Revista Cristo Rei - Outubro 2022

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Economize com a gente e concorra a meio milhão de reais com destino à felicidade. P romoç ão válid a pa ra as Coo perati vas fili adas à C entr al P R/S P/ RJ Per íodo de p articip ação d e 1 4/03/2 02 2 a 1 2/12/2 022 Título d e C apit ali zaç ão d e Pagam ento Ú ni co , Mod alid ade In centi vo, emitido pel a MAP FRE CAPI TALIZ AÇ ÃO S /A ., CN PJ 09 3 82 99 8/0001- 00, P ro cesso SUSE P n° 15 414 6 02 024/ 2022 2 7 Cess ão d e partici paç ão nos so rt eios Qua ntid ade de so rteios p revistos: 202. * Valo r d a premi ação l íquid a de I mposto d e Renda Co nsu lt e re gula me nto co mpleto no site ww w pou pa nc ap remi ad asic redi co m.br S AC 08 00 724 722 0 / D efici entes Auditi vos ou d e Fal a 0 800 724 05 25 Ouvido ria - 0 800 646 2519 Consulte seus números da sorte e regulamento em poupancapremiadasicredi.com.br

Ide e anunciai

A missão de todo cristão é anun ciar o Evangelho a toda criatura. Anunciar este conteúdo que per passa o tempo, as situações e as circunstâncias que se atualizam no cotidiano da vida humana. É um conteúdo desafiador, pois ao mesmo tempo em que apresenta as indicações para uma vida pautada no amor ao próximo, é necessário praticá-lo.

Logo, a mensagem para difundir nos ambientes, diante do impe rativo “Ide evangelizar”, tem por finalidade alcançar os corações duros daqueles que não querem estabelecer o diálogo de paz e concórdia. Aliás, alguns até aceitam dialogar, desde que prevaleça a sua argumentação sobre determinado tema. É muito difícil mostrar as consequências de atitudes intem pestivas que geram resultados catastróficos, mas simplesmente elas são tomadas e fica para depois “juntar os cacos”.

A esperança dos cristãos é que a sociedade seja transformada pelo Evangelho, que é verdadeiro e único. Há que se ter atenção para aqueles que instrumentalizam o anúncio do Evangelho ao seu interesse privado e manipulam a opinião pública.

No calor do ambiente político, que ainda gera expectativas sobre a condução do País e Estado diante dos acordos firmados em vista das eleições, a pergunta que se faz é como estará presente o conteúdo cristão na elaboração das leis e execução das ações de governo? Não se trata de reproduzir os Dez Mandamentos em um projeto de lei, mas sim observar criteriosa mente se determinada ação tem repercussão para a vida ou a morte de milhares de pessoas. Mais uma vez, se renova a esperança de todo e qualquer cidadão para que as vul tosas arrecadações sejam devida mente aplicadas para o bem comum e não para o bem de poucos.

“Sereis minhas testemunhas”. As sim disse Jesus, conforme descrito nos Atos dos Apóstolos (1,8), e que inspirou o Papa Francisco a dirigir sua mensagem para o Dia Mundial das Missões. Ser missionário, ser testemunha do Evangelho nesses locais tão difíceis em que se decide a forma de organização da socie dade não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Creia, confie e tome atitudes equilibradas sempre em favor do próximo.

Boa leitura!

E x p e d i e n t e

A devoção na experiência religiosa do cristão católico

Assembleia Diocesana fará revisão da ação evangelizadora

Os ritos que enchem de esperança a igreja diocesana

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 2022 Revista mensal da Diocese de Toledo

ESCRITÓRIO

Rua General Rondon, 2006

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Fone/Fax: (45) 3252-1728 revista.cristorei@gmail.com

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EDITOR

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DIAGR AMAÇÃO

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CIRCULAÇÃO

Toledo, Marechal Cândido Rondon, Palotina, Guaíra, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Tupãssi, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, Mercedes, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Formosa do Oeste e Maripá.

TIR AGEM 7.000 exemplares

IMPRESSÃO Gráfica TUICIAL

Os assuntos tratados em artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor

Comércio regional já se movimenta para campanhas de Natal

Pilates aumenta a satisfação materna com o processo do parto

Setor enfrenta desafio de retomar venda de pescados

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 2022
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“Sereis minhas testemunhas até os confins da terra”

O envio do Ressuscitado de Jerusalém para todos os povos implica um aprofundamento da “dimensão teste munhal” da missão eclesial. Uma dinâmica importante para apreender o valor do testemunho consiste em resumir a experiência missionária atestada de várias maneiras nos re latos da Bíblia. A missão nasce da própria vontade de Deus, que ao longo da história de Israel envia seus mensageiros aos povos para anunciar a salvação. A missão se cumpre com a decisão de enviar seu Filho unigênito. Da mesma for ma, é o Ressuscitado quem confia a responsabilidade desta missão à Igreja nascente. A perspectiva missionária é ligada à revelação de Deus e atualização de sua mensagem hoje.

O primeiro aspecto consiste em reler o mandato mis sionário de Jesus: “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo que vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20), no contexto mais amplo da missão na Sagrada Escritura. Percorrendo os relatos bíblicos se confirma a ideia de que Deus envia homens e mulheres em missão para anunciar a Salvação e promover a vida. O processo dinâmico da missão, que se expressa através de palavras (pregação) e sinais (atos de libertação) é caracterizado pela posi tividade do mandato mis sionário e sua finalidade.

acompanha os personagens bíblicos, chamados e enviados por Deus para pregar e conduzir o povo à verdade e à paz.

Um aspecto final da “missão” consiste na conotação do “testemunho” dos missionários. Eles não são apenas mensageiros, nem repetidores impessoais de um código de conduta, mas são acolhidos, ouvidos e seguidos como “modelos” de vida e representantes da vontade divina. Em última análise, Deus “envia” em missão homens e mulhe res que realizaram em si mesmos o encontro profundo e transformador do seu amor. Os relatos bíblicos mostram como a missão se realiza por meio de mediações humanas, que envolvem a experiência de uma vocação e o caminho de conversão e fé.

Um segundo aspecto diz respeito ao estilo da iniciativa divina. A missão, que tem Deus como fonte e protagonista, realiza-se através da colaboração humana, tanto em nível pessoal como também através do envolvimento das pessoas. Nesse sen tido, podemos considerar a missão no Antigo e no Novo Testamento como “obra de Deus” confiada à responsabilidade dos fi éis. Esta é a convicção que

Dos exemplos que nos vêm da Bíblia e de muitos ho mens e mulheres que acolheram o mandato missionário de Cristo Ressuscitado se delineia o estilo da missão que somos chamados hoje a cumprir. “Ir pelo mundo inteiro... evangelizar os povos” indica que devemos viver a fé como êxodo (saída), com coração apaixonado, testemunhando a coragem das próprias escolhas, tornando-se amigos do Esposo, portadores de esperança e servidores do Evange lho. Nascida da missão, a Igreja vive e se renova na missão. Experimentamos quão oportunas são as afirmações dos nossos Papas, reafirmadas nas mensagens dos Papas: A Igreja faz suas as palavras do apóstolo: “Ai de mim se não pregar o Evangelho” (1Cor 9,16) e, portanto, continua a enviar missionários ininterruptamente, até que as novas igrejas estejam plenamente constituídas e continuem também a obra de evangelização. A Igreja é impelida pelo Espírito Santo a cooperar para que se realize o desígnio de Deus, que constituiu Cristo o princípio de salvação para o mundo inteiro (Lumen Gentium, nº 17).

O Papa Francisco partilha conosco seu sonho na mensa gem pelo Dia Mundial das Missões (23 de outubro de 2022): “Continuo a sonhar com uma Igreja toda missionária e uma nova estação da ação missionária das comunidades cristãs. E repito o desejo de Moisés para o povo de Deus em cami nho: ‘Quem dera que todo o povo do Senhor profetizasse’ (Nm 11,29). Sim, que todos nós sejamos na Igreja o que já somos em virtude do Batismo: profetas, missionários do Senhor! Com a força do Espírito Santo e até aos extremos confins da terra. Maria, Rainha das Missões, rogai por nós!”.

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A DEVOÇÃO NA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA DO CRISTÃO CATÓLICO

Uma das canções do Pe. Zezinho, com os Cantores de Deus, tem a seguinte letra: “Como é bonita uma religião que se lembra da Mãe de Jesus”. Em suaves palavras, a música ensina que ela não é deusa e não é mais que Deus. E assim segue uma pequena Catequese a respeito desse carinho enorme que as pessoas manifestam fervorosamen te por Nossa Senhora Apareci da, notadamente na chegada deste mês de outubro, assim como aos diversos Santos e mártires reconhecidos pela Igreja. As comunidades de fé pelo Brasil se agitam com intensidade de programações celebrativas e festivas para trazer essa memória viva nas suas realidades. O apelo ma ternal é outro elemento muito afetivo que se forjou ao longo dos anos para que, em qualquer circunstância, a Virgem Maria seja evocada nas orações e preces.

Nessa associação da figura da mãe com a criança, o comércio apela para a data em que se estimulam as vendas de brinquedos, mas de outro lado também acontecem muitas expres sões de solidariedade em campanhas – por iniciativas de grupos de amigos e instituições – visando a doações de brinquedos. Mas para a experiência religiosa, o que é mais representativo acontece quando a família ensina para uma criança a história da Salvação em que Jesus é o enviado de Deus, o verbo encarnado, a razão da fé, e que o sim da Virgem Maria ao projeto salvífico insere cada pessoa nesse caminho de proximidade com Jesus.

Tendo presente este contexto em que se entrelaçam as diversas manifestações religiosas do povo, é saudável que o cristão católico tenha

presente a clareza dos elementos que fundam a sua fé. Assim como é frutífero para sua experiência religiosa conhecer os limites do que é natural da devoção, o que é o exagero do devocionismo e as manifestações de piedade popular, observando aquilo que as pessoas expressam na relação com os santos e mártires proclama dos pela Igreja Católica.

Nossa Senhora e os Santos da Igre ja são aclamados para uma situação de saúde ou proteção numa viagem; para um casamento ou nascimento de um bebê; por ‘causas impossíveis’ ou pela conversão dos pecados. As razões são inúmeras e até se materia lizam em altares domésticos, com a presença das imagens dos padroeiros ou santos de devoção.

Por isso, esta reportagem de capa da Revista Cristo Rei contará no seu curso com os conhecimentos do Pe. Angelo Virgílio Pellá, doutor em Teo logia Dogmática e autor de diversos

livros, que abre os caminhos para que você leitor(a) possa alargar seus horizontes na compreensão da fé.

Com essa presença muito forte de Nossa Senhora e dos Santos na vida das pessoas, o primeiro passo a ser dado é na compreensão do que é devoção. “Nós falamos de devoção, de nossa parte na fé católica, mais voltada para os santos. Em Jesus Cris to não é devoção. A relação é outra. Mas em síntese, devoção é um modo carinhoso da pessoa se relacionar com algo. Mas esse algo, claro, não está ligado com a divindade, pois com ela temos a adoração que significa o reconhecimento da superioridade, do fundamental, d’Aquele que está acima de nós. Por isso, em relação a Deus é adoração e em relação aos santos é veneração. Venerar é um modo de tra tarmos, sempre com toda reverência, mas muito aquém daquilo que é o re lacionamento com o ser máximo que é o ser de Deus”, sintetiza Pe. Angelo.

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 20226 AS DEVOÇÕES NA IGREJA
Oração para santos e mártires não deve superar a adoração ao Senhor

A devoção e o devocionismo

Nos diferentes títulos de Nossa Senhora e nas diversas realidades de evocação dos Santos, obviamente a devoção mariana é mais presente, até pelo estímulo dentro da Igreja. “Depois da relação dos fiéis com Jesus Cristo, a presença maior é de Maria”, salienta Pe. Angelo. Essa presença de Maria no devocional popular é difusa, por exemplo, pe las manifestações em Fátima, em Lourdes e em Aparecida, dentre as mais conhecidas. Trata-se de uma devoção muito associada ao papel especial da Virgem Maria na história da Salvação, ou seja, aquilo que ela, como pessoa de fé, realizou em re lação ao plano de Deus, o que torna essa presença de Maria muito forte.

“No entanto, não podemos es quecer que por falta de formação existem algumas atitudes errôneas”, alerta Pe. Angelo. Ele recorda que certa vez, numa igreja, era o cair da tarde e a porta do templo estava aberta. Uma pessoa, possivelmente um trabalhador que retornava para sua casa, decidiu parar um pouco na igreja e adentrou. Ele foi direto para a imagem de Nossa Senhora. “Fez ge nuflexão, o que não é correto diante da imagem de um Santo, e passou a rezar. Rezou e rezou, mas não olhou para o Sacrário; não dedicou sua atenção à presença eucarística de Jesus”, descreve. Essa cena, segundo o sacerdote, mostra que essa pes soa exagerou na devoção e deixou de lado Jesus, o Filho de Deus. “A Igreja ensina que seguimos a Jesus por Maria. É a Virgem Maria que nos leva ao Filho. Portanto, quem foi só até Maria e não chegou a Jesus, não fez o caminho correto”, pondera.

A devoção é muito importante e algo bom para o cristão, porém se ela for caminho para a adoração, se levar o cristão para algo a mais na sua compreensão de fé. “A devoção é boa como caminho para a fé. Mas o cristão não pode parar na devoção”, sustenta Pe. Angelo. Ele exemplifica a partir de uma expressão popular muito conhecida “A Jesus, por Ma ria”; ou por outra: “Quando você

“A Igreja ensina que seguimos a Je sus por Maria. É a Virgem Maria que nos leva ao Filho. Portanto, quem foi só até Maria e não chegou a Jesus, não fez o caminho correto”. quer, peça à Mãe que o Filho atende”. “Isso nos ajuda a entender, em simples palavras, a relação entre Jesus e Maria, e que não podemos nos concentrar só na devoção aos Santos e nada além. Se fizermos nossa cami nhada só até ali, essa devoção, esse culto é “furado” e não é verdadeira a fé. O que vale na devoção é quando ela nos conduz no âmbito da fé, até porque o santo não fez milagre por si mesmo. Se ele fez algum milagre foi a partir de um dom de Deus. Ele tornou-se instrumento de Deus para uma graça alcançada, para uma ajuda recebida. Até a própria Virgem Maria: não se realizou tudo nela a partir dela. Se realizou nela uma ação extraordinária de Deus na pessoa de Maria. Tudo o que cultuamos em Nossa Senhora é o reconhecer essa ação maior de Deus que acontece nela. Se saiu desse eixo de interpre tação do cristão, aí temos que cuidar porque pode estar saindo da verdade fundamental de fé que cultivamos”, orienta.

A história daquela pessoa que se dedicou a rezar no templo e nem ob

servou o Santíssimo serve de alerta para que ao cultuar e ao cultivar a devoção mariana o cristão esteja muito atento para nunca deixar que se desvie. “Se uma pessoa fica meia hora rezando o terço e não tira um minuto para cultivar a presença de Cristo na Eucaristia, essa oração do terço não está sendo verdadeira mente cristã. É o devocional que está tomando espaço demais na vida de alguém. E isso chama-se de desvio pastoral, desvio de fé”, sublinha.

Nas responsabilidades de pais e mães e até mesmo os catequistas que atuam na educação da fé, é importante ter atenção ao apresen tar às crianças a imagem de Nossa Senhora, ou dos Santos. Esse ato é válido como contributo para criar um ambiente de fé, pois o pouco que assimilam sobre a Virgem Maria, que é a Mãe de Jesus, por exemplo, não deixa de ser um caminho peda gógico, contudo que precisa ir além para não patinar nesse ponto. “É importante ensinar que as crianças cresçam dentro desse equilíbrio do relacionamento devocional – Maria e os Santos, se for o caso – sem que isso venha em prejuízo de uma verdadeira fé no mistério trinitário. Maria é o modelo para a caminhada do cristão, tendo como meta Jesus Cristo”, destaca Pe. Angelo.

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Os limites da devoção e o Devocionismo acentuam a compreensão de fé

O CRISTÃO CATÓLICO E OS SANTOS

O cristão católico tem muitos santos de devoção. Em situações corriqueiras de visitas às famílias, o padre já encontrou inúmeras imagens de santos num mesmo altar ou orató rio doméstico. Certa vez, na bênção da casa e de seus moradores, a família convidou para abençoar o altar na re sidência e ali estavam cerca de dez imagens, praticamente um santo para cada situação ou momento da vida.

Ter muitos santos na casa é um aspecto curioso sobre a devoção. Os cris tãos encontram em Santa Rita de Cássia um carinho especial, assim como para com Santo Antônio ou São João. Ou quando viajam, rezam para São Cristóvão. Vale ter atenção para não confundir e atribuir a um santo uma determinada função. Por exemplo, Nossa Senhora do Bom Parto: seria só para o nascimento da criança? “Mas Nossa Senhora não é protetora para toda as situações? E quando é uma viagem, é somente São Cristóvão? O número de devo ção aos santos não é o problema. A questão é ter o foco certo do que é a devoção”, frisa Pe. Angelo.

Contudo, o contrário também existe. Pe. Angelo, com seus 33 anos de sacerdócio, em certa ocasião, já encontrou nesse relacionamento

com os paroquianos, uma família que lhe disse não ter devoção mariana ou a algum santo, salientando que toda oração que fa ziam era com a Bíblia lembrando do plano da Salvação. “Diziam que preferiam usar o tempo de oração com a Bíblia, mas também não se opunham em momento algum a participar do terço com vizinhos ou grupos de famílias. É ra ridade, mas já encontrei situações como essa”, conta.

VENERAÇÃO E ADORAÇÃO

Nessa linha entre a relação dos cristãos com os Santos, com Jesus Cristo e com Deus, existem diferen ças importantes sobre como isso se estabelece. A Nossa Senhora e aos Santos acontece a veneração, que é como se fosse a simpatia, o carinho, a admiração por eles.

Na adoração o fiel se coloca por completo. “A adoração é um lançar-se muito mais inteiro da pessoa porque está se tratando da entidade máxima da fé que é o ser de Deus, para quem nos voltamos, para o Senhor. Na devoção a pessoa se coloca com afeto e carinho, mas nunca tão forte como na adoração. A intensidade daquilo que vivemos no nosso ser, a adoração deve ser muito maior. O lado devocional, essa

“A adoração é um lançar-se muito mais inteiro da pessoa porque está se tratando da entidade máxima da fé que é o ser de Deus, para quem nos voltamos, para o Senhor. Na devoção a pessoa se coloca com afeto e carinho, mas nunca tão for te como na adoração. A intensidade daquilo que vivemos no nosso ser, a adoração deve ser muito maior”.

parte de intercessão de Maria e dos Santos é complementar. O essencial da nossa fé é a adoração”, comenta Pe. Angelo.

INTERCESSÃO E MEDIAÇÃO

Aliás, outro ponto importante que é bom o cristão ter consciência é sobre a intercessão e a mediação de seus pedidos a Deus. “Por exemplo, não é Nossa Senhora que realiza o que precisamos. Você recorre à ela que intercede junto a Jesus que é o único mediador (cf. Hb 9,15 – 12,24). Não são os santos que concedem as graças, mas sim é Deus e o nos so mediador é Jesus Cristo. Nem mesmo Maria é mediadora sem o Cristo. Ela é ‘mediadora’ por causa da relação especial com o Filho. Assim chamamos muito Nossa Senhora de intercessora, o que é bem mais simples na compreensão, porque ela pede por nós; ela nos ajuda a obter o que precisamos. A ideia de media neira ou mediadora deve ser tratada com muito cuidado porque senão estaremos colocando-a como uma ‘semi-deusa’” (lembra da música no começo dessa reportagem?).

OS BONECOS DE SANTOS NO CAMINHO PEDAGÓGICO PARA CRIANÇAS

Na capa desta edição da Revista Cristo Rei você conheceu a Maria Rita, de 5 anos, filha da Débora Cris tina e do Douglas Junior Dall’Oglio, e irmã da Maria Júlia, de 10 meses. Ela é uma criança que tem em mãos a imagem de Santa Rita de Cássia –estilizada em uma boneca – a quem seus pais mantêm devoção. É um primeiro contato da menina com os

santos da Igreja. Ela terá muito ainda o que aprender sobre tudo o que está sendo apresentado acerca do tema da devoção nessa reportagem e cer tamente será bem conduzida pelos seus pais e futuros catequistas.

Essa é uma preocupação da Débo ra que até então atuava como coor denadora dos coroinhas e passou a coordenar a Infância e Adolescência

Missionária (IAM) na sua comunida de de fé. Aliás, é assim que começa a história da boneca nos braços da Maria Rita.

Quando Débora se viu na coor denação da IAM, procurou materiais disponíveis para realizar esse serviço junto das crianças da comunidade. As características próprias da IAM, com continentes e cores, e seus

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A relação com os santos e a fé precisa ser bem orientada
AS DEVOÇÕES NA IGREJA

santos padroeiros precisa vam cativar as crianças. “Não tínhamos bandeira, e fazen do o pedido demoraria para chegar. E a imagem de São Francisco Xavier era muito difícil de encontrar, e tinha ainda a imagem de Santa Te resinha do Menino Jesus, os padroeiros da obra. Comentei com o padre que tentaria fazer um boneco para ter algo com o que começar”, conta. Ela foi em busca dos desenhos, comprou os materiais e assim fez os primeiros bonequinhos.

