2ª Edição - Jornal Descubra Minas

Minas

DESCUBRA Março/abril de 2017

Futebol

UEMG Divinópolis – Curso de Jornalismo - Jornal produzido pelo 3º período - Ano 2 – nº 2 -

O gigante

Semana de Moda

& de Minas

sem mulheres?

Democracia

p.4

p.3

Caronas

p.8

Festas

Cotidiano realidades Confraternização

p.2

Memória

Vida

p.7

p.6

Literatura Notas

Turismo

p.5

Arte

Minas

DESCUBRA

Daniela Couto, professora da disciplina de Oficina de Jornalismo Impresso

Expediente Jornal Descubra Minas – ano 2 – nº 2 – Março/Abril de 2017 – Realização: 3º período de Jornalismo da UEMG - unidade Divinópolis – Disciplina: Oficina de Jornalismo Impresso – Cabeçalho: Thaís Simão – Projeto Gráfico, arte-finalista e jornalista responsável: Daniela Couto (MG9.994JP).

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...Ana Laura da Silva Corrêa

Ana Laura Corrêa

A

s diversas realidades que fazem parte do cotidiano tematizam a segunda edição do jornal Descubra Minas, publicação que se iniciou no segundo semestre de 2016, na disciplina de Design de Jornalismo, com o objetivo de integrar a teoria e a prática referentes à comunicação visual e ao planejamento gráfico. O nome escolhido pela turma, que hoje cursa o 3º período, reflete a intenção do jornal: instigar o leitor a descobrir Minas Gerais por meio dos vários olhares e vozes que podem tecê -lo nas narrativas.

A segunda edição do jornal foi desenvolvida na disciplina de Oficina de Jornalismo Impresso, que tem como pressuposto a prática orientada para o fazer jornalístico em mídia impressa. Durante as atividades em sala de aula, a construção das pautas, os métodos de apuração, as técnicas de redação, as particularidades do texto jornalístico e os critérios de edição foram alguns dos processos vivenciados para a tessitura desta publicação.

Houve, também, um seminário sobre manuais de redação, momento que permitiu aos estudantes perceberem as possibilidades de padronização textual propostas por grandes jornais.

Durante as apresentações, e por meio de votação, a turma selecionou as orientações de padronização que seriam utilizadas nas matérias produzidas.

A pauta desta edição foi livre e cada aluno sugeriu o assunto que iria desenvolver. O foco voltou-se para os contextos locais sem, no entanto, deixar de abordar questões que iam além dos limites geográficos do Centro-Oeste mineiro. Assim, entre notícias e reportagens, as histórias foram contadas. Boa leitura!

Democracia sem mulheres?

A Biblioteca Pública Municipal Ataliba Lago recebeu, no último mês de abril, a exposição “Memorial das Mulheres Vereadoras de Divinópolis”. O projeto é uma iniciativa da única mulher em exercício no legislativo de Divinópolis, Janete Aparecida, em parceria com a socióloga Sandra Guimarães. Os quatro quadros expostos na instituição, embora tenham o objetivo de homenagear as ex-vereadoras, revelam um traço preocupante da política na cidade: a ausência das mulheres nos cargos eletivos.

Enquanto homens já foram eleitos vereadores 360 vezes, as mulheres ocuparam cadeiras na câmara de Divinópolis em apenas oito oportunidades, desde 1912. Neste cenário, a participação feminina representa um total de 2,17% ao longo da história. Nos 129 anos de poder executivo, a cidade nunca foi comandada por uma mulher. De acordo com a doutora em Ciência Política e professora da UnB (Universidade de Brasília) Danusa Marques, a presença feminina na política é uma questão de justiça democrática. “Se as mulheres fazem parte do corpo de cidadãos que dá legitimidade à política, por que ficariam de fora do exercício do poder político formal, do processo de tomada de decisões públicas dentro das instituições do Estado?”, questiona Danusa.

Para a vereadora Janete Aparecida, a ausência feminina no cenário político se deve a uma falta de consciência das próprias mulheres.

“Muitas se deixam usar durante a campanha eleitoral, não são candidatas de verdade, não participam efetivamente de uma eleição, só entram para compor os 30% que a lei determina”. A vere-

adora ainda pontua que “nós precisamos de mulheres que queiram realmente entrar para a política, que queiram realmente participar”.

Em 2016, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) deu início as suas atividades em Divinópolis. Apesar do nome, de acordo com dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o PMB conta, atualmente, com 23 filiados, entre os quais 10 são mulheres, e 13 são homens. Nas eleições municipais de 2016, o partido lançou quatro candidatos e apenas duas candidatas ao cargo de vereador em Divinópolis.

Na cidade, o PMB é presidido por um homem, o administrador Lucas Tavares. Segundo ele, as mulheres não manifestaram interesse em se candidatar. “Muitas delas trabalham as ideologias em suas atividades profissionais e não desejam, ou não desejavam, ser candidatas ao cargo eletivo”, explicou Lucas.

Problema nacional A ausência de mulheres em cargos políticos eletivos não se restringe a Divinópolis. De acordo com o Ranking de Presença Feminina no Parlamento 2017, elaborado pelo Projeto Mulheres Inspiradoras, apenas 14% das cadeiras do Poder Legislativo municipal em todo o país são ocupadas por mulheres. Além disso, ainda segundo o documento, o Brasil conta hoje com, somente, 9,5% de parlamentares federais do sexo feminino, ocupando a 115ª posição entre os 138 países analisados.

Já em relação ao poder executivo, desde 1889, 35 homens e somen-

te uma única representante mulher ocuparam o cargo máximo da esfera no Brasil. A ex-presidenta Dilma Rousseff chegou ao poder em 2011, e, em 2014, foi reeleita. No segundo ano de seu segundo mandato, no entanto, Dilma sofreu um controverso processo de impeachment. De acordo com pesquisadores, o sexismo e a misoginia foram fatores que colaboraram para a interrupção do governo da presidenta.

