

Tempo de espera, de expectativa. O Advento é esse tempo que coloca os cris tãos ao caminho da celebração do Natal. Da manjedoura de Belém, irradia para todo o mundo a serenidade e a simplicidade com que Deus se manifesta para todos. Essa capacidade de colocar-se na condição humana, com todas as suas fraquezas inerentes, e tornar ainda mais explícito sua predileção pelo ser humano, como obra da criação, somente poderia ser da sua ação divina.
Pensar como será o Natal que cada um vai celebrar nesse dia é recordar uma ca minhada pautada no esforço de melhorar enquanto seres humanos, partindo do olhar aos pobres, aos mais fragilizados, e conectando todas as atitudes possíveis em seu favor. A simplicidade do olhar de uma criança diz muito ao observar a cena do presépio e é muito com ela que ainda os adultos precisam aprender a contemplar a beleza que é a vinda do Senhor.
Este tempo também é propício para lou var a Deus nas celebrações que reunirão as famílias e pessoas de boa vontade em torno do presépio. As igrejas da Diocese de Toledo estão preparadas para acolher você que tem esse desejo de aproximar-se do Natal, colocando-se à disposição com o coração aberto para que ali o Menino possa nascer. Seus pais bateram de porta em porta até encontrar um lugar que pudesse acolher o nascimento de Jesus.
Quem sabe neste ano seja aí, no íntimo do seu ser.
É propício também para a Revista Cristo Rei agradecer a Deus pelo ano vivido junto da comunidade e da sociedade. Agradecer pelas amizades construídas e solidifica das, pela compreensão das atitudes e pelas parcerias estabelecidas, com você leitor e com você empresário anunciante. Celebramos tantas conquistas ao longo deste período de 2022, como a mudança de endereço, novas possibilidades e opor tunidades que geraram o fortalecimento da publicação diocesana e demais meios que dispõe o Centro Integrado de Comu nicação. Nem tudo foi perfeito, mas houve compromisso e dedicação. Os resultados apareceram com a comunidade de fé e a sociedade em geral dando respaldo ao serviço de evangelização realizado pela Revista Cristo Rei.
Fica aqui a gratidão de toda equipe a você leitor, às comunidades que re cebem a Revista, que propagam a boa comunicação, pastorais e movimentos, e sobretudo aos nossos colaboradores que escrevem mensalmente, contemplando em seus textos o compromisso com a evangelização.
Que todos consigam viver o anúncio de um ano novo de muitas realizações para todos, nas suas diferentes realidades e necessidades. Renascido Ele está e vive entre nós. Boas festas e Feliz 2023.
Ano XXVII - nº 287 - Dezembro de 2022 Revista mensal da Diocese de Toledo
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BISPO DIOCESANO
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EDITOR
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DIAGR AMAÇÃO
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Toledo, Marechal Cândido Rondon, Palotina, Guaíra, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Tupãssi, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, Mercedes, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Formosa do Oeste e Maripá.
TIR AGEM 7.000 exemplares
IMPRESSÃO Gráfica TUICIAL
Os assuntos tratados em artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor
Exposição
Isopor poderá ser usado para liberação controlada de fertilizantes na agricultura
“O Verbo de Deus se fez homem e veio habitar entre nós” (Jo 1,14). É este o Natal que celebramos, o início de um novo tempo em que Deus nos fala através de Jesus, Filho de Deus, que nasce entre nós e assume a nossa humanidade.
O Concílio Vaticano II afirma que, por sua encarna ção, o Filho de Deus se uniu de certo modo a cada ser humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verda deiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado (Gaudium et Spes, 22). O verdadeiro sentido do Natal de Jesus é a realização da nossa sal vação através do mistério da encarnação, vida, morte e ressurreição de Jesus.
A oração sobre as oferendas revela o sentido do Natal: “Acolhei, ó Deus, a oferenda da festa de hoje, na qual o céu e a terra trocam os seus dons, e dai-nos participar da divindade daquele que une a vós a nossa humanidade”. Deus se fez homem a fim de que a humanidade se tornasse Deus. O primeiro ato deste in tercâmbio se opera na humanidade de Cristo: o Verbo assumiu o que era nosso para nos dar o que era seu. O segun do ato do intercâmbio consiste na nossa real e íntima participação na natureza divina do Verbo: o Salvador do mundo, que hoje nas D.
ceu, nos regenerou como filhos de Deus.
Comenta o Papa Francisco: “Jesus não nos salvou com uma ideia; Ele se abaixou e se fez homem. A Pala vra se fez carne. A partir de hoje temos ao nosso lado um Deus que percorre os caminhos difíceis de nossa existência, que vive, sofre e espera ao nosso lado”.
Quando este pilar da nossa fé entra em crise, a dig nidade humana também é comprometida. “É urgente, portanto, levar a humanidade de hoje a descobrir o rosto autêntico de Deus, que se nos revela em Jesus Cristo” (Papa Bento XVI). O Natal é a festa da fé, mas também a festa do amor entre nós.
Uma comunidade cristã que quer celebrar o Natal do Senhor com fé e amor não pode se contentar em decorar apenas a sua casa ou as ruas da cidade para a celebração, mas deve se transformar em um sinal luminoso do amor de Deus.
Nosso compromisso é construir ou reconstruir vínculos de paz nas famílias e na sociedade, oferecer gestos de esperança e perdão, compartilhar o peso di ário das preocupações dos irmãos, curar as feridas que dilaceram as relações pessoais. Vivamos plenamente a nossa responsabilidade de ser evangelizadores, testemunhando a alegria de ter encontrado Jesus e o seu amor com gestos concretos de misericórdia. Por tanto, nosso Natal será o Natal de Jesus se soubermos traduzir os valores divinos em fraternidade e contem plarmos o rosto de Deus nas feições do próximo que encontramos todos os dias.
“Cristo pode nascer mil vezes em Belém, mas se não renascer no seu coração, seria tudo inútil” (Ângelo Sinésio).
Desejo a todos um Feliz e Santo Natal e um Ano Novo repleto das bênçãos de Deus.
João Carlos Seneme, CSS Bispo da Diocese de ToledoA preparação para o Natal é um tempo muito gostoso para ser vivido em família e com amigos. É um período que convida aos gestos de fraternidade, companhei rismo, diálogo, amor e caridade. A casa passa a ser arrumada em vários detalhes decorativos, onde sobressaem as luzes piscantes. Sempre tem uma tarefa para cada um executar, seja na busca de um pano para retirar a poeira, um balde para lavar, até chegar o momento da instala ção da árvore de Natal e do presépio.
Essa pode não ser a realidade presente em 100% dos lares, até porque é preciso considerar as diferentes situações, mas mesmo assim é um evento que renova em cada ser humano a esperança de dias melhores. A data do Natal, a expectativa da vinda do Senhor, já é o motivo maior para acalentar os corações e animá-los na sequência desta jornada que é a vida.
Este tempo próximo do Natal é um período em que as pessoas exercitam essa conversa sobre o evento, por ma neiras distintas, inclusive pelo aspecto comercial. Mas a ênfase desta edição da Revista Cristo Rei se dá justamente neste momento como uma proposta de dialo gar a respeito da experiência natalina que cada pessoa pode fazer no seu interior.
Para essa reflexão, Pe. Laudemir da Rocha, pároco da Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo, parte exatamente de uma ideia de retorno ou de visita que todos os católicos fazem ao evento do Natal de Jesus como se fosse um reencontro com suas origens e com sua própria fé. É como uma fonte onde quem está com sede encontra o espaço para saciá-la. Nesse retorno às origens, os católicos contemplam o nascimento do Menino Jesus e mergulham na sua histó ria que é a história de cada um enquanto peregrino para o Reino do Céu.
Com espiritualidade própria para a
ocasião, Pe. Laudemir aproveita para recordar a etimologia (origem e história das palavras) quanto ao significado do nome da cidade em que Jesus nasceu. A palavra Belém deriva do hebraico que na livre tradução significa “casa do pão” (Bethlehem). O lugar onde Jesus nasceu tinha o trigo como produção muito acen tuada e por isso era reconhecida como a casa do pão. E aqui se conecta o que está contido na Sagrada Escritura onde lê-se que Jesus é o pão vivo descido do céu (cf. Jo 6,51). “Essa é uma referência muito bonita a Jesus contemplando o lugar em que Ele nasceu, fazendo jus à sua cidade natal. A Igreja reza esse Evan gelho, contemplando verdadeiramente o Pão da Vida. Então, é muito bonito perceber esse aspecto das palavras natal e Belém: natal, a cidade onde nascemos (terra natal), e Bethlehem a ‘casa do pão’. Essa é uma referência muito importante para todos nós”, sublinha.
A data de celebração do Natal de
Jesus também se conecta com outras tradições ao que que antigamente era celebrado como a festa do Sol pelos pagãos, e também o dia do deus Sol Invictus, no império Romano, em 25 de dezembro. Essa era uma comemoração que se estendia até o dia 6 de janeiro, fazendo referência da saída do inverno no hemisfério Norte para o início de um novo tempo de plantio. “Era a festa da luz, pois era o dia mais longo do ano, com maior presença do sol que abre possibi lidades futuras para o plantio”, lembra.
Por força dos movimentos históricos, a religião cristã se tornou a religião oficial do império romano a partir do século IV e assim sendo declarada ca tólica (para todos), aquilo que era no calendário o dia da comemoração do Sol, se tornou a data para lembrar o nascimento do Filho de Deus. “A Igreja encontra nessa data, o dia do Sol, como sendo agora uma festa cristã e não mais pagã. Agora sim ela tem um sentido mais real e bonito, pois Jesus é a Luz que vai iluminar nossa caminhada de fé”, ensina Pe. Laudemir.
Importante ter muito presente o foco de expectativa da vinda do Senhor nestes dias de dezembro que antecedem o Natal. Até lá, os cristãos vivenciam as celebrações do Advento e nele encontram um “duplo movimento” que se entre laça mais adiante na compreen são da fé. “O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e ale gre expectativa” (Missal Romano – NUALC 39).
O Advento é a preparação para essa grandiosa festa. O desejo é que as famílias e vizinhos possam se preparar juntos para o Natal, por meio da vida partilhada e na individualidade de cada um, con templando o Menino que está che gando. “É uma soma de preparação para todos nós. Advento é espera”, lembra Pe. Laudemir.
Mas como isso acontece nas casas das famílias? Certamente, você tem uma experiência parti cular de preparar a residência e montar o presépio. Assim é com a Ana Paula Dresch Zavadzki e o Luiz Felipe Zavadzki, pais de duas crianças pequenininhas, João Pedro (9 anos) e a Maria Eduarda (5 anos), que já são introduzidas nesse tem po de espiritualidade do Advento. Eles são da Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Toledo, e membros do Movimento de Cursi lhos de Cristandade. Ana também é catequista e aproveita esses conhecimentos para motivar ainda mais a preparação para o Natal. “É dessa forma que mostramos para as crianças como participar da co munidade. Precisamos deixar esse legado para os nossos filhos e por
isso participamos ativamente da nossa comunidade”, comenta.
Do “berço”, Ana lembra do tem po de criança quando ainda na casa dos pais, a mãe incentivava a par ticipar da montagem do presépio, enquanto o pai se dedicava na ins talação das luzes. Além disso, essa era a época de preparar a recepção de parentes. “Era a expectativa de receber nossos tios e primos. Se criava todo esse clima muito bom, com novenas nos vizinhos. Algo muito bom, com uma boa conver sa, sentados na frente de casa para contemplar esse tempo, as luzes de Natal”, diz.
A recordação com mais carinho dessa época era quando o pai convidava para sair pela cidade e visitar as casas enfeitadas, num bom aproveitamento das cenas marcantes que o Natal produz. “É uma memória afetiva muito boa porque estávamos em família e era o nosso momento de muita alegria. Outro momento que tenho muito carinho era a visita às casas das nossas tias, que residiam no interior, onde eram montados os presépios maravilhosos tudo com o que a natureza oferecia”, revela Ana. Ela descreve que o presépio era feito com areia, pedra, erva-ma te, e até se fazia um riozinho. Na decoração, uma muda de pinheiro natural. “Aquilo era muito lindo”, destaca.
O tempo passou e agora Ana reproduz um pouco desse clima de organização do ambiente do méstico para a Natal, chamando seus filhos para a montagem do presépio. E com todo esse capricho, também é despertada a atenção dos amiguinhos das crianças. “Eles falam ‘nossa, que lindo’. Acredito que essa também é uma forma de evangelizar. Assim como eu ficava maravilhada com os presépios feitos pelas minhas primas, eu gos taria que as crianças quando nos visitam sejam tocadas de alguma forma e queiram fazer nas suas casas”, observa.
Falando nessa tradição de mon tar o presépio, é bom lembrar que o primeiro presépio montado, que se tem notícia, é uma elaboração de São Francisco de Assis. Preten dia assim que as pessoas, mesmo sem acesso aos textos da Sagrada Escritura, tivessem a oportunidade de contemplar o Natal e viver essa espiritualidade da vinda do Senhor. O presépio surgiu com materiais dos mais simples que representavam Ma ria e José um de cada lado do Menino Jesus na manjedoura, e assim essas peças retratavam o cenário em que o Salvador nasceu.
Na casa da Ana Paula e do Luiz Fe lipe, esse ano os filhos se envolveram na montagem do presépio bem cedo. “Era para começar mais tarde, mas a minha filha estava muito ansiosa
(sorri). Enfim, gosto de envolver as crianças e explicar o porquê de cada elemento. Eles se envolvem bastante. Penso que é importante até mesmo para nós que ganharmos mais tempo para contemplação do presépio. É um momento muito oportuno para evangelizar a nossa família”, avalia. Por sinal, neste tempo, a oração do terço é feita junto do presépio.
Nessa tradição, inclusive litúrgica, quando nas igrejas montam seus pre sépios, ao longo do Advento surge a oportunidade de desenvolvimento deste tema com tonalidade cate quética. Ao mesmo tempo em que na preparação para um casamento ou comemoração de aniversário, a família e amigos começam a se mo bilizar, surgem as expectativas que vão sendo preenchidas aos poucos,
na medida em que são escolhidos modelo de convite, local do evento, e demais detalhes. Todo esse conjunto vai indicando uma finalidade e quan do chegar no evento em si, aí os con vidados estarão com o pleno sentido do que é aquele momento. No Natal é muito semelhante pelo impacto que a data tem na vida de cada cristão. A preparação existe e é catequética quando a comunidade realmente se envolve para esta celebração que, para alguns, até passa a ganhar o verdadeiro sentido. Portanto, além dessa questão cultural, a liturgia católica convida à essa preparação com o Advento.
Ana Paula reforça que esse é o sig nificado que procura dar aos filhos. “Eu e meu marido temos uma preo cupação muito grande na formação
espiritual deles, e nos dedicamos muito, até porque os primeiros catequistas são os pais. A primeira Catequese eles precisam aprender conosco. Fazemos nossa parte de ensinar, mas todos nós precisamos dar o exemplo”, considera.
Aqui Pe. Laudemir volta para par tilhar a sua memória afetiva sobre o Natal que vem da sua própria casa. Ele conta que além de todos terem a devida catequese natalina, na Igreja e também em casa, seu pai se vestia de Papai Noel para a entrega de alguns
O Natal tem esse poder de reunir as pessoas nos melhores sentimentos de confraternização e gestos concre tos de solidariedade, sempre agindo em favor do próximo sem pensar nada em troca. Natal é dádiva, é amor de Deus manifestado no Menino Jesus.
Por isso, os povos que não são cristãos celebram o Natal sem talvez imaginarem nesse contexto. E mes mo que celebrem com um sentido um pouco diferente daquele que é o sentido para os cristãos, ainda assim esses povos celebram coisas boas. Nenhuma cultura vive esse tempo de proximidade do Natal pensando em coisas ruins. Obviamente que além da dimensão religiosa, há também a dimensão celebrativa.
Mesmo em meio a essas diferentes maneiras de pensar na atividade hu mana em tempos que conduzem para o Natal, vale recordar que em outras partes do planeta essa data vai além do dia 25 de dezembro que é a data re ferenciada para os cristãos católicos.
Em outras tradições, o Natal é celebrado no dia 7 de janeiro no caso pelos cristãos ortodoxos. É que a Igre ja Católica Apostólica Romana segue o calendário gregoriano enquanto algumas igrejas ortodoxas do mundo (especialmente no leste europeu e no Oriente Médio) seguem o calen dário juliano, criado em 45 a.C. “O significado do Natal, independente da data que se celebra, é o mesmo na importância para todos os cristãos”,
presentes: para os meninos, os car rinhos de puxar com um barbante; e para as meninas, as bonecas. “E nós ficávamos na expectativa de ganhar o presente, mas com receio de que o ‘Papai Noel’ desse uma advertência e até uma varinha, e ele cobrava ‘obe deça seu pai e sua mãe’. Eu carrego com carinho essa lembrança porque aprendemos muito”, recorda.
Para os cristãos, a tradição cristã acentua um santo em especial nessa época do ano: São Nicolau, um bispo católico que fez muito para atenuar o sofrimento das pessoas que viviam tempos difíceis com a pobreza. Em
gesto de generosidade, ele saiu na promoção da caridade. “Hoje nós vemos alguns símbolos, como aquela imagem das meias pendu radas na lareira. Isso se deu porque São Nicolau percebeu uma situação bem delicada de uma família que estava prestes a vender suas filhas. As meias que elas tinham lavado, es tavam secando na lareira. O que São Nicolau fez? Subiu no telhado e pela chaminé despejou algumas moedas que caíram dentro das meias. Essa foi uma atenção incrível de São Ni colau a uma realidade de dificuldade naquela família”, conta.
completa Pe. Laudemir da Rocha. Embora todas essas situações que levaram a diferentes calendários, o mais relevante para ambos, cristãos orientais ou ocidentais, é o que se celebra: a encarnação do Verbo; o próprio Deus que assumiu a nossa pequenez humana. Mesmo sem pre cisar, Ele quis tornar-se humano para aproximar as pessoas.
Além disso, cada país insere na cultura popular diferentes modos de festejar o Natal. No Brasil, como já mencionado, a cultura evidencia os enfeites, árvores e presépio. “Em outros lugares, na Itália, por exemplo, tem uma cultura muito curiosa onde na véspera do Natal uma senhora usa fantasia distribuindo doces e
balas para crianças boazinhas e para quem não é leva algumas palmadas. Essa mulher faz referência a uma senhora que em Belém, quando Maria estava pronta para dar à luz, fechou as portas e não acolheu o Menino Jesus. Para se redimir, tem essa cultura de visitar algumas fa mílias, especialmente com crianças. É um folclore em torno dessa época do Natal”, pontua. Porém, tudo isso não pode fazer com que a pessoa perca o seu ponto de referência que é o principal: celebrar o nascimento do Filho de Deus. Assim tudo vai se explicando, como é o presente que as pessoas distribuem, é a mesma maneira como Deus deu seu próprio Filho para a humanidade.