“Nunca havia feito essa parte de artesanato. Não sabia nem por onde começar. Mas foi pela IAM que comecei a pro duzir. O primeiro não ficou tão bonitinho”, sorri Débora, mas logo em seguida diz ter apri morou as técnicas por meio de um curso básico on-line para esse tipo de artesanato. “Aí, então, deu certo. Mostrei ao padre que até desistiu da compra da imagem para ficar com os bonecos”, diz feliz. Pela dedicação, Débora não desperdiçou nenhum material.

“Nem eu acreditava que conseguiria fazer. O resultado ficou muito bom e se tornou algo muito carinhoso de olhar”, avalia. Os primeiros bonecos

de santos da IAM foram feitos ainda no primeiro semestre de 2020.

TRAÇOS INFANTIS

Os bonecos que representam os santos têm carac terística infantil, o que segundo a co ordenadora, cha ma muito a aten ção das crianças tanto que quando são colocados no altarzinho pre parado para os encontros, todas elas querem pe gar. “Geralmente, ninguém deixa as crianças pegarem os santos (ima gens tradicionais) que são feitos de gesso, cerâmica ou outro material. Mas como são de feltro, um tecido

mais firme e resistente com facilidade de moldagem, elas podem pegar e até brincar, e assim sabem identificar quem são os santos e um pouco da sua história”, afirma.

E não são apenas as crian ças que se aproximam dos bonecos de santos. Débora percebeu que essa também foi uma forma de evangelizar na família. Seu tio, que pas sava por uma fase difícil de saúde, recebeu de presente uma bonequinha de Nossa Senhora de Fátima. “Ele sentiu como um chamado. Começou a participar mais da Igreja, passando a frequentar a Ca tequese de Adultos”, revela.

A PRODUÇÃO

Débora pesquisa as carac terísticas próprias dos santos para essa produção. Santa Te resinha do Menino Jesus, por exemplo, é identificada pelas rosas mais claras nos braços e uma cruz. Já São Francisco Xavier porta uma cruz.

Com a atenção dada aos detalhes, ela começou a receber pedidos para produção de outros santos para presentear. Dentre eles, Nossa Senhora das Graças e Sagrado Coração de Jesus. Mas a principal de las, com maior número de pedidos, é Santa Rita de Cássia, até porque é a Padroeira da Paróquia que é sua comunidade de fé. As bonecas foram produzidas de vários tamanhos, mas a maior quantidade é de 30 centíme tros. Em média, é necessária uma semana para ficar pronto um boneco com um bom acabamento.

Um dos pedidos que Débora atendeu veio das senhoras do Apostolado da Oração que quise ram presentear com uma boneca de Santa Rita de Cássia, o arcebispo emérito de Maringá, mas residente em Toledo, D. Anuar Battisti, para que tivesse uma lembrança delas. “Mas quando eu estava fazendo, olhei uma foto e fiz uma réplica dele, D. Anuar, segurando Santa Rita”, diz ao mostrar a foto com o resultado final deste trabalho.

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ReAll Image Studio (@reallimage) Débora fez um boneco de D. Anuar com Santa Rita de Cássia A padroeira da IAM, Santa Teresinha do Menino Jesus

Assembleia Diocesana fará revisão da ação evangelizadora

No começo de novembro, a Dio cese de Toledo viverá um de seus mais importantes momentos de organização e planejamento. No dia 6, está programada a Assembleia Diocesana, evento que reunirá clero, religiosos e religiosas, lideranças das pastorais e movimentos, Con selhos de Pastoral das Paróquias, representantes de organismos pas torais e administrativos.

Será uma assembleia com carac terística de revisão da caminhada pastoral, que resgata a reflexão sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023) pautadas em quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Missão, mas com uma novidade em curso em nível nacional.

Contudo, para dar mais dinâmica ao processo de revisão diocesana, já estão acontecendo as pré-a valiações com as lideranças que

participam das reuniões ampliadas do Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) que acontecem nos decanatos. Nestas reuniões, a coordenação da Ação Evangelizado ra apresenta um ques tionário contendo uma simples pergunta em que se busca identificar as prioridades aponta das para a Animação Bíblica da Pastoral 2022 que ainda se encontram mais carentes de apro fundamento, reflexão e concretude. A pergunta abrange os quatro pilares da casa-comunidade.

Caminho sinodal para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora

Como resultado da 59ª Assembleia Geral da CNBB, a Igreja no Brasil decidiu que realizará o caminho sinodal para ampliar a reflexão das atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Com isso, abre-se um novo itinerário que prevê a acolhida das sínteses apresentadas pelas dioceses ao Sínodo sobre a Igreja Sinodal e as consequentes reflexões sobre o tema.

Pensando nesse itinerário, a Igreja no Brasil dedi cará 2023 à vivência de um tempo de discernimento que se desdobre na compreensão de conceitos pre sentes nas atuais Diretrizes, na apresentação con creta de metodologias e indicações pastorais, à luz das Constituições principais do Concílio Vaticano II.

A

De posse dessas res postas, será possível en caminhar uma primeira análise daquilo que ainda depende de maior esfor ço e atenção para o pró ximo período, levando-se em conta que em 2021

Já em 2024, toda a reflexão será dedicada à recepção e aprofundamento das indicações do do cumento final do Sínodo sobre a Sinodalidade em curso, e à oração. No ano seguinte, em 2025, durante a 62ª Assembleia Geral da CNBB, será apresentada a nova redação do texto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que promete ser fruto maduro de todo esse percurso paciente e participativo ao que se propõe a Igreja.

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Assembleia Diocesana foi realizada de modo híbrido (on-line e presencial)
animação bíblica das comunidades acontece pela espon taneidade de organização das escolas e círculos bíblicos

pouco pode ser feito em vista de algumas prioridades devido ao tempo forte da pandemia do coronavírus. Já se notou um grande esforço em animar biblicamente as comunidades. Mas agora, com um ritmo diferenciado percebido em 2022, qual experiência se adquiriu para avançar no ano que vem?

Essa resposta será construída com a participação das forças vivas da Diocese de Toledo na Assembleia que será acolhida no Centro de Formação Instituto São João Paulo II. Preliminarmente, a programação contempla a acolhida aos participantes, a refle xão sobre os pontos apresentados para revisão e a celebração eucarística. Por sinal, estando às portas do início do Ano Voca cional, no fim de novembro, será aproveitado esse momento em que as lideranças estarão reunidas para transmitir algumas orientações sobre a vivência deste tempo na Diocese de Toledo.

Pe. Luiz dá aula na internet sobre o Livro de Josué

Alcançou repercussão bastante positiva a iniciativa da Comissão da Animação Bíblica da Diocese de To ledo ao promover as lives formativas sobre o Livro de Josué, proposto pela Igreja no Brasil para celebrar o Mês da Bíblia. Ao todo foram quatro trans missões on-line que contaram com a orientação do professor de Sagrada Escritura, Pe. Luiz Carlos Franzener, e mediação do secretário diocesano de Pastoral, Fernando da Rocha. Quem quiser conferir, os vídeos continuam disponíveis no canal da Diocese de To ledo no Youtube (acesse o QR Code).

A exposição do tema seguiu um roteiro em que inicialmente foi apre sentada uma visão panorâmica do Livro de Josué. Em seguida, Pe. Luiz

facilitou a compreensão a partir de algumas as chaves de leitura, com destaque para a terra como dom e missão. Outra abordagem foi fei ta a partir da liderança de Josué e a hospitalidade em favor da vida. Des taque também foi dado para o não à violência em nome de Deus, e a renovação da Aliança.

Como proposta de mobilização, os fiéis rece beram folhetos explicati vos com apresentação da motivação e a proposta da Comissão Diocesana, elencando um conjunto de versículos para cada dia do mês de setembro destinado à meditação sobre o con teúdo do Livro de Josué. As transmissões pelo Youtube compuseram o que se chamou de uma Escola Diocesana on-line de formação bíblica.

Dentre os comentários recebidos durante as lives, os participantes salientaram a forma de exposição objetiva e esclarecedora e a abordagem do tema, despertando o interesse de conhecer ainda mais a Sagrada Escritura. Outros mencionaram que a live ajudará muito na Catequese e que reforçou o grande ensina mento: confiar em Deus, sempre!

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Transmissão on-line favoreceu participação de toda Diocese Leigos enviaram perguntas e interagiram na formação on-line Livro de Josué (Saiba mais) Há um ano, a máscara foi item de uso pessoal importante que possibilitou a realização da Assembleia Diocesana

Pastorais e movimentos devem apresentar atividades para 2023

Planejamento e organização. É assim que a Diocese de Toledo mobiliza as lideranças de pastorais e movimentos no sentido de contribuir para a forma ção do Cronograma Diocesano de ativi dades para o ano que vem. Mas é neste mês de outubro que encerra a fase de encaminhamentos das programações previstas para 2023.

As atividades formativas, reuniões, palestras, cursos, retiros, encontros diversos de caráter diocesano devem constar no cronograma. No conjunto total, as iniciativas programadas visam alcançar os objetivos da ação evange lizadora da Diocese de Toledo. Assim sendo, o Cronograma Diocesano sis tematiza e norteia as ações para 2023.

O encaminhamento dessas infor mações deve ser feito à Secretaria de Pastoral até o fim deste mês de outu bro. Devem ser informados o evento,

período de realização, local e quem promove.

São inúmeras pastorais e movimen tos que fazem parte da vida cotidiana das comunidades paroquiais e este é um importante documento que deixa

clara as ações para a continuidade da evangelização nesta região. A produção do Cronograma Diocesano é feita con juntamente pela coordenação da Ação Evangelizadora, Secretaria de Pastoral e Centro Integrado de Comunicação.

Equipes de Nossa Senhora realizam encontro em Toledo

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora (ENS) promoveu encontro para equipes novas no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em Toledo. Realizado no início de setembro, o even to contou com a presença de 32 casais de Toledo, Cascavel e Umuarama que realizam sua caminhada nas Equipes de Nossa Senhora.

Para a formação, participou a Equipe da Província com seus membros: Edna e Gilberto; Pe. Valdomiro, de Londrina; Elaine e Rogério, de Blumenau (SC); e

Marli e Orlando, de Canoas (RS). Parti ciparam ainda o casal Regional Paraná Oeste, Rosa e Tide; Pe. Gilmar, de Cascavel; e Pe. Edvaldo, de Umuarama.

O casal coordenador diocesano das Equipes de Nossa Senhora, Maria Lúcia Comarella e Dilson Sérgio Comarella, agradeceu a participação de todos no evento realizado em modalidade pre sencial e que teve a assessoria do Pe. Frei Valdecir, da Ordem dos Agostinia nos Descalços (OAD), que faz parte da comunidade do Seminário Santa Mô

nica, de Toledo. O tema do retiro con templou “O meu encontro com Deus”, inspirado no lema “Tira as Sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa” (At 7,33).

Este foi o segundo retiro deste ano de 2022, tempo propício para que os casais intensificassem a espiritualidade que proporciona a todos renovação e vigor na missão familiar, lembrando que o retiro anual é importante Ponto Concreto de Esforço (PCE) que embasa o movimento das Equipes de Nossa Senhora.

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Encontro foi encerrado com a celebração eucarística Participantes do evento promovido pelas Equipes de Nossa Senhora em Toledo Momento oportuno de formação para equipes novas

Ação de graças para celebrar os 75 anos do Apostolado da Oração

O Apostolado da Oração está pronto para celebrar no próximo dia 4 de novembro, os seus 75 anos de presença na Diocese de Toledo. Isso mesmo! Ele é anterior à cria ção da Diocese, datada de 1959. Suas raízes se encon tram na época da colonização da região, em 1947, quando o saudoso Pe. Antonio Patuí, missionário da Sociedade do Verbo Divino (SVD), fez a sua primeira incursão ao povoa do que se formava em uma região inóspita marcada pelo desafio de “começar tudo do zero”. Mas para quem tem fé, nunca se começa do zero. A fé já é muito mais do que tudo aquilo que o cristão precisa para encarar os desafios.

Mais do que visionário, Pe. Patuí se juntou a este povoado e se fez um. Sentiu as dores daquelas pessoas e ofereceu a oração para a cura para tantos momentos de desânimo mar cados pela realidade de dificuldades e até de desesperança da época. Foi assim que mobilizou o primeiro grupo de pessoas para o Apostolado da Oração, dedicado intensamente nesse propósito de se unir em oração para criar coragem e enfrentar a missão de formar comunidade de fé.

Toda essa história será recordada na ação de graças, em celebração eucarís tica, do dia 4 de novembro, às 15h, na Catedral Cristo Rei. Foi ali, ainda uma

pequena capela, quando surgiu este que era um movimento e agora se transfor mou em um serviço eclesial, chamado

Rede Mundial de Oração do Papa. Deste grupo originário, as raízes se espalharam com atual presença em todas as paró

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Procissão realizada em Toledo por ocasião do Ano Santo da Misericórdia Devoção ao Sagrado Coração de Jesus é um dos pilares do Apostolado da Oração Estandartes seguem tradição no Apostolado da Oração Participação expressiva dos devotos nos congressos do Apostolado Rezar pelas vocações: durante Congresso Diocesano, o Apostolado da Oração testemunhou em 2011 os ministérios de leitor e acólito dos então seminaristas Marcelo Ribeiro da Silva e Juarez Pereira de Oliveira, hoje membros do clero diocesano

Núcleo populacional que se formava precisava da assis tência religiosa

quias. Quando era um movimento da Igreja, seus participantes eram chamados de sócios, que formavam uma diretoria do Apostolado da Oração. Atualmente, como membros, fazem parte do serviço eclesial. “A nossa missão é a oração, mas enquanto membros nós podemos partici par de todas as pastorais e movimentos”, lembram as integrantes do Apostolado da Oração, Maria Ivone Kloh e Nilce Unfer, em visita à redação da Revista Cristo Rei.

Elas pesquisaram e contam que quan do o Apostolado nasceu na paróquia, e por conseguinte na Diocese, Pe. Patuí precisava de mulheres que ajudassem a preparar as pessoas para os Sacramen tos, a caridade com as famílias pobres e, evidentemente, a oração.

Congressos Diocesanos do Apostolado da Oração mobilizam devotos

Evangelizar pela oração

Essa missão de contribuir com a evangelização das pessoas que se esta beleciam naquela época nesta região foi confiada incialmente às senhoras Rosa Assunta Formighieri, Amélia Gasperin Longhi e Vergínia Dalla Costa Deparis, todas de saudosa memória. Pe. Patuí provocou essa mobilização em favor dos leigos e assim a primeira reunião foi feita em fim de outubro de 1947. Em seguida, iniciaram a primeira novena do Aposto lado da Oração, na primeira sexta-feira do mês: era dia 7 de novembro. Dona Rosa Formighieri foi nomeada primeira presidente do Apostolado da Oração na comunidade de Toledo. É assim que estas senhoras serão

Celebração está sendo preparada

Para esta celebração dos 75 anos do Apostolado da Oração, as organizadoras acreditam que será mais fácil reunir os membros que estão nas paróquias inte grantes do Decanato Toledo, localizadas em Toledo, Ouro Verde do Oeste e de São Pedro do Iguaçu. Já dos demais decana tos, estima-se que haverá participação de representantes, muito embora já se tem notícias de que é intensa a movi mentação para a participação de grupos maiores nesta missa que contará com a presidência da celebração a cargo do bis po diocesano, D. João Carlos Seneme, e concelebrada por diversos padres.

A Liturgia do dia está ainda em constru ção. Mas é possível antecipar que contará com alguns momentos representativos, como a entronização da imagem do Sa grado Coração de Jesus e a procissão de entrada com os decanatos apresentando rosas de cores diferentes. O foco central, vale destacar, é render louvores ao Se nhor pelo testemunho do Apostolado da Oração que até hoje segue o rito do Ofe recimento Diário, a vivência da Eucaristia e o culto especial ao Sagrado Coração de Jesus. Um dos desafios dos tempos atuais é a formação e perseverança do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) que

lembradas como as precursoras do en tão primeiro Centro do Apostolado da Oração que mais tarde foi prosperando e com ele também cresceu o círculo de participantes.

A expectativa é da presença dos familiares de Rosa, Amélia e Vergínia na celebração deste dia 4 de novembro em que receberão homenagem póstu ma. “Elas, com todas as pessoas que formaram esse centro, construíram a Igreja não só física, mas com o alicerce da oração dado pela presença do Apos tolado”, salientam Nilce e Maria Ivone. Será um momento de fazer memória de toda dedicação e trabalho dessas pessoas.

sofreu muito com o período pandêmico do coronavírus. Mesmo assim, continu am na esperança de oferecer aos jovens uma formação integral, que contemple a espiritualidade não só pessoal, mas co munitárias para o amadurecimento da fé.

Para concluir, Nilce lembra as palavras de Pe. Roque Schneider, da Congregação dos Padres Jesuítas: “Oceano infinito de amor o Coração de Jesus é tão grande, tão imenso, tão hospitaleiro, que dentro dele cabem o santo e o pecador, você e eu, o mundo inteiro”. “O apostolado é uma realidade consoladora na Igreja de ontem e de hoje”, acrescenta.

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Cena atribuída a uma procissão em 1950 em Toledo com a imagem do Sagrado Coração de Jesus

Nascituro: a celebração da vida nascente

Como a sua comunidade de fé vai celebrar o Dia do Nascituro? Você já conversou com seus irmãos na cami nhada das pastorais e movimentos presentes na sua paróquia ou capela? A celebração do Dia do Nascituro é um desses momentos ricos de espi ritualidade para o cristão católico que toma consciência da sua adesão ao projeto de Deus que é essencialmente de vida para todos, desde a concepção ao declínio natural.

Para celebrar essa data, uma suges tão da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é que seja manifestado o Sinal de Es perança no Dia do Nascituro, 8 deste mês de outubro. Como se dá na prática esse convite? Com a propagação da “Luz de Cristo” na oração do terço e na oração do nascituro (confira nesta pá gina). O simbolismo desse gesto está no testemunho do cristão que realiza na prática a defesa da vida, sendo luz e proteção para as vidas vulneráveis e indefesas.

Onde fazer? A Comissão sugere em frente a uma Igreja, praça pública ou lugar que seja oportuno. Sugere-se também que a comunidade local se mobilize e realize ações adicionais, de acordo com a sua realidade, como procissões, passeatas, oração do San to terço e outras formas.

Neste ano, o tema “Serviço à vida: caminho de fecundidade” anima as reflexões da Semana Nacional da Vida 2022, de 1º a 7 de outubro, e o Dia do Nascituro, em 8 de outubro, cuja celebração tem o tema “Toda violação da dignidade humana ofende a Deus”.

Neste período, a Igreja convida os cristãos à reflexão sobre o amor conju gal e o respeito pela vida humana, as sim como salienta uma possibilidade para tantos casais: a abertura à vida e adoção. Muitas crianças encontram-se à espera de um lar que os acolha com dignidade, respeito e compromisso com sua formação humana integral.

Os processos de adoção no Brasil, e inclusive na região de Toledo, já apresentam evolução e mostram-se comprometidos em oferecer uma nova esperança a esses infanto-juvenis.

Outros temas propostos para a Se mana Nacional da Vida concentram a

reflexão sobre os direitos das crianças com deficiência e a educação para os valores essenciais da vida.

Oração do Nascituro

Nós vos louvamos, Senhor, Deus da Vida. Bendito sejais porque nos criastes por amor. Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno.

Nós vos agradecemos pelos nossos pais, e todas as pessoas que cuidam da vida desde o seu início até o fim. Em vós somos, vivemos e existimos.

Abençoai todos e todas que zelam pela vida humana e a promovem. Abençoai as gestantes e todos os profissionais de saúde. Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia, a luz da fé do amor fraterno.

Nossa Senhora Aparecida, inter cedei por nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens, nossos adul tos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, que ofereceu sua vida em favor de todos.

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Uma gestação abençoada para a vida nascente Oração do Terço para celebrar o Dia do Nascituro
Amém!

Mês Missionário: “Sereis minhas testemunhas”

Neste mês de outubro, a Igreja Católica celebra com todos os cristãos o Dia Mundial das Missões. Uma data que apresenta o tema “A Igreja é missão”, o qual lembra que pela fé, todo batizado é chamado à missão de anunciar os ensi namentos de Jesus Cristo. Em vários momentos na Sagrada Escritura, em diferentes luga res e situações, Ele dialogava sobre o assunto com seus discípulos e assim o faz ainda hoje, por meio das orações, quando os fiéis se reúnem para rezar.

Para celebrar essa data, acontece a Campanha Missio nária, organizada pelas Pontifí cias Obras Missionárias (POM). Ela é pautada ao menos em dois elementos. O primeiro é a mensagem do Papa Francisco que inspira o lema deste ano “Sereis minhas testemunhas”, trecho extraído dos Atos dos Apóstolos que lembra o último diálogo de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, antes de subir ao Céu (Ascensão).

Já o segundo elemento que contex tualiza a Campanha deste ano é que no

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões

Dia Mundial das Missões, a Igreja co memorará algumas datas importantes,

Coleta Missionária

O Mês Missionário nos convida a gestos concretos de solidariedade. Na Dioce se de Toledo, acontecerá a Coleta Missionária no final de semana dos dias 15 e 16 deste mês de outubro, destinada de forma integral para a missão universal.

sendo elas: os 400 anos de fundação da Congregação de Propagação da Fé – hoje cha mada de Congregação para a Evangelização dos Povos; e os 200 anos da Obra da Propa gação da Fé que, juntamente com a Obra da Santa Infância e a Obra de São Pedro Apóstolo, há 100 anos foram reconheci das como Obras Pontifícias. São organismos da Igreja que se mostram necessários para animar a comunidade de fé nesta caminhada.

