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Cristo continua ressuscitando nos dias de hoje?
A pergunta instigante “Cristo continua ressuscitando nos dias de hoje?” deve ser respondida com um fervoroso e sonoro sim. A ressurreição que o povo católico celebra é o ponto central da fé que por sua vez dá certeza da vitória nas tribulações e faz a ligação de todos os acontecimentos da pregação de Jesus como modelo de vida a ser praticado diariamente.
Ele ressuscita todos os dias na medida em que o cristão acorda e oferece o dia às boas ações que têm no mandamento do amor a base para suas obras. As boas ações vão desde um abraço fraternal aos familiares aos cumprimentos com sorrisos nos colegas de trabalho, ou mesmo no acolhimento aos funcionários e atendimento aos clientes. Enfim, é o jeito de lidar com as diferentes situações.
Também é possível oferecer a presença de Cristo ressuscitado na educação dos filhos, no respeito ao Matrimônio e demais sacramentos, na vivência da fidelidade a Deus e no enfrentamento das provações. Esse é o caminho de conversão que leva à ressurreição do dia a dia. Viver essa experiência exige esforço, empenho e muita oração.
A prática diária da oração conecta as pessoas com Deus, não por uma troca de mensagens por aplicativo como a
tecnologia apresenta, mas pelo canal direto que todos conhecem: o próprio coração. É no íntimo da oração que Deus fala ao coração humano, por meio do silêncio, da provocação à análise de consciência dos gestos e atitudes e outras formas que sintetizam as respostas que tanto as pessoas procuram para atenuar suas aflições em busca de orientação. A graça da oração deve ser uma prática constante para o cristão, que busca se configurar ao Mestre. Uma vez que a ressurreição não é um evento do passado, mas que se atualiza a todo instante quando se tem consciência do compromisso e clareza do que é ser cristão, a experiência da presença de Cristo é uma alegria que abarca a vida humana. Esforçar-se para viver o amor, perdão, compaixão, justiça e serviço aos outros é uma maneira de testemunhar o quanto se acredita na ressurreição e até mesmo de inspirar e encorajar quem está à sua volta na realização da própria jornada de fé. Esse é um jeito de celebrar a vida que se renova e alcançar todo o poder que a Salvação oferece. Ressuscitar em Cristo é uma transformação interior muito profunda. Quem está disposto? Boa leitura.
O editor
Missão Vocacional: um sonho de Deus para a Diocese de Toledo
Apresentado decreto que fez erigir a Paróquia Nossa
Senhora Aparecida, em Toledo
Reta final de preparativos para a Festa do Seminário
Maria Mãe da Igreja
C.Vale investe R$ 30 milhões e moderniza sede administrativa
Os elementos para alcançar qualidade de vida
Haverá trigo para o pão de todos os dias?
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024
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Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 Revista mensal da Diocese de Toledo
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Em Cristo Ressuscitado somos novas criaturas
Na tradição bíblica, a Páscoa é a mãe de todas as festas cristãs; é aquela que dá origem e sentido às demais. Não só porque fazemos a memória da libertação passada, oferecida por Deus a Israel, ao seu povo e a toda humanidade através de Jesus Cristo, nosso Senhor, mas também porque é uma janela aberta sobre o futuro da humanidade e da história, sobre o sentido definitivo e universal da vida. Nesta luz, a Páscoa é a celebração que liberta o ser humano dos seus estreitos confinamentos, para que possa abrir-se ao horizonte de Deus. As leituras da Vigília Pascal e do dia da Páscoa oferecem a chave para compreender toda a história humana como uma história de libertação: do caos primordial, das tiranias dos poderosos, dos medos e ansiedades que escravizam o ser humano, até do inimigo por excelência, a morte, sinal do pecado, que é a origem da degeneração e do fracasso da criação.
A celebração da Páscoa irradia alegria, pois é o momento em que Jesus ressuscitou dos mortos! Sua ressurreição é vista como a garantia da nossa própria vida eterna. Ser cristão é acreditar firmemente que Jesus está, ressuscitado. São Paulo expressou essa convicção ao afirmar: “Se Cristo não ressuscitou, então nossa pregação é vã e nossa fé é fútil. Se nossa esperança em Cristo é apenas para esta vida, então somos os mais desafortunados dos seres humanos” (1Cor 15,14-19). Ele ainda enfatiza: “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dos mortos como o primeiro dentre os que adormeceram” (1Cor 15,20).
Nós que acreditamos na Ressurreição de Jesus,
não podemos nos permitir viver tristes, desesperados ou pessimistas. O cristianismo não é a religião da cruz, mas de Cristo que sofreu, morreu e ressuscitou para a nossa salvação. A Cruz é uma etapa, a Ressurreição é um estado definitivo e decisivo. Todos nós um dia seremos ressuscitados, recebendo o afeto amoroso do Pai se seguirmos os passos de Jesus.
Entretanto, o mundo ao nosso redor parece contradizer essa esperança com guerras, sofrimento, injustiças e desgraças que nos assolam diariamente. Como, então, podemos manter uma atitude alegre, tranquila, otimista e cheia de esperança?
Nós, que professamos a fé em Cristo crucificado e ressuscitado, aprendemos a olhar o mundo e seus eventos através da perspectiva de Deus. Ele nos ama mais do que nós mesmos podemos nos amar! Isso transforma completamente nossa vida e nossa esperança. O Papa Francisco disse: “A ressurreição de Jesus significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte. O amor de Deus pode transformar nossa vida, fazer florir aqueles lugares de deserto que ainda existem em nosso coração”.
A ressurreição de Jesus não é apenas uma esperança futura após a morte; é uma realidade que se manifesta no presente, na vida cotidiana daqueles que creem, esperam, sofrem e amam, que seguem Jesus, morto e ressuscitado, guiados pela Palavra que Ele deixou. A Páscoa renova a esperança diante de um mundo marcado pelas luzes e sombras, próprias de nossa fragilidade como seres humanos. Podemos transformar o mundo vivendo como “pessoas da Páscoa”, nutrindo e cultivando a semente da vida eterna que Jesus, o Ressuscitado, plantou em cada um de nós. Cada vez que tomamos decisões éticas e corajosas à luz do Ressuscitado, manifestamos os sinas de ressurreição que há em todos nós.
O Ressuscitado está presente e ativo na história através daqueles que têm corações inquietos, que buscam um novo céu e uma nova terra. Nossos olhos estão fixos no Senhor, e acreditamos que a humanidade pode se tornar melhor quando reconhecemos uns aos outros como irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai. Que a Ressurreição do Senhor renove nossa fé, esperança e amor. Feliz Páscoa da Ressurreição!
D. João Carlos Seneme, CSS
Bispo da Diocese de Toledo
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MISSÃO VOCACIONAL: UM SONHO DE DEUS PARAADIOCESE DE TOLEDO
A Diocese de Toledo está prestes a abrir um dos tempos mais significativos de sua presença na região com um chamado muito especial às famílias e seus filhos. Crianças, adolescentes e jovens recebem atenção especial nos propósitos que visam despertar em seus corações o sentido da existência por meio da vocação. Abre-se um tempo de cultivo da semente que apenas o futuro para determinar quando elas vão germinar e mais adiante quando produzirão os frutos.
Essa perspectiva que está aos olhos da comunidade de fé envolve um batalhão de pessoas que está muito motivado pelo ardor missionário. São aqueles inquietos em evangelizar e que encontram no amor de Jesus Cristo a força que precisam para suas capacidades humanas agirem em semelhança ao que o Mestre ensinou.
É assim que será aberta no mês de maio a Missão Vocacional da Diocese de Toledo, tendo como destinatárias todas as 32 paróquias em 19 cidades, visando alcançar cristãos e pessoas de boa vontade que queiram se aproximar ao conhecimento do amor, da fé e da esperança que jorram do coração de Jesus, por meio do “sonho de Deus” para o ser humano. Um sonho em que a paz reina, a harmonia prevalece, a partilha se dá entre os irmãos e irmãs e assim, a violência de todas as formas não prospere, pois haverá mais perfume das flores do que qualquer outro odor.
A Missão Vocacional é um legado
de toda a reflexão proposta no 3º Ano Vocacional celebrado ano passado. Foi essa reflexão que motivou a realização deste trabalho intensivo nas paróquias com a participação dos catequizandos. E agora, em 2024, a Missão Vocacional (MOVA 2024) tem como tema “Oração: alegria do coração” que demonstra sua acolhida ao que pede o Papa Francisco no caminho de preparação para o Ano Santo 2025 quando se celebra o Jubileu da encarnação do Verbo que, para a Igreja, significa ocasião de encontro com a graça da misericórdia divina. O lema da Missão é: “Ó Deus, cria em mim um coração puro” (Sl 50,12).
MOVA 2024
Para que a Missão Vocacional aconteça, ela precisa de pessoas. No imaginário popular se coloca toda responsabilidade sobre os padres e ir-
mãs religiosas. “Esse é um trabalho do padre. Por que a Igreja não faz isso”? Mas quando o cristão tem consciência de que ele é a igreja-comunidade, aí a perspectiva se revela e cada leigo e leiga nota que tem uma contribuição fantástica a oferecer nesse processo vocacional que se traduz na evangelização.
É assim que a Revista Cristo Rei encontra a Sara Porto, leiga da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, da cidade de Marechal Cândido Rondon. Ela é integrante do Serviço de Animação Vocacional e uma apaixonada pelo trabalho que realiza na Igreja. Sara diz que cada vez que participa dos encontros e estudos, mais se encanta com este serviço na Igreja.
Ela começou sua caminhada na Pastoral Vocacional diocesana e paroquial no período anterior à pandemia de Covid-19. Por isso, com a
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percepção de como era promover a animação vocacional antes do início da pandemia e como está sendo hoje, ela se surpreende. “O grupo todo (de animadores vocacionais) achou que demoraria um pouco mais de tempo para refazer a caminhada na pastoral, mas quando tem oração e Deus as coisas fluem. Passamos a pandemia tendo um projeto de em quatro ou cinco anos resgatar, e hoje já vemos as duas casas (seminários) com vocacionados determinados no caminho que realizam”, diz Sara.
Vale notar que a Missão Vocacional ganhou musculatura desde o despertar que ocorreu por meio das reflexões propostas no Ano Vocacional realizado ano passado. A primeira Missão Vocacional envolveu muita gente e não será diferente nesta segunda edição em 2024 que já acontece como um legado muito bonito do que representou na vida dos leigos todo esse trabalho em 2023.
“Nas formações do ano passado, sentia as pessoas um pouco assustadas (sorri), porque era um primeiro momento de saber em que poderiam auxiliar, qual seria a função, mas principalmente com aquela dúvida se daria certo ou se haveria participação das crianças e adolescentes. Eram muitos questionamentos. Com o tempo, na realização da Missão, vimos que estava nas mãos de Deus. Nosso público compareceu, os seminaristas e as religiosas e vocacionadas femininas trouxeram a alegria e compartilharam o amor de Jesus, e os catequistas pelo grande incentivo. Era muita expectativa por ser a primeira vez até descobrir que dá certo. Foi muito bom. Na nossa Paróquia, depois das reflexões propostas e dinâmicas realizadas, as crianças, adolescentes e jovens estavam radiantes com o que viveram naquele dia. O brilho no olhar e a participação é algo muito lindo”, conta Sara.
Por sua vez, o bispo diocesano, D.
A MISSÃO CONTA COM VOCÊ
Para ser realizada na Diocese de Toledo, a Missão Vocacional está estruturada com um roteiro de atividades para o dia em que será realizada simultaneamente nas paróquias. Conforme o calendário, o primeiro momento acontecerá com as paróquias do Decanato Toledo, no dia 18 de maio. Em seguida, será a vez das paróquias localizadas no Decanato Palotina/Guaíra e Decanato Assis, no dia 29 de junho, e por fim, as paróquias do Decanato Rondon no dia 17 de agosto. Mas a curiosidade é muito grande em saber o que vai acontecer neste dia. Serão ao menos três grandes momentos sobre os seguintes temas de reflexão: o Sinal da Cruz, como síntese da fé na Santíssima Trindade; as Orações do Bom Cristão; e motivação para a oração em família, com o abraço fraternal. As crianças, adolescentes e jovens, motivados por catequistas, famílias, animadores vocacionais e agentes da Missão Vocacional serão recebidas em
João Carlos Seneme, em apoio irrestrito a esta iniciativa da Pastoral Vocacional, assessorada pelo Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, reitor do Seminário São Cura d’Ars (Quatro Pontes), e envolvimento do Pe. Juarez Pereira de Oliveira, responsável pela comunicação da MOVA 2024, garante que esse é um investimento muito forte da Diocese de Toledo, onde abrem-se as possibilidades de conhecer a vida sacerdotal e religiosa, mas que principalmente está se despertando a vocação neste público. “Esse é um trabalho de conjunto que faz despertar a vocação. No texto do Evangelho, Jesus os convidou (“Vinde e vede” –Jo 1,39) e a partir dessa convivência eles encontraram nesse seguimento o sentido de suas vidas. É o que queremos despertar nos participantes da Missão, para que venham e vejam de perto como é ser cristão, a vida dos seminaristas e a vida religiosa”, sublinha D. João.
os frutos da Missão Vocacional serão conhecidos no tempo de Deus
grupos, conforme a faixa etária. Sara explica que haverá ocasiões específicas com aqueles que estão na pré-catequese, 1º e 2º anos, mais os coroinhas, procurando mostrar a todos que para seguir adiante temos que ter um grande amigo que é Jesus. No segundo momento do dia, a programação será voltada àqueles que estão no 3º, 4º e 5º anos, acólitos e jovens, com a temática voltada sobre fé e que se reportar a Deus, por meio da oração, é tão importante e necessário diariamente nos vínculos com a família. Por isso, todos os participantes da Missão receberão uma capela com duas orações, uma para a bênção da manhã e outra para a noite, no agradecimento do dia. “O Papa Francisco sempre diz que precisamos dar o abraço da paz. Nesse momento vamos pedir que as crianças façam a oração diária com suas famílias em casa e, por isso, o abraço da paz à noite para ser realizado todos os dias”, salienta a integrante
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A semente é plantada agora, e
Foto: ReAll Image Studio (@reallimage)
do Serviço de Animação Vocacional. Ela explica que essa é a proposta para os dias subsequentes à Missão, pois eles serão estimulados a fazer o mesmo em casa, com suas famílias.
O dia da Missão será concluído com a celebração eucarística onde todos os participantes estarão juntos para momento muito especial de renovação do compromisso de educação da fé. “Vamos convidar os pais para que reforcem a sua fé, sua caminhada na Igreja e a educação de seus filhos na fé. É um momento em que cada pai e mãe acenderá uma nova luz para seus filhos, fortalecendo seu Batismo. Será um momento maravilhoso nesta programação da Missão Vocacional”, estima Sara.
A beleza dessa proposta está em que a conclusão acontece em volta da Eucaristia, no ambiente celebrativo da comunidade de fé. “Somos Igreja que reza junto e que vem à fonte, em Jesus. Com toda a família reunida acontece a evangelização. Assim todos se reconhecem pertencentes à comunidade, vendo sua realidade e conhecendo as suas necessidades. Acaba sendo um trabalho bastante abrangente que esperamos contar com as famílias”, observa o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.
Como você percebe, a Missão Vocacional não é exclusiva de um grupo, mas
TENDA DA ORAÇÃO
Uma das atividades que será oferecida durante o evento é a Tenda da Oração para uma visita ao Santíssimo Sacramento. Cada paróquia montará esse espaço para a Adoração. Durante todo o dia da Missão, a Tenda estará disponível para quem quiser se aproximar. Não será feito em grupos ou horários, mas ficará livre acesso.
Este espaço que fará parte das atividades é uma recordação da Sagrada Escritura, como salienta o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. O simbólico da tenda é que ela se configura num ambiente agradável para se sentir
é abrangente na medida em que todas as pastorais e movimentos podem contribuir. Tem um universo muito grande de pessoas envolvidas, entre animadores vocacionais, agentes da Missão nos locais, os missionários, catequistas e leigos de um modo geral. Todos podem ser animadores vocacionais na própria comunidade de fé, mas especialmente na própria família.
As famílias têm um papel fundamental na Missão Vocacional, uma vez que o entendimento de todo esse esforço diocesano é de que o despertar vocacional não é um exclusivismo da Igreja,
COM OS CORAÇÕES ARDENTES
Todos os envolvidos na realização da Missão Vocacional 2024 estão muito entusiasmados com a programação do evento. No entanto, se percebe que vai além do roteiro de atividades. São cristãos leigos que sentem os corações ardentes em fazer o bem ao próximo, no caso específico às crianças, adolescentes e jovens, com repercussão em suas famílias e na sua caminhada de fé e discernimento vocacional.
Padres, agentes da missão nas comunidades, animadores vocacionais, todos se colocam em serviço desejando que as famílias participem no envio de seus filhos para esse dia
à vontade na oração. É o momento muito forte em que acontece o diálogo, por meio da oração, com Deus. “A tenda é bíblica e nos remete ao Antigo Testamento. É aquele movimento de ir ao encontro de Deus e perceber que Ele caminha conosco quando lemos que Moisés conversava com Deus face a face (cf. Ex 33,11). Esse será um momento importante da nossa Missão Vocacional no sentido da aprendizagem da oração para sentir a presença de Deus que caminhando conosco, nos animando e nos consolando em nossas desolações”, comenta D. João.
mas envolve pais, mães e/ou responsáveis por esse público. É preciso alargar a compreensão de que quando se fala em vocações não significa que elas se resumem às vocações para o sacerdócio ou para a vida consagrada religiosa. “É um trabalho que não depende somente de uma ou duas pessoas, mas do envolvimento de todos”, afirma Sara. No ambiente comunitário e no meio doméstico há espaço para o despertar vocacional e a Missão Vocacional é um meio oferecido pela Diocese de Toledo para reunir você, seus filhos e filhas com demais irmãos e irmãs na fé.
tão especial da Missão.
Os frutos que este trabalho vai produzir neste público, somente o tempo de Deus para confirmar. Mas sempre se espera que seja no sentido de cristãos mais autênticos com o mandamento do amor ao próximo para que assim o rosto de Deus resplandeça no seu cotidiano, extrapolando os “muros da Igreja” para alcançar a vida humana nas suas necessidades.
Ainda assim, é possível notar que a motivação e engajamento dos leigos já é um fruto do Ano Vocacional. Isso se percebe com a chama acesa nos corações das pessoas envolvidas e
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Sara Porto está confiante com o envolvimento de todos na Missão Vocacional
motivadas ainda mais para esse trabalho com o público infanto-juvenil, tomando consciência, estudando e refletindo, e outros tantos se colocando à disposição para auxiliar com seus dons e carismas. É um novo pulsar do amor de Cristo na Diocese de Toledo. “Estamos conseguindo mobilizar as pessoas para ver como é caminhar
na Igreja. Quando mostramos que esse serviço é bom, as pessoas têm procurado mais. Estamos mostrando, por meio da Missão Vocacional, que é possível trabalharmos juntos pelas nossas crianças e famílias. As pessoas estão vendo que vir para a casa de Deus é muito bom e que ela precisa de colaboradores nas pastorais e
movimentos. O servir é bom e leve. Claro, ainda é um movimento sutil de adesão a estes serviços, mas as pessoas estão vindo. Sendo solidárias na Igreja elas serão solidárias na sociedade. É o que esperamos, até porque não adianta ajoelhar e não praticar nos ambientes que vivo”, comenta Sara Porto.
ENCONTROS MOTIVAM CONHECER CASAS DE FORMAÇÃO
Entre os reflexos positivos de toda proposta de animação vocacional junto aos públicos adolescente e jovem são os encontros chamados de Domingão Vocacional, para meninos e meninas, e os pré-seminários. Iniciativas desenvolvidas na Diocese de Toledo que facilitam o acesso de quem ainda não havia pensado na possibilidade de conhecer e, quem sabe futuramente, frequentar essas casas de formação, sejam elas diocesanas ou de congregações religiosas.
Muitos encontros continuam acontecendo com este objetivo. Nos seminários diocesanos já uma tradição, mas nas casas religiosas femininas um empenho ainda maior com a realização destas atividades de encontro que promovem as vocações.
Os noviciados das congregações religiosas femininas realizam esses encontros em que falam das possibilidades vocacionais, ao mesmo tempo em que apresentam o carisma de cada congregação, contribuindo para que as famílias tenham coragem de dialogar com suas
filhas sobre essa possibilidade. Nestas casas de formação femininas encontros mensais são realizados. Elas mostram a realidade da vida religiosa que é bastante acolhedora. E nos seminários masculinos os domingões vocacionais recebem os participantes pré-agendados por Decanatos, tendo a mesma finalidade. Para o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, esse é um sinal de que Deus está agindo em favor de seu povo que pede e reza pelas vocações. Por sinal, na Assembleia dos Bispos do Paraná, na partilha das 18 dioceses e arquidioceses, mais as duas eparquias ucranianas, revelou-se que há atualmente cerca de 450 seminaristas nas três fases formativas Menor, Filosofia e Teologia no Estado. “É uma esperança muito grande, principalmente porque temos animadores vocacionais, nossas pastorais e movimentos muito bem estruturados, empenhados e falando sobre vocações. É um envolvimento, principalmente dos leigos, ajudando despertar a vocação nos jovens”, salienta D. João.
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O despertar vocacional de adolescentes e jovens é missão de todos
Domingão Vocacional para meninas: evento realizado em 2023
Foto: ReAll Image Studio (@reallimage)
Apresentado decreto que fez erigir a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Toledo
Após dois anos de caminhada pastoral e administrativa, chegou a notícia aguardavam os fiéis residentes nos bairros Jardim Pancera, Jardim Filadélfia e Vila Becker. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, expediu o decreto que fez erigir a Paróquia Nossa Senhora Aparecida na cidade de Toledo. Em vigor desde 9 de março último, conforme determinado pelo documento, o Decreto foi lido durante missa dominical seguinte (dia 17), na sede paroquial.