Mais mulheres na política A ampliação da presença feminina na política não é uma questão simples e envolve ações em diferentes áreas. “É preciso garantir igualdade de gênero na esfera da família, com a redivisão do trabalho doméstico e do cuidado com as/os dependentes; e é preciso garantir igualdade de gênero na esfera do trabalho, com igualdade salarial. Só se envolve com a carreira política quem tem condições para isso. É preciso ter tempo livre e recursos materiais”, aponta Danusa Marques.

Para que mais mulheres sejam eleitas, é preciso ainda ir além da reserva de cota na lista partidária estabelecida em 30% atualmente. De acordo com Danusa, outras ações afirmativas deveriam ser adotadas envolvendo ações “como reserva de tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, reserva de recursos partidários para candidaturas femininas, ações de incentivo ao recrutamento e à formação política de mulheres nos partidos”, exemplifica. Enquanto essas transformações não acontecem, a presença feminina em Divinópolis segue tímida, restringindo-se à ocupação de uns poucos metros quadrados da parede da Biblioteca Ataliba Lago.

Divulgação/Facebook

Editorial

UE MG Di vi n óp oli s – Cu rso d e J orn ali sm o - J orn al p rod u zi do pel o 3º perío do - Ano 2 – nº 2 - M arço /Ab ril de 2017

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Uma breve história do Gigante de Minas ...Júlia Sbamapato Na década de 1940, empresários, atletas, dirigentes e jornalistas começaram a se movimentar para a construção de um campo em Belo Horizonte para acompanhar a evolução do futebol mineiro. Logo no fim dos anos 1940, o jornalista Cânor Simões Coelho conseguiu com a CBD, a inclusão da capital mineira como uma das sedes da Copa do Mundo de 1950, e assim foi preciso construir um estádio a altura do evento.

Teve início então a construção do Estádio Independência, que era lenta e parecia que não seria construída a tempo para a Copa. A CBD e a FIFA junto à prefeitura de Belo Horizonte assumiram a responsabilidade da construção e entregaram o estádio a tempo da partida entre Iugoslávia e Suíça, em junho de 1950, mas o estádio não estava completo e foi preciso improvisar para receber o público.

Em pouco tempo a excitação pelo novo estádio foi diminuindo, pois ele, além de desconfortável para o público, não atendia o número de torcedores que só crescia. Sendo assim, ainda no início da década de 1950, novos movimentos para a construção de um novo e maior estádio na capital mineira se iniciaram.

A primeira movimentação para a construção do novo estádio foi iniciada por estudantes de Engenharia da UFMG, e consistia na idéia de construção do Estádio Universitário, que seria erguido na Pampulha, onde a Universidade era dona de grandes terrenos. Após o projeto sair do papel, o então deputado estadual Jorge Carone Filho apresentou o Projeto de Lei à Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, que criaria o Mineirão.

Parte dos recursos seria obtida a partir de bilhetes da Loteria Mineira: 10% do valor de cada bilhete vendido seriam destinados às obras. O “Estádio Minas Gerais” foi criado com a lei 1.947 de 12 de agosto de 1959, assinada pelo governador José Francisco Bias Fortes.

Apesar das incertezas sobre a conclusão da construção do estádio e dos problemas financeiros, Gil César, o administrador da obra, soube usar a política em proveito do Mineirão. A equipe de engenheiros atingiu um novo nível na evolução da cons-

trução civil, foram até o Maracanã para localizar deficiências que não deveriam se repetir no estádio mineiro.

A inauguração do Mineirão se deu em 5 de setembro de 1965 e foi marcada pela vitória da Seleção Mineira contra o River Plate da Argentina por 1 a 0. Contou com um público de 73.201 pessoas, que aproveitaram, além do jogo, de música, fogos de artifício e paraquedistas. No dia 7 de setembro, foi realizada a primeira partida da Seleção Brasileira no estádio. A equipe do Palmeiras inteira, incluindo comissão técnica e os reservas, vestiram a camisa da seleção, para jogar um amistoso contra a seleção do Uruguai. Os brasileiros venceram por 3 a 0.

Desde a sua inauguração, o estádio foi palco de momentos emocionantes e marcantes para os torcedores apaixonados por futebol. O primeiro clássico entre Atlético e Cruzeiro foi em 24 de setembro de 1965. Já a goleada de 6 a 2 do Cruzeiro contra o Santos do Pelé, foi em 30 de novembro de 1966 na primeira partida da decisão da Taça Brasil. Em 22 de junho de 1997, 132.834 torcedores assistiram o Cruzeiro vencer o Villa Nova e se tornar bicampeão mineiro na partida com maior público presente já registrado pelo estádio.

A reforma para a segunda copa do mundo no brasil

Em 2007 o Brasil foi escolhido como país-sede da Copa do Mundo FIFA de 2014. Com isso, cidades do país como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte foram pré-selecionadas para sediar os jogos. Em 31 de maio de 2009 a FIFA anunciou as 12 cidades sedes da Copa do Mundo de 2014, confirmando a capital mineira como uma delas.

O Mineirão, então, foi fechado em 2010 para passar pelas reformas para ser sede da Copa. A cobertura do teto do estádio foi ampliada para proteger os assentos de eventuais chuvas durante as partidas. A geral passou por reformas e, assim como ocorreu no Maracanã, foram colocadas cadeiras, diminuindo a

capacidade de 75.783 para 61.846 espectadores. Na parte externa, a principal adaptação ficou por conta do transporte, com a ampliação do estacionamento. Foi erguida ainda uma esplanada ao redor do estádio, com cerca de 80 mil metros quadrados que comporta mais de 65 mil pessoas e abriga variados tipos de eventos.