A Campanha Missionária salienta a importância de par ticipação dos cristãos, inde pendente do tamanho da sua comunidade de fé. Afinal, em um tempo de pandemia, como o que foi experimentado por todos, pelo modo mais difícil e de sofrimento, a Campanha mostrou seu caráter profético, convidando os fiéis a testemu nhar os valores da vida, sua defesa e proteção em todas as dimensões, assim como o próprio Cristo ensinou. Ressoa ainda a motivação do Papa Francisco para que os fiéis sejam mis sionários da compaixão e da esperança.

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Os ritos que enchem de esperança a igreja diocesana

Não havia como esconder a emo ção manifesta dos familiares, amigos, e comunidade em geral, por ocasião da admissão às ordens sacras dos seminaristas Antonio Aparecido de Souza Junior e Vinicius Ricardo Gal vão Rosa, e do rito de instituição ao ministério de leitor do seminarista Joaquim José da Silva Cardoso.

Para a comunidade de fé, reunida em assembleia na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândi do Rondon, a ação de graças enche os olhos, alivia a alma e gera esperança nos frutos dessas vocações que são acompanhadas pela Diocese de To ledo, por meio do Seminário Maria Mãe da Igreja. Cada qual em sua etapa de formação segue agora com ainda maior profundidade no discernimento que realizam em vista do sacerdócio. A cada novo dia, o chamado de Deus se renova e pede resposta com a vida e com atitudes.

“São ritos na Igreja que marcam na vida do seminarista que está cada vez mais se aproximando do momento de entrega da sua vida a Deus no serviço aos irmãos. De nossa parte, o que podemos fazer é rezar. Precisamos insistir na nossa oração para que Deus toque o coração dos nossos jovens, tanto rapazes quanto as moças, que queiram seguir os passos de Jesus para serem aqueles que na comunidade, como Moisés, intercedem a Deus pela humanidade, pedindo que o Senhor não olhe os nossos pecados, mas o desejo de mudança”, afirmou o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, em sua homilia.

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CURIOSIDADES LITÚRGICAS

Qual o sentido do báculo?

Dentre as várias insígnias do bispo, como já dissemos no artigo do mês an terior, temos o báculo. O termo vem do latim e significa bastão, cajado, cetro. O seu uso é reportado em outras culturas, desde o período Antigo, relacionando -o sempre como sinal de autoridade e poder de um governante.

Na Igreja, encontramos os primeiros relatos de uso do báculo no século VII, na liturgia hispânica. Já em Roma, passou a ser usado no século IX. Des de então, é utilizado como símbolo de pastoreio de uma Igreja local, isto é, uma diocese.

O fundamento está na Sagrada Es critura, ligado à figura do pastor de um

Tem dúvidas? Mande sua pergunta

rebanho. “Estais comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança”, nos diz o salmista no Salmo 22,4. Já no livro do Gênesis (49,10), aparece em

Estão chegando os novos MAC

Em vias de conclusão de suas atividades referentes a este ano, está a Escola Diocesana de novos Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC). A última etapa de formação está progra mada para os dias 29 e 30 deste mês de outubro, no Instituto São João Paulo II. E no dia 18 de novembro está programada a Celebração de Envio e confiança de ministério pelo bispo diocesano. Ao término desta Escola os cursistas estarão aptos a realizar o serviço ministerial em suas comunidades de fé.

sentido messiânico: “O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de chefe de entre seus pés”.

No Pontifical Romano, no Rito de Ordenação de um Bispo, está que “a entrega do báculo de pastor significa o seu encargo de reger a Igreja a ele confiada”. Além disso, no momento da entrega, lhe é dito: “Recebe o báculo, símbolo do serviço pastoral, e cuida de todo o rebanho, no qual o Espírito Santo te constituiu bispo, a fim de apascenta res a Igreja de Deus”.

Desta maneira, o báculo é com preendido como um sinal de serviço, conforme a imagem do Bom Pastor (Jo 10), que zela pelas suas ovelhas. Nas celebrações, o bispo faz uso do bácu lo na procissão de entrada, durante a proclamação do Evangelho e para dar a bênção final. Além dos bispos, os abades – os responsáveis por um mo nastério católico, também chamado de abadia –utilizam o báculo como símbolo de seu encargo pastoral junto daquela comunidade.

Grecat encerra atividades de 2022

Cerca de 150 catequistas encerraram participação nas etapas formativas do Grupo de Reflexão Catequética (Grecat) referentes a este ano de 2022. Ao longo do ano, eles mergulharam nos estudos sobre o evangelista São Lucas e receberam importantes orientações, chaves de leitura e conhecimentos sobre o conte údo deste evangelho. Certamente, com toda essa experiência, realizarão uma nova caminhada de educação na fé junto das suas respectivas comunidades.

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Leonardo Ribeiro de Souza Castro Seminarista – Etapa Configuração

Um pedacinho de Aparecida na Diocese de Toledo

É impressionante o ca rinho que as pessoas têm com Nossa Senhora Apare cida e que se manifesta na preocupação em organizar as festividades da Padroei ra e participar ativamente nas novenas e celebrações eucarísticas neste período. Pessoas que se dedicam na preparação dos espaços, acomodações, ritos litúr gicos e até a recepção nas festas populares de confra ternização por ocasião da data.

Tendo muito presente esse contexto devocional a Maria, vale olhar para si e para a comunidade de fé, perguntando-se como está sendo vivida essa experiên cia religiosa no âmbito da Paróquia ou mesmo de uma simples capela?

Afinal, aqui na Diocese de Toledo também é possível contemplar esse pedacinho do milagre de Aparecida que se evidencia nas paró quias a ela dedicadas e na quase-paróquia em forma ção. Ela continua ecoando o testemunho de confiança plena no Plano de Deus para a comunidade de fé que se realiza em Jesus Cristo.

Em Terra Roxa, o pároco Pe. Milton Munaro, transmite aos leitores da Re vista Cristo Rei a mensagem de que há uma presença muito forte da devoção de Nossa Senhora Aparecida no muni cípio que se sustenta desde a época da formação deste povo. “Aqui na Paróquia as pessoas são muito afetivas quando se trata da Padroeira, com uma devoção enorme. Tamanha é essa devoção que nem falam Nossa Senhora Aparecida, mas sim a ‘minha Cidinha’, a minha amada, a minha mãe. É a expressão

mais profunda do bem querer por Nossa Senhora”, comenta. Isso se traduz na particularidade de cada residência onde as pessoas mantêm na sala, na cozinha ou no quarto, ao menos uma imagem, de qualquer tamanho que lembre a Mãe de Jesus. “Individualmente isso é muito bonito, mas o mais interessante é que faz a vida comunitária andar por causa dela”, observa Pe. Milton.

Na sua comunidade paroquial, as comunidades de capela se visitaram e rezaram juntas, mas é agora em outubro que acontece a novena nos setores da cidade de Terra Roxa, encerrando com a

grande celebração eucarísti ca com a coroação de Nossa Senhora e consagração das crianças.

Em Guaíra não é diferen te todo esse envolvimen to com a Padroeira. “Vejo que qualquer comunidade que tem Nossa Senhora de Aparecida como título mais conhecido, mais afetuoso, sobretudo no nosso Brasil, tem uma facilidade muito grande de conduzir a vida pastoral e comunitária da Paróquia”, afirma o pároco, Pe. José Aparecido Bilha. Ele garante que até pessoas que não são católicas se aproximam e participam da novena da Padroeira, das procissões e bênçãos dos veículos nestas festividades. “Nas campanhas, inclusive, quando realizamos para a fazer frente a investimen tos em obras, por exemplo, sempre há algumas pessoas dizendo para nós: ‘Padre, não sou católico, mas para Nossa Senhora Aparecida nunca neguei. Diante dela eu me rendo, eu me sensi bilizo’”, revela. “Portanto, qualquer que seja a ativida de, pastoral, religiosa, devocional ou de manutenção predial, essa força que vem do título Nossa Senhora de Aparecida é muito impactante e considerada pelas pessoas”, sustenta Pe. José Aparecido.

Tanto é verdade que é muito difícil ver uma casa que não tenha a imagem de Nossa Senhora Aparecida. “Ela está em hospitais, postos de saúde, laborató rios, escolas, nas casas das pessoas. Sempre é possível encontrar uma ima gem mariana: uma estátua, um terço, um escapulário, enfim, algo que lembre a Mãe da Igreja, Mãe de Deus e nossa Mãe”, salienta.

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O Verbo se fez carne e está no meio da juventude

O Dia Nacional da Juventu de 2022, geralmente celebrado no último domingo de outu bro – com poucas adaptações conforme realidades locais – propõe a reflexão do tema “E o Verbo se fez carne”. Seu objetivo é chamar a atenção dos jovens para a tomada de consciência de que Jesus Cristo, o verbo encarnado, a Palavra viva de Deus, está presente no dia a dia das suas inseguranças e desafios, mas também nas superações e conquistas. Embora muitos jovens não percebam, talvez por ainda não terem passado por uma experiência de fé, Jesus caminha junto e oferece “palavras de vida eterna” (Jo 6,68).

Contudo, o maior desafio para os jovens e inclusive pes soas que exercem influência sobre eles, como seus fami liares e amigos, é anunciar o Cristo em suas vidas e que Ele é o caminho para Deus. Mas então, por que um jovem preci sa caminhar para e com Deus?

Muitos deles vivem um tem po de revolta: com pais, pro fessores, os primeiros chefes

Tudo pronto para a Festa do Menino Deus

Neste dia 9 de outubro, a Paróquia Me nino Deus, de Toledo, realiza a 25ª Festa do Menino Deus, das Crianças e Festa das Bênçãos. A concentração terá início às 9h, com Missa na Matriz, tendo a presença dos representantes de todas as comu nidades e padroeiros. Serão acolhidos, para bênção, todos os reis e rainhas das comunidades da Paróquia. Momento de agradecer a caminhada feita e suplicar as bênçãos do Menino Deus sobre todas as crianças e famílias. Após a missa, segue

a festa popular com o almoço festivo, apresentação dos reis e rainhas das co munidades, ação entre amigos e matinê.

Neste ano, a comunidade de fiéis reza o tema “Menino Deus e o Sacramento da

no trabalho. E assim querem transformar o mundo ao seu jeito. Mas como fazer isso se não se propõe em abrir o co ração para Deus? Certamente outras coisas do mundo ocu parão esse espaço tão precio so e essa revolta ganhará ainda mais lenha para queimar.

Imagine um quarto todo bagunçado, que a cada dia recebe mais e mais quinqui lharias que se amontoam. Sem o seu interior organizado, o jovem não encontra sua posi ção no mundo e muito menos respostas para perguntas fun damentais da vida, como por exemplo, a sua relação com familiares e a sociedade. Um jovem com Deus no coração, na sua mente e nas atitudes é o que o mundo precisa, pois onde não houver solidarieda de, é esse jovem que levará. Se a fraternidade falhar, ele terá a palavra certa para dizer que o mundo tem jeito. Contudo, para isso acontecer, vale abrir -se para uma experiência com Deus, e perceber que o Verbo encarnado, com palavras de vida eterna, se manifesta na sociedade diariamente.

Reconciliação”. O lema deste período ce lebrativo é “Menino Deus e o perdão que liberta”, inspirado pela Palavra de Deus (Mt 18,21-22).

Até o dia 8, está sendo realizada a no vena do Padroeiro. Devotos, membros da comunidade e a população em geral estão convidados a participar. A novena se realiza sempre às 19h30 e para cada encontro é proposto um tema de reflexão. Cada noite da novena é concluída com a bênção dos grupos participantes.

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Confira as datas da novena
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Tupãssi incentiva criação dos grupos de coroinhas

A Cláudia Carvalho da Silva é uma das coordenadoras do Movimento dos Coroinhas que a Diocese de Toledo conta para incentivar a caminhada de fé das crianças e adolescentes. Ela atua na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, que recentemen te reuniu a comunidade para celebrar a investidura de 24 novos coroinhas, realizada em agosto último.

O Movimento de Coroinhas teve início na paróquia ainda em 2018, com a participação de 15 crianças e adolescentes. No ano seguinte, for mou-se mais um grupo, totalizando 35 coroinhas.

Em 2020, com a pandemia, o grupo passou por algumas mudanças devido às desistências até retornar ao número inicial de apenas 15 participantes em 2021. “Por isso, nesse ano de 2022, concentramos nas formações para in vestir novos coroinhas. No momento o grupo formado está com 34 coroinhas.

É uma alegria imensa acom panhar esses adolescentes e crianças no trabalho pas toral de servir a Igreja e a comu nidade”, afirma.

Cláudia re vela que a ca minhada está cheia de espe rança, pois dez coroinhas ado lescentes, que atuam há três anos na Paróquia, começam os trabalhos de formação para se tornarem Acólitos. Assim, poderão acompanhar o padre e bispo nas missas solenes. Eles também já participam de pré-seminários e de encontros diocesano dos coroinhas. “A Paróquia Nossa Senhora de Lourdes chegou aos seus 50 anos de criação, com o Movimento dos Coroinhas se fazendo presente neste jubileu tão importante para a nossa comunidade”, destaca.

Mas para o ser viço frutificar, é

Acólitos e coroinhas em Toledo

Em Toledo, a Paróquia Menino

Deus também realizou recente celebração eucarística com o rito de investidura de um grupo de Acólitos e Coroinhas. São os ado lescentes como acólitos da Igreja Matriz: Miguel, Larissa, Ketlin, Ellen e Isadora; e os coroinhas Jorge, Samuel e Mateus. Na mesma ce lebração ainda ocorreu o rito para acólitos de duas capelas localizadas no interior do município.

necessário o apoio das famílias, coor denadores e dos Ministros Auxiliares da Comunidade. “Cada equipe de MAC recebe uma equipe de coroinhas e o serviço se faz em unidade. O nosso pá roco, Pe. Solano Tambosi, apoia o grupo de coroinhas e sempre quando pode se faz presente nos encontros, com suas orientações e orações. Isso tem contribuído muito para que as crianças e adolescentes se encontrem felizes no serviço. Basta olhar neles e observa-se a alegria. Para mim, que estou há três anos nesta pastoral e sou Ministra Au xiliar, é muito bonito e gratificante ver que as nossas crianças e adolescentes estão servindo a Jesus na Eucaristia e no amor ao próximo”, diz Cláudia.

Participe!

O Movimento dos Coroinhas da Paróquia realiza em Tupãssi duas formações por mês, com o objetivo de partilhar os desafios e aprofundar a espiritualidade. São encontros di nâmicos, com piquenique e reflexões da Palavra de Deus. Aos poucos, a semente chega às capelas para que formem seus grupos.

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Novos coroinhas na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes Fábio Cembrani Fotos: Arquivo da Paróquia Rito da bênção das vestes

Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo, celebra seu Padroeiro

Comemorando seus 22 anos, a Paró quia São Francisco de Assis, de Toledo, realiza de 4 a 8 deste mês de outubro as atividades alusivas ao Padroeiro. Essas comemorações terão início no dia 4 de outubro, dia em que a Igreja celebra São Francisco de Assis, com uma missa na Igreja Matriz às 19h30 e abertura do Tríduo do Padroeiro.

O Tríduo acontecerá sequencialmente nos dias 5, 6 e 7. Nesses dias, haverá ce lebração na Matriz, às 19h30, com envol vimento de todas as comunidades da Pa róquia. As celebrações serão conduzidas pelas comunidades com seus respectivos padroeiros, conforme a agenda.

No dia 8 de outubro, sábado, será re tomada a tradicional bênção dos animais, programada para o período das 14h às 16h, em frente à Igreja Matriz. Todos são convidados a trazer seu animalzinho de estimação nesta tarde para receberem a bênção de Deus por intercessão de São Francisco, protetor dos animais.

A programação religiosa dedicada ao Padroeiro será encerrada no sábado com a missa na Matriz, às 19h30, e participação das comunidades com seus padroeiros.

PASSEIO CICLÍSTICO

Juntamente com a programação reli giosa serão realizadas outras atividades de confraternização. Ainda no sábado, dia 8 de outubro, está programado o passeio ciclístico em parceria com vários grupos de ciclismo da cidade. O percurso a ser desenvolvido contemplará algumas Co munidades da Paróquia – Fachini, Xaxim, Santa Maria e encerrando na Matriz. São esperados mais de 200 ciclistas para esse passeio.

ATRAÇÃO PARA CRIANÇAS

Ainda no sábado no período da tarde,

Tríduo do Padroeiro

haverá recreação destinada às crianças e as famílias na rua em frente à Igreja. Haverá a comercialização pastel, sorvete e refrigerantes para a comunidade que comparecer ao evento.

JANTAR FESTIVO

Encerrando a programação dedicada ao Padroeiro, no dia 8h, será servido jantar à base de galinhada, no salão paro quial. O jantar está sendo preparado com a parceria das Pastorais e Movimentos pa roquiais os quais estarão desenvolvendo a sua receita própria.

Desde já a Paróquia São Francisco de Assis, através do seu pároco, Pe. Laude mir, convida a todos os fiéis paroquianos e a toda a sociedade para prestigiarem essa programação que celebra o Padroeiro nos 22 anos da Paróquia.

Dia 5 – Tema: Louvores ao Deus Altís simo – Celebrante: Pe. Juarez de Oliveira. Responsáveis: Comunidades Santa Maria, Linha Rocio e Linha Boiko.

Dia 6 – Tema: Jesus Cristo Crucificado – Celebrante: Frei Lima (FMM) – Respon sáveis: Comunidades de Concórdia do Oeste e Xaxim.

Dia 7 – Tema: Ave Senhora, Rainha Santa. Celebrante: Pe. Roberto Lopes de Souza. Comunidades Santo Ângelo e Nos sa Senhora Aparecida do Bairro Fachini.

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Paróquia prepara festa para começo de outubro Festa do Padroeiro terá a bênção de animais domésticos

Mães que Oram pelos Filhos: encontro em Nova Santa Rosa supera expectativas

A participação das mulhe res no encontro paroquial do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, realizado na Paróquia Santa Rosa de Lima, de Nova Santa Rosa, surpreendeu as organiza doras. Além de superar as expectativas, cumpriu todas as metas pastorais estabele cidas. O público estimado foi em 260 pessoas, pois parte do evento era de livre parti cipação, tanto que contou com mães da Catequese e senhoras do Apostolado da Oração, que tinham com promisso anteriormente agendado e participaram em período parcial do evento.

A maior presença foi das mães da Pa róquia anfitriã, de Nova Santa Rosa. Mas também foram registradas presenças de mães das Paróquias São Cristóvão, Sagrada Família, São Francisco e São Pedro e São Paulo, todas de Toledo.

Houve participação ainda da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, de Assis Chateaubriand; Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Terra Roxa; Paróquia Ma ria Mãe da Igreja, de Marechal Cândido Rondon; Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Quatro Pontes; e Paróquia São Vicente Palotti, de Palotina. A co ordenadora Arquidiocesana de Maringá também participou.

A programação do encontro con templou o Terço da Penitência e uma reflexão sobre as mulheres na Bíblia, além de esclarecimentos sobre o que é o Movimento Mães que Oram pelos Filhos. O encontro foi encerrado com a Santa Missa.

O carisma do Movimento é “res

tauração das famílias pelo poder da oração de intercessão”. O Movimento Mães que Oram pelos Filhos preza pelo tripé “obediência, humildade e unida de”. Participam mães biológicas, mães adotivas, madrinhas, mulheres que querem ser mães e mães que perderam seus filhos.

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Mães participam da oração do terço em Nova Santa RosaRezar e celebrar a esperança é uma necessidade do cristão A oração é uma das bases do Movimento Mulheres celebram a partilha do Movimento Momento de oração diante do SantíssimoExperiência de alegria vivenciada no encontro paroquial Fotos: Ellis Lima Fotografias

Os católicos podem ser ricos?

A pergunta que tam bém dá título a este nosso artigo é fruto de questionamento de um dos nossos leitores que acompanha esta coluna. A dúvida deste leitor também pode ser a dú vida de outras pessoas, por isso decidimos apro veitar o espaço neste mês para apresentar algumas reflexões per tinentes.

Em primeiro lugar, antes de responder a questão (e ela será respondida, confie!), é preciso definir o que se entende por riqueza, ou objetivamente como definir se uma pessoa, economicamente fa lando, pode ser considerada rica ou não. A noção de riqueza acompanha a composição social das comunidades e suas necessidades pontuais, sendo assim, a quantia monetária para definir uma pessoa como rica no Japão, pode ser diferente da quantia necessária para definir uma pessoa como rica em outro país do mundo como o Equador, por exemplo.

É importante também pontuar que existem muitos organismos que bus cam mapear e diagnosticar a pobreza e a riqueza. Como meio ilustrativo, vamos usar aqui o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, em 2022, para uma pessoa ser considerada como rica no Brasil, ela precisa possuir rendi mentos mensais acima de 20 salários mínimos, ou seja, um valor próximo de R$ 24 mil. Assim sendo, ela compõe a chamada Classe A. O valor, apesar de vultuoso, é considerado modesto se comparado a outros índices internacio nais. Acredite!

