REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #419

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ALGARVE INFORMATIVO 27 de janeiro, 2024

VILA DO BISPO INAUGUROU

CELEIRO DA HISTÓRIA MARES 1 MONUMENTO À ALELUIA | USF ESTRELA DO MAR | JOSÉ CID | UNIVERSIDADE EUROPEIA ALGARVE DOS INFORMATIVO #419 COMEMORAÇÕES DOS 250 ANOS DA CRIAÇÃO DO CONCELHO DE LAGOA | «A MENINA DO MAR»


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ÍNDICE MICHELIN Guide Ceremony Portugal 2024 (pág. 16) USF Estrela do Mar (pág. 22) Universidade Europeia dos Mares (pág. 30) Comemorações dos 250 anos da criação do Concelho de Lagoa (pág. 40) Monumento à Procissão da Aleluia (pág. 48) Museu de Vila do Bispo - Celeiro da História (pág. 54) José Cid em Sagres (pág. 80) «A Menina do Mar» no Cineteatro Louletano (pág. 88)

OPINIÃO Mirian Tavares (pág. 102) Ana Isabel Soares (pág. 104) Nuno Campos Inácio (pág. 106)

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Gastronomia de Portugal vai estar em destaque na MICHELIN Guide Ceremony Portugal 2024 Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, foi palco, no dia 16 de janeiro, da apresentação da MICHELIN Guide ALGARVE INFORMATIVO #419

Ceremony Portugal 2024, que terá lugar a 27 de fevereiro, no NAU Salgados Palace & Congress Center, no concelho de Albufeira. O evento será o primeiro em que a seleção de restaurantes de Portugal será apresentada separadamente da de Espanha, numa gala própria. 16


MICHELIN), e João Oliveira, do Vista (uma Estrela MICHELIN) coordenarão o elenco de chefs do Algarve que estarão encarregues de proporcionar aos convidados da Gala um jantar protagonizado por alguns dos pratos mais emblemáticos da gastronomia portuguesa.

A riqueza turística, cultural e gastronómica do Algarve faz da região um marco incomparável para destacar a dimensão culinária portuguesa com a apresentação do Guia MICHELIN Portugal 2024. Com a organização de um evento próprio em Portugal, a revelação da seleção de restaurantes, e a consequente distribuição de conteúdos editoriais e de comunicação, o Guia contribui para a promoção de Portugal enquanto destino gastronómico de referência na Europa. Os chefs Dieter Koschina, do Vila Joya (duas Estrelas 17

A equipa de coordenadores e chefs será formada por Dieter Koschina – Restaurante Vila Joya (dus Estrelas MICHELIN) – Coordenador; João Oliveira – Restaurante Vista (uma Estrela MICHELIN) – Coordenador; Hans Neuner – Restaurante Ocean (duas Estrelas MICHELIN); José Lopes – Restaurante Bon Bon (uma Estrela MICHELIN); Liborio Buonocore – Restaurante Gusto by Heinz Beck (uma Estrela MICHELIN); Louis Anjos – Restaurante Al Sud (uma Estrela MICHELIN); e Luís Brito – Restaurante A Ver Tavira (uma Estrela MICHELIN). A mestra de cerimónias será Catarina Furtado, um dos rostos mais populares da televisão portuguesa. Comunicadora, apresentadora, atriz, autora e documentarista, é também Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a população, fundadora da Associação Corações com Coroa, e, em 2005, foi agraciada com o grau de Comendadora da Ordem de Mérito, pelo Presidente da República Jorge Sampaio. Também na passadeira vermelha, a receber os convidados com a sua boa disposição, estará o apresentador de rádio e televisão e comunicador Fernando Alvim, que transmitirá a sua energia positiva a todos os que assistirem ao evento presencialmente e via streaming. Como parte do programa de ativações ALGARVE INFORMATIVO #419


prévias do grande encontro gastronómico de 27 de fevereiro, no dia 6 de fevereiro terá lugar o primeiro Debate da Gala, no Museu de Portimão, situado na antiga fábrica de conservas de peixe São Francisco (Feu & Hermanos, Lda.), e que faz parte da Rota Europeia do Património Industrial. O Debate contará com convidados de exceção que analisarão e transmitirão a sua visão sobre como a gastronomia se pode tornar num poderoso motor de potenciação do sector turístico, e influir na identidade cultural de um destino, convertendo-se num fator de diferenciação também sob a perspetiva da sustentabilidade. Os protagonistas do Debate serão José Avillez, um dos melhores embaixadores da gastronomia de Portugal, e chef dos restaurantes Belcanto (duas Estrelas MICHELIN), Encanto (uma Estrela MICHELIN) e Tasca by José Avillez (uma Estrela MICHELIN); Marlene Vieira, que leva os comensais a descobrir a riqueza da gastronomia portuguesa no Zunzum Gastrobar (Bib Gourmand) e no Restaurante Marlene (Recomendado); Lídia Monteiro, Vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal; Rafel Tonon, jornalista especializado em gastronomia, coordenador do Mestrado em Jornalismo e Comunicação Gastronómica do Basque Culinary Center, no País Basco (Espanha); João Wengorowius, apaixonado pela gastronomia, fundador e CEO da WB/Brand Strategy Advisory, e autor do livro «We Chefs»; e Nuno Nobre, consultor em cultura alimentar e turismo gastronómico, professor na Universidade Lusófona, e gestor de projetos na ONU e na UE, além de fundador do Festival ALGARVE INFORMATIVO #419

Internacional do Ouriço do Mar da Ericeira, e do Instituto Mundial da Alimentação. Com o objetivo de maximizar a visibilidade do Algarve e de Portugal, o Guia MICHELIN lançará uma importante campanha de comunicação sob o lema «Algarve, o Sabor do Sul da Europa», centrada em três elementos fundamentais das influências da gastronomia algarvia: a serra, o mar e a ria. A campanha inclui diferentes ativações físicas e digitais, envolvendo a comunidade de chefs, celebridades e o público em geral, bem como um plano de meios que combina imprensa digital e convencional, com uma série de formatos e conteúdos específicos. Presente na cerimónia, André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, declarou que a gastronomia do Algarve é um excelente desafio para Chefs e entusiastas gastronómicos de todo o mundo, acreditando ser esta uma das grandes razões que justificaram a escolha desta região como palco para a realização da Gala da 1.ª edição do Guia Michelin Portugal. “Poder acolher esta Gala

no Algarve tem um enorme significado para toda a região, não apenas enquanto momento de celebração da gastronomia nacional, mas também, e sobretudo, como uma excelente oportunidade para dar a conhecer a riqueza, a diversidade e a autenticidade dos pratos e ingredientes que compõem a culinária algarvia”, afirmou. 18