As comemorações dos 70 anos de emancipação político-administrativa do município de Toledo, sede da Diocese, são expressões vivas de uma trajetória de coragem na época do seu pioneirismo e perseveran ça nas oportunidades que surgiram com o passar dos anos. Vieram as pessoas, surgiram empresas, a cida de foi crescendo e se mol dando com características próprias, mas que encon tram um ponto comum de sustentação. O dia 14 de dezembro de 1952 é a “data de nascimento” oficial do município, quando suas instituições próprias dos poderes executivo e legislativo inicia ram a caminhada, mas que encontra na figura de um religioso o tronco de onde ramificaram-se as esperanças daquele povo e a sustentação da sua história com o passar destes anos.
“Em 1946, eram de 30 a 40 homens, sem suas famílias, filhos, com roupas rasgadas, pouca comida porque era difícil o acesso. Estavam muito de sanimados, diria que alguns até com depressão. Quase abandonaram e se assim o fizessem, de lá do Rio Grande do Sul não viria mais ninguém. Não fosse a presença do Pe. Antonio Patuí, o pessoal teria ido embora e a história de Toledo seria outra”, sentencia Vitor Beal, filho de pioneiros, autor de quatro livros que contam a história de Toledo, dentre os quais a sua segunda obra “Um Coração Valente” que relata a presença do padre religioso, da congregação So ciedade Verbo Divino (SVD).
“Alfredo Ruaro soube que o Pe. Patuí estava em Foz do Iguaçu e que este rezaria no vilarejo que se formava, hoje Cascavel. Pediu que Juvenildo Lorandi e outros convidassem o padre para vir a Toledo, confortar as pessoas, confessar, comungar. O pessoal ficou mais anima do. Em dois ou três dias de permanência com eles, o padre tomou a decisão de
ficar aqui mesmo e começou seu traba lho não só de assistência religiosa, mas de fazer as ruas da cidade com uma fita métrica. Se não fosse o Pe. Patuí, cer tamente Toledo não teria sido fundado naquele momento”, acrescenta Beal.
Pe. Patuí é uma figura central para a fé e que entrelaça na missão de atender as pessoas, mas também com a organi zação social daquilo que se configurou Toledo, do início da sua colonização aos dias atuais na medida em que a cultura
se forjou neste cenário. “Eu acredito que sem ele (padre), a cultura de Tole do seria outra. Meus pais também não teriam vindo para cá”, avalia o escritor que desembarcou nesta terra aos 9 anos de idade, quando seus pais Olivo Beal (em memória) e Emília Leduc Beal (100 anos completos em 2022) vieram de Joaçaba (SC) a convite de Willy Barth para empreender no ramo hoteleiro.
Na história administrativa de Toledo, relatada em seu livro “Vitoriosos – o po
der do voto”, ele conta os passos dados por aqueles que se lançaram ao voto popular para comandar o município em formação. Mas Vitor Beal viu além da formação administrativa com todos seus prefeitos também a chegada de todos os bispos. “Quando D. Armando Círio chegou de avião, Germano Pizetta emprestou seu Dodge preto – era uma pintura para a época esse carro – para buscar o bispo. Foi então que um fato pitoresco se registrou. Havia algumas Vespas e Lambretas. Eu, o Liminha (Luiz), o Adames (Delmir), com mais alguns amigos, uns oito, fomos convi dados para servir de batedores do carro em que estava o bispo. Viemos do ae roporto até a cidade e o carro do bispo, logo atrás, comendo poeira, mas muita poeira. O bispo deve ter ficado danado com a gente”, sorri.
Para Vitor Beal, entre tantos fatos que a história registra há que se des tacar que Toledo é uma terra de opor
tunidades para quem tem vontade de trabalhar. Mas ele frisa que enxerga Toledo alcançando seus 70 anos pelos caminhos da fé. “Falei com minha mãe há poucos dias, o mais otimista dos pioneiros não imaginaria que Toledo chegaria aos 70 anos do jeito que ve mos hoje. Jamais imaginamos. Acho que foram muitos acontecimentos que contribuíram, mas principalmente pela base de Toledo que vem da fé cristã. A fé ajuda, a fé cura até doenças. Minha mãe
A história deste aniversário do muni cípio de Toledo é indissociável com os 70 anos da Paróquia Cristo Rei, a atual Catedral Diocesana. Da primeira missa rezada pelo Pe. Antonio Patuí com os co lonizadores, em julho de 1946, até a cria ção da paróquia, foram decorridos quatro anos aproximadamente. Na celebração dos 70 anos da Paróquia, o pároco Pe. Hélio José Bamberg e o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, apresentaram à comunidade “a certidão de nascimento da Paróquia”, assinada por D. Manoel Köenner, bispo da então Prelazia de Foz do Iguaçu, datado de 1º de janeiro de 1952. Escrito em latim, ele oficializa a criação da Paróquia, apresenta os limites territoriais e nomeia o primeiro pároco, o próprio Pe. Patuí. Essa foi uma das memórias trazidas na marcante celebração alusiva ao padro
eiro da Paróquia Cristo Rei no último dia 19 de novembro.
Somou-se a esse contexto celebrati vo, a bela participação de pioneiros no início da missa. Fiéis batizados naquela época trouxeram ao colo os bebês que recentemente rece beram o Sacramen to do Batismo na mesma paróquia.
O tema escolhi do “A Ele louvor e glória eternamente” pôs em evidência esta exclamação da gratidão pelos pró prios cristãos que compreendem sua
As
até hoje manifesta aquela fé de sempre, pedindo sempre para Deus ajudar e Ele tem ajudado”, comenta.
filiação divina. E assim, a procissão de batizados ganhouu esse tom mais forte onde a assembleia reunida pode contem plar a vida da comunidade que é contínua.
A Coroa do Advento é mais um símbolo cris tianizado ao longo da história e abarcado na prática celebrativa do povo. Segundo a tradi ção de cultos pagãos europeus, no solstício de inverno, isto é, dia 25 de dezembro, ce lebrava-se o deus Sol Invencível. No período de inverno, acendiam -se velas ou outros ma teriais similares com fogo, para marcar a espera da celebração do deus Sol.
Diante disso, a Igreja passou a cele brar o Natal do Senhor no solstício de inverno, justamente, para ressaltar que Jesus é a verdadeira luz do mundo. Além disso, assimilou-se o ritual de espera, criando a Coroa do Advento. Hoje, este suporte celebrativo se caracteriza por ser redondo, revestido de ramos vege tais e constituído de quatro velas, as quais são acesas conforme os domingos do Advento forem sendo celebrados.
São variados os sentidos atribuídos às quatro velas, entretanto, o mais
tade do período do Advento e a proximi dade com o Natal.
Na celebração do Natal, pode-se acres centar uma quinta vela, necessariamen te branca e maior do que as demais, e manter a Coroa até o fim do Tempo do Natal. Ao longo deste tempo, mantenha-se também uma ima gem do Menino Je sus próximo à Coroa, para indicar a maior importância do Natal em relação à sua espera.
No espaço litúrgico, a Coroa do Advento deve estar próxima à Mesa da Palavra, meio pelo qual se dá o anúncio da vinda do Senhor. Também, cada católico pode fazer a sua Coroa e tê-la em casa num lugar adequado.
comum está relacionado à celebração das etapas da História da Salvação, cujo ápice de dá na encarnação-mistério pas cal de Jesus. Não há uma regra quanto às cores, porém, valoriza-se a vela correspondente ao Terceiro Domingo, sendo esta de cor rosa. Nesta ocasião, cele bra-se o Domin go Gaudete ou da alegria, por marcar a me
Comunidades eclesiais, famílias e so ciedade em geral podem ser ambientes favoráveis para o despertar de vocações. O Ano Vocacional 2023 se propõe à pro moção da cultura vocacional como graça e missão a serviço do Reino de Deus. Com o lema, “Corações ar dentes, pés a caminho” (Lc 24,32-33), em todas as paróquias e capelas da Diocese de Toledo foi aberto esse tempo próprio para enrique cer o diálogo sobre o assunto.
Na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, que partilha
com a Revista Cristo Rei esse momento celebrativo ocorrido no último dia 19 de novembro, a abertura do Ano Vocacional contou com o gesto de “lançar a semen te”. Literalmente, com sementes de giras sóis, catequizandos, coroinhas e demais
crianças da comunidade. Veja outros momentos do Ano Vocacional com as lideranças de Pastorais e Movimentos na seção “Comunidade Viva” desta edição.
As comunidades já contam com os novos Ministros Auxiliares da Comunidade, que recentemente receberam a confiança do mandato por meio de rito conduzido pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.
Eles realizaram ao longo deste ano de 2022, uma caminhada de estudos sobre este ministério não ordenado e, deste modo, participaram de um aprofundamento nos conteúdos da fé para o bom atendimento nas co munidades onde residem.
São 121 lideranças leigas oriundas de 21 paróquias nas quais os fiéis podem contar para o atendimento das suas necessidades que vão desde a celebração da Palavra, distribuição da Eucaristia, visita aos doentes e acompanhamento de exéquias.
“Manifestamos o agradecimento da Diocese de Toledo pela disponibilida de dos novos MAC que vão contribuir para aproximar as pessoas do Reino de Deus, pelo caminho de Salvação que é Jesus Cristo”, afirmou D. João
em celebração eucarística realizada na Paróquia Sagrada Família, em Toledo no último dia 18 de novembro. Feliz da comunidade que conta com a dis posição de leigos e leigas dispostos a esta missão. Parabéns!
os
A Diocese de Toledo foi surpreen dida no dia 21 de novembro último com o falecimento do Pe. José Apa recido Bilha, conhecido pelos mais próximos como “Pe. Cido”. Ele estava com 63 anos de idade e exercia seu ministério como pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra).
Quem convivia com ele, reco nhecia na sua fala um homem de trato calmo e paciente. Desde 2016, integrava o time de padres colaboradores que escrevem para a Revista Cristo Rei todos os meses as reflexões de textos próprios da Sagrada Escritura. O mais recente in titulado “Nosso coração transborda de alegria. Deus se aproxima de nós”, está publicado nesta edição e presta uma homenagem póstuma a este sacerdote que se dedicou ao bem das pessoas. Pe. José Aparecido havia completado em 11 de março seus 28 anos de sacerdócio.
No seu primeiro ano em Guaíra, em 2020, procurou contornar as res trições impostas pela pandemia da covid-19 ao manter o diálogo evange lizador com os fiéis. Além de Guaíra, antes havia exercido seu ministério presbiteral em Assis Chateaubriand, Quatro Pontes, Vila Nova (Toledo) e Formosa do Oeste.
Na administração dos Sacramentos, entre tantos batizados, celebrações de 1ª Eucaristia, casamentos e nas exé quias, sempre deixou uma mensagem marcante na vida de cada fiel e na famí lia. Atuou ainda nos seminários diocesa nos como promotor vocacional, diretor espiritual e reitor.
Pe. José Apareci do Bilha era natural de Astorga. Cursou Filosofia, em Tole do, e Teologia no Studium Theologi cum, de Curitiba, e no Instituto de Teo logia Pio XII, de Lon drina. Foi sepultado em Assis Chateau
ples de nossa vida”, afirmou.
Em nome da família, o sobrinho Bruno Bilha chamou a atenção dos fiéis. “Continuemos rezando pelos nossos padres e seminaristas para que Deus renove sempre as forças deles, porque ser pastor de nós dá muito trabalho. Mas o padre também gosta de jogar conversa fora (pausa por conta da emoção), o padre tam bém gosta de um bolo de milho, de um churrasquinho. Que possamos re zar, mas também amá-los com gestos concretos de fraternidade. Menciono isso com muito carinho para que pos samos cuidar dos nossos pastores”, afirmou bastante emocionado.
briand, município para o qual migrou com a família em 1967.
Nas exéquias, o coordenador do Clero Diocesano, Pe. Vagner Aparecido Alves, enalteceu as características do seu irmão no sacerdócio. “Um homem calmo, sereno, que sempre transmitiu a paz. Muito obrigado Pe. Cido por ter sido esse ser humano tão bom no meio de nós. Obrigado pela vida doada, pelo seu sim ao projeto de Deus e por nos ensinar a encontrar Deus no mais sim
Já a senhora Marlene Felizardo, representando as comunidades, sublinhou que Pe. Cido, como guia espiritual, enfrentou desafios de seguir Deus mediante o compro misso com o próximo, transmitindo as questões da fé com humildade. “Admiração, respeito e carinho pelo ministério sacerdotal vivenciado pelo Pe. Cido”, disse.
Seguindo seu rito de atividades, a Pastoral da Pessoa Idosa realizou Assembleia Diocesana com finalidade eletiva. Com a presença das coorde nações de 22 paróquias, a assembleia reconduziu Leani Lutz para mais um período de quatro anos como coorde nadora diocesana. A Assembleia tam bém elegeu como vice-coordenadora Angelita Boufleur, da Paróquia São Cristóvão (Toledo). Para a secretaria assumem Célia Steim, da Paróquia Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon), e Jacinta, da Paróquia Nossa Senhora da Glória (Quatro Pontes).
O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e o assessor diocesano Pe. Valdecir Trajano, participaram da Assembleia e acompanharam a expo sição da atual realidade de atendimen tos da Pastoral da Pessoa Idosa.
“Atualmente, estamos atendendo quase 7 mil idosos na Diocese. São aproximadamente 600 líderes vo luntários atuando na PPI”, resumiu a coordenadora reeleita Leani.
Além de manter o acompanha
mento dentro dos padrões que todos já conhecem, uma das prioridades para 2023 é intensificar os cadastros dos idosos via aplicati vo. Atualmente ele é feito via o “App Visita”, mas também pelos formulários Fadop.
A Assembleia, realizada em 29 de outubro, ocorreu na Paróquia São Cristóvão, em Toledo.
A Missão Católica São Paulo VI, de todas as dioceses do Paraná, ergueu uma escola em Guiné-Bissau, na África, que somente após o período mais forte das restrições impostas pela pandemia pode ser oficialmente inaugurada com o rito de bênção, conduzido pelo presidente da CNBB-Regional Sul 2, D. Geremias Stei metz. A cerimônia foi em 7 de novembro último.
Esta escola na África contou com a colaboração financeira dos católicos do Paraná, com participação das famílias que incentivaram especialmente as crianças a este gesto concreto de participação mis sionária. Entretanto, além da contribuição econômica, a Diocese de Toledo tem um pouco mais de suor derramado em favor
das crianças de Quebo, em Guiné-Bissau. Em 2019, enviou o casal missionário Moa cir e Gilsemira, com o filho Márcio. Moacir contribuiu com seus conhecimentos na construção da escola, enquanto a esposa e o filho atuaram nas demais colabora ções no dia a dia da comunidade de fé.
Este já é o terceiro ano letivo de acolhi mento das crianças no espaço de ensino. O projeto inicial prevê três blocos de salas de aula. O segundo ainda depende da generosidade dos cristãos para ser con cluído. Na escola funcionam o Jardim de Infância I, II e III, e 1ª e 2ª classes.
A conclusão de 2022 tem um motivo ainda mais especial para os católicos que formam a comunidade da Capela São Pedro, localizada em Linha Campo Sales, distrito de Margarida, em Mare chal Cândido Rondon. De modo alegre e festivo, estes irmãos na fé celebraram os 50 anos da capela com as melhores recordações dos tempos do pioneiris mo, a valorização dos esforços destas famílias na atualidade e seus renovados compromissos com a evangelização das novas gerações.
Estes 50 anos de existência, no sinal do Jubileu de Ouro, expressam um mo vimento muito importante de unidade das pessoas que resultou na comunhão e partilha dos seus principais aconteci mentos de fé e devoção.
Tudo começa no ano de 1965, onde as famílias que ali residiam, vendo a ne cessidade de formar uma comunidade de oração, começaram a se reunir para rezar o Terço. Os primeiros encontros
com esta finalidade aconteceram na re sidência de Clemente e Lúcia Olkowski. Assim a comunidade começou o pro cesso de fortalecimento de seus laços pela fé, e permaneceu até algum tempo com os encontros neste local.
A Festa do Jubileu de Ouro da Capela São Pedro ocorreu no dia 17 de setem bro último, com Celebração Eucarística
presidida pelo pároco da Paróquia Santa Margarida, Pe. José Emanuel Beffa, seguida de jantar de confraternização. Na ocasião, várias pessoas fundadoras se fizeram presentes, muitas delas são filhas dos fundadores. Elas trouxeram alguns objetos – durante o Rito das Ofe rendas na celebração – representando o início da comunidade.
Ação de graças e descontração mar caram as comemorações dos 45 anos da Paróquia São Cristóvão, de Toledo. Na missa, o agradecimento a Deus por abençoar esta comunidade de fé erigida Paróquia em 12 de novembro de 1977 e que caminha nos passos de Jesus Cristo e de seu Padroeiro. Admirável a partici pação destas pessoas que se aproximam do altar onde louvam pelas conquistas, assim como pedem forças para supe rar os desafios da realidade presente. Igualmente admirável a presença das pastorais e movimentos que contribuem na evangelização que se pratica nesta paróquia.
Nos festejos alusivos a esta data, o pároco Pe. Luiz Carlos Franzener con duziu o rito de bênção da imagem de São Cristóvão instalada aos pés da torre erguida no conjunto de construção do novo templo, inaugurado ainda em fe vereiro de 2016. Durante a celebração, salientou a unidade dos fiéis e perseve rança na caminhada.
Após a missa, as pessoas foram
convidadas a acompanhar o Show de Talentos da comunidade. Os talentos da casa se apresentaram com o Coral São Cristóvão e o Coral Doce Melodia, além de intérpretes infantis, com acompanha mento de violão e gaita, e a presença
das Pequenas Irmãs da Sagrada Família. Diversos voluntários fizeram a encena ção da passagem bíblica que recorda a visita de Jesus à casa de Marta e Maria (Lc 10,38-42), entre outras participações da comunidade que compuseram o evento.
No dia 12 de novembro de 2022, a Paróquia Nos sa Senhora de Fátima de Maripá, realizou a Assem bleia que contou com a participação de lideranças da Matriz e Capelas. Sob o tema “Eles eram perseve rantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações (At 2,42)”, re presentantes das pastorais realizaram estudos, refle xões e avaliações quanto a caminhada realizada e para tomada de decisão sobre o caminho adiante.
