Programa Camerata Salzburg

2018

Camerata Salzburg Gregory Ahss direção e violino

Bernarda Fink mezzo-soprano

O MINISTÉRIO DA CULTURA, O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A SECRETARIA DA CULTURA E A SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM

masterclasses e Aulas públicas Em 2017, um total de 750 pessoas entre estudantes e público ouvinte participaram das oito masterclasses e aulas públicas promovidas pela Cultura Artística.

A agenda de 2018 foi aberta dia 12 de março pelo pianista Jan Lisiecki. Ele ouviu e orientou quatro estudantes numa atividade que foi organizada em parceria com a Faculdade de Música da USP e assistida por um público de 50 pessoas na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.

REALIZAÇÃO

FOTO: DIVULGAÇÃO

Agradecemos aos Amigos da Cultura Artística e a nossos parceiros cujo apoio é fundamental para a realização destas atividades!

o governo do estado de são paulo, a secretaria da cultura e a associação sociedade de cultura artística apresentam

2018

Camerata Salzburg Gregory Ahss direção e violino

Bernarda Fink mezzo-soprano

patrocínio

3 Gioconda Bordon realização

4 Programa 6 Nota sobre o programa roberto rodrigues

13 Biografias

SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORIA

SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA

ANTONIO HERMANN D. MENEZES DE AZEVEDO GIOCONDA BORDON

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA

DIRETORES

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTE

FERNANDO LOHMANN, FREDERICO CARRAMASCHI, RICARDO BECKER, RODOLFO VILLELA MARINO FREDERICO LOHMANN SUPERINTENDENTE

PRESIDENTE DE HONRA

FÁBIO COLLETTI BARBOSA

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANTONIO CARLOS QUINTELLA

VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO FERNANDO CARRAMASCHI PRESIDENTE

ROBERTO CRISSIUMA MESQUITA VICE-PRESIDENTE CONSELHEIROS

MARCELO LOPES DIRETOR EXECUTIVO

FAUSTO AUGUSTO MARCUCCI ARRUDA SUPERINTENDENTE

CARLOS HARASAWA DIRETOR MARKETING

ANTONIO HERMANN D. MENEZES DE AZEVEDO, CARLOS JOSÉ RAUSCHER, FRANCISCO MESQUITA NETO, GÉRARD LOEB, HENRI PHILIPPE REICHSTUL, HENRIQUE MEIRELLES, JAYME SVERNER, MARCELO KAYATH, MILÚ VILLELA, PEDRO PARENTE, PLÍNIO JOSÉ MARAFON, ROBERTO BAUMGART

CONSELHO CONSULTIVO ALBERTO JACOBSBERG, ALFREDO RIZKALLAH, GEORGE ZAUSNER, JOÃO LARA MESQUITA, MÁRIO ARTHUR ADLER, PATRÍCIA MORAES, STEFANO BRIDELLI, SYLVIA PINHO DE ALMEIDA, THOMAS MICHAEL LANZ

PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE

GIOCONDA BORDON

COORDENAÇÃO EDITORIAL

SILVIA PEDROSA

SUPERVISÃO GERAL

CAMILA FRESCA EDIÇÃO

PAULO HUMBERTO L. DE ALMEIDA PROJETO GRÁFICO

LUDOVICO DESENHO GRÁFICO EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

CONTEÚDO COMUNICAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Camerata Salzburg : Gregory Ahss, direção e violino : Bernarda Fink, mezzo-soprano / [coordenação editorial Gioconda Bordon ; notas sobre o programa Roberto Rodrigues]. — São Paulo : Cultura Artística, 2018.

Vários colaboradores.

ISBN 978-85-93629-12-9 1. Concertos — Programas — São Paulo (SP) 2. Música clássica 3. Orquestras — Regência I. Ahss, Gregory.