Para André Gomes, o Algarve possui uma cozinha única, “que combina

saberes e sabores da serra, do mar e da ria, que conjuga a tradição com a inovação gastronómica, e que, acima de tudo, reflete, de forma fiel, a cultura local, transportando em si uma riqueza histórica e um conjunto vasto de influências de todas os povos que por aqui passaram”. Sendo esta uma gastronomia verdadeiramente inspiradora, é fácil perceber a razão pela qual o Algarve concentra um elevado número de restaurantes Michelin, oito no total, dois dos quais ostentam duas estrelas, pois os Chefs têm todas as condições para serem desafiados e poderem contar histórias únicas à mesa. “E o reconhecimento da

gastronomia local é, cada vez 19

mais, um elemento diferenciador do Algarve junto dos seus visitantes e fator de atração de novos turistas. Há da parte do Turismo do Algarve, um compromisso crescente, quer ao nível da valorização dos produtos regionais, como do apoio ao desenvolvimento de projetos, rotas e eventos que permitam uma imersão na cozinha da região, como forma de promover a sua sustentabilidade e autenticidade. Projetos como «Algarve Craft & Food», o «Algarve Cooking Vacations» ou «O Algarve na Dieta Mediterrânica» são alguns exemplos que merecem destaque e que garantem experiências únicas aos visitantes”, aponta o presidente do Turismo do Algarve . ALGARVE INFORMATIVO #419


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USF Estrela do Mar leva mais saúde a Quarteira com novo espaço Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ntrou em funcionamento, no dia 16 de janeiro, o novo espaço da USF – Unidade de Saúde Familiar de Quarteira Estrela do Mar, uma resposta ao crescimento demográfico e aumento da procura dos serviços de saúde nesta freguesia. Numa unidade “paradigmática” que conta com 12 mil utentes, há muito que era sentida a ALGARVE INFORMATIVO #419

necessidade de reforçar os serviços, revelou na ocasião Rui Lourenço, coordenador desta USF. A partir de agora, a «Estrela do Mar» irá funcionar em instalações provisórias junto à Extensão do Centro de Saúde, com um novo bloco com cerca de 200 metros quadrados onde foram criados sete novos gabinetes médicos e uma sala de tratamentos, num investimento do Município de Loulé orçado em cerca de 22


200 mil euros. E, na presença de responsáveis clínicos, pessoal e responsáveis autárquicos, a inauguração do novo espaço contou igualmente com a presença de João Ferreira, o responsável da Unidade Local de Saúde do Algarve. Rui Lourenço, que exerce funções em Quarteira desde 2011, recordou que nessa altura dispunha apenas de oito médicos e neste momento são já 18 os profissionais que ali se encontram.

“Praticamente não temos utentes sem médico de família”, notou. A USF Estrela do Mar existe há cerca de um ano e meio, período durante o qual “a

equipa conseguiu trabalhar em condições difíceis”. “Hoje pusemos mais uma pedrinha naquilo que é a reforma dos cuidados de saúde primários. Neste período

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conseguimos melhorar muito aquilo que é a nossa performance, desenvolver um projeto de grande autonomia e responsabilidade”, explicou Rui Lourenço. O médico destacou ainda o facto de Quarteira ser, há mais de uma década,

“um exemplo ao nível dos centros de saúde enquanto espaço de trabalho e de ensino universitário, quer para a área da enfermagem, quer para a área da medicina”. “Neste momento exercem aqui as funções de médico de família quatro antigos alunos de medicina que por aqui passaram e ficaram”, destacou. Por isso mesmo, o autarca de Loulé, Vítor Aleixo, quer replicar “esta boa experiência” no edifico de saúde

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que está em fase de construção na cidade de Loulé. “As instalações, por si só,

resto das suas vidas cá e precisam de cuidados de saúde”, frisou o edil.

vão ter capacidade de atrair interesse e ser motivadoras para ter lá mais jovens médicos”,

Presente na sessão, Rubina Correia, diretora clínica para os cuidados primários da Unidade Local de Saúde do Algarve, sublinhou a importância dos serviços de proximidade “tendo em

considerou. O presidente da Autarquia, que há mais de duas décadas inaugurou a extensão de saúde de Quarteira, aproveitou para anunciar que o Município está já a trabalhar para “dotar Quarteira de

um edifício de raiz para albergar os serviços que ficam instalados nesta USF”. “Quarteira cresceu bastante nos últimos anos, atrai muita gente de imensos lugares por motivações diferentes. Vivem cá, trabalham cá ou passam o ALGARVE INFORMATIVO #419

vista sempre o melhor para o cidadão e eficiência do SNS”. “Os cuidados de saúde primários são a pedra basilar do sistema de saúde português e têm que ser empoderados, reconhecidos e apoiados como fez aqui a Autarquia de Loulé. Por isso, importa cuidar de todos os profissionais no terreno, todas as instalações, reter e captar mais 24


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capital humano para a região”, assegurou. No primeiro momento público como presidente da Unidade Local de Saúde do Algarve – a nova orgânica em termos do Serviço Nacional de Saúde que se encontra em fase de instalação em todo o país – João Ferreira falou da importância desta proximidade patente na «Estrela o Mar» e do caminho que se quer para uma região “que constitui uma realidade única”. “Queremos que as pessoas

sejam tratadas nos sítios adequados, mas temos que dar condições. Queremos que quem ALGARVE INFORMATIVO #419

estuda connosco, os nossos profissionais que estão a aprender, que encontrem aqui o seu local. Temos essa disponibilidade para os contratar…”, garantiu. Refira-se que, ao longo deste dia, o presidente, João Ferreira, e o diretor Clínico da ULS, José Almeida, acompanhados pelo executivo municipal, percorreram diversas localidades do concelho de Loulé para fazer uma «radiografia» dos serviços de saúde pública existentes neste território, nomeadamente na cidade de Loulé, em Boliqueime, Quarteira e Almancil . 26


