CRN Brasil - Ed. 355

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NOVEMBRO DE 2012 NÚMERO 355 WWW.CRN.COM.BR

IT Mídia Debate ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA: UMA REFLEXÃO E VÁRIOS RUMOS POSSÍVEIS PARA MINIMIZAR ESTA SÉRIA AMEAÇA AO MERCADO DE TI

o novo

WINDOWS

A EXPLOSÃO DE INVESTIMENTOS MILIONÁRIOS EM DATA CENTERS E O SIGNIFICADO DISTO PARA A CADEIA FORNECEDORA DE TECNOLOGIA E SERVIÇOS

na visão do presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy

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índice Novembro / Edição 355

nova crn brasil 2012

red Hat

página | 12 Novo no cargo, o general manager da Red Hat, Paulo Cesar Bonucci, fala como pretende triplicar a operação por aqui

eU acredito

página | 24 Durante o lançamento mundial do Windows 8, Michel Levy, presidente da subsidiária brasileira da companhia, fala sobre o sistema que, em sua visão, abrirá um mar de oportunidades para todo o universo de clientes e parceiros da marca

symantec

página | 28 Com foco em entrega de solução, e não mais de produto, companhia busca novidades para segurança em cloud computing

internacional

página | 34 Big Data: como lidar com grandes volumes de dados de uma maneira que os profissionais de TI interpretem melhor os resultados analíticos

saP

página | 52 Ex-Oracle, Sandra Vaz assume canais da SAP e vai buscar distribuidores no início do ano

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it mídia debate

página | 40 É chegado o momento de começar a pensar em uma solução definitiva para o problema da falta de mão de obra qualificada de TI, ou o desenvolvimento do setor poderá ficar comprometido

antes da ti

página | 60 A falta de mão de obra qualificada é vista como preocupação por quem é diretamente afetado em seus projetos por ela: seu cliente

case

página | 66 A Mac Construtora e Incorporadora trocou o ERP e encomendou mais dois sistemas para suportar o bom momento de mercado

68 I CRN Tech 70 I Daqui pra lá 74 I Papo Aberto

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CARTA AO LEITOR Foto: Francisco Yukio Porrino

Novembro / Edição 355

Inspiração X obrigação

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e um lado, o lançamento do Windows 8 – novo sistema operacional da Microsoft que teve como pilar central a experiência do usuário. De outro, a previsão de chegarmos ao final da década com um déficit de quase 300 mil profissionais de TI. De forma resumida, o abismo que separa um acontecimento do outro foi o que discutimos no último IT Mídia Debate: Escassez de Mão de Obra – cujo compilado das ideias centrais você confere nesta edição. O que acontece com a profissão que deu vida a empresas como a própria Microsoft, ou a Apple, IBM e tantas outras? O que distancia especialistas em TI em potencial deste universo conhecido por gerar ferramentas que facilitam a vida e os negócios? Por que a profissão não brilha aos olhos de quem está se decidindo por uma especialidade, ao contrário de cursos como medicina e direito? O nosso debate, que visava colocar escolas especializadas e empresários para refletir em torno da questão, pensando em soluções para retenção de talentos e melhor formação dos profissionais, foi muito enriquecido pela manifestação da plateia, que, em muitos momentos, acabou aprofundando a conversa para os níveis mais básicos da educação e da própria “forma de ver o mundo” de cada um, inevitavelmente. Afinal, é impossível que somente aos 17, 18 anos vire a chave da decisão profissional e, então, somos obrigados a escolher em definitivo por uma “carreira”. As possibilidades de sucesso em qualquer atividade que se desempenhe crescem ou diminuem à medida que você se vê livre para perceber e exercer suas motivações mais significantes no meio em que vive. É deste cenário que nascem o que chamamos de gênios, que marcam época e inspiram gerações.

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E o meio de tecnologia é extremamente propício a isso pela sua própria natureza, de desenvolver aparatos para deixar tarefas mais facilmente executáveis ou para potencializar a interação entre pessoas e empresas. Mas de nada adianta esta boa intenção final da tecnologia, se os “convites” feitos aos possíveis sucessores desses prodígios não passam pela inspiração, mas pela técnica; não estimulam o objetivo real, mas o procedimento; não priorizam a criação, mas a competitividade...De fato, essa incoerência está com os dias contados, se é que estamos determinados a obter produtos e serviços que derivam de profissionais autorrealizados e seguros de sua significância. Me parece que é o caso: vou citar algumas frases dos debatedores para vocês verem como resolver esta questão pede muito mais do que estímulos governamentais ou movimentos individualizados da iniciativa privada. “Temos foco em que o profissional tenha alegria de pensar”, Célio Antunes, presidente do Grupo Impacta. “Não estamos mais falando de tecnologia, mas de atividades que não possam ser feitas por robôs”, Virgínia Duarte, gerente do Observatório Softex. Pensamentos como estes começam a colocar a discussão no trilho que nos leva mais objetivamente à solução desta equação. Espero que apreciem a inédita profundidade com que o tema foi tratado no debate organizado pela Patricia Joaquim e fielmente reportado pelo Felipe Dreher. Um abraço e boa leitura!

HALINE MAYRA Editora

Email: hmayra@itmidia.com.br

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crn brasil entrevista | paulo bonucci

Em busca de robustez Por Felipe Dreher | fdreher@itmidia.com.br

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ercado maduro para o software livre e pressão por redução de custos. A Red Hat se vê de frente a um cenário promissor. Quer aproveitá-lo da melhor maneira possível e alavancar um processo vertiginoso de expansão. “Somos uma empresa que vai triplicar de tamanho nos próximos dois ou três anos no mundo e obviamente aqui no Brasil”, projeta Paulo Cesar Bonucci, general manager da companhia no País. No dia em que completou três meses à frente da operação nacional da companhia de open source (possivelmente, algumas horas mais tarde, passaria no RH da empresa, afinal, findava seu período de experiência), o executivo veio à sede da IT Mídia conversar com a CRN Brasil. Na conversa, foi bastante claro: “a prioridade nesse momento, para poder crescer, indiscutivelmente, tem que ser vendas”, ressaltou, dando importância aos parceiros, que devem responder por 70% das receitas da provedora em um futuro breve.

SOB NOVA DIREÇÃO, RED HAT TRAÇA PLANOS PARA FORTALECER PRESENÇA NO MERCADO NACIONAL, BUSCA APROXIMAÇÃO COM VENDAS INDIRETAS E QUER DAR CORPO PARA QUE OPERAÇÃO LOCAL ACOMPANHE O CRESCIMENTO GLOBAL DA COMPANHIA NOS PRÓXIMOS TRÊS ANOS

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Foto: Ricardo Benichio

CRN Brasil – Como você explica esse negócio de triplicar a operação?

paulo bonucci, da red hat: “Falar de Linux em grandes corporações já não traz mais dúvida se é algo que vai vingar, se é viável, se o suporte é adequado. É um assunto resolvido. A tecnologia é consolidada do ponto de vista de plataforma. E a Red Hat não fica restrita só ao Linux”

Paulo Bonucci – Triplica por alguns fatores. Antes de qualquer coisa, existe um mercado de tecnologia que já é consolidado para o open source. Falar de Linux em grandes corporações já não traz mais dúvida se é algo que vai vingar, se é viável, se o suporte é adequado. É um assunto resolvido. A tecnologia é consolidada do ponto de vista de plataforma. O segundo ponto é que a Red Hat não fica restrita só ao Linux. Somos uma das únicas empresas que atua em todas as linhas de produto que é ‘pure play’ em open source. Somos líderes, com 75% de mercado, na plataforma de sistema operacional; adquirimos a JBoss, de middleware, que cresce de forma acelerada. Mais recentemente, compramos uma companhia e desenvolvemos uma solução fantástica de virtualização de servidores – que é uma alternativa de mercado observada por clientes por sua questão tecnológica. Temos uma coisa que permeia todas as linhas de produto, que é o nosso modelo de negócio de não vender licença. Trabalhamos com subscrição. À medida que o cliente gosta do serviço, renova a assinatura. Falei de SO, de middleware e de virtualização. Além disso, no ano passado compramos uma empresa de storage. Ainda é uma coisa inicial em algumas partes do mundo, mas vocês escutarão mais sobre nossa abordagem. Por último, como não poderia deixar de ser, vem cloud. Se juntar todas as frentes em que atuamos, verá que somos uma plataforma de serviço, colocando tudo isso na nuvem.

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crn brasil entrevista | paulo bonucci

CRN Brasil – Da forma como fala, parece uma linha para uma oferta completa. Como fica a questão da aplicação nessa estratégia? Bonucci – Ela vai por cima de tudo isso. Não entramos nessa camada. Somos agnósticos. Pelo menos por enquanto não há indicação de que entraremos nesse mercado. Queremos ser um player de infraestrutura. A melhor empresa em qualidade, performance e segurança com o melhor custo. Por exemplo, temos grandes referências de clientes rodando SAP em nosso Linux com ótimo desempenho.

CRN Brasil – Existem todos esses aspectos tecnológicos men-

cionados. Mas por que isso tudo permitirá a aceleração projetada ao negócio? Bonucci – Vou dizer porque decidi fazer essa passagem por essas linhas de produtos. A estratégia é boa. A Red Hat ficou focada na plataforma e agora eu vou explicar como e porque vamos dar esse salto. Primeiro porque [o mercado] está consolidado e somos um player de infraestrutura. Quando vou a grandes bancos, governo, varejistas; dentre as tendências mais importantes e disruptivas estão mobilidade, pressão por custos, necessidade de modernização de aplicações que lhes permitam compras, aquisições e fusões e que garantam agilidade. Com uma platafor-

ma antiga e engessada, há limitações para modernizar isso. O open source, por sua natureza, oferece essa agilidade e gestão de custos. Inovação é o outro assunto importante. Por trás disso há o mundo que se inicia nas comunidades de desenvolvedores. Quando você coloca tudo isso junto, pensa em porque não considerar um produto com bastante funcionalidade, benefício e um custo mais atrativo. Temos um bom modelo de negócio. Precisamos garantir que daremos serviços de consultoria, suporte e treinamento. São áreas com atenção especial. Mas a prioridade nesse momento, para poder crescer, indiscutivelmente tem que ser vendas.

CRN Brasil – E quais as ações para isso? Bonucci – Essa infraestrutura atende desde um pequeno negócio até uma agência de governo, um banco ou uma operadora de telecom. O grande desafio é como cobrir esse mercado de uma maneira eficiente. Onde devemos por vendedor direto e onde posicionar o canal? Indispensável dizer que mesmo naquelas grandes contas onde já temos uma atuação direta, preciso estar com um parceiro que vai inf luenciar nossas soluções naqueles clientes. E onde não temos presença direta, que é o grande mercado, vamos fazer 70% do negócio, em três anos, virem de canais.

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CRN Brasil – Daí vem a contratação do novo diretor de canais. Bonucci – Foi a primeira função que fui buscar no mercado. Já vínhamos fazendo um trabalho excelente de canais e desenvolvimento de alianças, mas, mais do que isso, quero um programa de parcerias.

CRN Brasil – Como era e o que muda com essa meta de chegar a 70% vindo de canais? Bonucci – Acho que começamos de uma forma correta há três ou quatro anos. O que faremos agora é colocar mais robustez na estratégia. Além disso, colocaremos mais qualidade ao canal. Vou ser direto ao ponto: não vamos nos iludir, um bom programa de parcerias é aquele em que o canal ganha dinheiro. Ponto. Se a parceria não for frutífera sob a ótica financeira para o canal, não será uma boa parceria. Se não for promissora, no longo prazo, não será uma boa parceria. Então, pode-se adotar qualquer indicador para mensurar, mas, no final do dia, o teu canal tem que ter a sensação de que ganha dinheiro com o negócio. Essa é a palavra clara.

CRN Brasil – E qual é a estratégia para isso? Bonucci – Até pela maturidade do mercado de open source, começamos com projetos com ticket médio baixo. Mas, no futuro próximo os volumes de negócio serão muito grandes, de milhões de reais. Isso para um canal, para um integrador ou um distribuidor, passa a ser atrativo, mesmo que hoje isso já seja atrativo para muitos. A nossa estratégia passa por uma preocupação quantidade versus qualidade de parceiros. Quero ter certeza de que vamos cobrir esse mercado geograficamente complexo que é o Brasil, indo onde o PIB está para fazer o negócio crescer. Esse é o desafio para quem está estruturando uma empresa. Temos que ser

inteligentes para fazer segmentação do mercado, atuar direto em algumas contas, e o restante do mercado fazermos com ou através do parceiro.

CRN Brasil – Essa será a grande transformação que ocorrerá? Bonucci – Sim. Hoje já temos mais de 40 canais e o passo seguinte é dar robustez para a estratégia de venda. A pergunta que faço agora é para saber se a quantidade de parceiros está correta – se tem que diminuir ou aumentar – e se a qualidade é boa. Isto, no fundo, se traduz no fato de eles estarem ganhando dinheiro e nós estarmos conseguindo cobrir o mercado. Essa transformação não ocorre em um ou dois meses. É um processo.

CRN Brasil – Você poderia detalhar sua visão quanto a alianças? Bonucci – Existem alguns componentes importantes. Precisamos priorizar. Não dá para atacar todos os tipos [de alianças]. As prioridades são parceiros de vendas, classificados por atuação em geografia/indústria. Começamos por canais e quero ter certeza de que temos excelentes canais que farão mais investimentos conosco. Para isso, tenho que mostrar um negócio atrativo, que lhes dê dinheiro. Isso está acontecendo. Estamos revisando o que está funcionando e tentando melhorar o que não está. O segundo ponto são os integradores de sistemas, que são grandes parceiros nossos, como HP, IBM e Algar. Queremos trabalhar mais perto de empresas como CPM, nos aproximar de companhias como Stefanini e Accenture, que estão nas grandes corporações, transformando, modernizado e mantendo sistemas. Aí nossa plataforma cai perfeitamente e os system integrators serão grandes influenciadores. A chave é treinar o máximo de recursos dentro desses aliados. Temos investimentos muito fortes vindos nessa frente. Era algo que estava discreto e pretendemos

acelerar muito. Distribuidores, Ação e Officer, são vitais por sua cobertura. Vamos fortalecer a relação. Empresas de treinamento de serviços também são importantes. Assim como teremos canais de vendas, precisamos empresas que farão entrega nas regiões mais remotas. ISVs é um pedaço fundamental. Adoraria fazer parceria com vários, mas é preciso priorizar, pois há uma oportunidade tremenda a desenvolver. Colocar tudo isso em um plano de negócios e começar a execução disso nos permitirá triplicar de tamanho.