Em novembro de 2009, o Mineirão foi o primeiro estádio da Copa 2014 a receber o plantio do gramado. O valor final das reformas do estádio foi de R$666,3 milhões O estádio foi reaberto ao público no dia 21 de dezembro de 2012 após três anos de reforma,- e foi o segundo estádio da Copa do Mundo de 2014 a ser entregue, depois do Castelão de Fortaleza. O jogo de reinauguração foi o clássico Atlético contra Cruzeiro no dia 3 de fevereiro de 2013, na estréia do Campeonato Mineiro. O primeiro gol do “novo Mineirão” foi um gol contra do Marcos Rocha do Atlético. O público pagante foi de, aproximadamente, 53 mil pessoas, o que gerou uma das maiores renda da história do Mineirão: R$3.677.635,00. A renda viria a ser superada em julho de 2013, quando o Atlético se tornou campeão diante do Club Olímpia na final da Copa Libertadores da América: a renda foi de R$ 14.176.146,00.

O Mineirão foi uma das principais sedes da Copa do Mundo de 2014, com seis partidas, sendo duas na fase eliminatória. Um dos jogos que marcou a história do futebol brasileiro foi a goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre os anfitriões da Copa, que foi a maior goleada que o Brasil já sofreu. O evento ficou conhecido como “Mineiraço”.

Eventos culturais Apesar de ser um estádio de futebol, o Mineirão não recebe apenas jogos. O estádio já foi – e continua sendo – sede de inúmeros eventos musicais e culturais. No feriado prolongado de 21 a 23 de abril de 2017, por exemplo, a Esplanada do Mineirão recebeu o even-

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to “Circuito Viva Mineirão”. Foram 36 horas de festival com esporte, atrações musicais, recreação, espaço kids, food trucks e espaços gourmets.

Houve a presença de música ao vivo durante todo o evento, além da exposição de bonecos do Grupo Giramundo, da peça “Tiradentes, uma história Títeres e Marionetes” e do projeto “Container com Letras”, com mais de 5 mil exemplares de graça.

O evento foi gratuito e aberto ao público de 9 as 21h, e é apenas um dos milhares que acontecem todos os anos no Mineirão.

Além dos eventos culturais, o Mineirão também foi sede de inúmeros de shows e festivais musicais. Bandas nacionais e internacionais de todos os mais variados gêneros já passaram por lá. Shows notáveis como o da banda de rock Kiss em 1983, do grupo Menudo em 1985 e da banda adolescente RBD em 2006. Festivais como o Pop Rock Brasil e o Axé Brasil. O estádio também foi cenário do clipe “É Uma Partida de Futebol”, do Skank, gravado antes de um Derby Mineiro válido pelo Campeonato Estadual, em 16 de março de 1997.

Após a reinauguração em 2013, o estádio sediou shows de Elton John, Paul McCartney, Beyoncé, Black Sabbath e Pearl Jam. Voltaram com uma nova edição do Axé Brasil. A esplanada também abrigou shows muito esperados como do Black Sabbath, Foo Fighters, Los Hermanos e Iron Maiden, além do festival Planeta Brasil 2014, com participação do Guns N’ Roses e do Circuito Banco do Brasil 2014.

Você sabia?

A fachada do estádio é tombada pelo Conselho do Patrimônio Histórico de Belo Horizonte e se integra ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Além disso, o projeto do novo Mineirão teve reaproveitamento de cerca de 90% dos resíduos (concreto, terra e metal). Na obra sustentável, cerca de 75 mil m³ de concreto foram reaproveitados e 250 mil m³ de terra foram reutilizados em uma cidade vizinha.

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O maior time do Centro-Oeste mineiro não mostrou sua força O Guarani investiu cerca de R$1 milhão, mas frustou as expectativas dos torcedores que esperavam ver o time na série A do Campeonato Mineiro, em 2018 Reprodução: Globoesporte.com

Elenco do time de Divinópolis que disputou o módulo II do Campeonato Mineiro.

...Luciano Vidal Frustação é a palavra certa para definir o sentimento que os torcedores do Guarani - MG tiveram no início do ano de 2017. O Bugre, como é carinhosamente chamado, investiu cerca de R$1 milhão para construir um time forte e competitivo para o módulo II do Campeonato Mineiro.

Contratou jogadores renomados no futebol mineiro como o goleiro Glaysson e o atacante Evandro Russo, tendo passagens pelos grandes da capital. Quem vestiu as cores do Guarani pela primeira vez foram os jogadores que vieram emprestados

por uma parceria feita com o América-MG. Cinco nomes do Coelho estão no elenco: o lateral-direito Marcelinho, os volantes Dopo e Diego Teodoro, o meia Patrick Allan e o atacante Renatinho.

O comandante do time foi o experiente Gerson Evaristo, que tinha ao seu redor a expectativa de milhares de torcedores ansiosos pelo acesso do time de Divinópolis.

Perguntado sobre o que esperar do futuro do time após esse fracasso, falou: “Pelo que representa a agremiação, esperávamos mais. Mas fu-

A Semana de Moda Mineira e os reflexos na cidade do divino Anualmente, durante o primeiro semestre, acontece na capital mineira o evento de moda mais importante do estado: o Minas Trend Preview, que é considerado o principal evento de pré-lançamento de tendências do mundo fashion.

Reunindo várias marcas e estilistas renomados, as edições antecipam e modificam o calendário da moda brasileira. Lançam novas cores, estilos e maneiras de usar determinadas roupas de acordo com tendências pré-determinadas por estilistas e designers.

De acordo com informações oficiais divulgadas no site do evento, “o Minas Trend surgiu para fomentar

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lojista da região e proprietária de uma loja de roupas femininas, percebemos que o evento é uma grande porta para divulgação e o feedback é sempre muito positivo.