II. Fink, Bernarda. III. Bordon, Gioconda. II. Rodrigues, Roberto.

18-14444 CDD-781.68 Índices para catálogo sistemático: 1. Concertos : Música clássica 781.68

Gioconda Bordon

gioconda@culturaartistica.com.br

Um programa bem trabalhado O repertório das apresentações de orquestras sinfônicas seguem uma estrutura básica: uma peça pequena para a abertura seguida de um concerto para piano ou violino, e uma grande sinfonia.

No caso de obras de grande duração, apresenta-se apenas a peça de abertura e, na sequência, a principal.

Uma orquestra de câmara, ao contrário, oferece mais possibilidades de combinações de épocas e estilos. Descartadas as sinfonias que exigem uma massa sonora impossível de ser alcançada por um numero reduzido de instrumentos, resta um mundo variadíssimo de composições e expressões musicais.

O concerto desta noite é um ótimo exemplo. A arte contemplativa de Arvo Pärt dá início à atmosfera religiosa que chega a seu ápice com as 10 canções bíblicas de Dvorák. A segunda parte retoma essa mesma atmosfera com uma ária Cantata 82 de Bach, e termina com o entusiasmo da terceira sinfonia de Schubert.

O ouvinte narra para si mesmo uma história particular, que, provavelmente, não seria mesma se a ordem das músicas fosse outra. A excelência dos instrumentistas da Camerata e a voz superlativa da mezzo-soprano Bernard Fink acentuam a fluidez e o colorido contrastante do programa dessa noite.

Bom concerto a todos!

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Série Branca

2018 Camerata Salzburg Gregory Ahss, direção e violino Bernarda Fink, mezzo-soprano Arvo Pärt (1935)

Fratres, para orquestra de cordas e percussão

c. 12’

Antonín Dvorák (1841-1904)

sala são paulo, 11 de abril, quarta-feira, 21h

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10 canções bíblicas op. 99

c. 27’

(Arranjo de Patricio Cueto)

Oblak a mrákota jest vůkol Něho (Salmo 97: 2-6), Andantino

Skrýše má a paveza má Ty jsí (Salmo 119: 114-117, 119, 120), Andante

Slyš, ó Bože, slyš modlitbu mou (Salmo 55: 1, 2, 4-5, 6-8), Andante

Hospodin jest můj pastýř (Salmo 23: 1-4), Andante

Bože! Bože! Píseň novou (Salmos 144: 9 e 145: 1-3, 5, 6), Risoluto, maestoso

Slyš, ó Bože, volání mé (Salmos 61: 1, 3, 4 e 63: 1, 4,5), Andante

Při řekách babylonských (Salmo 137: 1-5) Andante

Popatřiž na mne a smiluj se nade mnou (Salmo 25: 16-18, 20), Andante

Pozdvihuji očí svých k horám (Salmo 121: 1-4), Andante con moto

Zpívejte Hospodinu píseň novou (Salmos 98: 1, 4-5, 7, 8 e 96: 11-12), Allegro moderato intervalo os concertos serão precedidos do momento musical, palestra de camila fresca sobre os compositores, peças e intérpretes da noite, que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da sala são paulo. o conteúdo editorial dos programas da temporada 2018 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

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Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Ária Schlummert ein, ihr matten Augen (Descansai,olhos cansados) da Cantata n. 82 Ich habe genug (Já tenho o bastante) c. 11’

Franz Schubert (1797-1828)

Sinfonia n.3 D.200

c. 26’

Adagio maestoso — Allegro con brio Allegretto Menuetto. Vivace — Trio Presto vivace

facebook.com/culturartistica instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br

programação sujeita a alterações.

