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Maternidade: o caminho da fé e das virtudes
A invocação de Nossa Senhora pelas gestantes, parturientes e mães é um lindo sinal de devoção e que ganha ainda mais significado quando estas mulheres realizam a experiência da maternidade. Hoje, sociólogos e antropólogos descrevem a maternidade com alguns contornos que consideram elementos culturais pós-modernos na sua formulação. Não é o caso do que se apresenta como conteúdo central desta edição da Revista Cristo Rei.
A reportagem de capa coloca em seu centro o mistério da vida e a primazia compartilhada de casais cristãos como genitores, mas sobretudo a capacidade que só a mulher recebeu de ser a geradora da nova vida, onde um novo coração se desenvolve e pulsa no seu ventre. A ciência encontrou seus meios para explicar, contudo para quem crê é o milagre da vida que se realiza na mulher. Baseada nos princípios cristãos, a maternidade é a realização da abertura à vida que se coloca na entrega amorosa e recíproca entre a gestante e o bebê em formação. Ambos são protagonistas do amor incondicional num dos períodos mais intensos nesta relação. Aqui a mulher se cerca de cuidados e orientações que vão desde a alimentação aos exercícios próprios, entre outros fatores capazes de alterar toda uma rotina. Não se importar com
essas alterações é uma demonstração de compreensão ao verdadeiro significado desta prioridade que assume. No percurso de alterações desta rotina feminina, podem surgir imprevistos. Afinal, a dinâmica da vida não exclui essas situações que pode “fugir do controle” do que se tem dentro das capacidades humanas. Mas para todas elas, as gestantes e mães cristãs sabem a quem recorrer. Desta forma, elas permitem em suas vidas que a Mãe de Jesus lhes faça companhia e, principalmente, passam a ter maior clareza da maternidade amparada em Nossa Senhora diante de todas as fases que ela viveu como escolhida, como mulher e mãe no projeto de Salvação. Muitas vezes se fala que a beleza da maternidade cristã está na capacidade de amar com o coração de Deus, e se trata de uma verdade porque sua missão abarca ser guia de quem precisa ser guiado por valores divinos de amor, compaixão, perdão e serviço ao próximo. Isso tudo já está plantado no coração humano desde sua concepção. Só precisa do despertar e que virá, sem dúvida, no tempo do Senhor. Refletir esses princípios são essenciais para uma boa orientação no caminho da fé e da virtude, como Nossa Senhora fez com Jesus. Boa leitura!
O editor
“Ave Maria; temos mãe”
Missão Vocacional é a alegria que transborda do coração
Pastoral avalia implantação da Catequese Batismal nas Paróquias
Sicoob divulga recorde de R$ 8,4 bilhões em resultados financeiros para cooperados
Educação no trânsito é um dos fatores que preserva a saúde
Procedimento de avaliação sanitária no abate de frangos é regulamentado no Brasil
Ano XXVIII - nº 302 - Maio de 2024
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Ano XXVIII - nº 302 - Maio de 2024 Revista mensal da Diocese de Toledo
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Maria, mãe de Cristo e mãe da Igreja
A tradição evangélica fala de Maria, antes de tudo, como a “mãe de Jesus” e como a “Santa Mãe de Deus”, ela é venerada por católicos e ortodoxos. Além disso, sua santidade também é admitida pelos anglicanos e por algumas profissões de fé protestantes. O Alcorão (livro sagrado dos mulçumanos) a define como “a virgem mãe de Jesus”.
No entanto, a maior parte das aparições de Maria nos Evangelhos nos mostram uma mulher do povo, profundamente verdadeira nas suas emoções, real e concreta na sua humanidade. São poucas as ocasiões em que algo milagroso brilha nela. O seu cotidiano é o de uma mulher comum, de origem humilde, profundamente inserida no contexto histórico e social em que viveu. Sua existência é marcada por ações ordinárias: visitas a parentes, peregrinações, noivados e casamentos. Ela testemunha, impotente, a paixão e a morte do seu único filho, com toda a dor que uma mulher comum, uma mãe comum, pode expressar numa ocasião tão assustadora. O anúncio do Anjo é o único momento em que Maria é tocada pelo Mistério divino e totalmente investida por ele, com as consequências que todos conhecemos.
Somente nos evangelhos de Lucas e João a figura de Maria é ainda mais realçada. Dos três evangelhos sinóticos (Marcos, Lucas e Mateus, o de Lucas
dedica particular atenção a Maria, colocando-a em plena luz desde o início. É Ela quem desempenha um papel único e fundamental no início do Evangelho, na infância e na pregação pública de Jesus. Maria já não é uma mulher comum, ou melhor, é até ao momento em que Deus a escolhe como a mãe de seu único filho. A partir desse momento, nada mais será como antes.
Maria torna-se mãe de Jesus e da Igreja, uma mulher comum que aceitou assumir uma missão sublime e difícil, e o fez apenas por fé, apenas por amor.
A Anunciação a coloca como protagonista absoluta, pois ela aceita com plena consciência acolher em si o Verbo feito carne, oferecendo todo o seu ser a um sacrifício de amor que perturbará completamente a sua vida: Uma cruz te traspassará a alma, para que se revelem os pensamentos de muitos corações” (Lc 2,35).
No Evangelho de João, portanto, o seu papel como mãe de Jesus e, consequentemente, de todos os seus discípulos, emerge nas declarações do próprio Cristo. De fato, neste Evangelho ela é sempre chamada “a Mãe de Jesus”. Ela participa da vida pública do filho e, por ocasião das Bodas de Caná, o incentiva a realizar o seu primeiro milagre.
Na cruz, já moribundo, Jesus se dirige a ela e a João, declarando que, a partir daquele momento, serão mãe e filho. Foi nesse momento que Cristo lhe concedeu o seu novo papel de Mãe da Igreja e de todos os cristãos, papel que a tornou uma das figuras mais representadas através de pinturas e imagens de Nossa Senhora.
Desde as origens do cristianismo, Maria representa, portanto, a mulher humilde e comum que se coloca incondicionalmente nas mãos de Deus, aceitando sem hesitação o imenso significado que esta escolha determina na sua existência. Fé absoluta, amor absoluto.
D. João Carlos Seneme, CSS
Bispo da Diocese de Toledo
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“AVE MARIA; TEMOS MÃE”
Cada filho ou filha chega a este mês das mães com um carinho todo especial diante dela para dizer “muito obrigado por ter cuidado de mim todo esse tempo”. É uma frase que não é dita em tom de despedida ou de “estou pronto, valeu”. É um “obrigado” em sentido de gratidão eterna. Afinal, mãe é para toda vida, assim como os filhos os são para elas. Aos olhares maternais, as “crianças” serão sempre crianças, independente da mudança de faixa etária. Supondo que você que está lendo seja mãe: é assim ou não? Para as mães cristãs, quem contribui substancialmente nesta jornada da vida nos cuidados com os filhos é Nossa Senhora. Referência de mulher e mãe, ela recebe os mais intensos pedidos de auxílio, seja da febrícula causada pela vacina dos primeiros dias de vida aos casos mais dolorosos com o passar dos anos. A resposta chega com toda singeleza que somente a Mãe de Jesus tem para ampará-las com serenidade e fé. Este é o principal ensinamento que ela transmite e, por isso mesmo, faz qualquer católico entoar bem forte e com toda devoção: “Ave Maria; nós temos mãe”! Aliás, esta exclamativa do Pe. Zezinho encerrou o cântico mariano “Maria de Nazaré” que ele entoou com mais de 440 bispos do Brasil – reunidos na Assembleia deste ano, em Aparecida (SP) – numa significativa manifestação devocional do episcopado brasileiro pela Mãe de Jesus.
Sim, cada cristão que lê essa reportagem tem a Virgem Maria como sua mãe. Igualmente, a ela assumiu você desde quando abraçou João aos pés da Cruz e, de lá para cá, ela continua abraçando todos que vivem essa experiência em suas vidas, mas de maneira muito carinhosa as mães. É o embalar da fé, com voz sussurrante de uma canção de ninar, que a Revista Cristo Rei traz nesta edição de maio a reportagem no contexto do mês das mães. Na suavidade das melhores memórias que somente você tem da sua mãe é que será feito um
percurso de reconhecimento daquela que é referência em retidão e firmeza, porém doce e carinhosa na educação dos filhos, sejam eles do seu sangue ou adotivos. A mãe é referência da transmissão de bons costumes que muitas vezes eram ensinados pelo puxão de orelhas (coisa que acontecia
muito no passado e alguns leitores lembrarão), mas sobretudo por meio da paciência e da persistência em repetidas vezes o sim e também o não.
A DIVINDADE TOCA A MULHER
Dos seres humanos, Deus vem e toca a mulher para determinar quem
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é aquela da espécie humana que é dotada de capacidade para gerar a vida a partir do seu ser, e desta parte a humanidade ganha novas oportunidades para ser melhor, como para perceber e testemunhar a obra da criação divina, duplicada pelos seus genitores: homem e mulher. Dois corações que, juntos, por seu amor humano e pelo amor divino, são capazes de gerar mais um coração que passa a pulsar no seio feminino, pulsando do seu modo, mas alimentado pelo coração materno. Nessa perspectiva é incrível compreender o mistério da vida que se dá no ventre materno. Entender que é somente lá o espaço mais completo do mundo para as condições da vida em formação, onde encontra conforto, tranquilidade, nutrição e sobretudo amor nas expectativas do nascimento. No lar da Virgem Maria e de São José, Deus escolheu para formar a família humana. Pelo seu poder, enviou o Filho Jesus e assim dignificou todas as famílias como sinal da sua Aliança. “Todas as vezes que a maternidade da mulher se repete na história humana sobre a terra, permanece sempre em relação com a Aliança que Deus estabeleceu com o gênero humano, mediante a maternidade da Mãe de Deus” (Carta Apostólica Mulieris Dignitatem – sobre a dignidade e a vocação da mulher, nº 19). Especialmente, ao olhar para aquela jovem mulher, se encontra na Virgem Maria, a maternidade completa, inspiradora para as mães cristãs, assim como nossa entrevistada do mês.
As mães cristãs acolhem com carinho a sua missão, embora algumas linhas de pensamento tentem apontar outros direcionamentos sobre a compreensão da mulher como integrante da humanidade. Não é o caso da essência desta reportagem que se atenta substancialmente a partir do olhar da dignidade da mulher como um ser essencial no contexto da criação e da fé. É óbvio que quando se escreve e se pronuncia essa palavra tão curta do vocabulário vários sentimentos tomam conta, contudo são os valores da fé que dão sustentação para compreender os diversos episódios que as mães vivem no seu dia a dia e que talvez nem percebam, mas
são inspirados por Nossa Senhora. Mesmo no exemplo citado bem no começo do tema de capa – Evangelho de João, onde Maria está aos pés da Cruz de Jesus (cf. Jo 19,25-27) – é o testemunho de saber ouvir a voz de Deus que garantiu coragem à Mãe de Jesus no momento da Igreja nascente e que dá continuidade e certeza para as mães de hoje na sua missão enquanto educadoras de seus filhos nos caminhos de Deus.
É na celebração do testemunho mariano que a Revista Cristo Rei conversa com a Elaine Pinelli, 47 anos, da Paróquia São Francisco de Assis, da cidade de Assis Chateaubriand. Com coragem e determinação pelos propósitos desta reportagem, ela partilha sua história de vida que se certamente se encontra com a de muitas mulheres aguerridas, corajosas e confiantes naquilo que Deus preparou para cada uma.
NAMORO E MATRIMÔNIO
Ainda jovem, Elaine conheceu aquele que se tornaria seu esposo enquanto cursava Educação Física, na cidade de Maringá. Nascida numa família com uma estrutura “maravilhosa” de pai e mãe, como ela mesma conta, a vocação de querer formar família e ser mãe vem deste lar. Buscava por forças humanas o projeto de família, mas em determi-
nado momento entregou seu pedido a Deus. “Fiz uma novena para Nossa Senhora das Graças pedindo que providenciasse, no tempo de Deus, um esposo porque estava terminando a faculdade e queria casar. Fiz uma oração bem próxima a Nossa Senhora, como se estivesse conversando com uma amiga íntima”, revela.
Ainda residindo no norte do Estado, como professora de natação, Elaine encontrou uma amiga que se admirou quando a viu com uma camiseta com a imagem de Nossa Senhora. Assim ela foi convidada a participar de um retiro de Carnaval para jovens. Foi quando viu um rapaz, chamado Sandro, do Ministério de Música e na troca olhares, um suspiro. “Foi uma certeza espiritual, uma experiência de Deus. Passou o retiro e depois fomos nos conhecendo no grupo”, lembra. Conversaram o que sentiram um pelo outro no dia que se viram e num jantar para namorados na Paróquia Catedral, ele fez o convite de ‘namorar para casar’. “O que ele falou foi o que pedi a Nossa Senhora. Tive certeza que era a mão de Deus. Pois ele falou que buscava uma esposa que quisesse caminhar rumo ao céu e ter filhos”, diz. Foram onze meses de namoro com acompanhamento espiritual quando se casaram em 15 de maio de 1999, e assim iniciaram a caminhada como família.
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A oração que coloca o namoro diante de Deus é uma maneira de consagrar a vida a dois
A GRAÇA DOS FILHOS
Elaine e Sandro tinham o coração muito aberto para ter filhos. A abertura à vida era o sonho de ambos, sem nenhuma imposição, e sempre com muita reponsabilidade e confiantes na providência divina. E assim, tiveram seis filhos: Maria Clara, 24 anos; Maria Júlia, 21 anos; Daniel, 16 anos; João Pedro (falecido); Maria Beatriz, 11 anos; e Maria Laura, 8 anos.
“Nós alicerçamos nossa casa em Deus. Isso é o que nos sustentou. Lógico, não é uma casa perfeita, não é tudo certinho, mas estamos sempre corrigindo para o caminho de Deus. É a missão de mãe. Os filhos são uma bênção, mas com muitos desafios”, pondera. Elaine salienta que a missão de mãe é bastante ampla, com o olhar para todos os lados, perguntando com quem está, quem são os amigos, enfim, olhando as companhias e cuidando muito com a educação. Na composição da família, Eliane faz questão de lembrar que Maria Clara, casada com Renan, tem dois filhos: Helena e José Matias.
O INESPERADO ACONTECEU
O Matrimônio sonhado por eles, a família, os filhos, toda essa formação do lar foi atingida pelo inesperado: o falecimento de Sandro. Ele passou por uma doença bastante agressiva, passou um período de tratamento, porém, foi inevitável. Assim, durante retorno da capital Curitiba a Assis Chateaubriand, ela se fortaleceu na oração para reunir os filhos e, a partir daí, reorganizar o lar sob um novo jeito de fazer o mesmo caminho de fé. Esta mãe vem fazendo tal trajeto com orientação da Palavra de Deus e da Igreja há pelo menos um ano e meio.
“Quando o Sandro estava conosco,
e assim continua ainda hoje, nos reuníamos em volta da mesa para conversar e reorganizar a casa. Essa missão é árdua, parece cansar. Vejo que no mundo de hoje, muitas mulheres não querem ser mãe por conta desse desgaste, porque sim, cansa, tem dias que é preciso se acalmar, mas com a graça de Deus nós conseguimos. E isso é possível quando ficamos ligados ao tronco que é Deus. Nossa Senhora era mãe e sua intimidade com o Filho Jesus era muito grande. Isso é inspirador. Quando ficamos com Deus nessa intimidade, conseguimos superar. Essa é a experiência que estou vivendo nesse tempo depois que o Sandro faleceu. Essa intimidade com Deus é a vida de oração. Perdemos muitas coisas na vida – amigos, viagens, por exemplo –, mas uma coisa que não podemos perder diante de toda tribulação é a vida de oração”,
relata Elaine. Mas como ela mesma completa essa reflexão tão profunda sobre a maternidade e os desígnios de Deus: “É como ficar diante da cruz querendo entender o que Deus quer para nós. É isso que tenho vivido. Foi um momento muito triste, com filhos pequenos, mas consegui com a graça de Deus me equilibrar e entender. Nossa Senhora me deu esse discernimento”, acrescenta.
A VIUVEZ E A REORGANIZAÇÃO DO LAR
Neste testemunho admirável e fortalecida pela fé, a Elaine tem encarado essa realidade de modo bastante interessante, pois tem duas filhas adultas, um adolescente e duas crianças, demonstrando muita habilidade de mãe para lidar com faixas etárias distintas.
É assim que em casa ela cumpre sua missão, sendo mãe. A ausência do pai para os filhos é sentida por todos, mas ela não tenta ser uma ‘super pessoa’ e assumir duas funções. Agora eles (filhos) sabem a posição de que precisam cuidar, zelar e obedecer a mãe, e guardar e honrar aquilo que o pai deixou, pois foi um pai que dedicou muito sua vida à família, aos filhos e à Igreja. “Os fatos, o que ele viveu com os filhos, estão marcados neles e eles levam muito isso para a vida, valorizando a sua memória. Eu falo muito para eles que o honrar pai e mãe vai além. A tranquilidade que Deus nos permite passar como mãe aos filhos os fortalecem”, considera. Mas é claro, a dor da perda e suas consequências, principalmente nos seis primeiros meses pós o falecimento, segundo revela, foram bem difíceis. “Eu chegava na Igreja, me ajoelhava e não conseguia levantar porque estava clamando a graça da
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Elaine Pinelli sempre se apoiou na oração, e assim continua
sabedoria para saber como lidar com essa situação. Era um choro interior de querer ouvir a voz da Deus. Até que um dia, numa confissão, recebi a orientação. Dali para frente consegui levantar, perceber o que tinha que fazer. Reuni os filhos e conversamos bastante sobre como seria daqui para frente. E conversamos com base na Palavra de Deus”, conta como foi esse caminho.
Na educação dos filhos, neste momento de conversa ao redor da mesa, Elaine diz algo muito importante que sente: “Eu vejo que quando coloco um versículo da Palavra na correção deles, vejo que é penetrante. Ali muda a conversa. É o que vem me dando segurança para seguir no caminho”, salienta.
ABERTOS À GRAÇA DE DEUS
Na opinião de Elaine, a maternidade deve estar aberta à graça de Deus para que Sua vontade prevaleça. “É deixar Deus agir. Aceitar o plano de Deus em nossa vida. Levo comigo o versículo ‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor’ (Josué 24,15), e assim devemos rezar para que nossas casas se abram para a graça do Senhor, nas nossas dificuldades, nos nossos limites, nas nossas imperfeições, mas sempre Deus nos moldando”, ensina. Está sendo assim que a mãe Elaine encontrou na fé sua âncora, sua fortaleza. É aqui que se pode perceber o ponto referencial da fé quando bem cultivada. Os fatos ocorridos com Elaine na continuidade da educação dos filhos são esses frutos de uma família que está protegida sob o manto de Nossa Senhora e nos braços de Deus. Assim é que Elaine escolheu trilhar o caminho da maternidade consciente do que ela importa em si. Quando se abre à maternidade, entende ela, abre-se ao olhar atento para as individualidades de cada filho. “A educação geral, os princípios são os mesmos, mas tem que saber lidar. Por isso, é uma graça que Deus dá para as mães, com muita sabedoria”, pontua.
Para ela, essa é a missão dos cristãos: confiar os vários momentos na vida, como lutas e conquistas, sempre apresentados no coração de Deus. A própria humanidade de Nossa Senhora, suas dores, são inspiradoras para Elaine, porque ela também não entendia, mas
ao mesmo tempo seguia porque confiava em Deus. “Quando o cristão é alicerçado na Palavra ele sabe qual será o fim. Isso era muito claro para nós, eu e Sandro. Quando nós tivemos um fato na família, tivemos a impressão de que Deus estava nos pedindo para exercer a misericórdia”, conta. “Isso sempre existiu entre nós: se tivesse uma tribulação com filhos, uma situação financeira ou qualquer outra coisa, nós falávamos um para o outro ‘Vamos começar de novo?’”, complementa.
Elaine observa que, lamentavelmente, há um discurso muito presente em que se coloca como essencial o que na verdade é supérfluo em relação à maternidade. Por isso, é necessária uma boa educação de fé para compreender com muita clareza a dignidade, a responsabilidade e a missão de ser mãe. A maternidade não é ‘colorida’, tem espinhos, mas que certamente contribuem para ajudar a formar o caráter tanto da própria mãe quanto dos filhos. Foi assim que Elaine partilhou um pouco da sua experiência de vida como incentivo às mães para servirem a Deus e se entregarem para ser obra do Senhor no mundo.
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Elaine e a educação dos filhos sempre amparada na Palavra de Deus
Nossa Senhora grávida está presente na vida de muitos casais que se colocam abertos à vida no devocional mariano
Com maior demanda de noivos, Pastoral Familiar forma casais catequistas
A Diocese de Toledo, por meio da Pastoral Familiar, vem desenvolvendo uma nova metodologia de acolhida e formação dos noivos em preparação para o Matrimônio. O que antes era feito em apenas um fim de semana para grandes grupos de noivos, agora passou a ser oferecido de maneira personalizada e durante oito encontros. Trata-se de um novo itinerário vivencial e de acompanhamento que já traz algumas constatações e desafios.
Joari Vieira, coordenador diocesano da Pastoral Familiar com a esposa Sueli, explica que em várias paróquias
Formação realizada em Toledo para os casais que vão acompanhar os noivos tem crescido o número de noivos que procuram a Igreja em busca do Sacramento do Matrimônio. Com isso, surgiu a necessidade de ampliar
o investimento diocesano na preparação dos casais formadores. Afinal, eles serão responsáveis pelo acompanhamento personalizado dos noivos por um período de oito meses.
Depois de iniciado no Decanato Assis, com um projeto piloto, Joari afirma que a proposta tem ganhado adesão nas paróquias e vem dando certo. As formações dos casais catequistas para acompanhamento dos noivos já passaram pelos decanatos Toledo e Palotina/Guaíra, e agora segue na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon (Decanato Rondon). Inclusive, vai acontecendo
a chamada 2ª rodada formativa. “Claro, algumas paróquias estão ainda com um pouco de dificuldades porque o número de noivos é um pouco maior no comparativo com os casais para realizarem o acompanhamento, mas estes já estão nesta missão”, lembra. A formação dos casais catequistas é iniciativa da Pastoral Familiar e conta com a assessoria dos padres diocesanos nesta proposta. Os conteúdos na pauta formativa, e que são levados aos noivos, abrangem o “Matrimônio na Sagrada Escritura”; a “Vocação: motivação para o Matrimônio cristão”; o “Sacramento a serviço do crescimento integral”; “Matrimônio: Sacramento do dia a dia”; “Crises como possibilidade de crescimento no Matrimônio” e “Nova cultura, novo cristão”. Chama atenção a metodologia adotada pela Pastoral Familiar diocesana, em sintonia com a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), que são propostas visitas dos casais catequistas nas casas dos pais dos noivos, se possível com a presença do padre. “A
ideia é de promover uma aproximação ainda maior com a Igreja e os noivos. Nessas visitas eles conversam sobre o fortalecimento da vida matrimonial dos filhos, a maturidade sobre o assunto, o diálogo sobre os encontros necessários em preparação e as orientações bíblicas”, diz Joari.