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Congresso na UAlg serviu de mote para iniciar estratégia de internacionalização da Universidade Europeia dos Mares Texto: Daniel Pina| Fotografia: Universidade do Algarve ais de duas centenas de pessoas, de quatro continentes, representando 28 países, 31 universidades e 14 organizações públicas e privadas, reuniram-se na Universidade do Algarve, nos dias 12 e 13 de janeiro, num congresso internacional que marcou o início da estratégia extraterritorial da ALGARVE INFORMATIVO #419

Universidade Europeia dos Mares (SEAEU), um consórcio europeu que pretende transformar-se numa parceria global, com impacto para o planeta azul e para um futuro mais sustentável. No primeiro dia, o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, reconheceu a enorme importância deste consórcio, seguindo-se uma introdução sobre a SEA-EU por Fidel Echevarría, coordenador-geral da Aliança SEA-EU, da 30


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Universidade de Cádis (Espanha). No decorrer do programa foram feitas apresentações sobre as principais conclusões da SEA-EU 1.0 e sobre planos para a SEA-EU 2.0, onde se incluem a oferta de vários Diplomas Europeus em Associação, quer de licenciatura, mestrado e doutoramento. Destaque ainda para as quatro mesas redondas sobre «Parcerias fortes para enfrentar os desafios globais», nas diferentes regiões geográficas. Durante a primeira mesa, moderada por Patrícia Pinto, pró-reitora para a Aliança ALGARVE INFORMATIVO #419

SEA-UE na UAlg, foram abordados os principais desafios que o continente africano enfrenta. Estiveram presentes reitores/presidentes e ou representantes de várias universidades, nomeadamente: Universidade de Hassan I (Marrocos); Universidade do Namibe (Angola); Universidade Abdelmalek Essaâdi (Tânger, Marrocos) Universidade de São Tomé e Príncipe (São Tomé e Príncipe); Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique); Universidade de San Pedro (República de Côte d'Ivoire); Universidade de Magdalena (Colômbia); Universidade de Cheikh Anta Diop 32


(Senegal); e Universidade Técnica do Atlântico (Cabo Verde). Nesta mesa incluiu-se ainda pela proximidade geográfica a Universidade de Gibraltar. Na parte da tarde, a moderação das mesas redondas esteve a cargo de Alexandra Teodósio, vice-reitora para a Internacionalização, quer na UAlg, quer na SEA-EU. Com a participação de parceiros externos da América, Caraíbas e Ásia, na segunda mesa também foram discutidos os principais desafios que enfrentam. Estiveram representados os líderes da Universidade da Carolina do 33

Norte Wilmington (EUA); da Universidade Estatal da Califórnia, East Bay (EUA); da Universidade do Quebeque, Rimouski - Rede Artico (Canadá); da Universidade de Maryland, Condado de Baltimore (EUA); da Universidade Nacional de Itapúa (Paraguai); da Universidade de Pernambuco (Brasil); Universidade Nacional de Evangélica (República Dominicana); da Universidade de Ruhuna (Sri-Lanka); e da Shanghai Ocean University (China).

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Sob o mote «Quais as competências mais importantes para que um diplomado SEA-EU possa enfrentar com êxito os desafios da sociedade no futuro?», na terceira mesa-redonda foi dada a palavra aos parceiros associados e aos membros do Conselho Consultivo da SEA-EU, entre os quais o diretor do Centro de Ciências do Mar do Algarve, o Presidente da Região de Turismo do Algarve, a Ministra das Pescas e Recursos Marinhos de Angola; a diretora executiva do Centro de Ciência Viva do Algarve, o diretor do Waterman Svpetrvs Resorts (Croácia), a consultora do Banco Mundial na Croácia, a Autoridade Portuária da Baía de Algeciras (Espanha), a vicepresidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, um representante do Ministério, Departamento de Pescas e Aquicultura de Malta, o diretor da Escola Nacional de ALGARVE INFORMATIVO #419

Engenheiros de Brest (França), e um representante da Fundação para o Empreendedorismo de Gdańsk (Polónia). A quarta mesa-redonda procurou explorar «A forma como as universidades europeias, como a SEA-EU, podem contribuir para enfrentar os grandes desafios da sociedade global», em especial de áreas costeiras. Assim, 11 oradores, entre reitores e vice-reitores da Aliança, debateram esta questão, nomeadamente, da Universidade do Algarve, Universidade de Gdańsk (Polónia), Universidade de Cádis (Espanha), Universidade Parthenope de Nápoles (Itália), Universidade de Nord (Noruega), Universidade de Kiel (Alemanha), Universidade de Malta, Universidade de Bretagne Occidentale (França), Universidade de Split (Croácia), Universidade de Odesa (Ucrânia) e Universidade Marítima Mundial (Suécia). 34


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Na última mesa-redonda foram apresentados os resultados do Fórum de Futuros Líderes, que decorreu em Nápoles, em outubro de 2023, com especial incidência na perspetiva da Geração Z (iGen). Desta feita, 12 oradores jovens, investigadores, docentes e estudantes das universidades do Algarve, Malta, Gdańsk, Nápoles, Cádis, Split, Nord, Magdalena (Colômbia) puderam analisar a importância da ALGARVE INFORMATIVO #419

Declaração de Compromisso Global (Global Gateway Declaration-GGD) e da sua implementação, na qualidade de líderes do futuro. Um dos pontos altos do congresso SEAUE foi a assinatura da Declaração Global – GGD, da qual são signatários 42 representantes legais, quer de universidades da Aliança SEA-EU, quer de parceiros académicos e não académicos externos e associados. Com 36


esta Declaração, a Aliança SEA-EU reafirma o seu compromisso para uma cooperação europeia e internacional sustentável no que diz respeito aos desafios comuns da sociedade, através da educação, investigação e inovação conjunta. A terminar este congresso foi inaugurada a exposição «Imagens – Ligando as Cidades Costeiras pelo Mar», com uma breve declaração da pintora e 37

professora polaca, Aneta Iwona Oniszczuk-Jastrząbek, da Universidade de Gdańsk, Polónia. Outras atividades culturais enriqueceram o evento, como o Concerto Orquestral dos Mares pela Orquestra do Algarve. O encerramento oficial do congresso contou com as intervenções de Ana Cristina Perdigão, diretora-geral da Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação, e Elvira Fortunato, Ministra da Ciência e do Ensino Superior de Portugal . ALGARVE INFORMATIVO #419