Bloggers e digitais influencers também sempre acompanham tal evento, seja divulgando alguma marca, participando de exposições como convidadas ou como visitantes (visando, inclusive, alcançar maior visibilidade de seus blogs e perfis nas redes), como é o caso da blogueira Vanessa Fainne, que postou em seu blog – que administra há três anos – diversas notícias a respeito de desfiles e do evento em geral.

O Minas Trend, por ser um evento que reúne diversas personalidades de várias áreas do mundo da moda, causa impactos muito positivos na

três e, infelizmente, o Guarani ficou fora, mesmo sabendo da força que tem o clube.”

Agora, a diretoria tem o restante do ano para traçar um planejamento, olhar quais jogadores e membros da entidade irão permanecer até ano que vem, já que não disputa nenhuma outra competição além do Campeonato Mineiro.

O ano acabou de forma prematura e triste para o time que mais investiu dinheiro no elenco, o maior time do Centro-Oeste de Minas Gerais..

cidade polo de confecção. As marcas divinopolitanas ganham espaço no mercado nacional e atingem um número bem maior de possíveis consumidores. Num país como o Brasil, onde a concorrência no setor de vestuário é bem grande, vale a pena investir em novas formas de propaganda e divulgação.

Daniela Couto

...Jade Fagundes

a indústria da moda mineira. Com o objetivo de aproximar fabricantes e lojistas, o evento é hoje a principal plataforma de geração de negócios do setor no Brasil”.

Com a alta visibilidade do evento, lojistas e empresários encontram ali uma maneira eficiente de crescer e “aparecer” no mercado da moda.

São montados vários stands expositivos das marcas, onde ficam as peças de lançamentos da estação.

Além de um grande número de expositores, algumas marcas/lojas/ estilistas organizam desfiles para apresentar e divulgar seus trabalhos.

Nestes, estão sempre presentes celebridades e personalidades influentes no mundo da moda.

As cidades da região também participam do evento, incluindo Divinópolis, cidade polo em confecção. Em conversa com Claudia Reis,

tebol se resolve em campo e tem que buscar os resultados.”

Visivelmente abalado e sem saber o seu futuro como treinador do Bugre, Gerson concluiu falando sobre a campanha do time na reta final do campeonato: “Chegamos numa situação de depender somente de nós faltando duas rodadas.

Foram dois jogos aberto, bom de se assistir, mas infelizmente sem final feliz para o torcedor do Guarani. Falei para o grupo levantar a cabeça, ver onde errou nessa fase de classificação. Só se classificam

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Reprodução: Site da Revista Veja

Uma nova forma de gerar vida ...João Vitor da Silva Segundo dados publicados pela OMS (Organização Mundial de Saúde), 70 milhões de casais são inférteis no mundo, porém, cada vez mais, a tecnologia ultrapassa barreiras, nos mais divesos setores. Ao longo dos anos, uma tecnologia que vem ganhando espaço e atenção é a inseminação artificial.

A taxa de sucesso varia de 20% a 30% por tentativa, e existe a possibilidade de gemelaridade nos casos em que a estimulação ovariana promove liberação de mais de um óvulo, sendo que cerca de 20% das gestações oriundas da inseminação são múltiplas e 80% são de feto único. A inseminação pode ser realizada em ciclos menstruais subsequentes, mas após três tentativas sem sucesso, o tratamento indicado é a FIV (Fertilização in vitro).

O procedimento de inseminação artificial abre espaço também para casais homoafetivos que, agora, também possuem a possibilidade de ter uma criança que possua seu DNA. Em 2013, o conselho Federal de Medicina publicou uma resolução que garante aos casais forma-

dos por pessoas de mesmo sexo o direito de recorrerem à reprodução humana, para terem filhos.

Nos casais femininos há duas possibilidades: inseminação artificial com sêmen doado através de um banco de sêmen ou a fertilização in vitro. Para os casais masculinos, a FIV é a única opção e a situação um pouco mais complexa. Eles deverão encontrar uma mulher na família para ceder o útero e levar adiante a gestação. O óvulo será obtido de uma doadora anônima e o casal decide entre eles quem fornecerá os espermatozoides para a FIV. Nesse caso, a doação de óvulo segue as

mesmas normas estabelecidas pela Resolução do CFM, ou seja: a doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial e os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa.

Em julho de 2016, um casal gay na África do Sul teve trigêmeos biológicos que compartilham do DNA de ambos os pais. Acredita-se que eles são os primeiros do país – e do mundo – a terem essa quantidade de filhos usando uma barriga de aluguel. Christo e Theo Menelou, pais das crianças, conhecerem a mulher que aceitou ser barriga de aluguel durante uma reunião de bairro reali-

zada após o julgamento do ex-atleta paralímpico Oscar Pistorius, amigo do casal. A inseminação ocorreu com o material biológico de ambos os pais. Dois óvulos foram fecundados, cada um com o esperma de um pai. Mas, dez semanas depois da gravidez, veio a surpresa: os médicos descobriram que um dos embriões havia se dividido e a mulher carregava trigêmeos – dois deles idênticos.

No dia 2 de julho, após 31 semanas de gestação, os trigêmeos Joshua, Zoe e Kate nasceram prematuramente. Outra técnica de fertilização in vitro com “três pais”, segundo a revista New Scientist também ajudou na concepção de uma criança que nasceu no México.

No Brasil, segundo dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no ano de 2014 haviam aproximadamente 106 clínicas de reprodução assistida no país, com concentração nas capitais e metrópoles brasileiras. Em Minas Gerais, a capital Belo horizonte já possui algumas clínicas para casais que buscam ter filhos por meio da técnica de inseminação artifial.