CRN Brasil – Vai ter a formalização de um novo programa? Bonucci – A resposta é sim. Já vi um desenho do que será esse programa. Teremos uma formalização para que fique fácil fazer negócio conosco. Não podemos ser complicados, complexos. Acho que essa será uma outra evolução que faremos no modelo atual. Queremos simplificar as regras de relacionamento com a empresa inteira.

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aquisições

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CRN Brasil – A ambição não é muito grande? Bonucci – É, mas não vamos atacar todas as frentes de uma só vez. Temos que definir prioridades. Como qualquer bom plano de negócio, essa definição é fundamental. Em resumo, não estamos mudando muita coisa. Uso a palavra robustez, como exemplo para alocação de mais recursos que nos ajudarão a crescer, trazendo mais senioridade para o negócio. Precisa colocar mais gente e processo e priorizar. Não vamos atacar tudo de uma vez.

CRN Brasil – O primeiro ponto a ser atacado, efetivamente, seria qual? Bonucci – Definitivamente o go-to-market, estratégia de venda, segmentação de mercado e de contas. Na venda direta vamos fazer muito planejamento para entendermos como abor-

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Julho de 2012

Anuncia o acordo para adquirir a FuseSource, fornecedor de integração e mensagens de código aberto, fortalecendo portfólio de middleware.

Outubro de 2011

Compra da provedora de soluções de armazenamento de código aberto Gluster por aproximadamente 136 milhões de dólares em dinheiro. O movimento leva a fabricante à “parte crítica da infraestrutura empresarial”, diz o comunicado enviado ao mercado.

Dezembro de 2010

Adquire a Makara, desenvolvedora de soluções de gerenciamento para aplicações em nuvem. Foco é acelerar o desenvolvimento da solução abrangente de plataforma-como-serviço (PaaS) da Red Hat, como parte de seu portfólio Cloud Foundations.

Setembro de 2008

Compra a Qumranet, provedora de soluções de virtualização.

Março de 2008

Anuncia a aquisição da Amentra, dedicada a serviços para integração e desenvolvimento de sistemas, com o objetivo de fortalecer a atuação em middleware JBoss, já que a empresa reúne expertise na área.

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crn brasil entrevista | paulo bonucci A Red Hat reúne em torno de 30 engenheiros em sua comunidade desenvolvendo soluções a partir do Brasil com destino a todo o mundo

TRÊS DEZENAS DE ENGENHEIROS

dar o cliente e que parceiro pode nos ajudar. Isso você só consegue com um bom plano e, obviamente, há a estratégia de canais. Isso é prioridade.

CRN Brasil – Com essa missão de elevar a participação do parceiro para 70% do negócio da empresa. Hoje ele responde por quanto? Bonucci – Varia um pouco, mas, na média, o canal responde por 30% a 35%. Mas não podemos confundir. Eu quero 70% de vendas vindo de parceiros. Com eles colocando o lead, gerando o negócio; de venda feita ou influenciada pelo parceiro. Essa é uma métrica muito importante. Planejamos atingir isso em três anos e vai andar junto com o processo de triplicar o tamanho da companhia. Tiro uma fotografia de como caminham as vendas indiretas todos os meses.

CRN Brasil – Sei que o intervalo é curto, mas o que a fotografia dos três meses desde sua chegada tem revelado? Bonucci – Têm ocorrido coisas interessantes. Do ponto de vista de performance de negócios, entregamos os planos do último trimestre. Aquilo de ter um mercado muito demandante é importante. Nesses três meses, me encontrei com 27 clientes. De ir conversar

com o CIO. Das solicitações de reuniões que fiz, não recebi nenhum não, porque as pessoas querem escutar o que acontece. É um momento interessante dos negócios, pois todo mundo está pressionado por redução de custo, modernização e flexibilidade. A fotografia tem sido impressionantemente superior à minha expectativa antes de entrar. Temos bons clientes e produtos, enormes desafios e precisamos saber como atacar esses mercados para crescer. Se o mercado global de TI cresce 8%, a Red Hat tem crescido mundialmente 30% ao ano.

CRN Brasil – Só que agora vocês colocam uma meta de aceleração muito mais ousada. Bonucci – É mais desafiador, mas temos condições. Quando você cresce, fica mais exposto. Os concorrentes ficam mais preocupados conosco, e aí vem outra questão, que é retenção de talentos, que toca todas as empresas de tecnologia. Para isso, apostamos em nossa visibilidade de futuro. Estamos junto com empresas apontadas como grandes influenciadores da tecnologia, como Google e Facebook. Uma pesquisa da Forbes nos colocou recentemente como a quarta empresa mais inovadora do mundo. A primeira colocada foi a Salesforce.com, seguida por duas companhias da indústria farmacêutica, e nós. Nesse

conceito, inovação é produto e forma de fazer negócio. Gosto de comunicar que somos uma empresa inovadora.

CRN Brasil – Comparando rotinas de fazer negócio com sua experiência de mercado o que torna a empresa de vocês diferente? Bonucci – No nosso caso, diferente de muitos players de mercado, temos produtos evoluindo a uma velocidade superior aos demais, por sermos open source devido à comunidade de desenvolvedores. Outra coisa é o modelo de negócio, que se adapta às condições atuais de pressão por custo. Muitas vezes me perguntam como ganhamos dinheiro, ganhamos com subscrição. Não vendemos ativos.

CRN Brasil – O open source teve um período muito intenso, com esforços do governo. Isso veio como uma onda, mas não como um tsunami. Qual é o momento atual? Bonucci – Mercado, clientes e empresas começaram a adotar perifericamente sistemas open source. Foram experimentando e ver que dava certo. Hoje, depois de uma década, ela evoluiu e surgem muitos casos de companhias que rodam em missão crítica. Alguns segmentos estão mais evoluí-

dos que outros; governo e telecom por exemplo. Não tenho dados precisos, mas penetração de open source em TI não passa de 5% ainda. Isso para mim é uma grande oportunidade. Entrando em missão crítica, o negócio ganha importância muita grande e já começamos a perceber isso.

CRN Brasil – Se o executivo de um integrador de sistemas ou ISV procurar a Red Hat, o que esperam que eles perguntem e o que teriam para dar de respostas? Bonucci – Cada um virá com um tipo de questionamento. Temos nossas prioridades. Preciso multiplicar conhecimento. Se um integrador de sistemas me procura, vou capacitá-lo para que desenvolva aplicações da melhor forma possível. Pelo lado do ISV é um pouco mais complicado. Pois eles têm soluções de negócio para diversos segmentos. Precisamos escolher algumas plataformas mais maduras. De fato, se me procurarem, preciso fazer um estudo realista para não me comprometer com algo que não posso entregar.

CRN Brasil – O número de parceiros deve crescer? Bonucci – Pode tanto crescer, quanto diminuir. Mais importante que o número é a qualidade e que o parceiro ganhe dinheiro.

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reportagem | data center

Por Gilberto Pavoni Junior | especial para a CRN Brasil

Big Data e cloud trazem investimentos e desafios para os data centers

ForneceDores injetam alguns milhões De reais em expansão Física e oFerta De novos proDutos que conquistem clientes Desejosos por novos serviços. aquecimento Do setor poDe Durar até 5 anos 18 novembro 2012 www.crn.com.br

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mercado de data centers passa por um momento de grandes investimentos. Sejam internas ou de prestadores de serviços terceirizados, essas infraestruturas de TI devem responder por 3,1 bilhões de dólares dos 133,9 bilhões de dólares que a consultoria Gartner prevê que serão gastos com tecnologia no Brasil. É um aumento de 10,7% em relação ao ano passado. E isso ainda não mostra o potencial completo do mercado. Empresas que prestam serviço convivem com crescimento médio de 30% nos últimos três anos e expectativa de expansão para os próximos cinco anos, pelo menos. O aquecimento é resultado de vários fatores. O bom momento da economia nacional – apesar de alguns soluços – vem fazendo pequenas e médias companhias procurarem data centers terceirizados para terem maior concentração no core business. Além disso, conceitos novos como o big data e a cloud computing têm transformado o data center em algo típico da economia digital. Mesmo quem opta por uma infraestrutura interna, tem planos de usar serviços da nuvem em picos de demanda, causando grande otimismo no setor. É impossível ver um fornecedor de data center que não esteja investindo atualmente. O site da IBM em Hortolândia (SP) recebeu aporte de 40 milhões de dólares para estruturar a oferta de cloud computing da gigante de TI. A empresa planeja oferecer serviços gerenciados na nuvem para todo tipo de empresa. Para isso, dividiu os novos produtos em Smart Cloud Enterprise, para pequenas e médias, e Smart Cloud Enterprise Plus, para grandes clientes. A expectativa é oferecer o primeiro por preços competitivos e o segundo em um leque maior de serviços gerenciados. A estratégia da IBM resume o atual momento do mercado. Os data centers têm se mostrado uma típica indústria da economia de escala. A competição é grande, global e acirrada. Com isso, o volume e o preço baixo se tornam essenciais para a sobrevivência. Por outro lado, o aumento de leque de serviços de valor agregado garantem diferenciação perante os clientes e se tornam modelos para faturamento mais robustos. “Existe claramente uma demanda a ser atendida nos próximos anos, que virá de empresas que querem terceirizar tudo e de quem deseja contratar serviços pontuais”, explica o executivo de serviços de data center da IBM, Flavio Duarte.

Fabiano Droghetti, Da tivit: nova operação em Santos (SP), empresa foca em bPo, com terceirização de call center, help desk e desenvolvimento

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reportagem | data center Com essa perspectiva de demanda futura híbrida, as empresas de data center têm se transformado em parceiras essenciais para o futuro dos negócios. Os investimentos feitos refletem isso. São expansões físicas e novas ofertas que almejam o novo cenário de complexidade tecnológica e garantias de continuidade dos negócios. A Terremark, braço de TI do grupo americano Verizon, tem experimentado crescimento de 50% ao ano. Na unidade brasileira, ao final de 2012, será concluído um investimento de 50 milhões de dólares que deixarão o prédio com 17,2 mil metros quadrados pronto para atender o crescimento. A expectativa é otimista. A empresa, antes de ser adquirida pela gigante americana tinha somente 500 metros quadrados e 40 clientes. Hoje são 120. A força da Verizon deve impulsionar a chegada de novos clientes. “Algumas empresas americanas que estão se instalando no Brasil já nos procuraram para manter o mesmo provedor. Esse movimento deve aumentar”, diz o product manager da Verizon Terremark no Brasil, Paulo Sartori. Com isso, novos investimentos devem ser feitos. Todos nessas duas frentes que se mostram desafiadoras – expansão física e oferta de novos serviços.

parceiros na nuvem A transformação dos data centers caminha para que essas empresas se tornem mais do que um depósito de máquinas e problemas de TI. Com a chegada do big data e da cloud computing, as empresas que fornecem data center são cada vez mais os parceiros para o novo modelo de TI. Muitas já deixaram de trabalhar com colocation (sistema no qual o cliente aluga um espaço, leva seus equipamentos e fica com equipe e estrutura própria gerenciando). A nova oferta de serviços dos data centers é ampla. A Tivit, inaugurou este

Antes de ser AdquiridA pelA Verizon, em jAneiro de 2011, A unidAde pAulistAnA dA terremArk somAVA 500 metros quAdrAdos, com 40 clientes. já com 120 clientes hoje, Ao finAl de 2012, será concluído inVestimento de 50 milhões de dólAres que deixArão o prédio com 17,2 mil metros quAdrAdos

Tendências do setor Oferta de serviços – os clientes querem maior capacidade de gerenciamento, segurança, backup e recuperação de desastres. Seja em modelo de cloud ou misto, essa é a tendência mais forte entre os data centers O poder das menores – pequenas e médias empresas já entram nesse mercado exigindo ambientes de nuvem. Não é mais uma questão de se devem ou não fazer, mas sim o que fazer. Com isso, os data centers que tiverem maior proximidade com o cliente conseguirão antecipar a demanda e transformá-la em novos serviços. Energia e preço final – o consumo de energia ainda representa mais de um terço das operações. As tecnologias que controlam e economizam têm evoluído muito. Mas há ainda muito a ser feito. E qualquer corte desse custo deve ser revertido em preço competitivo no mercado.

Flavio Duarte, Da ibm: “existe claramente uma demanda a ser atendida nos próximos anos, que virá de empresas que querem terceirizar tudo e de quem deseja contratar serviços pontuais”

ano uma nova operação em Santos, no litoral paulista, para oferecer BPO (Business Process Outsourcing). No local, a empresa está terceirizando call center, help desk e desenvolvimento para clientes. “O suporte para tudo funcionar é feito pelos data centers da Tivit, mas na frente do cliente o que aparece é uma série de novas ofertas de valor agregado”, comenta o diretor de soluções e tecnologia, Fabiano Droguetti. Para ele, os investimentos feitos pelas empresas mostram um cenário de aquecimento mantido no próximo ano ou ano e meio. “Esse é o prazo que esse tipo de negócio trabalha”, explica. Mas as projeções apontam que esse bom momento pode perdurar por três ou cinco anos. Tudo por conta do big data, cloud computing e da desmistificação do setor como algo puramente vindo da TI. Hoje, os data centers já se posicionam como parceiros para a continuidade e expansão dos negócios digitais.