Menos separação
Ainda de acordo com o coordenador diocesano, os casais formadores não necessariamente precisam ser agentes da Pastoral familiar, mas devem ser casais integrados a alguma pastoral ou movimento, pois precisam ter vivência em vista do testemunho na comunidade de fé.
de casais e mais participação na comunidade
Joari Vieira revela que o mais desafiante no começo do projeto foi a mudança na forma de trabalhar. “Até todos da comunidade compreenderem e confiarem nesse modelo, leva tempo porque toda mudança gera um pouco de desconforto. Mas já percebemos menor quantidade de separação de casais com pouco tempo de Matrimônio e mais participação deles na comunidade. Muito desse trabalho está acontecendo pela perseverança do nosso assessor diocesano, Pe. Nelton Hemkemeier, que nos tem incentivado
nessa missão”, salienta.
Joari avalia que as reflexões propostas nos encontros com os noivos, a leitura da bíblica, a presença do casal catequista na caminhada com eles e a participação nas missas, têm construído a resposta mais concreta ao Matrimônio. A Pastoral Familiar da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Assis Chateaubriand, segundo Joari, recebeu nove novos casais. No último dia 27 de abril eles promoveram um encontro para casais com até 3 anos de casados.
Missão Vocacional é a alegria que transborda do coração
É con tagiante a alegria quando se tem a oportunidade de conversar com as pessoas que estão envolvidas diretamente na realização da Missão Vocacional (MOVA 2024) que começa neste dia 18 de maio na Diocese de Toledo. Isso porque se percebe a chama acesa em seus corações pelo desejo de exercer a missionariedade tendo como propósito a questão vocacional, mas fundamentalmente a preocupação com o futuro de crianças, adolescentes e jovens que são os destinatários da Missão.
A MOVA 2024 acontecerá em três datas. A primeira delas, neste dia 18, envolverá centenas de agentes da Missão, missionários, casas de formação, pastorais e movimentos das paróquias que fazem parte do Decanato Toledo. Por isso, muita atenção: ela acontecerá o dia todo, com horários pré-estabelecidos com as paróquias. A missa será no horário de costume da comunidade, no sábado à noite. Portanto, a Missão ocorrerá em cada paróquia do Decanato com grupos de missionários de acordo com o número de catequizandos que a paróquia possui.
O tema “Oração: Alegria do Coração” e o lema “Ó Deus, cria em mim um coração puro” (Sl 50,12) servem de base para todo o período de atuação dos missionários com o público participante, formado por grupos conforme a faixa etária.
Em seguida, no dia 29 de junho, será a vez da Missão Vocacional nas paróquias dos Decanatos Palotina/Guaíra e Assis. Por fim, no dia 17 de agosto, a MOVA 2024 será nas paróquias do Decanato Rondon.
A realização desta Missão Vocacional é motivada pelas bonitas experiências do Ano Vocacional 2023, desenvolvida com muito entusiasmo, alegria e acolhimento por parte das paróquias.
A configuração da MOVA 2024 está pautada na dinâmica de preparação para o Jubileu do Ano Santo de 2025, que o Papa convoca neste dia 9 de maio com a publicação da Bula de orientações. Neste sentido, os participantes da Missão nas paróquias estarão envolvidos no tema proposto que é a Oração. “Queremos resgatar o sentido da oração pessoal e comunitária em nossas comunidades
no contexto do Jubileu”, informa Pe. Juarez Pereira de Oliveira, responsável pela comunicação da Missão Vocacional.
A preparação da Missão Vocacional ocorreu desde o fim do ano passado, com equipes empenhadas na realização do evento. Houve muita dedicação na elaboração dos materiais que estarão à disposição, bem como o roteiro proposto
para o dia da Missão. Serão dezenas de missionários que se colocam à disposição para esta finalidade. Além das casas de formação da Diocese, a MOVA 2024 conta com a participação dos membros de outras pastorais e movimentos, na busca de mostrar a face diversificada da Igreja em sua rica quantidade de carismas.
Como será o dia da Missão Vocacional?
A acolhida se dará pelas equipes que estarão na paróquia para a realização da Missão Vocacional. As atividades contemplarão temáticas adequadas para a faixa de idade dos participantes que poderão ser reunidos em períodos distintos, conforme a organização de cada paróquia.
Por exemplo, os grupos de catequizandos que frequentam o Pré, 1º e 2º anos e coroinhas farão uma reflexão sobre o tema “Jesus quer ser o nosso amigo”. No decorrer do evento, eles serão motivados a dizer com suas próprias palavras como é esse amigo Jesus e se a amizade de Jesus é igual às outras amizades, percebendo quais são as diferenças.
Aqui acontece um ponto-chave desta reflexão, onde cada participante vai par-
a questão vocacional
tilhar o que entende por amizade, como ela acontece no dia a dia – em casa, na escola, na catequese e demais locais – e as características que compreende da amizade.
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Missão Vocacional 2023 realizada em Ouro Verde do Oeste
O dia da Missão promete descontração e reflexão sobre
Foto: Juan Matoso
Além disso, as crianças serão convidadas, por meio de dinâmica apropriada, a compreender o que é a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e sua invocação pelo Sinal da Cruz. Ao final, receberão a Capelinha do Jubileu para que em suas casas deem continuidade ao hábito de rezar.
Já para os grupos de catequizandos do 3º, 4º e 5º anos e acólitos, a dinâmica terá por base um coração trancado com um cadeado que representará o coração de cada participante. O coração estará fechado e somente será aberto através da oração. Haverá uma reflexão de que o coração humano só se abrirá para a graça de Deus e para os irmãos quando a oração estiver presente, pois ela é a chave. A proposta é que os adolescentes consigam compreender a importância de rezar. A conclusão deste momento promete ser marcante na vida de cada participante. “O coração de alguém que reza, como se torna um terreno fértil, é agraciado com características do coração de Jesus: fé, amor, bondade, esperança, alegria, misericórdia, humildade, entre tantas outras” (Subsídio da MOVA 2024, p. 17).
Pais vão renovar compromisso de educar os filhos na fé
Depois de terem participado de toda a programação, com a reflexão dos temas propostos e das orações realizadas, o dia da Missão Vocacional será concluído com a celebração eucarística. Nesta celebração, os participantes da Missão – crianças, adolescentes e jovens – colocarão numa caixa os nomes daqueles que estavam presentes no evento – poderão nem saber quem são –, mas que serão incluídas nas suas intenções de oração, pedindo para que Jesus e essa pessoa sejam mais amigas. Contudo, uma presença mais que especial será dos pais nesta missa, pois
em momento específico eles serão convidados ao rito de renovação do compromisso de educar os filhos na fé. Lembra do compromisso assumido no dia do Batismo? “Vocês querem ajudá-las a crescerem na fé, observando os Mandamentos e vivendo na comunidade dos seguidores de Jesus? – Pais e mães responderam: ‘Sim, queremos’”.
A celebração de conclusão da Missão Vocacional anuncia aos participantes a realização do Jubileu “Peregrinos de Esperança”, assim como convida todos a refletir sobre a vocação de cada um.
Tenda da Oração
Visita e adoração pessoal ao Santíssimo Sacramento
A Tenda da Oração é um espaço que ficará à disposição por todo o período de realização da Missão Vocacional. Em cada um dos locais de concentração, os participantes terão a oportunidade de fazer sua adoração pessoal ao Santíssimo Sacramento.
Para facilitar o processo de interiorização do mistério eucarístico, as crianças, adolescentes e jovens recebem um material bastante prático que orienta como pode ser feito
A Missão une a Diocese de Toledo
DECANATO RONDON
17 de agosto
10 paróquias
Paróquias participantes: Cristo Rei (Entre Rios do Oeste), Sagrado Coração de Jesus e Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon), Santa Rosa de Lima (Nova Santa Rosa), Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi), São Luiz Gonzaga (Pato Bragado), Santa Margarida (Vila Margarida), Nossa Senhora Aparecida (Mercedes), Nossa Senhora de Fátima* (Vila Nova) e Santo Antônio** (Formosa do Oeste)
*Por proximidade, a Paróquia participa da Missão Vocacional neste Decanato
esse momento da Adoração. Ele é muito simples, bastando apenas e tão somente disposição e coração aberto, onde se começa com o Sinal da Cruz, seguida da Aclamação conhecida entre os fiéis (“Graças e louvores se deem a todo momento. Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento”), do Ato Penitencial e de breve leitura bíblica, bem como da invocação do Espírito Santo para reconhecer a presença real do Senhor na hóstia consagrada.
DECANATOS PALOTINA/GUAÍRA E ASSIS
29 de junho - 11 paróquias
Paróquias participantes: Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), São Vicente Palotti (Palotina), Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), São Roque (Nova Aurora), Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa), Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand), Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi), Nossa Senhora de Fátima (Maripá) e Nossa Senhora da Glória* (Quatro Pontes).
**Em função da Festa do Padroeiro, a Paróquia participa da Missão Vocacional da data deste Decanato
*Em função da Festa do Padroeiro, a Paróquia participa da Missão Vocacional da data deste Decanato
DECANATO TOLEDO
18 de maio - 11 paróquias
Paróquias participantes: Catedral, São Cristóvão, São Pedro e São Paulo, Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora Aparecida (Ouro Verde do Oeste), Sagrada Família (Toledo), Sagrada Família (Dez de Maio), São Francisco de Assis, Nossa Senhora Aparecida (Toledo), Menino Deus e São Pedro (São Pedro do Iguaçu)
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Instituídos os 19 primeiros catequistas conforme novo ministério da Igreja
A Catequese no Brasil abre um novo tempo com a instituição dos primeiros 19 leigos de todo o País no novo Ministério de Catequista. O ato histórico ocorreu durante celebração realizada no dia 13 de abril, na Basílica de Aparecida, no contexto da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Cada um dos catequistas representou seu respectivo Regional da CNBB. Do Regional Sul 2 (Paraná), a primeira instituída no novo ministério é a catequista Maria Lúcia Pagliari Maciel, da Diocese de Umuarama.
A cerimônia foi carregada de muita emoção e, da mesma forma, inevitáveis as lágrimas entre aqueles instituídos. Isso se deu principalmente ao convite feito pelo presidente da celebração, o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-catequética da CNBB, D. Leomar Brustolin. Num rápido momento de reflexão, ele pediu que cada um pudesse lembrar a pessoa que o convidou para ser catequista; a própria família; e a comunidade de onde cada um vem. O sentimento foi tão forte muito pela compreensão do grande significado desta vocação-missão.
ANÚNCIO E ACOMPANHAMENTO
Em sua homilia, o arcebispo tomou por base duas palavras que expressam a missão do catequista: anúncio e acompanhamento. Ambas as palavras estão na Exortação sobre o Anúncio do Evangelho no Mundo Atual (Evangelii Gaudium), onde o Papa Francisco fala da necessidade de uma catequese querigmática (anúncio) e mistagógica (que acompanha, que conduz ao mistério). “Novos ministérios surgem igualmente para atender necessidades atuais. A instituição do Ministério de Catequista desperta em nós a urgência de fortalecer o anúncio da Palavra de Deus e o devido
acompanhamento das pessoas na comunidade cristã”, afirmou. Desta forma, completou que a instituição do ministério de catequista exige um grande empenho para se dedicar à Palavra de Deus que precisa ser difundida com novo vigor. “É tempo de evangelizar. Como garantir que aquilo que recebemos de nossos pais e avós não seja interrompido? Reconhecer Jesus como Deus e não ter medo são verdades que devem ser anunciadas e conhecidas. Eis a missão da Catequese”, disse D. Leo -
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Primeiros leigos do Brasil instituídos no novo Ministério de Catequista
Catequistas receberam a cruz, o sinal da fé
D. Leomar fez a entrega da cruz para os catequistas
Fotos: Gustavo Cabral
mar aos catequistas chamados pelo Senhor para evangelizar. “Cada um lembre o primeiro chamado que lhe aqueceu o coração e venceu o medo para iniciar a missão”, acrescentou. O rito de instituição dos primeiros
19 catequistas para a Igreja no Brasil foi aprovado pela Santa Sé. Daqueles instituídos, havia apenas um homem; e das mulheres, uma catequista é indígena. A catequista paranaense se dedica há 39 anos nesta missão.
“Vocês são instituídos para servir. É serviço e compromisso com o Senhor e sua Igreja. O que seria da Igreja sem a vossa missão?”, afirmou em sinal de gratidão pela missão que exercem em suas respectivas comunidades.
Formação para o Ministério de Catequista na Diocese
Desde os primeiros tempos, homens e mulheres se dedicam na Igreja como colaboradores na educação da fé. Em maio 2021, na linha do Concílio Vaticano II, o Papa Francisco publicou a Carta Apostólica, sob forma de Motu Proprio – “Antiquum Ministerium” instituindo o Ministério laical do Catequista.
Na Diocese de Toledo este processo está em curso, tendo iniciado nos dias 27 e 28 de abril, sendo a 1ª etapa de um total de seis como Escola Complementar para o Ministério de Catequista.
Toda a formação segue o Documento 112 da CNBB que apresenta os “Critérios e Itinerários para a instituição do Ministério do Catequista”. Os primeiros
que receberão esse Ministério são os catequistas já atuantes, concluintes da Escola Catequética Companheiros de Emaús (considerada a formação básica), indicados pelos párocos; que tenham no mínimo 20 anos de idade e, no mínimo, cinco anos de atuação e experiência na Catequese; e que tenham participado da formação básica complementar proposta pela Diocese, entre outros critérios. O material formativo será a coleção “Catequizar Sempre” do Regional Sul 2. Dos atuais 1.914 catequistas na Diocese, 265 concluíram a Escola Catequética Companheiros de Emaús e estão há mais de cinco anos em atuação, sendo alguns dos critérios para a Escola Complementar. Destes, ao menos 110
aceitaram e disseram sim em se preparar para o Ministério, incluindo-se a equipe diocesana. Esse grupo compõe a primeira turma.
PRÓXIMOS PASSOS
Vale destacar que neste mês de maio, a equipe diocesana da Animação Bíblico-catequética prepara como será o acompanhamento a longo prazo, pois haverá necessidade da formação da Pastoral Vocacional do Catequista. A perspectiva é de que esta Pastoral seja formada entre os participantes da Escola Complementar para o Ministério. Eles contribuirão na reorganização para a formação inicial dos novos catequistas.
61ª Assembleia da CNBB apresenta Mensagem ao Povo Brasileiro
Os ecos da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) serão ouvidos no curto, médio e longo prazos diante das necessidades pastorais da Igreja no País, da sua missão de orientar o povo de Deus nos princípios do Evangelho e por conta de sua inserção na sociedade. Por isso, a divulgação da Mensagem ao Povo Brasileiro é um dos momentos que mais chama a atenção dos católicos e da sociedade no evento que anualmente reúne o episcopado. Ganham destaque alguns temas contidos neste documento emanado da Assembleia Geral no último dia 16 de abril.
que extremismos, desprezando o projeto de fraternidade social, façam do processo eleitoral um palco de intolerância e de ainda mais violência”.
Dos temas, o mais próximo, e que as pessoas já vivenciam, é a respeito das eleições municipais. O País tem mais de 156 milhões de eleitores em 5.570 cidades, dos quais 8,5 milhões estão nos 399 municípios do Paraná e mais de 303,7 mil em 19 cidades que compõem a Diocese de Toledo. O Regional Sul 2 da CNBB edita a Cartilha de Orientação Política 2024 como uma contribuição da Igreja no Paraná aos fiéis, apresentando a política de forma simples e didática, sem posição ideológica, partidária ou de recomendação de um ou outro candidato.
O tema das eleições foi acenado no 12º parágrafo da Mensagem do episcopado ao povo brasileiro, em que sublinha: “Fundamental na vida do Brasil, passados 60 anos do início da ditadura, a democracia ainda precisa de cuidado. Depois do período de sistemáticos e ostensivos ataques, temos a oportunidade de fortalecê-la nas eleições municipais de 2024, através do voto consciente e livre. A consciência cívica deverá estar a serviço dos mais profundos interesses do nosso povo, pois há exigências éticas para a realização do bem comum. Por isso, os cristãos, leigos e leigas, não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). Preocupa-nos
NOTÍCIAS FALSAS E DESINFORMAÇÃO
Um alerta que a Mensagem traz é sobre a desinformação, a disseminação de notícias falsas, a defesa da democracia e o lamentável uso da linguagem religiosa para justificar interesses políticos e econômicos. Tais elementos exigem mais atenção do povo em todos os tempos, mas pode-se dizer em especial em época de eleições. “Continuamos atentos ao lugar e ao espaço social ocupados pelos novos meios de comunicação. O combate à desinformação, às mentiras e às fake news que, frequentemente, usam também a linguagem religiosa para justificar interesses políticos e econômicos escusos, nos exige maior capacidade de enfrentamento e melhores mecanismos para que não seja modificada a soberania do voto. Como disse o Papa Francisco, a Inteligência Artificial corre o risco de ser rica em técnica e pobre em humanidade (cf. Papa Francisco, Mensagem dia mundial das Comunicações de 2024).
Leia a Mensagem na íntegra
A liberdade de expressão não pode estar a serviço da divisão social. A própria democracia é enfraquecida pelo ódio, o fundamentalismo e o populismo”.
DESAFIOS
A Mensagem traz outros temas relevantes para a reflexão dos cristãos e da sociedade em geral que precisam ser enfrentados, dentre os quais todas as formas de violência, corrupção, o nepotismo e o tráfico de influência. “Necessitamos construir a paz que nasce da justiça (cf. Isaías 32,17)”.
Contemplam ainda a Mensagem ao Povo Brasileiro reflexão sobre a precarização do mundo do trabalho e a necessária atenção ao bem-estar humano e oportunidades para os jovens, sublinhando um convite: “Todos os segmentos da sociedade brasileira devem defender a vida na sua integralidade e agir solidariamente em prol de um país economicamente humanizado, politicamente democrático, socialmente justo e ecologicamente sustentável”.
Os eventos extremos climáticos, os cuidados com os biomas, a Conferência do Clima 2025 e a situação dos povos indígenas também sustentam a Mensagem do episcopado brasileiro.
SINAIS DE ESPERANÇA
Em meio a tantas realidades desafiadoras, os sinais de esperança igualmente são apontados na Mensagem. “Comunidades cristãs têm sido exemplos de uma solidariedade concreta, amizade e responsabilidade social. Submetidos às periferias sociais e existenciais, sem condições de enfrentar com dignidade o cotidiano, muitos encontram na comunidade a mão estendida que muitas vezes lhes falta do poder público. Somente a cultura do encontro pode promover uma sociedade mais justa e fraterna”. Por fim, a mensagem convida os cristãos rumo ao Jubileu da Esperança 2025.
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Assembleia da CNBB debateu temas pastorais e de sua inserção na sociedade
Foto: Victória Holzbach
Domingão Vocacional para meninas
As Irmãs Terciárias Franciscanas da Beata Angelina, Pequenas Irmãs da Sagrada Família, Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã, Irmãs da Divina Providência e a Pastoral Vocacional promovem no dia 26 deste mês de maio o Domingão Vocacional para Meninas. Desta vez o Colégio Inco -
Venha participar!
As interessadas deverão ser inscritas por formulário que precisa ser encaminhado pela Secretaria Paroquial ou Animadores para o Whatsapp da Ir.Sueli: (46) 99979-2867. Com a inscrição a candidata será adicionada ao grupo do Whatsapp “Domingão Vocacional para Meninas”, no qual receberá comunicados e informações sobre o encontro.
mar será o anfitrião do encontro. A programação começará às 8h30 com a conclusão às 13h30. Nesse período, adolescentes da Crisma, coroinhas, acólitas com idade entre 12 a 17 anos, participarão de atividades que contribuem com as famílias no despertar vocacional deste público. O Domingão Vocacional está preparado para receber até 35 participantes.
Este é um encontro para as meninas que nunca participaram de encontros vocacionais em casas religiosas. A partir deste encontro aquelas que se interessarem poderão escolher uma congregação religiosa para continuar o seu discernimento vocacional.
Encontros são motivados pelo despertar vocacional de adolescentes
Atividades lúdicas integram a programação do evento
Pastoral avalia implantação da Catequese Batismal nas Paróquias
A Pastoral do Batismo, da Diocese de Toledo, está organizando a implantação de um novo itinerário na preparação de pais e padrinhos. Para isso, recebeu durante encontro diocesano a assessoria do bispo auxiliar da Arquidiocese de Cascavel, D. Aparecido Donizeti de Souza, que conduziu a reflexão sobre a “Catequese Batismal”.
Ele salienta que o Batismo é um Sacramento que compromete a vida toda da pessoa. Contudo, essa compreensão é muito ausente para algumas delas. “Temos tantas pessoas que batizam seus filhos e não demonstram compromisso de fé com a caminhada da própria pessoa de Jesus Cristo. Falta essa catequese de aprofundamento. Portanto, nossa proposta é pensar a catequese personalizada, onde cada um se sinta corresponsável na obra de evangelização e possa sentir ecoar no coração e nos ouvidos o mandato de Jesus”.
Falando aos participantes do encontro diocesano, realizado dia 21 de abril na Paróquia Sagrada Família (Toledo), sublinhou a importância destes que se entregam à ação evangelizadora, por meio da Catequese Batismal na preparação de pais e padrinhos. “É preciso ter essa consciência. A Catequese personalizada favorece que cada um possa interagir, partilhar a compreensão e suas dúvidas, para juntos trilharem um caminho melhor na fé”, considera.
Após a explanação do tema, em grupos, os coordenadores trabalharam três
questões que servem de base para sua atuação. Eles avaliaram se a atual metodologia para a preparação e a celebração do Sacramento do Batismo tem alcançado as pessoas no processo de evangelização. Além disso, apontaram as impressões que tiveram ao entrar em contato com o itinerário “Catequese Batismal” e ainda sugeriram como podem organizar o estudo e a implantação desse itinerário nas Paróquias. Na próxima edição da Revista Cristo Rei, o assessor diocesano da Pastoral do Batismo, Pe. André Fatega, apresentará as indicações dos grupos.