Arte na universidade: o local ideal para a independência e exposição ...Giovanna Cabral ...Júlia Serra Entre os dias 15 e 21 de maio, será realizada a 15ª Semana de Museus na UEMG – Divinópolis. O evento é uma temporada cultural promovida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) e museus do país inteiro realizam atividades especiais a partir de um tema, com visitas mediadas, palestras, oficinas, exibição de filmes, entre outras diversas ações em comemoração ao Dia Internacional de Museus, que é comemorado no dia 18 de maio.

Flavia Lemos, coordenadora do CEMUD (Centro de Memória Professora Batistina Corgozinho), afirma que o Centro de Memória, enquanto fonte de memória e instituição museológica, participa também das atividades da 15ª Semana que, este ano, conta com o tema “Museus e Histórias Controversas: dizer o indizível em museus” e conta não só com o público universitário, mas também com a comunidade em geral.

A intensão da Semana de Museus não é só trazer à tona a memória

histórica, mas também proporcionar um ambiente de aprendizagem e sensações. O tema, inclusive, tem deixado todos os organizadores da Semana na UEMG – Divinópolis bastante entusiasmados. De acordo com Paulo Teodoro, um dos organizadores e responsável pela exibição durante a semana do filme Cinema e o indizível, “o tema é muito interessante, e nos permite explorá-lo de diversas formas! Isso é muito bacana!”. Paulo também acrescentou que a programação está disponível no Portal EmRedes (emredes.org.br) para quem se interessar e quiser saber mais a respeito.

Vale ressaltar que a Semana de Museus é uma temporada muito importante, não só para academia, como para a comunidade em geral.

Segundo dados do site do Ibram, nesta edição, serão mais de mil museus de todo o país oferecendo ao público 3.000 mais variadas atividades durante a Semana. *Artes: Divulgação

Os movimentos artísticos independentes são cada vez mais populares entre jovens. O Brasil é um país caracterizado pela diversidade e grande produção cultural. E mesmo com a cultura de massa cada vez mais homogênea, ainda se tem, até mesmo no mundo jovem, uma grande procura pelos movimentos independentes e diferenciados.

A universidade é um espaço que não se limita às disciplinas acadêmicas de cada curso. Existe uma interação entre alunos e professores que possibilita o compartilhamento de pensamentos, gostos, desejos e interesses.

Dentro na UEMG, existe inúmeros artistas que utilizam do campo para divulgar sua arte.

Músicos, poetas, pintores, atores, entre outros alunos e professores que se misturam e conseguem um público interessado em os assistir.

Pensado pela Secretaria de Cultura do Diretório Acadêmico da UEMG – Divinópolis como homenagem ao Dia Nacional das Artes, a Semana de Artes teve sua primeira

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edição realizada em 2015. Assim, se tornou um dos principais exemplos de evento que abre a possibilidades oficiais para valorizar esses artistas.

Sua segunda edição ocorreu em março e reuniu não só membros da comunidade acadêmica, mas também vários artistas locais com as mais diversas formas de expressão.

A fanpage da Semana de Artes guarda os registros de várias ações realizadas pelo evento. Há inúmeras fotografias e comentários sobre a programação que movimentou os corredores na universidade e proporcionou diversas experiências artísticas a toda comunidade da UEMG Divinópolis.

Fanpag Semana de Artes UEMG

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As agências de turismo nas pequenas cidades ...Cássia Xavier

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As agências precisam de resiliência para se adaptarem às transformações econômicas em cada núcleo, região ou cidade diferente nas quais se estabelecem. Algumas delas encontraram oportunidades de mercado em cidades pequenas, como foi o caso da agência de viagens Eugênio Turismo que atua no município de Pitangui, uma cidade histórica do interior do estado.

Nesses pequenos municípios, as empresas estabelecem maneiras de organizar e negociar roteiros diferentes dos grandes centros urbanos. É muito comum famílias, grupos de amigos, formandos,

se organizarem para escolher um destino e fretar um ônibus para a viagem. Assim, a empresa monta o pacote segundo o desejo daquele grupo. Outra diferença é que muitas viagens são direcionadas a destinos específicos, entre eles, reli-

giosos, esportivos, gastronômicos e culturais.

O roteiro é de acordo e dentro das limitações das empresas e a elaboração da programação é feita de acordo com os lugares mais procurados pelos viajantes. Os principais destinos da

agência Eugênio Turismo são Aparecida (SP), Tiradentes, Caldas Novas, Barretos e praias.

Segundo o proprietário da agência, Eugênio Soares, o que mantem o crescimento da empresa é ser acessível financeiramente a diversas classes, oferecendo aos clientes pagamentos parcelados. “Acredito também que a prioridade do conforto e qualidade para os clientes é um diferencial nosso”, relatou.

Apesar da crise econômica e do alto número de desempregos, as agências foram adaptando-se e alterando as formas de negociar para que o mercado de turismo voltasse a crescer .

Sala Vermelha

Variação

Tatuagem

FGTS

...Guilherme Azevedo Silveira

...Diego Souza

...Maira Lima

...Matheus Augusto

A sala vermelha, porta de entrada do SAMU no Hospital São João de Deus, mais uma vez não cumpre o cronograma e, pela terceira vez, é adiada a inauguração.

O serviço que permitiria ao hospital receber pacientes em estado de urgência e emergência ainda se encontra inacabado e presente em pouco mais da metade dos hospitais da região Centro-Oeste de Minas.

De acordo com o diretor médico do SAMU Marco Aurélio Lobão, apenas 18 dos 34 hospitais se encontram aptos a receber o serviço e foram integrados à Rede Resposta.

O diretor ainda afirmou que o serviço agregaria em muito na mobilidade dos pacientes e conseguiria atender toda a população divinopolitana, pois contaria com oito carros prontos para atender em qualquer região da cidade.