Parcerias – os novos serviços de valor agregado podem ser gerados dentro do próprio talento dos data centers. Mas as empresas devem ficar atentas a novas parcerias de fabricantes de nicho para agregar valor à oferta ao cliente final. Elas são mais especializadas e estão ávidas por parcerias. Clientes inusitados – as empresas que estão construindo data centers próprios se tornarão clientes dos prestadores terceirizados em breve. Elas tomaram a decisão de internalizar devido a uma cultura tradicional que leva em consideração controle, segurança e mesmo custo vantajoso. Em geral, são grandes companhias e que devem enfrentar desafios a curto prazo de picos de demanda sazonal, novos projetos e gigantismo dos dados a serem armazendados. Com isso, devem usar data centers terceirizados para ajudar na construção de uma nuvem híbrida.

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O DCIM vira oferta viável

O Data Center Infrastructure Management vem sendo apontado por especialistas como uma das grandes aquisições que uma empresa pode fazer. É uma plataforma para controle que pode ser manejada em um PC simples ou um tablet. Com ele, o gestor pode controlar picos de carga, aquecimento e consumo de energia. Alguns conseguem ainda fazer projeções de cenários e ajudar nos planos de expansão e estratégias de uso da infraestrutura. O interesse sobre isso vem crescendo exponencialmente. A empresa catarinense especializada em construir data centers Fazion lançou um DCIM com tecnologia nacional há um ano e meio. Praticamente todos os novos projetos nesse período estão comprando ou considerando comprar a tecnologia. O custo compensa. “Representa 3% a mais no projeto total, algo irrisório frente à energia, cabeamento, máquinas ou qualquer coisa que se possa pensar”, aponta o diretor-geral da Fazion, Mauro Faccioni Filho. Para ele, o DCIM se tornará uma ferramenta natural dos futuros data centers, sejam eles internos ou terceirizados. “Será como se aquelas imensas sala de controle estivessem na mão do executivo e com a vantagem de gerar cenários para decisões futuras”. mauro faCCioni filho, da fazion Serviço será a ferramenta do futuro para os data centers. Com ele, o gestor pode controlar picos de carga, aquecimento e consumo de energia

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Questão de comunicação

Camila Kamimura, da loCaweb: marketing da empresa vai muito mais para como ela pode ser um ponto de apoio para melhorar processos do cliente do que para a potência das máquinas que mantém

Embora seja um ponto pacífico a evolução dos data centers para a oferta de serviços agregados e praticamente todas as empresas estejam se dedicando a traçar esse novo caminho, a comunicação delas ainda mostra um estágio anterior. Basta abrir os sites dos diversos fornecedores para ver um desfile de máquinas, prédios, cabos, pisos etc. Uma das raras exceções nisso é a Locaweb. A empresa tem se esforçado para fazer do marketing a síntese de um posicionamento moderno. Cloud, loja virtual, ajuda na criação de um SAC ou help desk e novos serviços de gerenciamento aparecem com muito mais destaque do que máquinas e infraestrutura. “Os clientes gostam de ver a tecnologia como uma aliada e não como uma barreira. Além disso, servidores e infraestrutura de TI ficam rapidamente comoditizados e não mostram a oferta de serviços”, diz a gerente de marketing de produtos IaaS e PaaS da Locaweb, Camila Kamimura. Esse é um dos desafios para as empresas de data center nos próximos anos. Vindos de um mundo de TI puro, elas precisam aprender a trabalhar o marketing e a comunicação de uma forma que combine com o futuro da tecnologia invisível e dos resultados em destaque.

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A Petrobras Distribuidora se orgulha de estar presente nesses 15 anos da IT Mídia. Testemunhamos o seu crescimento, onde lealdade, amizade e competência, marcaram, ao longo dessa década e meia, o excelente relacionamento com a BR e com o mercado brasileiro de TI. Fomentar o desenvolvimento das lideranças e do corpo técnico de TI do Brasil sempre será uma marca registrada da IT Mídia. Nelson Costa Cardoso Gerente Executivo de Tecnologia da Informação Petrobras Distribuidora

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Uma nova tecnologia, tendência, dispositivo ou sistema só se torna realidade quando o mercado toma conhecimento sobre os impactos positivos e ou negativos decorrentes de sua adoção. Para isto acontecer, um jornalismo de alto impacto, coerente e de vanguarda tem um papel relevante quer pela simples divulgação ou pelo seu firme posicionamento. É exatamente isto que a IT Mídia fez nos últimos 15 anos contribuindo com o mercado de TI de maneira expressiva. Sempre esteve presente em tudo que aconteceu no mercado de TI. Laércio Cosentino Presidente TOTVS

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eu acredito... Por Felipe Dreher | fdreher@itmidia.com.br

O Windows 8 abre... qualquer janela que quiser abrir. São infinitas possibilidades. O que está por trás do sistema operacional transforma a relação dos indivíduos com a TI. Imagine a quantidade de janelas que podem ser abertas pela experiência que essa tecnologia traz. Reinventar um sistema operacional líder de mercado exige... coragem para mudar e visão para saber aonde se quer chegar. RappeRs, ex-VJs e comediantes de stand up. o lançamento mundial do WindoWs 8 teVe festa em sua passagem pelo BRasil. a faBRicante coloca diVeRsas fichas no sistema opeRacional que consideRa um maRco em sua históRia. a expectatiVa é que a noVa VeRsão afete consideRáVel e positiVamente todo o ecossistema no entoRno da gigante de tecnologia. michel leVy, pResidente da suBsidiáRia BRasileiRa da companhia, pRoJeta que o sistema aBRiRá um maR de opoRtunidades paRa todo o uniVeRso de clientes e paRceiRos da maRca.

E para não se acomodar na posição de líder em outros mercados é preciso... inovação e persistência. Não desistir nunca de ir atrás daquilo em que se acredita e da forma como acredita. É a determinação de não diminuir investimento e apetite para inovação. O computador nunca foi tão pessoal. A tecnologia na mão do usuário pede que a Microsoft... pense na experiência do usuário. Isso que foi feito com o Windows 8 traz uma experiência. Tem um monte de tecnologia por trás do sistema operacional. Aí que passa pela transformação de ser uma empresa de software para uma de serviço. Claro que software sempre será nossa competência fundamental. Mas o que vendemos é uma experiência. Como usuário, a coisa mais interessante no novo Windows é... o encantamento da interface. A fluidez. Salta aos olhos, dá vontade de pegar. Mobilidade, nuvem e consumerização significa... independência. E isso não é pouca coisa.

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Quando a nova versão do sistema operacional chegar ao ecossistema de parceiros... trará um mar de oportunidade de negócios. Para os usuários será a transformação da relação com tecnologia, proporcionando uma experiência única. Conectar e compartilhar, slogans do SO, permitem... interagir com o mundo à sua volta. Não ter que ir atrás da informação, mas as conexões virem até você de acordo com suas escolhas e determinações. Como gestor, o Bill Gates é... uma inspiração. Uma pessoa de visão que, além de ter transformado a forma como as pessoas se relacionam com TI, está deixando um legado imenso de preocupação com a humanidade a partir de sua visão.

Foto: Ricardo Benichio

O fim das barreiras entre o pessoal e o profissional é... escolha de cada um, sobre o quanto você quer estar exposto. As barreiras não existem, elas foram removidas, mas é possível colocá-las. Depende o quanto quer mesclar. 25

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Conexão CRn BRasil

A Por Adriele Marchesini | amarchesini@itmidia.com.br

Hardware

combinado com

software é aposta da

Symantec Com foCo em entrega de solução, e não mais de produto, Companhia busCa novidades para segurança em Cloud Computing

segregação entre hardware e software é cada vez menor no mercado de tecnologia da informação. Assim como quando compra um carro, o consumidor não quer saber de onde vêm as rodas e qual foi o fornecedor escolhido para a lataria. A importância dada pelo cliente deixa os aspectos técnicos e se volta ao interesse por soluções descomplicadas. Se for plug-and-play, melhor ainda. Foi com esta temática que a Symantec trouxe ao Brasil, no início de outubro, o appliance de backup, produto que já era vendiddo em território nacional há cerca de três meses e já soma vendas em torno dos 30 milhões de reais, como já noticiado aqui. Em entrevista exclusiva à CRN Brasil durante visita a São Paulo para o Symantec Vision, Bill Robbins, vice-presidente global de vendas e serviços, explicou que hardware entrará na estratégia da fabricante de softwares de segurança quando fizer sentido em uma oferta completa. Smartphones e computadores totalmente protegidos – apesar de terem um apelo teórico no mercado – estão fora de cogitação, ao menos por enquanto. Mas o emprego de maior segurança no ambiente de cloud é um foco inegável da empresa. Casado há 23 anos com a mesma mulher e pai de uma menina de oito anos, Robbins vive, atualmente, na charmosa cidade de San Jose (Califórnia, EUA), em meio ao Vale do Silício. Quando

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com 10 anos de casa e a responsabilidade pelas vendas globais nas mãos, robbins não separa o lado pessoal dos negócios. Feliz em trabalhar provendo soluções que resolvem problemas de empresas, ele comenta que o próximo olhar estratégico da symantec estará direcionado à segurança e à gestão de dados na nuvem

Foto: Divulgação

bill robbins

não viaja para visitar clientes e participar de eventos, ele dirige diariamente 20 quilômetros até a cidade de Mountainville, onde está o escritório da empresa. Depois de viver dois anos em Singapura, entre 2006 e 2007, o executivo ajudou a Symantec a elevar a participação da Ásia na receita da empresa de 14% para 17%. “A primeira coisa que posso dizer sobre lá é que todos os dias são iguais: é quente, é úmido, o sol nasce às sete da manhã e se põe às sete da noite”, relatou. Em termos de negócio, a grande diferença era a orientação da empresa, que sempre foi muito focada no Ocidente, em especial Europa e Estados Unidos. Exatamente por esse motivo que ele foi enviado à região: com o desafio de aumentar a relevância local. “Estou há dez anos e meio na companhia, tive a oportunidade de encontrar muitos do time, sei o nome deles, conheço suas famílias, isso é muito importante para mim. As pessoas costumam dizer: não é pessoal, são apenas negócios. Em meu ponto de vista, não são apenas negócios, é pessoal. Tento fazer as coisas muito pessoais, gosto do que faço, e isso faz parte da forma como trabalho, eu gosto de gostar do que eu faço”.

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Conexão CRn BRasil Leia abaixo trechos da entrevista com Robbins: Como está a estratégia da Symantec para a unificaçãodeofertasdehardwareesoftware? Bill Robbins – Há três formas de entregar solução: software tradicional, plataformas integradas para rodar nos data centers ou pequenos negócios para fazer coisas de backup – acreditamos que isso crescerá bastante – e terceiro é entregar o serviço via cloud. Para aqueles que não necessitam de software ou de hardware em seu escritório, elas basicamente se protegem através da nuvem: e você pode fazer backup dessa forma, segurança de mensagem, arquivamento... Então qual será o próximo hardware? Robbins – Vamos olhar para o hardware não somente para ter um hardware. Não queremos um PC, um smartphone... ...mas um PC ou smartphone totalmente protegido teria apelo de mercado... Robbins – ...achamos que esse mercado já tem bastante gente. Não queremos resolver o problema do dispositivo, do servidor, do hardware. Queremos resolver problemas de negócio, e uma dessas formas pode ser entregar um

hardware como parte integrada da solução. É menos sobre o hardware e mais sobre a necessidade de tecnologia.

Então vou mudar minha pergunta. Qual é o próximo espaço de necessidade do cliente? Vocês lançaram o appliance de backup por causa de um problema. Qual vai ser o próximo problema que um provável hardware da Symantec vai tentar resolver? Robbins – O que estamos vendo é gestão de dados e segurança na nuvem. Mais pessoas querem ir para ela e apenas gerir os dados na nuvem é muito difícil. Há muitos dados em cloud e a conexão com a internet não tem o mesmo nível de um servidor. Essa gestão vai ser uma oportunidade muito grande para nós e uma grande complexidade para nossos clientes. Uma das coisas difíceis com storage hoje é mover os dados através de diferentes arquiteturas. Provemos soluções com nossas ferramentas de gestão de armazenamento que constroem pontes entre sistemas de diferentes arquiteturas. E achamos que fazer isso na nuvem é uma boa oportunidade para nós, porque é um grande desafio aos nossos clientes.

Então podemos pensar em uma nuvem totalmente protegida pela Symantec? Robbins – O que eu posso garantir é que queremos que as pessoas se sintam confiantes em fazer negócios em cloud, da mesma forma que fazem em seu data center. Hoje eu digo que a indústria não está lá. Mas quando olho no roadmap e nas coisas que estamos trabalhando, alguns dos produtos que temos hoje, alguns estão no mercado, outros estão em desenvolvimento e outros são problemas que ainda estamos tentando resolver. O desafio nunca acaba. Já temos algumas dessas soluções hoje. Temos uma solução em que tudo o que você coloca na nuvem já é totalmente criptografado. Temos gestão de segurança móvel, que faz avaliação não somente do dispositivo, mas da aplicação que vem da loja de aplicativos. Então, criptografamos esse app para ter certeza de que os dados que vão para dentro dele não possam sair. Não pode copiar ou colar, abrir com outra aplicação...mas não consigo responder, porque realmente não há essa informação, se existe uma proposta de lançar um servidor seguro. Mas quando falamos em cloud, tudo fica mais fácil, porque não é um hardware específico que você protege, mas garante a segurança dessas informações ao redor de todos os diferentes produtos e fornecedores.