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Comemorações dos 250 anos da criação do concelho de Lagoa terminaram em clima de festa Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina agoa encerrou, no dia 16 de janeiro, as comemorações oficiais dos 250 anos da criação do Concelho, precisamente na data em que assinalou os 251 anos da sua fundação. A cerimónia realizada no Auditório Carlos do Carmo contou com a presença de inúmeras entidades, personalidades e de muitos ALGARVE INFORMATIVO #419

lagoenses que fizeram questão de marcar presença neste momento histórico. Na plateia estiveram o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, José Apolinário, que representou também a Comissão de Honra das Comemorações dos 250 anos da criação do Concelho na ausência do Presidente da Comissão General Rocha Vieira; o 40


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Presidente da Assembleia Municipal, José Águas da Cruz, que foi também Presidente da Comissão Executiva das Comemorações dos 250 anos da criação do Concelho; Claúdio Mendonça, Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, em Cabo Verde; Isaías Varela, Presidente da Câmara Municipal de S. Domingos, da Ilha de Santiago, em Cabo Verde; Albertina Oliveira, Vereadora da Câmara Municipal de Lagoa, dos Açores; Paulo Águas, Reitor da Universidade do Algarve; Nuno Loureiro, do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT); Sara Silva, Presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve; para além de vários membros da Comissão de Honra e da Comissão Executiva, Vereadores, Deputados da Assembleia Municipal, ex-Presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, 43

Presidentes das Juntas e Uniões de Freguesias, Membros das Assembleias de Freguesia, representantes das IPSS e coletividades do concelho e colaboradores do Município. Cerimónia que teve início com Espanto Musical de Ópera «Pássaros de Lagoa», uma encomenda do Município de Lagoa ao Conservatório de Artes de Lagoa – ARTIS XXI para esta ocasião especial, com uma participação especial do Clube de Escrita Criativa da Biblioteca Municipal, seguindo-se uma viagem sonora entre 2023 e 1773, ano da fundação do concelho de Lagoa, um projeto com direção artística da cravista Elsa Mathei e com direção musical de Pedro Castro, com a participação da Orquestra Barroca D’Aquém Mar da ARTIS XXI – Conservatório de Artes de Lagoa. ALGARVE INFORMATIVO #419


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A cerimónia protocolar de encerramento das comemorações dos 250 anos da criação do Concelho contou com os discursos do Presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, do Presidente da Assembleia Municipal de Lagoa, José Águas da Cruz, e do Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, nas quais foi dado destaque às inúmeras iniciativas realizadas ao longo de 365 dias, ao lançamento da obra, que se encontra a decorrer, da «Casa da Cidadania», bem como à participação dos Lagoenses neste momento histórico. O Presidente da Assembleia Municipal de Lagoa, José Águas da Cruz, bem como o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, aproveitaram o momento para dar início às comemorações dos 50 anos do 25 de abril, lançando o repto para que os lagoenses participem nestas comemorações da mesma forma como o fizeram nas da criação do concelho. Terminados os discursos, Luis Encarnação ofereceu a José Manuel Águas da Cruz o primeiro exemplar do livro de fotografia «O Conhecido Desconhecido» e o terceiro exemplar do livro a José Apolinário, tendo o segundo exemplar ficado reservado para o General Rocha Vieira. Ao edil Luís Encarnação foi-lhe 45

oferecido o 250.º exemplar. Este livro, publicado no âmbito das comemorações dos 250 anos da criação do Concelho, é uma edição única de 250 exemplares, todos eles numerados e assinados pelo autor, o fotógrafo João Mariano, que também esteve presente. Trata-se de uma obra de arte para colecionadores que imortaliza de forma singular, através de 20 fotografias a preto-e-branco, o litoral do concelho de Lagoa. À semelhança do que fez o excecional fotógrafo norte-americano Ansel Adams, é um livro que pode ser folheado enquanto tal, mas que também pode ser desmontado e as suas fotografias emolduradas, proporcionando uma exposição privada a cada um dos possuidores deste livro. A cerimónia terminou com o arriar da bandeira alusiva às comemorações dos 250 anos da criação do Concelho, acompanhada pelo Hino Municipal «Orgulho em Ser Lagoa», tocado pela Banda Filarmónica Portimonense. “Foi

um ano de grande atividade, de iniciativas culturais, de festas populares, mas também de momentos de reflexão e partilha de conhecimento. Passado um ano, digo, com orgulho, que cumprimos a nossa missão. Deixámos uma marca no território e partilhámos com todos os lagoenses o orgulho em ser Lagoa”, afirmou Luís Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Lagoa .

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São Brás de Alportel inaugurou 1.ª Fase do Monumento à Procissão da Aleluia Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina eve lugar, na solarenga manhã do dia 21 de janeiro, em São Brás de Alportel, a inauguração do Monumento à Aleluia – Fase 1, logo à entrada da Avenida da Liberdade, com a segunda fase a estar programada para esta Páscoa e a terceira, e última fase, para a Páscoa de 2025. “Trata-se de

uma justa homenagem aos nossos antepassados e a toda a ALGARVE INFORMATIVO #419

comunidade são-brasense. É um monumento que ficará para sempre na história do nosso concelho e que perpetuará a manhã do Domingo de Páscoa, a nossa Festa Maior, a Procissão da Aleluia, garantindo a passagem deste nosso tesouro de geração em geração”, referiu Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.

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A obra de arte urbana é da responsabilidade dos artistas Manuel Belchior e Teresa Paulino e representa a essência são-brasense, tornando-se agora num novo polo de atração turística que dignifica o património do concelho.

“Há momentos que têm o sabor da eternidade e este é um deles. Ao recordar o Domingo de Páscoa e a Procissão da Aleluia viajamos pelas memórias da nossa infância e lembramo-nos daquelas páginas especiais do calendário das nossas vidas. A Procissão da Aleluia é muito mais do que um ritual religioso e do que esta ancestral fusão entre o cristão e o pagão. A

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Aleluia guarda o tesouro da nossa identidade, o nosso ADN sãobrasense, é um compromisso que firmamos com o passado, com a história de cada um de nós e com o futuro da nossa terra”, declarou, na ocasião, Marlene Guerreiro, vicepresidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel. “É um passar de

testemunho que aqui queremos respeitar e que é para nós sagrado. De geração em geração transmitese este compromisso de fé e de tradição que é a alma do nosso povo. É o dia maior que junta os filhos desta comunidade que estão

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dispersos pelos mais variados cantos do mundo”, reforçou.