É preciso fazer um recorte neces sário aqui e reiterar que no Brasil essa realidade de riqueza é um privilégio de pouquíssimos. A renda média mensal

do brasileiro caiu de R$ 1.450,00 em 2020 para R$ 1.353,00 em 2021. E ainda, é preciso considerar que o País é conhe cido por seu histórico de desigualdades acentuadas em distribuição de renda, sendo que uma fatia expressiva da po pulação está abaixo da linha da renda mensal média.

Feitas essas considerações iniciais é possível perceber que existem, sim, cri térios objetivos para mensurar o nível de riqueza, ou seja, definir se uma pessoa é rica ou não é rica.

RESPOSTA À

QUESTÃO FUNDAMENTAL

Sem maiores delongas, vamos à resposta objetiva da nossa questão de cabeçalho: Sim! Os católicos podem ser ricos e vale também o contrário, os con siderados ricos também podem ser (ou vir a ser) católicos sem ferir princípios da tradição religiosa. Vamos entender um pouco melhor isso.

A noção principal embutida aqui é a noção de destinação dos bens terrenos e o direito à propriedade privada. Re comenda-se a leitura atenta de nosso artigo publicado na Revista Cristo Rei no mês de junho (nº 281, páginas 35 e 36).

“Todos os cris tãos, utilizando-se dos meios possí veis, são estimu lados por meio de seu trabalho à con quista de bens (cf. Gaudium et Spes, nº 71) e estes de vem dar condições para fazer com que outros também os conquistem para si. É o que nos lem bra o Papa Francis co ao argumentar que a propriedade privada é um direi to legítimo do ca tólico, porém não absoluto, subor dinado à ideia de que todos tenham o suficiente para viver com dignidade” (cf. Fratelli Tutti, nº 120).

Mesmo sabendo que o acesso aos bens e à riqueza é uma possibilidade àqueles que são crentes (portanto, Deus não abomina nem detesta aqueles que são ricos), precisamos ser lúcidos e coerentes para admitir que não é pos sível que todas as pessoas sejam ricas atingindo os padrões de retenção de capital já comentados anteriormente, afinal de contas os recursos são fini tos. Ainda, a felicidade e a realização de vida das pessoas não podem estar atreladas a uma possibilidade material a ser atingida em algum momento da vida. O pensamento mais saudável é o de trabalhar e com cautela ir melhoran do as condições de vida com esforço, economia e disciplina, por mais que isso possa parecer “açucarado” ou utópico. Aqueles que trabalham com educação financeira, e propriamente esta é a nos sa missão no EFV, têm o desejo de fazer com que as pessoas consigam lidar melhor com o dinheiro, libertando-se das armadilhas que o seu mau uso pode oferecer. Aquele que é “financeiramente educado” pode não ser rico, mas com certeza é feliz e realizado do ponto de

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A felicidade e a realização de vida das pessoas não podem estar atreladas a uma possibilidade material

vista material porque além de reter a riqueza, aprendeu a dar valor a sua (mesmo que) pequena riqueza.

COMO CONSOLIDAR PATRIMÔNIO?

A resposta a esta pergunta é uma das mais desejadas pela civilização capitalis ta e é certo que não existe uma solução única e simples. A riqueza “limpa”, que não vem de meios escusos ou duvido sos, é construída com complexidade, persistência e esforço.

Chovem indicações de por onde começar e caminhos a percorrer para construir o patrimônio pessoal. Nossa intenção aqui não é dar “receita de bolo”, mas indicaremos a seguir alguns princípios que podem sinalizar que você, leitor, está no caminho certo para atin gir melhores condições financeiras no futuro. Vamos a eles:

VOCÊ NÃO GASTA TUDO O QUE

GANHA – Você tem domínio sobre os im pulsos consumistas e não compra só pelo “prazer” de gastar. Tem o hábito de poupar pensando em rendimentos futuros.

“Os católicos podem ser ricos e vale também o contrário; os considera dos ricos também podem ser (ou vir a ser) católicos sem ferir princí pios da tradição religiosa. A noção principal embutida aqui é a noção de destinação dos bens terrenos e o direito à propriedade privada”.

PAGA SUAS CONTAS EM DIA – Trata o dinheiro como algo importante e se esforça para não cair nas armadilhas das multas e juros por atraso de pagamento.

TEM UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA – Sobre este conceito já falamos diversas vezes por aqui. Basicamente consiste em ter uma quantia salva para adversidades e apuros. Existem algumas métricas que ajudam a calcular de quanto deve ser sua reserva para estes casos.

ESTUDA SOBRE FINANÇAS – Criar o hábito de ler colunas de assuntos ligados a finanças, ouvir podcasts ou assistir vídeos com estes conteúdos lhe ajudarão a entender melhor sobre investimentos, aumentando as chances de você investir melhor e ter retornos mais elevados.

PENSA NA APOSENTADORIA – Mes mo sendo jovem, no início da vida pro fissional, pensar na velhice e em como você se manterá no futuro, te ajuda a ter foco e disposição para poupar e investir. Uma pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, encami nhada pelo Instituto Datafolha (maio de 2022), apontou a triste realidade de que no Brasil, a maioria das pessoas é dependente do INSS para garantir suas aposentadorias (apenas para consta tação é importante frisar que existem outros meios), mas não tem sequer noção de quando e com quanto irão se aposentar. Pensam em “se informar melhor” quando estiverem próximas dos 60 anos.

Por ora paramos por aqui, mas este assunto ainda vai render boas linhas em nossas próximas edições. Bom planeja mento para vocês leitores e lembrem-se sempre: Educação Financeira é Educa ção para a Vida!

EFV

Em busca da identidade cristã

Na era atual não dá para negar as grandes mudanças ocorridas com relação aos cos tumes, ética, cultura, urbanização, entre ou tros, dificultando ao cristão discernir entre os valores eternos do cristianismo e os inte resses momentâneos de uma sociedade reduzida a apelos consumistas.

Muitas vezes o jovem/ adulto se encontra em crise de identidade ten do dificuldades de se conhecer. As perguntas que mais se fazem são: “Quem sou eu? Por que estou neste mundo? Qual é o sentido da mi nha vida? O que satisfaz os anseios humanos? Onde encontrar a felici dade? Como encontrar Deus”? Seria interessante que todos se fizessem estas perguntas e ten tassem buscar as respostas, porém tudo acontece tão rapidamente que ninguém tem “tempo” de refletir. O tempo está escasso e quando sobra, na maioria das vezes, é preenchido pela mídia que é especialista em “roubá-lo” das pessoas.

Sem querer generalizar a situação, é possível dizer que os adultos sentem falta de algo importante para suas vidas que ficou perdido no tem po. Buscam ansiosamente algo que complete essa lacuna na busca de sua identidade perdida pela correria do dia a dia. Nessa busca, ainda há pessoas que independente de clas se social, credo ou raça, procuram descruzar os braços e colocar-se a caminho, muito embora o mundo pareça bastante complexo e contra

ditório. Os caminhos trilhados por muitos são questionáveis, reduzidos em três: dogmatismo, relativismo, ceticismo. Vamos abordá-los:

- Dogmatismo ou fundamentalis mo: na instabilidade e insegurança em que o mundo se encontra, o fundamentalista se apega a uma “verdade” ou alguma ideologia e a torna absoluta em sua vida, consi derando todas as outras formas de pensar como falsas. Na religião, o fundamentalista se acha o dono da verdade e sua salvação está garan tida, enquanto os outros que não comungam da mesma ideia são pecadores.

- Relativismo: perante as diversas propostas que o mundo oferece, o relativista aceita várias delas como verdade fundamental para sua vida. A pessoa é que sabe o que é melhor

para sua vida, então o que lhe parece bom é aceito como verdade. Na religião vemos atual mente a facilidade com que as pessoas trocam de religião por qualquer coi sa. Só por certa religião não estar de acordo com suas ideias, vai em busca de outra.

- Ceticismo: observan do todas essas realidades religiosas, o cético diz que se a verdade que Deus existe, é impossível chegar até ela; e todo o esforço para isso é perda de tempo; e que a religião aliena as pessoas mais simples, levando-as ao sofrimento. Este caminho não é tão comum hoje em dia, mas muitos trilham por ele, mesmo que seja de forma inconsciente.

Muitos também partem para o “indiferentismo”, embora não se en caixe em nenhum outro, mas é tão preocupante quanto eles. Diante de todas as realidades religiosas apre sentadas o indiferente diz: “Para mim tanto faz”. Vemos que esta forma de pensar vem ganhando muitos adep tos e se proliferando pelos meios sociais.

Qual seria então o caminho cristão na busca da verdade? Do sentido da vida? Da identidade humana? Este caminho não foi criado pela lógica humana e sim pelo próprio Deus. O caminho da comunicação entre o céu e a terra, entre os seres humanos e Deus, foi dado pelo próprio Deus através da revelação. Neste sentido, a única resposta que o cristianismo pode apresentar é Jesus Cristo, a ple nitude da revelação. Por meio desta

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 202240 Catequese

Catequese

resposta outras surgirão levando-se em conta o contexto, momentos e situações vivenciadas pelas pesso as. Portanto, redescobrir o sentido da vida, ou seja, a identidade do ser cristão, é o mesmo que redescobrir quem é Jesus Cristo presente e ressuscitado em nossa vida. Ele é a verdade revelada, que indica para os interessados a própria verdade, aju dando-os a encontrar as respostas para suas indagações.

CATEQUESE:

UM CAMINHO PARA A FÉ

A modesta proposta cristã é de escutar Deus que se revela e reco nhecê-lo, aceitá-lo, experimentá-lo e vivê-lo. Enfim, uma proposta de fé. Essa é uma importantíssima missão da Catequese: contribuir para que o jovem/adulto descubra, por meio da revelação, sua verdadeira identidade, seu lugar e missão neste mundo.

Diante disso, ressaltamos a ne

“Essa é uma importantíssima mis são da Catequese: contribuir para que o jovem/adulto descubra, por meio da revelação, sua verdadeira identidade, seu lugar e missão neste mundo”.

cessidade da busca de identidade de nossos jovens/adultos. Muitos estão entendendo essa necessidade e buscando a Catequese para pode rem se encontrar com as verdades do alto, confrontando-as com suas próprias verdades, elaborando assim sua verdadeira identidade.

Com mais um ponto de reflexão e direcionamento, vamos ler as palavras de abertura da 2ª Semana Brasileira de Catequese – Estudos da CNBB, 84, com referência a pes soa adulta: “Ser adulto na fé, ideal sempre a ser buscado, tornou-se urgência hoje em meio a este mundo cada vez mais pagão, sem ética, cor

rupto, amoral e imoral, explorador da natureza, escravizador de pessoas. É preciso muita vida interior, estudo sério, vida em comunidade e atenção ao que acontece para se poder dar testemunho da fé cristã. Consti tuem-se hoje grandes desafios para os adultos cristãos: anunciar o Reino de Deus; viver a comunhão fraterna e a solidariedade segundo o manda mento novo; ter serenidade, cordia lidade e fortaleza para dialogar com o diferente e ter a coragem profética para denunciar tudo o que vai contra a dignidade do ser humano e contra a natureza. Investir na maturidade do fiel é, portanto, prioridade para a Igreja hoje”.

Que o encontro de cada um(a) com Jesus Cristo produza muitos frutos. Deus abençoe a todos.

Santíssima Trindade: espelho para os relacionamentos de unidade

28º Domingo do Tempo Comum | 9 de outubro de 2022

Leituras: 2Rs 5,14-17; Sl 97,1-4; 2Tm 2,8-13; Lc 17,11-19

Neste 28° Domingo do Tempo Comum, a Liturgia nos convida a refletir se estamos fazendo Eucaristia de verdade. Para isso é preciso reconhecer o dom de Deus dado a cada um de nós. A Salvação recebemos de Deus através de Jesus, que é a própria misericórdia do Pai capaz de salvar o homem do seu pecado e da sua condição de leproso, que vive morto para a vida. Este dom recebido não é preciso ser pago, pois Jesus já o pagou para nós. O que precisamos fazer é abrir nossos olhos e voltar para Jesus dando graças a Ele, pela salvação recebida, que nos vem pela fé.

A CONDIÇÃO DE PECADOR

Tanto a primeira leitura como o Evangelho, revelam a nossa condição humana, perdida e imersa na condição de pecado, de sofrimento e de morte. Naamã era um homem valente, forte, bem-visto pelos seus chefes, mas veio a ser cometido pela lepra. No Evangelho, os dez homens são curados de sua lepra. Nestes homens está representada toda a humanidade que necessita de cura, pois se encontra imersa no pecado. Aqui poderíamos elencar tantos pecados que nos afligem hoje.

cessidade e daquilo que precisamos para alcançar a Salvação. Ao reconhecermos nossa condição e percebermos a gran deza de Deus capaz de nos Salvar, gritamos: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós” (Lc 17,13). Com isso, ao chamar mos Jesus pelo nome, o reconhecemos nosso amigo e sua grandeza de Mestre. Somos sufocados pelas dores e feridas causadas por nossos pecados, assim, só conseguimos dizer, tem compaixão. A paixão de Deus é tão grande pelo homem que, percebendo isso, pedimos socorro a Ele para aliviar nos sa dor, pois ao nos escutar, Ele sente o sofrimento de seus filhos. Para aliviar o peso do sofrimento humano e perceber o caminho da nova vida, precisamos olhar para a Cruz. Nela encontramos a Salvação e a Vida nova em Jesus Cristo.

A FÉ NOS LEVA A EUCARISTIA VERDADEIRA

- Quais as infidelidades vivenciadas e que a Palavra de Deus tem nos chamado à conversão?

Jesus é Aquele que vem ao nosso encontro. Nós, pecadores, somos como leprosos, considerados impuros e exclu ídos, e a lei, portanto, pode nos afastar da comunidade. Nos distanciamos completamente das pessoas porque somos egoístas, orgulhosos e contaminamos os outros com nossos pecados. Por isso, hoje muitos sofrem pela fome, pela exclusão e pela violência. Para revertermos esta situação só temos uma atitude: nos reconhecer pecadores e gritar a Deus que venha em nosso socorro. É nosso grito, em forma de oração que preenche o espaço entre a morte, o pecado e a vida, em Cristo, que toca o coração misericordioso do Pai para vir em nosso socorro.

- Vivenciamos a nossa fé apenas pela cura ou a buscamos para nos encontrar com quem nos curou?

A obediência a escuta da Palavra de Deus nos coloca em movimento para buscarmos a cura de nossas enfermidades. Enquanto caminhamos seguindo Jesus, somos purificados e, como consequência disso, recebemos a Salvação, que precisa ser reconheci da por cada um de nós. Muitas vezes nossa fé para no milagre e não conse gue ver adiante que há um caminho a ser percorrido de reconhecimento da Salvação.

- Na Eucaristia, rendemos graças a Deus pelo dom da salvação que recebemos?

O grande chamado desta liturgia para cada um de nós é percebermos se nossa fé nos leva a fazer a verdadeira Eucaristia. Ao sermos curados e perdoados precisamos ser capazes de perceber a Salvação sendo realizada em nossa vida e isso nos coloca em movimento para buscarmos a Eucaristia. Vendo a cura acontecer, voltamo-nos à mesa da Eucaristia para dar ação de graças a Deus pelo que realizou em nossa vida. Aquele que reconheceu e voltou a Jesus era um samaritano, que era duplamente excluído, quantas vezes somos nós que ao invés de congregar nossos irmãos os excluímos e não aceitamos sua conversão.

A VIDA NOVA EM JESUS CRISTO

A segunda leitura, nos traz a esperança em meio ao so frimento, pois São Paulo revela que mesmo diante de nossa infidelidade, Deus permanece fiel e não nega seu existir de amor e misericórdia. Ele está sempre disposto a nos ouvir e nos socorrer, até entregar seu Filho para a nossa Salvação. A palavra de Deus não se encontra presa e algemada, mas ela merece nossa fé por estar constantemente agindo na vida de tantas pessoas. Através de Cristo, recebemos vida nova, capaz de superar todo o pecado e sofrimento.

A oração feita com fé é de reconhecimento de nossa ne

Leitura Diária

Dia 10: Gl 4,22-24.26-27.31-5,1; Sl 112; Lc 11,29-32

Dia 11: Gl 5,1-6; Sl 118; Lc 11,37-41

Dia 12 (Nossa Senhora Aparecida): Est 5,1b-2;7,2b-3; Sl 44; Ap 12,1.5.13a.15-16a; Jo 2,1-11

Dia 13: Ef 1,1-10; Sl 97; Lc 11,47-54

Dia 14: Ef 1,11-14; Sl 32; Lc 12,1-7

Dia 15 (Santa Teresa de Jesus): Ef 1,15-23; Sl 8; Lc 12,8-12

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 2022 43

Oração: respeitar o silêncio de Deus e esperar em seu grande amor

29º Domingo do Tempo Comum | 16 de outubro de 2022

Leituras: Ex 17,8-13; Sl 120,1-2.3-4.5-6.7-8; 2Tm 3,14 – 4,2; Lc 18,1-8

Uma proposta de Jesus para nós hoje é perseverar na oração, no diálogo insistente, confiante e amoroso com Deus. Ter uma relação de intimidade com Ele pela oração é ter paciência com o tempo de Deus. Jesus, na parábola sin gela do Evangelho, nos aproxima do Pai Misericordioso. Ele ensina a não nos submetermos ao nosso tempo, às nossas condições e sim a ter uma nova relação com Deus para que possamos compreender a vontade Divina. Essa confiança filial nos torna pessoas de fé, carregando no coração a certeza de que o Pai sabe do que precisamos e então nos atenderá. Somos convocados a jamais deixar de rezar.

ORAÇÃO: FORÇA PARA VENCER BATALHAS

A primeira leitura nos faz entender que Deus intervém no mundo e salva o seu povo, servindo-se da ação humana, para vencer pequenas e grandes batalhas.

Moisés, decidido ao sacrifício pelas pessoas mais enfra quecidas e vulneráveis, mostra-se pronto para dar auxílio, inclusive a uma comunidade inteira que acredita na vitória. Comunidade essa, simbolizada aqui pelos personagens Aarão e Ur, que empreendem apoio, mostram que, por limitadas que sejam as forças de quem está à frente, a missão não vai se dar por vencida.

DIÁLOGO CONTÍNUO COM DEUS

Na segunda leitura, São Paulo apresenta outra fonte eficaz e pri vilegiada de encontro entre nós e Deus: a Sagrada Escritura. É ela que deve sempre ocupar lugar prioritário em nossa experiência cristã. Para o apóstolo, o mundo é como um campo de batalha, cuja luta é a missão evangelizadora, que não teria eficácia sem a força e o testemunho que vem da Palavra de Deus. Ter a Palavra de Deus às mãos e no coração, também é oração que fortalece quem está a caminho.

sentando-se diante do bispo e sentindo-se cansada diante de tanto esforço feito, até então sem resultados. Ao que o bispo respondeu à Santa Mônica: “É impossível, um filho de tantas lágrimas, não mudar de vida”. Quando a mãe chegou em casa, deparou-se com Agostinho, ajoelhando-se aos seus pés, pedindo para ser batizado cristão. Eis a força que tem a oração feita com insistência e confiança, assim como nos ensina Jesus, a nunca desistir.

Lógico que, na prática nem tudo o que pedimos, é atendi do. O mesmo Santo Agostinho, ao falar dos nossos pedidos, que nos angustiam por não sermos atendidos, diz que isso pode ocorrer porque o que estamos pedindo, Deus considera desnecessário para a nossa santificação. No entanto, esta mos recebendo tantas graças, sem estarmos pedindo, e não estamos reconhecendo e agradecendo. A gratidão também é uma bela oração.

O VALOR DA ORAÇÃO COMUNITÁRIA

Na oração mais popular ensinada por Jesus, “Pai Nosso”, que qualquer criança já tem decorado, Jesus ensina a pedir com fé, pedir coisas boas, e pedir num contexto comunitário: “Venha a nós o teu reino; dá a nós o pão de cada dia; faça-se a tua vontade (humildade); perdoa a nossas ofensas; que as tentações não venham a nós; que sejamos livres de todo mal”.

- Como podemos aplicar em nossa vida o valor da oração?

- Somos persistentes na oração com a Palavra de Deus?

- Estamos rezando confiantes e perseverantes em comunidade?

Essa é a forma de oração autên tica, sem pretensões particulares e nem soberba alguma, mas uma manifestação de comunhão com Cristo e com os irmãos.

O RÍTMO DE DEUS PASSA POR NÃO FORÇAR AS COISAS

Por conta da impaciência e da ânsia do nosso agir, infeliz mente, tantas e tantas vezes não conseguimos perceber o carinho e a eficiência dos planos de Deus. A oração que fa zemos, sempre que buscamos forças para o nosso caminhar, deve ser humilde e com insistência. Aceitar com paciência as graças que Deus tem a oferecer, sem forçar conforme a nossa vontade, pois o tempo de Deus é diferente do nosso.