30 novembro 2012 www.crn.com.br

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Big Data: INTERNACIONAL | Gestão de dados

As exigências do

Por Rick Whiting, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim

A necessidade eminente de visualização avançada de dados 34 novembro 2012 www.crn.com.br

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INTERNACIONAL | GESTÃO DE DADOS

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ó vendo para crer, dizem por aí. E uma imagem vale mais do que mil palavras. Os desenvolvedores de aplicativos de business intelligence e análise de dados estão utilizando cada vez mais a tecnologia de visualização avançada para lidar com grandes volumes de dados de uma maneira que auxilie aos profissionais de informação a melhor interpretarem os resultados analíticos. Na velocidade em que estamos caminhando hoje, no mundo de “grandes volumes de dados”, gráficos de estatística em barras ou em pizza não funcionam mais, relatou um recente relatório da Forrester Research: “A Visualização Avançada de Dados (Advanced Data Visualization, em inglês) no 3.º trimestre de 2012”. As negociações exigem cada vez mais métodos e ferramentas mais dinâmicos e interativos para gerentes e profissionais de informação visualizarem, entenderem e agirem com a análise. “Muitas empresas estão sendo bombardeadas com dados e precisam rapidamente transformá-los em decisões de negócios”, explica Steve Adams, diretor de operações da Linalis no Reino Unido, uma empresa de serviços de TI de Genebra, Suíça, que desenvolve soluções de business intelligence. Enquanto a maioria das ferramentas de business intelligence é indicada tanto para os analistas de mercado, quanto para alguns seletos tomadores de decisão, a visualização avançada de dados é vista como uma maneira de disponibilizar a análise de negócio para um público maior. “Trata-se de capacitar o usuário final para torná-lo mais autossuficiente,” explica Dan Potter, executivo de marketing de produto da IBM, que gerencia o Cognos Insight, uma ferramenta de análise e visualização do “desenvolvimento de dados” que a fabricante lançou em março. “A tecnologia de visualização é uma grande parte disto.” A visualização avançada de dados, comenta, é “uma das áreas que mais cresce em análise de negócios.”

A ADV (sigla em inglês para visualização avançada de dados) “identifica tendências e relacionamentos nos dados que nem sempre são fáceis de reconhecer”, disse Michael Corcaran, diretor de marketing na Information Builders. “Vejo que muitos usuários corporativos ficam atraídos e querem ter acesso a estas capacidades.” As limitações herdadas dos antigos aplicativos de apresentação de dados tornam difíceis a identificação de padrões e tendências pelos usuários, segundo o relatório da Forrester. Frequentemente não cabem mais do que alguns milhares de pontos de dados na tela, por exemplo, e

Enquanto BI é indicado para seletos tomadores de decisão, a ADV é vista como meio de disponibilizar análise de dados para um público maior são geralmente limitados para algumas dimensões ou atributos, como tempo, regiões, produtos etc. Os sistemas de ADV podem apresentar informações com muitas – até dezenas – dimensões e atributos. Alguns oferecem visualizações animadas para demonstrar, digamos, mudanças na venda de um produto em um período de tempo, ao invés de o usuário ter que clicar em diversos gráficos. Os resultados analíticos podem ser demonstrados em um gráfico tridimensional, uma série de “telas de medidores”, um mapa de calor que utiliza várias cores para representar valores ou representações geoespaciais que cobrem os dados em mapas geográficos.

E as ferramentas de ADV são muito mais interativas. Os usuários podem visualmente questionar os dados ao manipular pedaços de gráficos ou tabelas, de acordo com o relatório, ao alterar, por exemplo, uma dimensão como um horário para analisar os resultados analíticos em um prazo diferente. Ou podem também “aumentar” um subconjunto de dados para examinar minuciosamente uma parte dos resultados. As ferramentas de ADV geralmente estão ligadas a uma fonte de dados para que os resultados analíticos sejam atualizados dinamicamente quando há mudança – uma característica fundamental em empresas que prestam serviços financeiros e operações com ações, em que os usuários analisam fluxos de informação constantemente.

BIG DATA E HADOOP ABASTECEM A ADV A necessidade destas ferramentas de visualização para a nova geração é direcionada para o sucesso do “big data” – o volume e variedade de dados rapidamente crescentes são coletados hoje não de sistemas transacionais tradicionais, mas de outras fontes, como redes sociais como Twitter e Facebook. Também alimentando a demanda por ADV estão servidores blade, baratos e poderosos, e softwares, como Hadoop, que torna fácil a coleta e processamento de muitos dados, mas não conseguem sozinhos facilitar o entendimento dos resultados analíticos. Outro fator que está em crescimento é o uso de tecnologia de banco de dados in-memory, como o Hana, da SAP e o Oracle Exalytics Machine, que também acelera o processamento. E esta demanda está alimentando oportunidades para as revendas que trabalham com tecnologia de business intelligence. O software de análise de negócio da Pentaho oferece habilidades de representação de geomapas, como por exemplo um mapa analítico de vendas da Europa. A Linalis, por exemplo, desenvolve solu-

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Imagens ilustrativas.

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INTERNACIONAL | Gestão de dados

Foto: Divulgação

ções de business intelligence que incluem análise de negócios e software de visualização de dados da Pentaho. Os clientes incluem empresas do setor público e não governamentais que necessitam de análise de negócios com capacidades de geolocalização e empresas que prestam serviços financeiros que necessitam rapidamente identi-

ficar tendências em preços no mercado de ações, disse Adams, da Linalis. Até recentemente, poucos clientes estavam cientes da visualização de dados e seus benefícios, mas isto está mudando. “A ADV está cada vez mais presente nas discussões de pré-vendas”, explica o executivo, acrescentando que a visualização de dados é uma questão em quase 50% dos clientes conquistados pela empresa recentemente. 40% dos negócios analíticos feitos hoje está sendo direcionado a gerentes das empresas em geral e não apenas a profissionais de TI, informou Potter, da IBM. Isto significa que vender software de análise de negócios requer uma especialização na indústria vertical para desenvolver modelos analíticos específicos de domínio e indicadores de desempenho principais. “Uma especialização profunda na indústria (pelo canal) é realmente fundamental”, explica Potter. “Realmente acredito que diminuir o custo da tecnologia revolucionará a maneira como pequenas e médias empresas podem tirar vantagem com estas capacidades de ADV”, acrescentou Scott Van Valkenburgh, diretor sênior de relacionamentos da empresa de análise de negócios SAS. E muitas das vendas serão por meio do canal, disse o executivo. A Adaptive Solutions, um desenvolvedor de soluções de gerenciamento de informação corporativo da cidade de Kinnelon, New Jersey, descobriu que vender o Cognos da IBM ajuda a ganhar novos clientes e a expandir o footprint da revenda dentro dos clientes existentes. O exemplo mais recente é o de um cliente que considerou instalar um sistema de BI corporativo, mas decidiu incialmente limitá-lo à sede da empresa, explicou Wayne Milano, gerente de parceiros da Adaptive Solutions. A revendedora, em um projeto-piloto, implementou o Cognos Insight em uma base autônoma para funcionários para apresentá-los à análise de negócios. Podem ser integrados com o sistema de BI corporativo quando estiver pronto, informou Milano.

Quem é quem no mercado ADV

O relatório da Forrester Research identificou Tableau Software, IBM, Information Builders, SAS, SAP, Tibco e Oracle como os líderes de mercado de ADV, graças à riqueza de sua funcionalidade, estratégia de produto e presença no mercado. A Microsoft, MicroStrategy, Actuate, OlikTech, SpagoBI e Panorama Software foram chamados de “players fortes”; e a Jaspersoft e a Pentaho foram citadas como opções que valem a pena, oferecendo produtos competitivos, oferecendo “de 60% a 80% da funcionalidade de ADV com baixo custo”. Em junho, a Pentaho teve uma vitória significativa quando a Dell assinou um contrato para revender o software de análises de negócio da Pentaho, incluindo suas capacidades de ADV, como parte da Dell Apache Hadoop Solution. O software Cognos Insight previamente mencionado é baseado em sua tecnologia in-memory TM1 OLAP . Uma das vantagens do produto é poder usufruir de outras tecnologias da IBM, incluindo o sistema analítico avançado SPSS Modeler, informou o relatório da Forrester. A consultoria citou o software VizQL da Tableau como um produto líder de ADV que pode ser usado em conjunto com outras plataformas de BI que não possuam tais capacidades. O software Spotfire Analytics da Tibco pode ser utilizado de forma similar. A Information Builders tornou a visualização avançada de dados parte do seu software de BI WebFocus há anos, afirmou Corcoran da Information Builder. O WebFocus 8, que será brevemente lançado e está previsto para ser vendido no quarto trimestre, irá incluir uma arquitetura de metadados de reorganização que parceiros ISV (Independent Software Vendor, ou Fornecedor de Software Independente, em português) podem aproveitar para construírem aplicativos software-as-a-service com as capacidades de ADV. O BusinessObjects Explorer e o Visual Analytics da SAP oferecem muito mais do que a tecnologia do fabricante Hana, segundo a Forrester. “Estamos focando para transformar as soluções fáceis para experimentar e para adquirir,” explicou Jayne Landry, vice-presidente global da SAP para direcionar produtos de mercado. John Wilkinson, vice-presidente de análises para os ecossistemas globais e canais da fabricante, acrescentou que a análise de negócios para médias empresas é o seguimento que mais cresce no mercado de business intelligence. A empresa que saiu na frente em análise de negócios foi o SAS, que é o maior player em ADV com sua virtualização de desktop JMP e aplicativos de análise, bem como com suas ofertas avançadas com o Visual Analytics. E o sistema de computação in-memory Exalytics da Oracle oferece um aumento das capacidades de ADV em seu Oracle Business Intelligence Enterprise Edition. As ferramentas ADV atualmente utilizam um número diferente de tecnologias para apresentação que incluem Adobe Flash/Flex, Microsoft Silverlight, Ajax/JavaScript, Java ou JavaFX, Dojo, GWT, ExtJS, jQuery, ASP.Net Ajax, Oracle ADF e SVG, segundo o relatório da Forrester. Entretanto, a tendência é consolidar todas estas tecnologias na nova plataforma independente padrão HTML5.

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REPORTAGEM |

IT MÍDIA DEBATE

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA

Reportagem Felipe Dreher | fdreher@itmidia.com.br

Condução do Debate Patricia joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br

A busca de uma solução para uma equação que nã

NÃO DÁ PARA NEGAR A REALIDADE QUE BATE TODOS OS DIAS NA PORTA DOS EMPRESÁRIOS BRASILEIROS DO SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: FALTA MÃO DE OBRA. ENTRE MOTIVOS HISTÓRICOS E DESAFIOS ESTRUTURAIS, TALVEZ TENHA CHEGADO O MOMENTO DE COMEÇAR A PENSAR UMA SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA ESTE PROBLEMA

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reportagem |

it mídia debate

EscassEz dE Mão dE obra

O Observatório Softex mapeia a questão da escassez profissional em TI considerando outras quatro esferas:

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Quantitativa Falta gente

Localizada

O Brasil de proporções continentais sofre com uma distribuição econômica desproporcional, com concentração das empresas em poucos estados – geralmente instaladas em capitais ou regiões metropolitanas. Em outra ponta, o sistema nacional de ensino distribui-se pelo território. O cobertor é curto. Da mesma forma que sobram profissionais em um lugar, faltam em outros. A mobilidade, de pessoas e empresas, ainda não ocorre como deveria.

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Qualitativa

A qualidade do profissional formado não atende às exigências das empresas. Há um desajuste entre o currículo das faculdades e a realidade “das ruas”. O bom talento é raro e não chega à indústria de software ou prestação de serviço de TI, pois, muitas vezes é captado por outros setores com capacidade de prover maiores salários. Também aflora nos recursos humanos seu lado empreendedor, enquanto outros permanecem numa academia desconectada com o mercado.

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Capacidade de atração

Por mais que a tecnologia tenha sido alçada a um patamar de protagonismo das relações sociais e empresariais ao longo das últimas décadas, pouca gente se sente atraída pela profissão. O mercado de trabalho ainda é precário, se comparado com outras indústrias, o que se reverte em altos fluxos de saída de profissionais. O que foi o advento do PJ que imperou (quiçá ainda impera) no setor até pouco tempo? Há uma competição por pessoas certificadas e a rotatividade nas empresas joga lá pra cima o nível de turn over praticamente inviabilizando investimentos em capacitação.

Se você faz parte da indústria de TI (e creio que faz, afinal, lê essas linhas), deve viver as dores dos problemas que trataremos a seguir. Não importa muito o elo da cadeia que ocupa. Pode ser fabricante, distribuidor, revenda, cliente. Já virou um clichê: falta mão de obra. Por via das dúvidas, caso esse não seja um mal que lhe aflige, seria muito importante replicar seu segredo... embora acho que não queira compartilhar esse preciso diferencial competitivo. A Softex percebeu que formação de mão de obra se configura em um desafio para a indústria e vem mapeando os impactos disso na cadeia produtiva de tecnologia. A conclusão é simples: falta gente. Pior: falta gente capacitada e interessada em seguir pelo rumo da TI. Contudo, desde que os primeiros relatórios foram publicados pela agência, em 2007 (observando o período de 2003 a 2005), a estimativa do déficit profissional no setor caiu. Bom? Não é bem assim. “O cenário mudou porque a indústria precisou se reorientar e se adequar à prática. Isso, muitas vezes, significa perda ou mudança dos tipos de negócio devido à falta de pessoal”, comenta Virgínia Duarte, gerente do Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade. De acordo com o estudo, em 2013, a lacuna entre oferta e demanda será da ordem de 50 mil de profissionais. A previsão é que esse déficit chegue à casa de 280 mil profissionais ao final da década. Os números entre organizações que medem essas estatísticas variam para mais ou para menos, mas o assunto preocupa “quase” todo mundo. Não fosse assim, a CRN Brasil não teria proposto um debate sobre o tema que, por sinal, recebeu grande número de participantes e interessados no assunto. Os cursos de bacharelado criados na última década não conseguiram adequar seus currículos à realidade de mercado e a formação técnica perdeu um pouco de sua força. “Será que não falta diálogo entre as empresas e as escolas?”, indaga Rafael Paloni, presidente da Network1, que veio acompanhar a discussão. O Brasil passa por uma nova estrutura econômica e o mercado geral aparentemente não estava preparado para essa guinada. “É como se estivéssemos virando um país de administradores, com objetivo de vender e não mais de produzir”, observa Jony Zatariano, coordenador de treinamento da Furukawa, na plateia. “Vendemos uma

ideia de que todo mundo tem que ter nível superior. Não acho isso ruim, mas é preciso avaliar onde queremos estar no futuro”, prossegue, lembrando que há cerca de uma década adotamos um modelo educacional de “ensino por competência”. Fala-se das grades curriculares das universidades, mas talvez o problema seja ainda mais profundo, de vocação ou de conhecimento preliminar. “Os alunos vêm dos ensinos básicos com uma base muito ruim”, define Célio Antunes, presidente da faculdade Impacta. Isso joga as soluções de curtíssimo prazo por terra. “O que o mercado precisa é uma formação sólida, ferramentalmente falando”, acredita.