Por objetivo geral, apresentou-se a proposta de “Evangelizar a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, cada vez mais urbana, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos de Je sus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica op ção preferencial pelos pobres, cuidan do da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”. A Assembleia partiu das reflexões das Diretrizes Nacionais, das prioridades regionais da CNBB, bem como das conclusões da última Assembleia Dio cesana, ocorrida em 6 de novembro.
Sob a presidência do pároco, Pe. Ademir Alves Teixeira, compreen deu-se a importância da formação de lideranças nas comunidades eclesiais missionárias, bem como o trabalho em comunhão com toda a igreja. O momento de espiritualidade ocorreu à luz da Palavra, favorecendo a todos os presentes a ideia de uma igreja que seja fermento na sociedade, onde os leigos e leigas sejam protagonistas de uma ação evangelizadora incentivadora de comunidades eclesiais missionárias.
Seguindo os pilares propostos para Ação Missionária de Evangelização para o ano de 2020/2023 “Pão, Pa lavra, Caridade e Ação missionária”,
apresentou-se o Plano Paroquial de Ação Evangelizadora (2022/2023) que ainda se encontra em processo de reestruturação, e juntamente com as equipes de pastorais presentes, discu tiram-se as atividades desenvolvidas no ano de 2022, bem como pistas de ações para o ano de 2023.
Para o Pilar da Caridade foram propostos o desenvolvimento das se guintes ações: Promover levantamento da situação de idosos, deficientes e excluídos junto à comunidade, para promover palestras com especialistas visando a melhoria da situação; Cam panhas de arrecadação de alimentos, vestuários e utilidades domésticas para os necessitados; Acompanhar casais no período pré e pós Matrimônio e oferta de curso para regularização do Matrimônio; Acolher e orientar os imi grantes sobre as ações da comunidade; Realizar palestras com temas voltados à boa convivência familiar; Convidar membros da comunidade para partici par de conselhos municipais.
O Pilar do Pão apresentou como propostas: A explicação dos atos da missa nas ações litúrgicas e pastorais, catequese, encontro dos pais e ado lescentes; aproveitar o envelope do dízimo para catequizar sobre os ritos e símbolos da missa;
Resgatar os momentos de adoração
do Santíssimo, juntando as pastorais; Criar o hábito de levar as crianças para rezar em frente ao Santíssimo, organi zando momentos para esta ação junto às diversas pastorais; Ensinar a forma correta de fazer genuflexão; Resgatar o Sacramento da Confissão por con versão, trabalhar mais o Sacramento da Reconciliação e promover reflexões em torno deste sacramento; implantar projeto “Sementes do futuro” em toda a paróquia.
Quanto ao Pilar da Palavra, decidiu -se por: Trabalhar a iniciação à vida Cristã na comunidade; Promover a Leitura Orante, tornando-a presente em todos os encontros eclesiais, bem como, produzir subsídios práticos para condução de momentos orantes em nível pessoal, familiar e comunitários; Promover cursos, encontros, retiros e tardes de espiritualidade de formação bíblica para lideranças, especialmente para os missionários das comunidades eclesiais missionárias, para coordenar e animar o povo na vivência da Palavra de Deus; Propagar a Palavra de Deus nos meios de comunicação social; Apresentar peças teatrais com temas bíblicos no natal, semana santa, dia dos pais, mães e demais comemora ções; Realizar gincanas bíblicas com diversas faixas etárias; inserir textos bíblicos na oração da via-sacra.
Para o Pilar de Ações missionárias (Missão), as lideranças reunidas apre sentaram como propostas: Desenvol ver projetos de visitas missionárias nas escola, comércio, clubes e outros; Incentivar as comunidades missioná rias, através de visitas personalizadas, possibilitando relações e manifestações de fé, amor, carinho, em comunidades que vivam a misericórdia, a fraterni dade e a solidariedade; Acolher casais separados ou em conflitos conjugais; Promover encontros de casais e namo rados; Realizar missão permanente com visitas, celebrações, terços, novenas, e outros; Criar novas lideranças nas comunidades eclesiais missionárias; Visitas permanentes de Ministros Au xiliares da Comunidade aos doentes; Realizar momentos de confraternização: piqueniques, passeios, acampamentos, torneios, envolvendo crianças, jovens e idosos; Incentivar as devoções popula res, através de festas: juninas, quermesses, Festas da colheita; Pro mover a utilização das redes sociais para co municar os eventos da comunidade; Realizar a Catequese de Inspira ção Catecumenal com Adultos através dos envelopes de evange lização.
Na certeza de que há muito a ser realiza do e envoltos por uma esfera de renovação,
fé e esperança, os participantes apre sentaram seus anseios, possibilidades e dificuldades quanto à realização das ações propostas, considerando a Ação Evangelizadora, na qual o Papa nos pede uma Igreja Sinodal, apontando uma nova mentalidade na vida da Igreja, atingindo a todos os membros e considerando as pessoas como centro desta ação. Apoiados nos Pilares da Palavra, do Pão, da Caridade e da Mis são, despertando nas comunidades, a autocompreensão como missionários em estado permanente de missão, ca pazes de formar discípulos para Jesus Cristo, abertos a sair em missão, numa cultura de proximidade, encontro e diálogo.
Ao final, em um clima de muita harmonia, com o pensamento no Menino Jesus que já se anuncia todos participaram de um momento de con fraternização.
Ave Maria. Maria, Alma exultante de graça, Graça de Deus que não passa. Sei que a modéstia preferes. És bendita entre as mulheres. Teu sim a terra devassa.
Bela és tu, que acreditaste Na excelsa mensagem do anjo E no inesperado arranjo. Dedicaste a liberdade A servir a humanidade. Gratidão agora esbanjo.
Bendito é o fruto que vem Para afirmar a verdade, Embora a alguns desagrade. Sendo um marco divisor Nova ideia irá propor. Faça-se a Sua vontade.
És a Santa Mãe de Deus, Assim soa a nossa voz. Neste mundo tão atroz, De batalhas e rumores, Roga pelos pecadores. Deus tenha pena de nós.
Queime todas as ofensas Na chama eterna do bem. Jesus nascendo em Belém, Maria e o Filho amado, Velem hoje ao nosso lado E na hora da morte. Amém.
A Assembleia Diocesana trouxe luz para a Ação Evangelizadora em 2023. Realizada no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em Toledo, ela reuniu bispo, clero, religiosos e reli giosas, lideranças leigas das pastorais, movimentos e conselhos das paróquias, seminaristas e membros dos organis mos diocesanos para traçar algumas propostas prioritárias de atuação no campo evangelizador. No centro da reflexão esteve o conceito de “Comu nidade Eclesial Missionária” e como os pilares do Pão, Palavra, Caridade e Ação Missionária se entrelaçam no propósito de inspirar, à luz do Evangelho, essa pre sença forte dos cristãos como missio nários da Palavra nas suas experiências em família, em comunidade de fé e na sociedade.
A condução deste tema foi feita pelo Pe. Luiz Carlos Franzener, que imedia tamente apresentou os protagonistas dessa comunidade: todos os cristãos. Significou uma convocação para que cada um se perceba como igreja e as sim também corresponsável na missão evangelizadora. “A comunidade não é um fim em si mesma. Ela tem uma mo tivação: impulsionar a viver o Evangelho vivo. O verdadeiro motivo de estar em comunidade é a Trindade Santa, a vida em comunhão, vida fraterna, buscando a Salvação”, afirmou.
Nesse sentido, a prioridade da ação evangelizadora é justamente a co munidade e sua vivência dos valores cristãos. Tudo o que for proposto como atividades e demais iniciativas deve ter as bases do Evangelho, de onde brotam os ensinamentos de fraternidade, soli dariedade, unidade e comunhão.
O grande desafio para a Ação Evan gelizadora na Diocese é motivar as comunidades de fé para que se auto compreendam como missionárias. O primeiro passo que está sendo enca minhado é a promoção de um encontro sobre espiritualidade missionária, cuja agenda está sendo organizada dentro das possibilidades de assessoria das Pontifícias Obras Missionárias (POM).
A Catequese também deverá ser valo rizada como um espaço para que a missa e os seus ritos sejam melhor conhecidos pelos cristãos, visando que esta experi ência eucarística seja praticada no seu cotidiano. Nesse mesmo caminho, é um apontamento da Assembleia Diocesana para que as Celebrações da Palavra sejam bem preparadas nas comunidades e des ta maneira contribuam para a finalidade a que se propõem.
Como material de apoio, serão pro duzidos vídeos com comentários sobre os ritos celebrativos, num trabalho da Pastoral Litúrgica. A ideia é que sejam pequenos trechos com detalhamento do rito e sua presença no contexto li túrgico da missa. É como uma pequena catequese litúrgica.
Outra atenção da ação evangelizado ra para o ano que vem, conforme indi cado pelos participantes da Assembleia Diocesana, é a valorização do Domingo,
recordando aos católicos que esta é a data de celebração da Páscoa semanal, para que ela não seja “trocada” pela segunda-feira. São questões básicas e essenciais, mas que se notou a neces sidade de serem rememoradas para que se consiga promover essa consciência sobre a Santa Missa dominical e como viver a espiritualidade deste dia.
Embora apareçam com maior ênfase os pilares do Pão e da Missão, 2023 não deixará de lado as belas iniciativas de formação com as escolas bíblicas, a motivação para a presença dos cristãos nos conselhos de direito, ações junto aos imigrantes, pastorais sociais e a atenção aos vulneráveis.
O Ano Vocacional está em curso até 26 de novembro de 2023, e ele convida todas as pastorais e movimentos, e conselhos paroquiais e de capelas a se perceberem como agentes de promoção vocacional. Essa articulação é extremamente importante para que possam frutificar iniciativas práticas de promoção vocacional. Um momento espe cífico para este fim está agendado para o dia 26 de fevereiro do ano que vem, data em que será realizado um encontro na Paróquia Sagrada Família, em Toledo, com aquelas pessoas que serão indicadas pelas próprias comunidades. Neste caso, as inscrições para esta atividade acontecerão de 9 de janeiro a 9 de fevereiro.
(sujeita a alterações)
Dia 26/02 Encontro diocesano de agentes paroquiais – Paróquia Sagrada Família (Toledo)
Dia 11/03 Retiro diocesano para adolescentes – Instituto João Paulo II
Dia 01/04 Missão vocacional nas paróquias do Decanato Rondon
Dia 15/04 Missão vocacional nas paróquias do Decanato Toledo
Dia 03/06 Missão vocacional nas paróquias Decanato /Assis e Palotina
Dia 30/07 Encontro diocesano de coroinhas e acólitos no Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes
Dias 26 e 27/08 – Retiro vocacional para jovens – Seminário São Cura d’Ars Dia 22/10 Festival Vocacional (Festivo)
Pe. Marcelo: “Precisamos aprender a promover vocações”
Durante exposição na Assembleia, o assessor diocesano da Pastoral Vo cacional, Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, apresentou estatística que se tornou reflexão a todos os participantes. Era uma projeção do número de padres com o passar dos anos e a necessidade de promoção vocacional. Ele conside rou apenas o clero diocesano.
Em 2023, a Diocese terá 37 padres diocesanos, sendo 33 na ativa e qua tro em situação de emeritude. Sete seminaristas ingressarão na Teologia e uma ordenação está prevista. Ele considerou uma média de 35 padres necessários para realizar a assistência religiosa às comunidades.
Lançando a estatística mais adiante, considerou que para o ano de 2028 o número de padres em emeritude (aposentados) passará para seis. “Precisaríamos de no mínimo quatro ordenações até 2028 para manter a estrutura”, afirmou. Já em 2033, se não ingressarem novos, 26 padres estariam na ativa e seriam necessárias, portanto, nove ordenações. “Precisamos con juntamente trabalhar a questão voca cional para não pensarmos em reduzir a atividade ou paróquias se juntarem umas com as outras”, disse. Outro alerta é o crescimento vegetativo das cidades e as necessidades dos cristãos nesses espaços urbanos.
Partilhamos com você mais essa con quista! A Revista Cristo Rei – órgão oficial de comunica ção da Diocese de Toledo, conquistou o Prêmio Toledo Destaque Empre sarial 2022. Exata mente em nosso 26º aniversário, chega esse presen tão que nos posi ciona como instru mento de evangeli zação, de encontro das paróquias e capelas, pastorais e movimentos, das reflexões sobre a fé propostas em nossas páginas que constroem conjun tamente cada edi ção da Revista da
O reconhecimento como Destaque Empresarial tem origem na pesquisa feita pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), por meio do Conselho do Jovem Empreendedor (Cojem). Ela possui metodologia própria, desde a coleta de dados com entrevistas de campo até o acompanhamento e tabulação feita por profissionais da área.
Com esta honraria recebida no último dia 5 de novembro, em cerimônia com participação de em presários e convidados, a Revista Cristo Rei acumula 7 premiações.
O Prêmio Toledo Destaque Em presarial foi entregue pela primeira vez para a Revista Cristo Rei em 2013, ano em que o segmento “Revista local/regional” passou a ser pesquisado. Para a direção e funcionários foi uma grata surpresa receber a premiação que se somou ao compromisso de oferecer ao público leitor um conteúdo diferen ciado de evangelização.
Com sua presença na comuni dade de fé e nos diferentes seg mentos da sociedade em geral, a
Revista Cristo Rei é um meio de comu nicação que tem investido em design e qualidade gráfica, fatores que contri buem para que as empresas encontrem espaço adequado para a publicidade de suas marcas, produtos e conceitos.
Homenageada como a Revista mais lembrada no segmento, a Revista Cristo partilha a alegria deste Prêmio Toledo Destaque Empresarial 2022 com você que nos lê todos os meses.
A continuidade de nossa missão se dá pela dedicação de uma equipe com prometida, com suas fontes e todos os colaboradores articulistas, bem como por meio da presença de empresas anunciantes em nossas páginas. Esta mos no caminho certo!
Em clima de festa e de louvor a Deus, o Apostolado da Oração celebrou seus 75 anos de presença na Paróquia Cristo Rei, em Toledo, e por extensão diocesana, uma vez que ele é anterior à criação da Diocese de Toledo, até mesmo antes de criação da Paróquia. Por iniciativa do saudoso Pe. Anto nio Patuí, missionário da Sociedade
do Verbo Divino (SVD), em 1947 ele reuniu uma equipe de senhoras para um maior aprofundamento na oração, convidando as pioneiras Rosa Assunta Formighieri, Amélia Gasperin Longhi e Virgínia Dalla Costa Deparis, todas de saudosa memória. Elas são lembradas como precursoras do primeiro grupo
do Apostolado da Oração, hoje conhe cido como Rede Mundial de Oração do Papa. Familiares destas pioneiras participaram da celebração.
“Sintam-se bem aconchegados ao coração de Jesus”, disse a coordenado ra Nilce Unfer no comentário inicial da celebração, e prosseguiu: “O Sagrado Coração de Jesus é porta aberta a todos que pro curam um consolo amigo, uma palavra de estímulo, um olhar de compreensão, uma luz para seu caminhar. Em seu gesto de abrir o coração, ferido pela lança, Cristo nos convida a entrar em sua intimidade para conhecer bem de perto as riquezas inesgotáveis de sua misericórdia”.
A realização da 5ª Assembleia da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 con firmou a nova coordenação para o triênio 2023/2025. Para a alegria da Diocese de Toledo, Cloves e Milene Angeleli, que já coordenaram a Pastoral Familiar dioce sana, foram escolhidos para conduzir os trabalhos no estado do Paraná, junta mente com o bispo referencial D. Bruno Versari e Pe. Cézar Antonio Pôggere, assessor eclesiástico.
“Os desafios são enormes, são várias realidades de Pastoral, mas o Paraná está buscando se consolidar com o itinerário vivencial de preparação para o Matri mônio, com um olhar também especial aos recém-casados, o serviço à vida, também. Logicamente, não podemos deixar de mencionar todas as demais atividades que já acontecem em nossas paroquias, como Semana Nacional da Família, Semana da Vida, Dia do Nascitu ro, encontros de perdas e viuvez, entre outros”, salientou Cloves Angeleli ao comentar algumas das atenções que a coordenação pretende dar ênfase neste período.
Para ele, ao menos dois pontos são essenciais nessa atenção às famílias. Citando o que acontece em Curitiba com o “SOS Família”, um serviço de escuta aos casais. “Na Diocese, já for mamos duas turmas de Escuta Familiar. Essa é uma realidade que está presente na nossa Diocese e é uma das possi
bilidades que temos para motivar as demais dioceses em vista deste serviço”, pon tua. Cloves considera que a pandemia mostrou conflitos familiares e outras situações surgiram, tornando-se uma necessidade de atenção. “Esse poderia ser um cami nho a seguirmos”, considera. Além disso, reforça que há necessidade também de um esforço na implantação do itinerário de preparação para o Matrimônio nas dioceses. Com essa mensagem, o novo casal coordenador assume os trabalhos da Pastoral Familiar no Paraná (Regional Sul 2).
A escolha da nova coordenação ocor reu no começo de novembro (dias 5 e 6), durante assembleia realizada na Diocese de Umuarama. D. João Mamede Filho, bispo da diocese anfitriã, e o casal co ordenador nacional da Pastoral Familiar, Alisson e Solange, que são da Diocese de Dourados (MS), manifestaram apoio e incentivo à coordenação do Regional.
Cloves e Milene, com uma equipe que está em formação, terão a missão de articular, promover e fortalecer, por meio das coordenações provinciais e dio cesanas, o desenvolvimento da Pastoral Familiar e de Comissões de Promoção,
Respeito e Defesa da Vida, valorizar e defender a vida, a família e o Sacramento do Matrimônio; acolher a todas as famí lias, por meio de uma leitura atualizada da realidade, em todas as paróquias do Paraná, em conjunto e em parceria com os organismos, movimentos, serviços, associações e institutos familiares.
O Regional Sul 2 é composto por 18 dioceses, organizadas em quatro Provín cias, sendo Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel, e mais a Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, de Curitiba. Participaram da Assembleia representan tes de 15 dioceses.
O ato da evangelização acontece no encontro das pessoas. Nos relacio namentos diários em família, entre os colegas de trabalho, em momentos do lazer, na escola e na sociedade de um modo geral, todos são momentos preciosos para transmitir a alguém a mensagem de Cristo. Nos gestos, nas palavras, nas atitudes, no amor e na fraternidade a evangelização se realiza. Por meio da igreja comunidade, a atividade evangelizadora ganha seu impulso, incentivo e motivação naquilo que as pastorais e movimentos, estruturas e organismos eclesiais promovem diariamente. A sustentação de todo esse serviço acontece pela sua participação na Campanha para a Evangelização.