Exemplo grandioso de insistência e humildade nos dei xa Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, que rezou por muitos anos pedindo a conversão do filho. Certa vez, apre

Rezemos uns pelos outros, re zemos pelos que não rezam. Neste mês missionário em especial, rezemos em prol dos missionários e missionárias pelo mundo inteiro e por nossas comunidades que são lugar de missão, bem perto de nós. Peçamos a Maria, nossa Mãe Aparecida, que nos ensine a rezar. Ensina-nos a estar real mente a sós com Deus em profunda oração. Ensina-nos a rezar em comunidade, pela Força do Espírito Santo. Ensina, óh mãe, o teu povo a rezar.

Leitura Diária

Dia 17 (Santo Inácio de Antioquia): Ef 2,1-10; Sl 99; Lc 12,13-21

Dia 18 (São Lucas, evangelista): 2Tm 4,10-17b; Sl 144; Lc 10,1-9

Dia 19: Ef 3,2-12; Is 12, 2-6; Lc 12,39-48

Dia 20: Ef 3,14-21; Sl 32; Lc 12,49-53

Dia 21: Ef 4,1-6; Sl 23; Lc 12,54-59

Dia 22 (São João Paulo II): Ef 4,7-16; Sl 121; Lc 13,1-9

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A oração nos aproxima de Deus e do próximo

Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária | 23 de outubro de 2022

Leituras: Eclo 35,15b-17.20-22a; Sl 33(34); 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18,9-14

A Liturgia da Palavra ensina que o tema do diálogo com Deus através das mais variadas formas de oração é de extrema impor tância. A oração de qualidade compromete e muda vidas. Será que toda oração agrada a Deus? Vamos ver que não, pois sua eficácia depende de uma atitude de humildade, confiança e reconheci mento da própria fraqueza. O Apóstolo Paulo ajuda entender que em tudo é preciso perseverança e testemunho de vida.

A SABEDORIA DE ISRAEL EM RELAÇÃO A DOS ESTRANGEIROS

O Livro do Eclesiástico, também conhecido como Sirácida, foi escrito numa época em que o povo de Deus estava em contato com a cultura grega e recebia sua influência. Para os gregos, era importante a filosofia, os esportes, o corpo físico. Para os israelitas destacavam -se suas tradições ligadas ao contexto familiar, aos relacionamentos fraternos e sua fé.

piedade de mim que sou pecador”!

Por isso, além da lição sobre a oração, devemos perceber que a parábola de Jesus proclama a misericórdia de Deus. O pecador, quando se volta para Deus confiante, será sempre acolhido de braços abertos. Não somos condenados tanto pelas nossas faltas, quanto pela nossa prepotência.

JESUS CONDENA A PRÁTICA RELIGIOSA EGOÍSTA

- Quem são as pessoas mais vulneráveis e necessitadas atualmente que precisam de mais cuidado e amor de nossa parte?

- Em quais atitudes você se sente mais semelhante ao fariseu da parábola de Jesus ou ao publicano?

Jesus indica inicialmente quem são os primeiros destinatários da parábola a ser contada: “Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros”. O fariseu representa o modelo autossuficiente de uma piedade interesseira. Sua oração a Deus não é nem digna desse nome, porque parece negociar com ele. É Deus quem tem de lhe pagar seus próprios méritos, acumu lados mediante generosa observância legal.

- O que mais chamou sua atenção nas palavras de despedida de Paulo? E nós, como chegaremos ao final de nossa caminhada terrena?

Neste sentido, a passagem lida hoje mostra que Deus acolhe a oração dos órfãos e das viúvas. São as pessoas vulneráveis que não podem ser desprezadas e desrespeitadas em nenhuma sociedade. Deus dá o exemplo porque não faz discrimi nação de pessoas. A passagem anterior àquela lida hoje fala da pretensão dos poderosos em agradar a Deus mediante ofertas desonestas, adquiridas à custa de extorsão dos pobres. Não se pode ofertar a Deus o que é fruto da exploração dos fracos. O critério da bênção não é a prosperidade ou não, mas a fidelidade a Deus ou não através da edificação de relações fraternas.

A ORAÇÃO QUE AGRADA A DEUS

Jesus instrui os discípulos sobre a verdadeira atitude de quem se dirige a Deus em oração. Para explicar sua mensagem, Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano. No Templo estão dois homens rezando: um fariseu, que agradece a Deus por não ser mau como os outros, e ter um bom comportamento; e um publicano, cobrador de impostos, que pede perdão a Deus por ser pecador.

Jesus diz que só este último “saiu justificado” e o fariseu não. Isso quer dizer que só a prece do cobrador de impostos foi aten dida, porque ele soube ser humilde e consciente de suas falhas, enquanto o fariseu foi arrogante e preconceituoso. O sujeito deste verbo “justificar” é o próprio Deus e significa aqui “que ele foi declarado justo por Deus”. Deus pode declarar justo quem se comporta segundo sua vontade e é humilde. Neste caso do Evan gelho, justificar é o mesmo que perdoar os pecados. O publicano, então, foi atendido naquilo que havia pedido: “Meu Deus, tem

Podemos dizer que a parábola tem duas finalidades: por um lado, desmascara a falsa religião de alguns que, convencidos de serem justos, desprezavam os outros; por outro lado, visa ensinar aos discípulos sobre o autêntico sentido da oração.

O TESTAMENTO ESPIRITUAL DE PAULO

A segunda carta de Paulo a Timóteo merece o nome de “tes tamento espiritual”, pois o Apóstolo sente que está próxima sua morte e por isso deixa importantes recomendações. Seu exemplo de “combate” e de “guardião da fé” serve para encorajar os cristãos de todos os tempos. Ele correu riscos, esteve preso e permaneceu fiel até completar a “corrida”. Suas palavras revelam gratidão e esperança.

Portanto, através da oração sincera e do cuidado com as pesso as que mais sofrem ou são vítimas da sociedade atual, possamos viver a fé e o amor com coragem e perseverança. Eis nesta liturgia importantes indicativos de como viver nossa missionariedade como compromisso com o Reino da vida.

Leitura Diária

Dia 24: Ef 4,32-5,8; Sl 1; Lc 13,10-17

Dia 25 (Santo Antônio de Sant’Ana Galvão): Ef 5,21-33; Sl 127; Lc 13,18-21

Dia 26: Ef 6,1-9; Sl 144; Lc 13,22-30

Dia 27: Ef 6,10-20; Sl 143; Lc 13,31-35

Dia 28 (São Simão e São Judas Tadeu): Ef 2,19-22; Sl 18; Lc 6,12-19

Dia 29: Fl 1,18b-26; Sl 41; Lc 14,1.7-11

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 2022 45

“Hoje eu devo ficar na tua casa!”

31º Domingo do Tempo Comum | 30 de outubro de 2022

Leituras: Sb 11,22-12,2; Sl 144(145); 1Ts 1,11-2,2; Lc 19,1-10

No próximo domingo, refletiremos a liturgia de Todos os Santos e, um pouco mais, já estaremos celebrando Cristo Rei do Universo, solenidade com a qual encerraremos o Ano Litúrgico. Na dinâmica caminhada da catequese litúrgica, Deus nos fala ao coração. A Liturgia hoje deixa claro que Jesus vem ao nosso encontro, cabendo a cada um não o deixar passar despercebido. É necessário que nos coloque mos em movimento, sem medir esforços para superarmos os obstáculos que nos impedem de vê-lo.

DE TODOS TENS COMPAIXÃO

O Livro da Sabedoria ressalta a grandeza de Deus: “Se nhor, o mundo inteiro, diante de ti é como o grão de areia na balança, uma gota de orvalho da manhã que cai sobre a terra” (Sb 11,22). Este trecho bíblico enfatiza que, apesar de nossa pequenez, Deus nos ama com um amor verdadeiro e intenso a ponto de sentir compaixão por todos. Ao ler as Sagradas Escrituras encontramos várias alianças que Deus firma com seu povo, nas quais Ele sempre permanece fiel e o povo não.

A vinda do Filho, Jesus Cristo, é a demonstração extrema do amor e da compaixão por cada um de nós. Deus assume a nossa condição e se faz sacrifício por nós, nos mostra o caminho que leva para o Pai e nos encoraja a perseverar nesse caminho. Diante de tão grande exemplo, nos tornamos cristãos de fato quando cultivamos a empatia e nos coloca mos no lugar de nossos irmãos e ir mãs, nos empenhando na construção do Reino de Deus.

fé em Deus. Não faltam ideologias e falsas profecias que vem para confundir e enganar, fazendo com que muitos percam a paz de espírito e não correspondam a vocação recebida de Deus. Para glorificar o nome de nosso Senhor Jesus, é necessário que nossos pensamentos estejam em Deus e que tenhamos consciência do momento presente, vivendo o nosso Batismo, com fé, esperança e caridade, sem ceder à tentação do inimigo de nos desviar do caminho.

ZAQUEU NÃO CONSEGUIA VER JESUS

O texto bíblico enfatiza que a baixa estatura de Zaqueu era um empecilho para ele ver Jesus em meio à multidão. Trago aqui para a reflexão o fato de ele estar ocupado com os afazeres diários, e também de estar entre as pessoas de influência e poder na sociedade. Já tinha ouvido falar de Je sus, e agora queria vê-lo. Para isso ele teve que reconhecer sua pequenez, pois embora o prestígio econômico que ele tinha na sociedade, ainda não conhecia a Cristo.

O fato de subir na árvore demostra a humildade que teve e o esforço que ele fez, saindo de sua rotina e colocando seu foco em Jesus. Zaqueu não só viu Jesus, como foi visto por Ele.

- Em quais momentos de minha vida experenciei a misericórdia de Deus?

- Quais realidades têm me tirado a paz e me desviado do caminho da santidade?

- O quanto sou capaz de mudar minha vida por causa de Jesus?

Eis a expectativa da Igreja diante do 3º Ano Vocacional do Brasil, que terá como tema “Vocação: graça e missão”, e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33).

Segundo bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS) e pre sidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, D. João Francisco Salm, o Ano Vocacional é oportunidade para redescobrir a Igreja e sua missão: dinamizar as pequenas comunidades eclesiais missionárias com uma injeção vocacional.

NÃO DEIXEIS TRANSTORNAR A VOSSA CABEÇA

Conforme a letra da canção “Cidadão do infinito”, do Pe. Zezinho, a pessoa que vivencia o encontro pessoal com Cristo torna-se capaz de deixar tudo mais para seguir o Mestre e colocar sua vida a serviço do Reino de Deus. É essa fé viva e transformadora que somos convocados, pela Liturgia deste domingo, a cultivar e a manifestá-la na família, Igreja e socie dade. Claro que isso significa ir na contramão do ‘todo mundo faz’. A correria e obrigações diárias, nos levam a um ativismo desenfreado e a viver de modo superficial até mesmo a nossa

Ao acolher o Mestre em sua casa, eis a mudança de vida e a reparação pelos danos causados a tantas pessoas, pelo culto ao dinheiro e a preocupação apenas pelos próprios interesses. Também nós que vivemos a fé em comunidade, participamos das cele brações, retiros e formações, temos nosso momento de encontro pessoal com Cristo. Porém, se ao retornar para nossa rotina mantivermos as práticas e critérios de sempre, per deremos a oportunidade de a graça da Salvação entrar em nossa casa.

Certos do amor e da compaixão que Deus tem por cada um de nós, atentos quanto as ilusões e falsos ensinamen tos, conscientes de quem somos, nos empenhemos, sem medir esforços, para que o Reino de Deus se realize em nós e através de nós. Com a intercessão da Sagrada Família, a bênção de Deus. Amém.

Leitura Diária

Dia 31: Fl 2,1-4; Sl 130; Lc 14,12-14

Dia 1º/11 (Todos os Santos): Fl 2,5-11; Sl 21; Lc 14,15-24

Dia 2/11 (Finados): Jó 19,1.23-27a; Sl 23; 1Cor 15,20-24a.25-28; Lc 12,35-40

Dia 3/11: Fl 3,3-8a; Sl 104; Lc 15,1-10

Dia 4/11 (São Carlos Borromeu): Fl 3,17-4,1; Sl 121; Lc 16,1-8

Dia 5/11: Fl 4,10-19; Sl 111; Lc 16,9-15

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A essência do cristão

Solenidade de Todos os Santos | 6 de novembro de 2022

Leituras: Ap 7, 2-4.9-14; Sl 23; 1Jo 3,1-3; Mt 5,1-12a

A celebração de Todos os Santos é uma oportunidade que a Igreja nos oferece para refletirmos sobre o processo de santidade a que fomos chamados no Batismo. Cada um traz dentro de si uma parcela dessa santidade. O que ocorre é que, muitas vezes, deixamos sobressair em nós aquele lado das limitações e fraquezas. Porém, o lado da santidade precisa ser exercitado e ampliado, trabalhado, mesmo que seja um dom.

A santidade é a essência do cristão e meta a ser atingida. A Solenidade de Todos os Santos é uma celebração muito antiga, desde 610. Foi fixada no Calendário Litúrgico em 835, pelo Papa Gregório IV, para o dia 1º de novembro.

CAMINHOS QUE CONDUZEM À SANTIDADE

A Liturgia de hoje fala da essência do cristão: a santidade. A santidade deveria ser o objetivo, meta a ser atingida para aproximar o ser humano de Deus. No Evangelho, Jesus sobe ao monte, lugar de encontrar-se com Deus. Ele vê uma mul tidão e dá-lhes recomendações para seguir o caminho que leva à santidade. O primeiro passo que Jesus ensina para este caminho que leva à santidade é a humildade de coração. Ensina também que o sofrimento que passamos se torna caminho que leva à santidade, quando mesmo em meio às dores buscamos a Deus. Assim Ele garante que seremos consolados pelo próprio Deus.

- O que é santidade?

O próximo destaque deste caminho de santidade que Jesus propõe é a mansidão. Pessoas mansas possuirão tudo o que a terra oferece. Outro passo neste caminho de santidade apontado por Jesus é a busca e a prática da justiça, da verdade, da honestidade, assim como a vivência da misericórdia, do perdão.

problema é que quando isso acontece a maioria deixa tudo, não consegue seguir em frente, ou testemunhar, felizmente muitos continuam firmes.

QUEM SÃO OS SANTOS?

A primeira leitura do Livro do Apocalipse, de São João, destaca que a santidade é estendida a todos. Porém, mostra que haverá um número de pessoas que serão marcadas com o sinal de Deus. Isso faz lembrar que nós também recebemos esse sinal de Deus no Batismo. O sinal de Deus significa consagração, nos introduz em um caminho, num processo de santificação que se dá pela fé, oração e ação.

A Sagrada Escritura nos diz que os marcados por Deus estarão diante do trono, com vestes de festa porque alcan çaram o céu. E quem são estes? São aqueles que passaram por todo tipo de tribulação, homens e mulheres que apesar de suas fraquezas viveram os ensinamentos de Cristo. Ar rependendo-se de seus pecados lavaram-se no sangue do cordeiro (cf. Ap 7,14), dedicaram suas vidas a suas famílias, à Igreja e ao próximo.

A SANTIDADE PELA FILIAÇÃO DIVINA

- Quem são os santos?

- O que são as Bem-aventuranças?

A recompensa que nós teremos vem da nossa essência, assim como nos diz a segunda leitura que fala que nossa santidade vem da filiação divina. Somos filhos de Deus, devemos reconhecer em nós essa filiação e no próximo e respeitar a si e o próximo como imagem e semelhança de Deus.

A pureza de coração também é um dos caminhos que Je sus nos diz que leva a Deus. Pois quem tem o coração puro vê Deus em si, no próximo e também na natureza.

Jesus apresenta a promoção da paz como mais um passo seguro no caminho da santidade. Quem promove a paz revela a presença de Deus por onde passa, e por isso é chamado de filho de Deus.

Por fim, Jesus nos apresenta um caminho que leva à santidade que a maioria de nós não gostamos de passar por ele. Jesus fala das perseguições, das mentiras que so fremos, calúnias, fofocas e todo tipo de mal que passamos por causa d’Ele. E diz que quando isso estiver acontecendo conosco será grande a nossa recompensa no céu. O grande

Essa leitura também nos traz uma promessa, todos os que forem perseverantes na fé e no caminho da santidade serão semelhantes a Jesus. Por isso, hoje a Liturgia pede para nos esforçarmos para sermos santos. O caminho da santidade já nos foi indicado por Jesus, basta cada um percorrer o seu.

Leitura Diária

Dia 7/11: Tt 1,1-9; Sl 23; Lc 17,1-6

Dia 8/11: Tt 2,1-8.11-14; Sl 36; Lc 17,7-10

Dia 9/11 (Dedicação da Basílica do Latrão – Catedral de Roma): Ez 47,1-2.8-9.12; Sl 45; Jo 2,13-22

Dia 10/11 (São Leão Magno): Fm 1,7-20; Sl 145; Lc 17,20-25

Dia 11/11 (São Martinho de Tours): 2Jo 1,4-9; Sl 118; Lc 17,26-37

Dia 12/11 (São Josafá): 3Jo 1,5-8; Sl 111; Lc 18,1-8

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A Palavra celebrada: o diálogo de Deus com seu povo e do povo com Deus

A preocupação dos padres conciliares de devolver a Palavra de Deus ao povo causou várias implicações para as cele brações litúrgicas.

Ao celebrar, a assembleia dialoga com Deus que fala ao seu povo e, responde a Ele com cantos e orações (cf. SC, nº 33). Desenvolve-se, então, um verdadeiro di álogo de Deus com seu povo reunido, um colóquio contínuo do Esposo e da Esposa.

A Liturgia lembra constantemente a Palavra revelada e, desta forma, evoca e atualiza os feitos salvíficos de Deus. O lembrar faz com que a comunidade co nheça a vontade de Deus, o que Ele quer, seu projeto de Salvação. Então, nasce a resposta à Palavra de Deus, ou seja, o louvor, a ação de graças, a súplica, a intercessão, os gestos e as ações simbó licas. Joseph Gelineau, padre jesuíta, nos diz que, sob diversas formas, o Senhor da Aliança, “ora interpela, ora ensina, ora exorta, ora ‘diz e faz’. Por sua vez, a assembleia escuta, responde, medita, suplica, dá graças até se identificar com a Palavra que, vinda do Pai, volta para se unir a ele numa comunhão eterna”.

A dinâmica celebrativa das celebra ções litúrgicas nos insere na lógica da revelação. Deus chama, reúne, e a co munidade, atendendo ao seu chamado, se apresenta e responde.

A celebração litúrgica, no seu conjun to, possui uma estrutura de base que favorece o diálogo: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. A Sacrosanctum Concilium, falando sobre a Celebração Eucarística, afirma que “Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística estão tão unidas que formam um só ato de culto” (cf. nº 56). Numa relação de aliança os dois momentos estão estreitamente unidos: a Palavra constitui o momento do contrato, através do diálogo, e a Liturgia Eucarística o momento em que a comunidade, cheia do Espírito, dá sua resposta e sela o compromisso com Deus. A Palavra é então fundamento sobre o qual a aliança se firma.

A própria Liturgia da Palavra possui uma dinâmica dialogal: Deus fala nas

Proclamadores emprestam a própria voz para que o anún cio salvífico chegue ao coração das pessoas leituras (Antigo Testamento, Novo Testamento e Evangelho) e a comu nidade responde, cantando o Salmo Responsorial, elevando suas súplicas ou agradecimentos, professando a fé. Temos também a homilia que apresenta a proposta de Deus e também a resposta da comunidade. Com razão, a Sacro sanctum Concilium e o Ordo Lectionum Missae (Elenco das Leituras da Missa) valorizaram as leituras bíblicas, o Salmo Responsorial, a Aclamação, a Homilia, o silêncio, a Profissão de Fé e a Oração dos Fiéis (cf. SC, nº 51-53, e OLM, nº 11-31).

A DIMENSÃO SIMBÓLICO-SACRA MENTAL DA PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

O leitor ou a leitora, ao proclamar a Palavra de Deus na Celebração Litúrgica, está realizando um gesto simbólico-sa cramental. É o próprio “Cristo que fala quando se leem as Sagradas Escrituras na Igreja” (SC, nº 7). Para fazer experiência da Salvação que a palavra anuncia e realiza,

a Liturgia se serve de sinais sensíveis (cf. idem).

Os sinais sensíveis evocam, revelam e manifestam a “outra realidade” (o mistério da nossa Salvação que tem como centro e fundamento o Mistério Pascal de Cristo). Mais ainda, os sinais sensíveis realizam o que significam. A significação não acon tece automaticamente, mas depende da preparação dos leitores, da assembleia litúrgica, do lugar da Proclamação da Pa lavra, ou seja, dos sinais sensíveis.

OS MINISTROS E MINISTRAS DA LITURGIA DA PALAVRA

São diversos os ministros e ministras que se colocam a serviço do Senhor e da assembleia litúrgica para a proclamação da Palavra de Deus. Os leitores e leito ras assumem um verdadeiro ministério litúrgico (cf. SC, nº 29). Proclamam a Pa lavra do Senhor, são servidores de Jesus Cristo, emprestam a própria voz para que o anúncio salvífico chegue ao coração das pessoas. Para isso, é importante a preparação dos mesmos: “O que mais contribui para uma adequada comuni cação da palavra de Deus à assembleia por meio das leituras é a própria maneira de proclamar dos leitores, que devem fazê-lo em voz alta e clara, tendo conhe cimento do que leem” (OLM, nº 14).