Conforme o decreto, a 32ª paróquia da Diocese de Toledo tem seu território desmembrado das Paróquias Sagrada Família (Jardim Panorama) e São Francisco de Assis (Jardim Coopagro). Originalmente, ela foi criada para dar atenção especial ao ambiente universitário, o que indica sua atuação além do território formalmente estabelecido.
Ela é composta pelas comunidades Imaculada Conceição de Maria (Jardim Filadélfia) e Nossa Senhora de Lourdes (Vila Becker), além da comunidade Nossa Senhora Aparecida (Jardim Pancera), sendo esta a Matriz.
D. João deixa claro no decreto que celebre-se anualmente, com profunda piedade, a festa de sua Padroeira. Seja criado o arquivo com tudo o que determina o Código de Direito Canônico, as disposições e diretrizes pastorais e diocesanas.
Assim, também ficou nomeado pároco
desta Paróquia, o Pe. Roberto Lopes de Souza, que até então era chamado de Pastor Próprio da Quase-Paróquia, conforme previsão canônica. “Invocamos as melhores bênçãos de Deus sobre ele e a todos os fiéis que lhe foram confiados por intercessão de Nossa Senhora Aparecida”, sublinha o decreto.
TERRITÓRIO PAROQUIAL
Os limites geográficos da Paróquia são: Estrada Rural sentido Concórdia do Oeste/ Dez de Maio sentido sul até o encontro com o Rio São Francisco; Rio São Francisco sentido sul até o encontro com Arroio Toledo; Arroio Toledo sentido leste até o encontro com a Rua Tranquilo Modesto Pizzato (fundos do Jardim Pan-
D. João com Pe. Roberto durante celebração da Padroeira cera), seguimento norte até o encontro com a Rua Abramo Rottava; seguimento da Rua Abramo Rottava sentido norte até o encontro com a Avenida Maripá; Avenida Maripá sentido oeste até o cruzamento com a Avenida Ministro Cirne Lima; Avenida Ministro Cirne Lima sentido norte até o cruzamento com a Rua Ida Becker; Rua Ida Becker sentido oeste até o encontro com a Rua Guarani; Rua Guarani sentido oeste em direção à estrada para Concórdia do Oeste/Dez de Maio.
Comunidade de fé celebra a Padroeira
Paróquias enviam candidatos para Escola de novos Ministros Auxiliares de Comunidade
Já está marcada a realização da 1ª etapa da Escola Diocesana para novos Ministros Auxiliares de Comunidade. A Escola tem por finalidade acolher os indicados pelas paróquias e oferecer formação adequada em
vista do exercício deste ministério não ordenado e que é cooperador direto com os párocos nas necessidades da comunidade de fé.
A abertura dos trabalhos formativos desta turma de 2024 será
nos dias 13 e 14 deste mês de abril tendo como tema central “Chaves de leitura e Introdução à Sagrada Escritura”, com a Dra. Sônia Färber. Os encontros acontecerão no Centro de Formação – Instituto São João
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Escola de Ministros Auxiliares da Comunidade atende necessidades pastorais das paróquias
inclui atividades práticas orientadas
Pe. Geraldo acompanha prática orientada de serviço do altar
Formação
Paulo II que oferece auditório com multimídia, refeitório e cômodos para descanso, além da capela para as atividades de oração.
Ao longo do ano serão seis etapas até a celebração de envio e concessão de mandato pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. No percurso, os participantes receberão conteúdos, tais como Celebração da Palavra, atenções na visitação aos doentes e Celebração da Eucaristia: Elementos litúrgicos e rituais, entre outros.
Para a comunidade, o MAC é um líder religioso que deve estar sempre pronto a servi-la, disponibilizando seu tempo, seus conhecimentos e suas aptidões pessoais. O Ministro Auxiliar é colaborador próximo do pároco atuando como visitador dos doentes, celebrações de exéquias, visitas as famílias enlutadas, proclamador da Palavra de Deus por meio da presidência do culto dominical e distribuição da Eucaristia aos irmãos.
Retiro e renovação do mandato de MAC
Ao mesmo tempo em que as comunidades paroquiais enviam novos candidatos a Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC), os grupos mais antigos participam de encontros de espiritualidade e atividades formativas. É o caso dos MAC da Paróquia São Vicente Pallotti, de Palotina. Nos dias 16 e 17 de março, grande parte dos Ministros Auxiliares participou de retiro de formação realizado na Comunidade Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Palotina.
O retiro ofereceu formação de grande relevância para a vivência do ministério e do servir à comunidade. Na celebração da Eucaristia realizada durante o evento, todos os Ministros Auxiliares renovaram o compromisso do seu ministério, perante toda a comunidade Paroquial. A celebração foi presidida pelo pároco, Pe. Maocir José Piovesan.
Participantes do retiro formativo realizado na Paróquia São Vicente Palotti, de Palotina
Dízimo ainda tem lacunas na evangelização?
A Pastoral do Dízimo tem a missão de animar os fiéis na compreensão, entendimento e consciência desta ação generosa de oferecer a Deus uma pequena parte do todo que Ele dá no cotidiano do trabalho, da vida em família, das amizades e da convivência comunitária que muitas vezes as pessoas não percebem. Certos pré-conceitos equivocados, infelizmente, impedem ver o Dízimo como um ato de fé dos cristãos e que é capaz de oferecer experiências para toda a vida.
Mas é claro, sim, o Dízimo é o ato de corresponsabilidade entre os membros da comunidade de fé para manutenção da evangelização. É pela participação regular e sistemática do dizimista que a comunidade tem condições de oferecer, por exemplo, espaços adequados às celebrações e ambientes para acolher os catequizandos que estão no processo de educação da fé. Também são os dizimistas que mantêm a estrutura dos templos em funcionamento e que pagam as despesas fixas (água, luz, telefone, entre outras). É pelo Dízimo que a secretaria tem colaboradores atenciosos e capacitados para suas funções no atendimento às necessidades dos fiéis. Tais fundamentos do Dízimo carecem de constantes ensinamentos para contribuir na experiência dos fiéis. É por isso que este ano, a Pastoral do Dízimo estará mais engajada com a Catequese a fim de preencher esta “lacuna na evangelização” como afirma o assessor diocesano, Pe. Neimar Troes. “Nesses anos como assessor tenho percebido essa lacuna no processo
de evangelização a partir da experiência do Dízimo. Em qual momento do processo de evangelização tratamos desse elemento constitutivo da nossa fé? O Documento nº 106 – “O Dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas” sublinha que a conscientização sobre o Dízimo faça parte da Iniciação à Vida Cristã para que a todos seja dada oportunidade de compreendê-la e contribuir generosamente”. Pensando sobre o assunto, a
linha de atuação junto à comunidade ganhará esse enfoque ao logo do período e maior unidade com a Catequese.
Encontro diocesano é preparado
Como maneira de colaborar com as pastorais e movimentos na educação da fé sobre o Dízimo, está sendo anunciado um encontro diocesano de estudos e formação. A preparação para o evento já está em andamento. Ele será no dia 23 de junho, na Paróquia Santa Rosa de Lima, em Nova Santa Rosa, com início às 8h. A proposta do encontro é voltada a todos que queiram conhecer melhor os fundamentos do Dízimo, sejam eles contidos na Sagrada Escritura, aspectos históricos, doutrinários e eclesiológicos.
O encontro diocesano será assessorado pela escritora Ana Maria Oleniki, autora do livro “O Dízimo e a Catequese”, publicado pela Editora Vozes. No livro ela relata um pouco da experiência
na Pastoral do Dízimo, e oferece uma compreensão sobre o Dízimo em vista de sua inserção na dinâmica catequética vivenciada com crianças, adolescentes e adultos. No encontro diocesano que acontecerá em Nova Santa Rosa ela deve propor o reconhecimento do Dízimo como um aspecto da vida eclesial a ser compreendido como parte da Iniciação à Vida Cristã.
Ana Maria é pós-graduada em Teologia e Práticas Pastorais e tem especialização em Metodologias Ativas na Docência da Educação. Ela assessora formações para catequistas e agentes de pastorais. Certamente, a presença de Ana Maria vai contribuir com propostas para que os fiéis consigam fazer a experiência do Dízimo.
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Reta final de preparativos para a Festa do Seminário Maria Mãe da Igreja
O Seminário Maria Mãe da Igreja intensifica neste mês de abril as vendas das fichas para a 43ª Festa do Costelão que está marcada para dia 5 de maio. A motivação principal é render graças a Deus por tudo o que Ele realizou no decorrer destes anos, sobretudo, agradecer pelas vocações geradas nesta casa de formação diocesana.
A festa tem também o objetivo de reunir as famílias, os amigos, os trabalhadores e as empresas para confraternizar a passagem do Dia do Trabalhador. “Por isso, programem-se
e venham festejar conosco. As fichas para o kit Costelão, com acompanhamentos (arroz, maionese, mandioca, saladas e cucas) podem ser adquiridas através do Whatsapp do Seminário (45) 3277-1186, nas secretarias paroquiais e com alguns representantes credenciados”, informa o reitor do seminário, Pe. Juarez Pereira de Oliveira.
Além disso, este ano o resultado econômico da festa visa contribuir na conclusão das obras de reforma da capela do Seminário. Também está sendo realizada uma Ação entre Amigos, em conjunto entre o Seminário Maria Mãe da Igreja, de Toledo, e o Seminário São Cura d’Ars, de Quatro Pontes. Os números estão no valor de R$10,00/cada.
PROGRAMAÇÃO DA FESTA
(5/05)
9h – Missa na Capela do Seminário
12h – Almoço no Centro de Eventos Ismael Sperafico
10 anos do Terço dos Homens em Vila Nova
A presença do Terço dos Homens na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Vila Nova, chega ao 10º aniversário. O terço faz unidade de cada participante com Deus e com suas respectivas famílias, promove a paz na vida pessoal e comunitária e gera graças na medida em que a oração alimenta a fé ao contemplar os mistérios da Salvação.
Pe.
A celebração eucarística, em agrade-
cimento a Deus por tantos benefícios ao Terço dos Homens na comunidade de fé, foi presidida pelo pároco, Pe. Inácio Scherer, no último dia 10 de março. Ele sublinhou a importância de rezar o Terço
em família. Ao final da celebração, todos foram ao pátio da Igreja e, perfilados, formaram uma cruz. Assim como em Vila Nova, o Terço dos Homens está presente em outras comunidades de fé espalhadas pela Diocese de Toledo.
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Festa se aproxima com tradição mariana em apelo pelas vocações
Inácio fala da importância do Terço dos Homens
Integrantes apresentam o Terço com o número indicativo da existência do Movimento
Espiritualidade voltada para a família
Costelão assado ao fogo de chão é o prato principal da festa
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“A formação litúrgica é indispensável para não adoecermos espiritualmente”
A Liturgia é fonte de espiritualidade cristã. Pena que parte dos fiéis entendem os ritos apenas e tão somente como mera formalidade. Com um apelo muito forte para que os agentes de pastorais, ministros auxiliares e leigos conheçam melhor a Liturgia, o doutor em Teologia e especialista em Música Ritual, Arnaldo Temochko, leigo da Arquidiocese de Curitiba, conduziu a reflexão proposta para o encontro diocesano de formação da Pastoral Litúrgica na Diocese de Toledo. Segundo ele, não basta conhecer os ritos e fazer “tudo certinho”, mas é preciso conhecer o sentido espiritual dos ritos para que ele dialogue com a vida cotidiana de cada um. A Liturgia assim se torna uma fonte de espiritualidade cristã.
mar e nos conformar ao que celebramos no mistério pascal”, salienta.
pela celebração sem deixar que ela passe em nós”, observa.
Arnaldo comenta algumas frases conhecidas como “Não vou na formação porque já sei” ou “não vou à missa porque é sempre a mesma coisa”, que são ouvidas por ele e que causam um pouco de dor porque isso transparece um fechamento à ação do Espírito Santo. “Ao contrário, quanto mais nos abrirmos à ação d’Ele, mais nos deixamos transfor-
Neste sentido, ele diz que formação litúrgica não é para se tornar um cofre de conhecimento, mas aquilo que se sabe precisa transparecer na celebração. Afinal, o jeito de celebrar se traduz numa prática de celebração que leva a assembleia a compreender o mistério celebrado.
Por isso, ele lembra que o Papa Francisco fala da formação para a liturgia e pela liturgia. Na primeira, conhecem os ritos, a adequada proclamação de leitura, das orações e dos cantos, para fazer a celebração. Mas essa formação está em função da formação pela liturgia. “Aprendemos a celebrar para que quando estivermos celebrando continuemos sendo formados pela liturgia. Não é só aprender sobre a missa, mas é quando estou celebração sou formado pela Eucaristia e os ritos e orações dão forma à minha vida cristã. Não podemos passar
LITURGIA É PARA TODOS
O investimento em formação litúrgica dos leigos é como uma semente que se aguarda germinar e que venha produzir frutos. Arnaldo compreende que esse investimento constante da Diocese de Toledo é o que a comunidade de fé precisa para crescer na espiritualidade eucarística e na vivência comunitária.
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Arnaldo convidou fiéis a conhecerem melhor a espiritualidade litúrgica
Liturgia exige preparação para produzir frutos
Toda ação litúrgica tem como objetivo o mistério pascal
Existem muitas pessoas chegando pela primeira vez nas celebrações, mesmo crianças dando os primeiros passos na Catequese, assim como aquelas pessoas adultas que participam há mais tempo. Todas são destinatárias desta missão dos que se dispõem a aprender e se dedicar nas celebrações.
Por sua vez, a repercussão deste serviço formativo deve alcançar a assembleia de fiéis reunidos. “Acho muito difícil que alguém diga que já sabe tudo, até porque talvez seja esse o momento em que o Espírito inspira uma ação da própria. Quantas vezes estamos participando de uma celebração e se ouve uma oração, uma leitura da Sagrada Escritura, um canto, que por vezes parece repetitivo?
A Liturgia é mistagógica neste sentido porque ela favorece nossa conformação ao que celebramos”, pontua.
Se para alguns o Ano Litúrgico – com seus ciclos organizados, festas e solenidades – parece sempre a mesma coisa, Arnaldo chama a atenção para um comparativo com o próprio ritmo da vida humana. “É a Palavra imutável de Deus que dá luz ao contexto que hoje vivemos. Eu posso ouvir as mesmas orações e as mesmas leituras, mas vida não é a mesma do domingo passado. Logo, aquela reflexão dá um novo sentido. E isso é possível se existir uma abertura ao Espírito Santo. Se nos fecharmos nesses pré-conceitos, terminamos por impedir a ação do Espírito de Deus em nós”, adverte.
É por isso que Arnaldo sustenta: “A formação litúrgica é para todos”. Ele reforça que não se trata de um assunto exclusivo a presbíteros, ministros auxiliares, equipes de liturgia, mas é
aberta para toda a assembleia litúrgica. “Participando da celebração com mais autenticidade, vamos colher os frutos espirituais da nossa participação na Liturgia e isso passa por uma formação mistagógica”, acrescenta.
Arnaldo defende que, neste sentido, a formação litúrgica evita poluir a fonte que sacia a sede do cristão e alimenta sua espiritualidade. Assim, ele alerta para o cuidado na preparação da celebração. “Quando escolho um canto que não tem nada a ver, ou incluo algo que não faz parte da celebração, acabo poluindo essa fonte de espiritualidade e quando isso acontece todos nós bebemos. É o mesmo que pensar quando tomamos uma água contaminada e suas consequências para a saúde. A formação litúrgica é indispensável para não poluirmos a fonte e adoecermos espiritualmente. Devemos celebrar com autenticidade para não ficar no nível estético. Celebrar com autenticidade alimenta nossa vida espiritual”, conclui. A entrevista foi concedida na realização do Encontro Diocesano da Pastoral Litúrgica da Diocese de Toledo, realizado dia 10 de março último, no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II.
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Oração na Capela do Centro de Formação abriu o Encontro Diocesano
Participação dos agentes pastorais no encontro de formação
Atividade formativa anima a caminhada pastoral
Dia de estudos para formação litúrgica dos agentes pastorais
Reflexões conduziram à importância da constante formação
Adolescentes e jovens aprofundam espiritualidade eucarística e devoção mariana
A vivência da espiritualidade eucarística e o testemunho da Virgem Maria como serva de Deus deram as bases para a realização do 1º Retiro Diocesano de Acólitos, preparado pela Comissão Diocesana dos Servidores do Altar. Realizado nas dependências do Seminário Maria Mãe da Igreja, o evento contou com a participação de 121 acólitos de 19 paróquias da Diocese de Toledo.
Os Servidores do Altar tiveram a oportunidade de realizar uma profunda experiência de encontro com Cristo, cultivando a espiritualidade e o amor à Eucaristia e a devoção à Maria Santíssima, para que assim, abastecidos
espiritualmente, possam realizar sua missão com ardor renovado.
A programação que reuniu os acólitos – adolescentes e jovens – no domingo, dia 17 de março último, foi aberta pela Ir. Solaide Pommer, da congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família (PISF), que conduziu a reflexão com o tema “Maria: mãe e serva”. A religiosa refletiu sobre a presença materna de Maria na caminhada de fé dos cristãos, contemplando seu modelo de servidora. A pregação foi seguida por um profundo e emocionante momento mariano, em que os
jovens puderam realizar a experiência de um abraço simbólico numa representação à Virgem Maria e também de demonstrar o amor e devoção mariana em suas vidas.
Por sua vez, Frei Gabriel de Moura Lima, da congregação dos Frades Menores Missionários (FMM), conduziu os participantes na espiritualidade eucarística, para que se fortaleçam no amor à Eucaristia, pois ela deve ocupar lugar de destaque na vida dos Servidores do Altar para que caminhem rumo à santidade, assim como fez o jovem beato Carlo Acutis.
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Fotos: Regiane Zanutto
Acólitos de 19 paróquias reunidos no 1º Retiro Diocesano realizado no Seminário Maria Mãe da Igreja
Na celebração eucarística, profunda reflexão dos participantes
Acólitos aproximam-se dos conteúdos da fé
Pe. Juarez preside a celebração eucarística
Celebrações do Domingo de Ramos
Nossas comunidades de fé mostram dedicação e cuidados na celebração do Domingo de Ramos, que abriu a Semana Santa na Diocese de Toledo. Só não ampliamos ainda mais o
PARÓQUIA CRISTO REI - Catedral
espaço para as imagens, devido às restrições no tempo de envio da Revista para impressão. Agradecemos a compreensão de todos nossos leitores(as)!
PARÓQUIA SANTO ANTONIO - Formosa do Oeste
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO CARMO - Assis Chateaubriand
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Fotos: Fotos: Gabriela Uliano de Lima e Paulo Bazoti
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Novo Sarandi
Fotos: Carmo Follmann
Uma semente de esperança e cidadania para Ser Cidade
Ainda no ano passado, chegou com muita alegria até a Casa de Maria – Unidade de Toledo, o Projeto Ser Cidade. Apresentado pelas arquitetas Sabine Campos e Vivian Bolson, a proposta lançava luz na experiência de vida de crianças e adolescentes atendidos pela entidade assistencial da Diocese de Toledo a partir da compreensão de que são protagonistas do lugar que habitam. Uma luz que fez brilhar os olhos deste público e estimular o imaginário e sua inteligência diante das possibilidades que se tornaram acessíveis e que podem ser conferidas em um livro (acesse o QR Code nesta reportagem). O Projeto Ser Cidade, patrocinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), combinou universidade, órgão regulador da profissão e Casa de Maria no despertar da cidadania. “Precisamos de pessoas mais conscientes sobre seu papel enquanto cidadãos, e mais pessoas entendendo que a cidade é a casa delas, responsabilidade de todos. Os participantes mostraram como conseguem perceber os problemas que têm na cidade ou no bairro ao mesmo tempo em que conseguiram mostrar que as soluções são óbvias. Aprendemos
muito mais com eles nesse processo”, comenta a arquiteta e urbanista Sabine Campos.
Nesse mesmo tom, a gestora geral da Casa de Maria, de Toledo, resumiu: “As crianças e adolescentes tiveram a oportunidade de melhor conhecer e refletir sobre a nossa cidade, em especial, sobre o bairro onde vivem com suas famílias e comunidade no contexto urbano. E mais, levantaram os pontos positivos e as questões que podem ser melhoradas em benefício de todos! Muitas ideias surgiram, agora precisamos dar continuidade”, afirma Maria Inês Mânica.
“A Casa de Maria Toledo trabalha objetivando o desenvolvimento humano e social das crianças e adolescentes e o Ser Cidade veio enriquecer essa missão que temos há 32 anos”, acrescenta.
Ao longo de um ano de atividades, os
participantes visitaram espaços públicos como o centro histórico de Toledo, a Catedral e o Teatro Municipal. Mas percorreram com um olhar muito atento o bairro em que residem e onde a instituição está inserida. Assim foi possível identificar aspectos que influenciam sua experiência de relações com o local em que residem ou estudam.
A arquiteta Vivian Bolson, por sua vez, considera que os trabalhos foram desenvolvidos em todas as escalas, desde a visão “micro” (as moradias de cada adolescente) até a “macro” (bairro e cidade). “Os educandos começaram com trabalhos como iluminação e ventilação de suas próprias casas e partiram para ações no bairro, com o intuito de trabalhar o sentimento de pertencimento. Desta forma, instigaram os participantes a identificar quais são as potencialidades do bairro, onde melhorar e trazer a responsabilidade para eles”, pontua.