Todas as fotos do debate: Ricardo Benichio

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Os altos índices de evasão verificados nos cursos de tecnologia relacionam-se também à ausência de noção do que é informática e computação por parte dos alunos. “Conseguimos preencher no máximo dois terços das vagas disponíveis. Soma-se a isso a evasão e falta de interesse por parte dos alunos pela profissão”, ilustra Ozeas Santana, coordenador das áreas de Gestão de TI e Desenvolvimento de Sistemas do Senac SP. Não adianta mostrar vagas e salários, mas saber se aquilo é interessante para sua vida profissional. Fato que nem escola, nem políticas públicas, nem a alta demanda têm a exclusividade da culpa. A iniciativa privada

roGÉrIo oLIVEIrA, DA rESoUrcE. País não tem domínio de competência para atingir o sonho de ser player mundial no curto prazo

rAfAEL pALonI, DA nEtwork1: "Será que não falta diálogo entre as empresas e as escolas?"

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REPORTAGEM |

IT MÍDIA DEBATE

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA

O que o mercado quer... HENRI STERNBERG, DA CAPGEMINI: "Ensinam-se códigos, mas o profissional não sabe onde será aplicado o que tem aprendido"

Profissional ampulheta – nas pontas altamente generalistas e no meio bastante específicos

... e o que não quer...

Profissional pato – não nada bem, não anda bem, não voa bem

... e também não quer...

Profissional chuveiro velho – não liga pra nada, mas, se ligar pra algo (ou algum assunto), não esquenta muito

KIP GARLAND, DA FDC: "O Brasil tenta competir num modelo de baixo custo, onde nunca vai ganhar. É preciso repensar isto"

também não vem investindo o necessário. “O que deu certo fora do Brasil só deu certo porque a sociedade tomou a iniciativa. O brasileiro está sempre esperando para ver acontecer, como se tudo se resolverá em um passe de mágica. Falta investimento e mobilização da sociedade para trazer solução”, diz Mariano Gordinho, presidente da Abradisti (Associação Brasileira dos Distribuidores de TI), citando uma visita que fez a uma fábrica coreana que apostou na formação de 7 mil engenheiros.

DIVERSAS FALTAS Ocorre ainda que os modelos de negócio em um ambiente globalizado

exigem baixo custo dos provedores de TI. Não há como pagar caro por suporte, por exemplo. “O Brasil tenta competir em um modelo de baixo custo onde nunca vai ganhar. É preciso repensar isso”, sugere Kip Garland, professor da Fundação Dom Cabral (FDC), que compôs a plateia ativa do debate. Há alguns anos, tínhamos um sonho de que o Brasil seria player mundial e competitivo. “Não há menor chance de fazer isso no curto prazo”, avalia Rogério Oliveira, presidente do conselho da Resource, que lista alguns motivos para isso. Entre eles estaria a alta demanda do mercado interno e a escassez de mão de obra. Outro ponto é que o País, na sua visão, não tem domínio de competência para atingir seu sonho. A questão passa a ser sistêmica, com a mão de obra executando um trabalho repetitivo, sem diferenciação e alta volatilidade, que impede um trabalho de criação desses domínios específicos por soluções para indústrias.

Percebe-se uma carência de estratificar o papel de cada um para chegar aos objetivos. “Ensinam-se códigos, mas o profissional não sabe onde será aplicado o que tem aprendido”, ilustra Henri Sternberg, diretor da regional Sul da Capgemini. Fica a mensagem: não temos explorado nosso potencial e trabalhado com domínios de aplicação de conhecimento específ ico. E, se a vocação do Brasil é realmente prover soluções a mercados verticais como o setor insiste, Virgínia é enfática: “E esse cara falta”. Criar aplicações específ icas como, por exemplo, tecnologia da informação aplicada à saúde. A lógica segue adaptada a demandas de indústrias regionais. “Não digo para deixar de ensinar nada do que tem ensinado, mas é preciso criar um projeto claro”, elucubra a especialista, sobre a proposta de alguns cursos de tecnologia com abordagens verticais.

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reportagem |

it mídia debate

EscassEz dE Mão dE obra

Técnico e comercial Há uma demanda por profissionais que entendam as necessidades do cliente. Isso vale para venda e também para interação com problemas de produto. “Trabalhamos em um setor comercial, com características de absorver mão de obra especializada”, pontua Gordinho, da Abradisti. Ele trouxe a visão da entidade que abriga 26 distribuidores que, por sua vez, empregam entre 6 mil e 8 mil pessoas diretamente. Indiretamente, esse número sobe para 160 mil profissionais, se consideradas as cerca de 30 mil revendas que atuam no Brasil e empregam uma média de 5 pessoas cada. Os gargalos nessa frente não são necessariamente apenas quanto a conhecimento técnico. A deficiência encontra-se em vendas e marketing. “É uma carência brutal de formação e qualificação comercial. O vendedor de TI não pode ser um simples vendedor, em sua definição clássica e tradicional. Esse profissional saiu da posição de agente de comércio para ser um consultor de confiança com seu cliente”. Outra questão é como formar novos profissionais e lidar com a disputa por força de trabalho certificada entre empresas de um ecossistema que não se recicla. Além disso, muitas vezes quem forma profissionais são as grandes indústrias, que direcionam seus treinamentos para produtos e dão foco a seu portfólio valorizando todo o volume dos catálogos. Inevitável que, em outras pontas, isso traga uma ineficiência inerente ao modelo.

rumos ainda não Trilhados A trajetória seguida até então demonstra que pode não ser uma boa solução para o País, se quiser, de fato

Adelson de sousA, presidente dA it mídiA, continuA A conversA com os debAtedores durAnte o intervAlo

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reportagem | participar no jogo futuro. Entra uma questão que é descolar do que se necessita (seja a mão de obra alinhada à indústria ou a indústria à mão de obra) para pensar o que quer ser como setor econômico e o que o futuro reserva para a gente, de acordo com tipos de modelos de negócio e capacidade inventiva para se posicionar em cenário mundial. Podemos lembrar um desafio antigo muito semelhante ao atual. No começo do século, faltava gente capacitada para operar centrais telefônicas. Parecia uma equação que não fechava, afinal, as telecomunicações se alastravam e não havia gente suficiente para ficar conectando cabos a plugues para direcionar as ligações. Por fim, o problema foi resolvido pela tecnologia de uma forma nova. “Talvez estejamos correndo atrás de uma questão que não devêssemos mais estar correndo. Há de se discutir o que deve ser discutido. O futuro é para quem fará coisas que um robô não faça”, diz Virgínia. Fica a orientação da necessidade de buscar na melhoria da qualidade de formação de alunos, de processos, de modelo de negócios... a solução para o problema de quantidade. Enquanto isso, há de se achar algumas saídas para problemas mais imediatos, como reciclagem de profissionais e captação de pessoas em outras áreas de conhecimento. Afinal, se não é possível ter toda gente que se precisa, é necessário fazer o melhor com o que se tem. Não faz muito tempo que alguém teve a brilhante ideia de perguntar a algumas crianças o que elas gostariam de ser quando crescessem. Alguém pegou as respostas e as tabulou. O resultado mostrou que em torno de 6% dos respondentes pretendiam, de alguma forma, trabalhar com algo que se encaixaria na indústria de computação e informática. Contudo, e mesmo com o governo elencando TI como um dos setores prioritários, ainda não há luz no fim do túnel que mostre como despertar a vocação nesse contingente de pessoas.

it mídia debate

EscassEz dE Mão dE obra

miguel petrilli, vice-presidente da it mídia, recebe a plateia do debate para o café da manhã

lilian cavichioli, da exequator questiona o modelo de ensino desde o início do processo de aprendizagem básico do indivíduo

jony zatariano, da furukawa: "vendemos uma ideia de que todo mundo tem que ter nível superior. não acho isso ruim, mas é preciso avaliar onde queremos estar no futuro"

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NESTE MÊS...

Edna Massuda, da IBM

Foto: Divulgação

“Estamos bem focados em transformar o ambiente de oferta desses parceiros em provedores de nuvem, pois a oferta do SCE e SCE+ é muito próxima com o modelo de negócios deles, sendo um atrativo grande para ambas as partes”

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Por Renato Galisteu | renato.galisteu@itmidia.com.br

...A IBM ANUNCIOU SEU SMARTCLOUD ENTERPRISE PLUS A fabricante anunciou a disponibilidade do NOVIDADE serviço de computação em nuvem SmartCloud Enterprise Plus (SCE+) para o mercado brasileiro, solução de cloud privada que é gerenciada, administrada e hospedada pela Big Blue, características que diferenciam a SCE+ da já existente oferta de SCE pública, onde toda a infraestrutura era supervisionada pelo próprio cliente. Rodando no data center da companhia localizado em Hortolândia (SP), o SCE+ traz um novo horizonte para os provedores de sistemas gerenciados (MSP, na sigla em inglês), que poderão ofertar diversos serviços na nuvem da IBM no modelo white label, por exemplo, e também desponta uma oportunidade para o canal convencional, que poderá servir como um indicador de clientes para a fabricante, e também poderá usar toda a infraestrutura para expandir suas capacidades de entregar serviço aos seus clientes. “O diferencial do SCE+ é exatamente a possibilidade de colocar a empresa dentro do seu core business, deixando que a IBM ou um parceiro pense no ambiente de TI”, comenta Gustavo Annarumma, líder das iniciativas de cloud computing da IBM para a América Latina. “O CIO cada vez mais sente a pressão da cobrança do olhar mais próximo aos negócios, além das requisições de diminuição de custos, flexibilização da infraestrutura, e aumento da segurança, com baixo risco operacional e maior visibilidade das ameaças. A nuvem se apresenta de maneira extremamente interessante neste sentido.” O SCE+ em essência é voltado para grandes empresas, o que marca o principal diferencial em relação ao SCE, que pode ser usado por PMEs em diversas necessidades. “Mas essa visão é mais assertiva pensando na carga e momento que a empresa vive. Se analisar bem, uma empresa pode começar pela versão pública e crescer, terceirizando, aos poucos, a infraestrutura para o parceiro ou para a IBM. É

um caminho natural e existe espaço para as duas ofertas”, avalia o executivo. Os parceiros de outsourcing da fabricante também estão na mira de sua escalada em direção à nuvem, que tem a meta de, até 2015, contabilizar 7 bilhões de dólares em receita apenas em cloud computing. “Estamos bem focados em transformar o ambiente de oferta desses parceiros em provedores de nuvem, pois a oferta do SCE e SCE+ é muito próxima com o modelo de negócios deles, sendo um atrativo grande para ambas as partes”, pontua Edna Massuda, executiva de serviços de cloud computing da IBM. O CIO ainda pode ver bastante vantagem na forma como a solução pode ser gerida, pois, além de entregar algumas funcionalidades na mão de usuários (como a rápida criação de um ambiente para desenvolvimento de um projeto, por

exemplo), o executivo consegue, através de relatórios, fazer a fragmentação da cobrança por setores, dando à empresa a visibilidade sobre quais áreas mais consomem recursos de TI. “Estamos entregando velocidade e controle parcial ao usuário e segurança total da nuvem ao CIO, que pode, inclusive, optar por aprovar requisição de novos espaços e infraestruturas, entre outras coisas”, observa Thiago de Jesus Videira, gerente de produto SCE e SCE+ da fabricante. Fato é que todas as soluções da IBM, desde o mainframe até os produtos de análise se dados e social business, estão integradas no SmartCloud Enterprise, seja público ou privado, dando ainda mais força à consolidação da oferta, sendo, inclusive, um diferencial bastante palpável em relação a concorrentes como a HP, por exemplo.

Pontos-chave da oferta de SCE+ • o fato do data center estar em território nacional, atendendo a uma série de normas e regulamentações brasileiras; • o ambiente padronizado (diminuindo o risco de ‘erros humanos’); • a utilização das plataformas x86 e Risc; • a capacidade elástica de adicionar CPUs virtualizadas, seja para momentos de maior necessidade ou para projetos; • SLAs para atender diversos tipos de cargas de processamento; • o gerenciamento IBM até o nível do sistema operacional, além das configurações de rede, firewall e acesso;

Gustavo Annarumma, da IBM: “O CIO sente a pressão da cobrança do olhar mais próximo aos negócios. A nuvem se apresenta de maneira extremamente interessante neste sentido”

• o auto-serviço via portal dedicado ao cliente, que dá ao usuário a capacidade de definir as políticas e sistemas que prefere usar, além da adição, por parte da fabricante, das regras de ITIL necessárias.

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NESTE MÊS...

Por Felipe Dreher | fdreher@itmidia.com.br

... A NOVA LIDERANÇA DE CANAIS DA SAP COMEÇOU A COLOCAR EM PRÁTICA SUAS ESTRATÉGIAS vas tecnologias”, estabelece. A ideia é fortalecer canais já existentes para que eles subam a barra e cheguem a outro nível de relacionamento com a SAP. A estratégia passa por oferecer oportunidade para os 200 canais atuais. Se ampliar será em torno de 50 novos parceiros mirando gaps de geografia ou indústria. “Queremos qualidade de parceiros e cobrir o país geograficamente. Isso além de especialistas em indústrias e em soluções”. Sandra revela que estuda a possibilidade de atacar regiões ainda não cobertas com um modelo que define “quase como uma franquia”. Assim, o parceiro levaria a marca para o mercado onde atua. “Ele pode oferecer ao ecossistema onde trabalha nossa solução na nuvem. Ele tem a compra up front de tecnologia para desenvolver seu mercado com autonomia”. Na opinião da vice-presidente, os parceiros atuais possuem um DNA de serviços e investimentos, o que os capacita a negócios consultivos e comércio de soluções. Contudo, ela observa uma oportunidade para vendas transacionais. Há uma inclinação em direção a isso. “Vamos buscar distribuidores no mercado”, crava. A busca é por parceiros com perfil diferente dos oito atuais Master VARs que compõem a base – que ficariam mais focados na parte de aplicativos. “Já começamos a conversar com algumas empresas interessadas. Acredito que começaremos o ano com algumas novidades nesse sentido. A ideia é pelo menos ter duas novas empresas nesse perfil no primeiro trimestre”. Vamos trabalhar muitos ecossistemas. A fabricante tem um interesse mundial de evoluir as vendas via canal. Atualmente, cerca de 20% dos negócios no Brasil são por meio de parceiros. A ideia é que essa fatia chegue a 40%. “Ampliar a base, melhorar a margem, dar receita incremental e evoluir a cobertura. Estruturar um ecossistema consistente e forte ajuda no crescimento de longo prazo”.