Daí exige-se dos que proclamam as leituras “uma preparação em primeiro lugar espiritual, mas é necessária tam bém uma preparação técnica. A prepa ração espiritual supõe pelo menos dupla instrução: bíblica e litúrgica. A instrução bíblica deve encaminhar-se no sentido de que os leitores possam compreen der as leituras em seu contexto próprio e entender à luz da fé o núcleo central da mensagem revelada. A instrução litúrgica deve facilitar aos leitores certa percepção do sentido e da estrutura da Liturgia da Palavra e a relação com a Li turgia Eucarística. A preparação técnica deve capacitar os leitores para que se tornem sempre mais aptos na arte de ler diante do povo, seja de viva voz, seja com a ajuda de instrumentos modernos

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Liturgia

para a ampliação da voz” (OLM, nº 55).

O diácono é o ministro que tem a função de proclamar o Evangelho, ponto alto da Liturgia da Palavra (cf. OLM, nº 13,17) e também fazer de vez em quando a homilia (cf. OLM, nº 50).

O salmista entoa o Salmo que é Pala vra de Deus cantada. Este deve ser “do tado da arte de salmodiar e de uma boa pronúncia e dicção” (OLM, nº 56; IGMR, nº 102). Para este também é necessária formação bíblico-litúrgica, espiritual, musical e técnica.

O homiliasta, que na maioria das vezes é o presidente da celebração, ou eventu almente um outro padre ou diácono (cf. OLM, nº 38, 41, 50; IGMR, nº 66), faz a homilia de tal forma que o povo compre enda saborosamente a Palavra de Deus e possa ligar textos sagrados à realidade na qual vivemos e o mistério celebrado.

O(a) animador(a) introduz as leituras com palavras claras, sóbrias e concisas, ajudando a assembleia a estar atenta à escuta.

É importante a postura do corpo, o tom da voz, o olhar dos ministros e ministras da Palavra, a boa qualidade do som. Tudo deve preparado e realizado com verdadeira unção para que a Palavra de Deus seja proclamada dignamente e cumpra sua missão.

A ASSEMBLEIA OUVINTE DA PALAVRA

Deus quer dialogar com seu povo e transmitir sua palavra salvífica. A assembleia, animada pela fé, escuta atentamente a Palavra da Aliança, com o Ouvido do coração. Da escuta brota a resposta cheia de fé de um povo que quer sempre mais firmar a aliança com o Deus salvador.

A Palavra reúne, faz crescer e alimenta o povo de Deus (cf. OLM, nº 44; DV, nº 21). A Palavra é força de Salvação para os que creem. Cabe à assembleia escutar com disposição interior e exterior para que cresça na vida espiritual e na experi ência do mistério na celebração e na vida cotidiana (Cf. OLM, nº 44-48).

A MESA DA PALAVRA

A dignidade da Palavra de Deus re quer um lugar digno da proclamação dos tesouros bíblicos (cf. OLM, nº 32; IGMR, nº 309). É chamado de ambão, ou seja, lugar elevado ou mesa da Palavra. A mesa onde os fiéis se alimentam da

“A Palavra é força de Salvação para os que creem. Cabe à assembleia escutar com disposição interior e exterior para que cresça na vida es piritual e na experiência do mistério na celebração e na vida cotidiana”. (Cf. OLM, nº 44-48)

Palavra deve ter uma estrutura estável. É importante uma íntima proporção entre as duas mesas: palavra e eucaristia (cf. OLM, nº 32; IGMR, nº 309).

Da mesa da Palavra se proclamam as leituras (Antigo Testamento, Novo Testa mento e Evangelho), o salmo, o precônio pascal, a oração dos fiéis e a homilia, a qual também pode ser feita da cadeira do presidente (cf. OLM, nº 33, IGMR, nº 309).

carregam o evangeliário em procissão, incensam e beijam o livro. Olham a assembleia com um olhar amoroso e escutam a resposta da assembleia. Os gestos, as atitudes nos ligam ao Mistério Pascal de Jesus Cristo.

A REFORMA DOS LECIONÁRIOS

O Concílio estabeleceu um critério para a reforma dos lecionários: “Com a finalidade de mais ricamente preparar a mesa da Palavra de Deus para os fiéis, os tesouros bíblicos sejam mais largamente abertos, de tal forma que dentro de um ciclo de tempo estabelecido se leiam ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura” (SC, nº 51).

De olho nesse princípio e nas orienta ções do Concílio, o “Consilium”, Conselho para execução da Constituição de Litur gia, com a ajuda de peritos, organizou o lecionário que teve sua primeira publica ção em 1969 e revisão em 1981.

OS LIVROS

Os lecionários e o evangeliário “lem bram aos fiéis a presença de Deus que fala a seu povo. Portanto, é preciso procurar que estes, que são sinais e símbolos das realidades do alto na ação litúrgica, sejam verdadeiramente dignos, decorosos e belos” (OLM, nº 35). Pela importância que o Evangelho ocupa na Liturgia da Palavra, o livro dos evange lhos requer mais veneração: é levado em procissão (IGMR, nº 194) e incensado (cf. IGMR, nº 133-134).

OS GESTOS E ATITUDES DO CORPO NA PROCLAMAÇÃO E ESCUTA DA PALAVRA

Na Liturgia da Palavra numa atitude de discípulos, ouvimos, falamos, cantamos, sentimos o cheiro do incenso, vemos o leitor, a procissão com o evangeliário, tocamos o livro, fazemos silêncio.

Como assembleia de fé, ficamos de pé ao escutar o Evangelho, ficamos sentados para ouvir as leituras e responder à Palavra de Deus com o Salmo Responsorial.

Os ministros, conforme a função que lhes cabe, proclamam a Palavra de pé,

Dessa maneira, nas diversas celebra ções litúrgicas, a comunidade, reunida para celebrar, recebe os múltiplos te souros da única Palavra de Deus, seja no decorrer do ano litúrgico em que se recorda o mistério de Cristo em seu desenvolvimento anual, semanal e diá rio, como também nas celebrações dos sacramentos e sacramentais (Cf. Ordo Lectionum Missae, nº 3).

Temos então um elenco de leituras bíblicas para os domingos (ano A, B e C), para as celebrações dos sacramentos e sacramentais, para as celebrações euca rísticas semanais (ano par e ano ímpar) e para as celebrações dos santos.

Bom seria se as assembleias litúrgicas valorizassem o livro (lecionário) como sinal celebrativo: “Os livros das leitu ras que se utilizam na celebração, pela dignidade que a Palavra de Deus exige, não devem ser substituídos por outros subsídios pastorais, por exemplo, pelos folhetos, que se fazem para que os fiéis preparem as leituras ou as meditem pessoalmente” (OLM, nº 37).

Na próxima edição concluímos nossa reflexão.

Ir. Veronice Fernandes

Pias Discípulas do Divino Mes tre. Coordenadora atual do Centro de Liturgia D. Clemente Isnard e Mestra em Liturgia. Artigo publicado na Revista de Liturgia, São Paulo, nº 179, 2003, p.4-9 e tam bém no Site da CNBB, Liturgia em mutirão.

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Os livros são sinais e símbolos das realidades do alto na ação litúrgica

Juventude, coragem, amor e esperança

Ao pensar sobre a temática juven tude, me remete à mente uma frase de composição do cantor e grande compositor brasileiro Belchior, que diz: “Amar é mudar as coisas, me interessa mais”.

É pensando nessa frase que vejo a juventude como sendo a base para as mudanças sociais, mudanças essas em prol de um mundo melhor, uma socie dade melhor.

Esse papel é tão próprio de cada cidadão, mas é na juventude que pro jetamos a esperança da plantação de sementes, que floresçam, dado ao es pírito da juventude de amor e o desejo incessante de viver, e a coragem para lutar e a fé em dias melhores.

Talvez agora você leitor deva estar se perguntando: “Mas será que nossa juventude está encorajada e atuante nas questões que implicam nosso meio social”?

A resposta é sim. Nossa juventude ainda é essa fonte de esperança e tem a sede por atuar e liderar as mudanças, e talvez o que esteja limitando esse alcan

“Nossa juventude ainda é fonte de esperança e tem a sede por atuar e liderar as mudanças, e talvez o que esteja limitando esse alcance de mais jovens em lideranças religiosas, e ocupando os espaços de voz, seja a falta de estímulos”.

ce de mais jovens em lideran ças religiosas, e ocupando os espaços de voz, seja a falta de estímulos. É necessário que exista cada vez mais redes de acolhimento que busquem esses jovens e mostrem a importância da juventude. Essa juventude é ampla e cada indivíduo tem as suas particularidades, seus sonhos e anseios e desejos de viver.

É com essa juventude que devemos ir em frente em bus ca de concretizar os sonhos e objetivos do Bem Comum.

Carregando consigo a fé e o amor, e se espalhando na ca minhada de Jesus Cristo que amou e buscou pelo justo e o certo, o nos so espelho para lidarmos com o outro é amar o próximo como a nós mesmos na prática do perdão e a empatia frente ao julgamento e a crítica, o cuida do com outro, a benevolência e as

práticas do bem.

Assim caminharemos e faremos a di ferença no nosso presente e em nosso futuro nas gerações posteriores.

É como o poema de Mário Quintana:

“DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas”!

Membro do grupo de jovens Jovens Pelegrinos (JP)

Paróquia São Francisco de Assis Toledo (PR)

Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 202250 Juventude
Juventude partilha suas necessidades em encontros de formação Alegria, disposição e esperança no rosto da juventude Juventude sempre atuante e disposta ao serviço do Reino Juventude repercute temas do seu cotidiano nos encontros
No La Salle Toledo, acreditamos que a educação é capaz de transformar vidas. Com nossos processos e espaços de aprendizagem, proporcionamos as melhores oportunidades para que o estudante construa o seu caminho para um futuro melhor. Esse é o nosso jeito, o jeito La Salle de educar. lasalle.edu.br/matriculas/toledo Conheça os diferenciais do nosso colégio: Matrículas abertas! • Programa Bilíngue • Dupla Certificação • Laboratório de Tecnologia e Inovação • Programa Socioemocional • Escola em Movimento Atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h. Rua Guarani, 2000, Jardim La Salle - Toledo/PR (45) 3252.1336 lasalletoledooficial lasalletoledooficial

Recolores: um meio de perseverar!

O sim dado a Cristo e ao plano de Deus tem sua chama acesa no Cursilho encontro, mas a manu tenção dessa brasa ardente no coração se dá pela perseveran ça. O Movimento de Cursilhos de Cristandade propõe diversas formas de perseverar e uma de las é o Recolores que, a partir de 2022, tornou-se Diocesano.

O Recolores tem sua dinâmica baseada no fortalecimento da perseverança cursilhista, focado na vivência do 4º Dia, sendo uma resposta à necessidade do fortalecimento da caminhada dos que perseveram e a busca dos que, por alguma razão, sentem -se à margem do caminho, pois propõe viver em comunidade, testemunhando, celebrando e reavaliando o “sim” dado a Cristo e à nossa Missão.

O 1º Recolores da Diocese de Toledo ficou sob a responsabili dade do Setor Palotina e foi co ordenado pelo Carlos Alberto Ro drigues. Estiveram reunidos 106 Cursilhistas, entre equipe de ser viço e participantes, nos dias 6 e 7 de agosto de 2022, na Casa de Formação São Vicente Pallotti, no Santuário de Nossa Senhora da Salette em Palotina, para uma experiência de Reencontro con sigo mesmo, com Cristo e com a comunidade. O objetivo principal

foi o fortalecimento do tripé do cristão comprometido (oração, formação e ação). “Um verdadei ro ‘Caminhar Juntos’ na estrada que nos leva a Deus (Salvação), através de Jesus Cristo que nos ensinou que ‘ninguém vai ao Pai senão por Ele’”, salienta.

Rodrigues reforça que, basea do no seguimento a Jesus Cristo, os participantes fizeram uma parada de 24 horas para o olhar sobre si mesmo, um momento que proporciona rever e encon

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Cursilho Participe! DATA ATIVIDADE LOCAL 4/10 Escola Vivencial Diocesana Assis Chateaubriand 8/10 Escola Vivencial Diocesana – Jovem Marechal Cândido Rondon 13 a 16/10 96º Cursilho Masculino Palotina 20 a 23/10 96º Cursilho Feminino Palotina Participantes do 1º Recolores Diocesano realizado em Palotina

trar um sentido para sua vida, e assim mudar o rumo da sua his tória caso não esteja coerente à luz do Evangelho. “Esta mudança será possível pela observância na espiritualidade e vivência da fé, na graça abundante derramada por Deus àqueles que a buscam na oração (‘batei e vos será aberto’ – cf. Mt 7,7), para assim, comprometidos com o Reino de Amor (Plano de Deus), serem cristãos comprometidos pela vivência, amizade e testemunho, promovendo as mudanças neces sárias na família, no trabalho, na sociedade, onde todos somos irmãos (Fratelli Tutti). O resultado desse encontro foi uma plenária de Cursilhistas fortalecidos na fé e comprometidos com a missão no 4º Dia, na Igreja e com o Movi mento de Cursilhos de Cristanda

“Participar do Recolores significa estar aberto à perseverança da ca minhada, fortalecimento do tripé do cristão comprometido e da missão de batizados”.

de para a realização de ações que transformem a vida de irmãos à margem do caminho”, comenta.

No Livro Ideias Fundamentais, do MCC, a definição de pós-cur silho funde-se com a essência do Recolores: “No pós-cursilho incluem-se muitas atividades e muitas possibilidades, tanto em nível pessoal como comunitário” (nº 286). Assim, esse meio de perseverança vem ao encontro do que é pedido pelo nosso Papa Francisco: “Precisamos de leigos bem formados, animados pela fé cristã, que ‘sujem suas mãos’ e não tenham medo de errar, mas que prossigam adiante. Precisa

mos de leigos com visão do fu turo e não fechados nas peque nezas da vida, mas experientes e com novas visões apostólicas” (Discurso do Papa Francisco aos participantes na Assembleia Ple nária do Pontifício Conselho para os Leigos, junho 2016).

Participar do Recolores signi fica estar aberto à perseverança da caminhada, fortalecimento do tripé do cristão comprometido e da missão de batizados.

O segundo Recolores Diocesa no acontecerá em 2023. Sinta-se, desde já, convidado a participar. Shalom. Decolores. Viva a vida!

Josiane Bucalão, Giani

Verdi, Rafael Hirata, Marcos Hawerroth

Cursilhistas da Diocese de Toledo

Cursilho

O que podemos aprender com a história vocacional de Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha nasceu na França, em Alençon, aos 2 de janeiro de 1873, filha caçula de Zélia e Luís Martin, que hoje também já foram declarados San tos pela Igreja. Recém -nascida, acabou enfren tando sérios problemas de saúde, devido a uma disenteria, o que era co mum na época, algo que acabou causando a morte de alguns de seus irmãos.

O tempo passou e logo recuperou sua saúde. Foi levada de volta para a fa mília onde recebeu uma ótima educação cristã e em seu lar aprendeu a cultivar e viver em espírito de pobreza e desapego, embora sua família tivesse boas condições financei ras. Assim, a pequena Teresinha, desde cedo, passou a desenvolver uma grande espiritualidade.

Teresinha estava sem pre alegre e disposta, mas isso muda quando recebe a triste notícia da morte de sua querida mãe, em vir tude do câncer. Teresinha tinha apenas quatro anos de idade, sendo que esta experiência traumática marcou o início de uma fase ruim em sua vida. Órfã de mãe, ela acaba escolhendo sua irmã Pauli na para lhe cuidar, esta exerceu uma influência muito grande em sua vida.

O pai, preocupado com a educação de suas filhas, se muda para Lisieux com sua família, onde morava o irmão de Santa Zélia, que se colocou à dis posição para auxiliar com a educação das meninas.

Este período foi muito difícil, sobre tudo a partir dos oito anos, pois Te

resinha teve que ingressar no colégio da Abadia. Já que era mais adiantada que as outras crianças que tinham sua idade, foi colocada numa classe de alunas mais velhas, onde frequente mente, por ser sempre a primeira da classe, acabava sofrendo com a inveja das outras colegas.

A pobrezinha, tímida e delicada, não conseguia se defender e também não reclamava do que lhe faziam. Pelo contrário, se contentava em chorar e

sofrer, sem se queixar de nada, pois sua alegria es tava em voltar à sua casa, a cada tarde.

Quando tinha seus nove anos, passou por um se gundo trauma: ouviu sua segunda mãe, Paulina, contar à Maria, sua irmã mais velha, sobre o ingres so no Carmelo. A pequena não compreendia o que era um Carmelo, mas sabia que sua segunda mãe iria deixá-la. Sabendo então que a “perderia”, a peque na Teresinha ficou muito triste. Logo após o ingres so de sua irmã no Carmelo, foi acometida por uma doença desconhecida, que se desenvolveu, muito provavelmente, por conta de seus sofrimentos.

Teresinha atribui todo este sofrimento a uma tempestade passional em que a providência divi na se utilizou como um grande instrumento de purificação, ao que São João da Cruz se referia como a “noite escura dos sentidos”, através da qual Deus operou um grande e doloroso processo de transformação naquela pequena menina. Quando estava no momento mais crítico, foi levada até ela uma imagem de Nossa Senhora e quando ela olhou para a imagem teve a impressão de que Nos sa Senhora estava sorrindo, e assim ficou curada.

Passado este momento em sua vida, Teresinha, inspirada e motivada pela história vocacional de suas irmãs, também sentiu que deveria se tornar carmelita. Entretanto, quando tomou esta decisão, que foi apoiada pelo seu

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pai, ela tinha apenas 14 anos e a idade canônica para ingresso, na época, era de 24. Assim, a pequena não tinha a idade correta para entrar no Carmelo, mas seu pai teve a ideia de levá-la para conversar com o bispo e assim ele autorizar a sua entrada.

Apesar da atitude sincera de Tere sinha, ela não obteve a autorização. Contudo, isto não a abalou. Terezinha, decidida e sentindo que seu caminho deveria ser o da vocação religiosa, superou esta dificuldade e decidiu ir falar com o Papa. Mas ele, também, disse à pequena Teresa que deveria obedecer a seu bispo.

Diante da frustração, acaba fican do triste, mas um tempo depois ela recebe uma carta, em que dizia que poderia entrar no Carmelo quando tivesse 15 anos. Assim, esperou ape nas um ano e assim conseguiu fazer seu ingresso.

Minha história vocacional

Sou Vinicius Eduardo dos Santos Soares, tenho 20 anos e pertenço à comunidade da Paróquia Sagrada Família, em Toledo. Minha cami nhada começou em 2019, quando ingressei no Seminário São Cura d’Ars, em Quatros Pontes, cursando o ensino médio. Atualmente, estou na etapa do Discipulado junto à co munidade do Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, cursando o 3º ano da Faculdade de Licenciatura em Filosofia, na Unioeste.

Foi com minha família que co mecei a dar os primeiros passos vocacionais, pois eles, desde cedo, me educaram na fé. Pude aprender o valor das orações e a importância da participação nas celebrações, de modo que assim fui crescendo espiritualmente.

“Santa Teresinha percebe que não somos nós que amamos Deus por primeiro, mas sim Ele que nos ama primeiramente, fazendo com que ela se fizesse pequena diante do Pai e se abandonasse em seus braços”.

No ambiente religioso, ela tentou descobrir seu caminho de santidade e o encontrou na pequena via, que consistia em que ela deveria ser o amor no coração da Igreja: se a Igreja é como o corpo, ela deveria ter um coração com amor, para assim ser santa de verdade.

A pequena via se fundamentou em um olhar para si e para os grandes Santos, e perceber que Teresinha era apenas uma pequena alma. Ela se comparava como pó e os grandes santos como montanhas, mas con fiava que o seu elevador, aquele que lhe ajudaria a caminhar na santidade, seria Jesus. Estando em seus braços, faz o propósito de realizar os seus deveres mais comuns com imenso amor, acreditando que o que santifica não é a dificuldade da obra, mas a intensidade do amor com que a fazia.

Isto nos ensina que o amor perfeito é um amor misericordioso que ama aquele que, aos olhos humanos, não merece ser amado. E esse amor abso luto só pode vir de Deus que os ama

O grupo de jovens da minha paró quia de origem também me auxiliou neste processo de despertar voca cional, pois foi ali que comecei a me abrir mais, fazendo novas amizades e experiências mais concretas de encontro com o Cristo.

Diante da participação ativa na Igreja, fui convidado por um amigo, que na época participava da Pas toral Vocacional, para conhecer o Seminário. Como muitos, de início não estava querendo ir, mas depois de pensar melhor, decidi conhecer e não me arrependi, pois gostei muito das brincadeiras e conversas que tive nesse dia, fazendo com que, ao chegar em casa, sentisse uma felicidade muito grande e uma vontade de retornar, o que fiz

de uma forma perfeita. Ela percebe que não somos nós que amamos Deus por primeiro, mas sim Ele que nos ama primeiramente, fazendo com que ela se fizesse pequena diante do Pai e se abandonasse em seus braços.

Aos 24 anos, Terezinha acaba ficando doente e falece. Poucos minutos antes de morrer diz: “Não morro, mas entro para a vida” e “Não vou descan sar no céu, mas passarei o meu céu fazendo o bem sobre a terra” e “Farei

quando fui convidado para fazer um acompanhamento mais individual no Pré-seminário.