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Noções de arquitetura e urbanismo contribuíram na confecção da maquete que facilitou a compreensão do lugar em que residem ou estudam ou que trabalham seus familiares
Acesse o Livro Ser Cidade
Fotos: Mellany Cristina da Silva
Sabine Campos, Vivian Bolson, Pe. Hélio e Maria Inês celebram a parceria
Encontro Regional evidencia atenção e cuidado com bens eclesiásticos
Dedicar um tempo para reflexão, atualização e partilha de experiência sobre assuntos econômico-administrativos e da gestão de pessoal é uma forma de expressar aos fiéis o cuidado e atenção aos bens eclesiásticos necessários à evangelização. Afinal, eles são fruto da comunidade de fé.
Este é o sentido do Encontro Regional dos Ecônomos, evento organizado pela CNBB – Regional Sul 2 e realizado na Diocese de Toledo, de 18 a 20 de março último. O período foi marcado por exposições de temas pertinentes ao cotidiano da gestão geral. Participaram aqueles que são responsáveis pela economia, contabilidade e de -
partamento pessoal das dioceses e arquidioceses localizadas no Paraná.
O ecônomo da Diocese de Toledo, Pe. Geraldo Marino Ferreira, recebeu os participantes do encontro numa visita à Cúria Diocesana. Ele apresentou a estrutura física e equipes técnicas dos setores administrativo, financeiro, patrimonial, de recursos humanos e comunicação que se encontram no mesmo ambiente de trabalho. Em cada espaço visitado, a troca de informações acerca do funcionamento, boas práticas e vantagens apresentadas.
Os mais de 60 participantes foram acolhidos pelo bispo diocesano D.
João Carlos Seneme, em celebração que presidiu na Catedral Cristo Rei ainda no primeiro dia do encontro. No decorrer do evento, o gestor de Recursos Humanos da Diocese de Toledo, Pe. André Boffo Mendes, fez uma exposição sobre a experiência do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, salientando os benefícios desta proposta aos serviços prestados pelos colaboradores contratados. Na exposição do tema, houve vários momentos para esclarecimentos de dúvidas e troca de informações. Outros temas fizeram parte da programação como Lei Geral de Proteção de Dados e questões previdenciárias.
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Participantes do Encontro Regional de Ecônomos das Dioceses e Arquidioceses do Paraná
Pe. André falou do Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Pe. Geraldo apresentou os setores da Cúria Diocesana, dentre eles o Centro Integrado de Comunicação Espaço para troca de conhecimentos no encontro
Os jovens conversam sobre a Amizade Social
Inspirados pela Carta Encíclica Fratelli Tutti (Todos irmãos), do Papa Francisco, e pela Campanha da Fraternidade, os jovens da Diocese de Toledo ligados à Pastoral da Juventude aproveitaram a programação de Encontro Diocesano da PJ para conversar sobre a Amizade Social.
Na Encíclica sobre a Amizade Social, o Papa faz uma análise do contexto humano evidenciado pela indiferença em relação ao sofrimento do outro, a falta de empatia e de respeito ao próximo, violências (inclusive verbal), mas propõe os caminhos da escuta e do diálogo para a superação destes desafios e transformar a realidade. “São Francisco de Assis que “escutou a voz de Deus, escutou a voz dos pobres, escutou a voz do enfermo, escutou a voz da natureza. E transformou tudo isso num estilo de vida. (...) “Sejamos parte ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas” (FT, nº 48 e 77).
Tendo presente estes conceitos sobre a Amizade Social, com muita alegria alguns participantes do encontro da PJ relataram como foi a experiência.
A Eloisa Meinerz da Silva, do grupo de jovens da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon, sublinhou que o encontro oportunizou reflexões acerca das “doenças da nossa sociedade”. “Essa reflexão me fez abrir os olhos para problemas que eu nunca havia discutido e me deixou com a necessidade de fazer o que eu conseguir para que nossos irmãos e irmãs que sofrem possam viver uma realidade mais digna”, disse.
Já o Gabriel Souza, do grupo de base Pjuc – Paróquia Sagrada Família (Toledo), garantiu que se sentiu bem à vontade no encontro porque “em
Participantes do Encontro Diocesano da Pastoral da Juventude
nenhum momento a galera teve vergonha ou medo de falar”. “Era um clima de paz, tranquilidade que, tipo, te deixava à vontade, sabe?”, descreve. A respeito do tema “Fraternidade e Amizade Social”, para Gabriel trouxe aprendizado no sentido de observar o dia a dia para situações que muitas vezes não se dá a devida importância.
E a Rafaella Pazine Straliotti, do grupo de base Juféc – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand), destacou que o Encontro Diocesano da PJ “foi uma mistura de emoções”. “Eu amei muito participar. Além de obter
mais conhecimento sobre o tema da Campanha da Fraternidade (Fraternidade e Amizade Social), também fiz diversas amizades muito especiais. Cada momento foi extremamente único e com certeza ficará guardado na memória. É muito bom frequentar ambientes junto de jovens que creem em Cristo. A energia e conexão entre todos foi indescritível”, afirmou.
Realizado no Noviciado Nossa Senhora de Lourdes, das Irmãs Franciscanas da Beata Angelina, na cidade de Toledo, o evento transcorreu nos dias 9 e 10 de março último.
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Jovens fazem reflexões sobre o tema do encontro
Grupo criou o “Respeitol”, indicado para promover respeito, empatia, amor ao próximo e solidariedade
“O amor de Cristo nos permite construir uma grande família”
Os gestos de gratidão e de expressão da amizade social deram o tom ao encontro do diretor-geral da Revista Cristo Rei, Pe. André Boffo Mendes, com as famílias que tiveram seus filhos formando a capa da publicação diocesana na edição nº 300, de março último. Foi um momento para dizer “muito obrigado”, falar da Campanha da Fraternidade e presentear a garotada.
As crianças que foram capa da Revista frequentam a Escola Egon Werner Bercht, na cidade de Toledo, e na mesma turma estão presentes seis nacionalidades: Japão, Arábia Saudita, Venezuela, Indígena, Brasil e Haiti. Elas são acompanhadas pela professora Maria Auxiliadora Peron, que também é integrante do Conselho Diretor da Cáritas Diocesana.
Pe. André falou às famílias sobre o tema proposto para a Campanha da Fraternidade (Amizade Social), com a inspiração bíblica “Vós sois todos irmãos e irmãs”, como está escrito no Evangelho de São Mateus (cf. Mt 23,8).
Ele destacou aos pais e mães que participaram da confraternização que a ideia de trazer as crianças nesta edição da Revista diocesana é porque o público infanto é referência da prática de amizade na sua essência. Elas se relacionam sem preconceitos ou estigmas e tratam o diferente com naturalidade e simplicidade. Pe. André agradeceu as famílias pela disponibilidade de seus filhos participarem da edição (e na capa!) da Revista Cristo Rei. Agradeceu as crianças pelo comportamento exemplar e a paciência em participar da sessão de fotos.
Por fim, salientou o ambiente escolar como espaço de experiência harmônico e saudável que lida diariam ente com o tema no contexto educacional. É um
ambiente que transmite a acolhida ao estrangeiro que chega, pois o enxerga como uma pessoa humana como de fato é. “Ao amor não lhe interessa se o irmão ferido vem daqui ou dacolá. Com efeito, é o ‘amor que rompe as cadeias que nos isolam e separam, lançando pontes; amor que nos permite construir uma grande família onde todos nos podemos sentir em casa (…)” (Fratelli Tutti, nº 62).
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Ato de entrega da Revista Cristo Rei em agradecimento às famílias pela disponibilidade
Pe André agradece às famílias pela participação das crianças na capa da Revista Cristo Rei
Ato de entrega da Revista Cristo Rei em agradecimento às famílias pela disponibilidade em participar da reportagem de capa com o tema da Amizade Social
Além das revistas, as crianças ganham um presentinho em forma de gratidão
Crianças vibram com seus rostinhos estampados na Revista Cristo Rei
Pastoral do Batismo promove formação diocesana para agentes
A apresentação de uma criança para ser batizada é um ato de muita alegria para os pais, assim como é abraçado de profunda espiritualidade pelo seu significado sacramental. Neste gesto, os pais reconhecem a importância de consagrá-las a Deus por meio de sua fé. A devida preparação de pais e padrinhos é essencial na compreensão de suas responsabilidades com a criança que recebe o Batismo.
Tendo clareza da relevância em oferecer uma preparação adequada, é necessária a formação dos agentes que estarão recebendo esses pais e padrinhos no itinerário de preparação. Em vista disso, a Pastoral do Batismo da Diocese de Toledo promove no dia 21 deste mês de abril (feriado), o encontro de formação que tem como base o livro das Edições CNBB – “Catequese Batismal. Itinerário de inspiração catecumenal para preparação de pais e padrinhos para o Batismo de crianças”. O tema remete ao entendimento de que não se trata apenas de uma preparação imediata ao Sacramento que é oferecida aos pais e padrinhos, mas é também
Retiro das Equipes
O movimento eclesial
Equipes de Nossa Senhora estará reunido de 19 a 21 deste mês de abril no Centro de Formação –Instituto São João Paulo II, em Toledo. Na ocasião, transcorrerá o retiro para casais equipistas, assim chamados os casais que fazem parte do movimento.
Formação para agentes é necessária para acolher pais e padrinhos no itinerário de preparação
um caminho de inserção da família na participação comunitária com o objetivo de que seus filhos cresçam na fé.
O conteúdo e as devidas reflexões serão assessorados por D. Aparecido Donizete de Souza, bispo auxiliar da Arquidiocese de Cascavel. O encontro será realizado na Sala de Reuniões da comunidade Matriz da Paróquia Sagrada Família, de Toledo, localizada no Jardim Panorama. As atividades começarão às
8h, com a Santa Missa da comunidade. Cada participante receberá um exemplar do material a ser estudado. Durante o evento, serão realizados trabalhos em grupo a fim de conhecer a realidade diocesana como Pastoral do Batismo. O convite é estendido a todos os agentes de Pastoral sendo que devem fazer sua inscrição com os coordenadores dos decanatos até o dia 12 deste mês de abril, pois é limitado o número de vagas.
de Nossa Senhora em abril
A acolhida aos participantes acontecerá dia 19, às 19h30. Na programação que se estenderá até o almoço do dia 21, as reflexões propostas estarão concentradas no tema “Espiritualidade conjugal”,
tão importante e necessário para o fortalecimento da fé e da experiência matrimonial. A assessoria será do Pe. Sérgio José de Sousa (OSJ), sacerdote
conselheiro Setor Cascavel das Equipes de Nossa Senhora, na Arquidiocese de Cascavel.
O casal responsável pelo Setor Toledo, Lúcia e Dilson Comarella, informa que no Movimento existem os pontos concretos de esforço que são vivenciados pelo casal. “Este ano o retiro é o que daremos ênfase em nossa caminhada equipista. As expectativas são as melhores, esperando que os casais sintam este chamado de silenciar, neste encontro pessoal e com Deus”, almeja.
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Retiros contribuem para a espiritualidade dos casais equipistas
Seminário São Cura d’Ars celebra 41 anos em Quatro Pontes
A casa de formação da Diocese de Toledo que acolhe adolescentes para o discernimento vocacional está completando seus 41 anos neste mês de abril. Para comemorar a data, no dia 14, acontecerá a tradicional festa num clima de muita descontração, alegria e oração. Para o evento, há uma mobilização das famílias dos seminaristas, voluntários, benfeitores e, claro, de todos os residentes na casa de formação com toda a direção.
Para abrir a programação do dia, haverá Celebração Eucarística, às 10h,
para a qual todos estão convidados a participar e louvar a Deus pelas bênçãos derramadas desde a fundação deste seminário por onde parte do clero diocesano iniciou sua caminhada vocacional. A celebração será na Igreja Nossa Senhora da Glória, na cidade de Quatro Pontes.
Após a missa, o almoço festivo terá como prato principal o Costelão ao Fogo de Chão e acompanhamentos. No período da tarde, a comunidade reunida poderá se divertir com a ação entre amigos.
Para o Seminário a festa é a oportuni-
Transformando o impossível em possível
dade de trazer a comunidade diocesana ao seu espaço ambiente, estreitando os laços de confiança na formação dos futuros padres da Diocese e promovendo formas de ajuda e colaboração das famílias e comunidades com a manutenção desta estrutura formativa.
Novos multiplicadores
Com a finalidade de animar a caminhada da Pastoral da Sobriedade na Diocese de Toledo, será realizado Encontro Diocesano neste dia 14 de abril, na cidade de Assis Chateaubriand. Com o tema “Deus quer tornar o impossível possível”, o leigo Cosme, do Rio de Janeiro, oferecerá aos participantes um pouco da sua experiência de vida. Haverá ainda um momento para as orientações da coordenação diocesana no fortalecimento da ação dos agentes.
A programação terá início às 7h30, com a recepção e inscrições. A formação acontecerá na Capela São Miguel Arcanjo, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo.
A Pastoral da Sobriedade tem se movimentado bastante com participação em eventos de caráter formativo. O mais recente, destinado para a formação de novos multiplicadores, ocorreu no período de 8 a 10 de março último, na Arquidiocese de Cascavel com a participação de quatro agente da Pastoral da Sobriedade da Diocese de Toledo, sendo a coordenadora diocesana Lirian Aparecida Ferreira Feliciano, a coordenadora na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Assis Chateaubriand, e os agentes Almir Vieira da Silveira e Maria Aparecida de Melo Tamparoski. “O encontro contribuiu para dar bases a eventos formativos voltados a novos agentes que desejam iniciar participação na Pastoral da Sobriedade em nossa Diocese”, comenta Lirian.
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Comunidade se reúne para celebrar 41º aniversário do Seminário Menor de Quatro Pontes
Equipe de assadores se organiza para mais um evento do Seminário
Participantes da Diocese de Toledo no encontro da Pastoral da Sobriedade em Cascavel para formação de novos multiplicadores
Fotos: Karin Fotografias
Nova Aurora recebe encontro de assessores da Infância e Adolescência Missionária
A Infância e Adolescência Missionária (IAM), da Diocese de Toledo, estará reunida nos dias 13 e 14 deste mês de abril na cidade de Nova Aurora. A Paróquia São Roque acolhe no período mais uma edição do Encontro de Formação de Assessores (EFAIAM), que tem como finalidade contribuir com a caminhada destas pessoas que se colocam voluntariamente na missão de evangelizar crianças, adolescentes e jovens. O assessor diocesano da IAM, Pe. Vagner Aparecido Alves, conduzirá o evento com sua equipe.
O encontro está sendo preparado para receber leigos que queiram conhecer o Carisma e metodologia da Obra da Infância e Adolescência Missionária e se sintam motivados a implantar em suas Paróquias. Também é destinado aos assessores e coordenadores da IAM já implantada nas Paróquias, mas que ainda não passaram por formação específica.
No EFAIAM serão abordados os seguintes conteúdos: Desenvolvimento das crianças e adolescentes; História e Carisma da IAM; Padroeiros, Fundadores e Símbolos; 12 passos para organizar
a IAM; Espiritualidade Missionária; Perfil do Assessor; e Metodologia das Quatro Áreas Integradas.
Durante a formação acontecerão momentos de espiritualidade por meio da Santa Missa, Terço Missionário, Ado-
Ficou interessado? Inscreva-se no EFAIAM
ração ao Santíssimo, Leitura Orante da Bíblia, Orações, canções e dinâmicas de integração dos participantes. A programação terá início às 7h30.
A Infância e Adolescência Missionária quer suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo-lhes o protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o Povo de Deus. Seu lema é “Crianças ajudam e evangelizam crianças” que sintetiza o serviço da IAM.
Romeiros se organizam para visitar Santuário de Nossa Senhora do Rocio
A oportunidade de conhecer ou visitar novamente o Santuário da Padroeira do Paraná, Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, encontra-se em fase de organização. Já estão abertas vagas para romeiros da Diocese de Toledo que queiram participar deste momento devocional mariano que acontece no litoral paranaense.
As romarias ao Santuário de Nossa Senhora do Rocio estão sendo incentivadas há algum tempo como forma de aproximar os participantes em clima de oração, conhecimento da história desta devoção presente no Estado e as graças alcançadas, além de ter um momento de passeio.
Da cidade de Toledo, a Romaria parte
no dia 27 deste mês de abril, às 5h, com destino a Curitiba, onde acontecerá uma visita ao Jardim Botânico. No dia seguinte, os romeiros participarão da missa às 19h, no Santuário do Rocio, em Paranaguá,
com o Pe. Reginaldo Manzotti. O retorno está programado para dia 29, às 6h. A organizadora da Romaria é a leiga Janeta Reis (45-9-9923-2100).
Já no mês de novembro, acontecerá a 211ª Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio com o tema “‘Mãe do Rocio, revela-nos o Cristo Jesus, Luz do mundo”. As festividades serão de 6 a 15 de novembro e já fazem parte dos preparativos do Jubileu de Ouro da declaração em que o Papa Paulo VI reconheceu Nossa Senhora do Rocio como Padroeira do Paraná. Por inspiração do Espírito Santo, até o ano de 2027, os Mistérios do Rosário (gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos), vão orientar a escolha do tema das próximas festas.
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EFAIAM contribuir na organização deste serviço na Diocese de Toledo
Formada Comissão para elaborar o estatuto do Conselho Diocesano de Pastoral
Está formada uma comissão de leigos que será responsável pela elaboração do estatuto do Conselho Diocesano de Pastoral (CDP). A decisão foi tomada em reunião no dia 4 de março último, no Seminário Maria Mãe da Igreja.
A deliberação pela necessidade de criação de um estatuto para este Conselho encontra previsão no Código de Direito Canônico e o estatuto já é prática em várias dioceses pelo Brasil.
Ao final da apresentação da demanda, seis pessoas se colocaram à disposição para redigir o estatuto para o Conselho Diocesano de Pastoral. São estes: Maria Inês Mânica (Pastoral do Auxílio Fraterno), Carmo Follmann (Pastoral da Comunicação), Alexandre Kant (Movimento de Cursilhos de Cristandade), Joari Vieira (Pastoral Familiar), Jean Néri (Acampamentos) e Ivani Tavares (Pastoral Litúrgica). Eles serão responsáveis por organizar a natureza e finalidade, representatividade do Conselho, objetivos e qualidade do voto das partes, presidência e órgãos do Conselho Pastoral com suas respectivas funções, como se dá o ingresso de membros e possível afastamento dos mesmos, além da previsão de cessação de funções do Conselho e casos omissos no estatuto.
O Conselho Diocesano de Pastoral é uma instância de caráter consultivo.
Pe. André fala do projeto “Todos os povos” De acordo com o Cânone nº 511, “ao Conselho de Pastoral, sob a autoridade do Bispo, compete examinar e avaliar as atividades pastorais da Diocese e, propor conclusões práticas sobre elas”. Sua finalidade é o planejamento, execução e acompanhamento das decisões da Assembleia Diocesana. As reuniões são realizadas duas vezes ao ano.
A deliberação da elaboração de estatuto para o Conselho foi um dos temas da reunião. Outras atividades referentes ao primeiro semestre de 2024 também foram tratadas, como por exemplo, a Missão Vocacional e as comemorações dos 65 anos da Diocese de Toledo.
Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, assessor da Pastoral Vocacional, salientou as
65 anos da Diocese de Toledo
No dia 20 de junho, a Diocese de Toledo completa 65 anos. Criada pela Bula Cum venerabilis , do Papa São João XXIII, ela tem sua trajetória marcada pelo sinal de Deus que se faz presente no Oeste do Paraná. Incontável número de fiéis se espelha nos princípios do Evangelho de Jesus Cristo e pratica diariamente a caridade nas ações de amor ao próximo. Esse é o rosto do Senhor que se faz brilhar
ações da Diocese, em conjunto com o Regional e a CNBB, em preparação ao Jubileu que a Igreja viverá em 2025. Para isso, agora em 2024, acontece o Ano da Oração. Em conjunto também apresentou os frutos e ideias para a Missão Vocacional, legado da Diocese a partir do Ano Vocacional vivido ano passado. Dentre as ações propostas, destaca-se o incentivo às crianças da Catequese na prática da oração diária.
Por sua vez, Pe. André Boffo Mendes apresentou, brevemente, o projeto “Todos os Povos” da Caritas Paraná e destacou algumas das ações do projeto que a Diocese foi contemplada, já relatados na edição de março da Revista Cristo Rei.
na mão estendida a quem confia no alcance de sua graça.
Para celebrar essa história, o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, anuncia que no dia 22 de junho presidirá esta ação de graças pelos 65 anos de criação da Diocese de Toledo na Catedral Cristo Rei. Na mesma data, todas as 32 paróquias são convidadas a celebrar juntas nesta intenção. Para isso, será enviado um roteiro prévio com
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sugestões que simbolizem esta sinodalidade. Um dos pedidos, porém, é que durante o ano de 2024, por ocasião desta comemoração, se valorize nas comunidades o Hino da Diocese de Toledo e a oração para o Sínodo sobre a Sinodalidade.
MEMÓRIAS
DA DIOCESE
Pensando na valorização da história diocesana, a coordenação da Ação Evangelizadora, Secretaria de Pastoral e Centro Integrado de Comunicação preparam o lançamento da Exposição “Diocese de Toledo: 65 anos” em parceria com o Museu Histórico Willy Barth, da cidade de Toledo. Ela será aberta dia 13 de junho, às 19h30 e ficará em cartaz no Museu que fica na cidade de Toledo até o fim daquele mês. A exposição terá peças que contam a história da Diocese de Toledo, como por exemplo, paramentos litúrgicos utilizados pelo primeiro bispo diocesano, D. Armando Círio. Um deles é o baldaquino, uma peça de seda que forma uma proteção para a procissão pública com o Santíssimo, e outra peça é a mitra, a mesma que o bispo utilizou em 1961 na sua posse.