Pautada no tema “Evangelizar: graça e missão que se dá no encontro”, esta Campanha incentiva você como católico a praticar sua corresponsabi lidade nas obras de evangelização. Para isso, convida ao gesto concreto de oferta no 3º Domingo do Advento, este ano, nos dias 10 e 11 de dezembro. “Evangelizar é a vocação da Igreja e, nela, a vocação de cada batizado, discípulo missionário de Jesus Cristo. Essa vocação é dom e compromis so, ou seja, é graça e missão, a qual se realiza no encontro interpessoal, intercomunitário, intergeracional” (Texto-base CE 2022).
No artigo deste mês tra zemos uma temática que é recorde de audiência em nossos podcasts (programas de rádio gravado), a série: “Os Santos e o dinheiro”. Nesta série apresentamos como os santos e as santas utilizaram as finanças a serviço da vida. Vale muito a pena conferir e escutar. Dentre tantos san tos e santas que já gravamos, hoje destacamos um em es pecial, que é comemorado no dia 6 de dezembro; um santo que é um ícone simbólico das festividades de fim de ano. Um santo que é conhecido quase que em todos os continentes, protetor das mulheres solteiras, das crianças, dos mercadores, dos marinheiros, dos endividados e dos lojistas. Tam bém é padroeiro da Grécia, Noruega, Lorena (Paris), Bari (Itália), Amsterdã (Holanda) e Moscou (Rússia). Este santo tão popular, podemos dizer, tão conhecido e ao mesmo tempo uma figura completamente curiosa, pois temos pouco acesso à sua ver dadeira história de vida. Muitas coisas que chegaram até nós hoje foram construções de tradições folclóricas, lendas, fábulas e publicidade. Esta mos falando da personalidade que deu origem ao que hoje chamamos de Papai Noel.
Nicolau da cidade de Licia (Ásia menor) onde hoje é a Turquia viveu entre os anos de 275 a 343 d.C. Foi uma pessoa muito interessante, filho de nobres ricos, ficou órfão muito cedo e, consequentemente, teve que aprender a administrar a herança recebida de seus pais, o que o fez com muita solidariedade aos mais necessitados. Após repartir seus bens com os pobres tornou-se monge. Foi aclamado bispo de Mira (Turquia) e exerceu seu ministério pastoral nas regiões da Palestina e do Egito. Por sua extrema generosidade em favor dos pobres foi perseguido
e preso pelo Imperador Diocleciano que o via como ameaça às ações que os cristãos realizavam em benefício dos mais necessitados. Solto após o edito de Constantino (325 d.C), neste mesmo ano participou do primeiro grande Concílio da Igreja, em Nicéia. Um Concílio onde se defendeu o dogma de Maria como Mãe de Deus (Theotókos), rejeitando as ideias do bispo Ário, que Jesus (o Filho) era subordinado ao Pai, negando a sua coeternidade na Trindade Santa. Uma cena apócrifa muito bizarra neste concílio, foi que a certa altura dos debates acalorados o bispo Nicolau atingiu o rosto de Ário.
Ainda sobre São Nicolau, encon tramos registros nos escritos de Eusébio de Cesaréia (um dos pri meiros historiadores cristãos) e São Metódio, atestando sua santidade. Muitas outras histórias acerca deste homem são hagiografias (escritas sagradas), isto é, maneiras de contar a vida de um santo taumaturgo, faze dor de milagres. Dentre as histórias que se destacam, certa feita o bispo Nicolau vendo um vizinho seu que ficou viúvo e tendo que cuidar de suas três filhas, estava passando por uma situação de extrema pobreza, decidiu levá-las para a prostituição para que pudessem sobreviver. En tão, São Nicolau jogou para dentro
da casa deste pobre homem três saquinhos com moedas de ouro, para que esta famí lia tivesse o suficiente para viver com dignidade, e que posteriormente suas filhas pudessem pagar os dotes de casamento.
Ficou conhecido como um homem bom, que dava presentes aos pobres, às crianças, protegia as mu lheres. Após sua morte, sua fama espalhou-se ainda mais por toda Ásia menor e Eu ropa Central. Na Alemanha, Irlanda, Holanda, Bélgica, Finlândia, Noruega ficou muito forte a tradição de no dia 6 de dezembro (dia de São Nicolau) dar presentes, doces, mimos e livros às crianças.
Assim, aos poucos foi-se cons truindo a personagem do Papai Natal (Noel-Nouel-Noël-Natalis-Natalício) ou seja, a figura de um bispo genero so, pai (padre) que simbolizava toda a solidariedade do Natal, a partilha e a proximidade com os mais neces sitados. Já no século XIII, algumas freiras começaram a dar presentes para as crianças no Natal fazendo referência ao bom velhinho. Porém, como toda tradição que se espalha tende a também beber da cultura lo cal, para chegarmos até o Papai Noel moderno, somou-se à figura de São Nicolau algumas lendas nórdicas, de atos de generosidade do Deus Odin, juntamente com acréscimo de criatu ras como gnomos, trenó, neve, renas, bem como Joulupukki (cabra de Yule) e julenissen (criatura mítica do folclo re escandinavo). Sendo assim, a figu ra do Bom Velhinho foi ultrapassando os “muros do cristianismo” e mais do que isso se associando a outras cultu ras. Com o advento da modernidade e a criação da nova Amsterdã nos EUA (Nova Iorque), muitos elementos da cultura holandesa foram levados pe los migrantes, e a tradição de colocar presentes em sacos, meias, sapati
nhos em honra a SanterKlaas (Santa Claus) se espalhou. Porém, a per sonificação comercial como temos hoje do Papai Noel deve-se à soma de muitos destes fatores: a tradição folclórica-mítica dos países nórdicos, a religiosidade de um homem bom, generoso e solidário com as crianças pobres, e ali no “mundo novo” alguns fatos foram cruciais como a poesia “A noite antes do Natal”, ou a “Visita de São Nicolau”, de Clement Clark Moore (1822) descrevendo um velhinho gor do, de bochecha rosada e feliz. Esta imagem tomou forma na caricatura de Thomas Nast (1860) para a revista Harper’s Weekly. Mas, somente em 1930 que a imagem do Bom Velhinho recebeu a cor vermelha da Coca-Cola, com uma campanha publicitária feita por Haddon Sundblom.
São Nicolau foi um bispo do séc. IV
àquilo que frequentemente o Papa Francisco nos têm repetido: “Como eu queria uma Igreja Pobre e para os Pobres”. Este desejo do Papa Francis co tem uma íntima relação com o que disse o Papa João XXIII, um mês (11 de setembro de 1962) antes de abrir o Concílio Vaticano II “pensando nos países subdesenvolvidos, a Igreja se apresenta e quer realmente ser a Igreja de todos, em particular, a Igreja
“São Nicolau foi um bispo do séc. IV que marcou profundamente a história da humanidade, deixando um legado de partilha, solidariedade, e opção preferencial pelos pobres. Este Santo nos ensinou com sua vida e missão àquilo que frequentemente o Papa Francisco nos têm repetido: ‘Como eu queria uma Igreja Pobre e para os Pobres’. (...) Portanto, o Papai
dos pobres”.
Portanto, o Papai Noel e toda a força simbólica deste Bom Velhinho nos provocam neste findar de ano a questionarmos se também nós esta mos colocando as finanças à serviço da vida. Ou, se estamos vivendo reféns da cultura do descartável, da Economia da Desigualdade, fruto da Globalização da indiferença onde o dinheiro governa ao invés de servir. Que este Natal, o Papai Noel nos traga o presente dos presentes: o nascimento de Jesus de Nazaré em cada um de nós, em nossas atitudes de solidariedade, partilha, misericór dia, fraternidade, perdão e paz, pois o Menino Deus é o príncipe da Paz e só viveremos sob seu reinado, ou em seu Reino quando formos, com a for ça do Espírito Santo: “Instrumentos de Vossa Paz”.
Quando fa lamos de Cate quese podemos distinguir dois sentidos: a catequese formal e a catequese infor mal. A catequese formal é aquela que acontece se manalmente, a partir de uma de cisão eclesial, ou seja, é organiza da a partir da co munidade cristã, com catequistas que foram cha mados para uma missão específica em horário e local bem definidos, geralmente den tro de um Centro Catequético ou de uma sala prepa rada pela comunidade eclesial com esta finalidade. Já a catequese infor mal é aquela que acontece em vários ambientes, de diversos modos e em diferentes horários, por meio de vários protagonistas, desde o pai, a mãe, os avós, as pessoas da família, e a comunidade como um todo.
Qual a catequese que entra em fé rias? Evidentemente, a que entra em férias todos os anos é a catequese formal. Assim como existe o ano le tivo nas escolas, podemos dizer que existe o ano catequético em nossas comunidades eclesiais. Então, os catequistas e os catequizandos têm o seu merecido período de descanso que, geralmente, compreende os meses de dezembro, janeiro e feve reiro, com poucas diferenças entre uma comunidade e outra.
E a catequese informal, ela também entra em férias? Se compreendemos a catequese informal como processo de educação na fé, então podemos dizer que esta nunca entra em férias.
Sempre que um pai ou uma mãe en sina um valor cristão para o seu filho ou sua filha, seja através de uma palavra ou de um testemunho, po demos dizer que a Catequese está acontecendo. Sempre que a família reza junto, a Catequese está aconte cendo. Sempre que o catequizando participa das celebrações litúrgicas de sua comunidade, a Catequese está acontecendo.
Podemos dizer que as celebrações litúrgicas são momentos privilegia dos de Catequese que nos acompa nham a vida toda. Através das ce lebrações litúrgicas alimentamos o nosso espírito, ouvindo a Palavra de Deus, refletindo sobre ela, orando, louvando, cantando, recebendo o Corpo de Cristo e partilhando a vida com nossa comunidade. Trata-se de se sentir parte da grande família dos cristãos e com esta família querer estar junto, com suas qualidades e defeitos, buscando sempre em Deus e nos irmãos o sentido para as nossas vidas.
No período do ano em que a ca tequese formal está de férias muitas celebrações importantes aconte cem. De modo especial, podemos destacar a celebração do Natal, com tudo aquilo que vem antes e depois. Antes, temos todo o período do Advento, com as quatro semanas preparatórias para o Natal e depois, temos as festas da Epifania e do Batismo de Jesus. Portanto, tempo privilegiado de catequizar.
A catequese informal acontece quando as crianças ajudam a prepa rar os enfeites de Natal em casa, jun to com os seus familiares. Ela aconte ce quando as crianças se interessam pelo presépio e perguntam sobre os seus personagens. Os pais têm uma oportunidade incrível de falar sobre o menino Jesus, sobre José e Maria, sobre os animais, sobre os pastores, sobre os magos do Oriente, sobre a simplicidade do lugar onde Jesus nasceu. Árvores de Natal, luzes co loridas, presépio, presentes. Tudo é motivo para falar de Deus.
E o que dizer das novenas de Natal? Qual a sua importância para a catequese de crianças e adultos? Certamente, as novenas de Natal nos oferecem uma oportunidade muito rica de atualização da Palavra de Deus, ligando a história do meni no Jesus com a nossa história atual. Para este ano, o tema que perpassa os nove encontros é o tema da paz. O Menino Jesus vem trazer paz: aos corações, às famílias, à comu nidade, ao ambiente de trabalho, à vizinhança, às redes sociais, ao contexto político, à casa comum, e ao mundo. Enquanto os adultos refletirão estes temas através de leituras, meditações e partilhas, as crianças o farão através de atividade lúdica, pintando as ilustrações que tratam sobre o tema. Além disso, no verso da ilustração terão uma oração específica para cada dia, que poderão levar para casa para rezar individualmente ou com os seus familiares. Como é bom ver a
“A Catequese no período de férias não acontece nas tradicionais salas de Catequese, mas nos mais variados lugares e circunstâncias como em casa, nas celebrações, nas novenas de Natal, nas festas, nos passeios, etc. Em outras pa lavras, a Catequese acontece nos relacionamentos, porque é assim que a evangelização acontece”.
alegria das crianças que participam das novenas de Natal!
O período de férias é também marcado por reencontros, por pas seios, por festas familiares. Tempo de aprender sobre a importância do outro em nossa vida. Como é bom reencontrar aquele tio, aquela vó, aquele primo, aquele padrinho, aquela madrinha, pessoas que fica mos bastante tempo sem ver, mas que não são apagadas de nossas memórias. A convivência com estas
pessoas, mesmo que por um curto período de tempo, nos alegra, nos consola e, às vezes, até nos desafia. No processo do nosso amadureci mento na fé precisamos exercitar a paciência, a empatia, a tolerância. Precisamos aprender a respeitar as pessoas que pensam diferente, que moram em lugares diferentes, que trabalham de um jeito diferente e até rezam de um jeito diferente.
Em síntese, a Catequese no pe ríodo de férias não acontece nas tradicionais salas de Catequese, mas nos mais variados lugares e circunstâncias como em casa, nas celebrações, nas novenas de Na tal, nas festas, nos passeios, etc. Em outras palavras, a Catequese acontece nos relacionamentos, porque é assim que a evangelização acontece.
Pe. Roberto Lopes de Souza
Assessor diocesano da Animação Bíblico-catequética
Leituras: Is 35,1-6a.10; Sl Sl 145(146),7.8-9a.9bc-10, Tg 5,7-10; Mt 11,2-11
Somos convidados pela Liturgia de hoje para viver a alegria profunda e contagiante que brota do Evangelho. Jesus mostrou que o mundo novo, anunciado por Isaías, já chegou. Por isso, nossas atitudes devem comprovar a Salvação que recebemos do Bom Deus.
O coração de Jesus pulsa no meio de nós e Jesus Menino nasce para nos salvar. Alegremos! Para bem celebrar a Festa do Natal, em um mundo de coração atribulado, devemos ser instrumentos da Boa Notícia.
No livro “Grande Sertão: Veredas”, do escritor Guimarães Rosa, há uma bela definição do Natal: “Minha Senhora Dona: Um Menino nasceu – O mundo tornou a começar”!
Esta primeira leitura que temos para o 3º Domingo do Advento, chamado de o Domingo da Alegria, mostra quão grande é o significado da presença de Deus na vida. Isaías está entre um povo, cuja expe riência é de um prolongado cansaço, sem esperança e num desânimo total.
- Os que mais precisam, encontram em nós a alegria da Boa Nova?
Mesmo estando na prisão, chegavam até João Batista informações sobre as atividades de Jesus no meio do povo. Apesar de ser o escolhido como precursor, ainda assim pai ravam dúvidas. Por isso, João envia os seus discípulos para perguntar a Jesus. Ao ouvir a pergunta, se era Ele o salvador ou se era necessário esperar um outro, Jesus parece querer repetir o texto de Isaías, que Ele mesmo já havia antes pro clamado na sinagoga: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor” (cf. Lc 4,18-19; Is 61, 1-2).
- Estamos cultivando a paciência por nós e pelos outros?
- A Palavra de Deus, que é vida, nos desperta para a comunhão e para o amor?
Como um anjo mensageiro, ele assume o seu profetismo, animando a comunidade, sabendo que não é hora de “jogar a toalha”. Ele sabe que a alegria autêntica vem de uma esperança reabilitada e perseverante, certo da presença de Deus no meio, mesmo que isso custe algum sacrifício, empenho, dedicação e muita oração, com mãos e joelhos em prece (v. 3). Porém, sob desânimo, não se chega a lugar nenhum. Por isso, Isaías sabe que viver na expectativa da chegada do Salvador é a melhor tática para se vencer o desânimo e voltar a ter alegria.
A segunda leitura mostra uma comunidade que vive sob intensos conflitos. Comportamentos dessa natureza ofuscam o sinal da presença do Reino. Sem discernimento e maturidade na fé, divergências se intensificam. Atitudes valiosas que podem ser tomadas por todos, são estimuladas por Tiago que se dirige à comunidade, conclamando ao cultivo de pelo menos três forças positivas: paciência, perseverança e unidade.
Para paciência é usada a alegoria daquele que semeia e fica no aguardo do tempo da florada e da colheita. Nada, porém, se consegue de bons frutos, sem perseverar no cultivo, na dedicação e no empenho necessários. E ainda: fala da união da comunidade, “não se queixando uns dos outros” (v. 9). O maior sinal do antirreino é uma comunidade desunida. Já estamos acostumados com a expressão: “A união faz a força”. Força do amor, como cantamos: “Onde reina o amor, Deus ali está”!
No entanto, Jesus não dá por escrito o que os mensageiros de João deveriam levar como resposta, mas lhes dá a in dicação: “Vão dizer a João o que vocês estão ouvindo e vendo” (v.4). Assim esclarecem as dúvidas de João. Temos aqui a importância do testemunho.
Interessante como o dado da evangelização é colocado na mesma categoria e importância de enxergar, ouvir, andar e ser curado. A não evangelização deixa-nos desamparados e sem di reção, à mercê do conformismo, “achismo”, comodismo e assim por diante, sem disponibilidade para o anúncio. Por isso, Jesus não se exime em dar valor à pessoa de João, e ao exercício da missão assumida no tocante ao anúncio da Palavra e no preparo da chegada do Reino. Sabe que toda pessoa tem direito de ouvir e conhecer a Palavra de Deus. Com a chegada do Salvador da humanidade, não existem mais marginalizados, nem social, nem religiosamente. Todos são beneficiados.
Leitura Diária
Dia 12 (Nossa Senhora de Guadalupe): Gl 4,4-7; Sl 95; Lc 1,39-47;
Dia 13 (Santa Luzia): Sf 3,1-2.9-13; Sl 33; Mt 21,28-32
Dia 14 (São João da Cruz): Is 45,6b-8.18.21b-25; Sl 84; Lc 7,19-23
Dia 15: Is 54,1-10; Sl 29; Lc 7,24-30
Dia 16: Is 56,1-3a.6-8; Sl 66; Jo 5,33-36
Dia 17: Gn 49,2.8-10; Sl 71; Mt 1,1-17
Leituras: Is 7,10-14; Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6; Rm 1,1-7; Mt 1,18-24
O tempo em que vivemos é de expectativa, conquanto, já em nós cristãos move o desejo de contemplar o Verbo que se fará carne e com ele a promessa que a cada ano se renova e se perfaz na existência humana sobre a Salvação. Tal momento é o de apreciação e de apreensão, também devido ao fato de tantos acontecimentos vividos este ano e das várias decisões que foram tomadas que, por vezes, acabaram por minar a esperança na luz que vem do alto. A Liturgia neste dia nos presenteia com a melhor das novidades.
Na primeira leitura do profeta Isaías, a passagem em questão refere-se ao profeta Acaz, e a dinâmica do diálogo é intrigante. O Senhor diz a Acaz para fazer um pedido a Ele mesmo, com o intuito, ao que parece, de tentá-lo. Ao passo que o profeta entende a mensagem do Senhor e, portanto, diz: “Não pedirei nem tentarei o Senhor” (Is 7,12).