Nota sobre o programa roberto rodrigues

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Arvo Pärt (1935) Fratres

Arvo Pärt nasceu na Estônia, e ainda criança viu seu país ser ocupado pela União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Por esse motivo, suas primeiras composições — escritas ao final da adolescência — sofreram forte influência de Prokófiev e Shostakóvich. As indisposições com o regime soviético surgiram quando Pärt passou a escrever música serial (considerada pela URSS um modelo decadente de música burguesa), e avançaram até sua linguagem alcançar o poliestilismo. Em 1968, no entanto, Arvo Pärt rompe com a vanguarda, passando por um bloqueio criativo de 8 anos, silêncio apenas quebrado por sua Sinfonia n.3. Neste período, o compositor é marcado profundamente pela música antiga e pela religião, embriões de seu novo estilo composicional.

Pärt buscou os fundamentos da música ocidental na Idade Média e no início do Renascimento, dedicando-se ao estudo do organum, do cantochão e de compositores como Ockeghem, Obrecht e Josquin Desprez. A aproximação com a Igreja Ortodoxa não apenas rompeu seu bloqueio criativo como tornou a religião parte elementar de sua obra. As autoridades soviéticas, que antes criticavam sua modernidade, agora desaprovavam os títulos religiosos das composições. A pressão da censura fez com que o compositor emigrasse com sua família para a Áustria, e de lá para a Alemanha1.

Frates foi uma das primeiras obras escritas por Pärt neste novo estilo, resultante de um processo de simplificação que aproximou a sua música do minimalismo. O compositor parte de elementos simples, gerados por um único som como beleza estática e contemplativa, que, como um sino2, encerra em si (com a audi-

1. Atualmente, Arvo Pärt vive na Estônia.

2. Posteriormente, o compositor chamou este princípio composicional de “tintinabular”, palavra derivada da onomatopeia de seu próprio significado: bater sinos.

ção de seus primeiros harmônicos) a própria tríade3. Em Frates, notas longas são sustentadas como bordões, enquanto sequências com acordes simples são variadas.

A condição do português como língua derivada do latim faz com que a palavra ‘frates’ nos soe familiar e de tradução quase automática: irmãos.

Frates é uma obra iniciada em 1977. O primeiro Frates foi idealizado para três vozes e instrumentos não determinados, sendo estreado pelo conjunto de música antiga Hortus Musicus, com cordas e quinteto de sopros. Desde então, tem comportado a adição de variações escritas pelo próprio compositor.

Antonín Dvorák (1841-1904) 10 canções bíblicas op. 99

3. Acorde formado por um som fundamental e seus intervalos de terça e quinta

Dvorák veio à América para ser diretor e professor de composição do Conservatório Nacional de Música em Nova York. Esta instituição pioneira, criada e mantida por Jeannette Thurber, tinha por princípio formar uma orquestra genuinamente americana; nela eram aceitos como alunos — para espanto de muitos na época — mulheres, negros e deficientes, alguns com bolsa integral. O convite da Sra. Thurber era irrecusável: por um salário 25 vezes maior do que recebia no Conservatório de Praga, Dvorák teria o desafio de ensinar americanos a compor uma música americana. Para sua estreia nos Estados Unidos, em 1892, ele subiu ao palco do Carnegie Hall na execução de seu Te Deum, composto para o 400º aniversário da descoberta da América.

As 10 canções bíblicas foram escritas por Dvorák em março de 1894, três meses após a apresentação de sua Sinfonia Novo Mundo, durante o período em que residia em Nova York.

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Muitos apontam que a obra teria sido motivada pela morte de seu pai, ou de Tchaikóvski, ou de Gounod (falecidos no ano anterior), ou ainda pela morte do maestro Hans von Bülow — isso evidenciaria uma similaridade com o seu Stabat Mater, composto após a morte da filha recém-nascida, e orquestrado dois anos depois, após a morte de outros dois filhos. No entanto, o falecimento de seu pai ocorreu dois dias após Dvorák ter finalizado estas canções, e as correspondências não indicam que ele tivesse conhecimento sobre seu estado de saúde. O mais provável é que um conjunto de situações levaram-no a compor estas canções, como o fechamento temporário do Conservatório Nacional (em decorrência da crise financeira de 1893), a “solidão” da metrópole e, principalmente, a saudade de sua terra e o afastamento da sua cultura.

