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ANO 8 - Nº 86 NOVEMBRO/2014
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Comportamento
Não se fazem mais bailes como os de antigamente (parte 2)
Do fundo do baú: dj Sérgio Balanço e seu equipamento básico em 1997
as técnicas necessárias, a coisa mais importante que um DJ precisa saber é nunca deixar a pista vazia. Se em um momento alguma música a esvaziou, o DJ deve imediatamente reverter a tendência na música seguinte. Há dez, vinte anos atrás, o bom DJ era assim e deve continuar sendo. Mas tem muita gente que não se preocupa com isso e deixa uma sequência pronta no computador e até levanta e deixa o baile solto sem se preocupar com a resposta do salão. Talvez hoje não se necessite do mesmo controle do mixer como há quinze anos atrás, mas a resposta do público é a mesma e se o DJ não estiver a postos o salão pode ficar vazio, pode começar uma música que não era para começar e o volume pode mudar completamente de uma música para outra. Em baile de academia tem-se a desculpa de não ser necessária tanta rigidez.
Quatorze anos atrás eu fui DJ na Escola de Dança Maria Antonieta por uns meses e não se fazia baile com computador. Mas se podia ter várias coletâneas gravadas em CD e, entre um CD e outro, também sair da mesa de som. Porém nenhum DJ fazia isso naquela época. Outros DJs falam que tocam três sambas e três forrós, achando que dividiram bem a sequência. Não lembram que a média de duração de um samba é de três minutos e de um forró, quatro. Adoro samba de gafieira e a qualidade de um dançarino se vê num samba lento, mas os DJs colocam poucos sambas lentos nos bailes, esquecendo-se até dos alunos iniciantes que preferem música mais lenta também. Padrão de competência em samba virou velocidade. Para mim um bom samba lento dançado com controle e perfeição demonstra muito mais a competência do dançarino. Samba rápido só demonstra preparo físico... Conheci excelentes DJs profissionais na década de 1990, como Márcio Carreiro e Sérgio Balanço, entre outros, que se preocupavam com todos esses detalhes. No início dos anos 2000 Pedro Pedrada foi outro grande nome que surgiu. Desde então, centenas. Então? Vamos reclamar com o DJ quando ele pisar na bola? Só assim eles têm como saber o que o público quer. Senão eles só vão ter a resposta da pista cheia ou vazia e achar que estão sempre abafando. _________________ Marco Antonio Perna é analista de sistemas, pesquisador, colecionador de filmes de dança, autor de livros sobre dança de salão (dentre os quais Samba de Gafieira, a História da Dança de Salão Brasileira) e organizador da coletânea “200 anos da dança de salão no Brasil”, publicada pela AMAragão Edições. Site: www.marcoantonioperna.com.br Blog: www.dancadesalao.com/agenda
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TUCA MAIA E SUA BANDA
CERVEJA DUPLA A NOITE TODA
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O bom baile pode ser com DJ ou com orquestra, depende apenas do gosto. Os que preferem com orquestra geralmente gostam pela padroMarco Antonio Perna* nização das músicas no baile. Se a banda for a seu gosto, o baile inteiro vai ser bom. Se não for, vai acontecer a mesma coisa ao inverso. Gostando da banda, basta segui-la pelos salões. Eu prefiro DJ de modo geral. Mas hoje em dia é bem mais difícil se ter um bom DJ para seguir. A primeira coisa importante para um bom DJ é a escolha do repertório, claro. Mas, tirando essa parte de gosto pessoal e todas
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