Escola antes de Abril, o Espaço Memória do Município ou o Centro Museológico de Alportel, entre outros espaços, “porque

Quando concluído, o Monumento à Aleluia será, de acordo com Marlene Guerreiro, um cartão-de-visita de São Brás de Alportel, como é o Domingo de Páscoa, “um elemento de

a memória é, indiscutivelmente, a alma de uma comunidade”. “Estamos certos de que o respeito e o valorizar do nosso passado será certamente o melhor caminho na construção de um futuro mais harmonioso, sustentável e feliz para todos”, concluiu, antes de passar a

atratividade turística integrado numa estratégia de desenvolvimento crucial para a dinâmica da nossa economia local e que tem como um dos seus vetores principais, desde há muito, a valorização da nossa história”. Disso são exemplo o Hidroavião que levou Gago Coutinho e Sacadura Cabral ao Brasil na primeira travessia aérea sobre o Atlântico Sul, a Casa Memória da Nacional 2, a Casa da Serra em Parises, a ALGARVE INFORMATIVO #419

palavra a um visivelmente satisfeito Vítor Guerreiro, “um daqueles meninos

que vinha pela mão do pai à Procissão da Aleluia e que há muito tempo tinha o sonho de imortalizar esta tradição da nossa terra”. 50


Com um especial orgulho falou, por isso, o presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, lembrando que muitos são os turistas que conhecem o concelho a partir da sua experiência com a Festa das Tochas Floridas no Domingo de Páscoa. “É um momento único

para todos aqueles que participam neste evento, para todos aqueles que andam uma ou duas semanas a apanhar as flores no campo para depois executar as passadeiras que cobrem as ruas da vila, para todos aqueles que procuram as flores indicadas para enfeitar as suas tochas, umas mais elaboradas e artísticas do que outras, mas todas honrando esta tradição que herdamos dos nossos 51

antepassados”, afirmou o autarca sãobrasense, acrescentando que a concretização deste monumento é uma dívida que está a ser paga a toda a comunidade. “O Domingo de Páscoa

tem que estar presente na nossa vivência em todos os dias do ano. A Festa das Tochas Floridas foi o nome que se criou para mais facilmente promover alémfronteiras o programa cultural deste domingo, mas a Procissão da Aleluia é muito nossa e queremos torná-la eterna com estas esculturas em bronze que representam precisamente o passar desta tradição de geração em geração” . ALGARVE INFORMATIVO #419


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Vila do Bispo inaugurou um Museu que conta a sua história Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina oi inaugurado, no dia 20 de janeiro, o novo Museu de Vila do Bispo – Celeiro da História, que resulta da reabilitação dos antigos celeiros da EPAC por iniciativa do ALGARVE INFORMATIVO #419

Município de Vila do Bispo, com o apoio do Programa Regional CRESC ALGARVE 2020. Integrado na prioridade «Conservação, proteção, promoção e desenvolvimento do património natural e cultural», o investimento total elegível de 2 milhões, 905 mil e 335,79 euros, com 54


interação entre o Território, o Homem e a História/Natureza, de forma a criar uma exposição de qualidade, envolvente, atrativa e inovadora. Pretende usar os conteúdos e os recursos tecnológicos para fazer chegar uma mensagem credível, cientificamente correta, facilmente entendível aos visitantes, através de cenários imersivos com recurso a diversos meios (filmes, objetos, sistemas interativos, peças, entre outros). O discurso interliga todas as temáticas, com recurso aos elementos do território e da ação humana (geologia, artefactos arqueológicos, biodiversidade, elementos etnográficos, etc).

uma comparticipação de Fundos Europeus de 1 milhão, 981 mil e 323,41 euros, visou dotar o concelho de um Polo Museológico de grande qualidade, aproveitando um espaço que se estava a degradar, transformando-o num equipamento público de ação cultural onde é dado a conhecer ao visitante o património cultural e natural do concelho de Vila do Bispo. O espaço foi concebido e vocacionado para o público em geral e baseia-se na 55

Os «celeiros» das extintas Federação Nacional dos Produtores de Trigo (FNPT) e Empresa Pública de Abastecimento de Cereais (EPAC) foram originalmente construídos na década de 50 do século passado para armazenamento dos cereais dos produtores locais, no âmbito da Campanha do Trigo, estratégia nacional iniciada em 1929. Passados cerca de 70 anos, a Câmara Municipal de Vila do Bispo propôs-se dignificar o antigo edifício, reabilitando esta emblemática arquitetura de arqueologia industrial num renovado equipamento sociocultural com um trabalho da empresa Spaceworkens, do Arquiteto Henrique Masques e sua equipa.

“Preservando na íntegra a marcante arquitetura préexistente, este novo espaço museológico inclui uma narrativa expositiva/interpretativa acerca da herança coletiva do concelho de Vila do Bispo, desde a sua fundação geológica, aos ALGARVE INFORMATIVO #419


paleontológicos icnofósseis de incríveis dinossauros, aos mais remotos vestígios culturais de presença humana identificados pela Arqueologia, passando pela História, pelos seus acontecimentos e personagens, pela Arqueologia Subaquática dos naufrágios e das batalhas navais, pela riqueza e singularidade da biodiversidade local, e, claro, pela memória etnográfica das «Gentes do Cabo» e da mística finisterra de mar feito”, descreve Rute Silva, presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo. Além de um diferenciado percurso museológico, produzido em articulação ALGARVE INFORMATIVO #419

com a empresa GloryBox, e de um dedicado Serviço Educativo, o Museu de Vila do Bispo – Celeiro da História ofereceu um auditório, um centro de documentação, uma loja produzida e pensada pela empresa Mapa de Ideias, cafetaria e esplanada, tudo tendo em conta os princípios de acessibilidade.