Sandra Vaz, da SAP

Foto: Divulgação

Sandra Vaz trocou o vermelho da Oracle pelo azul MUDANÇA da SAP. “Minha chegada tem a ver com crescimento na área de canais e no mercado de PMEs. Trago meu trabalho e experiência para fazer uma evolução do modelo atual”, diz a executiva. Fazia três semanas desde que assumira a vice-presidência de vendas para ecossistema e canais na alemã quando conversou com a CRN Brasil. Nesse meio tempo conseguiu reunir-se com seus pares, time e algumas diretorias. Além disso, foi a um evento para apresentar sua visão aos parceiros. “Meu plano era justamente tocar todos os influenciadores do crescimento que vou construir daqui para frente”. A tônica de sua gestão à frente da área de parcerias da fabricante reside em aproximação com os ecossistemas. “Quero uma proximidade maior e uma contribuição mais forte para desenharmos junto a estratégia. Quero atrair canais novos de acordo com nosso novo portfólio. Aumento da capilaridade também é um objetivo forte. O restante é ter todo esse canal com plano de negócio claro. Ter governança conjunta com grandes parceiros também é nosso objetivo”, comenta. Ainda há pouca mudança prática nas rotinas, mas os planos já começam a ganhar forma. Sandra diz que a ideia é manter as coisas até o fechamento do ano e tocar o planejamento estratégico para 2013, com revisão da estrutura da área. Nuvem, analytics, Hana, mobilidade e aplicativos – mantras da companhia – já aparecem em seu discurso. Não haveria de ser diferente: há inclinação forte para levar os parceiros a trabalharem esses conceitos em sua oferta. “Canais com visão de futuro veem essas mudanças e se adaptam. Não são todos. Para os que não começaram a fazer essa transformação, precisamos orientá-los para direcionar a novas oportunidades. Quem sair na frente ganhará muito dinheiro com no-

Atenta a um movimento de vendas transacionais, executiva informa que vai buscar distribuidores no início do ano

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Neste mês...

Por Martha Funke | especial para cRN Brasil

...O nOvO líder de vendas da Citrix para amériCa latina visitOu O Brasil Com o comportamento de usuários pautado NEGócios por mobilidade e consumeirização e CIOs com a cabeça – literalmente – nas nuvens, buscando ainda melhorar performance e reduzir custos com parques padronizados, a Citrix está de olho no enorme mercado potencial delineado pela passagem da era PCs para a era cloud e quer incentivar sua rede de parceiros a tirar proveito deste movimento. O recado é de Javier Cuellar, diretor de vendas e canais para a América Latina e Caribe, que assumiu o cargo há pouco menos de seis meses e já anuncia melhorias para a região e, principalmente, para o Brasil. Além de focar na ampliação de sua rede para melhorar a cobertura do mercado, no ano que vem, a companhia mira a qualificação de seus parceiros com dois programas de desenvolvimento. Um deles deve ser lançado em janeiro e é voltado à formação de profissionais garimpados entre formandos de escolas de nível superior. “Vamos recrutar estudantes recém-formados para passar conosco um período de seis meses e depois direcioná-los aos parceiros”, antecipa o executivo. Outra novidade é a chegada ao País da Citrix Academy, existente hoje apenas nos Estados Unidos e direcionada a engenheiros mais tarimbados, com um currículo intensivo de quatro semanas ministrado por especialistas da empresa. “Além de criar novos profissionais, vamos acelerar os que já estão no ecossistema”, explica Javier.

No universo Citrix, isso se resume em virtualização e cloud. Segundo ele, a oportunidade de aceleração de negócios é gigantesca. De acordo com dados da IDC, o tema virtualização ficou em terceiro lugar em prioridade de implementação nas agendas dos CIOs em 2011. Além disso, em 2010 apenas 3,5% dos especialistas entrevistados estavam usando ou considerando o uso de cloud services. Ao fim do ano passado, porém, um em cada três executivos já fazia parte deste grupo. Mesmo assim, a penetração da tecnologia na América Latina ainda é baixa – o que permite vislumbrar o potencial do mercado. “Só 9% das empresas com mais de 1000 funcionários têm solução de virtualização funcionando”, contabiliza Javier. A quantidaade é ainda menor no que se refere a PCs, 2%. Alguns fatores, diz o executivo, favorecem o movimento. A tendência permite casar a manutenção de infraestruturas existentes com as novas aplicações disponíveis, no momento em que o mundo passa para a era dos PCs, para a era de tecnologia como serviço, de modo que o que antes era regra assuma o lugar de exceção – e vice-versa –, como no caso de mobilidade X escritório fixo; tecnologia pessoal X corporativa; sem fio X com fio; entre outras.

Caso comprovado Ele cita como exemplo um projeto desenvolvido para a Colpensiones, gestora de seguridade social do governo colombiano, que buscou na mobilidade, na virtualização e na tecnologia de nuvem apoio para a prestação de serviços de qualidade mesmo em localidades remotas, munindo executivos e supervisores com dispositivos móveis para acessar aplicações centralizadas. Com investimentos de 150 mil dólares na solução XenDesktop, o projeto acabou gerando uma fatura de 1,9 milhão de dólares, incluindo 500 mil dólares em consultoria e integração; outro tanto em soluções de rede Cisco e de storage NetApp; 400 mil dólares em thin clients Wyse; e 80 mil dólares em 70 iPads e 30 notebooks. “Muito rentável”, resume.

“De agora a 2015 prevemos triplicar o tamanho do nosso negócio com base na virtualização dos escritórios” O novo comportamento gera para os parceiros o crescimento das oportunidades de negócios, alega Javier. “A venda de virtualização carrega consigo storage, networking, thin clients, dispositivos móveis”, descreve. Atualmente, a Citrix tem 62 canais no Brasil, mas segundo Javier a cifra deve dobrar nos próximos dois anos. CNT Brasil, Network1 e Afina, distribuidores da marca no País, estão empenhados em colaborar na identificação de novos parceiros, entre eles alguns voltados a networking. Além do interesse em verticais como governo, manufatura e finanças, a empresa busca também parceiros em regiões como interior de São Paulo, Rio de Janeiro e regiões Sul e Nordeste.

O executivo passou os últimos 12 anos em cargos regionais da américa latina. nos últimos três anos ocupou a diretoria de canais da avaya para a região e, antes disso, fez o mesmo pela microsoft – apesar de ser usuário contumaz da apple, carregando consigo seja aonde for seu ipad e seu iphone. “agora a microsoft tem o surface, muito legal”, concede. ele toma a si próprio como exemplo para mostrar o impacto da mobilidade e os benefícios das soluções que agora representa para usuários, CiOs e canais. “Hoje posso ter um escritório virtual completo em meu ipad. para quem é móvel, as novas tecnologias são uma mão na roda.”

Foto: Divulgação

Javier cuellar, da citrix:

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Por Martha Funke | especial para cRN Brasil

miCrOsOFt: investimentO de us$ 200 milHÕes em inOvaÇÃO nO Brasil A Microsoft pretende investir 200 milhões de iNoVAÇÃo reais em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil. O recurso prevê uma série de iniciativas, dentre as quais a criação de laboratório de tecnologia e de uma empresa de investimento, a fundação de uma aceleradora de negócio para startups e a abertura de um centro de desenvolvimento focado na plataforma de buscas Bing. Dentro da série de direcionamentos, a fabricante destaca a criação do Laboratório de Tecnologia Avançada (ATL, na sigla em inglês)

no País – o quarto desse gênero no mundo. A ideia é que ele combine capacidade local de inovação e engenharia avançada com a expertise em pesquisa aplicada da fabricante e de seus parceiros acadêmicos para expandir a produção de conhecimento de origem nacional. O ATL Brasil será responsável por desenvolver tecnologias inovadoras que tragam, em um curto espaço de tempo, benefícios tangíveis aos usuários. Seu foco será em recuperação de informação e análise e entendimento de dados com o objetivo de desenvolver tecnologias que aprimorem a experiência

dos usuários. Em nota à imprensa, Henrique (Rico) Malvar, cientista-chefe da Microsoft Research no mundo, reforça que a empresa tem “um longo histórico de parcerias com pesquisadores acadêmicos no Brasil. Agora, com uma presença permanente no País, estamos comprometidos em promover colaborações de longo prazo nos âmbitos de ciências da computação, educação e pesquisa científica". Outra parte do recurso também se destinará para a revitalização do edifício Barão de Mauá, patrimônio histórico da cidade do Rio de Janeiro, que abrigará todos os projetos

previstos no pacote. Há ainda planos de compartilhar conhecimento com as empresas emergentes que serão apoiadas pela aceleradora que também contará com investimentos de parceiros nacionais. A ideia da Microsoft Participações, subsidiária integral da fabricante, é apoiar empresas brasileiras nascentes com alto potencial de expansão internacional. A Microsoft pontua que suas iniciativas alinham-se a prioridades do Governo Federal de estimular o desenvolvimento nacional e a geração de oportunidades no âmbito da tecnologia da informação.

rico malvar, da microsoft:

Foto: Microsoft

“estamos comprometidos em promover colaborações de longo prazo nos âmbitos de ciências da computação, educação e pesquisa científica

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NESTE MÊS... Por Martha Funke | especial para CRN Brasil

...A AVAYA FALOU SOBRE COPA E OLIMPÍADAS COM SEUS CANAIS Com experiência em eventos como a Copa do FUTURO Mundo de 2002 e 2006 e os jogos olímpicos de inverno, a Avaya aproveitou a realização de seu Evolutions 2012 para destacar o crescimento de oportunidades de negócios proporcionado pela aproximação dos grandes eventos mundiais sediados no Brasil a partir do ano que vem. Em sua terceira edição consecutiva depois de um período de interrupção de dois anos, o encontro anual de canais da marca reuniu em São Paulo, no começo de novembro, cerca de 1,4 mil participantes e mais de 20 expositores parceiros. Segundo o presidente da Avaya Brasil, Nelson Campelo, embora o evento tenha sido realizado em torno do tema Esportes, um dos objetivos foi promover a conexão entre a tecnologia da marca e as soluções desenvolvidas junto dos parceiros para os clientes e as demandas de

grandes eventos para traçar um paralelo entre estas exigências com aquelas apresentadas pelo mundo corporativo em geral. “Não é só o que a gente faz e pode fazer durante os eventos. Mas, fundamentalmente, como a tecnologia está inserida no contexto de situações como esta. Nós e nossos parceiros estamos para um grande evento como o backstage está para o Evolutions”, comparou. “Somos viabilizadores de uma infraestrutura absolutamente necessária para que tudo isso funcione adequadamente. É meio como o juiz do futebol: se funcionar direito, ninguém percebe.” Para Campelo, para um grande evento funcionar da forma como é esperado, a tecnologia precisa estar disponível e funcionando de maneira ininterrupta, atendendo a questões como resiliência, backup ou gestão de demanda de tráfego similares àquelas de ambientes críticos de corporações de verticais como

financeiro, call centers ou telecomunicações. “O fato de termos experiência no ambiente esportivo em eventos globais demonstra que conseguimos ser viabilizadores de ambientes de alta criticidade”, alega. Entre outros, a empresa já patrocinou e assumiu o papel de parceiro tecnológico de eventos como Copa do Mundo, Olimpíadas de Inverno e Copa das Confederações, respondendo por toda a infraestrutura de telecomunicações entre estádios, centros de comando e controle, área de imprensa. “É a tecnologia colocada em características de demanda a seu ponto máximo, com grande concentração de volume de dados, voz e vídeo em pouco tempo”, descreve o presidente. Para o diretor de canais Paulo Bonucci, a participação nos eventos demonstra que o papel da Avaya vai além dos equipamentos de alta robustez. Ele conta que na Copa de 2002, no Japão, um alerta enviado

pelo sistema de monitoramento remoto do NOC sobre aquecimento no ambiente de telecomunicações permitiu identificar um problema no ar condicionado da sala técnica que poderia ter colocado em risco o centro de mídia do evento. “É onde faz diferença ter serviços e pessoas”, defende. CANAIS Segundo Bonucci, os próximos grandes eventos esportivos no Brasil casam com a estratégia da empresa de buscar maior cobertura de verticais e regiões-chave. Hoje, a venda indireta representa 70% dos negócios da companhia, exatamente o oposto do que ocorria há dez anos, quanto os canais respondiam por somente 30% do faturamento. Entre as oportunidades decorrentes do esporte, Campelo cita telecomunicações – segmento crítico também em função da chegada da tecnologia 4G e do recrudescimento de exigên-

Carlos Alberto Parreira no debate: “Na década de 60, quando eu jogava pela seleção brasileira, a comunicação era por cartas, que demoravam até 15 dias para chegar. Hoje discutimos a instalação de chip na bola”

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cias da Anatel – e governo, além dos estádios e apoio a consumo. “Os governos serão demandados em gestão e infraestrutura”, diz o presidente. “Com o aumento do consumo de produtos que vão de telefonia celular a comida, as empresas também precisarão investir em atendimento ao cliente”, acrescenta Bonucci. Hoje a empresa conta com cerca de 160 a 180 canais no Brasil. Com o fim do ano fiscal em setembro último, está promovendo o reposicionamento dos parceiros nas categorias Platinum, Gold e Silver em seu programa Connection. Segundo o diretor de canais, a estratégia agora é de buscar maior cobertura regional, inclusive com apoio de canais como os integradores Platinum, a exemplo de Telmart, Telesul, A5 e Beta, e distribuidores (Anixter, Network1 e Westcom), que estão indo com a empresa a regiões como Minas Gerais e região Sul. Outro foco é estimular a capacitação frente à ampliação do portfólio da empresa, que investe na aquisição de tecnologias complementares como da Radvision, de videoconferência. QUEM ESTÁ LUCRANDO Para Adriana Lima, diretora executiva da carioca Telmart, os even-