Oração pela sinodalidade
Aqui estamos, diante de Vós, Espírito Santo: estamos todos reunidos no vosso nome.
Vinde a nós, assisti-nos, descei aos nossos corações.
Ensinai-nos o que devemos fazer, mostrai-nos o caminho a seguir, todos juntos. Não permitais que a justiça não seja lesada por nós pecadores, que a ignorância nos desvie do caminho, nem as simpatias humanas nos torne parciais, para que sejamos um em Vós e nunca nos separemos da verdade. Nós Vo-lo pedimos a Vós que, sempre e em toda a parte, agis em comunhão com o Pai e o Filho pelos séculos dos séculos. Amém!
Valores da Ação Evangelizadora 2024 na Diocese de Toledo
Dar vida aos valores construídos conjuntamente na Assembleia Diocesana para Ação Evangelizadora ao longo deste ano. Esse é o compromisso de leigos, clérigos, religiosos e religiosas, seminaristas, enfim, todos que fazem parte da Diocese de Toledo. A beleza desta caminhada de fé no decorrer de 2024 tomará seu espaço de destaque na medida em que as lideranças colocarem a sua criatividade em prática na formulação de iniciativas e projetos que evangelizem todas as idades.
Os primeiros passos para essa luz brilhar nos meses subsequentes já foram assumidos nos Planos Paroquiais da Ação Evangelizadora. E agora, esses passos foram confirmados pelas lideranças participantes das reuniões do Conselho Ampliado de Pastoral realizadas nos Decanatos, reforçando os valores acordados na Assembleia
Diocesana como proposta de caminhada do ano. São pelo menos três: Pastoral de Conjunto, Iniciação à Vida Cristã e Missão. Reunidos em grupos, os participantes das reuniões apresentaram algumas propostas práticas para fortalecer a Pastoral da Conjunto Paroquial e sugeriram como poderão incrementar o processo de Iniciação à Vida Cristã de modo a valorizar a espiritualidade litúrgica e a formação inte-
Quais são os compromissos para este ano?
PASTORAL DE CONJUNTO
1 - Trabalhar para fortalecer laços de unidade entre pastorais, movimentos e organismos;
2 - Preocupar-se com a motivação das pessoas para o trabalho pastoral (O fundamento do servir);
3 - Revigorar os Conselhos paroquiais através da Conversa Espiritual;
4 - Desenvolver processos e preparar lideranças para os processos de sucessão nas coordenações.
gral dos batizados. Quanto à missão, elencaram algumas propostas de atividades a fim de que os próprios fiéis se identifiquem como protagonistas no processo de evangelização. Além deste assunto, as reuniões do Conselho Ampliado de Pastoral trataram da Missão Vocacional, que chega aos decanatos em maio com atividades que serão realizadas inclusive em junho e agosto. Houve um estímulo para que as famílias sejam convidadas, envolvidas no processo e levem seus filhos à participação para contribuir com o despertar vocacional nos diferentes aspectos. Os participantes das reuniões do Conselho Ampliado acompanharam ainda as principais expectativas quanto ao Ano Santo 2025 convocado pelo Papa Francisco com o tema “Peregrinos de Esperança”. A bula papal acerca do Jubileu será conhecida em 9 de maio.
INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
1 - Valorizar a Espiritualidade Litúrgica como meio de ingresso ou reingresso de fiéis às nossas comunidades de fé;
2 - Investir em práticas de formação integral dos batizados com entreajuda entre as frentes pastorais da Igreja.
MISSÃO
1 - Fomentar atividade(s) missionária(s) que envolva(m) prioritariamente crianças, adolescentes e jovens; 2 - Falar da Missão da Igreja com entusiasmo e estimular os fiéis a se identificarem como missionários em suas comunidades.
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Em cada reunião nos Decanatos, lideranças apresentam propostas para a prática dos valores apresentados na Assembleia Diocesana
Bispo diocesano de Toledo participa da 61ª Assembleia Geral da CNBB
O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, participa no período de 10 a 19 deste mês de abril, da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A sessão de abertura do encontro do episcopado brasileiro será às 9h, no Centro de Convenções Padre Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP).
A Assembleia tem como tema central “A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora”. Ela ainda contempla outros três temas prioritários, sendo: Sínodo dos Bispos 2021-2024, Jubileu 2025 e Juventude. Em razão da previsão estatutária da Conferência, fazem parte da pauta: Doutrina da Fé, Liturgia, Relatório do anual da presidência, relatório econômico, Textos Litúrgicos.
Constam na programação informes e temas de reflexão, tais como: Análise de Conjuntura Social e Eclesial, Gestão,
Inteligência Artificial, Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho, Comissão Comunhão e Partilha, Colégio Pio Brasileiro, Comissão Episcopal para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e o projeto Igrejas Irmãs. Estarão ainda na pauta questões ligadas aos Ministérios Laicais, Estatuto e Regimento da CNBB, Comissão para a Causa dos Santos, Comissão Especial para a Amazônia, Congresso Missionário Nacional, Acordo Brasil-Santa Sé, COP 30, Comissão Especial para os Bispos Eméritos, Eleições Municipais, Campanhas e Organismos do Povo de Deus.
A Assembleia emitirá ainda quatro mensagens: ao Papa, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, ao povo brasileiro e ao povo católico.
Esta edição da Assembleia Geral da CNBB contará também com um momento especial de celebração pelos 60 anos da Campanha da Fraternidade realizada em nível nacional como expressão de comunhão, conversão e partilha.
Comissão Regional se reúne nas Províncias para refletir desafios atuais das famílias
A Comissão Regional da Pastoral
Familiar da CNBB-Regional Sul 2 (Igreja no Paraná) segue o calendário de reuniões nas Províncias Eclesiásticas com os agentes da Pastoral. Os encontros acontecem para estudo, reflexão e motivação à programação de atividades pastorais deste ano de 2024. O casal coordenador Cloves e Milene Angeleli, da Diocese de Toledo, e o bispo de Apucarana, D. Carlos José de Oliveira, como referencial, participam dos encontros. Conforme agenda, o próximo encontros será neste dia 14 de abril, para a Província Eclesiástica de Curitiba.
Entre os assuntos debatidos estão o conhecimento dos documentos da Igreja sobre a família, a fim de embasar
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D. João Carlos Seneme e o episcopado paranaense estarão na Assembleia Geral da CNBB
Encontro da Comissão Regional da Pastoral Familiar realizado em Assis Chateaubriand
Foto: Assessoria de Imprensa/CNBB
as atividades pastorais. “É momento de refletir sobre os desafios atuais das famílias, em vista de discutir estratégias pastorais para enfrentá-los”, afirmou Cloves. “Além disso, os encontros visam motivar e formar os agentes pastorais para que possam desempenhar seu papel de forma eficaz e compassiva, promovendo sua participação ativa na comunidade eclesial”, completou Milene.
O encontro com os membros das coordenações diocesanas da Província Eclesiástica de Cascavel, da qual fazem parte as Dioceses de Toledo, Foz do Iguaçu, Palmas-Francisco Beltrão e a Arquidiocese de Cascavel, foi realizado no dia 5 de março último, na cidade de Assis Chateaubriand. Além dos temas já mencionados, a pauta destas reuniões segue com apresentação dos itinerários e materiais disponíveis para o desenvolvimento das ações pastorais nas paróquias, como também pistas de ações e atividades de cada setor da Pastoral Familiar (Pré-matrimonial, Pós-matrimonial e Casos Especiais).
RCC tem Assembleia Diocesana
A Renovação Carismática Católica (RCC), da Diocese de Toledo, se reúne em assembleia diocesana do movimento neste dia 5 de abril. A partir das 19h30, os participantes estarão reunidos para decidir situações de ordem administrativa e pastoral.
Além da prestação de contas, será feita uma apresentação do planejamento de eventos para o decorrer de 2024. Outro destaque será a reflexão sobre a importância das formações e da unidade do movimento com a Igreja. Haverá ainda um momento para falar sobre a reforma na sede da Associação da RCC, em Toledo, e a programação da caravana para o Encontro Nacional de Formação (ENF) 2025.
Ainda no campo organizacional, consta na pauta a estratégia de oração
pelos Grupos de Oração da Diocese de Toledo, a formação contínua aos integrantes do Ministério de Pregação, orientações da RCC do Paraná para este tempo e a participação da RCC na Festa do Seminário Maria Mãe da Igreja em maio.
A Assembleia dedicará seu tempo também para falar do pastoreio nos Grupos de Oração, que este ano de 2024 contempla o verbo “ir” e as inspirações contidas no Livro do Profeta Jonas.
(45) 99114-2366
@mhcerimoniaise
Porque nosso sonho é transformar sonhos em realidade
Toledo terá 1º Acampamento Sênior em maio
No feriado de 1º de maio, uma programação que não tem ligação com a data, mas que certamente marcará a vida dos participantes, terá início no Seminário Nossa Senhora de Fátima. A cidade de Toledo receberá o 1º Acampamento Sênior. Essa é uma “ferramenta” de Evangelização que possui diretrizes próprias para sua realização na Diocese de Toledo e visa contribuir particularmente com o anúncio do Querigma às crianças, adolescentes e jovens, mas também é voltado ao público adulto.
Como o próprio evento confirma, essa atividade agendada para iniciar no dia 1º e se estender até o domingo, dia 5 de maio, é destinada para pessoas com mais de 25 anos de idade, solteiras ou casadas. O programa proposto para o Acampamento visa levar os participantes a uma experiência pessoal e profunda com Jesus Cristo, favorecendo condições para crescerem no seu relacionamento com Deus, consigo mesmos, com o outro
e com a natureza. Neste caso, por ser Sênior, o trabalho será mais voltado para a família e vivência comunitária.
Acampamento é para você. Participe!
Cada faixa etária aborda temas relativos à própria idade, além do querigma.
- Manain: entre 07 e 09 anos de idade
- Mirim / REC (retiro espiritual de crianças): entre 10 e 12 anos de idade
- CES (Confirmados no Espírito Santo), para os Crismandos
- FAC (Formação de Adolescentes Cristãos): entre 13 a 17 anos de idade
- Juvenil: entre 18 e 25 anos de idade
- Sênior: a partir de 25 anos de idade
- Raízes: a partir de 60 anos de idade
- Casais
- Família com filhos a partir de 05 anos de idade
- Namorados
Frei Leonardo Hildebrandt Viccioli, dos Frades Menores Missionários – congregação que assumiu a condução do Acampamento no Decanato Toledo –explica que a inspiração do Acampamento em Toledo se dá por conta da participação de muitos freis nesta atividade. “O Acampamento tem sido uma resposta eficaz de evangelização, com contribuições para a formação humana”, acentua. Ele acrescenta que Frei Gabriel e Frei Amarildo conversaram e desenvolveram a proposta, recebendo a aprovação do Diretório pelo bispo
diocesano que pontua as diretrizes e seus objetivos.
“O Acampamento não é uma pastoral ou movimento, mas uma ferramenta de evangelização que está sendo desenvolvida na Diocese. O objetivo é trazer quem está fora para dentro da Igreja e quem está dentro que reavive a experiência de Deus e de comunidade. Enquanto congregação dos Frades Menores Missionários decidimos assumir essa empreitada em Toledo, tendo em vista que quanto mais lugares para aplicar o método, melhor”, afirma. Atualmente, o Acampamento tem sido realizado na cidade de Terra Roxa.
Como ferramenta de evangelização, o Acampamento é destinado a todas as paróquias. Basta formar o grupo. Para 2024, a proposta é aplicar dois Acampamentos, sendo este agora em maio, e o juvenil em novembro. “O foco de evangelização é trazer jovens e famílias para mais perto da Igreja, contemplando as questões vocacionais”, acrescenta Frei Leonardo.
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Atividade se propõe a reavivar a chama da fé na experiência individual e comunitária
Adolescentes participam das Oficinas de Oração e Vida
A Oficina de Oração e Vida, como método para aprender a orar, também alcança o público juvenil. A coordenação diocesana informa que este ano quatro grupos de adolescentes estão formados para participação em nove encontros semanais em andamento. Eles estão se reunindo na Paróquia São Cristóvão, na cidade de Toledo. Há ainda um grupo jovem que se reúne na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Jardim Pancera, também em Toledo.
Neste primeiro semestre, há ainda cinco locais para a realização de 15 encontros das Oficinas de Oração e Vida destinadas ao público adulto, sendo a Fazenda da Esperança Cristo Rei, Paróquia Menino Deus, Paróquia São Cristóvão, Capela Nossa Senhora Aparecida – Paróquia Santa Rita de Cássia, e no Noviciado Nossa Senhora de Lourdes que é das Irmãs Franciscanas da Beata Angelina.
O participante da Oficina é chamado de oficinista e, à luz da Palavra
(bíblica) e de mensagens evangélicas, ele imerge em momentos de oração, intimidade com Deus, reflexão e análise da própria vida. A oração, levada à vida desta maneira, alcança sua dimensão humanizante, conduzindo o participan-
te “do encanto de Deus ao encanto da vida”. Esta frase do fundador de saudosa memória, Frei Ignacio Larrañaga, sintetiza o caminho que o oficinista percorre no transcorrer das sessões da Oficina de Oração e Vida.
(45) 98816 6000 Responsável Técnico: Dr. Natanael Cristiano Poltronieri - CRO/PR 31.501 Transformamos sorrisos e recuperamos a sua confiança!
Bem-aventurados os que creram sem terem visto!
2º Domingo da Páscoa - Domingo da Divina Misericórdia
| 07 de abril de 2024
Leituras: At 4,32-35; Sl 117(118),2-4.16ab-18.22-24; 1Jo 5,1-6; Jo 20,19-31
O 2º Domingo da Páscoa, também conhecido como o Domingo da Divina Misericórdia, nos recorda o grande amor com que o Pai nos amou, ao enviar seu Filho ao mundo. Em Jesus reconhecemos a face misericordiosa de Deus. Esta festa foi instituída pelo saudoso papa João Paulo II, no dia 17 de agosto de 2002, na Polônia, após um longo período de escuta dos relatos de Santa Faustina Kowalska, uma freira polonesa que, na intimidade com o Senhor, teve uma visão de que Jesus pedia uma festa para que fosse propagada a sua misericórdia.
A COMUNIDADE DO CRISTO RESSUSCITADO
A primeira leitura deste domingo nos apresenta algumas características do cristão, que acredita na ressurreição de Jesus e que procura pautar sua vida na Vida de Jesus. O Cristo, antes de ressuscitar passou pela cruz, assim também o cristão precisa abraçar sua cruz, sem fugir dela, mas com esperança na ressurreição. Na comunidade do ressuscitado ninguém passava necessidade, porque viam Jesus nos irmãos e, portanto, ajudavam-se uns aos outros.
A comunidade se alegrava com a conquista pessoal de cada um, pois não pensavam somente em si. Isso parece utopia, mas é a comunidade sonhada por Deus. Todavia, enquanto o ser humano buscar somente seus próprios interesses, o mundo será de dor e sofrimento.
Nele. Uma vez que a verdadeira vida é Ele quem dá.
COMUNHÃO COM CRISTO NA COMUNIDADE DE FÉ
Três pontos importantes que o Evangelho deste dia traz. A presença de Jesus traz a paz: “Estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: ‘A paz esteja convosco’”.
Com a morte de Jesus, os discípulos ficaram amedrontados e temiam que os judeus também os matassem. É assim que ficamos quando nos sentimos desamparados: sem forças, nos fechamos para o outro e para a vida. Mas, o interessante é que, com a chegada de Jesus, o medo vai-se embora. Ele é a própria Palavra e, a sua palavra tranquiliza os discípulos: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
- Quais os momentos da vida exerço a misericórdia para com meus irmãos e irmãs?
- Me alegro com as conquistas dos irmãos na comunidade da qual faço parte?
- Reconheço o domingo como o Dia do Senhor e, como oportunidade para me encontrar com Jesus na Eucaristia?
Do mesmo modo, como Jesus morreu e ressuscitou para nos trazer vida nova, assim também, o cristão precisa “morrer” ao seu próprio egoísmo para que ressurja um novo ser, com uma nova mentalidade, pautada no amor a Deus e ao próximo.
NASCE DE DEUS QUEM ACREDITA QUE JESUS É O CRISTO
Na segunda leitura, São João destaca que: “Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que dele nasceu”. O autor desta carta enfatiza que o amor a Deus faz amar também, os nossos irmãos. Nele fazemos parte de uma mesma família. Família esta que foi resgatada pelo sangue do cordeiro, isto é, foi resgatada pela paixão, morte e ressurreição de Jesus. E, de agora em diante quer seguir os passos de Jesus, sobretudo, cultivando em sua vida os mandamentos que Ele ensinou. “Podemos dizer que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos”. Para guardar os mandamentos é necessário ter fé, isto é, confiar que tudo o que aconteceu com Jesus é verdade e esperar todas as coisas
É aqui que entra o segundo ponto, isto é, o Espírito Santo é quem impulsiona a comunidade, quando Jesus sopra sobre seus discípulos e diz: “Recebei o Espírito Santo”. É a nova Igreja de Jesus Cristo e guiada pelo Espírito Santo que começa a florescer. Igreja esta que não se faz sozinha, mas que se fortalece dentro de uma comunidade. Daí o terceiro ponto desta reflexão que é a importância da comunidade na vida do cristão. Quando Jesus apareceu pela primeira vez aos discípulos, Tomé não estava presente. E, consequentemente, deixou de fazer a experiência com o Ressuscitado e, ainda duvidou. Oito dias depois, a comunidade se reúne no mesmo lugar e Jesus se coloca novamente no meio deles, mas desta vez, Tomé estava presente e professa sua fé em Jesus. Portanto, é na comunidade que os cristãos fazem a experiência de fé com Jesus. Em cada domingo, o Senhor espera nossa participação numa comunidade de fé, para que possa se manifestar, como se manifestou aos discípulos.
Leitura Diária
Dia 8 (Anunciação do Senhor): Is 7,10-14;8,10; Sl 39(40); Hb 10,4-10; Lc 1,26-38
Dia 9: At 4,32-37; Sl 92(93); Jo 3,7b-15
Dia 10: At 5,17-26; Sl 33(34); Jo 3,16-21
Dia 11 (Santo Estanislau): At 5,27-33; Sl 33(34); Jo 3,31-36;
Dia 12: At 5,34-42; Sl 26(27); Jo 6,1-15
Dia 13: At 6,1-7; Sl 32(33); Jo 6,16-21
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Testemunhando a fé no nome de Jesus ressuscitado
3º Domingo da Páscoa | 14 de abril de 2024
Leituras: At 3,13-15.17-19; Sl 4,2.4.7.9; 1Jo 2,1-5a; Lc 24,35-48
Hoje encontramos Jesus ressuscitado que se apresenta no meio dos discípulos (Lc 24, 36), os quais, assustados e cheios de medo, julgavam ver um fantasma (Lc 24,37). Que alegria! Voltar a ver o Mestre. Quando eles ainda estavam conversando sobre o que tinha acontecido com eles no caminho, Jesus aparece e lhes deseja a paz; Ele continua a explicar-lhes: “São estas coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc 24,44).
O RESSUSCITADO REVELA O SENTIDO
PROFUNDO DAS ESCRITURAS
Jesus fala com eles recordando-lhes diretamente as profecias do Antigo Testamento. Os discípulos falavam ainda, quando o próprio Jesus se apresentou no meio deles e disse: “A paz esteja convosco” (Lc 24,44). Diante da dúvida dos discípulos, Jesus lhes mostra as chagas das mãos e dos pés. Pede-lhes, enfim, de comer. Apresentam-lhe um pedaço de peixe assado. Jesus o tomou e comeu diante deles. A Ressurreição de Jesus, no Evangelho, aparece como um fato real, mas assim mesmo os apóstolos não conseguiam acreditar facilmente. O caminho foi longo, difícil, penoso, carregado de dúvidas e incertezas.
“Tocai em mim” (Lc 24,39), diz Jesus. O gesto de tocar nos ensina que o encontro dos discípulos com Jesus ressuscitado foi um fato real e palpável. A seguir passa a interpretar as Escrituras: “Era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc 24,44). Então abriu-se-lhes a mente para que entendessem as Escrituras, e disse-lhes: “Assim está escrito que o Messias devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que, em seu nome, fosse proclamada a conversão para a remissão dos pecados a todas as nações, a começar por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24, 45-48).
(At 1,22). A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas é o resumo de sua pregação (At 2,32; 5,15; 10, 40). Os Apóstolos descobriram rapidamente que não estavam sozinhos para dar testemunho de Jesus; outra testemunha, silenciosa, mas irresistível, se unia a eles toda vez que falavam de Jesus, o Espírito Santo. Ser testemunha é conhecer, viver e anunciar a mensagem de amor que Cristo trouxe. Cristo continua precisando, ainda hoje, de testemunhas. O Concílio Vaticano II fala dos bispos e sacerdotes como “testemunhas de Cristo e do Evangelho”(LG, 21.25). Porém, referindo-se aos leigos diz que eles também são testemunhas da Ressurreição de Cristo. “Cada leigo deve ser diante do mundo uma testemunha da Ressurreição e da vida de Jesus, um sinal do Deus vivo” (LG 38). Todos somos chamados a ser testemunhas da presença do Ressuscitado, através de nossas palavras e ações. Cristo, ainda hoje, continua nos lembrando: “Vocês também devem ser minhas testemunhas!”
UMA EXPERIÊNCIA DE AMOR
- Como estou testemunhando o ressuscitado?
- O que Jesus nos ensina ao revelar as Escrituras?
- Tenho buscado o Senhor em sua Palavra? Tenho pedido a graça para encontrá-lo?
Cada um de nós, a comunidade, deve reunir-se com Jesus ressuscitado para escutar a Palavra, que sempre ilumina a nossa vida e nos ajuda a descobrir os caminhos de Deus na história pessoal e comunitária.