Dvorák escolheu como fonte deste ciclo de canções o Livro dos Salmos, um conjunto de 150 poemas líricos cantados4 do Antigo Testamento.

O escopo dos Salmos é grande, contendo textos de ação de graças, louvores, súplicas e lamentações. O eu lírico (seja individual ou coletivo) dirige-se diretamente a Deus, e Dvorák intensifica esta intimidade ao utilizar a Bíblia de Kralice5, em tcheco, como havia feito em 1877, no Salmo 149 para coro masculino e orquestra. Como consequência, a escolha de sua língua materna quebrou as estruturas poéticas do hebraico original, ao mesmo tempo que aproximou o texto de um discurso natural, despojado. Isto se refletiu tanto na aproximação do canto à linhas declamatórias, quanto na forma não regular destas canções.

As Canções bíblicas foram publicadas na versão original (voz grave e piano) em 1895, com texto em tcheco e versões para o inglês e o alemão.

Dvorák orquestrou as primeiras cinco canções, que regeu no ano seguinte em Praga e em Lon-

4. A palavra grega salmos (Ψαλμός) significa música.

5. A primeira edição completa da Bíblia, traduzida dos textos originais para o tcheco, publicada em seis volumes na cidade de Kralice no final do século XVI e início do XVII.

dres. Por razões desconhecidas, estas orquestrações foram perdidas, sendo publicadas somente após 1914, ocasião em que foram redescobertas.

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Ária Schlummert ein, ihr matten Augen (Descansai,olhos cansados) da Cantata n. 82 Ich habe genug (Já tenho o bastante)6

6. Com a colaboração de Camila Fresca.

7. São Tomé, um dos doze apóstolos de Jesus.

8. Alfred Dürr, As cantatas de Bach, p.968.

Como kantor na Igreja de São Tomé7 em Leipzig, Bach era responsável pela música do serviço dominical e das principais datas festivas da Igreja Luterana. Na prática, devia fazer com que os textos cantados na liturgia comentassem e refletissem os temas abordados nas leituras de cada dia.

A cantata Ich habe genug (Já tenho o bastante) foi escrita para ser executada pela primeira vez no dia 2 de fevereiro de 1727, na festa da purificação de Maria. A purificação retoma um incidente registrado por São Lucas, no qual Maria leva o menino Jesus para ser apresentado ao templo, em Jerusalém, quando encontra o ancião Simeão, em cujo cântico o libreto se baseia.

O libreto (de autor não identificado) afirma que, agora, depois que o Redentor apareceu, o cristão não pode desejar ardentemente para si nada além do que “separar-se daqui”, do que ser alvo dos grilhões de seu corpo para se unir a Jesus na doce paz e no descanso que conforta. O mundo vale apenas como lugar de miséria, do qual Cristo não participa8.

Além de 1727, Bach apresentou essa cantata posteriormente, por pelo menos mais três vezes, em versões parcialmente modificadas. A peça foi composta para oboé, cordas, baixo contínuo e um único solista vocal (originalmente um baixo).

A versão para mezzo-soprano foi provavelmente apresentada em 1735. A preferência por esta

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cantata explica-se em parte pela transcrição de algumas partes no Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach.

A obra possui cinco movimentos (três árias e dois recitativos). Schlummert ein, ihr matten Augen (Descansai, olhos cansados), é a ária central, e está entre as criações mais populares de Bach, dada sua enorme riqueza inventiva e sua expressividade. É também chamada de “ária do sono”9, e o caráter de canção de ninar é obtido sobretudo pelo uso de fermatas nas notas do contínuo.