Mas, como nem tudo são flores, eu tinha alguns medos de ingressar. Então comecei a rezar, e o tempo foi passando e estava chegando a hora de dizer sim ou não. Um pouco an tes de dar a resposta, fiz uma vigem para São Paulo para participar do En contro Nacional da Juventude e tive uma experiência com Deus muito marcante e, diante deste encontro, decidi dizer meu sim a Deus. Voltei para casa e disse para minha família que entraria no Seminário para fazer uma experiência e a cada passo que eu dava a minha fé aumentava, e hoje sigo firme em minha vocação.

cair uma chuva de rosas”.

Santa Teresinha, Doutora da Igreja e padroeira das Missões, nos deixa o legado de fazer as pequenas coisas do nosso cotidiano com amor. Na simpli cidade do nosso dia, nas pequenas coisas, fazer tudo com imenso amor e lembrar sempre de que é Deus que nos ama por primeiro, e para escalar a montanha da santidade devemos nos fazer pequenos diante d’Ele e se entregar em seus braços de amor.

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Serviço à vida: caminho de fecundidade!

No mês de outu bro celebra-se a Se mana Nacional da Vida, que neste ano reflete o tema “Serviço à vida: caminho de fecundidade!”, tendo como objetivo fun damental recordar a todos nós cristãos que a vida é o bem essencial de todo ser humano, e que é um dever de todos defendê-la em to dos os seus aspec tos. Lembra-nos o Catecismo da Igreja Católica que “a vida humana deve ser res peitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconheci dos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida” (nº 2270). Este ensinamento da Igreja encontra-se fundamentado na passagem bíblica de Jeremias que “antes mesmo de nos formarmos no ventre materno, Deus já nos conheceu; antes que saíssemos do seio de nossa mãe, Ele nos consagrou” (Jr 1,5).

Segundo Adolf Rudnicki, “vi vemos num mundo ameaçado, e neste mundo o único valor autêntico que nos resta é a vida, nada mais que a vida”. Ninguém

mais do que a Igreja leva tão a sério esta constatação, por isso, em todos os seus documentos ela sempre defendeu a inviolabilidade da vida humana, colocando-se sempre a serviço dela, ressal tando que a vida é um direito inviolável de todas as pessoas. Em seu artigo nº 2271, o Catecismo da Igreja nos recorda “a maldade moral de todo aborto provocado”. Este ensinamento não mudou, pelo contrário, continua cada vez mais necessário e urgente diante das numerosas investidas das forças contrárias à vida indefe sa. Continua o ensinamento do

Catecismo da Igreja dizendo que “Deus, Senhor da vida, confiou aos homens o nobre encargo de preservar a vida, para ser exercido de maneira condigna ao homem”. Por isso a vida deve ser protegida com o máximo de cuidado desde a concepção.

Em seu ensinamento a Igreja destaca que o amor conjugal é o fundamento do Sacramento do Matrimônio, pelo qual os esposos comungam com Jesus, são abertos à transmissão da vida e tem o respeito pela vida humana e um pelo outro. Quando a Igreja nos ensina que uma das missões do

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Familiar
Semana Nacional acentua a proteção em todas as fases da vida SEMANA NACIONAL DA VIDA

casal cristão é gerar novas vidas, ela destaca que este é um proje to que vai muito além de colocar novas vidas no mundo.

A missão é gerar e preservar a vida, em todas as circunstâncias. Isso nos leva a refletir que a vida humana não é fruto do acaso, mas fruto do amor vivido entre os esposos. Em seu amor, Nosso Senhor compartilha com o casal o dom da geração e da preservação da vida. Esta é a verdade maior que deve ser defendida com força e coragem diante de um mundo que, cada vez mais, tende a vender a ideia do descar te à vida humana em função do conforto e do lazer, chegando a pregar o filho como um peso fi nanceiro, emocional e temporal, que atrapalha a vida conjugal, o

“Em seu amor, Nosso Senhor compartilha com o casal o dom da geração e da preservação da vida. Esta é a verdade maior que deve ser defendida com força e cora gem diante de um mundo que, cada vez mais, tende a vender a ideia do descarte à vida humana”.

progresso social e profissional dos pais (cf. Subsídio “Hora da Família”, p. 46-47).

Concluindo, ainda temos o 5º Mandamento da Lei de Deus, que se refere ao não matar, e quando não protegemos a vida, estamos também não seguindo um dos mandamentos enviados por Deus a nós. E no livro do Gênesis está escrito: “Deus os abençoou e lhes ordenou: sede férteis e multipli cai-vos” (Gn 1,28). E assim em

várias outras passagens podemos encontrar Deus ordenando multi plicai-vos e sede fecundos.

Com isso podemos perceber que Deus em seu projeto ordena a nós que participemos deste, defendendo a vida e também gerando vidas e acolhendo estas vidas no seio de uma família, transmitindo a fé a estes filhos de Deus para que essas crianças se tornem verdadeiros discípulos de Deus com o mesmo pensa mento de defender a vida, como nos ensina a Bíblia sagrada e os documentos da Igreja, um deles o Catecismo.

Fabiano Aparecido de Figueiredo e Andréa Aparecida Ferreira

Coordenadores diocesa nos do Setor Pré-matrimonial

Familiar
Referências: Subsídio Hora Da Família 2022; Catecismo da Igreja Católica, Ed. Loyola, 2011; Bíblia Sagrada Ave Maria, 189ª edição, Ed. Ave Maria, 2009.

Sicredi é destaque no anuário Valor 1000

O Sicredi, institui ção financeira coope rativa com mais de 6 milhões de associados e presença em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, está classificada, mais uma vez, no Valor 1000, anuário organizado pelo Valor Econômico, con siderado um dos mais importantes rankings do Brasil em termos de avaliação de empresas. A instituição conquistou a 8ª posição na catego ria “100 Maiores Ban cos”, uma colocação acima em relação ao ano passado.

Instituição financeira cooperativa teve uma importante classificação no ranking que avalia o desempenho das empresas no Brasil de acordo com as suas categorias de atividades

Entre os destaques, o Sicredi também ficou em 4º lugar como o Mais Rentável sobre o Patri mônio entre os 20 maiores bancos, em 6º como Maior em Depósitos Totais e na 7ª posição como Maior em Operações de Crédito. Também ocupou o 8º lugar nas categorias de Maior em Patrimônio Líquido, Maior em Receita de Intermediação, Maior com Melhores Resultados Operacio nais sem Equivalência Patrimonial e Maior em Lucro Líquido.

O ranking do Valor 1000 é idea lizado pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Var gas (EAESP/FGV) em parceria com a Serasa Experian. O anuário está em sua 22ª edição e apresenta infor mações sobre as maiores empresas

do Brasil por setor de atuação, por meio de demonstrações financeiras consolidadas, faturamento bruto e outros itens estratégicos de gestão e negócios, retirados dos balanços ou informados pelas próprias com panhias ou instituições. Neste ano, 1.069 empresas participaram das análises.

“O avanço na posição desse rele vante e criterioso ranking reflete o comprometimento das cooperativas que compõem o Sicredi com a vida financeira dos seus associados e com as regiões onde atuam. Nosso cres cimento em números expresso no anuário significa mais capacidade de apoiar a prosperidade das pessoas por meio do diferencial do nosso modelo

de atuação”, diz César Bochi, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi

SOBRE O SICREDI

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprome tida com o crescimento de seus as sociados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos mais de 6 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 2.300 agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando mais de 300 produtos e serviços financeiros.

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Comércio regional já se movimenta para campanhas de Natal

A movimentação comercial em vista das vendas de final de ano ganha ritmo mais forte com as associações de classe que representam os empresários lan çando suas respectivas campanhas de vendas de Natal de maneira antecipada e com grandes expectativas.

Em Toledo, o lançamento integra a 3ª e última fase da Promoção “Um Ano Inteiro de Prêmios”. Será durante a palestra moti vacional de vendas com o título “O poder é seu”, no dia 18 deste mês de outubro, às 19h30, no Teatro Municipal.

A palestra, voltada para lojistas e vendedores será conduzida pelo ilusio nista e hipnólogo, Rafael Baltresca. Os participantes do evento, que é exclusivo para empresas que fazem parte do Fundo de Promoções, conhecerão técnicas de protagonismo, inovação, automotiva ção, gestão de mudanças, bem como, técnicas de vendas e atendimento de alto impacto usando a hipnose como fator de memorização.

Este ano, a Associação Comercial e Em presarial (Acit) celebra seus 55 anos e vem realizado desde abril a série de sorteios de prêmios, que vão desde vales-compras até automóveis zero quilômetro.

Praticamente nos mesmos moldes, a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Palotina (Acipa), realiza a campanha de vendas anual, com ênfase nos últimos meses do ano para a “Etapa Natal” que vai sortear entre os consumi

dores participantes da promoção um automóvel e uma motocicleta zero quilômetro, além de vales -compra. O sorteio final será no dia 6 de janeiro do ano que vem.

Por sua vez, a Associação Co mercial e Empresarial de Mare chal Cândido Rondon (Acimacar) encerra no dia 28 deste mês de outubro, o prazo para adesão das empresas que queiram par ticipar da Campanha de Natal. A campanha “Natal Premiado

2022” distribuirá R$ 100 mil em vales -compra para 240 consumidores que realizarem compras nas empresas par ticipantes. Está é a maior campanha promocional realiza da anualmente pela entidade e a inicia tiva é uma grande oportunidade para as empresas ron donenses fomen tarem suas vendas, já que o valor dos prêmios poderá ser trocado somente nas empresas que participarem da campanha, permitindo o fortalecimento e giro da economia local. Os sorteios serão nos dias 13 e 27 de dezembro. “Assim como nas edi ções anteriores, os empresários, tem a chance de presentear seus clientes com os vales-compra, além de ajudar a fortalecer nossa economia”, expõe a vi ce-presidente do Comércio da Acimacar, Geovana da Silva Krause.

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Um dos grandes atrativos do comércio é a Casa do Papai Noel em Toledo Fotos: Divulgação/Acit Cantatas natalinas com participação dos corais, dentre eles do Coral Cristo Rei, se tornam atrações ao público Em Toledo, além dos prêmios acontece a decoração da cidade

Desemprego e informalidade são maiores entre as pessoas com deficiência

As pessoas com deficiência estão menos presentes no mercado de trabalho, em relação àquelas que não têm deficiência. Em 2019, a taxa de participação para pessoas com deficiência (28,3%) era menos da metade do que entre as pessoas sem deficiência (66,3%). Esse indicador mede a proporção de ocupa dos e de desocupados entre as pes soas com 14 anos ou mais de idade. Os dados são da publicação Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal fonte do estudo é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, publicada em agosto do ano passado.

“A taxa de participação é o indi cador que mede o engajamento no mercado de trabalho, ou seja, se as pessoas estavam procurando em prego ou estavam ocupadas. Essa taxa é menor para pessoas sem deficiência em todos os grupos de idade e a diferença maior está entre as pessoas de 30 a 49 anos”, destaca Leonardo Athias, analista do IBGE. As pessoas com deficiência dessa faixa etária tinham uma taxa de participação de 52,6%, enquanto para as pessoas sem deficiência, era de 84,5%, uma diferença de 31,9 pontos percentuais.

“Além de a taxa de participação das pessoas com deficiência ser bem menor do que a de pessoas sem deficiência, elas têm uma taxa de desocupação maior, que indica uma maior dificuldade em conseguir emprego. Isso pode ser causado por falta de acessibilidade da sua casa até o trabalho, no trabalho, ou pelo

Vínculo formal

A taxa de formalização indica a forma de inserção no mercado de trabalho, ou seja, se os trabalhadores estão em ocu pações formais ou informais. Enquanto mais da metade (50,9%) das pessoas sem deficiência ocupadas estava empregada em postos formais, esse indicador era de 34,3% entre aqueles com deficiência. As pessoas com mais de uma deficiência ti veram um percentual ainda menor: 27,3%. “Há dificuldades em entrar no mercado de trabalho, e quando elas conseguem, essa vaga é proporcionalmente mais informal, de pior qualidade e com menos direitos. Também existem diferenças entre os tipos de deficiência. No caso das pessoas com deficiência mental, a inserção no mercado de trabalho é ainda mais difícil”, ressalta o pesquisador.

Em 2019, as pessoas com deficiência re cebiam, em média, R$ 1.639 mensais como rendimento do trabalho. Isso representa cerca de dois terços dos rendimentos das pessoas sem deficiência, que recebiam uma média de R$ 2.619 por mês naquele ano.

capacitismo, como é chamado o preconceito contra pessoas com deficiência”, diz Leonardo.

Já a taxa de desocupação era maior para pessoas com defi ciência (10,3%) do que para as pessoas sem deficiência (9,0%). Esse indicador era de 25,9% en tre as pessoas com deficiência de 14 a 29 anos de idade e de 18,1% para as pessoas sem de ficiência da mesma faixa etária. Para os idosos com deficiência, a desocupação era de 5,1% ante 2,6% para os idosos sem deficiência.

Os recortes de sexo e cor ou raça apontam para outras dispa ridades. A taxa de desocupação era de 12,6% entre as mulheres brancas com deficiência e de 8,3% entre as sem deficiência. Esse indicador era maior (13,4%) para as mulheres pardas ou pretas com ou sem deficiência.

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A pessoa com deficiência e o seu acesso ao mercado de trabalho
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Medicina forma primeira turma do Campus Toledo

A Universidade Federal do Paraná realizou a formatura da primeira turma do curso de Medicina do campus Toledo no dia 16 de setembro último. A colação de grau dos 28 novos médicos aconte ceu no Teatro Municipal de Toledo, sob clima de alegria para os formandos e muita emoção de seus familiares que partilharam da dedicação nos estudos e empenho para se tornarem novos pro fissionais médicos.

A solenidade foi conduzida pelo reitor Ricardo Marcelo Fonseca, com partici pação da vice-reitora Graciela Bolzón de Muniz, a diretora do campus UFPR Toledo, professora Cristina Rodrigues, a coordenadora do curso, professora Pri ma Lezcano. Foram convidados especiais o reitor da gestão 2008-2016, Zaki Akel Sobrinho, e o presidente da comissão de implantação do curso, professor Rogério Mulinari, que se dedicaram intensamente com autoridades políticas e lideranças empresariais para a implantação do curso. Entre os convidados de honra estavam os empresários Carmem e Luiz Donaduzzi, que doaram o prédio que abriga o campus, inaugurado em 2018.

“É uma satisfação participar da primeira formatura do nosso campus Toledo. Estes são os primeiros alunos que cursaram e se formaram aqui. Um projeto inovador, com ênfase na qualidade de ensino, pesquisa e extensão. Nossos técnicos e

Formandos da 1ª turma de Medicina em Toledo professores também estão de parabéns nesta ocasião, pois é uma conquista co letiva da UFPR. Algo que mostra que esse nosso campus veio para ficar e ajudar a transformar vidas, não apenas de nossos alunos, mas também da cidade de Tole do”, destacou o reitor Ricardo Marcelo.

A diretora Cristina ressaltou que a colação de grau marca a conclusão da implementação deste importante proje to de expansão e interiorização da UFPR. “Tivemos muitos desafios durante todos esses anos, mas com o apoio dos alunos, dos servidores, da administração central

A implantação do curso

Para implantação do segundo curso de Medicina da instituição, a UFPR ade riu ao Programa de Expansão do Ensino Médico do Ministério da Educação, em 2013. Após avaliações, o município de Toledo foi escolhido, em função do sistema de saúde e localização estra tégica. O Campus da UFPR foi criado em 2014, com a doação de área pelo município.

As atividades do curso começaram em março de 2016. A instalação cedida inicialmente pela cidade, na Secretaria

Municipal de Educação, era capaz de acolher até 120 estudantes, com plano de ocupação por dois anos.

A nova sede do campus Toledo, com estrutura ampla e moderna para aten der o curso de Medicina, foi inaugurada em março de 2018. O projeto foi de senvolvido por técnicos e professores da UFPR, levando em conta as especi ficidades dos cursos da área da saúde.

Atualmente, há 349 alunos matricu lados no campus, totalizando 13 turmas de Medicina.

da UFPR e também das instituições de saúde de Toledo e região, conseguimos atingir este grande feito”, disse. “Entre gamos para a sociedade 28 médicos com formação de excelência, formados pela centenária Universidade Federal do Paraná”, completou.

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Fotos: Leandro Santana/Campus Toledo Colação de grau é coroamento da dedicação de anos de estudos Natan Weizemann é nascido em Toledo e médico formado pelo campus da UFPR instalado no município

Sebrae defende inovação como caminho para empregos mais qualificados

Uma análise feita pelo Sebrae a partir de dados do Ministério da Economia mostra que 38% das 25 mil empresas brasileiras que exportam são pequenos negócios. Apesar de uma participação numericamente significativa, essas em presas respondem por menos de 1% do total de valores negociados pelo país. A explicação por trás desses dados é que mais de 60% das exportações de bens industriais das Micro e Pequenas Empre sas (MPE) concentram-se em produtos de baixa tecnologia agregada ou itens não industrializados.

Para aumentar a participação dos pequenos negócios brasileiros na pauta das exportações, o País precisa investir na cultura da exportação, criação de novas empresas de base tecnológica e no estí mulo à inovação dos pequenos negócios a fim de aumentar sua competitividade e produtividade a níveis internacionais. Isso permitirá o surgimento de mais e melho res empresas, empregos mais qualifica dos e com maior remuneração, além de uma elevação do PIB e das exportações, melhorando a renda e a qualidade de vida da população.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, inovar não é mais uma questão de

escolha, mas um pré-requisito para a sobrevivência de pequenas em presas. “Empresas que inovam cres cem mais, man têm-se alinhadas às novas tecnolo gias e tendências, reduzem custos, aumentam a pro dutividade, otimi zam processos, melhoram a rela ção com clientes, entre outros avan ços”, acrescenta.

Empresas que utilizam a inovação a favor da sustentabilidade ganham em eficiência, reduzem custos e se tornam muito mais competitivas

Ainda segundo o presidente do Sebrae, é importante lembrar que, atualmente, a inovação e a sustentabilidade devem sempre caminhar juntas. “Não tem como pensar em inovação sem levar em conta os seus impactos ambientais, sociais e econômicos. Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a situ ação do nosso planeta e, consequente mente, atentos ao que as organizações têm feito e desenvolvido para se tornarem mais sustentáveis”, destaca.

Novidades para o agronegócio

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Toledo já conta com um ambiente chamado de Habitat Senai Agro, que pretende desenvolver soluções para as necessidades das empresas, cooperativas e produtores rurais. A nova estrutura quer conectar as demandas do campo com as ideias inovadoras das star tups junto ao ecossistema formado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em três grandes regiões que englobam a capital Curitiba, Londrina (Norte) e Toledo (Oeste). O início das operações em Tole do é apoiado por sete cooperativas que atuam na industrialização sobretudo da pecuária regional.

O Sebrae tem algumas propostas para dinamizar os pequenos negócios, dentre as quais que o governo compatibilize portarias, instruções normativas do poder executivo com a legislação do Simples Nacional, bem como o apoio a incuba doras e aceleradoras de empresas com foco em ciência, tecnologia e inovação. Incentivar também a criação de condomí nios empresariais e parques tecnológicos no país é outro caminho apontado como necessário para os negócios.

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Presidente da Fiep, Carlos Valter, apresenta projeto para Toledo

Sicoob Meridional atinge marca de 70 mil cooperados

O Sicoob Merional atingiu recentemente o importante número de 70 mil cooperados e supera a marca de R$ 1,5 bilhão de ativos financeiros administrados. Nascida em Toledo/PR, em 2003, a coope rativa Sicoob Meridional está presente em três estados do Brasil, somando 29 agências e quase 300 colaboradores.

Para a presidente do Sicoob Meridional, Solange Martins, a marca de 70 mil cooperados é muito significativa. “Esse número representa trabalho e confiança ao longo dos nossos quase 20 anos. Muitas pessoas impactadas e que acreditam na força do Sicoob, só reforça nossa responsabilidade com as comunidades onde esta mos inseridos”, menciona.

Já o superintende do Si coob Meridional, Gilberto Albarello, ressalta que esse número só é possível graças a transparência e confiança trabalhada ao longo dos anos. “Estamos muito orgulhosos em ter conosco 70 mil pes soas que acreditam na nossa cooperativa. Isso representa a confiança dos nossos as sociados em trazerem a sua movimentação financeira para a Sicoob Meridional”, diz. O superintende ressalta ainda a importância das lideranças de Toledo e região e da equipe de colaboradores que contri buem para o fortalecimento da cooperativa. “Somos fortes graças ao trabalho de cada um que faz parte do Sicoob Meridional”, completa.

Endividamento é maior entre consumidores de 30 e 39 anos

O número de inadimplentes em Toledo cresceu 4,57% em agosto de 2022, em relação a agosto de 2021. É o que aponta recente levantamento divulgado pela Associação Comercial e Empresarial (Acit). Na estratificação dos dados, chama atenção que a faixa etária com maior número de dívidas no município está entre consumidores de 30 a 39 anos de idade.

Embora tenha sido constatado cres cimento da inadimplência no municí pio, o dado ficou abaixo da média da Região Sul, que era de 6,46%, e abaixo da média nacional que era de 10,13%. Na passagem de julho para agosto, o número de devedores de Toledo cres ceu 1,23%. Na região Sul, na mesma base de comparação, a variação foi de 0,68%. O número de registros no SPC da ACIT até o último mês é de 48.925 dívidas de pessoas físicas e de 4.538

DEVENDO PARA QUEM?