OS DISCÍPULOS DÃO TESTEMUNHO
Na primeira leitura retirada de At 3, 13-19 ouvimos na manhã de Pentecostes, Pedro dizendo ao povo de Jerusalém: “Matastes o Príncipe da Vida, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos: disso nós somos testemunhas […]. Arrependei-vos, portanto, convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados. (At 3,15.19). Embora sendo poucos e com o encargo de pregar o Evangelho em todo o mundo, os apóstolos não desanimaram. Sabiam que sua missão era uma só: dar testemunho do que tinham ouvido e visto cumprir-se em Jesus de Nazaré. Sabiam que Ele mesmo, o Senhor, estava com eles agindo através deles e confirmando Sua Palavra com os prodígios
Na segunda leitura, o Apóstolo São João lembra que para conhecer Jesus Cristo, precisamos fazer a experiência do Amor: “o amor de Deus se realiza de fato em quem observa a Palavra de Deus” (1Jo 2,5). Mas, o texto também nos apresenta que “Quem diz que conhece a Deus, mas não cumpre os seus mandamentos, é mentiroso, e a Verdade não está nele” (1Jo 2,4). Essas narrativas nos dizem respeito, pois temos a possibilidade de reencontrar o Ressuscitado em Sua Palavra, na Eucaristia, no amor aos irmãos e a obrigação de testemunhar para que outros possam também encontrá-lo. É pela vivência do amor que nós possibilitamos que os outros reconheçam o Senhor. Neste tempo pascal nós também deparamos com um repetido convite de Jesus a vencer a incredulidade e a crer na sua ressurreição, crer na vida, somos chamados a testemunhar precisamente este acontecimento extraordinário, somos chamados a testemunhar o amor de Deus em nossa vida. A ressurreição de Cristo é o acontecimento central do cristianismo, verdade fundamental que se deve reafirmar com vigor em todos os tempos.
Que a Virgem Maria possa nos amparar com a sua intercessão, para que possamos responder com a nossa vida a proposta que Jesus nos faz, de sermos testemunhas da sua ressurreição.
Leitura Diária
Dia 15: At 6,8-15; Sl 118(119); Jo 6,22-29
Dia 16: At 7,51-8,1a; Sl 30(31); Jo 6,30-35
Dia 17: At 8,1b-8; Sl 65(66); Jo 6,35-40
Dia 18: At 8,26-40; Sl 65(66); Jo 6,44-51
Dia 19: At 9,1-20; Sl 116(117); Jo 6,52-59
Dia 20: At 9,31-42; Sl 115(116B); Jo 6,60-69
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“Eu sou o Bom Pastor”
4º Domingo da Páscoa | 21 de abril de 2024
Leituras: At 4,8-12; Sl 117(118),1.8-9.21-23.26.28cd.29; 1Jo 3,1-2; Jo 10,11-18
Neste domingo vamos refletir sobre um dos grandes títulos dados a Jesus, ou melhor, que segundo o evangelista João o próprio Cristo assim intitula-se: “Eu sou o Bom Pastor. Este domingo deve levar-nos a saber que Cristo, o qual dias atrás era como ovelha ao matadouro, agora é o grande Pastor da humanidade. Ao chamar-se de Bom Pastor, Cristo evoca a uma experiência particular com Ele, que projeta cada pessoa a intensificar sua adesão ao Reino e à missão de discípulos(as) do mestre. Agora, salvos por Cristo e remidos em seu sacrifício na cruz, o Bom Pastor olha, rege e nos abençoa eternamente.
JESUS:
O ÚNICO E VERDADEIRO SALVADOR
Durante o tempo pascal temos o privilégio de rezar e refletir sobre o livro dos Atos dos Apóstolos. Estes nos mostram como a mensagem de Cristo continuou a ser pregada e vivida pelos primeiros apóstolos, além disso, como se configurava a Igreja primitiva. O texto de hoje revela dois princípios fundamentais para a nossa caminhada de fé.
Primeiro, Pedro exorta os chefes do povo, dizendo que tudo o que eles fazem é em nome de Jesus. Os Apóstolos nos deixam claro que a partir de agora a lei que rege é a de Cristo, isto é, a lei do Amor. Os Apóstolos, assim como Jesus, dão dignidade às pessoas e tornam-se instrumentos da propagação do Reino de Deus. Por isso, caro leitor(a), olhemos para nossa vida e saibamos que o único que vai nos curar, nos libertar e nos amar infinitamente é Jesus, o Filho de Deus. Por isso, deixemos ainda mais que Cristo aja em nossas vidas e história.
relato presente em seu evangelho ganha um peso mais profundo para a compreensão teológico-espiritual. Por isso, vamos elencar alguns pontos para a nossa reflexão catequético-pastoral.
O pastor é uma figura na qual suas características e significados são herdadas do Antigo Testamento. Um fato curioso é que este texto só é presente no evangelho de João. Uma das características do pastor no Antigo Testamento é a de ser libertador, pelo fato de que os reis também eram vistos como pastores do povo. Em vista disso, Jesus é aquele que liberta, pela sua Páscoa, toda a humanidade da escravidão do pecado, dando ao homem pastagem de salvação. A libertação que Jesus oferece não está ligado a ideologias revolucionárias, mas quer dar ao homem uma vida nova, a Salvação, o perdão dos pecados e a participação no Reino de Deus.
- Reconheço com adesão de consciência e coração que Jesus é o Único e Verdadeiro Salvador, e as consequências desta verdade de fé?
- Sinto que sou dócil aos apelos do Bom Pastor?
Em vista disso, uma característica nova do Bom Pastor por excelência (Jesus) é que este entrega sua vida pelas ovelhas. Ao contrário dos mercenários que usam das ovelhas em benéfico próprio, Jesus dá tudo de si para que as ovelhas, que somos nós, tenham vida em abundância. Este Pastor é Bom, porque plenifica o Ser Pastor. A vida que Jesus nos oferecer não é somente projetiva, mas já agora devemos viver em Cristo. Viver próximos do Bom Pastor é fazer da vida humana lugar de Deus; do contrário, afastar-se do Bom Pastor é dar lugar ao mau pastor, que destrói e divide, e que em vez de dar a vida por cada um dos seus, pode tirá-la.
Por fim, o segundo ponto é mais uma profissão de fé do Apóstolo Pedro: “Em nenhum outro a salvação”. Está aqui uma das grandes e inquestionáveis verdades da fé católica, Jesus é o nosso Único e Verdadeiro Salvador. Longe de Jesus o ser humano fica perdido e desorientado, pois não sabe para onde a sua vida caminha. Em Jesus a salvação deixou-se ver em Pessoa e ser tocada, por isso, a salvação dever ser para cada um nós o foco e o direcionamento da vida: olhos fixos em Jesus.
EU SOU O BOM PASTOR
O evangelho de hoje exigiria de nós mais algumas páginas de revista para explicitar a beleza e a fé que este texto nos apresenta. Pelo fato de que, em João, cada
Portanto, que sejamos ovelhas dóceis ao Bom Pastor, que por nós fez o que jamais alguém faria, deu sua vida em nosso resgate. Por isso, fazer parte do redil de Jesus é deixar-se cuidar pela Misericórdia, alimentar-se das pastagens que dão vida eterna e beber do manancial da Salvação. Isso é o Bom Pastor!
Leitura Diária
Dia 22: At 11,1-18; Sl 41(42); Jo 10,1-10
Dia 23: At 11,19-26; Sl 86(87); Jo 10,22-30
Dia 24: At 12,24-13,5a; Sl 66(67); Jo 12,44-50
Dia 25 (São Marcos): 1Pd 5,5b-14; Sl 88(89); Mc 16,15-20
Dia 26: At 13,26-33; Sl 2; Jo 14,1-6
Dia 27: At 13,44-52; Sl 97(98); Jo 14,7-14
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 45
“Permanecei em mim”
5º Domingo da Páscoa | 28 de abril de 2024
Leituras: At 9,26-31; Sl 21(22),26b-27.28.30.31-32; 1Jo 3,18-24; Jo 15,1-8
Estamos celebrando a Páscoa de Nosso Senhor Jesus, iluminados pela experiência vivida por Maria Madalena diante do túmulo vazio, pela profissão de fé proferida por Tomé e com o testemunho dado pelos discípulos de Emaús. Somos agraciados, pois Cristo, o Ressuscitado se manifesta em nossa vida, chamando-nos ao seu seguimento com confiança total pois Ele é o Bom Pastor que oferece a si mesmo para nos salvar. Se permanecermos ligados a Ele, como o ramo deve permanecer ligado à videira, produziremos frutos tanto para a nossa salvação, como para a salvação de nossos irmãos e irmãs.
JUNTAR-SE AOS DISCÍPULOS
O Espírito Santo nos dá o dom do entendimento para compreendermos que formamos uma grande e única família, pois em Jesus Cristo recebemos a filiação divina, que nos torna irmãos e irmãs uns dos outros, filhos de Deus Pai, nosso Criador.
O Filho, ao revelar o Pai, nos confia a missão de darmos continuidade a obra redentora. Em Atos dos Apóstolos, conforme a leitura proposta para hoje, temos São Paulo que se converteu de perseguidor, a um grande apóstolo/missionário da fé cristã. Conversão que se realizou mediante a um processo de acontecimentos e amadurecimento pessoal.
“Pelo caminho proclamai que o Reino de Deus está próximo” (Mt 10,7), ou seja, está ao nosso alcance. Não é o suficiente compreender e aceitar com o intelecto essa verdade de fé, é necessário que manifestemos nosso amor a Cristo em nosso pensar, sentir e agir.
EU SOU A VIDEIRA E VÓS OS RAMOS
Com o avanço da ciência e tecnologia é possível que sejam feitas muito mais coisas em menos tempo, porém, há uma forte tendência de ocupar o tempo de forma equivocada, acabando por ‘não fazer nem uma e nem outra coisa’. A postura individual de cada pessoa, reflete na vida familiar, profissional e social.
- Minha experiência espiritual me impulsiona a viver em comunidade?
Paulo, após sua experiência pessoal com Cristo, inseriu-se a comunidade gradativamente. Viver em comunidade nos pede a humildade, paciência, resiliência, capacidade de perdoar e ao mesmo tempo coragem de opinar e se comprometer efetivamente na obra evangelizadora. Temos aqui um bonito ensinamento, afinal por maior que seja nossa pessoal experiência espiritual, só nos tornamos cristãos de verdade, vivendo em comunidade, junto aos seguidores de Cristo.
- O quanto conheço e amo a minha Igreja?
- Com quais atividades me ocupo, que só servem para me roubar tempo e energia?
AMAR COM AÇÕES DE VERDADE
Ter a consciência de que professamos nossa fé na Igreja de Jesus Cristo, que dela fazemos parte e temos a responsabilidade de sermos agentes ativos, nos impulsiona ao íntimo contato com a Palavra de Deus, tanto para momentos orantes, como o estudo da própria Palavra; ao estudo do Catecismo da Igreja Católica, aprofundando-nos no conhecimento da doutrina católica; ao conhecimento das leis e normas presentes no Código de Direito Canônico. É fato que Cristo resumiu tudo isso no mandamento do amor. Como também é verdade que para vivermos o amor cristão precisamos conhecer nossa Igreja, a partir da Palavra, da doutrina e das normas.
Jesus em um momento de oração deu graças a Deus-Pai por esconder essas coisas aos sábios e entendidos e as revelar aos pequeninos (cf. Mt 11,25). Em outra passagem disse aos seus discípulos:
Permanecer ligados a Cristo, exige que tomemos consciência de que somos todos irmãos e irmãs (cf. Mt 23,8), de modo que não podemos moldar nossas ações a partir dos princípios e lógica deste mundo, como Papa Francisco bem ressalta na Fratelli Tutti: “Não podemos deixar de afirmar que o desejo e a busca do bem dos outros e da humanidade inteira implicam também procurar um desenvolvimento das pessoas e das sociedades nos distintos valores morais que concorrem para um amadurecimento integral. No Novo Testamento, menciona-se um fruto do Espírito Santo (cf. Gal 5,22), expresso em grego pela palavra agathosyne. Indica o apego ao bem, a busca do bem; mais ainda, é buscar aquilo que vale mais, o melhor para os outros: o seu amadurecimento, o seu crescimento numa vida saudável, o cultivo dos valores e não só o bem-estar material. No latim, há um termo semelhante: bene-volentia, isto é, a atitude de querer o bem do outro. É um forte desejo do bem, uma inclinação para tudo o que seja bom e exímio, que impele a encher a vida dos outros com coisas belas, sublimes, edificantes” (FT 112).
Com a intercessão da Sagrada Família de Nazaré, pedimos a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo nos abençoe, proteja e guarde. E que todos nós, permanecendo em Cristo, fiéis aos ensinamentos da nossa mãe Igreja, de mãos dadas, nos empenhemos com coragem e vontade na edificação do Reino de Deus. Amém.
Leitura Diária
Dia 29 (Santa Catarina de Sena): At 14,5-18; Sl 113B(115); Jo 14,21-26
Dia 30: At 14,19-28; Sl 144(145); Jo 14,27-31a
Dia 1º/05: At 15,1-6; Sl 121(122); Jo 15,1-8
Dia 2/05 (Santo Atanásio): At 15,7-21; Sl 95(96); Jo 15,9-11
Dia 3/05 (Santos Filipe e Tiago): 1Cor 15,1-8; Sl 18(19A); Jo 14,6-14
Dia 4/05: At 16,1-10; Sl 99(100); Jo 15,18-21
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 46
Permanecer em Jesus e sermos formados no amor
6º Domingo da Páscoa | 5 de maio de 2024
Leituras: At 10,25-26.34-35.44-48; Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4; 1Jo 4,7-10; Jo 15,9-17
A Liturgia da Palavra deste domingo apresenta uma das mais profundas e completas definições sobre Deus: “Deus é amor”. Ser “filho de Deus” e “conhecer a Deus” significa deixar-se envolver por este dinamismo de amor. É ele que nos nutre e sustenta na missão. Esse amor nos desafia a sermos mais criativos e ultrapassar barreiras que limitam e comprometem nossa ação pastoral.
PEDRO E O ENCONTRO COM CORNÉLIO
A mensagem da Salvação se destina a todas as pessoas, indo alguém das fronteiras étnicas e culturais. O aspecto missionário do anúncio do apóstolo Pedro é destacado na primeira leitura. O episódio refere-se à visita que Pedro faz ao centurião romano Cornélio, não judeu, mas “piedoso e temente a Deus”. Nesta “visita missionária”, Pedro lhe anuncia Jesus. Como resultado desse anúncio, dá-se a conversão de Cornélio e de toda a sua família.
Pedro ensina que “Deus não faz distinção de pessoas”. Para os primeiros cristãos oriundos do mundo judaico, não era claro que os pagãos tivessem acesso à salvação e que pudessem fazer parte da comunidade. Deus quer que a Salvação chegue a todos. Para Deus, o que é decisivo não é a pertença a uma raça ou a um determinado grupo social, mas sim a disponibilidade para acolher a oferta que Ele faz. A Salvação só não chega àqueles que se fecham no orgulho e na autossuficiência, recusando os dons de Deus.
tudo o que deriva deste mandamento, também não seriam fundamentais.
É claro que isso não é bem assim! O amor ao próximo é uma exigência central da experiência cristã. A essência de Deus é amor; e ninguém pode dizer que está em comunhão com Ele se não se deixou contagiar pelo amor. Todos os dias, à luz da fé e do amor de Deus, precisamos aprender e nos decidir sermos mais fraternos e amáveis uns com os outros. Enfim, “amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus”.
PERMANECER NO SENHOR É NOBRE PROPÓSITO
- O que a visita de Pedro na casa de Cornélio inspirou você? Quais os sinais de fechamento que precisam ser superados?
- Você realmente já fez experiência de Deus amor? Por que é impossível crer em Deus sem amar o próximo?
- Que atitudes ajudarão você a “permanecer” em Jesus e consequentemente a amar mais as pessoas?
A passagem deste Evangelho faz parte do discurso de Jesus na Última Ceia e no contexto da narrativa da videira e dos ramos. Jesus vive um momento de despedida. Jesus então propõe as linhas mestras para o caminho que os discípulos devem percorrer. A relação do Pai com Jesus é o modelo da relação de Jesus com os discípulos. O Pai amou Jesus e demonstrou-lhe sempre o seu amor. Jesus correspondeu ao amor do Pai, cumprindo os seus mandamentos. Os discípulos devem corresponder ao amor de Jesus fazendo o mesmo.
Ainda vale lembrar a atitude humilde de Pedro, essencial na ação missionária. Quando Cornélio veio ao seu encontro e prostrou-se a seus pés, Pedro disse: “Levanta-te, que eu também sou um simples homem”. Aqueles a quem, numa comunidade, foi confiada a responsabilidade de presidir, de coordenar, de organizar ou de animar, nunca devem perder a humildade. Jesus inúmeras vezes alertou seus discípulos sobre o perigo da vaidade, da autossuficiência e da soberba.
EM BUSCA DO AMOR QUE ILUMINA A VIDA
A primeira Carta de João vem sendo lida já há alguns domingos. Ela apresenta uma espécie de síntese da doutrina cristã com objetivo de esclarecer certos pontos polêmicos e orientar sobre alguns desvios da comunidade. Naquele tempo, assim como hoje, alguns pensavam que a Salvação estaria no conhecimento e na iluminação que provinha de sua relação com Deus. As realidades do mundo, incluindo as pessoas, desta forma, seriam passageiras, ilusórias e superficiais. Como consequência, o amor ao próximo e
Tudo é iniciativa de Deus. Este tão grande amor precisa ser correspondido. O amor com que Deus nos amou e o exemplo que Jesus nos deixou é uma proposta concreta de libertação do ser humano de todas as suas prisões e de cura de suas feridas. Quem se sente tocado por essa experiência permanece unido a ele e sente-se comprometido a fazer o mesmo. Os discípulos são os “amigos” de Jesus. Ele os escolheu e os associou à sua missão. Ele estabeleceu com eles uma relação de confiança, de proximidade, de intimidade e de comunhão. “Permanecer” com Ele e nutrir-se d’Ele é o mais nobre propósito de nossa vida. A partir d’Ele e com Ele sejamos mais corajosos e apaixonados pela missão e pela vida.
Leitura Diária
Dia 6/05: At 16,11-15; Sl 149; Jo 15,26-16,4a
Dia 7/05: At 16,22-34; Sl 137(138); Jo 16,5-11
Dia 8/05: At 17,15.22-18,1; Sl 148; Jo 16,12-15
Dia 9/05: At 18,1-8; Sl 97(98); Jo 16,16-20
Dia 10/05: At 18,9-18; Sl 46(47); Jo 16,20-23a
Dia 11/05: At 18,23-28; Sl 46(47); Jo 16,23b-28
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 47
INVESTIMENTOS: O BÁSICO
Aprendendo sobre Renda Variável
No artigo anterior publicado neste espaço da Revista Cristo Rei, foram apresentadas algumas diferenças entre poupar e investir e dentro do tópico sobre investimento apresentou-se os investimentos de Renda Fixa que possuem como principal característica a questão do investidor saber desde o início da contratação do produto qual será o retorno do capital aplicado, ou, pelo menos, a lógica de rendimento que se espera daquela proposta. Chega a vez de abordar e apresentar os principais pontos sobre os investimentos classificados como de Renda Variável.
que o longo prazo pode oferecer, então optam por investimentos mais arriscados dependendo da situação, e têm a tendência a diversificar entre investimentos de renda fixa e variável. Por fim, o investidor de perfil arrojado, cujo se espera que esse já possua um conhecimento avançado de mercado, e assim, busque fazer seus rendimentos visando uma boa rentabilidade e aceita exposições medianas ao risco em busca de ganhos maiores que a inflação a médio e longo prazo.
Os investimentos de Renda Variável são aqueles que o retorno no momento do investimento não pode ser previsto. O valor de rentabilidade vai variar conforme as movimentações do mercado e estão sujeitos às especulações do mercado financeiro, logo, esses títulos possuem maior risco, mas também uma maior rentabilidade quando comparado aos investimentos de Renda Fixa.
Apresento agora um exemplo direto para uma reflexão: ao comprar uma ação de uma empresa (tipo de investimento de Renda Variável) o investidor irá lucrar com a alta dessa ação, ou seja, quanto ela valoriza e com os dividendos que a mesma distribui ao longo do tempo que o investidor possui o direito daquela ação, porém, fica a pergunta: “Qual é a certeza que essa empresa escolhida para investimento irá valorizar”? Não há como prever essa valorização ou desvalorização. Não dá para garantir nem que haverá ganhos pela valorização da ação ou até o valor exato de distribuição de seus dividendos. Portanto, os
“Uma coisa é certa sobre os investimentos: não importa qual sejam as suas características, devem ser feitos quando a pessoa possui uma vida financeira organizada e que seja investido um valor que não faça falta no dia a dia”.
investidores muitas vezes precisam ter o perfil adequado para fazer esse tipo de investimento.
Quando cito ter perfil, me refiro as três categorias de investidores que existem: conservador, moderado e arrojado. Esses perfis são definidos principalmente de acordo com a tolerância a riscos, liquidez e rentabilidade que os investimentos se encaixam e assim que os investidores estão propensos a lidar. De forma sucinta, os investidores classificados como conservadores, muitas vezes são incentivados e se sentem melhor em investir na Renda Fixa (tipo de investimento apresentado na coluna do mês anterior) já que esses preferem ter segurança em suas aplicações. Os classificados como investidores de perfil moderado gostam de segurança, mas já possuem uma tolerância a riscos
Podem ser citados como exemplos de investimento de renda fixa: ETFs, Contratos Futuros, Câmbio, Opções, e os mais conhecidos Ações e Fundos de Investimentos.