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D. Donizeti fala do itinerário “Catequese Batismal”
Paróquias representadas pelos agentes da Pastoral do Batismo
Valdeci Conrat, coordenador diocesano da Pastoral do Batismo
Solange da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes (Guaíra)
Pe. André Fatega, assessor diocesano da Pastoral do Batismo, conduziu o início do encontro
MARIA MÃE DA IGREJA
A mãe que formou o primeiro sacerdote, Jesus Cristo, continua formando sacerdotes para a Igreja
Maio é todo especial, pois é o mês das mães, o mês Mariano, e o mês em que o Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja, da Diocese de Toledo, festeja se aniversário de fundação.
O Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja foi inaugurado oficialmente no dia 6 de maio de 1979, na cidade de Toledo, mas no dia 15 de fevereiro do mesmo ano já atendia a chegada dos primeiros seminaristas.
O seminário recebeu o nome do título mais recente dado à Mãe de Jesus, durante o Concílio Ecumênico Vaticano II: “Mãe da Igreja”, para colocá-lo sob especial proteção de Maria – mãe e fundadora do primeiro sacerdote, Jesus. A data escolhida foi providencial, pois coincidiu juntamente com o 16º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, instituído pelo Papa Paulo VI, ainda durante o Concílio.
Não bastasse o título de Maria Mãe da Igreja à mãe de Jesus, no ano de 2018 o Papa Francisco publicou um Decreto sobre a Memória de Maria, Mãe da Igreja. O Decreto Ecclesia Mater , publicado em 3 de março daquele ano, determinou a inscrição da Memória da “Bem-aventurada Virgem, Mãe da Igreja” no Calendário Romano
Geral.
Segundo este Decreto, “a feliz veneração em honra à Mãe de Deus da Igreja contemporânea, à luz das reflexões sobre o mistério de Cristo e sobre a sua própria natureza, não poderia esquecer aquela figura de Mulher (cf. Gl 4,4), a Virgem Maria, que é Mãe de Cristo e com Ele Mãe da Igreja. (...) A Mãe, que estava junto à cruz (cf. Jo 19,25), aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificado no discípulo amado, como filhos a regenerar à vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na cruz, dando o Espírito. Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe, confiando-a a eles para que estes a
acolhessem com amor filial”.
Este título à mãe de Jesus e a publicação deste Decreto para celebrar a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, enche de alegria a nossa Diocese de Toledo, por tê-la como Padroeira de seu Seminário Diocesano. Deste modo, ter um seminário nominado Maria Mãe da Igreja, é ter a certeza de que a Virgem Maria ampara os padres e também os seminaristas, pois nas mensagens de Nossa Senhora de Fátima, Maria chama os Sacerdotes de seus filhos prediletos.
É com esta certeza, de que Maria Mãe da Igreja está presente na formação dos novos padres da Diocese, que celebramos, com entusiasmo, neste ano de 2024, os 45 anos do Seminário Diocesano. Que Maria Mãe da Igreja interceda por todos os vocacionados e por nossas famílias.
Pe. Juarez Pereira de Oliveira
Reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja
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Maria Mãe da Igreja na formação dos sacerdotes diocesanos
Seminário Maria Mãe da Igreja: 45 anos de serviço às vocações
FEIRÃO 0,99 0,99 24 , 25 E 26 DE MAIO #D60000
150 Anos de Missão: As Missionárias
Filhas da Sagrada Família de Nazaré
Há 150 anos, em 1874, nasceu uma congregação religiosa que se tornaria um farol de amor, serviço e devoção ao redor do mundo: as Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré. Fundada por São José Manyanet e Madre Encarnación Colomina. Um sacerdote apaixonado pela Sagrada Família e inspirador do Templo da Sagrada Família de Barcelona e uma religiosa devota de fé firme e decidida. Desde sua fundação, a congregação se dedica incansavelmente ao serviço da educação a fim de formar famílias cristãs, inspirando pessoas ao redor do mundo com sua fé e dedicação.
Desde o início, as Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré assumiram o compromisso de seguir os ensinamentos da Sagrada Família. Com amor e humildade, elas se empenharam em viver os valores do Evangelho de Nazaré, buscando sempre servir através de suas atividades missionárias e na educação.
Ao longo dos anos, as missionárias espalharam essa mensagem pelo mundo, estabelecendo comunidades, escolas e missões para atender às necessidades das famílias. Em todos os trabalhos essas mulheres corajosas deixaram um impacto indelével em todas as comunidades que tocaram.
PRESENÇA NA DIOCESE DE TOLEDO
Desde 1982, as Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré estão presentes em nossa Diocese de Toledo com a Escola Nazaré, no município de Jesuítas, formando crianças com valores a fim de que possam ser cidadãos responsáveis e íntegros. Essa presença marcante tem sido um verdadeiro testemunho do compromisso da congregação com a educação integral e a formação de indivíduos conscientes e solidários.
A jornada de 150 anos das Missionárias Filhas da Sagrada
Família de Nazaré é marcada por inúmeras histórias de sacrifício, generosidade e amor incondicional. Cada irmã que dedicou sua vida a esta causa deixou um legado de bondade que perdura através das gerações, inspirando outros a seguirem seus passos e a se comprometerem com o bem comum.
Que este jubileu seja uma oportunidade não apenas de olhar para trás e celebrar as conquistas do passado, mas também de renovar nosso compromisso com a missão e os valores que norteiam o trabalho das Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré. Que possamos nos unir a elas nesta jornada de
amor e serviço, fazendo a diferença em nossas comunidades e no mundo como um todo.
Desde o ano passado as religiosas pelo mundo estão celebrando este marco histórico. Todas as comunidades de alguma maneira se reuniram para festejar o aniversário. Em Jesuítas não foi diferente. No último 21 de abril as irmãs da Escola Nazaré se reuniram com as irmãs de outras comunidades, também com alunos, professores, funcionários e ex-alunos e suas famílias para a celebração eucarística de ação de graças pela onomástica e depois um jantar comemorativo.
Que Deus abençoe abundantemente as Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré em seu contínuo trabalho de amor e que seu exemplo continue a iluminar nossos caminhos e inspirar nossos corações por muitos anos ainda por vir.
Maria Artés I Coma
Professora e coordenadora
Pedagógica da Escola Nazaré de Jesuítas
Douglas Vinicius Mequelin
Grupo de Leigos de Nazaré
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Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré com a equipe de colaboradores da Escola Nazaré, da cidade de Jesuítas
Homenagem às Filhas da Sagrada Família de Nazaré, em Jesuítas
A experiência do Cuidado com a Casa Comum
A Revista Cristo Rei recebe com muita satisfação, entusiasmo e alegria o relato de uma atividade realizada pelo Grupo da Infância Adolescência Missionária (IAM) chamado “Missionários de Jesus”. Esse é um grupo atuante na Capela Sagrado Coração de Jesus – Paróquia Sagrada Família, de Toledo. Quem conta a experiência que o grupo teve ao ajudar no cuidado da nossa Casa Comum é a Emilly Vitória Fiusa, 14 anos.
“Foi criado no ano de 2021 o projeto ‘IAM Sustentável: porque cuidar da Casa Comum também é nossa Missão’. Esse projeto teve como base a encíclica do Papa Francisco, a Laudato Si´. Nela, o Santo Papa fala sobre o cuidado que devemos ter com a nossa Casa Comum, que é o planeta.
Em confraternizações de final de ano, almoços e jantares feitos em nossa comunidade que nós missionários percebemos que o lixo comum e o reciclável estavam sendo jogados juntos, e isso é muito errado, pois acaba contribuindo para a contaminação do meio ambiente. Além de tudo, os recicláveis que poderiam ser reutilizados, vão ser descartados e demoraram muito tempo para se decompor na natureza. Pensando assim, apresentamos as ideias que tivemos para ajudar a nossa Casa Comum ao nosso
pároco, Pe. André Fatega, que nos apoiou. Uma delas foi a instalação de coletores recicláveis no Salão de nossa Capela e a outra foi a de fazer o ‘Dia do IAM Sustentável’. Neste dia, fomos às ruas e recolhemos todos os lixos recicláveis que encontramos. Essa atitude ajuda a diminuir o impacto no meio ambiente e também a diminuição da proliferação da dengue, que em nossa cidade e em nosso País, a cada dia que passa o número de pessoas com a doença aumenta, muitas chegam até a ter dengue hemorrágica! Sabemos que o que fizemos não é suficiente para mudar o mundo, mas temos fé e esperança de que as pessoas sofram
essa conversão ecológica, que a Laudato Si´ nos chama”!
Emilly Vitória Fiusa
Grupo da IAM – Missionários de Jesus Capela Sagrado Coração de Jesus – Paróquia Sagrada Família Toledo | PR
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Emilly chama a atenção das responsabilidades que todos têm com a Casa Comum
Jovem encontra água parada em embalagem plástica
Equipe engajada na IAM Sustentável em Toledo
Até um brinquedo infantil foi encontrado descartado
Diversas mãos da IAM se uniram em prol da Casa Comum
Guias das Oficinas de Oração e Vida celebram a missão
No Domingo da Solenidade de Pentecostes é celebrado o Dia Universal do Guia das Oficinas de Oração e Vida. O Guia é a pessoa que acompanha os participantes (oficinistas) no seu aprendizado da prática de oração, meditação da Palavra e aplicação no seu cotidiano. A Diocese de Toledo conta com Guias com longa dedicação neste serviço eclesial, e uma forma de homenageá-las é conhecer um pouco da sua história. Atualmente são 11 Guias ativas e duas Guias Eméritas, além de uma futura Guia que está em formação. Neste dia 19 de maio, elas participam da celebração eucarística na Igreja São Cristóvão, em Toledo, para agradecer a Deus por esta missão.
A Terezinha Maria da Silva Scherer, da Paróquia Cristo Rei (Catedral), é reconhecida como “Guia Emérita”. Para ela, ser Guia é trazer gravado no coração o desejo de evangelizar, ao mesmo tempo que o próprio Guia se evangeliza na espiritualidade do fundador deste serviço eclesial, Frei Ignácio Larrañaga (1928-2013), constituída pelos ensinamentos de Jesus. “Tem um método a ser seguido que visa orar bem para aprender a viver. O bem que a Oficina proporciona para o próprio Guia e para quem participa é a cura permanente das inseguran-
ças, medos, ansiedades, angústias, que aos poucos se transformam em serenidade e felicidade. Claro, não felicidade plena, pois esta só no céu”, afirma. Nestes 17 anos como Guia, Terezinha tem grande alegria em ver oficinistas motivados na busca por Deus e do entendimento da existência. “É gratificante ver e sentir muitos concluindo os 15 encontros com os olhos, com palavras livres e convic -
tas de que só Deus basta. Os oficinistas passam a conhecer de perto o amor do Pai tão real e pouco experimentado por muitos”, observa.
Maria Fátima Lima Braga, também da Paróquia Cristo Rei (Catedral) é Guia desde 15 de novembro de 1997. Ela se diz feliz e agradecida por tanto amor que Deus lhe proporciona desde quando conheceu as Oficinas de Oração e Vida. “Antes de conhecer as Oficinas, não tinha o hábito diário da oração e da meditação. As Oficinas nos ensinam que devemos ter convivência assídua e desta maneira vou melhorando o modo de pensar e agir, pois a primeira pessoa que precisa melhorar, sou eu. Com as Oficinas, aprendi que devo aceitar em paz os acontecimentos comigo e à minha volta, mesmo assim fazendo o que está ao meu alcance, porém colocando tudo nas mãos do Pai”, afirma. É assim que determinado dia, ao retornar de encontro na Fazenda da Esperança – um lugar onde também as Oficinas de Oração e Vida atuam – disse ter lembrado de uma frase do Pe. Zezinho: “O mundo está melhorando”. “Acredito nisso porque se faço a minha parte, colaboro para que o mundo fique melhor. Assim também colaboram as Oficinas de Oração e Vida”, pontua.
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Maria Fátima e Terezinha prestam homenagem diante do túmulo de Frei
Ignácio Larrañaga, fundador das Oficinas de Oração e Vida (Chile, 2017)
A força da oração na vida de quem reza
Outra história de vida como Guia é da Assunta Bordignon Cassanelli. Ela é Guia desde 20 de junho de 2013 e conta que quando concluiu a formação, sentiu que ingressou num caminho de luz por ter sido chamada por Deus.
“Descobrindo o grande amor que Jesus tem por mim, busco diariamente meios e atitudes para corresponder a este chamado”, diz. Por isso, quando dobra o joelho na data determinada para aplicar a Oficina, sempre pede que seja iluminada pelo Espírito Santo. “A vida se torna leve”, completa.
Assunta passou por uma trágica experiência com a morte da filha – vítima de acidente de trânsito. A neta, que estava no veículo, sobreviveu. Ela credita o fato pelos esforços dos médicos, mas principalmente pelas orações. “Tive a força divina e entreguei nas mãos de Deus, a exemplo de Maria aos pés da cruz. Esta força vem graças à Oficina de Oração e Vida que nos ensina como nos comportar diante dos desafios”, garante.
Clarice Pozzer Salles, Guia desde 18 de novembro de 2000, passou por
situação semelhante, quando uma pessoa muito querida, ainda bebê, foi submetida a três cirurgias em apenas uma semana. “A princípio, os médicos disseram que seria simples. Fiquei muito revoltada com o cirurgião. Não conseguia olhar para ele. Até que um dia antes da 3ª cirurgia fui à capela do hospital e diante do Santíssimo, chorando, orei ao Pai com a oração de acolhida que temos na Oficina. Coloquei nessa oração o nome do cirurgião. Quando saí, repeti: ‘O que faria Jesus em meu lugar?’. Encontrei o
médico. Para minha surpresa, olhei para ele sorrindo. E ele me disse: ‘Amanhã, faremos a 3ª cirurgia’. Respondi: ‘Vai dar tudo certo, pois Deus estará com vocês’. No dia seguinte, o que apareceu nos exames, não estava mais lá. Hoje, aquele bebê está adulto. Louvo e agradeço a Deus. Acredito que a oração faz a diferença e quando acreditamos no poder de Deus, o milagre acontece”, afirma.
Clarice é da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo) e participou do primeiro encontro das Oficinas de Oração e Vida em 1998. “Era uma curiosidade que se tornou encanto”, revela. “Conheci o amor incondicional que Deus tem por mim”, completa. Assim, ela decidiu fazer a formação por um ano e meio para se tornar Guia. “Ser Guia é estar a serviço do Pai e sentir que Ele nos ampara. O que traz de bom é o fato de querer estar em Sua presença e com Ele caminhar”, pontua. Clarice salienta que tanto Guia quanto oficinista aprendem a orar, silenciar, meditar, perdoar e se fortalecer para lidar com as tribulações, maldades, injustiças.
CNLB diocesano participa de Assembleia Regional Sul 2
Em busca de conhecimento e formação para melhorar a organização e presença do Conselho Nacional dos Leigos do Brasil (CNLB) na Diocese de Toledo, o coordenador diocesano deste Conselho, Alex Sander da Silva, participou da Assembleia Regional em que foram estudados os Documentos 62 e 105, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Estes documentos abordam temas sobre “Missão e Ministérios dos Cristãos Leigos e Leigas” e os “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”.
A Assembleia Regional do CNLB Sul 2 foi realizada em março último, na cidade de Santo Antônio da Platina - Diocese
de Jacarezinho. A assessoria coube a Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, da Diocese de Pouso Alegre (MG) e membro da comissão nacional de assessores do CNLB. No evento, foram realizados estudos e debates sobre os documentos referenciais da Assembleia com destaque para a importância do cristão leigo na construção do Reino de Deus e sua vivência cristã e profética na sociedade civil. Laudelino também contribuiu positivamente nos debates internos das dioceses, iluminando os projetos e atividades que cada Diocese, dentro de suas particularidades, pode desenvolver para fomentar a vivência do CNLB local.
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Clarice Salles, Guia desde 2000
Alex (Diocese de Toledo) com o arcebispo de Maringá, D. Severino Clasen, bispo referencial do CNLB do Regional Sul 2
Assunta Bordignon Cassanelli, Guia desde 2013
Centenário do MEJ Brasil é lembrado na Diocese de Toledo
No dia 11 de fevereiro de 1924, na cidade de Itu (SP), na Igreja do Bom Jesus, sob a orientação do Ir. Olavo Pereira da Silva (SCJ) e da zeladora do Apostolado da Oração, dona Maria Augusta Pacheco Jordão, se iniciava no Brasil o primeiro grupo da Cruzada Eucarística. Este grupo tinha como objetivo reunir jovens que, através da espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus, doassem suas vidas rezando pela Igreja, pelo Papa e pela salvação de muitas almas. Jovens que, movidos pelo Espírito Santo, consagravam suas vidas numa entrega total e radical ao Evangelho. Eram jovens que, com seu empenham e testemunho, faziam acontecer em suas comunidades um profundo encontro com o Sacratíssimo Coração de Jesus. Os anos se passaram e outros jovens abraçaram essa causa, fazendo com que as Cruzadas se espalhassem pelo Brasil. Assim os frutos de tão grande obra chegavam às mais distantes cidades e comunidades do Brasil. Junto desse fervilhar de devoção e entrega ao Sagrado Coração de Jesus, o Papa convocava a todos os cruzados para que se entreguassem à uma vivência profunda da adoração eucarística e a recepção da mesma.
Com o passar do tempo a Cruzada Eucarística foi tomando espaço na vida das comunidades brasileiras e de todo o mundo. Em 1962, no começo do Concílio Vaticano II, o Papa São João XXIII mudou o nome de Cruzada Eucarística para Movimento Eucarístico Jovem (MEJ). Nesse período o movimento passou por grandes mudanças e transformações. Contudo, sem jamais perder de vista sua espiritualidade e missão: anunciar ao mundo o Sagrado Coração de Jesus com gestos e palavras.
O MEJ NO BRASIL E NA DIOCESE DE TOLEDO
Ao chegar em 2024 e olhar para trás é momento de celebrar e render a Deus graças e louvores pelos 100 anos do MEJ Brasil, recordando sua caminhada e testemunho. Hoje são mais de 430 grupos espalhados pelo Brasil reunindo cerca de 10 mil jovens.
Na Diocese de Toledo o MEJ tem marcado presença de forma muito singela, junto aos grupos do Apostolado da Oração, os quais são para os mejistas como que luzeiros apontando o caminho.
Para celebrarmos este ano jubilar do MEJ, serão desenvolvidas diversas atividades como encontros nos decanatos, visitas às paróquias para incentivar e levar o MEJ a todos os cantos de nossa Diocese, participação no Congresso do Apostolado da Oração e MEJ, entre tantas outras atividades que estarão acon-
tecendo. Por isso, convidamos a todos para celebrarem junto conosco esses 100 anos de MEJ no Brasil
Que o Sagrado Coração de Jesus derrame inúmeras bênçãos e graças sobre a juventude para que descubra no seu Sacratíssimo Coração a beleza da vida e da entrega. Que Santa Teresinha do Menino Jesus, São Francisco Xavier e Santa Dulce dos Pobres, padroeiros do MEJ, intercedam por esse centenário e por toda a juventude. #SerMEJéBomDeMais.
Hudson Hudy Probst de Lima Coordenador diocesano do MEJ
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Participação dos mejistas no Congresso do Apostolado da Oração realizado no Seminário Santa Mônica (Toledo) com jovens que foram apresentados ao Movimento
João Nicolau, Isadora e Larissa (Diocese de Toledo) na assembleia nacional do MEJ em Curitiba
Juventude mejista mantém o hábito da oração
Realizado em Nova Aurora o encontro de assessores da Infância e Adolescência Missionária
Nova Aurora recebeu o Encontro de Formação dos Assessores da Infância e Adolescência Missionária (Efaiam 2024), da Diocese de Toledo. Realizado nos dias 13 e 14 de abril último, o evento reuniu leigos já atuantes na Infância e Adolescência Missionária, bem como aqueles que ainda são iniciantes na caminhada para que conheçam o carisma
e metodologia da Obra. São pessoas que se colocam voluntariamente na missão de evangelizar crianças, adolescentes e jovens. Durante o encontro foram abordados diversos conteúdo, dentre eles: desenvolvimento das crianças e adolescentes; história e carisma da IAM; padroeiros, fundadores
e símbolos; 12 passos para organizar a IAM; espiritualidade missionária; perfil do assessor; e metodologia das quatro áreas integradas. A Infância e Adolescência Missionária quer suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo nelas o protagonismo na solidariedade e na evangelização.
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Participantes do Efaiam realizado em Nova Aurora
Fotos: Edilaine Moreira (Pitty)
Pe. Vagner conduz momento de espiritualidade no encontro
Pe. Vagner coordenou os trabalhos de formação com sua equipe
Lema da IAM: “Crianças ajudam e evangelizam crianças”
Inicia mais uma Escola para novos Ministros Auxiliares da Comunidade
A Diocese de Toledo recebe com muita alegria os mais de 130 candidatos a Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) que se colocam a disposição para uma jornada de estudos, reflexões e de conhecimento sobre esse ministério não ordenado que importa muito na comunidade de fé. A abertura do período formativo foi feita pelo assessor diocesano dos MAC, Pe. Geraldo Marino Ferreira, que apresentou o cronograma da Escola de formação, mas principalmente a missão do Ministro Auxiliar nas necessidades da comunidade de fé.
Em seguida, a doutora em Teologia, Sônia Färber, conduziu o tema da primeira etapa de formação, realizada dias 13 e 14 de abril último, no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II. Ela apresentou “Chaves de leitura e Introdução à Sagrada Escritura”, detalhando a linha do tempo em que os textos foram escritos, bem como as várias realidades históricas
e redacionais que muitas vezes impressionam os participantes pelas palavras mencionadas e os contextos descritos pelos autores. Na assessoria, Sônia segue a constituição dogmática Dei Verbum (sobre a Revelação Divina), em que a Igreja ensina a ler com o olhar daquele que escreveu, levando em conta os gêneros literários, percebendo as características redacional, teológica, espiritual e simbólica.
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A assessora Sônia conduz a 1ª etapa da Escola de MAC da Diocese de Toledo
Muita atenção nas orientações da assessora Sônia
Participantes se encantam com as explicações da assessora
Número de inscritos mostra disposição dos candidatos a MAC
Despertar para o serviço na comunidade de fé conduz à escola
de formação
Os 50 anos da Paróquia São Francisco de Assis
A beleza das comemorações jubilares numa comunidade de fé está centrada na gratidão a Deus que cada fiel manifesta neste tempo celebrativo. E isso se dá de diversas formas: erguendo as mãos em louvor pelas bênçãos derramadas; no esforço em preparar, organizar e realizar as atividades celebrativas e festivas; na memória que se faz dos primeiros passos até a projeção para fortalecer o processo de evangelização da comunidade.