“Sede de investigação, conservação, valorização e divulgação do riquíssimo e particularmente diversificado património local, o Museu de Vila do Bispo – Celeiro da História assume-se como um projeto participativo e inclusivo, erguido para e com a comunidade local, encontrando-se a inauguração integrada nas celebrações do Dia 56


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do Município – Dia de São Vicente. Uma referência ainda à escultura «O Abraço» de Teresa Paulino, à entrada do edifício, que pretende simbolizar o acolher da comunidade de Vila do Bispo a todos os que visitam este espaço”, destacou Rute Silva. “Este projeto tornou-se realidade graças à colaboração de muitas pessoas que, ao longo de cerca de oito anos, pensaram e repensaram para que hoje seja possível, orgulhosamente, estarmos aqui, nomeadamente, consultores científicos, arquitetos, investigadores, museólogos, ALGARVE INFORMATIVO #419

doadores, funcionários do município, nos quais tenho que realçar a equipa do Museu e, em particular, o Arqueólogo Ricardo Soares, por todas as horas de dedicação e empenho profissional e pessoal”, sublinhou a edil. Presente na cerimónia, José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, enfatizou a importância deste investimento num museu de história viva que perdurará na memória do concelho de Vila do Bispo.

“É uma boa escolha, em termos de aproveitamento dos fundos europeus, para se criar um polo cultural que tem a ver com as raízes e vivências deste território. 58


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Não é um projeto estático, parado, percorre todo o percurso histórico do concelho, daí ter sido sempre olhado com bastante carinho pela equipa do Programa Regional CRESC ALGARVE 2020”, reconheceu o dirigente. “Somos uma região com uma forte especialização no turismo, mas o turismo precisa desta ligação com o território e a cultura, e este projeto museológico bastante ambicioso contribui para requalificar as respostas da região nessa matéria”. ALGARVE INFORMATIVO #419

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CASA CHEIA EM S PARA ESCUTAR JO Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

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SAGRES OSÉ CID

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osé Cid, um dos nomes mais populares da música portuguesa, regressou a Vila do Bispo para um concerto intimista no esgotado Pavilhão Multiusos de Sagres, no dia 20 de janeiro, em mais uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Vila do Bispo no âmbito das Comemorações do Dia do Município e do Dia de São Vicente.

«Ontem, Hoje e Amanhã», «Cai Neve em Nova York», «Um Grande, Grande amor», «A Rosa Que Te Dei» e «Minha Música», entre muitos outros, José Cid proporcionou uma noite memorável num concerto de piano e voz, acompanhado por um guitarrista e um saxofonista, com um repertório cheio de êxitos que têm atravessado várias gerações e que fizeram as delícias do público, que não se cansou de cantar os temas do início ao fim do concerto .

Autor de clássicos como «Nasci p’ra Música», «Vem viver a vida, amor», ALGARVE INFORMATIVO #419

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CONTO DE SOPHIA DE MEL FOI A CENA NO CINETEATR Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

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LLO BREYNER ANDRESEN RO LOULETANO

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Cineteatro Louletano recebeu, nos dias 18, 19 e 20 de janeiro, uma adaptação do conto «A Menina do Mar» para teatro e música, onde cinco atores e nove músicos percorrem a história de amizade entre um rapaz que ALGARVE INFORMATIVO #419

vive em terra e uma menina que vive no mar, e a curiosidade que ambos têm sobre o mundo do outro. «A Menina do Mar» é o primeiro conto de Sophia de Mello Breyner Andresen para a infância e também uma das suas obras mais lidas. É um dos títulos mais amados de Sophia que se transforma em conto musical, com atores e músicos a 90


misterioso polvo fagotista e tantos outros seres fantásticos, reunidos sob o olhar grave do contrabaixista, o Rei do Mar. Levanta-se a questão: será possível chegar a um acordo para que seja possível viver em harmonia?

darem corpo a uma história que envolve, então, uma menina que habita no oceano e se mostra bastante curiosa pela vida em terra firme, assim como um menino que reside em terra, mas está fascinado pela vida no mar, e do enredo que se segue ao encontro improvável entre estes dois mundos. Não faltam nesta fantasia um simpático peixe clarinetista, um desconfiado caranguejo saxofonista, um 91

Pensada para o público infantojuvenil, especialmente crianças em idade escolar do 1.º ciclo, para quem este conto faz parte do Plano Nacional de Leitura, «A Menina do Mar» do Teatro do Eléctrico foi adaptado por Edward Luiz Ayres d’Abreu, Ricardo Neves-Neves e Martim Sousa Tavares, com música de Edward Luiz Ayres d’Abreu, encenação de Ricardo Neves-Neves e cenografia de Henrique Ralheta. É interpretado por Catarina Rôlo Salgueiro, Juliana Campos, Nuno Nolasco, Rafael Gomes e Helena Caldeira, bem como pelo Ensemble MPMP, constituído por Bethany Carmo (oboé e corne inglês), Miguel Costa (clarinetes), Miguel Polido (saxofones), Ricardo Santos (fagote), Francisco Martins (acordeão), Daniel Bolito (violino), Francisca Fins (violeta), Catarina Távora (violoncelo) e Miguel Menezes (contrabaixo), com Direção Musical de Martim Sousa Tavares. Produzido pelo MPMP e Teatro do Eléctrico, é uma coprodução do LU.CA – Teatro Luís de Camões, Câmara Municipal de Lagos, Câmara Municipal de Loulé, Câmara Municipal de Guimarães, Teatro Municipal de Ovar, Galeria da Biodiversidade-Centro Ciência Viva/ Museu de História e da Ciência da Universidade do Porto e Teatro Municipal do Porto .