Franz Schubert(1797-1828) Sinfonia n. 3, D. 200

A primeira edição completa das sinfonias de Schubert foi publicada pela Breitkopf & Hartel em 1884, 56 anos após a morte do autor. Johannes Brahms, seu organizador, não encontrando mérito nas primeiras sinfonias, achava que estas obras não deveriam ser editadas, mas sim — por filial consideração ao compositor — apenas preservadas para estudos. A crítica, certamente invejosa, denota a perplexidade que até hoje temos em relação a alguns compositores, como Pergolesi, Mozart e Schubert. Como explicar estas mentes precoces e prodigiosas? Como aceitar que Schubert tivesse composto sua primeira sinfonia quando tinha apenas 16 anos? A Sinfonia n.3 surge mais tarde, pouco depois de Schubert completar 18 anos. Temos no manuscrito as datas de início e término da composição: 24 de maio e 19 julho de 1815. Neste período, o jovem músico também escreveu um quarteto vocal e três canções, dedicando à sinfonia não mais do que nove dias. O tempo para compor era escasso, pois Schubert lecionava em tempo integral na escola

9. Idem, ibidem, p.970.

primária de seu pai, tinha aulas de composição com Antonio Salieri duas vezes por semana e também dava aulas de piano. É provável que a Sinfonia n.3 tenha sido executada privadamente na orquestra em que Schubert tocava viola — um grupo diletante formado por amigos e dirigido pelo violinista Josef Prohaska. Esta obra somente viria a público em 1881 por iniciativa do musicólogo George Grove, que, após pesquisar os manuscritos em Viena, promoveu a apresentação completa das sinfonias de Schubert no Palácio de Cristal em Londres, com grande receptividade, como atesta um artigo publicado dias depois em um jornal especializado.

roberto rodrigues trabalha no Departamento de Música da USP e é diretor do Audi Coelum, grupo dedicado à música sacra e à música antiga.

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Saiba mais — Ao longo de sua trajetória, a Camerata Salzburg teve como regentes e diretores artísticos nomes notáveis do universo clássico: Bernhard Paumgartner (1952-1971); Antonio Janigro (1974-1978); Sándor Végh (1978-1997); Roger Norrington (19972006); Leonidas Kavakos (2007-2009) e Louis Langrée (2011-2016).

Camerata Salzburg Fundada em 1952, a Camerata Salzburg foi a primeira orquestra de câmara moderna a utilizar a palavra “camerata”, numa referência aos ideais musicais e humanísticos da Camerata Fiorentina.

Desde a sua formação, a Camerata Salzburg desenvolve atividades regulares em sua cidade natal, atuando no Festival de Salzburg bem como na Semana Mozart, além de ter sua própria série de concertos por assinatura na Fundação Mozarteum. O grupo ainda se apresenta em prestigiados centros de música europeus, como o Konzerthaus de Viena, a Tonhalle em Zurique ou o Centro de Cultura e Convenções de Lucerna.

©piaclodi

Nomes lendários do meio musical como Clara Haskil, Dietrich Fischer-Dieskau, Alfred Brendel, Philippe Herreweghe e, mais recentemente, Matthias Goerne, Hilary Hahn, Fazil Say e Isabelle Faust colaboraram com a Camerata, cujo repertório centra-se em Mozart e na música clássica vienense, mas estende-se à música romântica e moderna.

Mais de 60 gravações em vinil e CD documentam a cultura musical da Camerata Salzburg. Tendo dirigido o grupo por vários anos e sendo sua principal inspiração, Sándor Végh lançou as bases para a fama mundial da Camerata, cujo som se baseia no mesmo conceito de um quarteto de cordas. Hoje, Gregory Ahss lidera a Camerata Salzburg, mas desde 2016 os próprios músicos dividem a direção artística, sendo cada um deles corresponsável por todas as questões que envolvem a interpretação das obras.