Para comemorar os seus 50 anos, a Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand) foi inspirada ao escolher o tema “Instrumentos de vossa paz” – que é o primeiro apelo do Padroeiro ao rezar – e o lema “Que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10b). Afinal, a vida plena, onde as pessoas são respeitadas e têm sua dignidade humana preservada, se alcança com a paz entre os povos, a mesma paz que o Ressuscitado ofereceu no reencontro com os discípulos.
Ainda nas comemorações do seu cinquentenário, a comunidade paroquial pôde participar da Missa da Unidade, a chamada Missa dos Santos Óleos, em que toda a Diocese esteve reunida e rezou junto a Semana Santa.
Dias depois, durante celebração própria, em nome da comunidade de fé, o pároco Pe. Leonardo Ribeiro de Souza Castro, recebeu a homenagem prestada pela Câmara Municipal de Assis Chateaubriand, que manifestou voto de “Louvor e Congratulações” pelo cinquentenário de criação da Paróquia. E cada capela, por meio de seus respectivos representantes, recebeu uma recordação deste Jubileu (veja mais na seção “Comunidade Viva”).
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Pe. Leonardo com as crianças com o Tau no peito, símbolo franciscano
Fotos: Pascom/Paróquia São Francisco de Assis
Inscrição alusiva ao cinquentenário de criação da Paróquia
Rito de bênção da placa que simboliza o Jubileu de Ouro
Entrega da homenagem da Câmara Municipal pelos 50 anos de criação da Paróquia
A entrega da homenagem pelo Jubileu de Ouro paroquial
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Festa do Seminário Menor celebra apoio no serviço às vocações
As festividades dos 41 anos do Seminário São Cura d’Ars deixaram muito claro o carinho que nutre a comunidade de fé com a casa de formação dos adolescentes e jovens que são acolhidos pela Diocese de Toledo na cidade de Quatro Pontes. A ação de graças, no último dia 14 de abril, reuniu as famílias dos vocacionados e grande número de fiéis que rezaram pelas vocações, fazendo-os perceber que na missão de batizados todos são convidados a rezar, sim, mas também se empenhar nas atividades de promoção vocacional.
A história do Seminário Menor da Diocese de Toledo está centrada na responsabilidade em acolher e acompanhar os garotos que manifestam o
desejo de conhecer a casa de formação e os caminhos da vocação sacerdotal. Nem todos aqueles que ingressaram com o passar dos anos seguiram na bela jornada formativa, mas fielmente o Seminário vem cumprindo inclusive com
esta missão divina de conduzi-los na descoberta vocacional.
Festejar o aniversário da casa de formação com tantas pessoas participando, entre familiares dos vocacionados, membros das pastorais e movimentos, lideranças de diversas paróquias e incontável número de benfeitores e apoiadores das iniciativas em prol do Seminário é sinal da ação do Senhor que abençoa esse terreno.
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A comunidade de fé reza pelas vocações
Fotos: Juan Matoso
Entronização da imagem do Padroeiro São Cura d’Ars na celebração
Pe. Marcelo e Pe. Solano (reitor e diretor espiritual do Seminário São Cura d’Ars, respectivamente), e Pe. Juarez (reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja) com os seminaristas
A oração é a primeira atitude da comunidade fé pelas vocações
Pastoral da Juventude promoveu 2° Encontrão no Decanato Toledo
Jovens que compõem os grupos de base da Pastoral da Juventude, no Decanato Toledo, estiveram reunidos no Noviciado Nossa Senhora de Lourdes, das Irmãs Franciscanas Beata Angelina, para um encontro muito especial. Foi o 2º Encontrão, realizado no último dia 13 de abril, com o objetivo de viver a missão de uma igreja em constante saída.
Com essa motivação, foi promovida uma dinâmica que levou os jovens às ruas, onde buscaram se conectar com os moradores próximos da casa das Irmãs. O intuito era coletar percepções sobre amizade, amizade social e compreender por que nos dias atuais são enfrentados tantos conflitos e até mesmo guerras.
Ao retornarem ao convento, os jovens compartilharam suas experiências e participaram da reflexão conduzida pelo assessor Cleberson e sua esposa Mariana, através da dinâmica de “lava pés”. Abordaram que o ato de “lavar os pés” é realmente simbólico e poderoso, representando a disposição e humildade para servir. Refletiram sobre a importância do serviço na comunidade e o fortalecimento dos laços fraternos.
Para encerrar o encontro, os participantes cantaram juntos a música “Nova Civilização”, simbolizando a comunhão entre os jovens para a construção de uma nova civilização, levando como centro Jesus e seus ensinamentos.
“Uma pátria mais justa e mais fraterna
Onde juntos construímos a unidade
E ninguém é desprezado porque todos são chamados
Nós sabemos: o caminho é o amor
Um novo sol se levanta
Pois nasce hoje a civilização do amanhã
Uma corrente mais forte
Que o ódio e que a morte
Nós sabemos: o caminho é o amor”
Nova Civilização (PJ e Raiz)
Terra Roxa celebra 63 anos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida
O calendário de maio é aberto em meio às comemorações dos 63 anos de criação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Terra Roxa. A partir de 1º de maio de 1961 esta comunidade de fé passou a caminhar com os novos desafios de evangelização enquanto estrutura paroquial, e desde então segue na sua missão de reunir esta parcela do povo de Deus no seguimento a Cristo.
Os primeiros atendimentos na assistência religiosa a este povo registram a presença dos padres palotinos, como são conhecidos os padres da Sociedade do Apostolado Católico (SAC) e assim acontece até os dias atuais. Hoje, a Paróquia tem como pároco Pe. Erno Aloísio Schlindwein, que foi acolhido pela comunidade em fevereiro deste ano, Pe. Elci Piccin (vigário paroquial) e Pe. Gervásio Piveta (auxiliar).
Todo o trabalho organizado com o passar dos anos fez nascer bonitas experiências de fé entre aqueles que estão nas pastorais e movimentos e outros tantos que já participaram ativamente como leigos engajados na
Aqui somam-se os serviços da Catequese, da Pastoral da Criança, Auxílio Fraterno, Pastoral Familiar, Liturgia, Ministros Auxiliares da Comunidade e todos os demais colaboradores com o processo de evangelização que colocam seus talentos à disposição para o testemunho da fé.
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Participantes do Encontrão da PJ no Decanato Toledo
Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Terra Roxa missão.
Foto: Pascom/Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Terra Roxa
Consagração de crianças e adolescentes da IAM será em Assis Chateaubriand
Neste dia 26 de maio, em celebração eucarística às 10h, acontecerá o rito de consagração de crianças e adolescentes que participam da Infância e Adolescência Missionária (IAM). A missa com este rito será na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand.
Na ocasião, será celebrada a 12ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária, onde crianças e adolescentes farão sua consagração missionária desejando tornar Jesus Cristo conhecido e amado por todos. No rito de consagração elas assumem o compromisso missionário de continuar servindo a Jesus Cristo, através da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária. É um com -
Consagração realizada em 2023 na Igreja São Francisco de Assis, em Assis Chateaubriand
promisso que pede e motiva todas elas a realizar ações concretas dentro da família, na escola e na paróquia. Quem pode ser consagrado? Crianças e adolescentes que participam dos grupos da IAM em suas paróquias e que já têm um ano na Obra, bem como os
que sentem o desejo de continuar servindo Jesus e os irmãos. As crianças consagradas recebem um lenço que simboliza a sua consagração e cada uma escolhe um padrinho de consagração. Consagrar significa dedicar-se a Deus. Tudo aquilo que é consagrado é dedicado para servir ao Senhor e aos seus desígnios. As crianças e adolescentes da IAM são consagradas para empenhar-se no cumprimento dos compromissos da Obra, inspirados pelo exemplo de Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa Mãe, modelo de discipulado e serviço ao Reino de Deus e também pela disposição de São Francisco Xavier e Santa Terezinha do Menino Jesus.
Assembleia da RCC destaca unidade, intercessão pelos grupos
e reforma da sede
A Renovação Carismática Católica, da Diocese de Toledo, realizou sua assembleia no último dia 5 de abril, no Seminário Maria Mãe da Igreja, onde apresentou a prestação de contas e situação financeira atual, mas fundamentalmente partilhou as alegrias advindas da reforma de sua sede, com a apresentação do espaço revitalizado, acolhedor e convidativo para a oração.
Um dos espaços de oração com a reforma da sede da Associação RCC
Portanto, além das questões de ordem administrativa da Associação da RCC, foi destacada a parceria com a Livraria Sagrada Família que expõe seus
produtos nos retiros e repassa 20% do valor das vendas para a entidade, uma vez que a Livraria da Associação foi fechada na época da pandemia.
Além disso, foi mencionada a importância de rezar e interceder pelos Grupos de Oração da Diocese. Desde o dia 8 de abril último, a cada dia da semana vem sendo apresentado um Grupo de Oração para intercessão onde toda Diocese estará unida em oração por um determinado, pelo seu coordenador e servos.
Durante a Assembleia da RCC foram
apresentadas as orientações da RCC estadual: caminhar em unidade; ter a vida de oração; praticar o verbo “Ir” (baseado no Livro do Profeta Jonas), inclusive em busca dos servos afastados; e atuar no acolhimento das pessoas nos Grupos de Oração.
No evento também foi anunciada que está em preparação a Caravana do Ministério de Intercessão para o Encontro em Aparecida (SP), que será de 26 a 28 de julho e também a preparação da Caravana para o Encontro Nacional de Formação (ENF 2025).
Fotos: Alisson Comunicador RCC
Participantes da Assembleia Diocesana da RCC
(45) 3054 8880 @oralunictoledo.draugusto R. Sarandi, 761 - CENTRO | TOLEDO (45) 98816 6000 Responsável Técnico: Dr. Natanael Cristiano Poltronieri - CRO/PR 31.501
O pleno cumprimento da missão de Cristo
Solenidade da Ascensão do Senhor | 12 de maio de 2024
Leituras: At 1,1-11; Sl 46(47),2-3.6-7.8-9; Ef 1,17-23; Mc 16,15-20
Neste domingo toda a Igreja celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor, onde não se faz memória da despedida de Jesus, mas é o momento que se evidencia que Cristo cumpriu a sua missão. Porém, esta missão de Jesus não terminou, ela continua através dos discípulos e da sua Igreja os quais dão testemunho do Ressuscitado. Após cumprir a sua missão com total fidelidade, enfrentando a morte e ressuscitando, Jesus retorna ao Pai, “foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus”. Contudo, permanece ao lado dos seus: “O Senhor os ajudava e confirmava a sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20).
CRISTO QUE CHAMA À CONVERSÃO
Celebrar a Ascensão do Senhor é viver a solenidade de uma vida nova. Pelo caminho da fé reconhecemos Jesus como o Salvador, e pelo Batismo como dom de Salvação, renascemos para esta vida nova em Cristo: “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16,16). Todo cristão batizado torna-se missionário e anunciador da Palavra de Deus. O anúncio do Evangelho é essencialmente transmissão da fé pela Palavra que, por sua vez, não é simples proclamação verbal, mas uma experiência de encontro pessoal com Senhor, o qual chama à conversão.
gestos e da sua vida dedicada ao amor pleno por todos. Assim, ao ser moldado pela vida do Mestre, terão condições de anunciar o Cristo às outras pessoas para que, pelo testemunho, possam também fazer a experiência com o Ressuscitado e tornarem-se missionários do Reino.
O Evangelho é um presente gratuito, não uma doutrina a ser forçada. Portanto, pode ser aceito ou rejeitado. O anúncio cristão só é genuíno se respeitar a liberdade daqueles que o recebem. Assim como toda a decisão tem as suas consequências, o mesmo ocorre com a adesão ao Evangelho. Acreditar significa comprometer-se, aderir a uma forma de vida; é abraçar o amor de Jesus e permitir-se ser transformado por ele e não apenas recitar palavras. A aceitação do Evangelho é simbolizada pelo Batismo, sendo o sinal dessa adesão e comunhão com a comunidade. Aqueles que passam por essa experiência serão salvos, ou seja, terão as suas vidas renovadas, preenchidas de significado, e não mais sujeitas aos efeitos da morte. O não crer é rejeitar o amor de Jesus, o próprio homem se condena deixando de dar sentido à sua vida.
- Você se sente comprometido com o Evangelho?
- Tem percebido os sinais de Jesus em sua vida?
- Consigo compreender, e viver a minha missão?
Quando a comunidade abraça a missão, nunca está desamparada, pois o Senhor está ao seu lado. Um anúncio genuíno deixa marca e tudo transforma. Os sinais tangíveis que acompanham o anúncio não são requisitos para despertar a fé, mas sim resultados dela. Os sinais apenas confirmavam o anúncio.
Na encarnação, através de Maria, testemunhamos nos Evangelhos as obras de Jesus, onde Deus age em um “corpo físico”. Agora, com a Ascensão, a manifestação de Deus não mais ocorre em um “corpo físico”, mas sim no “corpo místico”, que é a Igreja. Assim, nasce a missão salvadora da Igreja, que também é nossa missão. Jesus continua a nos ensinar por meio do mistério da Igreja.
CHAMADOS À MISSÃO
A proclamação do Evangelho exige que os homens façam uma escolha grandiosa na sua vida. Os que aceitarem a proposta realizada por Jesus, alcançarão uma vida plena e definitiva; por outro lado, os que rejeitarem ficarão à margem da salvação. A missão para qual os discípulos foram chamados abrange não apenas os seres humanos, mas todas as criaturas. Tornar-se discípulo significa, primeiramente, aprender os ensinamentos de Jesus através das suas palavras, dos seus
É um grande desafio nos dias de hoje testemunhar o “Reino de Deus”. Muitas vezes, os seguidores de Jesus são alvo de zombaria e desprezo por parte da sociedade, pelo fato de anunciarem que a verdadeira felicidade se encontra presente no amor e na doação da vida. Os discípulos são compreendidos como ignorantes pelo fato de defender a ideia de que a realização plena se encontra presente no amor e na doação de si mesmos aos planos de Deus. Mas devemos ter fé nas promessas de Jesus, permitindo que Ele esteja ao nosso lado e nos fortaleça com os seus sinais e maravilhas, manifestados por meio do nosso testemunho e ações.
Celebrar a Ascensão do Senhor é tomar consciência da missão que recebemos de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15).
Leitura Diária
Dia 13 (Nossa Senhora de Fátima): At 19,1-8; Sl 67(68); Jo 16,29-33
Dia 14 (São Matias): At 1,15-17.20-26; Sl 112(113); Jo 15,9-17
Dia 15: At 20,28-38; Sl 67(68); Jo 17,11b-19
Dia 16: At 22,30;23,6-11; Sl 15(16); Jo 17,20-26
Dia 17: At 25,13b-21; Sl 102(103); Jo 21,15-19
Dia 18: At 28,16-20.30-31; Sl 10(11); Jo 21,20-25
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“Recebei o Espírito Santo”, disse Jesus
Solenidade de Pentecostes | 19 de maio de 2024
Leituras: At 2,1-11b; Sl 103(104),1ab.24ac.29bc-30.31.34; 1Cor 12,3b-7.12-13; Jo 20,19-23
A Páscoa do Senhor trouxe esperança para a humanidade, redimiu seus pecados e demonstrou que o caminho da vida plena é o amor. Não como algo estático e acabado, ou do passado. Com a festa do Pentecostes aprendemos que todos são chamados à santidade em cada tempo e animados pelo Espírito Santo. Assumimos assim a dinâmica da vida com mais empenho e alegria, com ardor missionário e comprometimento com a Boa Nova de Jesus. Queremos acolher este dom de Deus e nos renovarmos com esta unção, vivendo a maturidade da fé. Rezemos também pela Unidade dos Cristãos e pela paz no mundo.
O ESPÍRITO DE DEUS APROXIMA AS PESSOAS
O texto dos Atos dos Apóstolos lembra o milagre de Pentecostes como um marco fundamental para o início e a missão da Igreja. Lucas coloca esse evento 50 dias após a ressurreição para conectá-lo ao Antigo Testamento. Foi quando o Povo de Deus, libertado da escravidão egípcia, acampou ao pé do monte Sinai, 50 dias após a saída do Egito, firmando aliança com o Senhor e se organizando como povo. Assim como naquele tempo foi inaugurada a Primeira Aliança com a promulgação do decálogo, também agora, com os mesmos sinais e prodígios do vento e do fogo, inaugura-se a Nova Aliança, numa perspectiva universal e ecumênica, aberta a todas as línguas e culturas. A Igreja de Jesus Cristo, novo povo, está “cheia do Espírito Santo”, onde todos se entendem e se respeitam, ouvindo falar e testemunhando mutuamente as maravilhas de Deus.
tranhas e profetizar. Sua visão de carisma era muito redutiva e personalista. Paulo vai mais longe. Ele apresenta os critérios básicos de distinção entre o que procede e o que não procede do Espírito de Deus. Longe de atrapalhar, a diversidade de dons e ministérios constitui uma grande riqueza.
É O ESPÍRITO QUE PREPARA PARA A MISSÃO
Na primeira parte do evangelho de hoje vemos como Cristo ressuscitado se manifesta aos discípulos trazendo-lhes a paz. Jesus traz segurança, desperta para uma confiança maior em Deus. Os discípulos estão com as portas fechadas. São medrosos, pois ainda não possuem o Espírito. O medo é um freio que lhes bloqueia a tarefa de testemunhar o Cristo ressuscitado. Jesus reverte esta situação, pois ele é presença animadora e encorajadora na comunidade.
- Qual a frase ou a parte da Palavra que hoje mais tocou o seu coração? Medite-a com mais atenção.
Depois disso, Jesus convida a comunidade e os cristãos de todos os tempos para darem continuidade à sua missão. “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20,21). Quem vai garantir e sustentar a missão da comunidade é o Espírito Santo. E a característica essencial desta tarefa é o perdão, fundamentado no amor misericordioso do Pai. É o que indica Jesus no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7).
- Como você sente e vive em sua comunidade a mensagem de Paulo que fala da diversidade de dons e carismas, mas “o corpo é um”?
- Qual a diferença entre ser enviado com o sopro do Espírito Santo ou ser motivado a trabalhar seguindo somente as próprias ideias?
A DIVERSIDADE DE DONS E MINISTÉRIOS
O Apóstolo Paulo quando escreve aos Coríntios ressalta a riqueza da Igreja na multiplicidade e na diversidade dos dons e ministérios. Porém, em tudo está presente um mesmo e único Espírito. Ele nos encaminha para a unidade, para a comunhão com Deus e os irmãos. Nós reconhecemos essa presença viva do Espírito na medida em que ela nos conduz ao bem comum e à vida fraterna, na caridade, na paz e na alegria de viver.
Os cristãos de Corinto, provavelmente enfrentavam conflitos e divisões internas. Alguns pensavam que ter carisma fosse possuir dons extraordinários, como falar em línguas es-
Portanto, fazendo memória ao Pentecostes, possamos colher bons frutos de nossa experiência de fé com Jesus assumindo os desafios concretos de ser comunidade-Igreja cada dia. Somente abertos a ação do Espírito poderemos encontrar um novo ardor e discernimento na missão. Acolhamos as palavras poderosas da Oração Coleta: “Realizai agora, no coração dos que creem em vós, as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”.
Leitura Diária
Dia 20 (Maria, Mãe da Igreja): At 1,12-14; Sl 86(87); Jo 19,25-34
Dia 21: Tg 4,1-10; Sl 54(55); Mc 9,30-37
Dia 22: Tg 4,13-17; Sl 48(49); Mc 9,38-40
Dia 23: Tg 5,1-6; Sl 48(49); Mc 9,41-50
Dia 24: Tg 5,9-12; Sl 102(103); Mc 10,1-12
Dia 25: Tg 5,13-20; Sl 140(141); Mc 10,13-16
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Mesma natureza e igual majestade
Solenidade da Santíssima Trindade | 26 de maio de 2024
Leituras: Dt 4,32-34.39-40; Sl 32(33),4-5.6.9.18-19.20.22; Rm 8,14-17; Mt 28,16-20
O Batismo nos insere na Igreja, comprometendo-nos no cuidado para com a obra Criadora de Deus Pai, com a salvação pessoal e de nossos irmãos e irmãs, em Jesus Cristo, na busca de uma vida de santidade, na força do Espírito Santo. A Igreja é Santa e pecadora, pois nela, está Deus, com toda a grandeza de sua Divindade e também estamos nós com a fragilidade de nossa humanidade. Eis o desejo do Papa Francisco ao propor para o mundo a reflexão sobre a Sinodalidade, evidenciar a necessidade de todos caminharem juntos, com objetivos comuns na construção do Reino de Deus.
GUARDA SUAS LEIS E SEUS MANDAMENTOS
A história do povo de Deus é um entrelaçamento de busca pela santidade e o apego a materialidade. Já no Antigo Testamento, Moisés chamava a atenção para que, com fé e gratidão, o povo tomasse consciência da ação divina na história da humanidade. Ter presente de que nossa origem é Deus e que para Deus retornaremos, dá sentido e motivação para o agir cristão.
Certos de que a vida não nos pertence, e que estamos neste mundo de passagem, compete-nos buscar compreender qual o chamado de Deus para cada um de nós e nos colocarmos com prontidão na atitude de servos. Há deste modo, a necessidade de uma vida de oração, de escuta da Palavra de Deus, pois, as evidências de Sua presença em nossa vida, podem ser confundidas com desejos pessoais ou influências mundanas. Cada batizado, na vivência do tríplice múnus: sacerdote – profeta – rei, deve se perguntar se o modo como está vivendo é de acordo com a vontade de Deus, ou apenas da própria vontade pessoal. Como a primeira leitura deste domingo nos apresenta, o cumprimento dos mandamentos e das leis divinas como o termômetro que revela se estamos buscando a Deus ou as coisas do mundo.
SOMOS
FILHOS DE DEUS
A Bíblia dá a conhecer que Deus quer a salvação de todos, mas que também ninguém se salva por si mesmo, pois é Deus que age em nós se buscamos as coisas do alto. Papa Francisco ensina que não devemos ter a pretensão de nos colocarmos no lugar de Deus: “porque um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo” (Laudate Deum).
