Curitiba Inversos #02 Fragmentos Poéticos

Fragmentos PoĂŠticos / Volume #02

Rodrigo Toniolo

Fragmentos Poéticos / Volume #02

Este é o segundo volume de uma série de livretos publicados de forma independente com objetivo de divulgar a poesia concreta.

Setembro/2015

Rodrigo Toniolo

AS VERDADES No caminho da vida a cada desvio, a cada tropeรงada, a cada soluรงo, a cada mal-estar, vomitamos involuntariamente algumas verdades sobre nรณs mesmos.

CONDUTA DE HONRA ATRAVESSANDO OS DIAS CONSERTANDO AS AVARIAS DAS BATIDAS EM MEU CASCO GALHOS NO MEU CAMINHO CORTO NO FACÃO O QUE APARECER EU LASCO

NINGUÉM É COMO A GENTE

Gente como a gente Não tem Não sei de onde vim Nem eles de onde vem Ninguém é como a gente Eles são educados e a gente delinquente.

PAULEIRA A poesia é concreta Concreta como a do paulo polacolouco nada correta Pauleira Que bate na minha cabeça Passa um filme Extravaza É firme, Como um palanque no banhado A palavra forte Mais que aguardente É a porrada na mente Que deixa atordoado

No intervalo entre a vida que se tem e a vida que se alcanรงa sรณ nos resta esperanรงa

Não uso meu erro para justificar meus próximos erros Ser relapso é meu artifício Desagradar é minha habilidade Pratico esse ofício nessa idade Chamem de louco, mas não me deixem no hospício.

VULTO

SOU COMO UM VULTO POR ONDE PASSO CAUSO TUMULTO

ASSIM

Enfim me ame.

E em mim se esparrame.

O EQUILIBRISTA

Passo a passo Às vezes ando Tropeçando Vou perdendo o compasso Me levanto Vou levando Sigo andando Me engano Mas não me canso Na linha Nessa corda Vou me equilibrando

LIVRE PARA VOAR. EU PROMETO TE DAR CARINHO SOU LIVRE, QUERO VOCÊ POR PERTO NÃO SEI SE ESTOU CERTO MAS PREFIRO VOAR SOZINHO.

Todas poesias escritas por

Rodrigo Toniolo Material publicado de forma independente em Setembro/2015

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Curitiba Inversos é um projeto de idealizado por Rodrigo Toniolo com a finalidade de difundir o concretismo e poesia em geral.

Poesia concreta é um tipo de poesia vanguardista, de caráter experimental, basicamente visual, que procura estruturar o texto poético escrito a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página de um livro ou não, buscando a superação do verso como unidade rítmico-formal.

Surgiu na década de 1950 no Brasil e na Suíça e tem como caracteristica sendo arte que busca a "ruptura".

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