É necessário assegurar que há vários detalhes em cada um dos tipos de investimentos de renda variável e fica o convite a quem se interessou sobre o assunto, a buscar mais informações sobre o tema e ao comparar com os investimentos de renda fixa, fazer a escolha que melhor lhe cabe.
Uma coisa é certa sobre os investimentos: não importa quais sejam as suas características, devem ser feitos quando a pessoa possui uma vida financeira organizada e que seja investido um valor que não faça falta no dia a dia, pois é importante que a quantia destinada ao investimento possa atender aos períodos de carência (se houver) ou prazos para uma melhor rentabilidade.
Jéssica Karine de Oliveira Gomes
Professora universitária, mestre em Ciências Contábeis e integrante da Equipe EFV
EFV Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 48
Perfil do investidor define a disposição para enfrentar riscos
IMPLANTES
Liturgia da Palavra: o Senhor nos fala
Já tratamos nos artigos anteriores sobre os Ritos Iniciais da missa. Dando sequência, passamos para um dos momentos essenciais da celebração que é a Liturgia da Palavra.
Desde sempre a celebração eucarística se organizou em dois momentos sucessivos: o Rito da Palavra e o Rito Eucarístico. Essa estruturação, já presente na ceia pascal judaica, passa naturalmente à Eucaristia dos cristãos, que à ela ajuntarão ainda uma introdução, que são os ritos iniciais da missa, e uma conclusão, que são os ritos finais.
Concluídos, pois, os ritos iniciais da missa, a comunidade é conduzida à Liturgia da Palavra. Os ritos iniciais, abrindo a celebração, introduzem os fiéis na ação litúrgica e, pouco a pouco, os preparam para o acolhimento da Palavra de Deus.
O VALOR DA PALAVRA DE DEUS
A Palavra de Deus é vital para a comunidade cristã: “a Igreja cresce e se constrói ao escutar a Palavra de Deus” (Elenco das Leituras da Missa 7). Por isso, “a Igreja venerou sempre as Sagradas Escrituras, como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando, sobretudo, na Sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o Pão da vida, tanto da mesa da Palavra de Deus como do Corpo de Cristo” (Dei Verbum, nº 21).
No Concílio, os documentos sobre a Revelação (Dei Verbum), sobre a Igreja ( Lumen Gentium ) e a Liturgia ( Sacrosanctum Concilium) foram os que mais sublinharam essa renovada estima pela Palavra. O magistério da Igreja, na sequência desses documentos, continuou a dar destaque a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.
O apreço e a celebração da Palavra de Deus já eram um valor herdado dos judeus: desde as grandes assembleias do Antigo Testamento para a escuta da Palavra (Ex 19,24; Ne 8-9) e a estrutura da celebração no culto sinagogal, centrado nas leituras bíblicas e na oração dos Salmos. Foi fácil, então, a passagem para a celebração cristã, com a consciência de que Deus, que tinha falado ao seu povo pela boca dos profetas, agora nos dirigiu a Palavra por meio de seu Filho (cf. Hb 1,1-2), a Palavra feita pessoa (Jo 1,14).
PALAVRA E EUCARISTIA:
UM SÓ ATO DE CULTO
Os primeiros testemunhos (cf. At 20,
“E a semente que foi semeada em terra boa é aquele que ouve a Palavra e também a compreende. Este dá fruto e produz ora cem, ora sessenta e ora trinta por um”. (Mt 13,22-23)
Lc 24; e depois Justino, pelo ano 150, na sua Apologia I, 65-67) dão conta de que a comunidade cristã organizou a sua celebração com as duas partes integradas: a Palavra e o Sacramento. A compreensão da sua íntima relação tornou-se agora mais clara: “tão intimamente unidas entre si que constituem um só ato de culto. De fato, na Missa se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo, para ensinar e alimentar os fiéis” (IGMR, nº 28; SC, nº 56).
A comunidade cristã, antes de tudo, escuta essa Palavra de Deus, deixando-se evangelizar por ela. A seguir, prega-a à humanidade, dando testemunho dela, por todos os meios de comunicação. A comunidade, evangelizada, converte-se em evangelizadora. De fiel, em testemunho missionário. No meio desse processo, a comunidade cristã celebra essa Palavra na sua liturgia, deixando-se iluminar e alimentar continuamente por ela.
Ultimamente, na consciência eclesial foi amadurecendo uma convicção de que Jesus Cristo, Palavra viva do Pai à humanidade, está presente na proclamação da Palavra na liturgia. Cristo “está presente na sua Palavra, pois, quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Ele quem fala” (SC, nº 7; IGMR, nº 29) e os fiéis “reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio
deles quem lhes fala” (IGMR, nº 60), porque “é uma só a presença de Cristo, quer na Palavra de Deus (...) quer ‘principalmente, sob as espécies eucarísticas’” (Elenco das Leituras da Missa, nº 46). Quando a comunidade escuta o Evangelho, que é o momento culminante da celebração da Palavra viva de Deus, multiplicam-se os sinais de respeito: os féis “escutam a leitura de pé” (IGMR, nº 60).
A PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
Nossas celebrações dão muito realce à proclamação das leituras não somente do Antigo como também do Novo Testamento. Depois da oração chamada Coleta feita pelo presidente, o leitor vai até a estante da Palavra e se prepara para fazer a leitura de uma passagem bíblica. Estamos iniciando a chamada “Liturgia da Palavra”. Ouviremos um trecho do Antigo Testamento, ou dos Atos dos Apóstolos, quando estivermos no tempo pascal. Cantaremos um Salmo. Ouviremos uma parte das cartas de Paulo, Pedro, Tiago, aos Hebreus ou uma outra. Aclamaremos o Evangelho, que será proclamado solenemente. Pela homilia, as leituras bíblicas serão comentadas e relacionadas com nossa realidade. Faremos a nossa profissão de fé e nossas preces comunitárias.
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024
50
Liturgia
Não se trata de uma “aula de Bíblia”. As passagens escolhidas não nos interessam apenas como fatos de antigamente, de muito tempo atrás. Para nós, as leituras escutadas e meditadas na assembleia reunida são a Palavra viva e atual do Senhor. “É Cristo quem fala”, diz o documento do Concílio Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia (nº 7). É o Cristo Ressuscitado que se coloca em meio aos discípulos e discípulas reunidos e tem uma palavra de vida, de orientação, de consolo, de esperança e de convocação, principalmente na realidade difícil e complicada na qual vivemos. Ele faz isso através de seu Espírito presente no povo reunido, no ministério dos leitores e de quem faz a homilia ou coordena a partilha da Palavra. Sentados aos pés de Jesus, ou em pé ao redor d’Ele, abrimos o ouvido e o coração. Acolhemos a boa palavra, a boa notícia. Deixamos que faça em nós seu trabalho criador, renovador, que cure nossas feridas, desperte nosso desejo e reanime nossas forças. De novo, ao ouvir a Palavra de Jesus, os cegos veem, os surdos ouvem, os coxos andam, os pobres se libertam e se alegram. É por isso que respondemos depois das leituras e da proclamação do Evangelho: “Palavra do Senhor” e “Palavra da Salvação”, respectivamente.
Na Liturgia da Palavra, os textos bíblicos proclamados e meditados se tornam palavra viva, palavra que vem alimentar nossas vidas, no aqui e agora de nossa realidade. Mas como isso acontece? Como isso é feito?
Na longa tradição judaico-cristã, o povo percebe Deus atuando nos acontecimentos de sua vida diária e em sua caminhada histórica. O fato mais marcante relatado e retomado constantemente em muitas páginas da Bíblia é certamente o êxodo, a saída do povo que estava vivendo na escravidão do Egito. O povo tinha consciência de que era Deus que os havia libertado de maneira maravilhosa, e agradecia, cantava e fazia festa.
Fatos como esses foram sendo contados de pais para filhos, atravessando muitas gerações e, mais tarde, foram também
“É o Cristo Ressuscitado que se coloca em meio aos discípulos e discípulas reunidos e tem uma palavra de vida, de orientação, de consolo, de esperança e de convocação, principalmente na realidade difícil e complicada na qual vivemos. Ele faz isso através de seu Espírito presente no povo reunido, no ministério dos leitores e de quem faz a homilia ou coordena a partilha da Palavra”.
anotados por escrito. Contados ou lidos, tais fatos ficaram, e ficam até hoje, como ponto de referência para percebermos a presença atuante e libertadora de Deus, dentro do momento histórico atual. Foi dessa forma que nasceu o Novo Testamento, que apresenta como fato mais marcante da história do povo de Deus a vinda Jesus, reconhecido como Messias, como Filho de Deus. As primeiras comunidades cristãs relacionaram os acontecimentos da sua vida com os textos da Lei, dos Profetas, dos Salmos. Fatos da atualidade e texto bíblico iam se explicando mutuamente.
LER E INTERPRETAR À LUZ DAS ESCRITURAS
Nós também somos convidados, nessa mesma tradição, a ler e interpretar os acontecimentos atuais à luz das Escrituras antigas, tendo como referência principal a pessoa de Jesus. Os bispos latino-americanos reunidos na cidade de Medellín, em 1968, assim se expressam: “Através de Cristo, Deus está ativamente presente em nossa história. Assim como outrora Israel, o antigo povo, sentia a presença salvífica de Deus quando Ele o libertava da opressão do Egito, quando o fazia atravessar o mar e o conduzia à conquista da terra prometida, assim também nós, novo povo de Deus, não podemos deixar de sentir seu passo que salva, quando se dá o verdadeiro desenvolvimento, que é para cada um e para todos a passagem de condições de vida menos humanas para condições de vida mais humanas”.
A Liturgia da Palavra é o espaço próprio de proclamação e celebração da mensagem que o Senhor comunica aos seus fiéis e, na qual, esses são nutridos, atualizados e bem edificados: “Nos livros sagrados, com efeito, o Pai que está nos céus vem carinhosamente ao encontro de seus filhos e com eles fala” (Dei Verbum, nº 21).
A Igreja sempre dedicou um tempo da celebração à proclamação da Sagrada Escritura. A razão fundamental para isso é que, à luz da mensagem divina, o mistério da fé deve penetrar e iluminar o coração e a inteligência dos fiéis. Instruídos, esclarecidos e animados pela santa Palavra, o povo de Deus estará apto a participar com fervor do momento sacramental que se segue. Por outro lado, como a função da Igreja é essencialmente anunciar a Boa-Nova da salvação realizada pelo Pai, em Cristo Jesus, em favor de todos os povos, a Liturgia da Palavra culmina sempre com as lições que brotam de um dos quatro Evangelho. Esses, na verdade, são fundamentais à vida cristã.
Diante da Palavra proclamada, Deus espera que nós creiamos no Senhor Jesus, acreditemos nele e o acolhamos como o seu enviado para nossa salvação. E crer é aderir de coração à sua pessoa e à sua palavra. Portanto, guardando a palavra de Jesus temos a vida eterna que nela está prometida. Guardar a palavra é viver em aliança com o Senhor.
Toda aliança tem um contrato, uma lei. Na aliança de Deus com o seu povo, no Antigo Testamento, a lei de Moisés era o contrato, a norma a ser seguida. No Novo Testamento, a palavra de Jesus, os seus ensinamentos, o seu Evangelho é o contrato da Nova Aliança. Nós vivemos em comunhão com o Senhor vivendo a sua Palavra. Guardando a Palavra de Jesus, que nos liberta, nos redime, encontramos a vida plena, a vida eterna.
Pe. Sérgio Augusto Rodrigues
Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica e mestre em Liturgia
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024
51 Liturgia
Jesus Ressuscitou, aleluia!
Eis que, após o tempo vivido de Quaresma e Semana Santa, chegamos ao ponto máximo da nossa fé católica: a Ressurreição de Cristo.
No período da Quaresma, dedicamos nosso tempo à oração e nos retiramos no “deserto” e no silêncio para que a voz de Deus se fizesse mais presente em nossos corações. Certamente muitas reflexões surgiram como faísca em nossos pensamentos e utilizamos esse tempo para, como uma forja, transformar essa faísca em uma chama, algo maior, concreto, que possa render frutos e colocar esperança em nossas vidas. Ainda, com o tempo quaresmal nos dedicamos ao jejum e à busca de uma maior proximidade com Deus. Fomos convidados a abrir nossos corações para ouvir a voz do Senhor, pois é somente através desse gesto que podemos reconhecer sua orientação e nos saciar na fonte da vida.
Na Semana Santa, revivemos todo o percurso e sofrimento de Jesus ao adentrar Jerusalém. Desde sua chegada triunfal, aclamado como rei, até o seu completo abandono e rejeição, incluindo o daqueles que amava. “Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?”
“A pedra do sepulcro, removida pelo anjo do Senhor, marca o início da nossa ação em comunidade, motivados pela vitória de Cristo. A Páscoa nos convida a rolar para fora as pedras da desilusão e da desconfiança; o Senhor, perito em derrubar as pedras tumulares do pecado e do medo, quer iluminar a nossa vida”.
(Mt 27, 46), são as palavras que nos conduzem ao coração da paixão de Cristo que, abandonado, nos instiga a procurá-lo e a amá-lo nos abandonados. Porque
neles não temos apenas necessitados, mas temos a Ele, Jesus abandonado, Aquele que nos salvou, descendo até o fundo da nossa condição humana.
Jesus, sobre a cruz, não se abandona ao desespero, mas reza e se entrega ao Pai. No abandono, continua a amar e perdoar os seus torturadores. Jesus abandonado nos pede para ter olhos e coração para os muitos “cristos abandonados”.
E por fim, na Páscoa, temos em Cristo, nossa esperança e fé renovadas. Jesus vence a morte e nos dá a vida,
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Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 54 Juventude
A certeza da ressurreição nos coloca como discípulos missionários para anunciar o Evangelho
a vida nova, a certeza de que, através de sua misericórdia, viveremos n’Ele e com Ele.
A VITÓRIA DE CRISTO MOVE A COMUNIDADE
A Páscoa, derivada do termo que significa “passagem”, marca o momento em que Jesus fez a transição desta vida para a Vida Eterna através de sua Ressurreição. No entanto, os discípulos também precisavam passar por uma transformação para se alinharem com a verdadeira vontade de Deus para a humanidade. Isso exigia deixar para trás todas as concepções pessoais, egoístas e limitadas que haviam construído durante seu tempo. A compreensão de Jesus Cristo ia além do que eles haviam concebido inicialmente – era algo mais profundo, amplo e duradouro. Para realmente compreender o propósito divino, era necessário adotar a perspectiva de Deus.
A pedra do sepulcro, removida pelo anjo do Senhor, marca o início da nossa ação em comunidade, motivados pela
vitória de Cristo. A Páscoa nos convida a rolar para fora as pedras da desilusão e da desconfiança; o Senhor, perito em derrubar as pedras tumulares do pecado e do medo, quer iluminar a nossa vida. O encontro das mulheres com Jesus ressuscitado na manhã de Páscoa tem um grande ensinamento: Jesus as encontra enquanto elas vão anunciá-lo. Quando nós anunciamos o Senhor, o Senhor vem até nós.
PÁSCOA E A “IGREJA EM SAÍDA”
Com a alegria da Páscoa, peçamos a graça de ser Igreja “em saída”, a comunidade dos discípulos missionários que tomam a iniciativa e se envolvem para anunciar o Evangelho da paz e da misericórdia. Levando o amor de Cristo a todos os que buscam algum alento, a todos os que sofrem as injustiças do mundo, àqueles que são vítimas do preconceito, diariamente rejeitados e abandonados pelos que amam, por todos os que, não tendo escolhido sua condição social, precisam nadar contra a maré de um
sistema que impõe um crescimento infinito em um universo finito de recursos e oportunidades. Que por meio de nós, jovens, possamos ser instrumento de Deus na vida dessas pessoas e que, através dessas ações, possamos nós também sermos transformados e acolhidos pelo Pai.
“Irmãos, irmãs, voltemos também nós a encontrar o gosto do caminho, aceleremos o pulsar da esperança, saboreemos a beleza do Céu! (...) Sim, temos a certeza: verdadeiramente Cristo ressuscitou. Acreditamos em Vós, Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce a esperança, o caminho continua. Vós, Senhor da vida, encorajai os nossos caminhos e repeti, também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: ‘A paz esteja convosco’” (Papa Francisco, Páscoa 2023).
Marcos Souza
Membro da coordenação diocesana da Pastoral da Juventude
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 55 Juventude
Catequese Formal e Catequese Junto à Pessoa com Deficiência tem diferença?
A Catequese da Diocese de Toledo, em vista à preparação para receber os Sacramentos, tem duas modalidades: das crianças e adolescentes, que ocorre em cinco anos, sendo três em preparação para a 1ª Eucaristia e dois para a Crisma; e a Catequese de Adultos que inicia na Páscoa e se encerra em Pentecostes do ano seguinte. Essas modalidades são destinadas tanto a pessoas com deficiência quanto às que não têm, diferenciando-se apenas a metodologia para atender as pessoas com deficiência.
Os catequizandos com deficiência, de todas as idades, devem ser inseridos nas turmas regulares de Catequese passando por todo processo formal junto com a sua turma, pois a convivência e a inter-relação com os colegas são imprescindíveis para o amadurecimento na fé de todos os envolvidos no processo catequético. O Diretório Nacional para a Cateque-
se (DNC) reforça que eles podem ter muito a ensinar com o modo como lidam com a sua situação, levando também o catequista ao aprendizado (cf. nº 207).
Além disso, o artigo 4º do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) diz que “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”. O DNC também destaca a importância da participação das pessoas com deficiência na Catequese que ocorra em companhia dos demais catequizandos e se evitem grupos separados, pois não é possível perpetuar a “[...] ideia de que as pessoas com deficiência necessitam de uma catequese puramente es -
Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 56 Catequese
Catequese é para todos que queiram se aproximar do mistério da Salvação
pecializada” (cf. nº 206). Devemos assumir a pedagogia de Jesus Cristo que privilegiou as pessoas com deficiência, pois somos todos imagem do Ressuscitado e participantes do sofrimento da cruz e, do mesmo modo, da alegria do chamado à vida que deve testemunhar a ação de Deus.
As pessoas com deficiência têm o mesmo direito à Catequese, à vida comunitária e sacramental que as demais e a Igreja vê a necessidade de lhes dar a devida atenção e de empreender esforços para superar qualquer tipo de discriminação (cf. DNC, nº 202). Sendo assim, percebe-se que essa acolhida não deve ser restrita apenas à Catequese, mas deve estender-se às celebrações e a todas as pastorais e movimentos de nossa Igreja.
O mesmo Diretório ressalta que todos temos necessidades e não nos bastamos a nós mesmos, porém algumas pessoas têm necessidades específicas que devem ser atendidas com suas particularidades, adequan-
“Devemos assumir a pedagogia de Jesus Cristo que privilegiou as pessoas com deficiência, pois somos todos imagem do Ressuscitado e participantes do sofrimento da cruz e, do mesmo modo, da alegria do chamado à vida que deve testemunhar a ação de Deus”.
do conteúdos e metodologias de maneira apropriada, valorizando as capacidades das pessoas com deficiência (cf. nº 203). Não existe uma maneira única de adequar as metodologias para cada tipo de deficiência, pois assim como todos, cada pessoa é única e, mesmo sendo laudada com a mesma deficiência, esta pode ocorrer em níveis diversos.
Em vista disso, o ponto inicial deve ser o de conversar com a família para saber qual a necessidade que o catequizando possui para buscar uma metodologia catequética mais adequada à condição de cada um, e
iniciada a catequese ir adequando a mesma a partir da observação.
A família tem papel fundamental no caminho da fé, pois é onde deve acontecer o primeiro anúncio da Salvação. Por outro lado, a comunidade cristã, atenta às necessidades, conflitos, desejos e aspirações, deve “[...] assumir a responsabilidade de catequizar as pessoas com deficiência, criando condições para sua plena participação comunitária e pastoral” (DNC, nº 205).
A Catequese tem a missão de contribuir com a formação de cristãos justos, solidários e fraternos, devendo adaptar-se aos diversos grupos humanos, dentre eles as pessoas com deficiência, tendo assim, a obrigação de acolher e incluir as pessoas que procurarem frequentar a Catequese, sendo essas com ou sem deficiência.
Greicy Jhenifer Tiz e Vania Salete Klein
Membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética
Catequese
Qual a diferença entre um CPP e um CPC?
Saudações, amigo(a) leitor(a), a paz de Cristo esteja contigo! Feliz por lhe encontrar aqui, para juntos, continuarmos a conhecer a estrutura dos Conselhos Diocesanos de Pastoral (CPP/CPC), um indispensável segmento a fortalecer nossas comunidades de fé. Em espírito de comunhão e sinodalidade, esta coluna tem nos ajudado a entender um pouco mais sobre os Conselhos presentes em nossas comunidades.
Recordo que em fevereiro, primeira edição da Revista Cristo Rei deste ano, Pe. André Boffo Mendes, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora de nossa Diocese, explanou sobre o que realmente é um CPP – “... organismo representativo de toda a comunidade, Matriz e Capelas, que se identifica pela oração, reflexão, planejamento e execução” – um Conselho que ajuda a Paróquia assumir a fé de forma concreta. Em março, os agentes dos Conselhos de Pastoral Paroquiais puderam entender sua nobre missão como colaboradores direto do Bom Pastor: “... os agentes dos Conselhos possuem a tarefa de continuar a missão de Cristo, como líderes e companheiros, fortes pela vida de oração pessoal e comunitária são capazes de defender, cuidar e guiar o rebanho do Senhor”, homens e mulheres a serviço de uma parcela do povo amado de Deus.