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©piaclodi

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Gregory Ahss O violinista israelense Gregory Ahss iniciou os estudos musicais na Escola de Música Gnessin de Moscou, continuando no Conservatório de Música de Israel e na Academia de Música de Tel Aviv. Graduou-se pelo New England Conservatory, em Boston, e ainda estudante fundou o Tal Piano Trio, conjunto premiado diversas vezes, incluindo o primeiro prêmio na prestigiosa Trio di Trieste Chamber Music Competition.

Em 2004, Ahss fez sua estreia como solista sob a batuta de Claudio Abado e a Orquestra Mozart de Bolonha. Também com Abbado e a Orquestra Mozart, sua gravação da Sinfonia concertante de Haydn ganhou vários prêmios. Como solista, ele ainda se apresentou junto a regentes como Yannick Nézet-Séguin, Daniel Blendulf e Andrés Orozco-Estrada.

Entre seus parceiros de música de câmara estão Natalia Gutman, Janine Jansen, Emmanuel Pahud, Gautier Capuçon, Nicolas Altstaed, Alexander Melnikov e Sabine Meyer. Ahss também se apresentou em duo de violino com Pinchas Zukerman.

Gregory Ahss colabora regularmente como diretor convidado com notáveis grupos como a Mahler Chamber Orchestra, a Orquestra Mozart e a Orquestra do Festival de Lucerna. Ele atua como spalla da Camerata Salzburg e da Orquestra do Festival de Lucerna.

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Bernarda Fink Filha de pais eslovenos, Bernarda Fink nasceu em Buenos Aires e recebeu sua educação musical no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón.

Cantora requisitada em palcos de todo o mundo, Fink é aclamada por sua versatilidade musical, com um repertório que abrange desde a música antiga até o século XX. Convidada frequente de orquestras como as filarmônicas de Viena e Berlim, a Orquestra Real do Concertgebouw, a Staatskapelle Berlim ou a Sinfônica de Chicago, ela ainda colabora com as mais importantes orquestras barrocas e teve uma estreita cooperação artística com Nikolaus Harnoncourt, registrada em diversas gravações de TV e CD. Sua discografia, aliás, compreende mais de 50 lançamentos, indo de Monteverdi e Rameau até Schubert, Schumann e Bruckner, tendo alguns desses recebidos prêmios importantes como o Diapason d’Or ou o Grammy.

Bernarda Fink grava com frequência para o selo Harmonia Mundi e seus lançamentos recentes incluem as Cantatas de Bach com a Freiburger Barockorchester, Lieder de Schumann com o pianista Anthony Spiri e o Stabat Mater de Pergolesi com a Akademie für Alte Musik Berlin. Seu último álbum pelo mesmo selo inclui Lieder de Mahler com a Niederösterreichische Tonkünstlerorchester e o regente Andrés Orozco-Estrada, além do pianista Anthony Spiri.

Saiba mais — Se para a maioria dos cantores a língua tcheca é um desafio quase intransponível, este não é o caso de Bernarda Fink. Além das raízes eslovenas, ela viveu em Praga e dedicou-se à estudos da música tcheca. Fink gravou um disco com Lieder de Dvorák (2007), elogiado por sua dicção e intimidade com os textos.

julia wesely

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Camerata Salzburg Gregory Ahss, direção e violino Primeiros violinos

Clarinetes

Gregory Ahss Nanni Malm Yoshiko Hagiwara Gabor Papp Kio Seiler György Acs

Wolfgang Klinser Monika Wisthaler

Segundos violinos

Trompas

Yukiko Tezuka Stephanie Baubin Izso Bajusz Silvia Schweinberger Dagny Wenk-Wolff

Trompetes

Violas Iris Juda Sara Marzadori Elen Guloyan Verona Rapp

Violoncelos Jeremy Findlay Dana Micicoi Shane Woodborne

Contrabaixos Burgi Pichler Christian Junger

Flautas Wally Hase Tomoko Sato

Oboés Rossana Calvi Laura Urbina

Fagotes Selim Aykal Christoph Hipper Zoltan Szöke István Kováts Kurt Körner Daniel Schinnerl-Schlaffer

Tímpano Rizumu Sugishita

Órgão Shane Woodborne

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2018 PATROCINADORES MASTER

PATROCINADOR PLATINA

PATROCINADORES OURO

PATROCINADORES PRATA

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PATROCINADORES BRONZE

APOIO

REALIZAÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA

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Amigos da Cultura Artística Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.