ENSINAI-OS A OBSERVAR TUDO O QUE VOS ORDENEI
Santo Agostinho afirmou que é difícil encontrar uma pessoa que, falando da Trindade, saiba do que esteja falando (Confissões XII, II). Trata-se de uma tarefa – como foi revelado em sonho a Santo Agostinho – não menos impossível do que aquela de uma criança que tenta esvaziar o mar usando uma concha. Segundo Raniero Cantalamessa: “O mistério trinitário é a estrutura mais original da fé cristã. A unidade desse plano salvífico revela a unidade de seus realizadores, como a unidade de estilo de uma obra de arte revela a unidade da mão que a compôs” (cf. O Verbo se fez carne, p. 329-331).
- Como tenho observado os mandamentos da Lei de Deus?
- Tenho assumido em minha vida uma postura que é própria de filho de Deus?
- O quanto já refleti e entendo sobre a Santíssima Trindade?
Deste modo, a Liturgia da Solenidade que hoje celebramos, nos traz a mensagem de que pelo Batismo nos tornamos cristãos, filhos de Deus, com a missão de cumprir com a vontade Divina, manifestando ao mundo o amor de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, como o prefácio da Solenidade da Santíssima Trindade bem ressalta: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Com vosso Filho único e o Espírito Santo, sois um só Deus e um só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que revelastes e nós cremos a respeito de vossa glória atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo. E, proclamando que sois o Deus eterno e verdadeiro, adoramos cada uma das três pessoas, na mesma natureza e igual majestade” (Missal, p. 418). Com a intercessão da Sagrada Família de Nazaré, a bênção de Deus.
Com o salmista, pedimos que a graça de Deus venha sobre nós, da mesma forma como nós esperamos. Logo, se observamos a Lei e cumprimos com os Mandamentos, buscamos as coisas do alto.
São Paulo ao escrever aos Romanos nos transmite que devemos viver segundo o Espírito e não segundo a carne: “O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. E se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele” (cf. Rm 8,17).
Leitura Diária
Dia 27: 1Pd 1,3-9; Sl 110(111); Mc 10,17-27
Dia 28: 1Pd 1,10-16; Sl 97(98); Mc 10,28-31
Dia 29: 1Pd 1,18-25; Sl 147(147B); Mc 10,32-45
Dia 30 (Corpus Christi): Ex 24,3-8; Sl 115(116); Hb 9,11-15; Mc 14,12-16.22-26
Dia 31 (Visitação da Virgem Maria): Sf 3,14-18 ou Rm 12,9-16b; Cânt.: Is 12,2-3.4bcd.5-6; Lc 1,39-56
Dia 1º/06: Jd 17.20b-25; Sl 62(63); Mc 11,27-33
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“A mão de Deus é amor e vida”
9º Domingo do Tempo Comum | 2 de junho de 2024
Leituras: Dt 5,12-15; Sl 80(81),3-4.5-6ab.6c-8a.10-11b; 2Cor 4,6-11; Mc 2,23-3,6
Deus tem uma prioridade conosco: que todos os seus filhos tenham a vida eterna. Vida esta que já começa a ser cultivada aqui quando deixamos Deus nos amar. E para que isto aconteça Ele não mede esforços: enviou o seu próprio Filho para viver entre nós, que sofreu a Paixão, morrer e ressuscitou para nos salvar. Para compreender quão profundo e grande isso é nas nossas vidas, Jesus Cristo nos chama a caminhar com Ele na Liturgia, através de suas palavras, o Evangelho.
As mãos simbolizam as ações das pessoas. Santo Irineu afirma que as mãos de Deus-Pai são as pessoas de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Isso não significa que Jesus e o Espírito Santo são partes, mas que são pessoas que com Ele vivem. É através deles que podemos conhecer Deus Pai que nos ama. Imagine que você ficou muito doente e duas pessoas muito boas vieram cuidar de você de graça. Elas dizem que estão ali porque o pai delas ama muito você e te quer bem. Assim é Cristo e o Espírito Santo conosco, nos livrando dos males para que possamos perceber como o Pai nos ama.
Hoje a Liturgia nos conta duas passagens da vida de Cristo: caminhando com seus discípulos que arrancavam espigas em um dia de sábado e curando um homem da mão seca. Estes acontecimentos nos mostram como as mãos de Deus atuam na nossa vida e como as suas prioridades são nos amar e nos ver bem.
O AMOR É O PODER DE DEUS
que nos saciar. Não se trata aqui da fome que deixa o estômago vazio, mas a fome que deixa a nossa alma vazia. É a fome de vida de que Cristo fala. Quando Davi estava na alegria, Deus estava com ele, e quando Davi estava na tristeza Deus também estava com ele. Assim Deus também está conosco, e nossa fé, seja na alegria ou na tristeza, é sinal visível da sua presença.
PROCURA SER TOCADO PELO AMOR
O amor de Deus nos é dado de graça. Quem ama não é capaz de obrigar que o outro receba o seu amor. O que pode é continuar amando no desejo que seu amor seja acolhido. Antes de nascermos Deus já nos amava com um amor que nunca acaba, nem mesmo quando o abandonamos. Neste caso o seu desejo é que retornemos, pois o amor é melhor expresso quando estamos perto de quem amamos.
Não somos obrigados a amar a Deus, mas somos convidados a amá-lo e devemos porque só em Deus o nosso espírito pode repousar, mesmo durante as aflições. É por isso que precisamos procurar Deus.
- Eu tenho tentado colocar limites para que o amor de Deus me toque?
- Eu tenho colocado limites para que o amor de Deus toque meus próximos?
- Que parte de mim precisa ser restaurada por Jesus Cristo?
O Evangelho de hoje desenvolve-se em cima de uma tensão. De um lado Jesus Cristo; do outro os partidários de Herodes e os fariseus. Isto é, de um lado está Jesus Cristo e do outro representantes dos poderes políticos e religiosos de sua época.
Podemos resumir a tensão através da questão: “Quais são os limites da ação de Deus”? Aqueles judeus queriam impedir o próprio Deus de agir, baseados em uma lei que proibia o trabalho no dia do sábado. Mas ninguém é capaz de impedir o poder de Deus. E o seu grande poder é nos amar. Nem a crucificação de Jesus, nem todos os pecados do mundo e nem mesmo a morte foram capazes de impedir que Ele exercesse o seu poder. O poder de Deus está no amor, e o amor é infinito.
Por isso, Jesus Cristo relembra a passagem quando Davi e seus companheiros, passando fome, entraram no templo e se alimentaram dos pães oferecidos a Deus. O que não podemos esquecer é que Jesus não está apenas contando uma história, é algo muito mais profundo: é o próprio Deus nos mostrando como Ele nos ama.
Agora, com Cristo ressuscitado, o Pão Vivo oferecido a Deus é o próprio Jesus Cristo, e quando temos fome é d’Ele que temos
Assim fez o homem da mão seca do Evangelho de hoje. Ele estava na sinagoga, que era o lugar onde as pessoas se reuniam para escutar a Palavra de Deus. Hoje sabemos que esta Palavra tem corpo e sangue e o seu nome é Jesus Cristo. O homem da mão seca muitas vezes somos nós. Você lembra que as mãos simbolizam as ações? Estamos com as mãos secas quando a falta de amor nos impede de fazer o bem. Por isso precisamos fazer como o homem da mão seca e procurar por Jesus Cristo para que Ele, nos amando, nos traga para o centro, agora não apenas para o centro da sinagoga, mas para o centro da nossa vida que é onde encontramos o poder de Deus: Jesus Cristo que por amor nos toca e cura, restaurando as nossas forças.
Diária
Dia 3/06: 2Pd 1,2-7; Sl 90(91); Mc 12,1-12
Dia 4/06: 2Pd 3,12-15a.17-18; Sl 89(90); Mc 12,13-17
Dia 5/06 (São Bonifácio): 2Tm 1,1-3.6-12; Sl 122(123); Mc 12,18-27
Dia 6/06: 2Tm 2,8-15; Sl 24(25); Mc 12,28b-34
Dia 7/06 (Sagrado Coração de Jesus): Os 11,1.3-4.8c-9; Is 12,2-3.4bcd.5-6; Ef 3,8-12.14-19; Jo 19,31-37
Dia 8/06 (Imaculado Coração de Maria): Is 61,9-11; 1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd; Lc 2,41-51
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Leitura
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A realidade sobre os financiamentos
A coluna deste mês da Educação Financeira para a Vida (EFV) trata de um tema muito importante, um dos produtos financeiros mais procurados pelos brasileiros quando o assunto é realizar sonhos como o da casa própria ou de um novo automóvel: estamos falando dos financiamentos!
Mas será que realmente entendemos como eles realmente funcionam? Será que existem produtos financeiros que os substituem? E como entender qual o momento ideal para financiar um bem? Vem conosco para entender um pouco mais sobre esse tema!
Antes de compreendemos mais sobre o universo dos financiamentos vamos recordar um dos artigos do ano de 2023 (setembro) em que falamos sobre os empréstimos. Quando procuramos financiar algo é porque não temos o dinheiro todo para comprar o bem desejado no momento. Por isso, precisamos relembrar a relação entre tempo e dinheiro. Quando quero antecipar a aquisição de um bem para o qual não possuo renda no momento preciso pagar a mais por isso, e esse pagamento vem sob a forma de “juros”. Os juros são, portanto, o “preço do tempo”. Essa é uma informação fundamental: obviamente, adquirir um bem através de um financiamento tem um custo mais elevado do que o comprar à vista, por exemplo.
Mas, afinal o que é um financiamento? Podemos defini-lo como uma modalidade de empréstimo em que você destina o dinheiro para adquirir um bem específico, como um imóvel ou automóvel. Para comprar
um financiamento você precisa de uma instituição financeira como intermediária na realização do contrato de compra. Nesse tipo de contrato é o próprio bem financiado que serve como garantia de que a dívida será quitada. Portanto, é importante salientar que caso você não consiga pagar as parcelas do seu financiamento você pode perder a posse do bem adquirido. Sendo assim, de forma resumida, podemos dizer que o financiamento é uma maneira de comprar um bem e pagar em médio e/ou longo prazo, com o acréscimo de taxas e juros. Vamos conhecer os principais tipos desse serviço existentes hoje: Financiamento imobiliário: é um
tipo de produto financeiro utilizado exclusivamente para comprar um imóvel, como uma casa ou apartamento. Ele também pode ser utilizado para construir ou reformar um imóvel, seja residencial ou comercial. De acordo com o Serasa, esse tipo de financiamento costuma ter taxas mais baixas que de um automóvel e um prazo mais longo para quitação (até 35 anos). Aqui no Brasil, os recursos para financiar um bem geralmente provêm do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Financiamento de veículos: é um dos formatos mais utilizados pelos brasileiros na hora de comprar um automóvel ou uma moto, seja novo ou seminovo. Nessa modalidade, o con-
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Antes de qualquer decisão, é preciso fazer as contas e avaliar as condições
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tratado repassa o valor do automóvel para a loja que o vendeu, quitando-o. A partir daí, quem comprou o financiamento deve pagá-lo ao banco/ instituição financeira. O prazo de um financiamento de veículos pode chegar a 60 meses e as parcelas são formadas pelo valor do bem, pelos juros e por tarifas, taxas e impostos.
Financiamento estudantil: é uma forma de democratização ao acesso à educação superior. Portanto, alguém que queira investir em sua formação e que não tenha renda para isso no momento pode recorrer a este produto financeiro. Este crédito pode ser oferecido pelas instituições de ensino e também por bancos ou programas do governo. É possível financiar um curso de maneira integral ou parcial.
DISCERNIR ANTES DE FINANCIAR
Conhecidas as principais formas de financiamento é hora de usarmos alguns elementos de espiritualidade, como o discernimento. O financia -
“Como os financiamentos estão associados a bens que representam o sonho de vida das pessoas como uma casa, um carro ou a faculdade almejada, e levam um tempo considerável para serem quitados, o diálogo na família é fundamental”.
mento é uma espécie de cultura no Brasil, e por isso precisamos nos questionar: “Será que eu realmente preciso desse bem neste momento da minha vida? Eu consigo esperar? Existem outras formas de adquirir este produto”? “Ou será que estou seguindo tendências de consumo dos outros: ‘Porque todo mundo financia, então também vou fazer isso’”. Outro elemento que está por detrás disso é a Cultura do Endividamento juntamente com o estilo de vida consumista que nos alerta o Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si´, sobre o cuidado da casa comum.
No processo de discernimento devemos recorrer ao nosso planejamen-
to financeiro e verificar se é possível pagar pelas parcelas do financiamento pretendido. É preciso também levar em conta taxas, tarifas e impostos que podem incorrer quando utilizo o financiamento como meio de compra. Como os financiamentos estão associados a bens que representam o sonho de vida das pessoas como uma casa, um carro ou a faculdade almejada, e levam um tempo considerável para serem quitados, o diálogo na família é fundamental. Outra dica é fazer orçamentos em diferentes instituições financeiras e encontrar a que melhor lhe atenda. E, jamais fique com dúvidas sobre o seu contrato, pois é seu direito compreender perfeitamente todas as condições do seu financiamento. E lembre-se sempre: Educação Financeira é Educação para a Vida!
Ana Carolina Alves e Augusto Martins
Equipe Educação Financeira para a Vida
FAMILIAR
Liturgia da Palavra: diálogo de Deus com seu povo
Já tratamos no artigo anterior sobre o valor da Palavra de Deus e sua importância para a comunidade cristã, que organizou a sua celebração com as duas partes integradas: a Palavra e o Sacramento que estão tão intimamente unidas entre si que constituem um só ato de culto. E, ainda, que as leituras escutadas e meditadas na assembleia reunida são a Palavra viva e atual do Senhor, pois “é Cristo quem fala” (SC nº 7).
Deus nos reúne como assembleia para dialogar conosco e nos comunicar a sua Palavra. Esta Palavra não é um conjunto de vocábulos ou uma sequência de textos escritos e lidos. É um diálogo entre Deus e o seu povo. O Senhor nos fala e nós entramos em diálogo com Ele: ouvindo atentamente, aclamando, atualizando, professando a fé e apresentando nossas preces para vivê-la na celebração e no nosso dia a dia. Pela importância que tem a Palavra de Deus proclamada em nossas celebrações, continuemos nossa reflexão.
UMA LEITURA ABUNDANTE, VARIADA E ADEQUADA DA SAGRADA ESCRITURA
Com a reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II, as leituras da Sagrada Escritura passaram a ser anunciadas nas várias assembleias eucarísticas na língua viva do povo, o que facilitou muito a compreensão da Bíblia por parte de todos. Toda a renovação da Liturgia, realizada a partir do Concílio, trabalhou, pois no sentido de tornar a Palavra de Deus mais próxima da mesa litúrgica dos fiéis. E os seus frutos, possibilitados pela potente e incessante atuação do Espírito Santo na celebração e na vida do povo, podem ser largamente observados hoje em toda a Igreja.
Abrindo a todos de maneira ampla o tesouro da Palavra, a Igreja nada mais faz do que responder de modo positivo à determinação do Concílio, que pedia para o povo cristão uma abundante e variada mesa da Palavra de Deus (cf. SC, nº 35,1).
A Palavra de Deus, quando proclamada nas celebrações, faz com que a
comunidade cristã celebre essa Palavra na sua Liturgia, deixando-se iluminar e alimentar continuamente por ela. Para essa celebração litúrgica, o Concílio determinou que “nas celebrações sagradas seja mais abundante, mais variada e mais adequada a leitura da Sagrada Escritura (SC nº 35). E “para que a mesa da Palavra de Deus seja preparada para os fiéis com maior abundância, abram-se mais largamente os tesouros da Bíblia, de modo que, dentro de um determinado número de anos, sejam lidas ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura” (SC nº 51).
Temos um documento que exprime bem as riquezas da Palavra na celebração e os critérios com que se dispôs a sua distribuição nas diversas celebrações ao longo do ano, é o Elenco das Leituras da Missa (ELM), de 1981. Este documento encontra-se no início dos lecionários. Para todos os fiéis e, principalmente para todos os que proclamam a Palavra nas celebrações, é importante fazer uma leitura e estudo deste documento.
O referido documento (ELM), dando prova do valor que a Palavra voltou a ocupar em nossas celebrações, assim se
expressa: “A Palavra de Deus e o mistério eucarístico foram honrados pela Igreja com a mesma veneração, embora com diferente culto. A Igreja sempre quis e determinou que assim fosse, porque, impelida pelo exemplo de seu Fundador, nunca deixou de celebrar o mistério pascal de Cristo, reunindo-se para ler ‘todas as passagens da Escritura que a ele se referem’ (Lc 24,27) e realizando a obra da Salvação, por meio do memorial do Senhor e dos Sacramentos” (ELM, nº 10).
A comunidade eclesial vai tomando, cada vez mais, consciência de que Jesus Cristo está presente na proclamação da Palavra na Liturgia. Cristo “está presente na sua Palavra, pois, quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Ele quem fala” (SC nº 7; IGMR nº 29) e os fiéis “reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio deles quem lhes fala” (IGMR nº 60), porque “a presença de Cristo é uma só, tanto na palavra de Deus, (...) como ‘especialmente, sob as espécies eucarísticas’” (ELM nº 46).
Não é só na celebração da missa que a Palavra de Deus ocupa lugar de destaque. Também está presente na celebração da Liturgia das Horas, em
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Liturgia
Na Liturgia da Palavra é Deus quem fala e a assembleia ouve atentamente
todos os sacramentos, nas bênçãos, nas celebrações da Palavra e exéquias.
A ESCOLHA DAS LEITURAS
“O tesouro da Palavra de Deus ficará de tal modo aberto que todos os que participam da missa dominical conhecerão quase todas as passagens mais importantes do Antigo Testamento” (ELM, nº 106). Naturalmente que isso se aplica, com maior força ainda, às leituras do Novo Testamento e ao Evangelho.
A abundância de leituras não é oferecida de qualquer modo, mas através de uma sábia didática. Foram escolhidas somente leituras bastante breves e não difíceis para a compreensão dos fiéis.
A escolha de uma passagem da Sagrada Escritura não é feita arbitrariamente, ao acaso. Existem listas, preparadas após longo estudo, com indicação das três leituras e o Salmo para cada domingo. A preocupação fundamental foi a de possibilitar ao cristão que participa regularmente da missa dominical, conhecer os quatro evangelhos completos e partes significativas dos vários livros da Bíblia, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
A atenção para não cansar o povo ou comprometer seu entendimento foi o critério que presidiu a distribuição do tesouro bíblico, em três ciclos distintos, nas missas dominicais. Resolveu-se repartir as leituras ao longo de três anos e caracterizar cada um desses anos por um dos evangelhos chamados “sinóticos”. Assim temos o chamado “ano A”, no qual lemos seguidamente o evangelho de Mateus, o “ano B” com o evangelho de Marcos e o “ano C” dedicado ao evangelho de Lucas. O evangelho de João é lido em parte no ano B, com Marcos, e em parte, nas festas e tempos fortes do Ano Litúrgico, como a Quaresma, o Tempo Pascal.
Há uma certa lógica igual para todos os anos: no início do Tempo Comum, ou seja, naqueles domingos que separam o Tempo do Natal do Tempo da Quaresma, acompanhamos o início da missão de Jesus, como chamamento dos discípulos, a proposta do Reino. No final do Ano Litúrgico, quando vamos chegando perto do Advento, ouvimos as palavras de Jesus e das primeiras comunidades sobre “o fim do mundo”, ou sobre o sentido último de todas as coisas, o chamado “discurso escatológico”.
A primeira leitura é uma passagem tirada do Antigo Testamento, escolhida em função do Evangelho do dia. Com exceção no Tempo Pascal que tem como primeira
“Nas celebrações, a Palavra de Deus deve ser ouvida atentamente e, por isso, não há necessidade da assembleia ter o texto nas mãos para ser acompanhada através da bíblia, folhetos litúrgicos ou outros subsídios e muito menos projetada nos telões ou ainda através dos celulares. Cabe a comunidade investir em preparar bem os leitores e leitoras para que a comunidade ouça e guarde a Palavra proclamada”.
leitura o livro dos Atos dos Apóstolos. O Salmo que vem a seguir é escolhido de acordo com a primeira leitura; é como que uma resposta a esta. A segunda leitura oferece os trechos principais das cartas do Novo Testamento, sem preocupação com as outras leituras. A aclamação ao evangelho muitas vezes tem um verso tirado do próprio Evangelho do dia.
Dessa forma, domingo após domingo, temos a oportunidade de seguir Jesus nos caminhos de sua missão. Em cada um dos acontecimentos que ocorrem no caminho, Deus vai revelando o mistério de Jesus e nós vamos sendo convidados a aderir mais profundamente, mais apaixonadamente a sua pessoa e a sua causa. As leituras bíblicas escolhidas para os dias de semana seguem um esquema de dois anos: anos pares e anos ímpares. Há um evangelho para cada dia, igual nos dois anos. O que muda é a primeira leitura: há uma série para os anos pares e outra para os anos ímpares, alternando textos do Antigo e do Novo Testamento. O salmo acompanha a primeira leitura.
O LIVRO PARA AS LEITURAS
Chama-se lecionário ao livro que contém um sistema organizado de leituras bíblicas para uso nas celebrações litúrgicas. A princípio, a comunidade cristã lia diretamente da Bíblia, com ampla liberdade de seleção, “enquanto o tempo o permite”, como dizia São Justino, pelo ano 150. Mas depressa se viu a conveniência de uma seleção de leituras para os diversos tempos e festas.
As diversas famílias litúrgicas do Oriente e do Ocidente foram configurando, com critérios de seleção próprios, os seus lecionários. Foram quase sempre fiéis às três leituras: o profeta, o apóstolo e o Evangelho, para a Eucaristia.
Na reforma do Concílio Vaticano II, um dos elementos que mais riqueza trouxe à celebração foram os novos Lecionários. Antes, tínhamos um “missal plenário”, com leituras e orações juntas. Agora,
o Missal Romano consta de dois livros: o Missal, que é o livro do altar ou das orações, e o Lecionário, o Elenco das Leituras da Missa. Este último está dividido em vários volumes: o lecionário dominical, em três ciclos (ano A, B e C); o Semanal, em dois ciclos (ano par e ímpar); o Santoral (para as missas dos Santos, dos Comuns, para diversas necessidades e votivas) e, ainda, o do Pontifical Romano; seguindo assim a orientação do Concílio de oferecer ao povo cristão uma seleção mais rica e variada da Palavra de Deus (cf. SC nº 51). A primeira edição latina do novo Lecionário apareceu em 1969. Em 1981, ao publicar-se a segunda, enriqueceu-se notoriamente a sua introdução.