Prossigamos agora a reflexão sobre os Conselhos a fim de conhecermos: “Qual a diferença entre um CPP e um CPC?”. Primeiramente, é interessante
sublinharmos o porquê de existir os Conselhos nas comunidades. Bem, é porque nossa comunidade é uma grande família, Igreja-comunhão, e assim como em nossas casas, as alegrias e tristezas, os sucessos e os fracassos são compartilhados a partir do diálogo, escuta e fala, onde os membros da família têm voz e vez, direitos e deveres, pois todos são corresponsáveis pelo bem da família e, na comunidade de fé, não é diferente. Aqui a importância do Conselho que é o organismo que continua a fazer o que Jesus fez: conhecer, conduzir, amar e dar a vida para fazer crescer a comunidade. Deste modo, os Conselhos existem para direcionar o povo de Deus aos moldes da condução de Jesus e sua Igreja, a partir da realidade e particularidades de cada comunidade no contexto do hoje de nossa história. Agora, tendo ressaltado o porquê da existência dos Conselhos, conheçamos as atribuições do CPP e CPC para
identificarmos suas diferenças.
“O Conselho Pastoral Paroquial (CPP) é o instrumento gerador de comunhão e de vida entre todas as comunidades que existem na Paróquia” já o “Conselho Pastoral de Comunidade (CPC) é o órgão representativo da comunidade eclesial local” (Normas Diocesanas, p. 18). Com estas breves definições de CPP e CPC presentes no subsídio Normas Diocesanas para os Conselhos Pastorais Paroquiais, percebe-se que há mais semelhanças do que diferenças, isto porque os Conselhos possuem uma estrutura técnica que conduz a dimensão humana dos relacionamentos e a mística que dá sentido ao serviço dos integrantes dos Conselhos em prol da comunidade. O CPC é um Conselho representativo da comunidade local pertencente a uma Paróquia, inclusive a comunidade Matriz possui o Conselho de CPC, a não ser que a Paróquia não tenha nenhuma capela, aí neste caso o Conse-
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Formação CPP/CPC
Membros dos Conselhos de Pastoral Paroquiais são colaboradores na missão evangelizadora
lho de CPP assume as funções do CPC. O CPC é instrumento de comunhão, de diálogo, de unidade, de empenho e articulação das forças de cada membro da comunidade local, pois cada um recebeu um dom para colocá-lo a serviço e para o bem de todos. Por sua vez, o CPP é o elo, o lugar de encontro de todas as comunidades que compõem as partes da Paróquia e, em sinodalidade, conduz com zeloso diálogo os compromissos pastorais assumidos junto a Igreja de Cristo, para que não se perca de vista as ações firmadas em Assembleia Paroquial em sintonia a Igreja particular que direciona as Ações Evangelizadoras. Trata-se de um Conselho que ajuda as comunidades a compartilharem dos mesmos objetivos buscando soluções para as múltiplas situações que se apresentam.
Dito isto, é relevante orientar que os coordenadores(as) de pastorais e movimentos ao assumirem esta missão junto à
“Há mais semelhanças do que diferenças, isto porque os Conselhos possuem uma estrutura técnica que conduz a dimensão humana dos relacionamentos e a mística que dá sentido ao serviço dos integrantes dos Conselhos em prol da comunidade”.
comunidade de fé, assumem também o compromisso de fazer parte do CPC dando voz aos demais membros de sua pastoral e/ou movimento. Aliás, salva exceção, por motivo sério o coordenador não possa estar presente no Conselho, este procure saber das principais decisões tomadas para repassar
Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.
para os membros que representa, isto, porque os coordenadores(as) não são substituíveis no Conselho, logo não é indicado mandar representante na ausência do coordenador(a) às reuniões do Conselho.
Para que possamos caminhar bem, em Espírito de Comunidades Eclesiais Missionárias, precisamos estar cientes e cooperantes a execução dos Conselhos que proporcionam a base necessária para o desenvolvimento para as atividades paroquiais, pois o CPP e CPC são instrumentos eficientes para o crescimento de cada uma das comunidades que constituem uma Paróquia.
No próximo mês haverá a continuação sobre Formação CPP/CPC com a temática da Assembleia Paroquial, assunto complementar deste itinerário que estamos percorrendo. Até mês que vem!
Fernando da Rocha
Secretário Diocesano de Pastoral
Vocacional
Cursilho
O sentido da Eucaristia em nossa
vida, segundo Paulo Apóstolo
Tendo Deus nos criado a sua imagem e semelhança, nos concebeu uma natureza material e espiritual. Sim, possuímos um corpo material, mas também possuímos uma alma imortal, de natureza espiritual. Bem, como o corpo necessita ser nutrido para manter a vida, também a alma humana precisa ser alimentada para que tenha vida. Mas que alimento é esse que pode saciar a fome da alma humana?
É Cristo quem nos responde! “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que Eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo” (Jo 6,51). Jesus nos garante que o alimento que nos salva é Ele mesmo. Esse é o ato supremo do amor de Deus para conosco. Deus vem ao nosso encontro, se faz pequeno e frágil em sua natureza humana, para que nós, alimentados pelo seu corpo e sangue, sejamos divinizados. Esse é o fruto que devemos obter da Eucaristia: nos transfigurarmos em Cristo para que possamos crescer nas virtudes e na graça. Esse mistério é a fonte, o ápice e o cerne da nossa fé. Mas será que estamos nos alimentando do corpo de Cristo de forma consciente e digna?
Acredito que muitas vezes em nossas vidas estamos diante desse tesouro e não temos o discernimento do seu valor e significado. Isso não é um drama exclusivo dos cristãos de hoje. São Paulo revela sua preocupação com esvaziamento do significado da Eucaristia em sua primeira carta à comunidade de Corinto (cf. 1Cor 11, 17-33).
2/04
Ao receber a Eucaristia, o cristão se abre para o perdão e a misericórdia com seus irmãos e irmãs
“Paulo está advertindo que não faz sentido recebermos a Eucaristia se não desejarmos ardentemente nos tornarmos imitadores de Cristo. Não é coerente nos aproximarmos da Eucaristia se continuamos vivendo com falta de amor, de perdão, de misericórdia, se vivemos de maneira egoísta e apegados aos pecados”.
Essa comunidade vivia sérios problemas: divisão, exclusão, rixas, destemperança, egoísmo, insensibilidade, embriaguez e, no entanto, celebrava tranquilamente a Eucaristia.
O apóstolo chama a atenção para a coe-
Escola Vivencial Diocesana Palotina
6/04 2º Concurso do Risoto
7/04 Almoço do Carta – Responsável: Setor Assis Chateaubriand Palotina
9/04
9/04
Escola Vivencial do Setor Marechal Cândido Rondon
Escola Vivencial do Setor Assis Chateaubriand
13/04 Ultreia – Responsáveis: Grupos da Catedral
16/04
21/04
28/04
Escola Vivencial do Setor
Missa do Cursilho, seguida de Ultreia
Ultreia – Missa da Família
5/05 Almoço do Carta – Responsável: Setor Palotina
Cândido Rondon
rência de vida daqueles que recebiam a Eucaristia. Comungar de Jesus, é comungar de sua paixão e morte que tiram o pecado do mundo, ou seja, quando comungamos do corpo de Cristo deveríamos mortificar em nós o orgulho, as vaidades, os apegos materiais, os vícios, para obtermos os frutos de sua ressurreição, renascendo assim para uma vida nova, na dignidade de filhos de Deus.
A comunidade de Corinto era assídua ao encontro da fração do Pão (Eucaristia). Mas essa participação era vazia de frutos, pois muitos já tinham perdido o seu sentido, ou de fato, desde o início não a tinham compreendido. Não é isso que muitas vezes acontece conosco? Quantas missas vivenciamos sem colher um único fruto? Paulo está advertindo que não faz sentido recebermos a Eucaristia se não desejarmos ardentemente nos tornarmos imitadores de Cristo. Não é coerente nos aproximarmos da Eucaristia se continuamos vivendo com falta de amor, de perdão, de misericórdia, se vivemos de maneira egoísta e apegados aos pecados.
A solução para aquela situação estava na retomada da consciência da sacralidade da Eucaristia. Se para o fiel a participação na Eucaristia não representar comunhão com Jesus, compromisso consigo e com os outros, nada significará.
Comungar não é um rito que gera privilégio, pelo contrário, Paulo adverte que aquele que indignamente come o pão e bebe o sangue do Senhor está comungando a própria condenação.
Comungar dignamente exige comprometimento e um profundo exame de consciência, pois é um dever que se assume. A Eucaristia não é um momento litúrgico, mas é a espiritualidade de total comunhão com Cristo e com os irmãos.
Que nós deixemos o Cristo Sacramentado nos converter radicalmente para que possamos um dia afirmar, a exemplo de Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Shalom.
Luiz Felipe Zavadzki
Cursilhista da Diocese de Toledo
DATA EVENTO LOCAL
Participe!
Palotina
Toledo
Toledo
Marechal
Palotina
Palotina
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CÁRITAS EM AÇÃO
Área de atuação Cáritas: Migração, Refúgio e Apatridia
Você sabia que a Cáritas tem uma área de atuação específica para lidar com o fenômeno da migração? Uma das doze áreas de atuação da rede Cáritas é chamada de “Migração, refúgio e apatridia”, que trata dos povos advindos de outros países que vêm residir no Brasil em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Como podemos notar, o fluxo migratório tem se intensificado nos últimos anos. Conflitos bélicos, crises políticas e humanitárias, fome, falta de emprego, e muitos outros motivos fazem as pessoas buscarem melhores condições. Um dos destinos mais escolhidos é o Brasil, devido à sua receptividade e oportunidades oferecidas.
Entretanto, o aumento dos fluxos migratórios ocasiona um crescimento excessivo de demandas por serviços e políticas, especialmente nas pequenas cidades e nas regiões fronteiriças, onde se constata o acúmulo de pessoas e famílias migrantes. Isso faz com que governos, Organizações da Sociedade Civil (OSC), igrejas e outros organismos se mobilizem para estabelecer meios de acolhida e de desenvolvimento humano para todos aqueles que migram e, frequentemente, se encontram em situações de vulnerabilidade.
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), já ultrapassam os 200 milhões o número de pessoas que migram, e ainda, mais de 60 milhões de pessoas que se encontram em situação de refúgio. Por isso, o trabalho da Cáritas se mostra tão importante, ajudando na acolhida, integração e proteção desses tantos irmãos e irmãs que tanto padecem, através de projetos e convênios em vários locais.
Na Diocese de Toledo, bem como no Regional Sul 2 (Igreja no Paraná), a Cáritas destaca-se por meio de seu especial cuidado com os migrantes. Promover a integração pessoal dessas pessoas é a meta estabelecida para a Cáritas. Durante o ano de 2023 foram mais de mil atendimentos realizados no município de Toledo, somados o projeto da Escola de Língua Portuguesa para Migrantes, a ajuda e encaminhamento documental junto à Polícia Federal e os diversos encaminhamentos para as vagas de emprego junto à Agência
Uma
do Trabalhador de Toledo.
UM
APELO AOS CRISTÃOS
Ainda deve se salientar que a missão da Cáritas para com os migrantes e refugiados é o cumprimento daquilo que foi estabelecido pelo Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado deste ano (29 de setembro de 2024), ou seja, “Deus caminha com o Seu Povo”. O Papa Francisco nos chama a pensar num itinerário a ser percorrido em conjunto, com o espírito sinodal, superando obstáculos e barreiras, ameaças e divisões, para se chegar à pátria definitiva. Portanto, o primeiro passo a se dar nesse caminho é reconhecer Deus presente com o Seu povo, que caminha com Ele e junto com Ele nos bate à porta e nos chama ao seu encontro.
Além disso, o Papa Francisco propôs ao
“O aumento dos fluxos migratórios ocasiona um crescimento excessivo de demandas por serviços e políticas, especialmente nas pequenas cidades e nas regiões fronteiriças, onde se constata o acúmulo de pessoas e famílias migrantes. Isso faz com que governos, Organizações da Sociedade Civil (OSC), igrejas e outros organismos se mobilizem para estabelecer meios de acolhida e de desenvolvimento humano”.
longo de seu papado, quatro verbos para uma resposta comum da Igreja com relação ao tema: Acolher; Proteger; Promover; e, Integrar.
Acolher significa oferecer amplas possibilidades de entrada segura, estar de portas abertas; oferecer um alojamento adequado e decente, promovendo a centralidade do ser humano.
Proteger é trabalhar para assegurar direitos e a dignidades daqueles que migram; é oferecer informações seguras, garantindo direitos básicos.
Promover diz respeito a nos esforçar para que os migrantes e refugiados tenham condições de se realizar como pessoas em qualquer dimensão.
Integrar faz relação à múltiplas oportunidades de enriquecimento multicultural que a presença do migrante traz consigo, ou seja, uma cultura de encontro.
É nesse sentido que a Cáritas busca favorecer ferramentas para transformar a vida de migrantes e refugiados. Quer saber mais sobre as ações da Cáritas? Siga-nos no Instagram: @caritastoledopr. Seja um voluntário! Somos Cáritas, somos solidariedade!
Marcus Vinicius de Jesus Sanita
Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo
das maneiras de contribuir para a dignidade dos migrantes é a oferta do curso de Língua Portuguesa
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Celebrando a Páscoa: renovação na vida familiar
A Páscoa é um momento de renovação e celebração para milhões ao redor do mundo. É uma época em que os corações se enchem de esperança e a promessa de vida nova se torna tangível. Para muitos, essa renovação se manifesta mais profundamente no seio da família, onde os laços são fortalecidos e a fé é reafirmada. Neste artigo, vamos explorar a importância da Páscoa na vida familiar e como a Pastoral Familiar desempenha um papel crucial nesse contexto.
A Páscoa é uma festividade cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Para os fiéis, essa é uma época de reflexão sobre os ensinamentos de Cristo, seu sacrifício e a promessa de vida eterna. No entanto, além do aspecto religioso, a Páscoa também carrega consigo valores universais de amor, perdão e renovação, que são essenciais para a saúde e felicidade das famílias.
A vida familiar, com suas alegrias e desafios, é um reflexo do mistério da Páscoa. Assim como a ressurreição simboliza a superação da morte, as famílias enfrentam juntas os momentos difíceis, encontrando força na união e no amor mútuo. A Páscoa nos lembra que, mesmo nas horas mais sombrias, há sempre a promessa de um novo começo, uma oportunidade para re -
“Que neste tempo de renovação, possamos encontrar a inspiração para construir famílias mais fortes, mais unidas e mais amorosas. Que a Páscoa traga a todos nós a promessa de uma vida nova, repleta de paz, felicidade e harmonia familiar”.
novar os laços familiares e fortalecer os vínculos afetivos.
Nesse contexto, a Pastoral Familiar desempenha um papel fundamental. Através de suas atividades e programas, ela busca acompanhar e apoiar as famílias em suas jornadas espiritual e emocional. Durante a Páscoa, as comunidades pastorais oferecem momentos de reflexão, oração e partilha, proporcionando às famílias um espaço para renovar sua fé e reavivar seu compromisso mútuo.
Além disso, a Pastoral Familiar também oferece suporte prático para os desafios enfrentados pelas famílias
modernas. Seja através de aconselhamento matrimonial, orientação educacional ou assistência social, essas iniciativas ajudam as famílias a superar obstáculos e fortalecer seus laços.
Na Páscoa somos convidados a olhar para o futuro com esperança e otimismo, assim como uma família que enfrenta seus desafios com coragem e determinação. É um momento para renovar nossa fé, fortalecer nossos laços familiares e cultivar um espírito de amor e compaixão.
Em última análise, a Páscoa nos lembra que a vida é um presente precioso a ser vivido em comunhão com aqueles que amamos. Que neste tempo de renovação, possamos encontrar a inspiração para construir famílias mais fortes, mais unidas e mais amorosas. Que a Páscoa traga a todos nós a promessa de uma vida nova, repleta de paz, felicidade e harmonia familiar.
Lucas H. G. Primavera e Karini Paviani da Costa Casal-secretário diocesano da Pastoral Familiar
A paz e a harmonia no lar sejam sinais da renovação na vida familiar
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FAMILIAR
Que a luz resplandeça todos os dias no ambiente familiar
Sicredi Progresso PR/SP conclui Assembleias de 2024 com eleição do novo Conselho de Administração
Com 22 Assembleias de Núcleo realizadas, foi concluído o processo assemblear de 2024 na Sicredi Progresso PR/SP. No total, mais de 5.100 associados participaram dos encontros no Paraná e em São Paulo.
A Assembleia Geral Ordinária de Delegados (AGO) foi a última realizada, em 15 de março, na sede administrativa do Sicredi, em Toledo. Na ocasião, participaram os Coordenadores de Núcleo que validaram os votos coletados durante as Assembleias de Núcleo, além de lideranças locais e de outras cooperativas e colaboradores.
Nas Assembleias de Núcleo, foram votadas e aprovadas a prestação de contas do ano de 2023, foram eleitos quatro novos Coordenadores de Núcleo (total de 52), eleito o novo Conselho de Administração para a gestão 2024-2028 e, agora, aguarda-se a homologação do processo pelo Banco Central do Brasil (Bacen).
O novo Conselho de Administração da Sicredi Progresso é composto por: Inácio Cattani (presidente), Cirio Kunzler (vice-presidente), conselheiros: Elton Alceu Endler, Gilnéia Grotto, Rosinei Isabel Rambo Maraschin, Evandro Maurício Richartz, Werno Silvano Koheler e
Homenageado na ocasião da sua última AGO como presidente da Cooperativa, Cirio Kunzler, agradece a participação de todos no processo assemblear.
“As assembleias são o ponto máximo da participação dos associados que votam nas pautas. Tivemos ótima participação e um processo tranquilo, democrático e transparente. Estou muito feliz com a minha jornada até aqui. Quando assumi, em 2007, éramos pouco mais de 8 mil associados, hoje – 17 anos depois - chegamos à casa dos 70 mil sócios. Agora, aguardamos a homologação do processo pelo
Bacen. Seguimos trabalhando para a prosperidade dos negócios, das pessoas e de todas as regiões onde estamos”, enfatiza Kunzler.
Para Inácio Cattani, presidente eleito, existem novos desafios e muitas oportunidades para a Sicredi Progresso. “Assumir a cadeira de presidente é motivo de orgulho e uma enorme responsabilidade, os quais honrarei mediante nossos Conselhos, associados, colaboradores e também a comunidade. Agradeço pelo voto de confiança a mim depositado. Com certeza ainda temos muito a crescer e entregar, estamos apenas começando”, celebra.
65 Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 Ano XXVIII - nº 301 - Abril de 2024 INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO
Walter Eclache da Silva.
Novo Conselho de Administração eleito para gestão 2024-2028 da Sicredi Progresso
Novo presidente da Acit quer desenvolver gestão com qualidade nas relações
Eleito para presidir uma das mais respeitadas entidades da classe empresarial, Cristiano Dall’Oglio da Rocha quer imprimir uma gestão pautada na qualidade de relações, que gerem mais valor para os associados e comunidade. O novo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit) para o período 2024-2025 considera que a entidade tem uma função primordial para unir empresários, sociedade e lideranças dos diversos segmentos em prol do desenvolvimento.
Rocha menciona que a expectativa é dar sequências as ações em andamento, além de estar mais próximo dos associados, levando soluções, produtos e serviços, e contribuindo efetivamente para a melhoria de suas atividades, fortalecendo seus negócios e, por consequência, o desenvolvimento da cidade de Toledo. “Deixo um recado aos mais de 4.400 associados: demandem à Acit seus problemas e dificuldades. Continuem contando com a entidade, com nosso grupo de diretores e conselheiros voluntários e também com os quase 50 colaboradores que estão aptos e conectados com as nossas missões e valores”, salienta.
PERSPECTIVAS
Para este ano, algumas alterações foram sugeridas ainda na gestão 2023-2024 da presidente Anaide Holzbach e aprovadas em Assembleia Extraordinária no dia 21 de fevereiro
de 2024. Entre as alterações estatutárias está a constituição de duas novas vice-presidências: vice-presidente de Inovação e Tecnologia e vice-presidente de Núcleos, além de ajustes na composição da diretoria e ampliação do número de conselheiros consultivos.
Segundo Cristiano Rocha, as adequações dão ainda mais valor à Acit, tendo em vista sua representatividade dentro do sistema associativista. “Com isso, ampliamos nosso campo de discussão em determinados assuntos, envolvendo mais pessoas, entre diretorias e vice-presidências. Havendo também a possibilidade de um amadurecimento destes representantes quanto à Acit, preparando-os para uma possível presidência no futuro”, pondera.
Voluntário há dez anos na entidade, Rocha já ocupou os cargos de Conselheiro Deliberativo (2016-2017) diretor do Programa Empreender (20172018), diretor de Produtos e Serviços (2019-2020, 2020-2022) e vice-presidente de Relações Institucionais (2022-2024). Formado em Adminis-
O aniversário de Toledo será comemorado
tração de Empesas pela Universidade Positivo em Curitiba e pós-graduado em Gestão do Agronegócio pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Rocha é corretor de seguros e já foi secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, de Inovação e Turismo (2018) e foi vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Toledo (Codet). Dentro do sistema associativista, o atual presidente da Acit iniciou sua jornada como membro do Núcleo de Corretoras de Seguros, do Programa Empreender, constituído em 2014. Ele passou ainda por cargos voluntários como diretor do Programa Empreender da Coordenadoria das Associações Comerciais do Oeste do Paraná (Caciopar) e coordenador da Microrregional 3 da Caciopar. “Com o associativismo mobilizamos pesso as, fazendo com que possamos criar propósitos e caminhos para soluções de problemas enfrentados pelos asso ciados”, afirma. No Sindicato dos Cor retores de Seguros do Paraná, ocupa cargo de sub-delegado de Toledo e região Oeste.