Acaz faz a experiência do sinal divino e apresenta ao povo um salvador, um Deus Conosco, Emanuel. A compreen são do profeta, a partir da experiência e do contato com o Senhor, reflete sobre como se entende os acontecimentos cotidianos em nível pessoal, comu nitário e social. Onde se encontra a esperança, se pode encontrar a confiança. A base desta virtude teologal da esperança, se faz entender e encontrar traços para a conformidade com a vontade de Deus a ponto de incomodá-lo até que Ele faça clara a leitura de sua vontade na vida pessoal.
Se o Salmo é ponte para a segunda leitura, o Evangelho deste domingo é a porta de entrada a Cristo que até então se apresenta no mistério da expectativa. Maria estando prometida a José como esposa recebe do Espírito Santo a maternidade. Contudo, José vendo-se em uma situação tal, resolve aban doná-la. Este santo homem — que era justo — não conseguiu suportar tal acontecimento, talvez por ainda não saber da grandiosidade do mistério. José tendo piedade de Maria passa por uma terrível dúvida, que certamente o fez sofrer — seja por pensar nos castigos advindos da lei dos homens ou de Deus mesmo. Contudo, tal angústia é dissipada com a presença angélica que lhe descobre à consciência a grandeza da missão assumida por Maria.
- Na realidade contemporânea, dentre todas as suas facetas existenciais, como exercer a esperança e a confiança em Deus?
- No cotidiano, como se percebe abertura ou disponibilidade a Deus por meio do outro?
Tal também é a intervenção do Espírito Santo, que não deixa José só. O texto faz pensar que agindo em Maria, o Espírito se torna exclusivo dela. Contudo, a trindade opera conjuntamente e nisto estão também os desígnios de Deus sobre o homem justo, José. O Espírito dialoga com a consciência, ao modo que ilumina e amplia os dilemas e os encontros desta com a realidade, como diz José Tolentino no livro “A Leitura Infinita”.
Que deveres o Senhor pede ao cristão como discípulo rumo ao apostolado?
O fato de José aceitar sua esposa, como descrito no final do Evangelho é a testemunha de que a ação do Espírito evoca a verdadeira liberdade do homem para o homem e deste para com o mis tério de Deus. O mesmo Espírito que provoca a liberdade, mostra também a obediência e a reverência do homem ao extraordinário.
O Salmo 23 deste domingo é ponte certa para a Carta de São Paulo aos Romanos, que em seu refrão se abre: “O rei da glória é o Senhor onipotente; abri as portas para que Ele possa entrar”! Este “abri as portas” é condição necessária para que se receba “a graça da vocação para o apostolado” (Rm 1,5). A característica para que se tenha frutos na missão é a de dis posição e em constante oração — “para que Ele possa entrar” — tenha-se “habitual abertura à transcendência” (Gaudete et Exultate, 147).
São Paulo sabe que o chamado vem do Cristo, que a missão, o apostolado, da qual precede um discipulado, que por sua vez vem da disponibilidade a este que nos vem, Cristo Jesus, é o início do ser cristão. É a ação do Espírito Santo, que para o ser humano, é aquele que move, que “queima” que dá condição de, estando abertos, o humano possa realizar o contato e a vivência da missão do Evangelho.
São Máximo, o Confessor, em seu livro A vida da Virgem ao falar de José diz: “O anjo dissipou o temor de José e o substituiu por outro, para que ele temesse ainda mais e reverenciasse a santa Virgem como alguém cheia do Espírito Santo [...]” (30). Eis aí atestado, que ainda mais, este santo homem passado pela prova das dúvidas e incerteza, encontra agora a solução palatável e doce, pela aceitação e obediência ao Espírito Santo.
Leituras: Is 52,7-10; Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4.5-6; Hb 1,1-6; Jo 1,1-18
Ao celebrar o mistério da encarnação, o Natal de Nosso Senhor, vivemos um momento de júbilo e alegria. A mística e a espiritualidade do Tempo do Advento nos colocam em uma atitude de espera, não como aquele viajante que na ro doviária fica inquieto, olhando o relógio aguardando o ônibus chegar, mas sim como quem se preocupa em organizar a casa e com os preparativos necessários para bem acolher a pessoa amada que irá chegar, e se alegra com a proximidade desse momento. Eis a alegria que celebramos hoje, acolhendo o Menino Jesus, Deus que vem ao nosso encontro.
Todo o Antigo Testamento aponta para a vinda do Messias, tão esperado por muitos, assim como o Novo Testamento apresenta a vida e os ensinamentos de Jesus, amado e seguido por muitos. É fato que a celebração do Natal não recebe o mesmo sentido em todos os corações. O modo como cada um se prepara para esse momento é muito importante, como é determinante o lugar que Deus ocupa para vida de cada um. Ao passo em que um glorifica a Deus por tão grande mistério de amor, para outro pode ser apenas mais um dia especial para um banquete e troca de presentes.
O profeta Isaias ressalta a beleza dos pés que evangelizam, que anunciam a Boa Nova. Papa Francisco fala de uma Igreja em saída, que vai ao encontro e que acolhe. Tanto anunciar a Boa Nova, como ir ao encontro e acolher, requer que todos nós, que somos a Igreja de Cristo, primeiro acolhamos Cristo em nós e com consciência vi vamos seus ensinamentos. É seguindo a Palavra de Cristo que de fato Deus reina em nós, do qual nos tornamos tes temunhas e presença do Amor de Deus na vida de nossos irmãos e irmãs.
medir esforços, se comprometendo com o anúncio da Boa Nova e a acolhida de todos, ao mesmo tempo que nem to dos estão abertos a este propósito, não tendo Deus como Rei e Senhor em suas vidas. Deus que nunca abandona seu povo, desde a criação sempre interveio em favor dos seus, sem lhes tirar a liberdade de escolha. A maior prova desta verdade é o mistério da encarnação que celebramos hoje, no Natal de Nosso Senhor.
Muitas foram as mudanças e transformações vividas pelo povo de Deus, certos de que o pecado a todo tempo tenta nos desviar do caminho. Eis o motivo de nos alegrarmos com o nascimento de Jesus Nosso Senhor. Renovando nos sa esperança e nosso ânimo, acolhendo Jesus que vem ao nosso encontro e nos fortalecendo em nossa caminhada, para termos o discernimento nas decisões que tomamos e a força necessária para carregarmos a nossa cruz, seguindo os passos de Cristo.
- Em quais situações concretas de minha vida tenho anunciado a Boa Nova de Deus?
- Tenho Cristo como norma de vida ou como um amuleto de sorte?
- Na minha vida, vejo mais trevas ou mais luz?
Deus que nos criou por amor, com o amor e para o amor, nunca nos abandonou, sempre nos convidando a retomar mos a caminhada quando quebramos a sua Aliança, quando permitimos que o pecado reine em nossa vida. Como o Documento de Aparecida apresenta, ninguém começa a ser cristão por acaso, mas sim por uma decisão diante do encontro pessoal com Cristo, fica claro que ninguém é obri gado a ser cristão, mas quem toma a decisão de ser cristão já não tem mais a liberdade de decidir se quer ou não seguir os Mandamentos, pois é próprio do cristão católico observar os Mandamentos da Lei de Deus e os Mandamentos da Igreja, se assim não o for, não se é cristão de fato.
Muitas e muitas pessoas amam e buscam a Deus sem
Por que Deus nos concedeu a oportunidade de receber o dom da vida, nesse momento da história da humanidade, no contexto em que estamos inseridos? Não sa bemos, mas sabemos que não estamos sós, pois temos um Deus que caminha conosco, e por mais pesada que a cruz possa ser, ou por mais escura que sejam as noites pelas quais passamos, em Cristo somos vitorio sos, como o Missal Romano apresenta na Oração Eucarística VIII: “Sim, ó Pai, porque é obra vossa que a busca da paz vença os conflitos, que o perdão supere o ódio e vingança dê lugar à reconciliação. Por tudo de bom que fazeis, Deus de miseri córdia, não podemos deixar de vos louvar e agradecer”. Que a estrela de Belém, resplandeça e brilhe em nós, para que nosso comprometimento nos aproxime cada vez mais da salvação e o nosso testemunho sirva de ânimo e motiva ção para nossos irmãos e irmãs. Feliz Natal a todos, com a intercessão da Sagrada Família de Nazaré.
Dia 26 (Santo Estêvão): At 6,8-10.7,54-59; Sl 30(31); Mt 10,17-22
Dia 27 (São João, Apóstolo e Evangelista): 1Jo 1,1-4; Sl 96(97); Jo 20,2-8
Dia 28 (Santos Inocentes): 1Jo 1,5-2,2; Sl 123(124); Mt 2,13-18
Dia 29: 1Jo 2,3-11; Sl 95(96); Lc 2,22-35
Dia 30 (Sagrada Família): Eclo 3,3-7.14-17a; Sl 127(128); Cl 3,12-21; Mt 2,13-15.19-23
Dia 31: 1Jo 2,18-21; Sl 95(96); Jo 1,1-18
Leituras: Nm 6,22-27; Sl 66(67),2-3.5.6.8; Gl 4,4-7; Lc 2,16-21
Feliz Ano Novo! Esta data se reveste de esperança. Olhar para o futuro, mantendo firme a memória e o aprendizado de tudo aquilo que passou. Carregado de bons propósitos, cada um busca estabelecer metas, e que sejam iluminadas pelos ensinamentos de Jesus, e não apenas para satisfazer gostos pessoais e interesses egoístas. Neste dia primeiro somos convidados a contemplar a figura de Maria com todas as suas qualidades, sobretudo porque com o seu “sim” ao projeto de Deus tornou-se a Mãe de Jesus, Deus encarnado. Hoje também Dia Mundial da Paz, instituído desde 1968, quando o Papa São Paulo VI propôs que todas as pessoas de boa vontade rezassem e se comprometessem com a paz no mundo.
A primeira leitura apresenta o povo de Deus que se encontra em frente ao monte Sinai. Foi ali que toda a comunidade celebrou a aliança com Deus. Todos se comprometeram com este Deus que os salvou e os sustentou nos dias árduos do deserto, e com a vida fraterna, através das obrigações dos Dez Mandamentos. Desta forma, um pouco antes de prosseguirem o caminho rumo a Terra Prometida, os sacerdotes recebem a missão especial de abençoar a todos em nome do Senhor.
Muitas vezes uma palavra muito repetida se torna superficial, sem muito conteúdo. A palavra “bênção” é carregada de sentido existencial, porque manifesta nossa pro ximidade com Deus e nossa solidariedade com o próximo. Segundo a concepção bí blica, bênção é comunicação de vida, real e eficaz, que atinge o “abençoado” e que lhe transmite vigor, força, êxito, felicida de. É um dom que, uma vez pronunciado, não pode ser retirado nem anulado. De fato, essa comunicação de vida é fruto da generosidade e do amor de Deus.
Paulo vem alertar sobre duas coisas. Primeiramente, que a vinda de Jesus, o Filho de Deus, vem nos resgatar de todas as escra vidões, inclusive a do legalismo religioso. Não podemos cair em atitudes farisaicas, viver a religião baseada em costumes exterio res e formalidades, sem atingir o coração. Em segundo lugar, não podemos jamais duvidar de nossa filiação divina, pois recebemos o Espírito Santo que nos torna filhos de Deus e podemos por isso conversar com Deus e chamá-lo de Pai – Abá, em hebraico. Tudo isso é uma grande graça de Deus!
Depois do Natal do Menino Deus entre nós em Belém, muitos querem conhecê-lo. Estes encontros servem de testemunho sobre quem, como e por que as pessoas de todos os tempos precisam fazer essa experiência de encontrar-se com a família de Nazaré e mais especificamente com Jesus, nosso Salvador.
A narrativa do Evangelho pode ser dividida da seguinte forma, e nos ajuda entender esse caminho que também fazemos na fé. Antes de mais nada, é preciso ir às pressas, com certa urgência, até onde Jesus está. No encontro com Jesus, lembrar-se de toda palavra que fala sobre ele e tudo o que ele representa para a humanidade. E depois voltar para casa, e continuar a própria missão de cada dia.
- Como você vive em sua vida e na sua casa essa temática espiritual da “bênção”?
- Em relação às suas obrigações religiosas, você as pratica com liberdade e faz a experiência do amor de Deus?
- Já colocou em oração e refletiu sobre seus projetos para este Ano Novo? Disse Jesus: “Eu estarei contigo todos os dias, não tenhas medo”!
Essa bênção é conhecida como a bên ção de Aarão e sua fórmula invoca três vezes o nome do Senhor, sinal de completude e de atualização da própria presença de Deus em meio às pessoas. Estamos diante de tudo o que de melhor Deus nos oferece, comunicando aos abençoados a abundância de sua vida divina, para que nós pudéssemos ser fonte desta mesma vida e deste amor mais puro e total para quem estiver vivendo conosco a jornada da vida.
Após receberem o primeiro anúncio e tornarem-se cristãos, os convertidos formam comunidades e buscam viver sua fé de ma neira coerente com os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos. Paulo acompanhou esse processo com os gálatas. Passados alguns anos, quando Paulo estava em Éfeso, ele ficou sabendo que surgi ram entre os gálatas alguns pregadores chamados de judaizantes que queriam obrigar a todos a prática dos costumes judaicos. Por exemplo, para ser cristão, os homens precisariam ser circuncidados. Neste contexto de certa crise de identidade, a exortação de
Os pastores naquele tempo eram tidos como pessoas menos impor tantes, sem instrução, eram pobres e marginalizados. Não é por acaso que eles são os primeiros a receberem a notícia e se dirigem apressadamente ao encontro do Menino.
Maria é mãe zelosa, mulher que guardava e meditava sobre todos os acontecimentos em seu coração. O recém-nascido recebe o nome de Jesus, que quer dizer: Deus salva. Eis sua missão! Diante do acorrido, os pastores só po deriam estar muito alegres e louvavam a Deus “por tudo o que tinham visto e ouvido”!
Acompanhe também a mensagem do Papa Francisco para este 56º Dia Mundial da Paz. São sempre palavras proféticas e encorajadoras.
Dia 2/01/2023 (São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno):
1Jo 2,22-28; Sl 97(98); Jo 1,19-28
Dia 3/01/2023: 1Jo 2,29-3,6; Sl 97(98); Jo 1,29-34
Dia 4/01/2023: 1Jo 3,7-10; Sl 97(98); Jo 1,35-42
Dia 5/01/2023: 1Jo 3,11-21; Sl 99(100); Jo 1,43-51
Dia 6/01/2023: 1Jo 5,5-13; Sl 147(147B); Mc 1,7-11
Dia 7/01/2023: 1Jo 5,14-21; Sl 149; Jo 2,1-11
Leituras: Is 60,1-6; Sl 71(72) 1-2.7-8.10-11.12-13; Ef 3,2-3a.5-6; Mt 2,1-12
A Epifania é uma palavra grega que significa “mani festação”. Na Epifania celebramos o dia em que o filho de Deus e de Maria se manifestou a outros povos da terra, representados pelos Magos do Oriente, e deles recebeu homenagens e adoração.
A primeira leitura faz menção a cidade de Jerusalém, mesmo que seu nome não apareça no texto. Se o exílio era amargo, a saída dele e a reconstrução do país foram marcadas por grandes dificuldades. O anúncio do profeta convida a cidade a levantar-se de sua prostração e resplandecer. Enquanto no mundo inteiro só há trevas, Jerusalém é Luz. Porque Deus, com sua presença, é o próprio esplendor. A presença de Deus, põe em movimento todas as nações para a cidade-luz.
A cidade é convidada a levantar e contemplar essa romaria que a ela se dirige. Pois ela se tornou mãe, cujos filhos e filhas são reconhecidos entre todos os povos. A procissão dos que trazem presentes procla ma louvores a Deus. A comunidade é sacramento do encontro com Deus, por isso precisa se levantar, porque o próprio Deus é quem sustenta a caminhada tornando -a luz para as demais comunidades que necessitam de Luz para ver e discernir o futuro.
Com essa informação Herodes usou suas estratégias para conter a força e o poder deste que viria para destruir o seu reinado. Ele chamou os Magos e pediu que fossem até o rei que nasceu, e voltassem a ele com o endereço, pois também queria adorá-lo.
Quando os Magos se afastaram do palácio de Hero des a estrela voltou a brilhar. Eles encontraram o local onde estava o Menino. Diante do Menino e sua mãe os Magos ajoelharam para adorá-lo, abriram seus cofres e ofereceram o melhor que possuíam: ouro, incenso e mirra; símbolos da realeza, da divindade e da doação de vida de Jesus. Os magos voltaram para sua terra por outro caminho.
Na atualidade, como nos tempos de Jesus, diante da estrela do Menino, as pessoas assumem posturas diferentes. Muitos, assim como os Magos, ajoelham-se, e reconhecem no Menino a Luz do mundo; outros per manecem indiferentes; outros, enfim, tentam apagar esta Luz. Todos viram a mesma realidade, porém as escolhas são diferentes.
- O que celebramos nesta solenidade?
- Mas Jesus já não apareceu no Natal?
- Como deixar-se guiar pela luz da estrela do menino, neste mundo que oferece propostas tentadoras?
Nascer no tempo do rei Herodes significava nascer em um tempo de escuridão. Mesmo nesse tempo a estrela do Menino brilhou, chegou a terras distante do Oriente e atraiu os Magos. Os magos, sensíveis aos sinais do céu, perceberam a chegada à terra dessa luz misteriosa. Guiados por ela, puseram-se a caminho.
Ao chegar próximo do palácio de Herodes a estrela deixou de brilhar, e eles perderam a direção. Sem a es trela para guiá-los, foram pedir informações às pessoas próximas de Herodes sobre o local do nascimento do rei dos judeus. Essa notícia perturbou Herodes e seus seguidores. Herodes reuniu os sumos sacerdotes e mestres da lei e eles confirmaram: “de Belém” (Mt 2,5), um lugar anônimo, onde os profetas anunciaram o nascimento do pastor de Israel, governador do mundo.
Paulo, a partir da prisão, escreve para a comunidade de Éfeso, ten tando sintetizar o projeto de Deus e o esforço que ele fez para dar conti nuidade a esse projeto. Ele se refere a este projeto como mistério que corresponde à revelação do plano divino que também o chama de Evangelho. Mediante a esse Evangelho, todos são chamados à vida e à liberdade trazidas por Jesus. A partir da prática de Jesus e de Paulo os pagãos também são co-herdeiros, não somente Israel e os judeus; todos são objeto do amor e da predileção de Deus. A salvação é acessível como oferta de Jesus a todos sem discriminação.