O lecionário usado na celebração litúrgica deve ser digno, decoroso, que manifeste, na sua própria aparência, o respeito que à comunidade cristã lhe merece o seu conteúdo: a Palavra que Deus nos dirige (cf. ELM 35-37). Por isso, é rodeado de sinais de apreço: o que proclama o Evangelho beija o livro, que antes se pode levar em procissão, no início da Missa, e incensar, nos dias festivos.
Aos poucos está sendo introduzido o uso do Evangeliário, que contém somente as leituras do Evangelho. É prescrito que seja trazido solenemente na procissão de entrada e colocado sobre o altar, reforçando a relação que existe entre a mesa da Palavra e do Pão, e de onde, será levado em procissão até a estante da Palavra, o ambão, durante a aclamação ao Evangelho. Depois da proclamação é colocado sobre a credência.
As leituras bíblicas a serem proclamadas encontram-se no Lecionário, que já as trazem na ordem da celebração e do tempo litúrgico. Nas celebrações, a Palavra de Deus deve ser ouvida atentamente e, por isso, não há necessidade da assembleia ter o texto nas mãos para ser acompanhada através da bíblia, folhetos litúrgicos ou outros subsídios e muito menos projetada nos telões ou ainda através dos celulares. Cabe a comunidade investir em preparar bem os leitores e leitoras para que a comunidade ouça e guarde a Palavra proclamada.
O Lecionário proclamado, domingo após domingo, ou dia após dia, à comunidade cristã, é o melhor catecismo aberto, que continuamente alimenta e ajuda a aprofundar a fé (cf. ELM nº 61).
Pe. Sérgio Augusto Rodrigues
Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica e mestre em Liturgia
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53 Liturgia
O amor materno e o compromisso da juventude
Ser mãe é uma vocação e missão natural. Todas as mães merecem receber apoio pela coragem e confiança e por assumirem essa grande responsabilidade. O Dia das Mães é uma ocasião especial para honrar a figura fundamental sem a qual nenhuma família existiria, representando simultaneamente força, carinho e determinação.
Toda família necessita de uma mãe – até mesmo a Família de Nazaré. Não há uma Mãe sem um filho, e nem um filho sem uma Mãe. Assim como vivemos a Quaresma em preparação para a Páscoa, maio nos convida a renovar nossa devoção a Maria e a contemplar seu papel na história da Salvação. Ela foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Salvador do mundo. Sua vida foi marcada por uma profunda entrega a Deus e um amor incomparável por seu Filho.
“Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus, Maria deixou
Um sonho de mãe, Maria plantou”
(Maria de Nazaré - Padre Zezinho)
As mães têm a habilidade de cultivar e transmitir, mesmo nos momentos mais difíceis, o carinho, a entrega e a resiliência. São elas, também, que
repassam o significado mais profundo da experiência religiosa: nas primeiras preces, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende, deixando
assim marcado de forma inesquecível o valor da fé na vida de um ser humano.
O Dia das Mães é uma oportunidade especial para reconhecer e honrar todas as mães, em suas diferentes formas e jornadas. Desde aquelas que carregam seus filhos no ventre até as que os acolhem em seus corações através da adoção, cada mãe desempenha um papel único e essencial na vida de seus filhos e na construção de uma família. É uma ocasião para expressar gratidão pela coragem, sacrifício e amor incondicional que elas demonstram todos os dias.
Na Família de Nazaré, Maria desempenhou um papel central como mãe de Jesus. Sua fé inabalável e sua entrega total à vontade de Deus são exemplos inspiradores para todas as mães e para todos os fiéis. Ela é a intercessora dos desamparados, a protetora dos aflitos, a mãe amorosa que está sempre ao nosso lado, ouvindo nossas preces e guiando-nos com seu amor maternal. Além disso, é importante reconhecer
Ano XXVIII - nº 302 - Maio de 2024 56 Juventude
Mães de jovens envolvidos na Pastoral da Juventude
que existem diferentes tipos de mães, cada uma com suas próprias experiências e desafios. Há mães solteiras, mães adotivas, mães que trabalham fora de casa, mães que lutam contra doenças ou dificuldades financeiras. Cada uma delas enfrenta suas próprias batalhas, mas todas compartilham o mesmo amor inabalável por seus filhos.
AMOR E GRATIDÃO POR TODAS AS MÃES
Neste Dia das Mães, que possamos não apenas homenagear as mães que conhecemos, mas também lembrar daquelas que estão longe de nós ou que já partiram. Que possamos expressar nosso amor e gratidão por todas as mães, reconhecendo o papel fundamental que desempenham em nossas vidas e na sociedade como um todo. Que possamos também nos inspirar no exemplo de Maria, a Mãe de Jesus, e seguir seus passos de amor, fé e devoção. Que
Deus abençoe todas as mães e lhes conceda força, coragem e graça para continuar sua missão sagrada de nutrir e guiar seus filhos no caminho da vida. Para a Pastoral da Juventude, o mês de maio é mais do que uma simples celebração mariana; é um convite para
os jovens se comprometerem com a construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno, seguindo os passos de Maria e de seu Filho Jesus. É um tempo de renovação espiritual, de encontro com Deus e com os irmãos, e de fortalecimento do compromisso com o Reino de Deus. Que neste mês de maio, os jovens possam se inspirar no exemplo de Maria e se empenhar com renovado vigor na construção de um mundo melhor.
Francieli Bolognes
Coordenadora
diocesana da Pastoral da Juventude
Vinicius Pinheiro
Membro da Pastoral da Juventude
Juventude
As mães de “pejoteiros”, os jovens da Pastoral da Juventude
Uma Catequese querigmática e mistagógica
Nos últimos anos temos feito a experiência da Catequese de Inspiração Catecumenal. Isto implica numa forte integração entre a Catequese e a Liturgia, entre a fé ensinada, professada, vivida e celebrada. Tal proposta está sendo aplicada às crianças, aos adolescentes e, sobretudo, aos adultos. Muito nos alegra saber que, em praticamente todas as paróquias de nossa Diocese, temos um bom número de adultos procurando a Catequese. Dentro desta proposta da Catequese de Inspiração Catecumenal queremos destacar o querigma e a mistagogia, nos utilizando das palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho” (Evangelii Gaudium)
“Voltamos a descobrir que também na Catequese tem um papel fundamental o primeiro anúncio ou querigma, que deve ocupar o centro da atividade evangelizadora e de toda a tentativa de renovação eclesial. O querigma é trinitário. É o fogo do Espírito que se dá sob a forma de línguas e nos faz crer em Jesus Cristo, que, com sua morte e ressurreição, nos revela e comunica a misericórdia infinita do Pai. Na boca do catequista, volta a ressoar sempre o primeiro anúncio. ‘Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar, e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar’.
Ao designar-se como ‘primeiro’ este anúncio, não significa que o mesmo se situa no início e que, em seguida, se esquece ou substitui por outros conteúdos que o superam; é o primeiro em sentido qualitativo, porque é o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, de uma forma ou de outra, durante a Catequese, em todas as suas etapas e momentos. Por isso, também ‘o sacerdote, como a Igreja, deve crescer na consciência da sua permanente necessidade de ser evangelizado’.
Não se deve pensar que, na Catequese, o querigma é deixado de lado em favor de uma formação supostamente mais ‘sólida’. Nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio.
Toda a formação cristã é, primariamen-
te, o aprofundamento do querigma que se vai, cada vez mais e melhor, fazendo carne, que nunca deixa de iluminar a tarefa catequética, e que permite compreender adequadamente o sentido de qualquer tema que se desenvolve na Catequese. É o anúncio que dá resposta ao anseio de infinito que existe em todo coração humano.
A centralidade do querigma requer certas características do anúncio que hoje são necessárias em toda parte: que exprima o amor salvífico de Deus como prévio à obrigação moral e religiosa, que não imponha a verdade mas faça apelo à liberdade, que seja pautado pela alegria, pelo estímulo, pela vitalidade e por uma integralidade harmoniosa que não reduza a pregação a poucas doutrinas, por vezes mais filosóficas que evangélicas. Isso exige do evangelizador certas atitudes que ajudam a acolher melhor o anúncio: proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena.
INICIAÇÃO MISTAGÓGICA
Outra característica da Catequese, que se desenvolveu nas últimas décadas, é a iniciação mistagógica, que significa essencialmente duas coisas: a necessária progressividade da experiência formativa na qual intervém toda a comunidade e uma
renovada valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.
Muitos manuais e planificações ainda não se deixaram interpelar pela necessidade de uma renovação mistagógica, que poderia assumir formas muito diferentes de acordo com o discernimento de cada comunidade educativa. O encontro catequético é um anúncio da Palavra e está centrado nela, mas precisa sempre de uma ambientação adequada e de uma motivação atraente, do uso de símbolos eloquentes, da sua inserção num amplo processo de crescimento e da integração de todas as dimensões da pessoa num caminho comunitário de escuta e resposta. É bom que toda a Catequese preste uma especial atenção à ‘via da beleza’ (via pulchritudinis). Anunciar Cristo significa mostrar que crer n’Ele e segui-Lo não é algo apenas verdadeiro e justo, mas também belo, capaz de cumular a vida de um novo esplendor e de uma alegria profunda, mesmo no meio das provações. Nesta perspectiva, todas as expressões de verdadeira beleza podem ser reconhecidas como uma senda que ajuda a encontrar-se com o Senhor Jesus. Não se trata de fomentar um relativismo estético, que pode obscurecer o vínculo indivisível entre verdade, bondade e beleza, mas de
Ano XXVIII - nº 302 - Maio de 2024 58 Catequese
Anúncio querigmático passa pelas tradições em família e segue na vida pessoal
recuperar a estima da beleza para poder chegar ao coração do homem e fazer resplandecer nele a verdade e a bondade do Ressuscitado.
Se nós, como diz Santo Agostinho, não amamos senão o que é belo, o Filho feito homem, revelação da beleza infinita, é sumamente amável e atrai-nos para Si com laços de amor. Por isso, torna-se necessário que a formação na via pulchritudinis esteja inserida na transmissão da fé. É desejável que cada Igreja particular incentive o uso das artes na sua obra evangelizadora, em continuidade com a riqueza do passado, mas também na vastidão das suas múltiplas expressões atuais, a fim de transmitir a fé numa nova ‘linguagem parabólica’. É preciso ter a coragem de encontrar os novos sinais, os novos símbolos, uma nova carne para a transmissão da Palavra, as diversas formas de beleza que se manifestam em diferentes âmbitos culturais, incluindo aquelas modalidades não convencionais de beleza que podem ser pouco significativas para os evangelizadores, mas tornam-se particularmente
“Queremos que nossa Diocese desenvolva uma Catequese querigmática e mistagógica, proporcionando aos catequizandos, não apenas um acúmulo de conhecimentos teóricos sobre o cristianismo, mas uma vivência concreta, na qual os valores do Evangelho sejam sentidos como a presença de Cristo em nossa vida e o mistério da fé continue nos atraindo”.
atraentes para os outros.
Relativamente à proposta moral da Catequese, que convida a crescer na fidelidade ao estilo de vida do Evangelho, é oportuno indicar sempre o bem desejável, a proposta de vida, de maturidade, de realização, de fecundidade, sob cuja luz se pode entender a nossa denúncia dos males que a podem obscurecer. Mais do que como peritos em diagnósticos apocalípticos ou juízes sombrios que se comprazem em detectar qualquer perigo ou
desvio, é bom que nos possam ver como mensageiros alegres de propostas altas, guardiões do bem e da beleza que resplandecem numa vida fiel ao Evangelho” (Papa Francisco. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: A Alegria do Evangelho, Edições CNBB, 2013, n. 163-168).
E assim, inspirados pelas palavras do Papa Francisco, queremos que nossa Diocese desenvolva uma Catequese querigmática e mistagógica, proporcionando aos catequizandos, não apenas um acúmulo de conhecimentos teóricos sobre o cristianismo, mas uma vivência concreta, na qual os valores do Evangelho sejam sentidos como a presença de Cristo em nossa vida e o mistério da fé continue nos atraindo, não como um enigma a ser desvendado, mas como uma força sobrenatural que nos encanta e nos faz silenciar diante da sua beleza.
Pe. Roberto Lopes de Souza
Assessor Diocesano da Animação Bíblico-Catequética
Catequese
A Assembleia Paroquial e o seu valor para a vida da comunidade
Estimado amigo leitor, especialmente você que faz parte do Conselho Pastoral Paroquial (CPP) ou de um dos Conselhos Pastorais de Comunidade (CPC). Neste mês abordamos em nossa coluna o tema da Assembleia Paroquial, o principal momento reflexivo dentro do ano pastoral de uma paróquia.
Estamos no mês de maio, até este momento 28 das nossas 32 paróquias na Diocese de Toledo já realizaram suas assembleias a partir das definições da última Assembleia Diocesana da Ação Evangelizadora, em novembro do ano passado.
Mas afinal de contas: O que é uma Assembleia Paroquial? Objetivamente trata-se de uma reunião de representantes das comunidades, pastorais e movimentos eclesiais da Paróquia para que, juntos, e em harmonia com o pároco e vigários paroquiais, num clima de corresponsabilidade por toda a Paróquia, reflitam e determinem os melhores meios para seu contínuo crescimento em harmonia com as urgências para a evangelização eleitas pela Diocese e pela Igreja no Brasil e no mundo.
A nossa vida de fé, esperança e caridade cresce e se consolida na realidade eclesial onde nos encontramos, mais particularmente em nossa comunidade local e, numa visão maior, na comunidade paroquial. Somos corresponsáveis pelo bem do todo!
TRÊS TIPOS DE ASSEMBLEIAS PASTORAIS
Para entender melhor o processo de consolidação da evangelização em nossas paróquias, é preciso destacar que existem três tipos distintos de assembleias paroquiais
que podem ocorrer.
A primeira delas é a Assembleia de aprovação do Plano Paroquial da Ação Evangelizadora. Deve ser realizada depois da aprovação do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. Sua finalidade é, à luz das prioridades do Plano Diocesano, estudar e refletir a realidade própria de cada comunidade e elaborar o Plano Paroquial da Ação Evangelizadora. Este Plano Paroquial deve ter a mesma duração do Plano Diocesano.
A segunda é a mais frequente e trata-se da Assembleia de Revisão do Plano Paroquial de Ação Evangelizadora. Neste tipo de Assembleia se revê a execução do Plano Paroquial de Ação Evangelizadora. Valorizam-se as realizações, corrigem-se as falhas, des-
Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.
cobrem-se novos e melhores meios para a realização das prioridades e atividades permanentes. É momento importante para se aumentar o ardor pastoral. Deve ser realizada no ano em que não houver a Assembleia Paroquial de aprovação de um novo Plano Paroquial da Ação Evangelizadora. Por fim, a Assembleia Extraordinária poderá ser convocada pelo CPP, a qualquer tempo, quando houver necessidade inadiável de alterar ou propor mudanças nas decisões tomadas e aprovadas em Assembleia passada. Todas as assembleias devem ser preparadas antecipadamente por meio da análise da realidade e de reflexões em cada CPC. No final da Assembleia, todos devem estar animados, dispostos a dar o melhor de si e conscientes das atividades pastorais a serem realizadas. Não basta que os participantes saiam animados de uma assembleia, é necessário que todos tenham entendido as metas propostas e se comprometam a realizá-las na Paróquia.
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Formação CPP/CPC
Nas assembleias paroquiais, lideranças elegem caminhos harmônicos com as urgências da Ação Evangelizadora
Fotos: Pascom/Paróquias Cristo Rei e São Cristóvão
HÁ REALMENTE NECESSIDADE DE ASSEMBLEIAS PAROQUIAIS?
Sim! As assembleias paroquiais são necessárias e é uma das tarefas mais importantes do CPP motivá-las. A comunidade paroquial é uma parte do Povo de Deus. Todos têm o direito e o dever de analisar, refletir e tomar decisões para o benefício de toda a paróquia. São momentos preciosos que impulsionam toda a vida de uma comunidade, pois aperfeiçoam o
“As assembleias paroquiais são necessárias e é uma das tarefas mais importantes do CPP motivá-las. A comunidade paroquial é uma parte do Povo de Deus. Todos têm o direito e o dever de analisar, refletir e tomar decisões para o benefício de toda a paróquia. São momentos preciosos que impulsionam toda a vida de uma comunidade, pois aperfeiçoam o processo de unidade e participação”.
processo de unidade e participação. É sempre bom lembrar que todos os católicos residentes na paróquia podem e devem participar de uma assembleia paroquial. É verdade que aqueles que já estão inseridos na coordenação de alguma pastoral ou movimento tem uma responsabilidade de voto, mas todos são membros da comunidade da matriz ou da capela à qual pertencem, gozando, portanto, de todos os benefícios espirituais e temporais da comunidade e da Igreja. Devem manifestar a sua pertença por meio de uma adesão sincera, fiel e constante, colaborando de todas as maneiras também para o seu crescimento material.
Pe. André Boffo Mendes Coordenador diocesano da Ação Evangelizadora
Vocacional
Com a realização das assembleias, todos devem estar conscientes das atividades pastorais a serem realizadas
Cursilho
Humanização a partir da Eucaristia: a Dimensão de Estudos para o MCC em 2024
Para garantir a unidade e a fidelidade ao método em todo o mundo, o Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) realiza anualmente suas assembleias em nível mundial, nacional, regional e diocesano. Esse é um momento onde se delibera, de acordo com cada realidade, sobre os rumos do MCC, mas sempre alinhados em torno de uma Dimensão de Estudos padrão, buscando uma unidade nas ações e a manutenção do carisma.
Para o ano de 2024 nos é proposto pelo Grupo Executivo Nacional (GEN) a seguinte diretriz de estudo: tema “Sinodalidade na missão do MCC”; lema “Preservar a unidade do Espírito (Ef 4,3), seguindo a verdade em amor (Ef 4,15)”; e a Dimensão 2024: Humanização a partir da Eucaristia.
O tema e o lema já nos são conhecidos, pois fazem parte do triênio 2022 a 2024. O que temos de novidade para esse ano é a Dimensão da Humanização a partir da Eucaristia.
Em outubro do ano passado, na 51ª Assembleia Nacional que ocorreu em Salvador (BA), essa dimensão foi amplamente discutida.
Como fonte e inspiração dos estudos, foi utilizada a Carta Apostólica Desiderio Desideravi, do Papa Francisco, sobre a formação litúrgica do povo de Deus. A metodologia utilizada foi a do “Ver, julgar, agir, avaliar e celebrar” e dentro do Ver foi feita uma abordagem baseada na metodologia “fato-causa-consequência”. Da mesma forma se procedeu na Assembleia Regional do GER Sul 2 PR 1, realizada em Francisco Beltrão e igualmente na Assembleia Diocesana do GED Toledo.
“DE COSTAS PARA DEUS”
Nesses estudos foi identificado que o mundo contemporâneo está de costas para Deus. Estamos sendo seduzidos pela pós-verdade, imersos em uma sociedade líquida, repleta de falsos valores, relacionamentos superficiais,
preocupados unicamente com o próprio prazer, bem-estar e comodidade pessoal.
O processo de secularização, o crescimento da ciência que tenta racionalizar a fé, a valorização do individualismo e do materialismo, a busca espiritual autônoma, as desilusões com a religião são fatores que levam a essa dessacralização do Sagrado ou “mundanismo espiritual”, termo utilizado pelo próprio Papa Francisco (cf. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, nº 93-101).
Como consequência vemos um mundo plural e fragmentado, uma sociedade com diferentes valores e visões de mundo resultando em um relativismo onde cada perspectiva é considerada igualmente válida, dificultando a busca por um consenso de valores.
O consumismo e a espetacularização,
“A cada vez que participarmos da Eucaristia e comungarmos do Corpo de Cristo, possamos lembrar não com o peso da perfeição, mas com a alegria da presença do Cristo, que essa comunhão nos leva para uma missão”.
onde o ter vem antes do ser, fomentados pelo desenvolvimento da tecnologia e da doutrinação das redes sociais com algoritmos que direcionam os conteúdos recebidos, impactam diretamente na vida de Igreja, na estrutura familiar, na formação dos jovens e, por fim, na vida da comunidade, resultando em um mundo individualista e desumano. Nesse contexto, a Dimensão da “Humanização a partir da Eucaristia” nos faz refletir sobre o real sentido da nossa vida.
Na Eucaristia, comungamos do próprio Deus vivo, que deu Sua vida por nós e vem ao nosso encontro. A Eucaristia mais do que o ato de comer o pão eucarístico, nos leva à vida em comunidade, a voltarmos nossa atenção ao próximo, caso contrário, se torna também uma Eucaristia individualista, fazendo-a perder seu real sentido.
Como diz nosso patrono São Paulo Apóstolo, que juntamente com Maria são exemplos de humanização: a Eucaristia é um alimento que nos dá força para “Revestir-nos de sentimentos de compaixão, de bondade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-nos uns aos outros, e perdoando-nos mutuamente (...). Revestir-nos de caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,12-13). Com base nesse denso estudo aqui resumido, foram definidas as metas que o Movimento de Cursilhos irá trabalhar durante o ano de 2024.
Que essa reflexão nos ajude a cada vez que participarmos da Eucaristia e comungarmos do Corpo de Cristo, possamos lembrar-nos não com o peso da perfeição, mas com a alegria da presença do Cristo, que essa comunhão nos leva para uma missão. A missão de seguirmos o exemplo de Cristo, saindo do vazio da individualidade e colocando as necessidades do “próximo” como prioridade, tornando nosso mundo mais humano!
Rafael Hirata Cursilhista da Diocese de Toledo
A
Eucaristia alimenta nossa fé e nos leva para a missão
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CÁRITAS EM AÇÃO
Área de atuação Cáritas: Mulheres e Equidade de Gênero
Neste mês especial, dedicado às mães, queremos chamar atenção para a figura feminina, a qual a Rede Cáritas defende em uma área de atuação específica: Mulheres e Equidade de Gênero.
A Cáritas, seguindo os passos do Mestre, que deixou claro um projeto de vida e de comunhão, inspira-se por defende r todos aqueles excluídos, em especial as mulheres, sempre tendo em vista sua missão de testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social.
Dessa maneira, nós compreendemos que existe uma urgência nas nossas vivências comunitárias e institucionais, de firmar nossas relações de maneira mais equitativa no que se refere a gênero, e a necessidade de buscar um compromisso na justiça para mulheres pretas, brancas, indígenas e de todas as outras etnias. A Rede se compromete com a denúncia de todas as formas de violência e injustiça contra as mulheres e com o fortalecimento da reflexão atuante das mulheres na Igreja, em parceira com as Pastorais Sociais (Marco Referencial, p. 33).
constantemente com a questão de gênero e na Igreja não é diferente.