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Diretoria da Acit para a Gestão 2024/2025
Cristiano, ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, assume presidência da Acit
Fotos: Assessoria de Imprensa/Acit
C.Vale investe R$ 30 milhões e moderniza sede administrativa
A cooperativa C.Vale investiu R$ 30 milhões na revitalização e modernização de sua sede administrativa na cidade de Palotina. Com isso, estão em um mesmo prédio diversos setores da empresa. A reforma da estrutura levou oito meses (julho/2023 a fevereiro/2024) e o resultado impressiona pela transformação do prédio que abrigou a antiga Coopervale.
A modernização incluiu o fechamento total do prédio com vidros de 12 milímetros, proteção térmica e acústica, controle eletrônico de temperatura, identificação facial dos funcionários e câmeras de monitoramento dotadas de inteligência artificial. O prédio agora tem três andares e é capaz de receber mais de 600 funcionários. “Tínhamos consciência de que nossos associados, funcionários, fornecedores e clientes precisavam de um ambiente mais fun-
cional e moderno, um ambiente mais ao estilo inovador da C.Vale”, disse o presidente Alfredo Lang durante a solenidade de inauguração, no último dia 1º de março.
O prédio possui sistema de prevenção e combate a incêndios, tratamento de esgoto, gerador de energia, e iluminação em led. Além de contar com acessibilidade, a estrutura agora conta com auditório para 120 pessoas. O novo mobiliário adquirido pela C.Vale proporciona maior conforto ergonômico
aos funcionários. São 23 salas de uso comum, 14 salas de atendimento, uma sala para videoconferência e 364 vagas de estacionamento.
Toledo conquista 1º lugar no Mais Verão 2024
Quando bem orientado, o esporte é uma prática que se traduz em saúde e consequentemente em qualidade de vida. Para quem já passou dos 55 anos, uma opção é o voleibol adaptado que em Toledo tem espaço para sua prática por meio de convênio entre o poder público e instituição de ensino superior. A oferta desta prática esportiva tem agradado tanto os grupos de atletas que estão conquistando pódio em competições regionais. Na mais recente competição, que
incluiu o voleibol de praia adaptado, as disputas foram realizadas em Guaíra, durante o Mais Verão 2024, evento organizado pela Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura, em parceria com a Itaipu Binacional. Os times masculino e feminino de Toledo conquistaram o primeiro lugar em suas categorias após os confrontos em que participaram competidores de Quatro Pontes, Assis Chateaubriand, Missal e os próprios anfitriões.
Presidente Lang recepciona convidados na inauguração
Nova sede administrativa da C.Vale em Palotina
Amplo espaço para atendimento aos cooperados
Auditório para 120 pessoas
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Foto: Divulgação/SMEL Toledo
Times de Toledo conquistam 1º lugar no Vôlei de Praia adaptado
Fotos: Assessoria de Imprensa
Especialistas elaboram documento sobre capacidades e riscos da Inteligência Artificial
O que acontece no final do filme? Máquinas e sistemas inteligentes superam a capacidade dos seres humanos e passam a controlá-los? Essas dúvidas, já abordadas várias vezes pela ficção científica, podem estar mais perto da realidade do que a gente imagina.
E essa é parte de uma conversa com o representante brasileiro em um comitê consultivo internacional formado pelo Governo do Reino Unido para desenvolver um relatório sobre as capacidades e riscos da Inteligência Artificial (IA).
O professor André Ponce de Leon Ferreira de Carvalho é um dos especialistas que fazem parte desse comitê, convidado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O atual diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, pesquisador principal do CEPID-CeMEAI e coordenador do Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial Recriando Ambientes (CPA IARA) está trabalhando com cientistas de outras 29 nações convidadas para a Cúpula de Segurança de IA do Reino Unido, da ONU e da UE. Em novembro do ano passado, foram discutidos os riscos dos sistemas mais recentes e poderosos de Inteligência Artificial, a chamada “IA de Fronteira” (Frontier AI) e os participantes receberam um relatório intitulado “Capacidades e riscos da IA de Fronteira”. “Descrevemos exemplos de danos sociais, riscos de utilização indevida por parte de maus intervenientes e até mesmo a possibilidade de perder o controle da própria tecnologia se esta se tornar suficientemente avançada”, aponta trecho do documento. Os riscos vão desde o uso indevido para armas químicas e biológicas ao ataque cibernético e
campanhas de desinformação.
O estudo diz textualmente sobre os riscos cibernéticos: “Os sistemas de IA podem ser usados por qualquer pessoa para criar invasões cibernéticas mais rápidas, mais eficazes e em maior escala por meio de métodos de phishing personalizados ou replicação de malware ”. O documento considera que a engenharia social aprimorada por IA já está sendo usada por cibercriminosos para conduzir golpes e roubar credenciais de login, com sistemas que podem coletar informações sobre os alvos, personificar vozes de contatos confiáveis e gerar mensagens persuasivas. “O risco é significativo dada a maioria os ciberataques utilizam engenharia social para obter acesso às redes da organização vítima”.
Outros apontamentos sobre os riscos de mau uso da Inteligência Artificial são feitos no documento. “Infraestruturas críticas como energia, transportes, cuidados de saúde e finanças já são frequentemente alvo de ataques cibernéticos atualmente. Isto pode resultar
no roubo de propriedade intelectual, roubo direto de fundos, destruição ou resgate de dados, violações de privacidade e perturbações para operações nos setores privado, público e terceiro setor”.
Quanto à manipulação de informações, o documento cita um exemplo: “Um chatbot social, baseado no GPT-3, construiu rapidamente confiança e intimidade com os usuários. Um usuário do chatbot descreveu a si mesmo como “felizmente aposentado das relações humanas”. Essa intimidade poderia ser potencialmente usada para manipular os usuários”. O texto afirma que há evidências de que os modelos de linguagem tendem a responder como se partilhassem as opiniões declaradas do utilizador. “A capacidade de prever as opiniões das pessoas e gerar texto que elas endossarão pode ser útil para manipulação. Os modelos de IA de fronteira podem manter mentiras coerentes em jogos simples de engano, e modelos maiores são mentirosos mais persuasivos”, alerta.
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As fronteiras da Inteligência Artificial e riscos da perda de controle dos humanos
Estado recolhe R$ 3,1 bilhões em IPVA
A Receita Estadual do Paraná realizou um balanço dos pagamentos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) referente ao exercício de 2024, com dados compilados até o dia 4 de março. De acordo com os registros, os proprietários de veículos do Estado desembolsaram no período apurado R$ 3,1 bilhões para pagar o imposto. Desse montante, R$ 2,18 bilhões foram referentes a quitações integrais, ao passo que pagamentos em parcelas totalizaram R$ 917,4 milhões. Em 2024, os proprietários de veículos que optaram pelo pagamento à vista até o dia 23 de janeiro puderam usufruir de um desconto de 6% sobre o valor do imposto. “O desconto maior pode ter servido de incentivo à antecipação, uma vez que verificamos aumento nominal de mais de 15% no valor total de pagamentos integrais em comparação com o ano anterior”, explica Leonardo Marcon, chefe do setor de IPVA na Inspetoria-Geral de Arrecadação da Receita Estadual.
IPVA 2024 - VALOR LANÇADO* E FROTA TRIBUTADA
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ao longo do ano parcelas referentes ao IPVA Obs.: Valor lançado é uma expectativa de arrecadação que pode se confirmar com o efetivo recolhido aos cofres públicos. Metade do valor arrecadado fica no município de origem. Município Valor lançado (R$) Veículos tributados Toledo 103.031.849,00 73.249 Marechal Cândido Rondon 33.274.371,73 27.173 Palotina 26.245.906,06 17.544 Assis Chateaubriand 19.969.762,45 15.883 Guaíra 15.292.009,58 12.249 Terra Roxa 8.058.675,07 6.775 Nova Aurora 6.529.273,59 5.139 Nova Santa Rosa 6.005.665,84 4.228 Tupãssi 4.833.892,81 3.353 Jesuítas 4.369.254,09 3.629 Mercedes 3.897.961,35 3.110 Quatro Pontes 3.835.688,18 2.585 Maripá 3.810.060,19 2.676 Formosa do Oeste 3.726.203,74 3.102 Entre Rios do Oeste 3.002.240,98 2.055 Pato Bragado 2.997.706,83 2.309 Ouro Verde do Oeste 2.056.735,62 1.750 São Pedro do Iguaçu 2.052.104,67 1.764 Iracema do Oeste 1.015.426,73 828
Municípios continuam recebendo
Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Os elementos para alcançar qualidade de vida
A saúde pública, psicologia, sociologia e outras áreas relacionadas ao bem-estar humano apresentam suas definições sobre o conceito de qualidade de vida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a qualidade de vida como um dos principais indicadores do bem-estar geral de uma pessoa. Por isso, é compreendida como “a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
fundo, a religião cumpre um papel muito importante nesse componente.
A primeira área, mais próxima da compreensão do cidadão comum, que contribui para definir o que significa qualidade de vida é o campo da saúde. Com saúde, diz o ditado popular, “a gente vai longe”. E vai mesmo: a expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu em 2022 para 75,5 anos. Mas chegar a esta idade depende de uma série de fatores que se traduzem em qualidade de vida.
Seja individualmente ou em comunidade, a qualidade de vida geralmente envolve aspectos como saúde física e mental, satisfação no trabalho e nos relacionamentos, acesso a recursos e oportunidades, segurança financeira, ambiente físico seguro e sustentável, senso de propósito e significado na vida, além de uma sensação geral de felicidade e realização pessoal. Se pesquisar mais a
Pouco se fala no calendário de abril, mas durante o mês esta data é lembrada como uma maneira de conscientizar a população sobre o assunto. E para você, o que é ter qualidade de vida?
Pense agora nos espaços públicos que a sua cidade oferece. As cidades mais organizadas com seus orçamentos conseguem ter esses espaços disponíveis para que as oportunidades sejam iguais a todos. Por isso, um bom planejamento urbano também reflete em qualidade de vida e principalmente na saúde das pessoas. Por isso é importante pensar em praças de convivência, quadras esportivas, áreas agradáveis para uma caminhada ou corrida de rua, ciclovias e outros ambientes para a prática de exercícios ao ar livre, evidentemente com profissionais capacitados para as devidas orientações. Aliás, pensando em eleições, quem sabe seja uma boa pauta para os candidatos aos
poderes Executivo e Legislativo das cidades da região. Saem na frente as cidades que criam esses ambientes e os mantêm cuidados para o constante uso por parte da população.
Não se discutem os benefícios que a prática regular de exercícios faz bem para o corpo humano. E não só o corpo, mas para a mente também.
A prática regular de exercícios está associada à redução do estresse, ansiedade e depressão. Isso ocorre porque os exercícios estimulam a liberação de endorfinas, substâncias químicas que promovem sensações de bem-estar e felicidade. Portanto, se você ainda não começou a se exercitar, mesmo que seja uma simples caminhada pelo bairro, vale a pena pensar no assunto. Converse com seus amigos. Quem sabe a qualidade de vida que você busca está tão perto quanto imagina.
Outro benefício que os exercícios físicos entregam é a melhoria da qualidade do sono, ajudando as pessoas a adormecer mais rapidamente e a ter um sono mais profundo e reparador. Converse com um especialista sobre o assunto. É muito importante.
Conhecer tudo isso contribui na promoção da qualidade de vida em diferentes contextos e populações, ajudando a orientar políticas e intervenções que visam melhorar o bem-estar e o desenvolvimento humano.
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Espaços públicos são elementos para oferecer qualidade de vida à população
Foto: Fabio Ulsenheimer
Casais coordenadores da Pastoral Familiar no Regional Sul 2: Cloves e Milene (2023/2025), Lafaet e Maria (2017/2022) e Paulo e Clarice (2011/2013) no encontro da Comissão Regional da Pastoral Familiar da Igreja no Paraná realizado em Assis Chateaubriand
Visita à redação da Revista Cristo Rei: Pe Leonardo, com o casal Valdeir Esteves Viana Costa e Luciane Gonçalez Ribeiro, coordenadores da Equipe Executiva de Administração e Economia da Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)
Garotada da Casa de Maria – Unidade de Toledo em festa com o lançamento do livro que concluiu o Projeto Ser Cidade patrocinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR) – Foto: Mellany Cristina da Silva
Conclusão do Projeto Ser Cidade, patrocinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR), com lançamento do livro que reúne detalhes da execução do projeto na Casa de Maria – Unidade de Toledo e apresentação da maquete confeccionada pelos participantes –Foto: Mellany Cristina da Silva
FELICIDADES
Claudina Benassi, da Paróquia
São Cristóvão (Toledo), recebe homenagem dos filhos(as), genros, noras, netos(as) e bisnetos(as) pelos seus 88 anos de vida (29/03). Parabéns!
FELICIDADES
Maicon e Daiane, da Capela Nossa Senhora do Rosário (Dois Irmãos) – Paróquia Nossa Senhora da Glória (Quatro Pontes), comemoram 12 anos de casados neste dia 14/04, com um coração cheio de gratidão pela família maravilhosa que formam com os filhos Gustavo, Ana Laura e João Miguel. Parabéns!
Na Comunidade São Paulo Apóstolo, de Pérola Independente (Maripá) – que faz parte da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, as famílias se prepararam para a chegada da Páscoa, em oração. A novena proporcionou momentos de conversão e serviu para deixar os fiéis mais próximos do Senhor. A foto retrata famílias da localidade neste ano de 2024 em novena de Páscoa – Foto: Elisa Wendt
Equipe de violeiros se formou na Paróquia Sagrada Família (Dez de Maio) pelo incentivo e apoio do Pe. Roberto enquanto esteve pároco nesta comunidade, e hoje o grupo anima várias celebrações com o nome “Violeiros Tom do Amor”. Na foto, com o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme
Na Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima, em Maripá, fiéis participaram das celebrações no Tempo da Quaresma em preparação para a Páscoa. No período, a reflexão própria em cada domingo foi conduzida pelo administrador paroquial, Frei Levi Jones Botke, que também falou sobre o tema “Fraternidade e Amizade Social”, proposto pela Campanha da Fraternidade 2024 – Foto: Evelyn Gabriele
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Celebração de acolhida ao Pe. Luiz Carlos Franzener como pároco da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo), realizada em 24/02. Ele foi muito bem recebido, pois retorna à comunidade onde iniciou seu ministério presbiteral – Fotos: Irineu Sturm/Foto Pioneiro
CATEQUESE 2024 EM JESUÍTAS
O início das atividades da Catequese em 2024 na cidade de Jesuítas reuniu catequistas, catequizandos e seus familiares na Igreja Matriz Santo Inácio de Loyola. A celebração presidida pelo pároco, Pe. Valdecir Trajano, marcou o envio dos catequistas e bênçãos sobre sua missão ao longo do ano –
Fotos: Patrícia Furlaneto Pelissari
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CRISMAS NA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS (TOLEDO)
Após realizarem a caminhada catequética, 60 jovens e 1 adulto da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) receberam o Sacramento da Crisma. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, presidiu a celebração eucarística na qual participaram os catequistas e familiares dos crismandos. Que os dons do Espírito Santo (Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus) acompanhem estes cristãos em suas vidas cotidianas –
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Fotos: Juan Matoso
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TRAVADO?
INÍCIO DA CATEQUESE 2024
No dia 2 de março, na Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi), foi realizada a cerimônia de Abertura da Catequese de 2024 com um momento de Oração durante o período da manhã e a celebração da Missa de Envio à noite com a comunidade. A Catequese nesta Paróquia conta com a colaboração de 55 catequistas, entre Matriz e Capelas e a participação de 368 catequizandos, sendo: 253 da Matriz, 22 de Palmitolândia, 15 de Brasiliana e 78 de Jotaesse. Foram momentos de alegria e renovação do compromisso cristão, dando o início a um novo ciclo de atividades catequéticas – Fotos: Pascom
O 13º Encontro dos Coordenadores e Assessores da Pascom do Regional Sul 2 da CNBB contou com a participação da Pastoral da Comunicação da Diocese de Toledo, sendo representada por Carmo Follmann (coordenador diocesano) e Thayná Campanha dos Santos e Cleverson Luiz Bamberg (coordenadores do Decanato Assis). Na foto estão com Pe. Adilson Naruishi, da Diocese de Campo Mourão (assessor eclesiástico da Pascom no Paraná) e Ir. Maria Nilza Pereira da Silva, assessora Nacional de Comunicação do Movimento Apostólico de Schoenstatt, que foi a palestrante principal com o tema “A Espiritualidade do Comunicador”. O bispo diocesano anfitrião, D. Amilton Manoel da Silva, abordou o tema “Desafios da Comunicação para a Antropologia” – Foto: Gabriel Rocha, Pascom Diocese de Umuarama
CATEQUESE 2024 EM PATO BRAGADO
Igreja São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) animada pelo início da Catequese 2024, numa bonita reunião de catequistas, crianças, adolescentes e seus familiares. A celebração que abençoou o início desta jornada foi presidida pelo pároco, Pe. Antonio Carlos Pereira da Silva.
Cumprimentos aos Pe. Antônio Carlos Pereira da Silva, pároco da Paróquia Cristo Rei (Entre Rios do Oeste) e da Paróquia São Luiz Gonzaga (Pato Bragado) que neste dia 4/04 chega ao 32º aniversário de sua ordenação
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APOSTOLADO DA ORAÇÃO E MEJ
O Encontro Diocesano de Formação das diretorias do Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) da Diocese de Toledo (3/03), foi pautado por importantes reflexões, sendo: os valores (prioridades) da Ação Evangelizadora Diocesana; a motivação dos 100 anos do MEJ no Brasil: ação missionária e celebrativa com os jovens; aspectos fundamentais da Espiritualidade do Apostolado da Oração; sugestões para vivência do Ano da Oração na Diocese de Toledo em preparação do Jubileu de 2025; e Orientações gerais sobre a Campanha Missionária e sobre o Congresso do Apostolado. O evento foi realizado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon)
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Fotos: Daniele Gil
José Luiz e Tânia
Simon, da Diocese de Toledo, representantes do Brasil no Congresso Internacional do Movimento Hogares Nuevos em Roma 2023, com o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Joseph Farrell
O Movimento Hogares Nuevos Obra de Cristo iniciou suas atividades neste ano com um retiro de espiritualidade (25/02), na Capela Nossa Senhoras das Dores Comunidade de Três Bocas – Paróquia São Cristóvão (Toledo)
José Luiz e Tânia Simon com Gigi De Palo no Congresso Internacional do Movimento Hogares Nuevos em Roma. De Palo é pesquisador e consultor católico, presidente da Fundação para a Natalidade. Foi também presidente do Fórum das Associações Familiares do Lácio e do Fórum Nacional das Associações Familiares da Itália
Encontro de Matrimônios é uma atividade do Movimento Hogares Nuevos Obra de Cristo, presente na Diocese de Toledo. A 2ª etapa do evento será no dia 7/04 na Capela Nossa Senhora das Dores, em Três Bocas – Paróquia São Cristóvão. Ele é sequência na programação realizada nos dias 2 e 3 de março
Haverá trigo para o pão de todos os dias?
O Paraná mantém uma tradição de cultivar em média 1,3 milhão de hectares com trigo, para um rendimento médio de 2,6 mil quilos por hectare. Com isso, a produção passa de 3,3 milhões de toneladas, contribuindo assim com praticamente a metade da produção nacional, mas que não alcança somado ao Rio Grande do Sul nem a metade da necessidade de consumo dos brasileiros, seja em pão, massas e biscoitos.
A grande pergunta está nas estimativas de plantio. Por enquanto, não se fala no assunto, mas com o decorrer do mês de abril os agricultores têm a “janela aberta” para o plantio conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Contudo, o Oeste do Paraná ainda está com os campos tomados pela 2ª safra de milho o que deve inviabilizar qualquer possibilidade próxima para o trigo. Assim, produtores rurais de outras regiões do Estado poderão ter mais espaço para o cereal do que os agricultores do Oeste, afinal, eles conseguiram retirar a soja mais cedo e assim efetuaram o plantio de milho em tempo para escapar dos riscos de temperaturas baixas, mas que dentro da aposta sofreram muito com as ondas de calor registradas sobretudo em março último.
Com isso, a pergunta que abre essa notícia persiste. Afinal, há fatores que desestimulam os produtores neste momento. Um deles é o preço pago pela produção. A cotação atual da saca de 60 kg está 28% menor do que há um ano. Além disso, na época da colheita, em 2023, a cotação havia caído 45%. O Centro de Pesquisa em Economia
Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, trouxe no relatório da primeira quinzena de março passado a informação de que a produção global poderia ser inferior à necessidade da indústria. No mercado doméstico, entretanto, ocorre baixa liquidez. Já no mercado externo, a atenção continua ao movimento chinês de compras.
Somada a essa questão dos preços, houve relatos de produtores da região de Toledo que poderão repensar o cultivo de trigo e deixar em pousio a área agricultável em razão da dificuldade de
entrega do produto. Ano passado, por exemplo, alguns agricultores informaram que precisaram rodar de uma cidade para a outra se quisessem entregar o produto, haja vista o número restrito de locais para recebimento da produção. Portanto, são fatores cruciais na tomada de decisão dos produtores.
No ano passado, agricultores da região de Toledo perderam cerca de 41% da produção, no comparativo com o que foi colhido no ano anterior, por conta de fatores climáticos.
Já o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), reportou no começo do ano que as importações nacionais de trigo foram reduzidas em 27% no ano de 2023, com base nos dados do Governo Federal. A diminuição, segundo o agrônomo Hugo Godinho, era esperada em função da combinação de uma boa safra brasileira em 2022 com a baixa disponibilidade de trigo argentino resultante da seca.
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Será que os campos produzirão o trigo necessário para o consumo?
Foto: Gilson Abreu/AEN