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tos esportivos já estão impactando a integradora, que tem sede no Rio de Janeiro mas, até o ano passado, tinha 80% de seus negócios oriundos da unidade paulista. “Hoje temos 65% do faturamento no Rio. O investimento em infraestrutura está muito forte no estado”, diz. A Telmart tem 120 funcionários, nasceu representando a Avaya (“ainda no tempo da Lucent”, descreve Adriana) e recentemente implantou seu NOC, que está sendo espelhado em São Paulo, montou um laboratório para pré-configuração de equipamentos e adquiriu a solução Communication Manager 6 para oferecer contact center como serviço na nuvem. “Um dos segmentos em maior crescimento é vídeo. Já responde por 5% do nosso faturamento e no ano que vem deve ser 10% ou 12%”, explicou a executiva. Também presente no evento, a chilena Bell Tech, que chegou no ano passado ao País, comemora oC posicionamento de maior canal da marca na América Latina. “O BrasilM é maduro em tecnologia. Nosso focoY é em mercados críticos”, diz o presidente da operação local, MarcosCM Moraes – a Bell Tech está presenteMY ainda na Argentina, no Peru, na CoCY lômbia e no Uruguai. CMY

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Estrelas do esporte

Foto: Divulgação

Com o tema “Tecnologia Aplicada ao Esporte”, o Evolutions 2012 contou com a participação de especialistas como o técnico Carlos Alberto Parreira, a jornalista Renata Fan e Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo do Comitê Olímpico Brasileiro. Segundo Freire, o tema tecnologia no cotidiano dos esportes pode ser analisado em duas vertentes – na preparação e no desenvolvimento dos atletas e das equipes, de um lado, e do ambiente esportivo, de outro, onde entram itens como transmissão dos eventos, avaliação dos resultados, coleta de dados e comunicação entre as diversas instâncias das competições, em ambiente interno ou externo à organização. No talk show comandado por Nelson Campelo, Parreira comparou a tecnologia de ontem e hoje. “Na década de 60, quando eu jogava pela seleção brasileira, a comunicação era por cartas, que demoravam até 15 dias para chegar. Hoje discutimos a instalação de chip na bola”, disse.

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NESTE MÊS...

luís césar verdi, da SAP:

Foto: Divulgação

“o paradigma de desenvolver todos os softwares para os clientes está ultrapassado, quanto mais parceiros, mais valor entregaremos aos clientes”

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Por vitor Cavalcanti | vcavalcanti@itmidia.com.br

SAP encArA coinovAção como eSSenciAl PArA comPlementAr Portfólio Há tempos o conceito de coinovação inteinvestir gra a rotina da SAP. E cada vez mais a fabricante alemã foca a criação conjunta com clientes e parceiros a partir dos diversos Co-Innovation Labs espalhados pelo mundo e que conta com uma unidade instalada na capital paulista. Como frisa Luís César Verdi, vice-presidente de vendas de inovação da fabricante para América Latina, a SAP entendeu que não é possível resolver todos os problemas dos clientes sozinha. “Estamos investindo em criar metodologia, infraestrutura e processo dentro da nossa empresa para ter mais facilidade de se engajar e ter projetos de inovação com clientes e parceiros”, comentou, durante o Co-Innovation Lab (COIL) Day, em São Leopoldo (RS). “O paradigma de desenvolver todos os softwares para os clientes está ultrapassado, quanto mais parceiros, mais valor entregaremos aos clientes.” O entendimento da companhia é que, para crescer, e o objetivo para 2015 é ultrapassar a marca de 20 bilhões de euros em faturamento global, é necessário atender a um mercado maior, acelerar o processo de inovação e se tornar uma plataforma de negócio para as empresas. Um ponto interessante desse trabalho ressaltado por Axel Henning Saleck, vice-presidente global da rede de COIL, é que as boas ideias não necessariamente vêm de nações mais ricas e tidas como pólos tradicionais de inovação ou de parceiros com uma estrutura de maior porte. “Temos uma pesquisa própria para entender tendências de mercado e olhar a necessidade do cliente hoje e amanhã. Temos nosso ciclo de

inovação do produto e as melhores ideias não necessariamente vem de parceiros maiores e de países mais maduros. E como fazer para conectar nossa capacidade de inovação e desenvolvimento com as ideias dos parceiros? Multiplicamos a inovação disponível para os clientes combinando sinergias entre parceiros e SAP por meio da coinovação.” Esse tipo de metodologia é essencial para um departamento de TI cada vez mais cobrado por inovar e com toda a restrição orçamentária já conhecida pelos CIOs. É comum em empresas não fabricantes de tecnologia encontrar certo receio em modelos mais abertos de criação. Pesam pontos como perda de exclusividade ou acesso de um concorrente ao mesmo desenvolvimento. Mas são obstáculos que devem ser superados. Além disso, o processo de cocriação não precisa ser com outra corporação, pode ser interdepartamental ou a partir de parcerias com universidades, muitas estão abertas para isso. Ao envolver mais cabeças pensantes, o orçamento e a equipe reduzida deixam de ser problemas. Além disso, é possível ganhar agilidade na elaboração de um projeto, solução ou aprimoramento de processo. É preciso ter em mente, ainda, a mensagem de Saleck de que uma boa ideia não depende do tamanho da corporação ou do orçamento dedicado à inovação. Sem contar que, a troca de experiência, seja entre pares, áreas ou organizações, sempre enriquece sua equipe. “20% do time trabalhou em mais de um COIL ao redor do mundo”, pontuou Saleck. “Isso serve para entender a dinâmica, as semelhanças e as diferenças, e o mesmo acontece com parceiros. Há um parceiro brasileiro presente em Singapura.”

*o jornalista viajou a São leopoldo a convite da SAP

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Antes dA TI

Fábio Ferreira, da edenred: “Um projeto nosso já chegou a ter três gerentes diferentes, isto impacta demais nosso negócio. Então, estamos cada vez mais próximos dos parceiros para não termos problemas”

Foto: Divulgação

Sinuca

de bico Por Patricia Joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br

Um problema qUe extrapola os mUros das organizações, a falta mão de obra especializada dentro de casa impacta o cliente qUe é afetado diretamente em seU dia a dia

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Job: SAP-01-11-2012 -- Empresa: Ogilvy -- Arquivo: 15A-004859-23A-RBC-12-52-SWOP30T_pag001.pdf

Registro: 98375 -- Data: 15:45:38 09/11/2012 Untitled-6 1

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Antes dA TI 2011/2012

falta de mão de obra qualificada

2011 2012

64,52% 54,11%

alta tributação sobre produtos e serviços

2011 2012

54,84% 45,21%

aumento da concorrência

2011 2012

29,03% 47,26%

pouco investimento do governo no desenvolvimento do setor em que a empresa atua

2011 2012

17,74% 11,64%

dependência de investimentos estrangeiros

2011 2012

12,90% 7,53%

crescimento acelerado da economia

2012

10,96%

baixo crescimento ou estagnação

2012

26,71% Fonte: IT Mídia Estudos

Foto: Ricardo Benichio

QUAIS ASSUNTOS VOCÊ GOSTARIA QUE OS FORNECEDORES PRIORIZASSEM AO OFERECER UM PROJETO OU SOLUÇÃO?

Antes dA tI, A estrAtégIA é um estudo AnuAl reAlIzAdo pelA It mídIA com líderes de tI dAs mIl mAIores empresAs do pAís

T

rês meses para resolver um problema de manutenção de software. Este foi o tempo suficiente para que o Grupo Rendimento rompesse um grande contrato com um fornecedor. O motivo: o funcionário da contratada havia perdido o código-fonte do software. Mas só contou isso ao cliente depois de meses de enrolação. A empresa, que era justamente responsável pela manutenção do código-fonte, além do levantamento dos requisitos para implementação, foi solicitada pelo Grupo Rendimento para o desenvolvimento de uma nova funcionalidade. A demora para a entrega da de-

manda começou a atrapalhar os processos da companhia. Até que foi solicitado ao fornecedor o código-fonte, para que dentro de casa mesmo, eles resolvessem o problema. A surpresa da perda do código e o tempo de omissão levaram o CIO da companhia, Gilberto Rodrigues, a decidir pelo rompimento da parceria. “Eu havia acabado de entrar no cargo e queria dar um crédito ao fornecedor. Mas, por conta de um erro do funcionário, que tinha uma clara inabilidade para executar a função – ele não sabia trabalhar com a ferramenta de gestão de código-fonte, e então a removeu –, a confiança foi rompida. O que aconteceu depois dis-

so foi que mudamos os processos internos, tornando tudo muito mais rigoroso”, revela Rodrigues. O executivo compartilha a visão dos 65% dos CIOs que atribuíram à escassez de mão de obra a sua maior preocupação quanto ao fornecedor – segundo dados do Antes da TI, a estratégia, de 2012. “Eu concordo mil por cento com esta afirmação. Eu sou um grande contratador de mão de obra para desenvolvimento de sistema e programação e não existe no mercado boa mão de obra para atendimento em campo”. Em sua análise, nos últimos cinco anos, a qualidade dos colaboradores de TI caiu muito.

Em suas conversas com os prestadores de serviço, Rodrigues tem observado dois fatores recorrentes. O primeiro é a dificuldade de reter talentos da geração Y, e também a concorrência, que não tem limites ao fazer propostas com salários muito mais atrativos. “Fica claro que eles preparam um funcionário e, quando ele está pronto, outra empresa o contrata. Enquanto recomeçam o treinamento com uma nova pessoa, ficamos com nossos projetos comprometidos, porque eles o colocam sem estar habilitado para tocar o projeto”, aponta. O outro fator é que a demanda para os fornecedores de TI aumentou muito.

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Antes dA TI E o que poderia ser o boom dessas empresas passa pelo empecilho da falta de profissionais. Os gastos das companhias brasileiras com TI devem alcançar 134 bilhões de dólares em 2013, o que, se confirmado, representará um aumento de 6% ante a estimativa prevista pelo Gartner. A comemoração já poderia estar acontecendo, não fosse o fato não de haver pessoal para dar conta deste recado. E aí, o que tanto Rodrigues, como Fábio Ferreira, diretor de TI do Edenred (integra a marcaTicket) relatam é uma choradeira sem fim do fornecedor. A vitimização passa a ser aliada do prestador de serviço, que afirma não atender no prazo e na qualidade esperada por conta do gap da mão de obra. Visando não passar por situações como esta, Ferreira montou com dois fornecedores, que ele prefere manter em anonimato, uma campanha chamada “jovens talentos”, para treinamento e capacitação de profissionais. “O problema é que temos

dificuldade em achar um bom técnico, mas também pessoas com capacidade de comunicação e relacionamento”, pontua. Além disso, o executivo tem escolhido, junto ao fornecedor, os gerentes dos projetos. “Um projeto nosso já chegou a ter três gerentes diferentes, isto impacta demais nosso negócio. Então, estamos cada vez mais próximos dos parceiros para não termos problemas”, revela. Outra posição tomada pelo Grupo Rendimento foi a de montar contratos com níveis de serviço ainda mais rígidos, com penalidades financeiras e um controle bem próximo da gestão de contratos. “Temos conseguido manter a qualidade. Os maiores fornecedores já conseguiram um ciclo interno de formação que passa uma confiança um pouco maior. Já o pessoal das fábricas de software ainda sofre porque é preciso maturidade, disciplina e treinamento”, comenta Rodrigues.

Gilberto rodriGues, do Grupo rendimento: Contratos mais severos com níveis de serviço mais rígidos para garantir o compromisso com o fornecedor

Foto: Photogama

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E FOI ASSIM QUE ACONTECEU

Por Tatiana Negrão | Especial para a CRN Brasil

UM UM

NOS NEGÓCIOS, NO SISTEMA

BOOM

A MAC CONSTRUTORA E INCORPORADORA TROCOU O ERP E ENCOMENDOU MAIS DOIS SISTEMAS PARA SUPORTAR O BOM MOMENTO DE MERCADO

A

implementação de sucesso do ERP SAP na Cyrela garantiu a indicação da Essence em outra empresa do grupo, a MAC Construtora e Incorporadora. Com bagagem no atendimento ao segmento, Rodrigo Ricco, diretor da Essence, se viu diante da possibilidade de, além da implementação, desenvolver softwares complementares. “Percebemos que era possível simplificar alguns processos e começamos a prover soluções com vista a complementar o SAP. Sabíamos onde ele navegava bem e onde não”, conta. Por outro lado, a construtora passava por um momento crucial em sua TI. Era preciso abandonar o legado, uma ferramenta especialista do setor chamada Mosaica, que estava gerando grande demanda da área usuária para a alteração do sistema. “A manutenção era difícil, não

havia a documentação, os recursos eram limitados”, conta Elzira Piazza, gerente de TI da Mac. Neste momento, a construtora passava por um processo de reestruturação, era final de 2010, início de 2011. A companhia vinha de um boom no mercado, com aumento de 30% na carteira de clientes. Foi quando Elzira se encontrou com o diretor de TI da Cyrela, na época, Victor Guelmal, e ele perguntou à executiva: “quantas vezes você quer trocar de ERP na vida?”. A resposta “uma só vez” o fez indicar o ERP da SAP e, entre as consultorias que concorreram ao trabalho, a Essence foi a escolhida. Devidamente apresentadas, a Essence passou por um mapeamento prévio de todos os processos da MAC envolvendo compras, suprimentos, orçamento de obras, contas a receber, vendas, atendimento ao cliente, dentre outros. Havia um grande volume de solicitações de melhorias a serem

feitas. “O SAP nos trouxe uma consolidação de plataforma, conectando todos os processos da empresa em uma ferramenta única e robusta”, diz a gerente. Em apenas 10 meses o sistema foi implementado pela Essence na MAC, com um investimento cerca de 40% menor do que o normalmente gasto por grandes incorporadoras com SAP. “Reduzimos o tempo de projeto para uma incorporadora por conta da nossa experiência, mas foi o nosso primeiro case completo no segmento”, explica Ricco. Inserida no dia a dia das operações da MAC e atenta à ausência de uma solução de mercado que contemplasse adequadamente as necessidades específicas de gestão de recebíveis imobiliários, a Essence desenvolveu e forneceu a plataforma especialista beXs, que, integrada ao SAP, ficou responsável não só pela gestão dos recebíveis mas

também pela gestão de vendas das unidades. “A solução fornecida nos dá uma visão ampliada e organizada sobre todas as cobranças, evitando a perda de controle diante de um grande volume de compradores”, comenta Mariana Kapor, gerente de contas a receber da MAC. Hoje estão neste sistema mais de quatro mil contratos de clientes da MAC. “Com a solução de gestão de recebíveis estamos preparados para grandes fluxos e podemos suportar o crescimento de vendas conquistado nos anos anteriores”, reforça a executiva. Com a adoção da plataforma, o ERP da SAP pode ser preparado de uma maneira muito mais leve, sem grandes customizações, tornando a implementação mais rápida e menos custosa. A solução de vendas de imóveis adquirida funciona como um espelho de vendas em tempo real, atendendo à necessidade crítica de