Dia 9/01/2023 (Batismo do Senhor): Is 42,1-4.6-7; Sl 28(29); At 10,34-38; Mt 3,13-17
Dia 10/01/2023: Hb 2,5-12; Sl 8; Mc 1,21b-28
Dia 11/01/2023: Hb 2,14-18; Sl 104(105); Mc 1,29-39
Dia 12/01/2023: Hb 3,7-14; Sl 94(95); Mc 1,40-45
Dia 13/01/2023: Hb 4,1-5.11; Sl 77(78); Mc 2,1-12
Dia 14/01/2023: Hb 4,12-16; Sl 18(19B); Mc 2,13-17
Aproxima-se o Natal do Senhor. No Ano Litúrgico, o Ciclo do Natal compre ende o Advento (a sua preparação), a celebração do Natal do Senhor (missa da vigília, da noite, da aurora e do dia), a oitava do Natal (martírio de Santo Estêvão, São João Apóstolo e Evange lista, os Santos Inocentes) e o Tempo de Natal que é o seu prolongamento, com as festas da Sagrada Família, da Mãe de Deus, da Epifania e do Batismo de Jesus.
Na estruturação do Ano Litúrgico, o Ciclo do Natal foi praticamente a última etapa. A partir do século IV, o mistério da encarnação do Verbo e da sua aparição em nossa humanidade é celebrado em Roma, no dia 25 de dezembro como “sacramento” pascal. Tal celebração foi motivada pela festa romana do “Sol Invencível” celebrada no dia 25 de dezembro. Os cristãos do século IV viram no sol de inverno que retorna da escuridão, uma imagem elo quente da morte-ressurreição de Jesus. Na cruz, Jesus parecia perder a batalha, mas, como o sol volta a brilhar depois do inverno, Jesus ressurge invencível da escuridão da morte. Dizemos com razão que a Liturgia celebra a páscoa do natal.
No oriente, celebra-se no dia 6 de janeiro a Festa da Epifania com a me mória do Batismo do Senhor. Com o tempo, houve um processo de inter câmbio: as Igrejas ocidentais adotaram as festas da Epifania, enquanto as Igrejas do oriente assumiram a festa do Natal.
A Páscoa é a festa das festas, mas o Natal a antecipa nos traços do Verbo de Deus. Esta dimensão pascal do Ciclo do Natal tem o seu fundamento nos rela tos da infância proclamados na Liturgia. Os paralelos são bem significativos: a “hora” do parto e a “hora” da cruz; Je sus envolto em faixas no presépio e na sepultura; os anjos da noite anunciando aos pastores o nascimento e os anjos do sepulcro anunciando às mulheres a
Natal do Senhor (Cláudio Pastro) ressurreição; os magos no coração da noite indo ao seu encontro com ouro, incenso e mirra, como as mulheres com os perfumes na madrugada da ressurreição. Assim, à luz da Páscoa, o Natal é celebrado como sacramento do nascimento do Salvador segundo a carne e a sua manifestação a todos os povos. A própria maneira como o Ciclo do Natal se estruturou, semelhante ao Ciclo da Páscoa, aponta para esta relação entre Páscoa e Natal: um tem po de preparação, as festas com o seu ponto alto na vigília e um tempo de prolongamento.
A noite santa de Natal, que inaugura e prepara a noite da Páscoa, é iluminada pela luz da ressurreição: “Ó Deus, que fizestes resplandecer esta noite santa com a claridade da verdadeira luz, con cedei que, tendo vislumbrado na terra este mistério, possamos gozar no céu sua plenitude” (Missal Romano, Oração
“Natal é a celebração de um aconte cimento salvador, que a Igreja pro clama todos os anos em meio à ale gria como foi a da Virgem na gruta de Belém, tão festiva e orante, como a dos anjos no céu da noite santa. A grande mensagem do Natal são as palavras do início do Evangelho de São João: “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,14)”.
do dia da missa da noite).
O Verbo feito homem é a luz que nos leva ao conhecimento de Deus. Do Deus visível em nossa carne “apren demos a amar nele a divindade que não vemos”. O mistério do Natal não é simplesmente resplendor que cega os olhos, mas luz que transforma: “No mistério da encarnação de vosso Filho, nova luz da vossa glória brilhou para nós” (Missal Romano, Prefácio do Natal do Senhor, I).
Contemplamos pela encarnação o maravilhoso encontro da vida divina com a humana: “No momento em que vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza recebe uma incomparável dignidade: ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos” (Missal Ro mano, Prefácio do Natal do Senhor, III).
Como também reza a Liturgia: “Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade, assumindo corpo e alma, quis nascer de uma Virgem. Feito homem, nos doou sua própria divindade!” (Missal Romano, I vésperas da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus). Assim, o Natal do menino-Deus já aponta para a nossa redenção que acontece na cruz.
Natal é a celebração de um aconteci mento salvador, que a Igreja proclama
todos os anos em meio à alegria como foi a da Virgem na gruta de Belém, tão festiva e orante, como a dos anjos no céu da noite santa. A grande mensagem do Natal são as palavras do início do Evangelho de São João: “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,14).
O Filho único de Deus assume a nossa natureza humana, sendo igual a nós em tudo, menos no pecado. Quando este mistério é rezado no Creio da missa do dia de Natal, toda a assembleia se prostra em adoração: “Hoje, amados filhos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida; uma vida que, dissi pando o temor da morte, enche -nos de alegria com a promessa da eternidade. Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. A causa da alegria é comum a todos, porque nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio libertar a todos. Exulte o justo, porque se aproxima da vitória; rejubila o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida” (São Leão Magno. Ofício de Leituras do Natal do Senhor).
A euforia da compra dos presentes torna-se algo comum nesse período e acaba por obscurecer a alegre notícia comunicada pelo anjo aos pastores: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,11). O nascimento de Jesus nos convida a nos centrar no essencial - a salvação que Ele traz, pois Ele é a ma nifestação do Pai e do Espírito Santo.
A todos os que se doam no trabalho da Pastoral Litúrgica e Canto em nossa Diocese, desejamos um Santo e Feliz Natal. Que este novo ano litúrgico, já iniciado no Advento, nos conduza e nos fortaleça em nossa missão.
visita. Tudo bem diferente da agitação desta época.
Juntamente com Maria, José e João Batista, aprendemos a escutar a Palavra de Deus e a aderir ao projeto de Deus em nossa vida. Sua chegada nos faz ver o mundo com outros olhos. Sua luz nos faz ver a necessidade da justiça, a urgência da caridade e a beleza da fraternidade. Este tempo nos orienta a receber essa contínua novidade de vida, que é o Senhor, para estabelecermos novas relações com os que estão à nossa volta, para percebermos um mundo mais humanizado, com sentido de respeito ao outro, na construção da paz e superação daquilo que destrói a natureza e a vida.
A visita dos magos a Belém marcou de tal modo a vida deles, que retornaram a seus países de origem por outro caminho. Todo verdadeiro encontro com Cristo é renovador, porque a experi ência de Deus não é repetível. Somos, sempre de novo, convi dados a percorrer nova estrada, vida nova, retomada com nova graça divina.
A grandeza da capital, Jerusalém e a corte de Herodes não abrigaram o Salvador. A simplicidade da gruta de Belém ou mesmo a humildade dos pastores nos convidam a acolher em oração o mistério do menino-Deus e o Reino que ele inaugura com os pobres. Compreendemos que a mensagem do Natal é: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são por ela amados!” (Lc 2,14). É a Boa-Nova do amor e da esperança, pois Deus se faz solidário com nossa pobreza e nos
Como nos adverte o Papa São Leão Magno: “Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um com portamento indigno de tua condição. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para a luz e o Reino de Deus” (Ofício de Leituras do Natal do Senhor).
Com a consciência mais esclarecida sobre o Ciclo do Natal, cabe crescer em nossas comunidades a vivência concre ta e a ação pastoral para que seja real mente um tempo forte na caminhada, de mudança, de transformação.
Na ação pastoral, Catequese, Liturgia e serviço da caridade, precisam unir-se num trabalho integrado, de preparação, de celebração e de vivência do Natal.
Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica
Saiba mais sobre a Espiritualidade do Natal
Nos últimos anos, a juventude tem enfrentado muitos desafios que impac tam diretamente nas relações sociais e humanas. A partir da pandemia de co vid-19, que afetou diretamente a todos os sujeitos, em especial nos anos de 2020 e 2021, muito se falou na impor tância de valorizar pessoas próximas, de buscar alternativas para fortalecer a saúde física e mental, de manter o distanciamento, cuidar-se e cuidar dos outros. Para muitas famílias, o processo de luto foi vivenciado de formas jamais esperadas pela humanidade, e é de conhecimento amplo o impacto sofri do por crianças, adolescentes e jovens – impactos estes que refletem direta mente nas áreas de saúde, educação, trabalho, emprego e renda, convivência familiar e comunitária, entre outras.
Temos visto pessoas de diversos âmbitos da sociedade levantarem questionamentos referentes ao enga jamento juvenil e a falta de participação em espaços importantes de decisão, convivência e até mesmo de exercício da cidadania ou da religiosidade. É comum ouvirmos também que “a juventude está perdida”, ou que “os jovens não querem nada com nada”, e isso ecoa ainda mais diante de expectativas que a sociedade coloca nas juventudes: o primeiro emprego, a faculdade, a família ideal, os filhos, a saída de casa e os pas sos dados longe do ninho. Mas para que estes questionamentos e indagações façam sentido, precisamos olhar com uma lupa para o que os jovens estão sentindo.
Segundo a pesquisa “Juventudes e a pandemia do coronavírus”, coordenada pelo Atlas da Juventude (2022), ainda que para a grande maioria a pandemia esteja controlada, o principal medo de jovens continua sendo perder familiares ou amigos devido ao coronavírus. Qua se 4 a cada 10 têm o receio de surgirem outras pandemias ou de passar por dificuldade financeira. E a preocupação com a saúde não está restrita à covid-19:
32% dos jovens temem o agravamento de problemas de saúde física e mental.
Por falar nisso, desde o início da pandemia, jovens têm apontado a saúde mental como uma das principais dimensões para a construção e forta lecimento de políticas de juventude. Sentindo desde ansiedade até a falta de motivação para atividades cotidianas, jovens apostam que a oportunidade de socialização e atividades físicas, além do acesso a atendimentos psicológicos, pode ajudar a encontrar equilíbrio emo cional. Segundo a pesquisa citada ante riormente, 6 a cada 10 jovens pesqui sados passaram ou vem passando por ansiedade nos últimos seis meses. Mais de 5 a cada 10 relatam que a pandemia também intensificou o uso exagerado de redes sociais, e 50% sentem cansaço e exaustão frequentes como efeitos da pandemia. Outros 44% vivem a falta de motivação para as atividades cotidianas.
O agravamento da saúde mental levou quase 3 a cada 10 a utilizarem aplicati vos de saúde mental nos últimos três meses; e as atividades que eles mais demandam para conseguir manter a saúde mental estão relacionadas à psi coterapia, atividades de socialização, como encontrar amigos, e 4 a cada 10
citam atividades físicas.
Com a potencialização da polaridade política, também está cada vez mais comum a dificuldade no relacionamen to intrafamiliar, e há relatos de pais e filhos que mostram a impossibilidade de manter um diálogo saudável devido a diferenças de ideais entre as gerações. Talvez seja esse o momento de nos perguntarmos: onde está o amor? Onde está a centralidade da família? Onde está a tão sonhada liberdade? É preciso refletir sobre isso e, principalmente, exercitar os princípios e valores ensi nados pelo jovem de Nazaré: o amor, a esperança, a caridade, a autonomia, o respeito, a empatia e, especialmente, a escuta.
Que a juventude faz parte de um mo mento de transformação, é verdade. Não é de hoje que a juventude é vista como “rebelde”, ou que adolescentes sejam chamados de “aborrescentes”. Mas, arrisco-me aqui a trazer um novo conceito: o de “amorescente”. Quando essa fase é olhada por uma perspectiva que a recebe com amor e carinho, é pos sível vislumbrar um tempo de alçar voo,
“De fato, há muitas vozes gritando (às vezes, silenciosamente) entre nossos jovens. Vozes que procuram meios de dizer o que necessitam e que, por vezes, não são ouvidas. Vozes que buscam comunicar aquilo que falta, aquilo que se deseja cons truir, aquilo que se sente. Vozes que gritam por direitos, por justiça so cial, por amor e por empatia. Vozes que pulsam no peito das juventudes que sonham com um mundo melhor. Vozes que permeiam a construção de uma Civilização do Amor”.
de compreender novas expectativas e projetos de vida, de elaborar ideais e ressignificar sentimentos, de buscar o pertencimento, (re)afirmar a identidade, de autoconhecimento e de experimen tar movimentos que podem nortear o restante de sua existência terrena.
Outra característica marcante que precisamos recordar sempre é o prota gonismo assumido pelas juventudes. Ainda citando a mesma pesquisa, quan do questionados sobre ações prioritá rias para que instituições públicas e pri
vadas ajudem jovens a lidar com efeitos da pandemia, 47% dos jovens sinalizam o acompanhamento psicológico espe cializado em jovens na saúde pública. Há 39% que citam o acompanhamento psicológico nas escolas, e 25% pedem ações para garantir uma alimentação segura para os mais vulneráveis. Ou seja, a preocupação dos jovens não é apenas individualizada, e sim comuni tária: no mínimo ¼ dos entrevistados estão preocupados com a partilha do pão – seguindo fielmente aquilo que Cristo nos ensina (mesmo que não estejam vinculados necessariamente a alguma religião).
De fato, há muitas vozes gritan do (às vezes, silen ciosamente) entre nossos jovens. Vozes que procu ram meios de dizer o que necessitam e que, por vezes, não são ouvidas. Vozes que buscam comunicar aquilo que falta, aquilo que se de seja construir, aquilo que se sente. Vozes que gritam por direitos, por justiça social, por amor e por empatia. Vozes que pulsam no peito das juventudes que sonham com um mundo melhor. Vozes que permeiam a construção de uma Civilização do Amor, uma terra em que não haja desigualdades, intolerâncias e preconceitos, em que todos tenham seu lugar à mesa, sejam acolhidos e abraça dos, independente de ser quem se é; por fim, uma Pátria mais justa e mais fraterna, com unidade entre todos os povos e a busca coletiva pelo Reino de Deus.
Jennifer Thais Chagas Teixeira Assessora leigaSem perceber chegamos ao Tempo do Advento, e no segundo domingo, temos no Evangelho “Esta é a voz da quele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas”! (Mt 3,3).
O Advento é um tempo de oração e de reflexão, marcado pela espera vigi lante, que também quer dizer, tempo de esperança, de vigília, de arrependi mento, de perdão e de alegria.
“Amor familiar, vocação e caminho de santidade” é o tema que conduziu a Pastoral Familiar durante esse ano. Fomos motivados por D. Ricardo Hoe pes, presidente da Comissão Episcopal para Vida e a Família da CNBB, que nos convidou a trilharmos o caminho da santidade, pois “a Família Humana está vivenciando uma experiência inquieta de uma pandemia que ensina sobre nossos limites e nossas superações” (Mensagem de apresentação subsídio Hora da Família, 2022). E acrescentou que a Família Eclesial, inspirada pelo Espírito Santo, é “força motriz para manter viva a fé, a esperança e a cari dade de Cristo”, e que “a Família Igreja Doméstica é o núcleo e célula básica de toda a vida humana e de toda a Igreja, sustentada pelo amor Trinitário” (idem). Gosto de chamar Igreja do méstica de “Lar”: lar é o nosso ninho, tem nosso cheiro; onde tem o fogo do amor mais vivo e alimentado sempre; onde queremos ir quando cansados; onde buscamos e ensinamos o cami nho da santidade aos nossos filhos. Na Diocese tivemos desafios que superamos com a inspiração de Cristo e do Espírito Santo, como a vivência do Ano “Família Amoris Lætitia”, com encontros para estudo nos decana tos e nas paróquias. Os encontros personalizados de preparação ao Ma trimônio para noivos e regularização para os casais que vivem juntos e não têm impedimento, fazem com que os casais entendam o significado do amor conjugal, despertem para a im portância do diálogo na vida conjugal, bem como conheçam e entendam o
porquê dos ensinamentos da Igreja nos temas relacionados à sexualidade e à transmissão da vida. Também fa zem que compreendam o significado do Sacramento do Matrimônio e suas consequências para a vida conjugal: fidelidade, indissolubilidade e fecun didade. Sintam interesse em participar da vida da Igreja como casal cristão, entre outros temas.
A Semana Nacional da Família, outro ponto forte com a motivação da Pasto ral Familiar, sensibilizou as pastorais e movimentos ligados à família a traba lharam temas inspirados nas Bem-a venturanças, como: “Felizes as famílias misericordiosas com fome e sede de justiça” e “Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”, em reuniões e encontros em todas as pa róquias da Diocese.
Na Semana Nacional da Vida, tam bém juntamente com as pastorais e
“Lar é o nosso ‘ninho’, tem nosso cheiro; onde tem o fogo do amor mais vivo e alimentado sempre; onde queremos ir quando cansa dos; onde buscamos e ensinamos o caminho da santidade aos nos sos filhos”.
movimentos, foram dedicados mo mentos especiais de estudo, reflexão e espiritualidade de temas como: “Amor conjugal e o respeito à vida”, “Adoção” e “Dignidade”. Temos que lembrar que a defesa da vida é desde a concepção a seu fim natural. Não podemos esquecer os Terços Luminosos dedicados à vida.
A conclusão de mais um grupo de agentes dedicados à Orientação e Es cuta, para auxiliar as pessoas, nesses tempos agressivos e até violentos, e com os corações divididos é outro mo mento forte da nossa Pastoral Familiar neste ano.
Que Deus que nos dê a graça da sabedoria e discernimento para saber avaliar momentos e situações que vivemos hoje, indicando o verdadeiro bem, não deixando que paixões, agres sividades e raivas nos dominem; que vivamos os valores da vida e da vida eterna, colocando nossa segurança, nosso amor no Menino Jesus que garante nossa vida. Feliz Natal e bom ano novo.
Em um ano marcado pelo re torno da normalidade em muitas das atividades desempenhadas na vivência da espiritualidade em comunidade, viu-se com especial destaque a importância da fide lidade ao carisma do Movimen to de Cursilhos de Cristandade (MCC) e a renovação constante do comprometimento com a obra do Senhor. É com alegria que se pode voltar a desfrutar de mo mentos de aprendizado, partilha e espiritualidade com “casa cheia” e coração aquecido pelos abraços fraternos dos irmãos cristãos.
Foi essa típica alegria que des pontou na Escola Vivencial Dio cesana Jovem, realizada no dia 29 de outubro último, que teve um momento de espiritualidade conduzido pelo cursilhista Vitor Daumling, de Toledo, que recor dou aos jovens e adultos presen
tes o papel fundamental do cristão de ser luz no mundo.
