuíssem armas e facões entre os imigrantes italianos recém chegados para que participassem dos enfrentamentos.

INFLUÊNCIAS CULTURAIS Arquitetura Não eram foram apenas camponeses que desembarcaram no Brasil, vindos da Itália no século XIX. Também desembarcaram pedreiros. A arquitetura trazida por estes imigrantes é caracterizada por casas estreitas, com revestimentos de pedra ou madeira, pintura colorida, ornamentos em vidro e ferro e cozinhas espaçosas.

Essa arquitetura, conhecida como arquitetura italiana, se espalhou por diversas regiões do Brasil e ainda é muito presente em algumas cidades, como São Paulo e Curitiba. Além das casas, os imigrantes italianos também influenciaram na construção de igrejas e prédios públicos, como escolas e prefeituras. A arquitetura italiana é uma importante parte da história e cultura do Brasil, e suas características únicas continuam a ser admiradas e preservadas até os dias de hoje.

Foto 3 - Arquitetura italiana: casa no sul do Brasil.

Fonte: vivadecora.com.br

INFLUÊNCIAS CULTURAIS Língua A língua italiana tem uma presença marcante no vocabulário brasileiro, enriquecendo-o com uma variedade de palavras e expressões. Palavras como “Banquete”, “Cascata”, “Festim”, “Gazeta”, “Maestro”, “Máfia”, “Panetone”, “Polenta”, “Soneto”, “Trampolim”, “Violino” e “Tchau” são apenas alguns exemplos da rica língua italiana que se tornaram populares no Brasil.

Além disso, muitos sobrenomes italianos se tornaram marcas conhecidas de produtos no Brasil, demonstrando a profundidade e a durabilidade da influência italiana na cultura brasileira. Essa herança linguística continua a ser uma parte importante da identidade brasileira, refletindo a história de imigração e integração italiana no país.

Família As famílias italianas são conhecidas por sua estrutura extensa e unida, que muitas vezes incluía várias gerações vivendo sob o mesmo teto ou muito próximas umas das outras. Esta estrutura familiar, que abrange desde os bisavós até os sobrinhos, é uma característica marcante da cultura italiana.

Além disso, as reuniões familiares são até hoje uma parte integral da vida familiar italiana, muitas vezes centradas em torno de uma mesa farta de comida deliciosa e vinho. Estas reuniões são mais do que apenas uma oportunidade para desfrutar de uma refeição, elas são uma celebração da família, da comunidade e da herança cultural italiana. Esta tradição de famílias grandes e reuniões familiares ricas em comida e vinho foi trazida para o Brasil pelos imigrantes italianos e continua a ser uma parte importante da cultura ítalo-brasileira.

INFLUÊNCIAS CULTURAIS Vinicultura A influência culinária italiana no Brasil é inegável e se estende além da mesa de jantar. Os imigrantes italianos não apenas trouxeram consigo receitas deliciosas, mas também a tradição vinícola. Na região da Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, muitos imigrantes italianos se dedicaram à cultura da uva para a produção de vinho, estabelecendo o Brasil como um produtor de vinhos respeitado internacionalmente, tudo isso graças à influência italiana na vinicultura brasileira. Essa rica herança culinária continua a ser uma parte importante da cultura brasileira, demonstrando a profundidade e a durabilidade da influência italiana na gastronomia do Brasil.

Imagem 6 - Imigrantes trabalhando na produção de uvas Fonte: Bing IA.

INFLUÊNCIAS CULTURAIS Culinária A culinária italiana é muito apreciada no Brasil, tanto que muitas cidades possuem bairros inteiros dedicados à gastronomia italiana, com restaurantes que oferecem pratos típicos da Itália e seus sabores marcantes.

Pratos típicos como lasanha, risoto, e a presença de ingredientes como calabresa, parmesão e mortadela podem ser encontrados em diversas receitas.

A pizza, em particular é um prato muito popular no Brasil, com a pizza Margherita sendo um dos sabores mais amados. A pizza Margherita tem uma história interessante: foi criada em 1889 para homenagear a rainha Margarida de Saboia. Os ingredientes foram escolhidos para representar as cores da bandeira italiana: branco representado pela mozarela, verde pelo manjericão e vermelho pelo molho de tomate. Além disso, pratos como gnocchi e fettuccine são apreciados em todo o país. A sobremesa italiana tiramissú também encontrou seu lugar na mesa brasileira.

Imagem 7 - Mulher preparando massa italiana.

Fonte: Microsoft Designer IA.

INFLUÊNCIAS CULTURAIS Culinária As práticas culinárias italianas foram preservadas e adaptadas pelos descendentes de imigrantes, resultando em uma fusão única de sabores e técnicas.

Essa herança culinária continua a ser uma parte importante da cultura brasileira, demonstrando a profundidade e a durabilidade da influência italiana na gastronomia do Brasil. Para os descendentes de italianos, esta é uma celebração da sua rica herança cultural e culinária.

Imagem 8 - Imigrantes Italianos cuidando da colheita e da comida Fonte: Bing IA.

150 ANOS DEPOIS...

Comunidades Italianas no Brasil A imigração italiana deixou descendentes em todo o Brasil com algumas comunidades concentradas em estados como São Paulo onde se encontra a maior comunidade italiana do país e no Espírito Santo onde está a maior percentagem de descendentes italianos em relação à população total.

Tabela 1: Distribuição de descendentes de italianos no Brasil fonte: https://www.cidadaniaitalianaassistencia.com/historia.html

Estado

População total

População com ascendência italiana

Porcentagem de ítalo-descendentes

São Paulo

33 milhões

9,9 milhões

30%

Paraná

9,2 milhões

3,7 milhões

39%

Rio Grande do Sul

9,5 milhões

2,1 milhões

22,0%

Santa Catarina

4,5 milhões

2,7 milhões

60%

Espírito Santo

2,6 milhões

1,7 milhão

65%

Minas Gerais

15,8 milhões

1,3 milhão

8%

Rio de Janeiro

14,1 milhões

600 mil

4,0%

Região Norte

8,89 milhões

1, milhão

6,8%

Região CentroOeste

10,38 milhões

400 mil

4%

Região Nordeste

42,8 milhões

150 mil

0,35%

Total no Brasil

151 milhões

23,55 milhões

15,6%

150 ANOS DEPOIS...

Formulário de Pesquisa Enviamos formulários para comunidades italianas no Brasil e também para a comunidade acadêmica no Brasil e em Portugal para buscarmos dados recentes que nos ajudaram a comparar e contrastar com as condições do início da imigração com os dados dos respondentes do questionário na atualidade.

A seguir uma nuvem de palavras com os sobrenomes dos respondentes desse formulário: Gráfico 9: Nuvem de palavras com os sobrenomes dos respondentes

Gráfico 10: Distribuição das dos respondentes por idade

150 ANOS DEPOIS...

Coincidência Demográfica: Paralelos Geracionais entre Imigrantes Italianos e Respondentes do Formulário Enviado A correspondência etária entre os indivíduos que imigraram e aqueles que optaram por responder ao formulário enviado (entre 25 e 45 anos) espelha uma perpetuação cultural de princípios e identidade. Este paralelismo realça o impacto persistente da comunidade italiana, revelando a passagem de valores, costumes, princípios e identidade através das gerações, destacando a persistência e a relevância contínua desta comunidade ao longo dos anos.

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FICHA TÉCNICA Geração de Imagens Canva.

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Design

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Edição do e-Book Canva.

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