João Felipe, morador do bairro Cacoco, diz que o serviço seria de muita praticidade, pois, segundo ele ‘’em casos de urgência, a gente precisa pagar taxi ou ir de ônibus e isso atrapalha e atrasa o atendimento’’ Ainda segundo João, o bairro dele acaba por ser prejudicado pela distância com os hospitais ou a UPA, o que atrasa e dificulta o atendimento.

O diretor Marco Aurélio, ciente das dificuldades de conseguir implementar o serviço em todos os hospitais da região, salienta que existem critérios mínimos como o suporte tecnológico e médicos especializados em algumas áreas, o que acaba por impossibilitar a adesão de todos os hospitais da região.

A prefeitura, que preferiu não aprofundar sobre o assunto, informou que os critérios são para melhorar e adequar o atendimento, e não servem como um atraso para a saúde da cidade, mas como uma preocupação para a melhoria e especialização dos centros médicos.

A época próxima à Semana Santa eleva os preços de chocolates nos supermercados. Uma pesquisa realizada pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) constatou uma variação de 130% em um mesmo produto em estabelecimentos na cidade de Araxá, no Alto Paranaíba.

Três supermercados de Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado, também apresentam uma grande diferença nos preços. É possível encontrar um ovo de Páscoa com 115 g por R$15 em um estabelecimento.

O mesmo produto é vendido por R$ 19 no bairro Bom Pastor e por R$16 na Avenida Autorama. Quem desejar encontrar uma maior quantidade de chocolate, precisará preparar o bolso. O ovo de 1 Kg varia entre R$ 60 e R$ 89.

A Páscoa também é um bom período para muito autônomos. Maria das Graças Andrade, 45, moradora do bairro Catalão transforma o chocolate em ovos de Páscoa há dez anos. O ovo artesanal tem um preço menor, mas a qualidade é a mesma. “A gente tem que comprar o chocolate bem antes. Precisa de uns dois ou três meses de antecedência. É muito trabalho na Semana Santa, mas vale muito a pena”, comentou.

Antes de fazer a compra, a recomendação é colocar tudo no papel e verificar qual a opção mais atraente dentro das atuais condições financeiras da sociedade.

Em votação, STF decidiu não desclassificar candidatos a concursos públicos que possuem tatuagens. As restrições são apenas para os desenhos que expressem incitação à violência e ao terrorismo.

Durante o julgamento, foi analisado o recurso de um candidato que foi desclassificado em um concurso para bombeiro militar em São Paulo que, no entanto, teria tudo para ser aprovado, mas durante o exame médico, foi encontrada uma tatuagem tribal de 14 centímetros em sua perna direita.

O edital previa que não seria admitido candidato que tivesse tatuagem que atentasse contra “a moral e os bons costumes”, que não tivesse “dimensões pequenas”, que cobrisse partes inteiras do corpo, como a face, o antebraço, mãos ou pernas ou que ficassem visíveis quando se usassem trajes de treinamento físico.

A situação já aconteceu diversas vezes, principalmente, durante seleções carreira militar, mas os critérios de seleção não podem discriminar os candidatos. Pela decisão, o impedimento de prestação de atividade só poderá ocorrer se o participante tiver um desenho obsceno ou que incentive violência, racismo e o terrorismo.

Nascidos em março, abril e maio, retiraram no sábado, 8 de abril, o dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os saques da segunda fase da liberação do FGTS estavam previstos para segunda-feira, dia 10.

Apesar da antecipação, os sacadores não tiveram prejuízos: foi feita uma atualização monetária e dos juros.

Um dos motivos para a mudança de data é impulsionar a economia com a chegada da Semana Santa.

No início do ano foi anunciado pelo Governo que a Caixa liberaria para saque os FGTS inativos. Na primeira fase, foram R$5,9 bilhões sacados. Já no sábado, cerca de 7,7 milhões de trabalhadores poderão receber o FGTS, totalizando R$11,2 bilhões.

Para atender a antecipação, a Caixa teve 2,1 mil agências e 200 salas de atendimento abertas no dia.

Em comparação, no início do ano foram abertas 1,8 mil salas. Além do esquema preparado para o dia 8, na segunda (10), terça (11) e quarta-feira (12), as agências da Caixa serão abertas duas horas mais cedo. A mudança tem como objetivo ajudar quem precisa no processo de saque.

UE MG Di vi n óp oli s – Cu rso d e J orn ali sm o - J orn al p rod u zi do pel o 3º perío do - Ano 2 – nº 2 - M arço /Ab ril de 2017

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Confraternização promove interação em transporte escolar ...Lucas Rodrigues Reunir com os amigos, sentar para conversar, rir de uma piada ou até mesmo contar uma pequena história parece uma tarefa fácil não é mesmo? Infelizmente não é assim para diversos calouros que ingressam todos os anos em escolas e universidades. Parte desses alunos, utilizam do transporte público ou vans para se locomoverem, algo comum nos dias de hoje.

De acordo com um artigo publicado por Willer Luciano Carvalho no Congresso Nacional de Pesquisa de Transporte (2015), o transporte escolar teve início devido a uma demanda crescente de alunos de meios rurais que necessitavam se locomover e não tinham recursos.

Pensando na realidade do aluno rural e suas dificuldades enfrentadas, o legislador constituinte atrelou ao dever de oferecer educação gratuita a todos, incluindo o transporte escolar gratuito No artigo 208 da Constituição Brasileira, encontram-se as obrigações do Estado no que se refere ao oferecimento do ensino público.

