Liduina Vidal de Almeida

Hoje abri um livro e encontrei uma fotografia nossa. Éramos adolescentes e na época sonhávamos com os príncipes encantados que vinham nos salvar em seus cavalos brancos.

Lembrei das nossas conversas interminávéis. Quantos planos! Tantos sonhos!

A vida, minha querida, trouxe para perto de nós outras pessoas e outros projetos.

Às vezes os “príncipes” viram sapos. Eles existem apenas na nossa idealização. Hoje entendemos que não precisamos deles para nos salvar. Que nossos castelos são construidos por nós e até que se não quisermos um castelo, podemos escolher o que quisermos ser e ter. que somos responsáveis por nossa vida. Somos mulheres com histórias fortes, doloridas, belas e ricas de experiências. Vamos aprendendo umas com as outras. Ouvindo experiências e relatos das lutas.

Falarmos, gargalharmos, dançarmos e nos acolhermos. É necessário e é muito lindo! Precisamos falar sobre quem somos , o que podemos fazer, o que trazemos no coração. Precisamos nos fortalecer e priorizar-nos. Desde o momento que nascemos, somos ensinadas a cuidar, a amar sem medida, e até a esquecer de nós em detrimento da felicidade do outro.

Autocuidado não é ensinado. Autoestima não é estimulada. Autonomia não é valorizada.

Somos usinas de vida! Porém, muitas de nós ainda não nos damos conta da nossa potência. Vamos deixando-nos de lado, deixando nossos desejos pra depois, vamos nos calando, vamos esmorecendo. Mas é própio do ser mulher que a chama não se apague. Estou com saudades daquelas conversas, das nossas brincadeiras, das partilhas. A nnossa amizade, a cumplicidade, a companhia aviva a vontade de seguir trilhando novos caminhos.

Vou terminando por aqui. Mas quero novamente dizer que nós precisamos umas das outras. Nós contamos umas com as outras. Nós somos um todo! Somos uma constelação! Nossa luz ilumina caminhos.

Conte comigo! Eu conto com você.

Um abraço e um beijo.

Sua amiga de sempre