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The saddest experience that you'll ever know* Mirian Tavares (Professora) omo medir a tristeza de alguém? Há uma trena especial? Uma medida que conte a tristeza em decibéis ou hertz? Se calhar deve ser em gramas, pois há uma densidade, na tristeza, ela pesa. Ela tem corpo, mesmo que não seja visível. O que é visível é aquilo que ela provoca em nós. As rugas de expressão, os olhos caídos, os cantos da boca que ficam fixados numa espécie de esgar. A tristeza toma conta de nós por dentro e por fora. Por dentro, esmaga; por fora, transfigura. Quando alguém está triste, queremos sempre que se anime, que saia desse estado de pedra, que é a condição do triste – petrificar-se. Deixar-se ficar ali, não querer que o mundo exterior entre em contacto, porque tudo dói. Vivemos num momento particular da civilização, um momento de exposição extrema, de exibição de si, de viver para fora. A tristeza é o oposto – quer viver para dentro, como se dentro, e só lá, se pudesse encontrar um alívio, um remédio, uma pomada que ajudasse a cicatrizar aquela ferida. Ninguém tem mais o direito de estar ou de ficar triste. A pergunta que fazemos quotidianamente aos outros é: como está? E esperamos ouvir: bem. Até porque, se a resposta é outra, resta-nos a questão: o que faço com isso? Como lido com a dor alheia? Alimento-a? Tento ALGARVE INFORMATIVO #419

abarcá-la também? A maior parte de nós faz aquilo que sabe – fala. Falamos para animar, para dizer todos os clichês que conhecemos e mais uns quantos que inventamos. Amanhã será melhor, nada como um dia após o outro, o tempo sara tudo, tudo passa. Mesmo sabendo, ao falar, que nada disso é verdade. Sem que, no entanto, seja uma grande mentira. O tempo é o senhor de nós, que nos leva, e às vezes eleva, mas não sara coisa nenhuma. O que ele faz é esticar-se e meter distância entre o eu de amanhã e o de hoje, entre o motivo da nossa tristeza e tanta coisa que acontece a meio. O tempo empurra para trás e para a frente, num movimento simultâneo que às vezes até resulta. Mas não cura. A tristeza é um estado de pedra de ribanceira. Sem limo, sem nada que a agarre. É um ensimesmarse ao ponto de, talvez, voltar tudo ao contrário e sair dali. Misturar-se com as plantas. Deixar que qualquer coisa se agarre. Não há medida, que eu saiba, para a tristeza. Ela é sempre infinita para quem sente e relativa para quem dela fala. Ela é o lugar mais triste que alguém poderá habitar. E, porque é um estado, pode passar a outro. Sair do sítio, mover-se. Ela habita em nós. Podemos tentar, nem sempre é fácil, não fazer dela casa. E deixar que ela saia, quando for a sua hora. Sozinha, sem nós . *Verso da música One, de Aimee Mann. 102


Foto: Vasco Célio

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Nonagésima primeira tabuinha - Grand Rex (III) (Continuação da crónica 90) Ana Isabel Soares (Professora) uando Francis Ford Coppola começou a filmar Apocalypse Now!, a 20 de março de 1976, não passara ainda um ano desde a queda da cidade de Saigão às mãos dos norteamericanos, no último dia de abril de 1975, e do final de duas décadas de um complexo conflito armado que alguns chegam a saldar em mais de três milhões de mortes, militares e civis, entre todas as nações combatentes. Criar uma das mais fascinantes peças do que distingue o ser humano sobre todos os outros seres – a arte – a partir do que é sem dúvida das suas mais vergonhosas e redutoras atitudes, a guerra, parece uma decisão pouco racional. Todo o processo de feitura do filme, aliás, é descrito (em documentários, livros, artigos) como loucura. Mas o ponto de partida de Coppola, a novela Heart of Darkness, que Joseph Conrad fez publicar no último ano do século XIX, relato sobre a irracionalidade do colonialismo, sobre o absurdo dos conflitos humanos e sobre a escuridão da alma, narra igualmente uma história de insensatez e delírio. Marlow, o protagonista narrador, diz aos companheiros que o escutam que é como se estivesse a tentar contar-lhes um sonho – mais chegado ao pesadelo. O ALGARVE INFORMATIVO #419

horror narrado e a mestria narrativa atraíram Coppola e John Millius, o argumentista, e o resultado está neste filme deslumbrante e aterrador na mesma medida. Terminado em contrarrelógio em 1979, a tempo de entrar na competição desse ano do Festival de Cinema de Cannes, a obra que Coppola então mostrou ao mundo deixava de fora muitas horas de filmagens, cenas inteiras, que não houvera tempo para montar no desenho de 79. Só mais tarde, refeito da bancarrota e já aclamado e enriquecido com uma carreira em que dirigiu sucessos como Cotton Club (em 1984), Peggy Sue Got Married (em 86), o terceiro Padrinho (em 90) ou o Drácula de Bram Stoker (em 92), o realizador conseguiu finalizar o que considerava a obra fechada, o «director’s cut» de Apocalypse Now!, estreado em França – noutra edição do mesmo Festival de Cannes – na Primavera de 2001 e que foi exibido na tarde morna em que me sentei a vê-lo, na sala maior do Grand Rex de Paris. A história é conhecida: Willard/Marlow (Martin Sheen), capitão estacionado em Saigão, ansioso por uma missão que o coloque na frente de combate, onde vença o marasmo e o tédio, recebe finalmente ordens de saída – a maldição de um encargo ao mesmo tempo revelador e fatal: eliminar Kurtz (Marlon 104


Foto: Vasco Célio

Brando), um oficial norte-americano que se desviou dos bons comandos dos seus superiores. A tarefa leva-o a subir o rio Nung (o «Congo» de Conrad), num crescendo de medo, contrassenso e irrealidade que se vão consubstanciando em névoa sobre as águas e as margens, e nos pensamentos enevoados do protagonista. Um dos momentos mais sem-sentido do percurso de Willard até Kurtz é quando se cruza numa praia com a cavalaria aerotransportada do Tenente Coronel Bill Kilgore (Robert Duvall), um apaixonado pelo surf a quem, ao saber da presença (na comitiva de Willard) de um campeão daquele desporto, assalta o capricho de surfar as ondas daquele mar, como se ali não se travassem uma batalha com rajadas de metralhadora, napalm lançado na mata próxima e confrontos diretos entre os dois lados. É um dos passos em que a câmara de Coppola alarga o horizonte, pelo ar acima da água, pela água a perder de vista, as palmeiras na distância, os helicópteros numa dança feérica, soldados a 105