Contou também com a pre sença ilustre do cursilhista Mário Pizzatto, de Palotina, que trouxe uma mensagem vivencial debru çando-se sobre sua história de fidelidade e comprometimento com o Movimento de Cursilhos de Cristandade. O cursilhista, que completa 50 anos de caminhada ativa e perseverante no Movimen to, compartilhou com os jovens algumas das muitas histórias de aprendizado, realização e gratidão que permeiam sua vivência no MCC, que desde jovem o cativou.
Lembrou, ainda, que alguns dos trabalhadores da vinha (cf. Mt 20,1-16) foram chamados ao trabalho no alvorecer. Assim lhes é dada a mesma oportunidade, posto que, desde logo cedo, fo ram convidados à obra, para um
trabalho cujos frutos são colhidos já nesta vida, na certeza do expe rimentar de felicidade verdadeira.
O mensageiro, que comemora seu Jubileu de Ouro no MCC em 2022, dentre tantos ensinamen tos colocados a partir de suas experiências, não deixou de re cordar aos jovens cursilhistas seu papel fundamental na missão de fermentar os mais diversos am bientes que frequentam, pois “O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de fari nha, até que tudo esteja levedado” (Mt 13,33).
O agradável evento terminou com algumas brincadeiras e boa conversa entre os jovens que foram de toda a Diocese até a Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, no interior de Paloti na, local certamente abençoado
pela tranquilidade e ar acolhedor. É nesse espírito de acolhimento e com panheirismo que o movimento da Dio cese de Toledo se preparou para ser o anfitrião do 17º En contro Regional de Jovens Cursilhistas, que reuniu jovens de todo o Grupo Executivo Regional – Sul 2 Paraná 1 do MCC, de 18 a 20 de novembro.
O encontro con gregou a juventude de todas as nove dioceses que com põe o GER Sul 2 Pa raná 1, sendo elas: Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Gua rapuava, Palmas/ Francisco Beltrão, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e União da Vitória, e teve como tema “Juventude e a Sinodalidade na Missão do MCC”. Como sempre, foi oportunidade única de compar tilhamento de experiências entre as diferentes realidades regionais, espiritualidade, aprendizado e di versão. A unidade de espírito foi o sentimento entoou pujante no encontro marcado pela alegria e entusiasmo dos participantes.
A fidelidade e o comprometi mento ao Movimento são a base para o espírito de partilha e união, com os quais todos os cursilhis tas buscam atender ao chamado para a obra divina em verdadeira atitude profética, neste ano espe cialmente comemorando o Jubileu
de Diamante do MCC no Brasil, 60 anos percorrendo um caminho que nos recorda que todos somos irmãos.
É com esse espírito que o MCC se prepara para a celebração do nascimento de Jesus, o Natal. É nessa época de júbilo, reflexão
“A fidelidade e o comprometimento ao Movimento são a base para o espírito de partilha e união, com os quais todos os cursilhistas buscam atender ao chamado para a obra divina em verdadeira atitude proféti ca, neste ano especialmente come morando o Jubileu de Diamante do MCC no Brasil, 60 anos percorrendo um caminho que nos recorda que todos somos irmãos”.
e de reencontros que o Cursilho também celebra as muitas dádivas que marcaram o presente ano e regozija-se com as bênçãos vindas de Cristo, que é o fundamento de seu existir.
Com esse entusiasmo e espe rança é que o MCC se prepara e se encaminha perseverante para um novo ano de felicidade e realiza ções no caminho do Senhor. Feliz Natal e abençoado Ano Novo!
A Sicredi Progresso PR/SP reuniu no dia 18 de novembro, mulheres empreendedoras, para lançar um programa que levará conhecimento e acesso ao crédito a esse público. O evento aconteceu na sede da Cooperativa em Toledo-PR.
O presidente, Cirio Kunzler e o diretor-executivo, Inácio Cattani, desejaram boas-vindas as partici pantes. Na sequência, a Diretora de Negócios, Carina Vargas, falou sobre a iniciativa e convidou as empresárias Anaide Holzbach e Car men Donaduzzi para um bate-papo.
Carina Vargas reforçou a importância do programa. “Mais do que uma linha de crédito, oferecemos oportunidades para que mulheres prosperem na vida profissional e pessoal. Contem com o Sicredi para que isso dê certo”.
Carmen Donaduzzi, empresária e sócia-fundadora da indústria far macêutica, Prati-Donaduzzi e do Biopark - Parque Científico e Tec nológico de Biociências, conversou sobre a força do feminino. “As mu lheres precisam voar, elas são seres extraordinários e que podem muito. Iniciativas como essa fazem a dife rença na vida de muitas pessoas”.
Já Anaide Holzbach reforçou que o programa vem para ensinar. “O Mulheres Empreendedoras vem para somar, para trazer algo novo, de apoio para as mulheres. Que possam conhecer coisas novas, novos jeitos. Sou empresária e sei o quanto é desafiador e digo que sempre temos a aprender”.
Participante do evento, a em presária, Marcia Lunkes, comentou sobre o Programa. “Além do incen tivo financeiro, a educação estará
em evidência e digo que a educa ção vem em primeiro lugar. Vamos aprender sobre vários temas para nos desenvolvermos”.
Podem participar da iniciativa mulheres empreendedoras, asso ciadas ou não-associadas do Sicre di, da área de atuação da coopera tiva no Paraná, compreendida nos municípios de Toledo, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, São Pedro do Iguaçu e Tupãssi. Interes sadas podem procurar uma agência do Sicredi mais próxima e ter mais informações.
O projeto será dividido em duas etapas: Aprendizagem e acesso à linha de crédito. Através de encon tros presenciais, que acontecerão nas terças-feiras às 19h30, ou nas quintas-feiras às 8h30, na Sede da Cooperativa onde serão abordados temas como gestão de pessoas, atendimento ao cliente, planeja mento, papel da empreendedora e outros. Todos os assuntos, impactam diretamente a vida e o negócio
das participantes. Após a conclusão do módulo de Aprendizagem, as participantes que atenderem aos requisitos terão acesso à linha de crédito com operações de até R$ 125 mil, com prazo de 36 meses e taxas de 1,30% a.m. O acesso ao crédito conta com o apoio da Garanticoop – Sistema Garantidor de Crédito.
O apoio e a capacitação para mu lheres integram o compromisso do Sicredi com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O projeto Mulheres Empreendedoras atende a três deles: O ODS 4 - que assegura a educação inclusiva e equitativa e de qualidade e promove oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos; o ODS 5 - que versa sobre alcançar a igualda de de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; O ODS 8 – que promove o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e traba lho decente para todos.
São Tomás de Aquino nasceu no castelo da família em Rocasseca, condado de Aquino, do reino da Sicí lia – sul da Itália, que fica entre Roma e Nápoles, no ano de 1225. Seu pai, conde Landolfo, era um militar impor tante de sua época. Queria que Tomás sucedesse seu lugar, se tornando chefe militar.
Aos cinco anos de idade Tomás de Aquino foi enviado para Abadia de Monte Cassino para iniciar seus es tudos, mas por volta dos nove anos, com a excomunhão do Rei Frederico II pelo Papa Gregório IX, por volta do ano 1239, a abadia sofreu represálias e todos os beneditinos foram expul sos e Tomás enviado de volta para
sua família. Através disso, já em sua adolescência é enviado para Nápoles para aprofundar-se nos estudos de artes e filosofia.
No ano de 1244, Tomás abandona o curso e decide por ingressar na Or dem dos Dominicanos. Logo a notícia chega até a sua família, e a sua mãe Teodora persegue seu filho, mas este consegue fugir das investidas da mãe. No entanto, é capturado pelos seus ir mãos e levado à força para Rocasseca. Antes de ir é conduzido por um curto tempo ao Monte-sangiovanni, onde a família tinha um castelo, e depois seguiu para Rocasseca.
Durante esse tempo, a sua família tenta convencer Tomás a não continu
ar na Ordem dos Dominicanos, mas nada adiantava. Em meio tudo isso, Tomás de Aquino ainda convenceu uma de suas irmãs a ser religiosa, a qual estava havia uma semana ten tando convencer ele de largar o hábito dominicano. Assim, ele permanece ali por cerca de um ano juntamente com sua família. Visto, que as várias tenta tivas eram falhas e vendo que, de fato, era caminho que Tomás desejava, a família o apoia e ele volta a Nápoles para continuar os estudos.
Então, no ano de 1245, retorna para Ordem dos Dominicanos e já parte para Paris para concluir seus estudos, onde conhece Alberto Magno que hoje é o conhecido Santo Alberto
Magno, grande pensador em todas as artes, permanecendo em Paris até 1248, quando viaja para Colônia, na Alemanha, para fundar juntamente com Alberto Magno, e ali escreve suas primeiras obras, pois já possuía Bacharel Bíblico.
Em 1252, Tomás de Aquino retorna a Paris e se gradua em Teologia, se guindo a carreira de professor. Minis tra aulas em Nápoles, Roma e outras cidades da Itália. Desta maneira, ficou reconhecido pela sua sabedoria e sendo chamado Doutor Angélico, cujo seu trabalho esteve sempre dedicado à fé, esperança e caridade constituin do um evangelizador cristão pautado pela razão e prudência.
São Tomás de Aquino era grande escritor e estudioso nas áreas de Filosofia, Física, Metafísica, Teologia, Ética e Política. Essas foram suas obras: Preces, Sermões, Suma contra os Gentios, Exposição sobre Credo, o Ente e a Essência, Compêndio de Teologia, Comentários os Evangelho de São João, Comentários da Epístola de São Paulo, Comentários às Senten ças e Suma Teológica. Em vista disso, torna-se um importante Filósofo e Teólogo da Igreja Católica que buscou criar fundamentações lógicas para fé cristã e a união entre a lógica e a fé, conforme expressos na sua obra a Suma Teológica.
Dessa maneira, podemos aprender com São Tomás de Aquino as suas vir tudes, pelos bons hábitos realizados constantemente e seus trabalhos de aperfeiçoamento da fé cristã. Hoje temos uma das encíclicas que todos nós conhecemos “Fé e Razão” do Papa
“Podemos aprender com São Tomás de Aquino as suas virtudes, pelos bons hábitos realizados constante mente e seus trabalhos de aperfei çoamento da fé cristã. Hoje temos uma das encíclicas que todos nós conhecemos “Fé e Razão” (Fides et Ratio) do Papa São João Paulo II, que está pautada nos valores tomistas. Assim, São Tomás de Aquino nos revela que precisamos sempre usar nossa razão com prudência, atra vés da iluminação do evangelho de Jesus Cristo e nas atitudes d’Ele”.
Sou Eliton da Silva Lopes, tenho 27 anos, pertenço à Paroquia Nos sa Senhora do Carmo, de Assis Chateaubriand. Estou na etapa do Discipulado, no Seminário Maria Mãe da Igreja, da Diocese de Tole do. Estou no meu 3º ano de semi nário e curso o 3º ano da Faculdade de Licenciatura em Filosofia.
Sou filho de José Carlos Lopes e Silvana Soares da Silva Lopes. Tenho um irmão mais novo. Neste ambiente familiar é que meus pais me ensinaram sempre nas primeiras orações em casa e levando às mis sas dominicais. Essa base sempre foi o meu auxílio para o fortaleci mento em minha caminhada de fé. Quando eu tinha 12 anos, e frequentava a Catequese, me despertou a vontade de ser padre, mas logo achei que aquilo não era para mim e acabei desistindo. Logo após ter terminado a Catequese, com meus 14 anos, comecei tra balhar para ajudar minha família. Então, participava da missa de vez em quando.
Aos 18 anos fui convidado pelo meu avô a participar de um retiro da juventude mariana na cidade de Jesuítas. Chegando lá, tinha várias dinâmicas legais que me interes saram e me ajudaram no despertar do interesse de voltar, sendo que lá encontrei o coordenador do grupo de jovens do JAM (Juventude de Ação Mariana) de Assis, que me fez o convite para participar. Logo comecei a participar, mas nada de lembrar da minha vocação.
Aos 21 anos ingressei na faculda de de Administração, trabalhando em uma empresa de ramo de fotografia e cada vez mais enga
São João Paulo II, que está pautada nos valores tomistas.
Assim, São Tomás de Aquino nos revela que precisamos sempre usar nossa razão com prudência, através da iluminação do evangelho de Jesus Cristo e nas atitudes d’Ele, com gestos de fé, amor e caridade ainda
jado na Igreja. Naquele mesmo ano foi quando aconteceu um Dia Nacional da Juventude (DNJ), em Quatro Pontes, que falava sobre as vocações. Vendo o Seminário Maria Mãe da Igreja, me desper tou novamente a vontade de ser padre, mas como havia iniciado a faculdade resolvi deixar de lado. Disse para mim mesmo: “Isso não é para mim”.
No ano no 2018, com 23 anos to mei coragem a convite do Pe. André Fatega, então nosso pároco. Resolvi conhecer seminário. Quando par ticipei do encontro vocacional, fui tomado por uma alegria extraordi nária. Foi em 2020, quando ingres sei no Seminário e me alegro pelo “sim” a Deus. Um dos versículos da bíblia que guia o meu dia a dia é: “Ensina-me a cumprir tua vontade” (Sl 143).
mais no tempo que estamos vivendo em que se apresentam caminhos de insegurança, falta de amor ao próxi mo, uso da razão com imprudência e o não uso dos valores cristãos. Uma das frases de São Tomás de Aquino é: “Humildade é o primeiro degrau para a sabedoria”.
A coleta de dados do Censo De mográfico 2022 está com 60,9% dos trabalhos concluídos. Mas na região de Toledo, o município de Quatro Pontes está bem atrasado. A base de dados de acompanhamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, novem bro de 2022), revela que 81% ainda não foi sequer iniciado. Em alguns casos, o atraso se deve a falta de recenseadores e outras dificuldades de contratação.
O Censo, segundo o IBGE, produz informações atualizadas e precisas que são fundamentais para o desenvolvi mento e implementação de políticas públicas e para a realização de inves timentos, tanto do governo quanto da iniciativa privada. A partir dele é possível saber em que condições vive a população, se tem acesso às redes de água e coletora de esgoto, qual o nível de escolaridade das crianças e jovens, quais as condições de emprego e renda da população, entre outros dados que contribuem para formar uma base sóli da de informações visando identificar as áreas de investimentos prioritários em saúde, educação, habitação, transpor tes, energia e programas de assistência
a crianças, jovens e idosos, entre outras iniciativas em benefício da própria po pulação. Quando se fala em geração de empregos, muitas empresas fazem a análise dessas informações para definir se investirão no município ou não.
Outra grande preocupação é que o atraso na coleta de dados dificulte for
necer subsídios ao Tribunal de Contas da União para o estabelecimento das cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios. Algumas cidades encontram no FPM sua grande fonte de receita para fazer funcionar a máquina pública no atendimento ao cidadão.
Das cidades na região da Diocese de Toledo que já concluíram o Censo, aparecem as peque nas Formosa do Oeste e Iracema do Oeste. Se as estimativas se confirmarem, em onze anos, desde o último Censo realizado (2010-2021) Formosa do Oeste perdeu mais de 15% da sua população. Já Iracema estaria estacionada com 2.578 habitantes. Tupãssi está com 92% dos trabalhos prontos .
A cidade que desponta em acréscimo no número de habitantes em pouco mais de uma década é To ledo com 21,19%, se confirmarem as estimativas. Contudo, neste Censo 2022, até novembro, 40% dos trabalhos foram concluídos em Toledo.
O maior atraso na coleta de dados é registrado em Ouro Verde do Oeste, com apenas 5% dos tra balhos concluídos. Em seguida aparecem São Pedro do Iguaçu, com 10,5% dos trabalhos realizados, e Quatro Pontes com apenas 12,5%.
2,4%
A promoção do “Natal Encantado de Toledo”, realizada pela Associação Co mercial e Empresarial de Toledo (Acit), conjuntamente com Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, se gue com atrações culturais neste mês de dezembro. O público pode conferir apresentação de balé com o Núcleo Acadêmico de Dança (NAD) no dia 3 e da Escola Arte Música no dia 4.
A programação do Natal, tendo por local a Praça Willy Barth, contempla ain da a participação dos grupos tradiciona listas gauchescos. No dia 11, será a vez do CTG Província Gaúcha se apresentar com danças tradicionais do Rio Grande do Sul. No dia seguinte, será a vez do balé Petit Ballet AER Sadia.
Os gaúchos voltam ao palco do Natal no dia 13, desta vez com os integrantes do CTG Chama Crioula. No seguinte (14), mais gaúchos no palco, com a apresentação do CTG Estância da Liber dade. Já no dia 16, a programação varia com as performances do Circo Ático – Circo do Noel. Estão programadas duas sessões para encenação da peça teatral “Contos de Natal”, com o grupo Os Amadores Cia de Teatro, nos dias 17, 18 e 20 deste mês de dezembro.
A última semana do Natal Encantado de Toledo traz no dia 19 de dezembro, apresentação da Banda Serprati, com
os cantos típicos deste período. A programação reserva ainda espaço para a apresentação da Orquestra San fônica de Pato Branco, no dia 21. Eles trazem a experiência da música à base de sanfonas para o Natal em Toledo.
O Coro Cênico Serprati se apre senta no dia 22. Para finalizar as atrações culturais, haverá apresentação de Auto de Natal no dia 23 de dezembro com participação do Coro Feminino Clareana, Coro Masculino Netuno, Coral Cristo Rei e Os amadores CIA de Teatro.
Todas as atrações são gratuitas e acontecem na praça Willy Barth, a partir das 20h. A Casa do Papai Noel ficará aberta para visitação até o dia 23 de dezembro das 19h às 22h. A entrada é gratuita e segue uma ordem de senhas distribuídas no local.
Neste ano, os bairros Vila Pioneiro,
No dia 8 de dezembro será a vez do Núcleo da Grande Pioneiro. As co memorações de Natal iniciam às 18h no terminal de ônibus do bairro com recreação infantil e atrações culturais.
Para finalizar as comemorações nata linas, o Núcleo do Jardim Porto Alegre realiza no dia 10 de dezembro no Parque Frei Alceu Richetti, a partir das 17h re creação infantil e a partir das 18h30 as atrações natalinas.