Trata-se de garantias asseguradas aos estudantes, cuja finalidade é o efeito exercício do direito à educação, e dentre essea, está o transporte escolar. Nesse sentido, a legislação brasileira prevê que compete aos estados e municípios o transporte escolar dos alunos da rede de ensino estadual e municipal, respectivamente (Brasil, 1998). “É mais fácil estudar assim” As facilidades que esses meios trazem aos alunos são inúmeras.

Os transportes escolares, além de propiciarem mais seguranças a seus usuários, facilitam também a compreensão e a adaptação do conteúdo ministrado por professores, já que a maioria dos alunos chega descansada nas universidades, conta Brener Batista, estudante de Engenharia da Computação. “Antes, quando eu ia para a escola de ôni-

bus e, às vezes, a pé, chegava cansado, o trajeto era longo, eu queria era descansar, e acabava não prestando atenção nas aulas. Agora, usando a van para ir para a faculdade, me sinto mais descansado, é mais fácil estudar assim”.

Criando Laços Os benefícios do transporte escolar não param por aí, além do comodismo, este meio também oferece uma maior interação com os colegas de estudo. Alunos mais tímidos e com dificuldade de inserção em um determinado meio social, se sentem mais preparados e confiantes a se relacionarem com os seus demais. De acordo com Paulo Henrique da Costa, também do curso de Engenharia da Computação, os laços afetivos entre os amigos são criados logo nos primeiros dias de aula. “No meu primeiro dia, eu me sentia meio deslocado, não conhecia quase ninguém e acabei ficando mais afastado do grupo. Porém isso mudou rapidamente, logo que fui recepcionado pela galera, me senti mais tranquilo”, afirmou.

“Boa ideia” Observando o movimento de vários alunos que entravam em sua van com sentido às universidades e como eles demoravam a interagir com o restante do grupo, Gláucio Duarte Filho teve uma ideia. “Eu sempre via vários alunos no canto da van, a caminho da faculdade. Era sempre a mesma coisa, entravam, davam bom dia e colocavam seus fones de ouvido. Faltava um pouco de conversa ali”, contou.

Pensando nessa situação e em como faria para reunir mais os alunos que transportava, Gláucio decidiu então fazer uma confraternização. Comprou algumas caixas com salgados e refrigerantes e reuniu todos. Não deu outra: em menos de 15 minutos, estavam todos comendo e sorrindo, alguns até ameaçavam fazer algumas piadas para alegrar o grupo. “Eles davam risadas; foi uma alegria só”, relatou Gláucio. A ideia deu tão certo que o motorista que há sete anos trabalha com transporte de alunos, resolveu adotar como tradição as confraternizações.

Mais um calouro Alessandro Dias Almeida cursa Engenharia Civil na UEMG - Divinópolis. É calouro e, como de costume, por não conhecer nenhum dos integrantes da van de transporte escolar, se restringiu ao silêncio.

Gláucio comenta que sua van foi a primeira – e uma das únicas – entre as 12 vans de transporte que realiza as confraternizações. “Somente a minha que faz este tipo de coisa. É uma pena saber que os outros não seguem o mesmo exemplo, mas eu entendo.

Infelizmente existem pessoas que não gostam deste tipo de coisa”.

Aparentemente apreensível, Alessandro ainda tímido mantém o silêncio. A confraternização começa e, com ela, vem o esperado. Após alguns minutos conversando com os colegas da van, a timidez dá lugar a outro sentimento. “Cara, sinceramente eu estava meio com o pé atrás, não conhecia ninguém. Vi que com poucos minutos conversando com o pessoal, já dá para se soltar um pouco”, relatou. São ideias como essas que facilitam a vida de muitos estudantes.

Incentivo à literatura ... Camila Almeida A terceira edição da FLID conseguiu atrair pessoas de diversas idades e vários gostos com cerca de 40 atrações no último ano. Desse modo, já se consolidou e se tornou um evento anual na região do Centro-Oeste de Minas Gerais.

A programação é sempre recheada de atrações que envolvem palestras, debates, música e muitos escritores renomados que permitem a proximidade ao público contando mais de suas obras em bate-papos descontraídos.

“Achei muito gratificante ter a oportunidade de conversar, trocar ideias com alguns escritores que eu admirava” comenta Flávia Matos, estudante

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presente no local.

Os organizadores do evento promoveram a troca de livros por ingressos para as atrações internas realizadas no Teatro Usina Gravatá, local onde foi realizada a FLID. Cerca de 2 mil livros arrecadados na feira foram entregues a Biblioteca Municipal Ataliba Lago, em Divinópolis.

A FLID tem o propósito de incentivar o gosto pela literatura e trazer escritores de todo o país para debates e interação com o público. De acordo com o organizador do evento, Joubert Amaral, a finalidade é colocar a cidade no círculo da leitura e aumentar o índice de circulação de livros na cidade.

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Caronas solidárias se tornam o mais requisitado meio de transporte para universitários Reprodução: Google imagens

...Luísa Henriques Divinópolis tem se tornado cada vez mais um pólo intelectual mineiro, abrigando sete universidades de renome, sendo que três são públicas. A cidade vem se desenvolvendo e abrigando pessoas de todas as regiões do país. Como consequência do aumento da população, a rodoviária se tornou um ponto muito importante e movimentado da cidade, porém deixando a desejar em alguns quesitos, como a ampliação de linhas e diversificação de empresas prestadoras do serviço intermunicipal e ou estadual. Com isso, o fluxo de pessoas que vão para a capital mineira, localizada a 124 km de Divinópolis, é intenso e apenas uma linha é autorizada a fazer o transporte.

Uma forma encontrada pelos estudantes na hora de economizar para irem para casa foram as caronas. Assim, tanto motorista como o caroneiro se beneficiam de tal ato.

Grupos nas redes sociais que ofe-

recem carona chegam a ter mais de nove mil membros. João* explica que a carona é um meio arriscado, mas, ainda assim, é a melhor opção para os estudantes. “A passagem para BH é um absurdo, chega dar diferença de 20,00 entre a carona e o ônibus, fora o tempo que ainda é bem maior”.