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Foto: Ricardo Benichio

mariana kapor e elzira piazza, da mac: "Todos os processos de venda passam pelo portal, desde a proposta, cadastro do cliente, confirmação de venda e escrituração, geração do contrato, minuta, assinatura, cálculo de parcelas etc"

centralizar o controle das negociações dos imóveis e agregando todos os processos relacionados a vendas, desde a negociação até a aprovação e a geração do contrato final. A ferramenta possibilita monitoramento online de todas as operações em diferentes estandes de vendas, funcionando em ambiente web. Desta forma, a MAC pode visualizar, de forma integrada, o status atualizado de cada imóvel à venda, atendendo ao cliente com muito mais rapidez e precisão no estande de vendas. “Todos os processos de vendas passam pelo portal, desde a proposta, cadastro do cliente, confirmação de venda e escrituração, geração do contrato, minuta, assinatura, cálculo de parcelas etc”, lista Mariana. Com a agilidade que o portal garantiu à MAC, mais de 100 vendas podem ser concluídas num mesmo dia num único estande. Como há 100% de integração do beXs com o SAP, o consumidor que acabou de fechar a compra de um imóvel no estande pode imediatamente acessar e conferir via web sua posição financeira já divulgada no portal de clientes. “Este nível de integração e velocidade é exclusivo da MAC hoje no Brasil. Não existe entre os concorrentes uma solução tão ágil e precisa”, ressalta Mariana. Outro ponto importante é o acompanhamento do espelho de vendas online e nos iPads da construtora, permitindo à diretoria acompanhar possíveis gargalos das negociações, tomar decisões rápidas e monitorar o volume de vendas, uma vez que o sistema informa em que ponto do processo está cada aquisição.

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crn tech Por Edward J. Correia, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim

Review: thinkserver RD630 da Lenovo conquista seu espaço Foto: Divulgação

C

uidado HP. A Lenovo está chegando com tudo com seu servidor em rack de alta velocidade. Quando o Test Center da CRN EUA realizou seu duelo de titãs há alguns meses, em que rivalizaram os servidores em rack baseados nos processadores Xeon da Dell e HP em uma batalha de igual para igual, não tínhamos ideia de que outro novo concorrente estava entre nós. Mas atualmente há uma nova máquina no segundo lugar entre os top 10 de todos os tempos de melhor desempenho de servidores no Test Center. O ThinkServer RD630, da Lenovo, ganhou muitos pontos em desempenho no Geekbench em nosso teste de benchmark para deixar o DL380p da HP no terceiro lugar. Ainda no lugar de destaque com uma liderança confortável está o PowerEdge R720 da Dell. Um dos dois novos modelos de dois sockets, o ThinkServer RD630 é a versão

2U mais expansível, que pode aceitar até 16 TB de armazenamento em disco rígido em 16 drives hot-swap de 6,35 cm e 6Gb/s, o que dobra a capacidade comparado ao seu equivalente de 1U, o ThinkServer RD530. Ambos os modelos estão equipados com 20 slots DIMM, com capacidade de até 320 GB de memória de sistema DDR de 1,333MHz.

InIcIando os testes A Lenovo sabia exatamente onde estava se metendo. Antes de enviar sua unidade para análise, o Test Center encaminhou à empresa uma lista de especificações e uma descrição de como as máquinas da Dell e da HP foram configuradas, solicitando que a sua fosse configurada da forma mais parecida possível com as duas. Para o teste, a Lenovo enviou um ThinkServer RD630 com dois processadores Intel Xeon E5-2690 de 2.9GHz, com 128 B de memória DDR3 de 1,333MHz, seis drives de 600-GB

Toshiba 10H, 6-Gb/s SAS (modelo MBF2600RC) configurado como um único array RAID 5 e controlado por um controlador LSI MegaRAID SAS 9260-8i. A máquina também veio com o Microsoft Windows Server 2008 pré-instalado. Assim que os primeiros resultados dos testes de 64-bit chegaram no Geekbench 2.3, os pesquisadores sabiam que estavam olhando para um concorrente à altura. O primeiro teste, geralmente o mais baixo, foi 38.201, o que já foi suficiente para o segundo lugar. Depois de rodar mais algumas vezes, o RD630 demonstrou sua mais alta pontuação de 38.281. Isto estabeleceu seu status atrás do R720 da Dell, que chegou aos 40.250; não vimos nenhum servidor de produção alcançar uma pontuação tão alta. Entretanto foi colocada uma memória de 1,333MHz para cada especificação máxima, o que deixou o ThinkServer com um pouco de desvantagem. As

máquinas da Dell e HP vieram com 1,600MHz DIMMS. Então, nos dispusemos a testar novamente o ThinkServer se a Lenovo quisesse nos enviar uma memória mais rápida; a equipe de pesquisa disse que nos retornaria. Enquanto isto, os testes de throughput e capacidade de processamento de transação do ThinkServer foram medianos. Utilizando IOmeter para conduzir as operações de leituras sequenciais com blocos de 512-byte, os testes mediram a taxa de transação contínua máxima de 241K IOps e uma taxa de transferência de 123 MBps. Alterando para blocos de 32KB, a taxa de transferência atingiu um pico de 745 MBps, finalmente elevando para uma taxa contínua de 740MBps, enquanto processava 22.7 IOps. O comprimento da fila de todos os testes foi de 96 IOs pendentes. O PowerEdge R720 entregou uma taxa de transação máxima de 311K IOps e em testes separados foi capaz de transferir dados de 462 MBps.

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PoR deBaIXo da taMPa Também gostamos do ThinkServer por conta de seus atributos físicos. A tampa é removida com uma única alavanca de travamento e contém a documentação completa relativa ao sistema gravada na parte debaixo, que também pode ser vista na parte da frente e de trás, layouts de componentes da placa-mãe, regras e instruções para DIMM e inserção de processador e uma explicação dos dip switches. Suas seis ventoinhas hot-swap são gerenciadas individualmente e, silenciosamente, entram no grande revestimento de plástico que direciona o ar para os processadores e no grupo de servidores específicos de memória com dois canais. Em direção à parte traseira temos duas placas riser, cada um com dois slots de x8 e x16 PCIe, um dos quais utilizando um controlador de LSI MegaRAID. O sistema também possui fornecimento de energia redundante e hot-swap. E, falando em energia, o ThinkServer consome surpreendentemente pouco. Durante os períodos de pico de energia, o sistema teve um pico de apenas 171 watts. O ThinkServer RD630 2U tem o preço inicial de 2,699 mil dólares; o RD530 1U custa inicialmente 2,399 mil dólares. Ambos possuem garantia de três anos on-site e servem bem para pequenas empresas, instalações de departamentos e filiais que exigem um desempenho e capacidade de expansão com preço justo. O ThinkServer RD630 da Lenovo é um produto recomendado pelo Test Center da CRN EUA.

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DAQUI PRA Lá, DE LA PRA Cá weS nicol aSSuMe riM na aMérica latina

A RIM agora tem Wes Nicol como diretor-regional para a América Latina, no lugar de Rick Costanzo, promovido a vice-presidente executivo de vendas globais da RIM. Nicol trabalha na RIM há 12 anos e passou por vários cargos nas Américas, Europa e Ásia. Mais recentemente comandava Caribe e América Andina. Antes também já respondeu pelo relacionamento com a Telefónica e outras operadoras estratégicas na América Latina, como a Nextel International. “Estou muito entusiasmado e honrado em conduzir o negócio BlackBerry na América Latina num momento em que esta é uma das regiões de maior crescimento para a companhia”, disse Nicol, em um comunicado enviado pela RIM. Ainda no comunicado, seu antecessor, Costanzo, lembra que “Wes desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do mercado de BlackBerry na América Latina”, tendo participado do lançamento de soluções BlackBerry em países como Brasil, Chile e Argentina em 2005. Entre os feitos de Nicol apontados por ele está o estabelecimento da equipe que levou o smartphone da marca à liderança do mercado andino.

Motorola SolutionS teM nova gerente de vendaS para verticaiS

Silaine Benzobás assume a área de mercados verticais com foco em grandes empresas de varejo. Há 15 anos na área de vendas diretas e indiretas de soluções e serviços, a executiva vai focar em gerar novos negócios e posicionar as soluções da empresa para este segmento. Ela se reportará para Evando Lamoglia, diretor de vendas da Motorola Solutions Brasil. A executiva iniciou sua carreira no Grupo Camargo Corrêa, como gerente da área de TI. Em seguida, trabalhou como gerente de clientes corporativos na Seal Tecnologia. De 2004 a 2009, atuou na Symbol Technologies, que foi vendida para a Motorola. Logo após, foi contratada para assumir a gerência da unidade de negócios de varejo da NCR Brasil e remodelar a área de varejo no Brasil.

Marcia thieMe dirige vendaS de hoMe & BuSineSS networkS na Schneider electric

A Schneider Electric anunciou Marcia Thieme como diretora-comercial da área Home & Business Networks. Há um ano na empresa, a executiva deixa a função de gerenciar o marketing e a área de capacitação de vendas na divisão de negócios de TI. Ana Carolina Cardoso assume sua antiga função. Em seu novo foco está fazer com que as soluções da empresa alcancem todo o País, em específ ico as regiões Norte e Nordeste. “O objetivo é aumentarmos e fortalecermos nossa presença, por meio da parceria com as revendas especializadas em projetos de TI dessas localidades. A lém de mantermos o bom relacionamento e a busca por maiores sinergias com os canais de distribuição de TI”, af irmou Marcia, em comunicado à imprensa. Com 12 anos de mercado, é formada em comércio exterior, pós-graduada em marketing pela ESPM e com MBA executivo pela Fundação Instituto de Administração (FIA).

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do chile para o BraSil, Felipe Munita coManda área de nuveM e dc na Sonda it

O executivo que liderava o trabalho da integradora com cloud computing e data center da Sonda IT no Chile vem assumir a função no mercado brasileiro. Há dois anos vivendo no ambiente de cloud da Sonda IT, Munita traz ao seu novo território bagagens como projetos de implementação de cloud privada para plataformas de serviços financeiros transacionais, migração de infraestrutura de empresas de varejo e portais da web de alto tráfico para universidades e supermercados online. A ideia, segundo a Sonda IT, é que ele replique modelos adotados no Chile.

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Papo Aberto

Objetivos em comum E

m um dos nossos últimos Papos Abertos, que tratou do tema Colaboração na Prática, eu mencionei sites que reúnem colaboradores em torno de um objetivo comum, seja este um projeto cultural ou uma ação social ou mesmo algum tipo de negócio em gestação, nos quais estes colaboradores podem participar via web como contribuintes, aderindo à causa com ajuda financeira, por exemplo, ou até mesmo se juntando a ela oferecendo algum tipo de suporte. Algumas pessoas me procuraram para entender melhor como estes sites funcionam na prática por terem achado a ideia interessante. Um destes sites é o Catarse. Especializado em projetos culturais, ele atua como um catalisador lançando informações sobre projetos que precisam de financiamento. “Faça acontecer os projetos em que você acredita”, diz a home do site, acrescentando: financie projetos de maneira colaborativa e torne-se parte de algo maior. Promova uma catarse coletiva! Você é a peça que falta nesta história.” Sob o título de Movere.me, o site convida os leitores (internautas) a moverem ideias, pessoas, “mova o mundo”, acrescentando que o Movere coloca em suas mãos o poder de financiar e realizar projetos maravilhosos. “Aqui as pessoas se unem, investem dinheiro em projetos legais e fazem acontecer”, e pergunta “E você, o que te move?” Entre os cases de sucesso está a gravação de um CD em homenagem ao músico Nelson Cavaquinho que dependia de um ivestimento de 34 mil reais e arrecadou pouco mais de 35 mil reais.

Outro destes sites tem o sugestivo nome de Vaquinha e trata da arrecadação que vai desde uma comemoração coletiva, tipo churrasco da turma, até a contribuição para a realização de algum sonho de alguém que necessita de um suporte financeiro, como um empreendedor com uma ideia na cabeça e sem dinheiro no banco. O valor a ser financiado é dividido em cotas e é estabelecido um prazo dentro do qual o projeto deve ser viabilizado para que o dinheiro arrecadado pelo site seja repassado aos autores e a ideia colocada em prática e transformada em realidade. Uma ação de marketing? Pode-se dizer que sim, um marketing web based, ou baseado em iniciativas que tem o ambiente virtual como cenário. E que reforça, também, o conceito de marketing de experiência. Neste caso, o colaborador pode se sentir como uma espécie de coprodutor do projeto à medida em que está investindo em algo em que acredita. É o consumidor fazendo acontecer uma iniciativa com a qual concorda e quer participar de alguma maneira. Mais uma vez o consumidor é peça central para que um projeto se concretize e as ferramentas sociais são a forma para que ele se viabilize.

Stela Lachtermacher Diretora Editorial IT Mídia stela@itmidia.com.br

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