MECENAS Adolpho Leirner Alexandre e Silvia Fix Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Correa Meyer Antonio Hermann D. M. Azevedo Carmo e Jovelino Mineiro Cláudio Thomaz Lobo Sonder Denise Pauli Pavarina Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Hélio Seibel Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jean Claude Ramirez José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Luiz e Sandra Setúbal José Roberto Opice Lázaro de Mello Brandão Liana e José Ermírio de Moraes Neto Lucila Pires Evangelista Michael e Alina Perlman Minidi Pedroso Nádia e Olavo Setúbal Jr. Nelson Nery Junior Otto Baumgart Paulo Proushan Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Ruth M. Lahoz Mendonça de Barros Sylvia e Flávio Pinho de Almeida 2 mecenas anônimos

MANTENEDORES Alfredo Rizkallah Ameribrás Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Fernando Eckhardt Luzio Francisca Fagá e Rui Fernando R.Alves Jayme Blay

Livio De Vivo Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Neli Aparecida de Faria Paulo Guilherme Leser Regina e Gerald Reiss Ricard Akagawa Silvia e Fernando Carramaschi Thomas Frank Tichauer Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Wilma Kövesi (i.m.)

3 mantenedores anônimos

BENFEITORES Alberto Whitaker Antonio Ailton Caseiro Bruno Alois Nowak Cássio Augusto Macedo da Silva Claudio Alberto Cury Claudio e Selma Cernea Daniela e Frederico Carramaschi Edith Ranzini Eduardo Secchi Munhoz Edward Launberg Elias e Elizabeth Rocha Barros Evangelina Lobato Uchoa Fernando Lohmann Francisco Humberto de Abreu Maffei Francisco J. de Oliveira Jr. Francisco Montano Filho Galícia Empreend. e Participações Ltda Gerard Loeb e Angela Varela Gustavo e Cida Reis Teixeira Heinz Jorg Gruber Henri Philippe Reichstul Henrique Lindenberg Neto Irmgard Jandyra Rauscher Isaac Popoutchi Israel Sancovski Jayme Sverner José e Priscila Goldenberg Junia Borges Botelho Katalin Borger Lea Regina Caffaro Terra Leo Kupfer Luci Banks Leite Lúcia Lohmann e Nemer Rahal

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Luiz Marcello M. de Azevedo Filho M. Bernardete Baretto de Menezes Sampaio Malú Pereira de Almeida Marcos de Mattos Pimenta Maria Adelaide Amaral Maria Teresa Igel MV Pratini de Moraes Nelson Jafet Nelson Pereira dos Reis Nelson Vieira Barreira Patricia de Moraes Paulo Bruna Paulo Cezar Aragão Ricardo Luiz Becker Roberto e Luzila Calvo Roberto Falzoni Rosa Maria Graziano Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato Ulysses de Paula Eduardo Jr. Vavy Pacheco Borges Walter Ceneviva 6 benfeitores anônimos

APOIADORES Alberto Cazaux Alessandro e Dora Ventura Ana Cristina Arantes Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Ana Maria Malik Andrea Sandro Calabi Antonio Manuel Azevedo Arnaldo Malheiros Arnoldo Wald Beatriz e Numa Valle Beatriz Garcez Lohmann Bernardo Guerra Betty Mindlin Carlos Mendes Pinheiro Junior Carmen Guarini Charles e Sandra Cambur Clara Akiko Kobashi Silva Clarissa Kobashi Silva Claudia Annunziata G. Musto Cristina e Richard Barczinski Dan Linetzky Waitzberg