A antecipação de parte das sobras de cada Exercício já é uma tradição na Coamo Agroindustrial Cooperativa. A diretoria da cooperativa anunciou aos cooperados durante Reunião de Campo virtual, o valor de R$ 220 milhões com distribuição a partir do dia 5 de dezembro para os mais de 30 mil cooperados, conforme a movi mentação de cada um na cooperativa na entrega da soja, milho e trigo e aquisição de insumos. O presidente dos Conselhos de Administração da
Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini, destaca que a tradição de antecipar as sobras é um benefício comemorado pelo quadro social. “Os cooperados sabem que dezembro é o mês de antecipação das sobras. É um momento aguardado, e isso só é possível devido a solidez das cooperativas [Coamo e Credicoamo]”, frisa ao aten der as expectativas dos agricultores associados e as comunidades na área de atuação da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O empreendedoris mo por necessidade avançou na faixa etária de 55 a 64 anos. De 2018 a 2021, houve pratica mente uma inversão no quadro de oportunidade versus necessidade en tre os empreendedores seniores, conforme indi ca levantamento do Se brae a partir de dados da pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
O estudo mostra que, no ano passado, a maio ria dos empreendedores seniores (60%) abriu um negócio devido à necessidade. Em 2018, no entanto, a situação era a oposta e o empreendedo rismo por oportunidade galgava espaço na camada mais velha dos entrevista dos, registrando um aumento de 15,3% em comparação a 2017, chegando a 62,1%.
Para além dos empreendedores aci ma de 55 anos, em 2021, à medida que a idade dos empreendedores brasileiros
avançava, a motivação por necessidade crescia.
Aproximadamente 44% dos jovens empreendedores iniciais (de 18 a 34 anos) começaram uma iniciativa empre endedora motivados pela necessidade de encontrar alternativas de trabalho e renda. Esse dado subiu para 52% no extrato seguinte, formado pelos empre endedores da faixa etária intermediária, de 35 a 54 anos.
A GEM de 2021 traça outras carac terísticas do perfil de empreendedor sênior – as atividades de maior repre sentatividade, por exemplo, estavam relacionadas à alimentação – como catering, bufê e comida preparada –, restaurantes e outros estabelecimen tos de alimentação e bebidas, que alcançaram 21,2% entre os seniores. Em termos comparativos, esse setor compreende apenas 8,4% dos empre endedores jovens.
O estudo também sinaliza que nos empreendedores com mais idade, em qualquer dos estágios do empreendi mento, a proporção é maior daqueles
Emprego e renda passam pelas oportunidades no ramo alimentício
que tem o ensino fundamental incom pleto. Nesse grupo entre 55 e 64 anos, é possível fazer outro recorte interes sante: quase 54% dos empreendedores
Nesse contexto, iniciar um negócio devido à “escassez de empregos” foi a motivação mais presente para 80% dos entrevistados seniores em 2021, contra 77% dos em preendedores da faixa etária intermediária e 75,8% dos jovens. Na visão do presiden te do Sebrae, a inversão na motivação de oportunidade por necessidade é um reflexo claro da realidade econômica, tão duramente afetada pela pandemia de covid-19 nos últimos anos.
“Infelizmente, muitos aposentados se viram obrigados a voltar ao mercado de trabalho para sustentar suas famílias e, ao não conseguirem emprego, en contraram a solução no empreendedo rismo, muitas vezes, informal”, pontua Carlos Melles. “Esperamos que medidas como a expansão na oferta de crédito para os pequenos negócios possam impulsionar esse segmento e reverter esse cenário”, argumenta.
iniciais se declaram pretos ou pardos. Na outra ponta, no grupo dos jovens entre 18 e 34 anos, a proporção dos empreendedores iniciais que se auto declaram negros sobe para 61%.
A volta de muitos profissionais apo sentados ao mercado de trabalho se deve a alguns fatores, dentre os quais a pandemia, que praticamente expulsou parte deles dos seus postos de traba lho e lançaram-nos ao empreendedo rismo com atividades já mencionadas. De outro lado, os efeitos da reforma da Previdência lançaram outro grupo de pessoas a “esticar” o seu tempo de trabalho para alcançar a aposentadoria.
No dia 16 de novembro, em uma grande festa em Curitiba, foi divulgado o ranking das Melhores Empresas para Trabalhar no Paraná, promovido pelo Instituto Great Place to Work (GPTW) com o apoio da Gazeta do Povo e da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PR).
Entre as 110 premiadas na 13ª edição do ranking GPTW no estado, está o Sicoob Meridional na 33ª posição, na categoria de médio porte. O superintendente do Sicoob Meridional Gilberto Albarello ressalta a relevância desta premiação. “Comemora mos muito ao saber que neste ano de 2022 mais uma vez a cooperativa foi eleita pelos colaboradores como um excelente lugar para trabalhar. Essa é uma conquista de todos, desde os donos – nossos cooperados, os colaboradores e a governança da cooperativa que assegura uma política de recursos humanos transparente e participativa”.
Na edição deste ano, o ranking Great Place to Work do Es tado do Paraná registrou mais de 300 empresas inscritas. Ao todo, foram reconhecidas 20 empresas de grande porte (com mais de 1000 empregados), 70 de médio porte (de 100 a 999 empregados) e 20 de pequeno porte (de 30 a 99 empregados).
Premiação recebida em Curitiba na categoria de médio porte
Para concorrer ao ranking, as empresas precisam conquistar a certificação por meio da realização da Pesquisa de Clima, que mensura o impacto de todas as ações realizadas no decorrer do ano.
O Circo da Alegria comemorou 30 anos com evolução e crescimento. Iniciado como projeto social, en controu espaço na Escola Municipal Anita Garibaldi (Toledo) para fazer sua morada. Por ocasião da 16ª Mostra de Circo Social e a 9º Festival Nacional de Circo, realizados em novembro último, os participantes brindaram essa marca de três déca das produzindo frutos para a socie dade. Neste período, centenas de crianças e adolescentes receberam orientações sobre cidadania, res ponsabilidade, disciplina e técnicas circenses, que servem não apenas para apresentações no picadeiro, como também para o palco da vida.
O projeto começou em 1992, através de uma oficina de circo. Na época, o objetivo era envolver e tentar resolver problemas exis tentes com relação a depredação de espaços públicos, disciplina, falta de responsabilidade e evasão escolar. As atividades foram feitas e deram resultados, mas os alunos e professores envolvidos no projeto na época manifestaram o desejo de continuar este trabalho. Graças a este envolvimento e o apoio da co munidade o projeto teve sequência embora também tenha passado por alguns percalços ao longo de sua trajetória.
“Nós acreditamos muito que fazemos a diferença na vida destas pessoas. A gente pensa no circo como um todo, não apenas como no aprendizado de técnicas circen ses. A gente quer fazer com que as crianças e adolescentes entendam os valores éticos, a cidadania, o que elas podem fazer para melhorar a sociedade. Se elas continuarem fazendo circo, ok. Se não, que as
lições e as vivências que foram compartilhadas sejam levadas para o convívio em sociedade. Este é o grande espetáculo da vida”, afirma o coordenador do Circo da Alegria e da Mostra e Festival, Dado Guerra.
O maior desafio, relata Dado, foi com o fim da lei de incentivo à cultura e ao esporte. De 1992 ao ano 2000 o projeto manteve-se com esses recursos. Mais uma vez com o envolvimento dos alunos e professores da escola, e o apoio da comunidade, foram buscadas lide ranças locais, mostrando a importância e a necessidade do trabalho, o que possibilitou a continuidade. Foi nesta época que um dos instru tores, Ademir Iung, coordenador atual do Circo da Magia, cunhou uma frase que se tornou lema do grupo. “O sonho não pode acabar porque outros virão com o mesmo desejo de sonhar”.
Dado ainda elenca alguns marcos na trajetória do projeto, entre eles
a construção do picadeiro do Circo da Alegria, com capacidade para 400 pessoas sentadas, em 2000. Em 2011 o Circo da Alegria venceu o prêmio nacional Itaú Unicef, tornan do-se conhecido nacionalmente, e em 2015 entrou para a Rede Circo Mundo, fazendo parte de um grupo seleto de 20 projetos que discutem a pedagogia do circo social.
Segundo Dado Guerra, o Circo da Alegria de Toledo tem uma das melhores estruturas do país, entre os projetos sociais, e conseguiu di versos avanços ao longo dos anos. O município é um dos poucos que contrata instrutores de circo através de concurso público e reúne duas unidades em funcionamento – o Circo da Alegria, no Jardim América, e o Circo da Magia, no Jardim Coo pagro. Atualmente o projeto aten de uma média de 100 crianças, de segunda a sexta-feira, a partir dos seis anos de idade, no contraturno escolar. (Eliane C. Torres)
Para todos os casos de câncer de pele, a ordem de cuidado é controlar a ex posição ao sol. Curtir o ve rão, que começa no dia 21 deste mês de dezembro, com todo seu potencial de lazer, associado ao período de férias é excelente, mas a prevenção é fundamen tal. Além dos fatores here ditários, o sol exerce essa influência no surgimento de casos pelo Brasil, sem pre com um detalhe: seu efeito cumulativo.
A frequência de expo sição ao sol é saudável, recomendada pelos espe cialistas, porém sempre observando o tempo com o qual se deve evitar uma exposição prolongada.
Trabalhadores da construção civil, por exemplo, não usam camisas de manga longa porque gostam, mas
– Não deixe de usar: chapéus de abas largas, camisas de manga longa e calça comprida;
– Se puder, use óculos escuros e protetor solar;
– Procure lugares com sombra;
– Sempre que possível evite trabalhar nas horas mais quentes do dia.
O câncer da pele pode se asse melhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregu laridade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
sim por uma necessidade de proteção. Além disso, precisam fazer uso de pro tetores solares, com fator de proteção (FPS) adequado, especialmente para áreas do corpo como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. São as que merecem mais atenção com um detalhe: não somente no verão, mas em todas as estações do ano.
O câncer de pele acontece pelo cres cimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. A Socie dade Brasileira de Dermatologia salien ta que os tipos de câncer mais comuns são os carcinomas basocelulares e os
– Uma lesão na pele de aparên cia elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
– Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregu lar nas bordas e cresce de tamanho;
– Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apre sentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
espinocelulares. “Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele”. Muitas vezes, o risco é aumentado nas pessoas com pele e olhos claros e por ter histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.
De acordo com o Insti tuto Nacional do Câncer, a detecção precoce do cân cer favorece o tratamento. A descoberta na fase inicial contribui muito. Por isso, quando perceber manchas na pele que coçam, ardem ou descamam preste mui ta atenção na assimetria, na borda, cor e dimensão. Normalmente, o tamanho superior a seis milímetros tem grande probabili dade de ser a manifestação de câncer maligno. Mas atenção: consulte seu médico em casos de suspeita e “não deixe para depois”. Muitas vezes, além de exames clínicos, são necessários exames laboratoriais e radiológicos.
– Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
– Usar o filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege por longos períodos. É necessário reaplicá-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. Mesmo filtros solares “a prova d’água” devem ser reaplicados.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Dermatologia
A conclusão das reuniões do Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) referentes a este ano de 2022, contou com um momento de incentivo ao Ano Vocacional 2023. Os coordenadores de pastorais e movimentos participaram desse gesto como sinal de atuação forte e presente em suas comunidades na motivação para que as atividades e iniciativas vocacionais sejam levadas a efeito junto a crianças, adolescentes, adultos e suas famílias.
Nestas imagens, algumas coordenadoras marcaram presença na histórica celebração pelos 75 anos do Apostolado da Oração – Rede Mundial de Oração do Papa na Paróquia Cristo Rei, e consequentemente na Diocese de Toledo
Ainda da participação dos devotos de Nossa Senhora Aparecida, a Paróquia Santo Inácio de Loyola partilha as imagens da peregrinação rumo à Capela da Padroeira, localizada em Linha Itaguajé, município de Jesuítas. Dia chuvoso e frio, mas que não afastou os devotos que seguiram em procissão. A celebração foi muito participativa, inclusive com coral de crianças e adolescentes. O momento muito forte da devoção ocorreu com a consagração a Nossa Senhora –
O rito da confirmação possui uma riqueza peculiar na continuidade do processo de educação da fé. Ao receber o Sacramento da Crisma, o jovem ou adulto se abre para a ação do Espírito Santo e se diz pronto para se configurar ao Cristo nas suas ações diárias. É assim que 68 jovens da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, receberam este Sacramento, em celebração eucarística presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, no último dia 22/10. Que sejam abençoados na sua caminhada em comunidade – Fotos:
Os 70 anos da Paróquia Cristo Rei, celebrados em novembro, tiveram vários momentos representativos. A celebração em si foi um misto de recordação da época do pioneirismo, bem como a atualização da caminhada de fé com a participação de muitos adolescentes e jovens. O “Arco de Evangelização” reuniu as pessoas nestas memórias em
Gratidão a Deus pelos 95 anos de vida da avó Verônica Kochepka, da Paróquia Santa Margarida – Vila Margarida (Marechal Cândido Rondon), que recebe homenagem da neta Marli Kochepka Pauli e de Gerônimo Pauli
Parabéns
Os pais, Cleber e Luciana da Silva, parabenizam a filha Ana Maria da Silva, da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo)
mais um ano de vida (21/11)
Lourdes Vanzo Lazzarin é Zeladora de Capelinha da Paróquia Cristo Rei (Toledo) e no último dia 6/11 completou seus 80 anos de vida. Recebe homenagem das filhas Maria de Lurdes, Sandra e Vera, demais familiares e amigos
José e Mirtes Alves, da Paróquia Menino Deus (Toledo), comemoram 40 anos de casados neste dia 26/12, e recebem o carinho da família e amigos
Dezembro é um mês muito especial para o nosso bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, que tem três datas festivas. A primeira é 11/12, quando comemora seus 64 anos. Em seguida, chegam o seu 37º aniversário de ordenação presbiteral (15/12) e 15º aniversário de ordenação episcopal (16/12). Felicidades D. João!
Cumprimentos ao Pe. Ademir Alves Teixeira, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá), que comemora 35 anos de sacerdócio (6/12)
Parabéns ao Pe. Braz Tarcízio Pauly que neste dia 19/12 completa 41 anos de sacerdócio
Pe. Milton Wermann, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória (Quatro Pontes) recebe homenagem pelo 41º aniversário de ordenação presbiteral (12/12)
Felicidades ao Pe. Manoel de Pierri Primo (SAC), pároco da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), que comemora 39 anos de sacerdócio (10/12)
Parabéns ao pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Ouro Verde do Oeste), Frei Juarez Bastiani (OAD), que comemora o 15º aniversário de ordenação (22/12)
Felicidades ao vigário paroquial da Paróquia Sagrada Família (Toledo), Pe. Lucas Sebastião Schwarz, que chega aos seus 38 anos de sacerdócio (8/12)
Felicitações ao Pe. Milton Munaro (SAC), pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa), que completa o 39º aniversário de ordenação presbiteral (18/12)
Frei Luiz Fiorentin (FMM) comemora 18 anos de sacerdócio (12/12)
Cumprimentos ao reitor do Seminário São Vicente Palotti (Palotina), Pe. Jurandir Goulart Soares (SAC), pelos seus 12 anos de sacerdócio (12/12)
Pe. José Battisti (SAC), vigário paroquial da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), recebe homenagem pelos seus 36 anos de sacerdócio (8/12)
Pe. Tobias Aloísio Hemkemeier chega neste dia 6/12 aos 36 anos de sacerdócio
Egon e Edi Clarice Sulzbacher, da Capela São Luiz Gonzaga, de São Luiz do Oeste – Paróquia Menino Deus (Toledo), recebem homenagem pela passagem dos seus aniversários em novembro, 73 e 69 anos, respectivamente, com os cumprimentos da Rosmari Eberhardt
Familiares e amigas homenageiam dona Levina Hahn Schardong, da Paróquia São Cristóvão Toledo, pelos seus 82 anos de vida (25/09) contemplados pela amizade e testemunho de fé
Isopor, amido, óleo da casca da laranja, enxofre e colágeno. Essa é a “receita” proposta em uma pesquisa de mestrado defendida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, em parceria com a Embrapa Instrumentação, para criar um novo revestimento nanométrico que po derá promover a liberação controlada de fertilizantes na agricultura. Mais sustentável e barata que os materiais utilizados hoje em dia, a tecnologia poderá contribuir para reduzir os impactos ambientais dos produtos empregados atualmente, além de dar um destino mais nobre ao isopor, material de difícil descarte e que leva anos para se degradar na natureza.
O professor Wagner Luiz Polito do IQSC, orientador do trabalho, co mentou sobre a importância do novo material. “A principal vantagem da proposta é aproveitar uma matéria -prima que gera impacto ambiental e que iria para o lixo. O isopor é uma espuma muito leve e ocupa bastante espaço, levando um século para ser dissolvido. Mas, na nossa pesquisa, usamos um solvente verde (óleo da casca da laranja) para diluí-lo, permitindo que ele seja aproveitado em um revestimento para nutrien tes, como se fosse uma capa muito fina que envolve o fertilizante e não
prejudica a na tureza, pois se trata de uma fração muito pequena do material que não gera im pactos nega tivos”, explica.
Segundo o docente, ou tro benefício da tecnologia proposta é o baixo custo em comparação com os revestimentos comerciais disponíveis atualmente, que são feitos a partir de derivados do petróleo e não são indicados para utilização em países tropicais, onde há chuva em abundância, por se degradarem com mais facilidade: “Vamos supor que a pessoa tenha uma pequena horta, ela conseguiria comprar esse novo revestimento com isopor por um preço muito me nor porque estamos falando de um produto que seria jogado fora. Então é uma forma inteligente de você reci clá-lo. A estimativa é de que o nosso revestimento seja mais barato que os tradicionais, além de não gerar o impacto ambiental da exploração de matérias-primas vindas do petróleo”, completa o professor, que orientou Diego Fer nandes da Cruz, autor da dissertação.
A liberação controla da de fertilizantes com a utilização de reves timentos é necessária para atender à fisiologia da planta, que demanda quantidades constan tes e específicas de
nutrientes de acordo com cada fase de seu ciclo de vida. Os fertilizantes mais empregados para o desenvol vimento e sobrevivência de qualquer planta ou vegetal são, basicamen te, potássio, enxofre, nitrogênio e fósforo. No entanto, revestir um insumo para uso na agricultura não é simplesmente aplicar um filme sobre uma superfície, o material precisa ter a função de controlar a liberação de nutrientes de modo que eles sejam dispostos no solo de forma lenta e uniforme.
“Não basta criar um revestimento só para proteger a planta, ele precisa ser “ativo”, gerar reações químicas que contribuam para a sua degra dação uniforme. Além disso, seu aproveitamento pela planta deve ocorrer respeitando os aspectos de equilíbrio nutricional e de fisiologia do reino vegetal. Essa ‘capa’ deve se degradar aos poucos, tanto por ação de microorganismos como por reações químicas entre o nutriente e o revestimento. Esse processo permite que o fertilizante ‘vaze’ de maneira controlada”, explica Polito. (Henrique Fontes, da Assessoria de Comunicação do IQSC/USP)