Informações da carona, tais como horários, locais e valores, são combinados através da rede social.

Os grupos, no entanto, não têm nenhum tipo de garantia, mas para João.*, a carona é de confiança. “O grupo foi criado em 2009 e, até hoje, nunca tivemos queixas de abusos ou algo do tipo. Os grupos de caronas funcionam como o UBER: são pessoas se ajudando. Eu não teria como ir para Divinópolis tantas vezes como eu vou se não oferecesse a carona”.

A carona solidária é lucrativa, porém, ilegal,sendo caracterizado como transporte irregular de passa-

Festas em repúblicas ...Lucas Assis Em toda a região próxima as faculdades UEMG e UFSJ é possível encontrar uma república com estudantes. Todo fim de semana os alunos organizam uma festa para os amigos e, assim, arrecadam dinheiro para sustentar o local da moradia. A diversão é garantida e o bom rendimento também.

Na República Tcheca - nome dado a uma das repúblicas de estudantes na região –, os moradores fazem uma festa de recepção para os calouros de Bioquímica da UFSJ semestralmente. Com o preço dos ingressos entre 20 e 35, com opção de open bar, a casa lota de estudantes atrás de diversão e relaxamento depois de uma semana de estudos.

Segundo o morador Lucas Fishe, a festa dá um grande lucro para a república, o qual é revertido para o pagamento de contas, compras no mercado e o que sobrar é dividido entre todos os cinco moradores da casa. “As festas que damos na nossa casa é de grande ajuda. Com o lucro da nossa última festa, conseguimos guardar uma parcela do dinheiro arrecadado para guardamos de garan-

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tia, para caso a casa precise de algum reparo no futuro” ,disse Guilherme Onório, outro morador da república.

Na casa ainda é feita algumas pequenas comemorações entre amigos nos fins de semana. De acordo com Fishe, eles arrecadam uma quantia e n t r e R$3,00 e R$5,00 de quem par ticipa das festas e, com o dinheiro, compram as bebidas e comidas. O restante, eles guardam para o uso próprio da república.

Além de divertir os estudantes, exaustos dos estudos da faculdade, as festas ainda possuem o lado positivo de ajudar os moradores de repúblicas com as despesas da casa.

geiros, conforme a Lei 19.445/2011 que proíbe qualquer tipo de transporte remunerado de pessoas que não seja autorizado por ele ou pela Setop (Secretaria do Estado de Transporte e Obras públicas).

Poucas pessoas sabem da clandestinidade do serviço e de sua lucratividade. Se uma pessoa pagaria R$50,00 de Divinópolis para Belo Horizonte, na carona paga, em média, R$ 30,00. Há essa economia, mas a pessoa que recebe chega a faturar o triplo do que gasta com a viagem. Isso faz com que muitas pessoas transformem isso em um tipo de trabalho. José* ficou desempregado há dois anos e começou a fazer caronas para manter as contas de casa. Seu lucro foi tanto que, hoje, ele comprou um carro com sete lugares e disponibiliza wifi para os passageiros. “Eu faço a rota BH – Divinópolis, pelo menos, quatro vezes ao dia e, pelo menos, duas vezes o carro está completamente cheio. O

valor mensal é variável, mas consigo pagar as contas”, afirma.

Esse tipo de transporte clandestino também não garante que a pessoa chegue em seu destino. Por lei, se por algum motivo o transporte interurbano não consegue chegar ao seu destino, a empresa tem a obrigação de levar seus passageiros ao destino final. Já a carona solidária não garante isso ao seu usuário. Se, por exemplo, o carro estragar, a caroneiro teria que procurar outros meios para chegar no seu destino, fora que não há uma fiscalização em cima desse tipo de transporte, dando insegurança quanto ao estado do veículo.

Cômoda e rápida, a carona se tornou um meio atrativo para ambos os lados, mas fica o alerta de não pegar carona com pessoas totalmente desconhecidas e marcar o embarque e desembarque em locais públicos. *Nomes fictíceos para manter o anonimato das fontes.

Alguém falou em festa? #SóVamo!

...Ana Luíza Avelar

A 314 Produtora tomou conta de Divinópolis para provar que ninguém é de ferro e todo mundo merece uma festa cheia de bons momentos para guardar na memória.

A ideia surgiu numa mesa de bar.

Arthur Melo e os irmãos Kim e Gui Marinho já e s t a va m cansados da monotonia da cidade e, assim, a 314 Produtora surgiu da ideia de universitários de produzir eventos para esse mesmo público.

São dois anos no mercado e o nome da produtora já tem seu peso entre a galera. Qualidade somada a preços possíveis para um estudante é o que eles mais

prezam. “Nossa missão é fazer eventos de ótima qualidade e com preços acessíveis para que os estudantes possam ir. Divinópolis tem muitos eventos bons, mas alguns têm preços altos demais!”, declarou Kim. Assim, os ingressos variam de 40 a 150 reais, dependendo da festa, que é sempre open bar e conta com um lineup de sucesso.

E eles já produziram cinco Recepções de Calouros, além da Quinta Universitária, Cervejada da Atlética UEMG, Blackout e dois Lounges 314, promovidos dentro de eventos realizados na cidade. Na última Recepção de Calouros organizada pela 314, mais de 3500 pessoas estavam presentes.

O próximo evento esse ano já tem data marcada. A 6ª Recepção de Calouros acontecerá no dia 2 de setembro no Parque de Exposições de Divinópolis. O público estimado para essa edição é de 4500 pessoas e as atrações serão reveladas em breve. Mas já pode marcar aí na agenda, porque o evento já é tradição entre os jovens de Divinópolis.

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