Estudos recentes dentro das comunidades católicas mostram uma expressiva participação feminina nas Pastorais e nas Comunidades Eclesiais de Base, diferente no que ocorria num passado distante. São mulheres leigas que trabalham voluntariamente, lutando contra problemas de grande legitimidade, como a defesa e promo-
ção da vida e a justiça social, sendo protagonistas, isto é, assumindo papéis de liderança.
Olhando para essa realidade, o Papa Francisco chama atenção para a violência contra as mulheres que está numa onda de crescimento. Diz ele que a violência é: “Uma erva daninha venenosa que aflige a nossa sociedade e que deve ser eliminada pela raiz”. Com o maior número de casos de feminicídio e violência, ocorre também o aumento da preocupação por parte da Igreja. É nesse sentido que o Santo Padre pede que sejam cortadas as raízes culturais e mentais que “crescem no solo do preconceito, da posse, da injustiça”.
Chamamos atenção ainda ao fato que, no princípio, Deus criou homem e mulher e deu a eles a mesma dignidade. A dignidade torna-se um ponto central no cristianismo, pois a vida de cada pessoa é sagrada, por ser criada à imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27). Devemos trabalhar na construção num mundo mais justo, onde essa dignidade seja preservada.
Como muito se vê nos diversos livros de história, podemos notar que diversas mudanças surgiram na sociedade, principalmente a partir da segunda metade do século XX. Surgiram vários movimentos de redefinição dos lugares em que homens e mulheres ocupavam nos lugares públicos e privados, gerando modificações nos padrões de comportamento, principalmente no que se refere a gênero. Tais mudanças ainda são muito presentes nos dias de hoje. Nos encontramos
“Chamamos atenção ainda ao fato que, no princípio, Deus criou homem e mulher e deu a eles a mesma dignidade. A dignidade torna-se um ponto central no cristianismo, pois a vida de cada pessoa é sagrada, por ser criada à imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27). Devemos trabalhar na construção num mundo mais justo, onde essa dignidade seja preservada”.
O Papa Francisco ainda nos convoca para que não fiquemos indiferentes, mas para que ajamos imediatamente, dando voz a tantas irmãs que já não a tem mais e que sofrem caladas. Ele ainda chama atenção que quando ajudamos uma mulher, estamos ajudando toda a humanidade. E é nesse sentido que se dá a atuação da Cáritas, ou seja, queremos ajudar nossas irmãs que sofrem, que são vulneráveis, dando a elas uma posição de paz e serenidade, ajudando-as a se tornarem protagonistas de sua própria história, indo cada dia mais ao encontro do noivo, isto é, Jesus Cristo.
Marcus Vinicius de Jesus Sanita Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo
A conquista de direitos iguais entre homens e mulheres passa pela formação dos valores humanos
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UTI Neonatal ganha novo equipamento para salvar vidas de prematuros
O Projeto Pequeno Amor tem sido uma fonte constante de apoio à UTI Neonatal do Hospital Bom Jesus, com sede em Toledo. Nestes seis anos de atuação, já acumula conquistas significativas, todas impulsionadas pela generosidade e apoio da comunidade, dos parceiros, da equipe da UTI Neo e da Hoesp –Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná, mantenedora do hospital.
“É com grande satisfação que anunciamos mais uma realização desse esforço conjunto: a entrega de uma nova incubadora modelo Duetto 2386. Esta conquista é uma prova clara do impacto positivo que pode ser alcançado quando nos unimos por uma causa especial e representa mais do que apenas um novo equipamento, é um símbolo de esperança e solidariedade, demonstrando que juntos podemos fazer a diferença na vida dos ‘pequenos guerreiros’”, afirma a coordenadora do Projeto, Franciele Felin.
Jesus conta com quatro equipamentos deste porte, sendo três deles adquiridos pelo Projeto Pequeno Amor (um em parceria com a Itaipu Binacional). Os demais leitos da UTI Neo são compostos por berços aquecidos.
O investimento total realizado para a compra do equipamento foi de R$ 133 mil, valor arrecadado pelo Projeto em várias ações realizadas. Com esta entrega, a UTI Neonatal do Hospital Bom
O Projeto
O Projeto Pequeno Amor foi criado em 2017, inicialmente para arrecadação de fraldas. Nestes anos de atuação, várias ações foram realizadas que permitiram a compra de diversos equipamentos, além de melhorias na estrutura interna da unidade e aquisição de
“Um bebê que nasceu com 555 gramas, 29 centímetros, 24 semanas de gestação. Como dar as condições que este bebê tinha naquele útero maravilhoso? É preciso nutrir, dar suporte ventilatório, aquecimento e umidade. Essa incubadora permite dar a maioria do suporte que o prematuro extremo precisa”, comenta o médico João Pedro
A incubadora adquirida é o primeiro equipamento fabricado no Brasil que opera tanto como incubadora neonatal quanto unidade de cuidado intensivo aberta de calor irradiante. Foi desenvolvida nos mais elevados padrões de tecnologia, visando atender às necessidades de um tratamento amplo e seguro, nas mais diversas formas de usabilidade.
materiais de uso contínuo. O Projeto conta hoje com 35 voluntários ativos e no final do ano de 2023, tornou-se uma Associação devidamente constituída. A modernização e aquisição de novos equipamentos da unidade é o foco principal do Projeto para o ano de 2024.
Suas funcionalidades agilizam o atendimento de emergência, além de reduzir situações de locomoção e contato com o paciente, evitando seu estresse. Sua estrutura foi desenhada para reduzir o risco de infecções e facilitar a utilização, proporcionando segurança e conforto ao operador e ao paciente.
UTI EM NÚMEROS
A área de abrangência da Hoep/Bom Jesus onde está a UTI Neo Natal é de 18 municípios pertencentes à 20º Regional de Saúde.
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Voluntárias do Projeto Pequeno Amor, apoiadores do projeto, direção e conselheiros da Hoesp/Bom Jesus, representante do fabricante da incubadora e profissionais especializados da UTI Neo Natal com o novo equipamento
Pontes Câmara, intensivista da UTI Neo.
Campanha do Material Escolar arrecada 1.155 itens, em parceria entre Sicredi Progresso e Sesc
Lápis, cadernos, borrachas, lápis de cor, giz de cera, tintas, estojos e mochilas foram alguns dos 1.155 itens que foram arrecadados na Campanha do Material Escolar, em parceria entre a Sicredi Progresso PR/SP e Sesc. No total, junto de demais parceiros, o Sesc conseguiu 3.122 itens, beneficiando cerca de 1.140 crianças.
Os materiais escolares, novos e usados em bom estado, foram destinados a oito instituições socioassistenciais e prefeituras de Toledo e região: Centro de Artes e Esportes Unificados de Toledo, CMEI Arlindo Campos, CRAS Antonio Barros de Souza, Embaixada Solidária, Núcleo de Atendimento à Criança e Adolescente (NACA), Prefeitura de Francisco Alves, Prefeitura de Ouro Verde do Oeste e ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Município de São Pedro do Iguaçu.
“Pelo terceiro ano, nos unimos ao Sesc para proporcionar que as crianças tenham mais qualidade nas suas atividades diárias. Isso é cooperativismo, é união, é valorizar a comunidade e permitir o desenvolvimento da mesma em todas as frentes que pudermos”, declara o Gerente de Desenvolvimento do Cooperativismo da Sicredi Progresso, Higor Menegon.
A técnica de atividades do Sesc, Bruna Strelin, enfatiza que a Cam-
Os itens foram destinados a oito instituições socioassistenciais que atendem mais de mil crianças e adolescentes
panha busca incentivar as crianças a se dedicarem ainda mais aos estudos tendo seus materiais adequados. “Muitas delas não têm perspectiva de ter materiais e isso para uma criança faz a diferença até em produtividade. Nas entregas sempre vemos o brilho nos olhos de cada uma e o quanto elas se animam muito mais para o dia a dia nas atividades. Essa campanha não é realizada sem essas parcerias que acreditam e investem na vida dessas crianças e adolescentes. Somos muitos gratos”, finaliza Bruna.
Com 42 anos de atuação a Sicredi Progresso PR/SP está presente na vida de mais de 70 mil associados. A Cooperativa possui 23 agências distribuídas nas áreas de atuação, nos estados do Paraná e São Paulo. Destas, 15 estão no Paraná e outras 8 em São Paulo. Seu capital humano conta com aproximadamente 400 colaboradores focados nos valores do cooperativismo e na oferta de produtos e serviços financeiros adequados aos associados, de um jeito simples e próximo. A Sicredi Progresso integra o Sistema Sicredi que está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.
67 Ano XXVIII - nº 302 - Maio de 2024 Ano XXVIII - nº 302 - Maio de 2024 INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO
SOBRE A SICREDI PROGRESSO PR/SP
Equipe Sicredi Progresso e Sesc em entrega oficial dos itens arrecadados
Zico, ex-Flamengo e Seleção Brasileira, estará em Toledo
O ex-jogador de futebol, admirado pela torcida flamenguista e que disputou três Copas do Mundo pela Seleção Brasileira, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, estará em Toledo. Ele abrirá a 16ª edição do Conexão Empresarial, evento de capacitação profissional para empresários e colaboradores que é promovido pela Associação Comercial e Empresarial (Acit). Zico apresentará o tema “Uma história de determinação, liderança e sucesso” na noite do dia 24 de setembro, no Teatro Municipal. A presença de Zico é uma das mais esperadas nesta edição do evento. Depois que se despediu dos gramados brasileiros, o “Galinho de Quintino” (uma referência ao bairro carioca onde viveu sua infância), foi diretor de futebol, comentarista e possui suas escolas de futebol espalhadas pelo Brasil, Estados Unidos e Japão. Um dos destaques é a popularização da arte futebolística brasileira que promoveu no Japão, onde foi técnico e diretor do time Kashima Antlers. E agora, como palestrante, ele vai partilhar com o público um pouco daquilo que os gramados ensinaram nos aspectos da persistência, da conquista de objetivos na profissão e da prática da liderança. Além de Zico, outras duas palestras prometem tocar nas emoções do público e despertar para o empreendedorismo.
No dia 25, o advogado Marcos Rossi abordará o tema “O que é impossível para você?”. Ele nasceu com a Síndro-
me de Hanhart (que impediu a formação completa de seus braços e pernas), mas mesmo assim as limitações não lhe impediram de prosperar na educação, no trabalho, no esporte e lazer. Ele é baterista de escola de samba há 24 anos, DJ, cantor, pratica mergulho certificado com cilindro, surf e skate adaptado. Isso mostra que ele transformou seus desafios em oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Personalidade do Ano e Mulher Mais Influente do País, é destaque no empreendedorismo e na inovação, presente em todas as mídias sociais.
E no dia 26, a palestra será conduzida pela empreendedora Cris Arcangeli, fundadora de cinco empresas, incluindo Phytoervas e Beauty In, pioneira no mercado de beleza natural, criadora do primeiro shampoo sem sal e a primeira semana de moda do Brasil. Como jurada no Shark Tank Brasil e investidora no Fundo Phenix, Cris Incentiva o empreendedorismo e alta performance. Ela falará em Toledo sobre o tema “Futurismo: Como antecipar tendências e sair na frente da concorrência”. Reconhecida com mais de 27 prêmios, incluindo
O presidente da ACIT, Cristiano Dall’Oglio da Rocha, menciona que a edição de 2024 traz três noites intensas de aprendizado, networking e descobertas. “Será mais uma vez, uma oportunidade para vermos de perto grandes nomes que tem muito a contribuir com os negócios de Toledo. Com certeza será mais uma edição de sucesso. Os palestrantes foram escolhidos com cuidado para garantir que o público tenha acesso aos melhores profissionais de suas áreas, podendo aprimorar conhecimentos e práticas no mercado dos negócios e na vida pessoal”, pontua.
C.Vale Cooperativa escolhe presidente-executivo
O economista Edio José Schreiner é o novo presidente-executivo (CEO) da C.Vale Cooperativa Agroindustrial. Ele tem 69 anos e é natural de Santo Cristo (RS). Schreiner é funcionário da C.Vale há 48 anos e, ao longo desse período, foi auxiliar administrativo, passou pela supervisão comercial, gerência de máquinas, peças e acessórios, Divisão
Abastecimento e, por último, ocupava a gerência da Divisão de Comercialização. Ele foi confirmado no cargo pelo diretor-presidente da C.Vale, Alfredo Lang. Muitas cooperativas já passaram por processo semelhante que corrobora com os propósitos de governança para a sustentabilidade dos negócios dos cooperados.
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Promotores do evento e patrocinadores do Conexão Empresarial 2024
de
Edio Schreiner é o CEO da C.Vale
Foto: Divulgação
CRM/PR 29011 | RQE 23728 Dra. Luciana Menezes TransplanteCapilar em Toledo (45)9 9852-1841 Der matologista pioneira na técnica FUE em Toledo. IMED Toledo, R. Santos Dumont, 2708 - Centro @dralumenezesder mato www.transplantecapilartoledo.com.br
Sicoob divulga recorde de R$ 8,4 bilhões em resultados financeiros para cooperados
No exercício de 2023, o Sicoob, instituição financeira cooperativa com 7,9 milhões de cooperados, registrou um montante de R$ 8,4 bilhões em resultados contábeis, representando um aumento de 16,4% em relação ao ano anterior. Esse valor, por si só expressivo, soma-se aos mais R$ 25,7 bilhões de economia comparativa de juros, tarifas e taxas propiciada pelo Sicoob aos seus usuários no mesmo período, além dos mais de R$ 4,2 bilhões de excedentes acumulados que, no final de cada ano, podem ser distribuídos de acordo com o volume das operações realizadas por cada cooperado.
No Sicoob, os cooperados são o ponto central de todas as iniciativas, reconhecidos como proprietários e os principais beneficiários dos resultados da cooperativa. Esta abordagem é incorporada diariamente, garantindo aos donos do negócio acesso a serviços financeiros com taxas e tarifas equitativas, ao mesmo tempo em que eles têm participação efetiva nos resultados econômicos da instituição.
“A distribuição direta de parte relevante dos resultados, benefício adicional à significativa economia auferida durante o ano pelos associados em decorrência da diferença de preços nos produtos e serviços cooperativos, é mais do que uma prática eventual, é um compromisso associado à essência do cooperativismo
Sobre o Sicoob
Instituição financeira cooperativa, o Sicoob tem mais de 7,9 milhões de cooperados e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Oferecendo serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras. É formado por 335 cooperativas singulares, 14 cooperativas centrais e pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), que é composto por uma confederação e
justiça financeira e prosperidade socioeconômica
financeiro. Ao compartilhar os frutos econômicos de nosso trabalho coletivo, fortalecemos os cooperados e, por extensão, as comunidades onde residem e empreendem”, destaca Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob.
O diretor explica que uma parcela dos resultados financeiros, não rateada individualmente entre cooperados, é uti-
lizada para fortalecer a estrutura de capital da cooperativa – fundamental para os investimentos, ampliação de limites operacionais e expansão do empreendimento -, além de ampliar programas de capacitação, assistência técnica e projetos sociais nas localidades atendidas. “Todo o excedente econômico acaba beneficiando, ainda que indiretamente, os cooperados e os territórios assistidos pelas cooperativas”, comenta.
um banco cooperativo, além de uma processadora e bandeira de cartões, administradora de consórcios, entidade de previdência complementar, seguradora e um instituto voltado para o investimento social. Ocupa a primeira colocação entre as instituições financeiras com maior número de agências no Brasil, com mais de 4,6 mil pontos de atendimento, e, em mais de 400 municípios, é a única instituição financeira presente. Acesse www.sicoob.com.br para mais informações.
O aniversário de Toledo será comemorado
Meinen aponta que o compartilhamento dos resultados financeiros é uma forma autêntica de promoção de justiça financeira e de auxílio no desenvolvimento local, práticas essas convergentes com o que o dirigente designa de “novo empreendedorismo”. Essa abordagem também está alinhada ao sétimo princípio cooperativista, que enfatiza o compromisso com o bem-estar da comunidade. “Tão importante quanto isso é assegurar aos cooperados a ampla participação no processo de tomada de decisões. Não há ninguém melhor do que os próprios membros para definir o que é mais relevante para eles e para as suas respectivas regiões”, conclui o diretor.
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O compartilhamento dos resultados pela instituição financeira cooperativa está em consonância com o seu propósito de promover
Foto: Divulgação
Capital Premiado: Sicoob inicia campanha que premiará mais 3,5 mil cooperados
Mais de 7,9 milhões de cooperados do Sicoob podem participar da segunda edição da promoção “Capital Premiado”. Nesta nova edição, a cada R$ 200 integralizados na Conta Capital, os cooperados receberão um número da sorte para concorrer a 3,5 mil prêmios instantâneos de 10 mil pontos coopera disponível na plataforma coopera –programa de fidelidade e shopping virtual da instituição financeira cooperativa. Além disso, serão sorteados 16 carros e 18 motocicletas ao final da promoção.
A promoção estará em vigor até 30 de junho, ampliando as chances para que mais cooperados sejam contemplados. De acordo com o Sicoob, a expectativa é que mais de 3,5
mil cooperados sejam beneficiados. A premiação instantânea será distribuída diariamente, com início em 23 de abril até 10 de julho.
Segundo Valeska Oliveira, gerente comercial de investimentos e previdência, participar da campanha “Capital Premiado” é uma ótima oportunidade para os cooperados, que além de concorrem a prêmios e pontos, têm a chance de contribuir para o crescimento e desenvolvimento da comunidade cooperativa como um todo.
Os códigos de participação podem ser consultados através do site da promoção. O regulamento completo, contendo todas as diretrizes da campanha, está disponível no mesmo endereço.
Queijaria Átani anuncia parceria em “Open de Queijos”
Empreendimentos familiares estão impulsionando o turismo rural na região de Toledo e parceiras estabelecidas estão fazendo surgir novas oportunidades de experiências gastronômicas ao público.
A Átani Queijaria, com sede no Distrito de Vila Nova (Toledo), é um desses empreendimentos que celebra sua inserção na Rota do Queijo Paranaense, após ter passado pelo processo de certificação no Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal
e de Pequeno Porte (Susaf-PR) e realizado uma série de investimentos na sua produção.
No evento chamado “Open de Queijos”, realizado no último dia 13 de abril, perante convidados, a queijaria anunciou uma nova etapa na sua história. É a parceria da Átani com a Vinícola Pedra de Rosetta, com o objetivo de fortalecer ainda mais o propósito de uma experiência turística diferenciada aos consumidores.
No mesmo momento, a Átani Queijaria também celebrou as premiações conquistadas no concurso Queijos do Brasil, com a produção autoral “Dona Rossi” – medalha de bronze, e o Morbier – medalha de prata, avaliados por seleto corpo de jurados especialistas na arte queijeira, veterinários e gastrônomos.
no “Open de Queijos”
Muitos negócios de turismo rural estão surgindo na região, pautados pela atualização dos empreendedores em cursos de capacitação, investimentos em ambientes adequados e pela busca de conhecimento das técnicas de produ-
ção. A Átani Queijaria, por exemplo, está preparada para oferecer cafés e refeições no final da tarde com seus queijos premiados em concurso nacional. Para fazer a sua reserva, basta seguir @atani_queijaria ou entrar em contato pelo telefone WhatsApp (45) 9-9832-8882.
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Produtos da Átani Queijaria
Cirlei anuncia parceria com vinícola Pedra de Rosetta, junto do enólogo João Angheben
Cinco minutos decisivos salvam a vida de mulher em Toledo
O aplicativo foi instalado um dia antes e permitiu que uma equipe da Guarda Municipal de Toledo pudesse conter o agressor na porta da casa da vítima que contava com uma medida protetiva.
Foram cinco minutos decisivos. Esse foi o tempo que a equipe da Guarda Municipal de Toledo precisou para se deslocar até o exato local em que o agressor tentava entrar na residência da mulher que já havia registrado uma queixa e tinha contra ele uma medida protetiva de urgência. Não foi a primeira vez que o agressor tentou aproximação da vítima, sempre de forma violenta.
A vítima acionou o botão assim que percebeu a presença do agressor que acabou preso minutos depois pela equipe e foi levado até a Delegacia de Polícia Civil. O caso foi acompanhado pela Embaixada Solidária, local em que a vítima havia buscado atendimento outras vezes.
A coordenadora de enfrentamento a violência de gênero da Embaixada Solidária, Jaqueline Machado, destaca que a agilidade no atendimento é a principal forma de garantir que situações de risco sejam cessadas e a vida da mulher preservada. “Esse aplicativo significa uma chance real de defesa. Nessas horas é que recordamos de tantos outros casos tristes e fatais que poderiam ser evitados. Em caso de violência contra a mulher não temos soluções prontas, mas precisamos utilizar toda e qualquer
ferramenta que aumente a segurança das mulheres e seus filhos”, destaca a coordenadora, ressaltando que o caso foi encaminhado para a rede de políticas públicas do Município.
MEDIDA PROTETIVA
Mulheres que possuem a medida protetiva de urgência devem solicitar o Botão do Pânico junto ao juiz responsável pelo caso na sua cidade. Vítimas que não têm a medida podem solicitar junto à Justiça por meio da Polícia Civil, da Defensoria Pública ou de um Juiza -
do de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
O dispositivo é um complemento as medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha, que se soma a outros mecanismos de proteção e acolhimento e proteção as mulheres vítimas de violência. Ainda em fase de implantação no Estado do Paraná, já mostra efetividade em Toledo. Ao ser acionado, gera um atendimento de emergência ao local da vítima, baseado na localização do smartphone da solicitante.
Famílias de Guaíra recebem títulos da posse de seus imóveis
O trabalho conjunto realizado pelo Governo do Estado, por meio da Cohapar, e Prefeitura de Guaíra, no Oeste do Paraná, garantiu títulos de direito de propriedade para 98 famílias do loteamento Vila Margarida, no município.
A regularização fundiária foi feita por meio do Programa Casa Fácil, modalidade Escritura na Mão - Morar Legal, e recebeu investimento de mais de R$ 70,8 mil do
Governo do Paraná.
Coordenada pela Cohapar, a iniciativa envolve um conjunto de medidas sociais e de âmbito do Judiciário para conferir segurança jurídica e a posse sobre a moradia para famílias com renda de até três salários mínimos.
Pelo programa, a prefeitura indica áreas passíveis de regularização e a Cohapar contrata, através de licitação, uma empresa
especializada na prestação do serviço para conduzir o processo.