desembarcar como se fossem sacos atirados à areia e uma aldeia a ser atacada sem misericórdia. Qualquer espectador que conheça o filme volta a arrepiar-se de cada vez que assiste ao festival de agitação, ruído e música (a «Cavalgada das Valquírias» de Wagner a sair dos helicópteros num volume ensurdecedor) a antecipar o combate, e aquele tenente louco, de tronco nu e chapéu Stetson, de cócoras e costas direitas perante os rostos aterrorizados dos que tem à sua volta, a comentar a direção do vento e a justeza das ondas para o surf. Na sala do Grand Rex, entre outros três milhares de espectadores, era como se só eu olhasse para o écran: Kilgore falava para mim, não para Willard nem para Lance (Sam Bottoms), o jovem surfista. Ou melhor, eu, que fora a ingenuidade de Lance, que fora Willard quando o rosto incrédulo de Sheen ocupara toda a frente da sala, tornava-me Kilgore, encarnava a paixão cega e o olhar alucinado de Duvall. E, no instante em que, à objeção de Willard a surfar numa zona de guerra (“It’s pretty hairy in there. That’s Charlie’s point”*), Kilgore pronuncia uma das mais famosas frases de Apocalypse Now!, foi a minha voz, mais a de todos os outros milhares no Grand Rex que, em imprevisto, culminante e afinadíssimo uníssono, gritou “CHARLIE DON’T SURF!” . *Em tradução livre: “Aquilo ali é um bocado cabeludo – é zona Charlie” («Charlie» era o nome de código usado pelos norteamericanos para designar os «Viet Congs», a partir dos códigos para as iniciais «V» e «C», «Victor» e «Charlie»). ALGARVE INFORMATIVO #419


Porque falta água no Algarve? Nuno Campos Inácio (Editor e escritor) os últimos anos temos sido bombardeados por notícias, que dão conta da falta de água no Algarve, o que obriga à tomada de medidas de emergência com vista à diminuição do consumo. Como sempre, no que se refere ao Algarve, a primeira pergunta a que se tenta responder não é «Onde vamos arranjar mais água?», mas sim «Como vamos limitar o consumo de água?». Este é um dilema que acompanha todas as épocas históricas da região do Algarve, que sempre foi vista como um contribuinte líquido, que não requer investimento e, por isso mesmo, nada é pensado na ótica da resolução dos problemas, mas sim na diminuição dos prejuízos imediatos, seja nas vias públicas, na saúde, nos serviços, na educação, na energia, nos equipamentos, na salvaguarda do património, no comércio, nos transportes, na agricultura, na pecuária e até na gestão da água. Só quando o colapso está eminente ou já ocorreu começam a ser pensadas soluções. Mas, afinal, porque falta água no Algarve? A resposta tem sido ágil, simples e unânime: Falta água porque não tem chovido e não tem chovido por culpa das alterações climáticas. Como habitualmente acontece, as respostas demasiadamente simples e unânimes ocultam uma panóplia de questões que ninguém quer abordar, uns ALGARVE INFORMATIVO #419

por conveniência, outros por comodismo, outros ainda por não terem uma resposta adequada. A falta de chuva poderá justificar a diminuição da entrada de água nas albufeiras e barragens, mas não justifica por si só a falta de água numa região que sempre foi olhada como uma ilha, pela falta de uma ligação terrestre digna com o Alentejo, a Norte, e por ser rodeada por água pelos restantes pontos cardeais. A verdade é que a água é um negócio como outro qualquer, que alimenta empresas, associações e municípios, que vivem à espera da água que vem dos céus, gratuita, para garantir as receitas e potenciar os lucros. Muito poucos negócios têm a vantagem concorrencial da inexistência de custos com matérias primas, mas, o negócio da gestão da água goza dessa premissa, a menos que, algum motivo deixe de chover… Este negócio tem feito com que se multipliquem as barragens, obras que por princípio são benéficas, mas que produzem consequências nas tradicionais linhas de água, que, interrompidas pelas barragens secam completamente, perdem a vegetação e transformam-se em autoestradas de escoamento da água da chuva em direção ao mar; Os incêndios, a desflorestação e a urbanização crescente diminui a retenção de água nos solos, desperdiçando-a; A região é projetada em função da sua população residente e não da população 106


Por cá culpa-se São Pedro pela falta de água, ainda que, conhecendo-se a envolvência da gestão da água, saibamos que, mesmo com os níveis de pluviosidade da década de 2010 a região continuaria com falta de água, porque existe um problema estrutural de desinvestimento, ausência de programação e de aumento contínuo de consumo sem uma produção alternativa.

flutuante, pelo que o consumo per capita estimado é muito inferior ao real, multiplicando-se em contínuo o número de novas unidades hoteleiras, de alojamentos locais, de grandes superfícies comerciais, espaços de diversão, estabelecimentos comerciais, parques aquáticos e campos de golfe, que necessitam de grande quantidade de água. A somar a estes fatores temos um sistema de gestão da água que não faz qualquer tipo de reaproveitamento das suas águas residuais. Em Israel, mais de 90 por cento da água tratada nas ETARs é reutilizada na agricultura, enquanto por cá gastam-se milhões de euros no tratamento das águas residuais para serem jogadas para o mar. Há mais de uma década que a Austrália implementou um sistema de reutilização das águas tratadas para a lavagem de carros, limpeza das casas, máquinas de lavar roupa, rega de jardins; a China já construiu 83 mil cisternas em contexto urbano, para armazenar a água da chuva nas cidades; na Califórnia, a água tratada é reutilizada para lavagem das vias públicas, para abastecimento de centros comerciais, parques desportivos, campos de golfe e jardins; Singapura, que não possui nascentes de água, desde sempre que investe na dessalinização. 107

Mais do que de gestores ou economistas, precisamos urgentemente de «Políticos», ou seja, de indivíduos que se dediquem a pensar, idealizar e projetar as Pólis com os olhos no futuro, que antecipem as necessidades e invistam no tempo certo, que não sejam repressivos, mas acautelem o bem-estar social. Permitam-me que termine com duas frases que demonstram o desinvestimento crónico no Algarve. 1724 - «He o Algarve bem provido de todo o género de viveres, de tal sorte, que tem o que lhe basta para si sem necessitar de outro subsidio; antes reparte /como ja disse/ com outras Provincias Nacionais, e Estrangeitas largamente, que a seus portos vem procurar, deixando outros effeitos do seu paiz.» 1918 - «O Algarve paga muito mais ao Estado do que dele recebe e que, por consequencia tem todas as condições para possuir uma completa autonomia administrativa». «Tanto a balança commercial como as balanças das finanças individuaes ou estadoaes dão, ao velho reino do Algarve, todas as caracteristicas de uma região que pode contar com os seus proprios recursos para ter uma vida mais larga e intensa» .

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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores. A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão. A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos. ALGARVE INFORMATIVO #419

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