Eduardo Molan Gaban Eliana Regina Marques Zlochevsky Eric Alexander Klug Fernando Antonio Pinto Silva Francisco,Mariana e Gabriela Turra Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Issei e Marcia Abe Jorge e Lisabeth Diamant José Carlos Dias José de Paula Monteiro Neto José Theophilo Ramos Jr. Leda Tronca Lilia Katri Moritz Schwarz Luiz Alberto Placido Penna Luiz Diederichsen Villares Luiz Schwarcz Marcelo Gutglas Maria Cecilia Comegno Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Maria do Carmo Risi Maria Joaquina Marques Dias Marta Cristina Fiore Lazzarine Marta D. Grostein Milton Goldfarb Omar Fernandes Aly Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Raul Corrêa da Silva Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ricardo Di Rienzo Sandra e Charles Cambur Sara e Kenneth Geld 21 Apoiadores anônimos

Lista atualizada em 16 de março de 2018 Para mais informações ligue para (11) 3256 0223, escreva para amigos@culturaartistica.com.br ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos

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Teatro Cultura Artística Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística.

PATROCINADORES

Principais doadores (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.)

Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda.

Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix

Fernando Eckhardt Luzio Fernando Lohmann Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Blay Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho Katalin Borger Lea Regina Caffaro Terra Leo Madeiras Livio De Vivo Luís Stuhlberger

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Luiz Diederichsen Villares Luiz Gonzaga Marinho Brandão Luiz Rodrigues Corvo Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Mahle Metal Leve Maria Adelaide Amaral Maria Alice Setúbal Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Marisa e Jan Eichbaum Martha Diederichsen Stickel Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Moshe Sendacz Nádia e Olavo Setúbal Jr. Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart

Roberto e Luizila Calvo Roberto Egydio Setúbal Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay Suzano Tamas Makray Theodoro Jorge Flank Thomas Kunze Thyrso Martins Unigel Ursula Baumgart Vale Vavy Pacheco Borges Vitor Maiorino Netto Vivian Abdalla Hannud Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda.

Wolfgang Knapp Yara Rossi 3 Doadores Anônimos

Gostaríamos de agradecer também doações de mais de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até R$ 5.000,00.

Lamentamos não poder, por limitação de espaço, citá-los nominalmente.

REALIZAÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA

2018 série branca

série azul

11 de abril

Camerata Salzburg Gregory Ahss regência Bernarda Fink mezzo-soprano 14 de maio

Orchestre de la Suisse Romande Jonathan Nott regência Nelson Goerner piano 26 de junho

Geneva Camerata Pieter Wispelwey violoncelo 3 de setembro

Orquestra Filarmônica de Dresden Michael Sanderling regência Herbert Schuch piano 2 de outubro Yuja Wang piano

13 de março

Jan Lisiecki piano 15 de maio

Orchestre de la Suisse Romande Jonathan Nott regência Xavier Phillips violoncelo 11 de junho

Les Violons du Roy Bernard Labadie regência Magdalena Kožená mezzo-soprano 4 de setembro

Orquestra Filarmônica de Dresden Michael Sanderling regência Herbert Schuch piano 23 de outubro

Quarteto Modigliani Jean-Frédéric Neuburger piano

27 de novembro

Carolin Widmann violino Simon Lepper piano

6 de novembro

Orquestra de Câmara de Viena Stefan Vladar piano

concertos extra-assinatura 27 de março | concerto de páscoa

Os Músicos de Capella Luis Otávio Santos direção e violino barroco 12 de setembro | concerto de primavera

Orquestra Jovem da Alemanha Jonathan Nott regência 11 de dezembro | concerto de natal

Os Músicos de Capella Luis Otávio Santos direção e violino barroco Programação e datas sujeitas a alterações