Um Teatro Quase Esquecido – Painel das Décadas de 1930 e 1940 no Recife (Década de 1940)

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Danilo, Nestor Ferreira, Mário Brandão, José Bustorfe e os veteranos Lourdes Monteiro, Elpídio Câmara, Osvaldo Barreto, Hamilta Rodrigues, Luiz Carneiro, Elisa Mattos e Augusta Moreira. Em uma entrevista ao crítico J. B., do Diario de Pernambuco (17 de junho de 1948), Barreto Júnior revelou: “Vim fazer uma temporada de riso no Recife; todo o mundo vai rir durante os trinta dias de minha estada aqui. Não se chorará no Recife, enquanto eu estiver por aqui. Não faço teatro para arrancar lagrimas de ninguem e não assusto a platéia com ataques histericos e nem com gritos lancinantes. Faço rir, somente rir, porque o mundo é uma gargalhada. Nada de choro baixo, nem alto”.

Estrearam com Bombonzinho, de Viriato Correia, peça que chegou a fazer oito sessões de casa cheia e teve sucesso comprovado pelo mesmo J. B., o crítico Júlio Barbosa, no Diario de Pernambuco (23 de junho de 1948), que ainda fez questão de registrar um escrito de Barreto Júnior que deu o que falar: Boa casa, sobretudo levando-se em conta as chuvas torrenciais, que desabaram. Mais uma prova da popularidade do ator conterraneo. A premiére da Companhia Nacional de Comedias contou com a presença do governa-

dor Barbosa Lima e familia; do secretario João Roma e familia; e do prefeito Morais Rego e familia. No genero de teatro para rir, a peça agradou a quantos foram ao Santa Isabel. E por falar em teatro para rir, na pagina de dentro do programa distribuido à entrada, ha umas “explicações” de Barreto, sob o titulo de “Peço a Palavra”, de que extraimos os seguintes trechos: “Durante o periodo de doze anos que faço teatro no Brasil, poderia, como artista ou

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