Como é totalmente custeada com recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, os beneficiários recebem a matrícula averbada e registrada no Cartório de Registro de Imóveis sem que precisem pagar nada por isso. Os documentos foram entregues no último dia 12 de abril.
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Mulheres precisam tomar conhecimento dos recursos disponíveis junto às forças de segurança
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Paulo Grenzel é eleito para segundo mandato como presidente da Acimacar
Em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada em abril último, o empresário Paulo Adriano Grenzel foi eleito para seu segundo mandato como presidente da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar).
Seguindo os dispostos no edital de convocação, a votação para eleição da diretoria que ficará à frente da entidade na gestão 2024/2025 foi realizada na modalidade de aclamação, levando em consideração que apenas uma chapa foi inscrita para concorrer ao pleito.
Além da eleição e posse da Diretoria e Conselho Fiscal para a gestão 2024/2025, posterior a votação, também foram apresentados os relatórios de atividades e contábil da gestão 2023/2024, votação do parecer do Conselho Fiscal da gestão 2023/2024, além da apresentação de um vídeo destacando as ações desenvolvidas durante o período.
Na oportunidade também tomaram posse, o novo presidente do Conselho Superior da Acimacar e as novas diretorias do Conselho do Jovem Empreendedor (Cojem) e do Conselho da Mulher Empresária (CME).
A presidência do Conselho Superior da Acimacar foi passada de Legário Gilberto Von Mühlen para Luciano Cremonese. O comando do Cojem foi passado de Alana Kramer Muxfeldt Ferreira para Jaqueline Sott Galvão, e do Conselho da Mulher Empresária de Cirlei Neubeker Nascimento Silva para Cleci Aparecida Teixeira.
Com a presença de diretores, empresários associados e convidados, o evento foi encerrado com um coquetel servido em celebração aos 56 anos de fundação da Acimacar.
Lançado o Projeto
“Integra Cojem”
O Conselho do Jovem Empreendedor de Marechal Cândido Rondon (Cojem Marechal), núcleo vinculado à Acimacar, lançou nesta terça-feira (09) o projeto Integra Cojem. A proposta desta iniciativa é abrir as portas para que jovens empresários se juntem a uma jornada de transformação e fortalecimento do empreendedorismo, passando a integrar o conselho.
O Cojem proporciona um espaço de troca de conhecimentos, experiências e melhores práticas empreendedoras, além de oferecer oportunidades de capacitação, networking e engajamento em projetos
colaborativos dentro do Cojem Marechal, como entre os conselhos da coordenadoria da Caciopar e da Faciap Jovem. “Por meio do Cojem Marechal buscamos desenvolver e fortalecer as habilidades de liderança desses jovens, capacitando-os para serem agentes de transformação na comunidade empresarial local”, enfatiza a atual presidente do Cojem Marechal, a jornalista Jaqueline Galvão.
O projeto está aberto à participação de jovens de 18 a 39 anos, residentes em Marechal Cândido Rondon e que atuem como empreendedores ou lideranças dentro das empresas locais.
Copa Cresol de Vôlei Gigante movimentou idosos da região
O Clube dos Idosos, de Entre Rios do Oeste, reuniu os atletas da Copa Cresol de Vôlei Gigante, uma iniciativa que promove a integração, a saúde e o bem-estar por meio do esporte. O vôlei gigante é uma modalidade adaptada especialmente para idosos. Ao longo do ano, quase 500 participantes de diversas cidades do Oeste do Paraná se envolvem no esporte. A cooperação entre as singulares Cresol Integração, com sede
Esporte reúne atletas da terceira idade em competição regional
em Toledo; Cresol Progresso, com sede em Cascavel; e Cresol Conexão, sediada em Medianeira, possibilitou que os idosos iniciassem uma jornada de integração e fortalecimento de vínculos por meio de treinos e jogos. Esse momento de união entre todos os times foi marcado por sorrisos, abraços e alegria. Os atletas mostraram que a vitalidade e a paixão pelo esporte não têm limites.
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Grenzel salienta unidade pelo associativismo rondonense
Foto: Imprensa/Acimacar
Foto: Divulgação
Educação no trânsito é um dos fatores que preserva a saúde
O que uma campanha de trânsito tem a ver com saúde pública? Tudo! A Campanha “Maio Amarelo” alerta que a pressa em chegar ao destino, associada ao nervosismo e à preocupação com o compromisso para o qual está atrasado, tem levado muita gente aos hospitais. O maior número de vítimas tem sido de motociclistas, os quais tem o próprio corpo como para-choque nas colisões.
É este o grupo de usuários do trânsito paranaense que tem ocupado o maior número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS). São pelos menos 54% das internações registradas no Paraná. As ocorrências que têm sido registradas e feito vítimas os motociclistas estão associadas desde a manobras arriscadas até os acidentes propriamente ditos quando acontecem as colisões contra carros, caminhões e até contra outras motos. Isso exige esforço das estruturas de socorro ao atendimento ambulatorial e internação hospitalar. Em 2020, para cada duas internações hospitalares de vítimas de sinistros de trânsito, uma era de motociclista, conforme apurado pela Secretaria Estadual de Saúde.
O tempo médio de internação varia de acordo com a gravidade da ocorrência de trânsito envolvendo motociclista. A variação leva em conta os órgãos e membros do corpo lesionados e/ou impactados por traumas, principalmente na coluna vertebral, sobretudo na região cervical. Porém, o
que se tem como constatação é que os primeiros atendimentos são de caráter de urgência e emergência, pois as fraturas são abertas ou fechadas, batidas muito fortes na cabeça e no tronco, entre outras situações de grande risco, inclusive de infecções. Já a estatística produzida pelo Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde (2022) revelou que das vítimas fatais, 28,6% eram condutores de moto ou estavam de carona.
Isso evidencia que a violência no trânsito é causa de mortalidade prematura e incapacitação em idade produtiva (a estatística do trânsito revela ainda que a maioria das vítimas nessas condições têm idade entre 18 e 30 anos), o que tem como consequência o aumento nos custos assistenciais em saúde e sobrecarga nos serviços de saúde. Os acidentes geram incapacitações temporárias e até permanentes e, em muitos casos, com a necessidade de esforço para a reabilitação. A maior parte dos acidentes causam mais consequências nos
membros inferiores (pernas), seguida pelos membros superiores, cabeça e coluna. Para evitar tudo isso, especialistas sugerem melhorias na gestão do trânsito e obras de infraestrutura com a devida manutenção. A recuperação da capa asfáltica na via de circulação já contribui para a redução do número de quedas, assim como a sinalização viária em dia. Mas de nada resolverá se não houver consciência dos usuários sobre seu próprio comportamento no trânsito. Imagine que esse quadro pode ser melhorado se todos os condutores – não só de motocicletas – tiverem mais paciência no trânsito, respeito às regras e, principalmente, respeito ao próximo.
No que compete ao nível da educação para o trânsito, a Nota Técnica 01/2021, produzida pelo Comissão Estadual Intersetorial de Prevenção de Acidentes e Segurança no Trânsito do Paraná, salienta que não necessárias ações permanentes de conscientização aos motociclistas. “É preciso consciência de que a motocicleta não é um brinquedo, não se deve fazer manobras arriscadas ou arriscar-se entre veículos com velocidade incompatível à segurança de todos, respeitar a velocidade da via, praticar o ‘guidão defensivo’ e manter a motocicleta com manutenção em dia”, propõe o documento. Mas além disso, até mesmo uma boa conversa em casa com os familiares pode ajudar nesse processo.
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Trânsito saudável é feito do cuidado de todos
Foto: Albari Rosa/AEN
A Casa de Maria – Unidade de Toledo recebeu doações de brinquedos que foram arrecadados durante a Cantata de Natal 2023 organizada pela Sociedade Esportiva e Recreativa (Serprati), que reúne funcionários da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi. As doações vão compor a brinquedoteca da entidade. Anderson Back, regente do coro infantil da Serprati, afirmou que a intenção é ampliar ainda mais ações solidárias e colaborar com outras entidades de Toledo – Foto: Divulgação
Cumprimentos ao Pe. Frei Valdecir Soares, da Ordem dos Agostinianos Descalços, que neste dia 10 de maio completa 16 anos de ordenação presbiteral
Pastoral da Comunicação crescendo na Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand). Na foto: Gabriela Uliano de Lima, Davi Felipe Orlando e Paulo Bazoti
RETIRO COM CRISMANDOS: A preparação dos adolescentes e jovens para a Crisma é constante nas comunidades de fé. Catequistas, com apoio de assessores, preparam os temas para esse momento de reflexão sobre a fé e o próprio Sacramento que é buscado. Na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), reuniu grupos no auditório principal e em salas do centro catequético. O seminarista Joaquim Cardoso contribuiu com seus conhecimentos na proposta da
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Paróquia – Fotos: Patrícia Pelissari
Missa de abertura da Catequese na Paróquia São Luiz Gonzaga, em Pato Bragado
JUBILEU DE OURO DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - ASSIS CHATEAUBRIAND
Nas comemorações alusivas aos 50 anos da Paróquia São Francisco de Assis, o pároco, Pe. Leonardo Ribeiro de Souza Castro, entregou um quadro com o símbolo franciscano contornando as fotos de todas as capelas e da Igreja Matriz. O quadro foi entregue a representante de cada comunidade para marcar este Jubileu paroquial, oferecendo o sentido de unidade na fé. (Fotos: Pascom)
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FELICIDADES
Cumprimentos ao casal Elio e Irene Rodrigues da Silva, da Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado). Com muita alegria e fé, Elio e Irene celebraram 60 anos de casados, com a renovação das promessas matrimoniais. A celebração foi acompanhada pelo pároco, Pe. Antonio Carlos Pereira da Silva no último dia 13/04 – Fotos: Marcia Cristina Hosda Vicente
É tradição na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), a Missa dos Enfermos. O Pe. Valdecir Trajano acolhe os fiéis que se aproximam deste Sacramento e reza, conforme prescrito, para que a misericórdia do Senhor alcance o doente e restitua a saúde da alma e do corpo, bem como para que permaneça forte na fé e firme na esperança – Foto: Patrícia Pelissari
Encontro Diocesano da Pastoral da Sobriedade realizado na Capela São Miguel, em Assis Chateaubriand (14/04), com participação dos grupos de mútuaajuda da Diocese. Foram cerca de 180 participantes oriundos de Toledo, Ouro Verde do Oeste, Jesuítas, Formosa do Oeste, Nova Aurora, Iracema do Oeste e os anfitriões de Assis Chateaubriand. No evento teve animação e até o assessor diocesano, Pe. Laudemir da Rocha, entrou na dança. O leigo Cosme, do Rio de Janeiro, partilhou um testemunho de amor a Deus e de restauração de sua vida
Casais participantes do 4º Encontro de Matrimônios do Movimento Hogares Nuevos – Obra de Cristo, cuja etapa foi realizada em 7/04 na Capela Nossa Senhora das Dores – Paróquia São Cristóvão (Toledo)
A coordenadora diocesana da Infância e Adolescência Missionária, Nayr Riba, e o seminarista Gabriel Crome no Encontro de Formação para Assessores (Efaiam) realizado em Nova Aurora (13 e 14/04)
O Grupo de Jovens JUC (Paróquia Santo Antônio) promoveu a ação solidária “Páscoa da Alegria” para celebrar a ressurreição de Jesus. Na ocasião, foram distribuídos 460 kits de chocolates e doces para as crianças. A ação ocorreu na Praça Enio Pipino, em Formosa do Oeste
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O TESTEMUNHO DA FÉ DEVE
REPERCUTIR NO
DIA A DIA DO CRISTÃO
As experiências proporcionadas pela Semana Santa, no final de março último, estão reunidas em diversos registros fotográficos que os fiéis realizaram no período. Com muita alegria, a Revista Cristo Rei recebeu inúmeras fotos desta ocasião tão significativa para a comunidade de fé e partilha essas memórias em nossas páginas, mostram o zelo com as celebrações litúrgicas do Tríduo Pascal que conduziu ao Domingo da ressurreição. Celebrações muito bem preparadas e conduzidas para que os fiéis tivessem a oportunidade de crescer no testemunho cristão. Devido a tantas colaborações e a capacidade limitada de publicação, aqui estão reunidos alguns dos principais momentos vividos pelas paróquias que decidiram realizar essa partilha com você que lê a Revista Cristo Rei. São registros de momentos das celebrações dos Santos Óleos (missa da unidade em Assis Chateaubriand, antecedida pelo retiro do clero), da celebração da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, da Sexta-feira da Paixão (com a Via-Sacra encenada), Sábado Santo (com batizados) e o Domingo da Ressurreição.
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Na Paróquia São Pedro (São Pedro do Iguaçu) outro empenho e dedicação registrados na encenação da Paixão que teve duração de uma hora e 15 minutos. O pároco, Pe. Valdecir Gaias, conduziu a reflexão inicial. A encenação foi dirigida pela leiga Soraya Rossoni e contou com a participação do Grupo de Oração Jovens Resgate, Terço dos Homens, Pastoral da Música e de outras pastorais e movimentos. (Fotos: Pascom)
O Grupo de Jovens ABC , da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova) foi responsável pela Via-Sacra. O pároco, Pe. Inácio Scherer, agradeceu aos jovens pelo esforço e a comunidade pela presença, e os motivou com a frase de São Francisco de Assis: “Se você quiser servir a Deus, faça poucas coisas, mas as faça bem”.
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Na continuidade das celebrações da Semana Santa, recordamos a cena do lava-pés (Quinta-feira) e o rito de apresentação do Círio Pascal (Sábado Santo) na Paróquia Cristo Rei de Entre Rios do Oeste.
Já na Paróquia Santo Antonio (Formosa do Oeste) jovens entoam cânticos na encenação da Ressurreição.
E na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), vemos o grupo de coroinhas e o rito do lava-pés com leigos da comunidade.
Na Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo), a Via-Sacra emocionou os participantes. Matheus Varella (que representou Jesus) amparou o garoto Benício (foto). Conforme relato do Alessandro de Lara para a Revista Cristo Rei, o garoto disse: “Para!”, pensando que a cena de Jesus sofrendo era algo real. “Será que ainda temos a sensibilidade de uma criança para nos compadecer da dor do nosso próximo?”, escreveu. (Foto: Matheus Gabriel e Alessandro de Lara)
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O Grupo Jovens Unidos na Fé (Junf) da Capela São Valentim, Linha Carajá – Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), completou 10 anos seguidos de dedicação com a Via-Sacra encenada, sendo que apenas em 2020 não ocorreu devido a pandemia de covid-19 (Fotos: Milene Shimen)
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Na Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand) foram realizados Batizados na conclusão da Semana Santa. Um dos momentos marcantes, flagrado pela Pascom, foi da criança sendo ensinada no caminho da oração diante do Santíssimo.
Em Tupãssi, os fiéis da comunidade Matriz Nossa Senhora de Lourdes se reuniram em volta do Santíssimo Sacramento (Quinta-feira Santa) para a Adoração. No Sábado Santo, alguns membros da comunidade receberam Sacramentos da Iniciação: Batismo, 1ª Eucaristia e Crisma. Já no Domingo de Páscoa, às 6h30, houve momento de partilha da comunidade com o café da manhã após a Celebração da Santa Missa. (Fotos: Pascom)
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa) todos os dias da Semana Santa – do Domingo de Ramos ao Domingo da Páscoa –registram grande presença dos fiéis. A “Vigília com Jesus”, durante toda a noite de quinta-feira, foi conduzida pelas pastorais e movimentos e na Sexta-feira a Via-Sacra foi realizada pelos jovens. Foto: Pascom/Paróquia Nossa Senhora Aparecida
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Encontro de espiritualidade, renovação e celebração de envio dos Ministros Auxiliares da Comunidade da Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste)
Procedimento de avaliação sanitária no abate de frangos é regulamentado no Brasil
Subsidiado por pesquisa da Embrapa Suínos e Aves (SC), o Sistema de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), incorpora a partir de agora um procedimento inédito para garantir uma identificação mais eficaz de riscos de contaminação da carne por microrganismos no abate de frangos de corte. Trata-se da implementação, em seus autocontroles, do monitoramento microbiológico do desempenho higiênico-sanitário do processo de abate, com indicadores de limites para a Enterobacteriaceae – bactérias encontradas no trato gastrointestinal dos animais. Essas bactérias são consideradas importante indicador da qualidade higiênico-sanitária do processo de abate e como indicador potencial da presença ou ausência de Salmonella spp, uma das principais causas da condenação das carcaças nos frigoríficos. O novo procedimento foi oficializado pela Portaria SDA/MAPA Nº 1.023, publicada no dia 29 de fevereiro, e abrange abatedouros frigoríficos registrados no SIF, vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (Dipoa) do Mapa.
O projeto e suas contribuições
em frigoríficos e favorece a avaliação dos riscos de contaminação nesse processo
“A partir da aplicação desse procedimento, os frigoríficos têm como avaliar efetivamente o risco que o seu processo apresenta à saúde. Outra vantagem é que, com base nessa avaliação, será possível identificar os lotes de produção com problemas e agir com medidas específicas no seu sistema de abate”, explica o pesquisador da Embrapa, Luizinho Caron.
O projeto de “Revisão e Modernização do Sistema de Inspeção Federal – SIF” foi uma demanda do Dipoa/Mapa ainda em 2016 e envolveu parceiros como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Federal Catarinense – Campus Concórdia (IFC-Concórdia), Universidade de São Paulo (USP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Chapecó). O objetivo é colocar em prática um modelo de inspeção baseada em risco para avaliar sua eficácia com base na análise de carcaças para detecção de Salmonella spp.
PERDAS ATINGEM CERCA DE 6% DAS CARCAÇAS
No processo de abate as carcaças de frangos com alterações ou contaminações são condenadas, atingindo aproximadamente 5,99% das aves abatidas, as quais são destinadas à produção de produtos não comestíveis. Essa condenação tem base na avaliação do animal “ante” e “post mortem”, mediante alterações em características físicas, que classificam a carcaça como condenada parcial ou total, sendo 85% e
15% do total de condenação. Segundo pesquisadores da Embrapa, as principais causas de condenações registradas pelo SIF durante o abate de frangos são as contaminações gastrointestinais, com 26,2% das condenações. Depois, vem as condenações por lesões traumáticas com 24,8%, lesões de pele inespecíficas com 13,3% e 35,7% sendo por outras causas. Ainda de acordo com o pesquisador, nos frigoríficos brasileiros as partes contaminadas são refiladas pelo Serviço de Inspeção, seguida da remoção da contaminação visível no Ponto Crítico de Controle. “O nosso trabalho avaliou a eficácia do processo de refile sobre a contagem de Enterebacteriaceae, que são um importante indicador da qualidade higiênico-sanitária do processo de abate e presença ou ausência de Salmonella spp.”, explicou. Outro destaque desse trabalho é que “a partir da aplicação desses procedimentos, os frigoríficos poderão ter diminuição na condenação de carcaças por avaliar efetivamente o que apresenta risco à saúde”.
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O novo procedimento traz avanços na modernização do abate
(Monalisa Leal Pereira, da Embrapa Suínos e Aves)
Fotos: Lucas Scherer
Paraná anuncia taxação do leite em pó e do queijo mussarela importados
O Governo do Paraná, em parceria com entidades do setor privado, está articulando soluções para a crise da bovinocultura leiteira. Uma das maiores preocupações dos produtores no momento é a concorrência diante da importação de leite de países do Mercosul. Segundo o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária, que acompanha o comércio de produtos agropecuários, o Paraná importou 6,5 mil toneladas de leite em pó no ano passado a um custo de US$ 24,6 milhões.
Do total, 2,8 mil toneladas vieram da Argentina, custando US$ 10,9 milhões, o mesmo volume do Uruguai, por US$ 10,8 milhões, e as outras 800 toneladas tiveram origem no Paraguai, a um custo de US$ 2,8 milhões. Nos dois primeiros meses de 2024 o Paraná importou 250 toneladas, pagando US$ 799 mil.
de cobrança do imposto, já que ambos os produtos fazem parte da cesta básica e, por isso, não podem ser taxados na alíquota cheia de 19,5%.
Nesse sentido, o Estado já anunciou duas medidas para conter o problema. A primeira decisão foi a publicação do Decreto 5.396/2024, que altera o tratamento tributário na importação dos dois produtos. Além disso, o Governo encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei para alterar a legislação do ICMS (Lei Estadual 13.212/2001) da importação do leite em pó e do queijo mussarela.
A importação de insumos utilizados em processos produtivos atualmente ocorre com suspensão total de ICMS. Com as mudanças, os dois produtos passam a ter taxação.
Dessa maneira, tanto o leite em pó quanto o queijo importados passam a pagar a alíquota de 7% – valor mínimo
No Paraná, os maiores importadores dos dois produtos são as indústrias, para quem passa a valer a regra. Com o decreto, esses dois lácteos também perdem o direito ao benefício do crédito presumido de 4% de ICMS, ferramenta de incentivo fiscal que permite abater o imposto de outros créditos.
O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 4,4 bilhões de litros ao ano. O leite é o quarto produto que mais gera valor no campo no Estado. Em 2022 a produção rendeu R$ 11,4 bilhões.
De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, desde o ano passado as entidades e o Governo do Paraná e de outros estados buscam decisões por parte do Governo Federal para colaborar na retomada do setor. “Se não qui-
sermos perder gente, precisamos articular estratégias para manter esse produtor. Também precisamos dosar custos para sustentar ou sobreviver em momentos delicados como foi o ano passado, com preços muito baixos. A nossa saída é jogar leite para o mundo, de forma competitiva”, disse. Outra estratégia importante, segundo o secretário, é fortalecer o sistema de inspeção, para que pequenas agroindústrias possam alcançar um público maior, como possibilita o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/PR).
LEVANTAMENTO
O Paraná tem aproximadamente 87 mil produtores de leite, sendo 57 mil comerciais. Entre as iniciativas, o IDR-Paraná realizou um levantamento com 1.517 produtores para fazer a caracterização socioeconômica e tecnológica dos estabelecimentos leiteiros.
Ano XXVII - nº 294 - Agosto de 2023 88
Mudanças de tributação visam auxiliar pecuaristas paranaenses
Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN
praticando a empatia e a compreensão.
No Colégio La Salle Toledo, entendemos que a educação vai além da sala de aula. Por isso, incentivamos o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, capacitando os estudantes para:
• enfrentar desafios;
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• resolver conflitos de maneira construtiva.
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lasalle.edu.br/matriculas/toledo lasalletoledooficial
(45) 98812-5448
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