O setor com participação mais expressiva do número de dívidas em agosto na cidade de Toledo foram os bancos, com 46,44% do total de dívidas, seguido pelo comércio (28,88%), serviços de comunicação (8,47%), água e luz (3,94%) e outros (12,27).

de pessoas jurídicas.

Segundo dados do SPC Brasil, em agosto de 2022 cada consumidor ne gativado da cidade devia, em média, R$ 4.240,68 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 26,79% dos consumidores da cidade tinham dívidas de valor de até R$ 500,00, percentual que chega a 41,41% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000,00. O tempo médio de atraso dos devedores negativados de

Toledo supera dois anos, chegando a 26,9 meses, sendo que 30,85% dos devedores possuem tempo de inadimplência de um a três anos.

Ao observar a faixa etária do de vedor, o levantamento mostra que o número de devedores com partici pação mais expressiva em Toledo em agosto foi o da faixa de 30 a 39 anos de idade, representando 28,14%. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,86% homens e 49,14% mulheres.

Outro dado que chama a atenção no mesmo levantamento é que o número de dívidas em atraso de moradores de Toledo, até agosto último, cresceu 9,27%, em relação a agosto de 2021. Contudo, na média, a Região Sul registrou crescimento de 14,18% e em nível de país o número de dívidas em atraso cresceu 19,20%.

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Divulgação

As despedidas ao Doutor Pedrinho

As despedidas de familiares e amigos ao empresário e advogado Pedrinho Antonio Furlan, falecido aos 88 anos no último dia 11 de setembro, em Tole do, ficaram marcadas pelo sentimento de gratidão. O agradecimento ficou acentuado por tudo o que o “Doutor Pedrinho” fez na sua carreira profis sional em vista do desenvolvimento econômico do Oeste do Paraná e pela grande repercussão de seu apoio e até insistência com projetos sociais e es portivos, caso da notável presença da Ginástica Rítmica no cenário nacional e até internacional com as jovens atle tas, frutos desta região mais fértil do agronegócio brasileiro que ele plantou. Como uma safra de soja, a GR viveu grandes momentos, com uma “produ ção” de medalhas que transformaram a vida de atletas, inspiraram outras tantas crianças e envolveram famílias inteiras com o mesmo propósito do seu incen tivador maior.

Aquele que foi um dos precursores da Sadia em Toledo, juntamente com Egydio Gerônimo Munaretto, tão logo Attílio Fontana adquiriu o Frigorífico Pioneiro, transformou a realidade local e regional com o passar dos anos por meio da aplicação de seus conheci mentos nos setores administrativo e financeiro da então Sadia, bem como na assessoria do Conselho de Administra ção da companhia, onde batalhou pelo convencimento de seus pares em vista

das causas locais.

Por esse espírito de pertencimento e de compromisso com o lugar que es colheu para viver, destacou-se na so ciedade sendo um membro fundador do Rotary Club de Toledo, e presença marcante junto ao Clube Caça e Pesca e na Festa Nacional do Porco no Rolete. Grande admirador de grupos coralis tas, como o Coral Encanto Sadia BRF, e incentivador da Ação Social São Vicente de Paulo, entidade assistencial vincula da à congregação religiosa Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.

Agora descansa o gaúcho de Tupanci retã (RS), reconhecido Cidadão Honorá rio de Toledo em 1990. O Oeste perdeu uma referência, um homem que fez história nos meios em que atuou pelo desenvolvimento local e regional. As marcas que deixou são muito próprias e características graças ao seu empenho na constituição do sitio fabril desta companhia que atua na produção inten siva de aves e suínos e que representa muito para municípios da região que têm sua econo mia baseada no agronegócio.

Para a Revista Cristo Rei, Dou tor Pedrinho es creveu algumas “receitas” para fazer alguém feliz, baseado no clima nata lino. “Basta um passo, um aper to de mão, um abraço, o calor de um senti mento, para

tornar alguém feliz. Maneira simples de burlar a superficialidade, deixando o sorriso acontecer, respeitando a lágri ma, o desabafo, também são maneiras de distribuir felicidades”.

Ficam as boas recordações para a esposa Moema, os filhos Alexandre, Pedro Antônio, Paulo Sérgio, Neusa, Flávio e João Batista, além de netos e demais familiares.

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Dr. Pedrinho deixou um legado de compromisso social Caroline Hendges Dr. Pedrinho em entrevista para a Revista Cristo Rei Homenagem da Ginástica Rítmica prestada ao Dr. Pedrinho quando completou 80 anos Eliane Torres Arquivo/Revista Cristo Rei Eliane C. Torres

Pilates aumenta a satisfação materna com o processo do parto

As evidências científicas dos benefícios do Pilates na gestação são abundan tes. Recentemente, um estudo publicado no BMC Pregnancy & Childbirth confirmou que o método aumenta a satisfação ma terna com o processo de parto nas mulheres que en gravidam pela primeira vez.

A pesquisa também mostrou que a prática do Pilates durante a gestação reduziu a dor e o tempo da fase ativa do trabalho de parto nas mulheres que participaram da pesquisa. A fase ativa do parto é a que mais exige do corpo da mulher, pois as contrações são mais intensas e a dilatação aumenta para facilitar a descida do bebê na pelve.

O estudo apontou ainda que as mu lheres que praticaram o Pilates duran te a gravidez se sentiram mais seguras durante o parto e conseguiram lidar melhor com a dor. Uma das principais contribuições do método, segundo as participantes, foi o uso das técnicas de respiração e relaxamento do Pilates durante o trabalho de parto.

PILATES: MIL E UM BENEFÍCIOS

De acordo com Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especialista em Pilates e RPG, um dos principais benefícios do Pilates é aprender a respirar e a controlar a respiração profunda, que é feita pelo diafragma.

“Essa respiração é fundamental para o trabalho de parto, principal mente no início, no intervalo e no final das contrações. Além disso, também evita a hiperventilação e contribui para o relaxamento durante o proces so do parto”, observa.

O Pilates inclui uma série de exer

A pesquisa também mostrou que o Pilates é um método seguro para reduzir a duração e a dor na fase ativa do trabalho de parto

cícios de baixo impacto que aumen tam a força, flexibilidade, ajudam a ativar os músculos estabilizadores profundos, principalmente o trans verso abdominal em relação à pelve, o que melhora a força da pelve e do tronco, aspectos essenciais para o parto normal.

“Outro benefício é que os movi mentos do Pilates podem ser reali zados de acordo com as alterações fisiológicas da gravidez, bem como podemos adaptar os exercícios ao tempo da gestação. Contudo, as gestantes devem passar por uma ava liação clínica antes de iniciar as aulas para assegurar que não haja nenhum motivo médico que a impeça de fazer exercícios”, reforça Walkíria.

MENOS DOR DURANTE

A GESTAÇÃO

O ganho de peso, as alterações posturais e hormonais que ocorrem na gestação comumente causam dores nas costas em mais da metade

das gestantes. Um estudo, publicado no Journal of Back and Musculoskeletal Rehabilitation apontou que os exercícios de Pilates são eficazes para reduzir a dor e a incapacidade relaciona das à dor nas costas.

“O Pilates trabalha in tensamente a musculatura do core e a postura, o que ajuda a aliviar as dores, especialmente na região da lombar. Outro foco dos exercícios é fortalecer o assoalho pélvico que na gravidez tem a tendência de enfraquecer e ficar sobrecarregado devido aos efeitos dos hormônios e aumento da pressão abdominal”, diz Walkíria.

Na verdade, o alongamento muscu lar é necessário para preparar a pelve para o parto normal. Por outro lado, o enfraquecimento muscular secun dário aumenta o risco do desenvolvi mento de disfunções, como a perda involuntária de urina e surgimento de hemorroidas, por exemplo. “Vale reforçar que, independentemente do tipo de parto, é recomendado que todas as gestantes realizem exercícios para o assoalho pélvico para prevenir problemas futuros e o Pilates é um dos melhores métodos para atingir esse objetivo”, aponta a especialista.

Por último, além de passar por uma avaliação médica prévia, a ges tante deve procurar profissionais qualificados no método Pilates para prevenir intercorrências durante a prática. “O ideal é escolher clínicas em que as aulas são ministradas por fisioterapeutas ou educadores físicos certificados que possam fazer um pla nejamento que leve em consideração as necessidades individuais de cada gestante”, finaliza Walkíria.

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Indicação deve sempre vir acompanhada de prévia consulta médica

Acidentes na infância: 90% podem ser evitados com medidas simples de prevenção

No Brasil, os acidentes são a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Ainda de acordo com a SBP, 90% desses acidentes po dem ser evitados com medidas simples de prevenção. O Ministério da Saúde alerta que muitos incidentes acontecem dentro de casa, local onde, a princípio, as crianças devem ter liberdade para circular, explorar e se desenvolver de forma saudável e segura.

Dentre os fatores que devem ser observados para a prevenção de aci dentes por parte dos responsáveis está a adoção de cuidados que promovam a segurança das crianças, na medida em que vão crescendo e se desenvolvendo. Durante a primeira infância, a criança está descobrindo um novo mundo e o comportamento exploratório é natural.

Do nascimento aos seis meses de vida do bebê, algumas atitudes podem ser tomadas, como por exemplo para evitar risco de sufocamento: mantenha o lençol sempre ajustado ao colchão e fique atento para que o rosto do bebê não fique encoberto por almofadas, travesseiros ou cobertores. É sempre importante evitar o uso de cordões e enfeites de cabelo e o contato da criança com peças pequenas, como clipes, botões, moedas e anéis, assim como é importante evitar que a criança tenha contato com papéis de bala, sa

Outros cuidados

- Acidentes com animais domésti cos: em caso de contato com animais, essa ação deve ser supervisionada.

- Autossegurança: ao sair de casa, conduza a criança pela mão de forma segura para que ela não se solte e corra para locais perigosos. Além disso, não permita que a criança brinque em lo cais com circulação de veículos.

- Choques elétricos: não permita que a criança brinque e solte pipa,

cos plásticos, cordões e fios. Ofereça brinquedos grandes e adequados para a faixa etária de cada criança.

Para evitar risco de queimadura no banho fique atento à temperatura da água (a ideal é 37 ºC). Confira também a temperatura dos alimentos oferta dos, caso a criança não esteja sendo alimentada exclusivamente com o leite materno. Evite tomar líquidos quentes ou fumar enquanto estiver com a crian ça no colo. Para evitar risco de afoga mento, não deixe a criança sozinha na banheira. Mantenha a criança afastada de baldes, tanques, vasos, poços e pis

cinas. Mesmo um nível baixo de água, pode causar afogamento.

Todos as recomendações devem ser seguidas de acordo com cada faixa etá ria. Novas orientações, que surgem ao longo do crescimento infantil, devem ser complementares às recomendações an teriores. Estas e outras informações, es tão disponíveis na Caderneta da Criança.

Já que Caderneta da Criança foi men cionada, vale lembrar a relevância de manutenção do esquema vacinal atua lizado. Bebês, crianças e adolescentes precisam estar com as vacinas em dia. Para cada faixa etária há a necessidade de seguir as vacinas adotadas no Plano Nacional de Imunizações.

papagaio ou arraia em locais onde há postes de luz e fiação elétrica.

- Acidentes de trânsito: após os 7 anos e meio, as crianças deixam de usar a cadeira de transporte infantil, mas devem continuar sentando no banco de trás do carro, presas por um cinto de segurança de três pontos. Somente crianças com mais de 10 anos podem sentar no banco da frente, sempre usando o cinto de segurança.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) reforça o alerta acerca da baixa cobertura para determinadas va cinas, como é o caso daquela que previne a paralisia infantil. Dados do Ministério da Saúde, até o começo de setembro, indicavam que apenas 35% das crianças menores de cinco anos de idade estavam imunizadas. Esse baixíssimo percentual dava condições para a reintrodução do vírus causador da poliomielite que, todos sabem, deixa sequelas para a vida toda ou pode levar à morte.

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Alerta aos pais para a curiosidade das crianças

FELICIDADES

Sabino e Neusa Adamczuk, da Capela Nossa Senhora de Fátima – Vila Ipiranga, pertencente à Paróquia Sagrada Família (Dez de Maio), recebem homenagem dos familiares e amigos pelo testemunho de vida Matrimonial nestes 51 anos de casados

Esse é o time de catequistas da Paróquia Cristo Rei (Catedral), sempre dedicado no compromisso de acompanhar a educação na fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos

A comunidade e seus padroeiros

O assunto de capa desta edição da Revista Cristo Rei aborda as devoções populares, sendo a que mais se destaca neste mês é Nossa Senhora Aparecida. Mas não é só neste período que ela é venerada pelo povo. Em Jesuítas, durante as comemorações da festa do Padroeiro Santo Inácio de Loyola (julho), houve espaço para recordar a presença da Mãe de Jesus na vida da comunidade, e muitas pessoas, jovens e adultos, se envolveram intensamente nas homenagens, que contemplaram ainda a festa popular com diversos atrativos – Fotos: Paróquia Santo Inácio de Loyola

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Mês da Bíblia

Em comemoração ao Mês da Bíblia

realizada nos dias 14 a 17 de agosto a gincana Bíblica com os catequizandos da Paróquia Menino Deus (Toledo), com muitos momentos de diversão

aprendizado em grupo

Paróquia

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foi
e
– Fotos:
Menino Deus

Proclamadores da Palavra

Os diferentes ritos contidos na celebração litúrgica se unem para formar o memorial da nossa fé. Um desses momentos litúrgicos é o Rito da Palavra, por meio do qual o mistério celebrado ganha força na proclamação, pois vai além de uma singela leitura. Nas nossas missas, contamos com os proclamadores da Palavra que realizam esse serviço para que toda a assembleia tenha essa experiência de escuta atenta daquilo que nos diz o Senhor ao longo dos tempos. Nas imagens, encontramos os proclamadores da Palavra: na Igreja Santa Rita de Cássia (Toledo), por ocasião da celebração da Padroeira; na missa pelos 43 anos do Seminário Maria Mãe da Igreja, em missa na Igreja São Cristóvão (Toledo); e na Vigília Pascal na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon.

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Descobrir em mim a imagem de Deus Homenagem aos catequistas No dia 28/08 foi realizado um encontro de catequistas da Paróquia Menino Deus (Toledo), no Seminário Nossa senhora de Fátima. Ao todo, participaram 120 catequistas! Uma manhã com dinâmicas, estudos e emoções a partir da reflexão: “Quem sou eu? Descobrir em mim a imagem de Deus”! – Fotos: Paróquia Menino Deus Catequistas da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá) receberam homenagem pelo seu dia a partir da inspiração do livro de Eclesiastes: “Não pare de plantar suas sementes, porque você não sabe qual delas vai crescer; talvez todas elas cresçam”! (Ecl 11, 6) – Fotos: Sandra Moreira Ano XXVI - nº 285 - Outubro de 2022 77

Batismo: uma corresponsabilidade de pais e padrinhos

O Batismo é a adesão à fé e quando este Sacramento é administrado nas crianças, pais e padrinhos são corresponsáveis neste compromisso. Em Celebração Eucarística, a Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste), acolheu 21 crianças que foram batizadas em celebração realizada no mês de setembro.

22 anos da Fazenda da Esperança

Com grande participação da sociedade, a Fazenda da Esperança Cristo Rei, localizada em Toledo, celebrou seus 22 anos de serviço dedicado à recuperação de vidas humanas. Foi no dia 28 de agosto, o evento marcado por três grandes motivações: a Celebração Eucarística em ação de graças pelo aniversário da Fazenda em Toledo, a entrega de diplomas a quatro acolhidos que concluíram sua caminhada e a visita dos familiares e amigos desta unidade que foi marcada pelo almoço, confraternização esportiva e música.

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Fotos: William Oliveira/Fotoeste Fotos: Arquivo da Fazenda da Esperança

Coroinhas de Maripá

A comunidade se reúne para celebrar e assim acontece o incentivo para as crianças e adolescentes seguirem na caminhada de fé. Em Maripá, a Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima recebeu os coroinhas para a missa do dia de seu padroeiro, São Tarcísio – Fotos: Sandra Moreira

17 anos do 19º BPM

Coroinhas de Jesuítas

Os grupos de coroinhas estão sendo incentivados na comunidade de fé, com muito apoio das famílias. É o que vem acontecendo na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), que no dia 11 de setembro último, realizou a investidura dos novos coroinhas durante a Celebração Eucarística – Fotos: Patrícia Pelissari

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A Catedral Cristo Rei recebeu um grupo de policiais integrantes do 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM) para render ação de graças pelos 17 anos de criação da unidade que tem sede em Toledo. A Celebração Eucarística (29/08), junto da comunidade paroquial, abriu a programação de atividades comemorativas, recordando a trajetória do BPM que prioriza a segurança da população em todos os municípios de sua área de atuação – Fotos: Comunicação Social/19º BPM Wagner Fernandes Quinquiolo, da Paróquia São Cristóvão (Toledo), recebe o carinho da esposa, familiares e amigos pelo seu aniversário (20/10)

Diocese de Toledo presente na 42ª Assembleia do Povo de Deus, promovida pela CNBB – Regional Sul 2 nos dias 23 e 24 de setembro.

A Assembleia transcorreu de modo simultâneo nas sedes das quatro Províncias Eclesiásticas com o tema “Fortalecimento das comunidades eclesiais missionárias a partir da Iniciação à Vida Cristã na cultura urbana”.

A Diocese de Toledo integra a Província Eclesiástica de Cascavel.

Rudi Miguel Hartmann e Odila Vanzella Hartmann, da Capela São Pedro – Cerro da Lola (Toledo), completam 60 anos de casados (24/10) e recebem as homenagens dos filhos, genros, noras, netos e bisnetos

Toninho e Tania, seus amigos Jair e Maristela, Major Prado (BPFron – Guaíra) e Sirlene, em confraternização com Pe. Jauri Strieder, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, pelos seus 10 anos de sacerdócio

BODAS DE OURO

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BODAS DE DIAMANTE Esses são os catequistas da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), pessoas de diferentes idades, mas muito comprometidas com a educação da fé na comunidade Equipe da cozinha que caprichou no encontro do Movimento Mães que Oram pelos Filhos, realizado em Nova Santa Rosa (17/09) – Foto: Ellis Lima Fotografias Celebração da Pastoral da Criança realizada na Capela Santa Maria, pertencente à Paróquia São Francisco de Assis, que acolheu as líderes que participaram de encontro em Toledo. Na pauta do encontro a ação de graças, apresentação cultural e palestra com o tema autoestima e superações. Confraternização do clero diocesano com seus familiares na celebração do Dia dos Pais 2022 Estreia do novo uniforme do time de futebol da Associação dos Padres Seculares da Diocese de Toledo (APSDT), com patrocínio do Sicoob Meridional Com o carinho dos seis filhos, noras, genros e netos, Sebastião e Eleusa Zapello, da Paróquia Sagrada Família (Toledo), comemoraram os 50 anos de casados em celebração eucarística presidida pelo Pe. Lucas Schwarz (24/09) – Foto: Clivatti

No caminho da fé

Adultos que participaram da Catequese de Inspiração Catecumenal, na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), receberam os Sacramentos em celebração eucarística junto da comunidade. Um momento marcante em suas vidas para trilhar

os caminhos da fé – Foto: Patrícia
Pelissari
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Setor enfrenta desafio de retomar venda de pescados

A pandemia do coronavírus pro vocou um freio no crescimento de compra de pescado, que estava sen do verificado até fevereiro de 2020, quando os resultados econômicos da cadeia aumentavam em relação ao ano anterior. Isso foi constatado por estudo realizado por pesquisado res da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), em um dos primeiros trabalhos que retratam o reflexo do comporta mento do consumidor na cadeia do pescado durante a pandemia.

O estudo “Efeitos do isolamen to social durante a pandemia de Covid-19 na comercialização e no consumo de pescado no Brasil”, que abrangeu todas as regiões brasilei ras, revelou que, para 40,31% dos entrevistados, o preço do produto aumentou. Com isso, 26,92% dos entrevistados reduziram o consumo de pescado e 4,27% eliminaram to talmente a ingestão dessa proteína.

“Esse estudo, mesmo que de maneira amostral, revelou essa con dição de diminuição do consumo de pescado, o que é preocupante para o setor e para a economia local, visto a interferência negativa na geração de renda da população que depende desse setor para sobreviver,” avalia o analista da Embrapa, Diego Neves

de Sousa, um dos autores da pesquisa.

A pandemia chegou em um momento em que o consu mo de pescado estava aqueci do. O estudo revelou que 25,93% dos entrevistados consumiam pescado pelo menos uma vez na semana, 23,93% duas a três vezes no mês, 20,94% duas ou mais vezes na semana e 11,68% pelo menos uma vez no mês.

Outro setor que foi afetado pela pandemia foram os frigoríficos de pescado. O estudo também registrou que, para 46% das empresas de pro cessamento de pescado, houve di minuição na oferta de matéria-prima para o beneficiamento do produto.

As vendas foram, em maioria sig nificativa, afetadas negativamente com queda global (61%) e interrup ção total das vendas (8%), causadas

Peixe tipo exportação

Estatística do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria da Agricultura e do Abas tecimento do Paraná revelou um crescimento surpreendente de 240% no volume de pescados paranaenses exportados no primeiro trimestre deste ano de 2022. Em volume, a exportação saltou de 351 toneladas para 1.200 toneladas. Maior ainda foi a receita obtida no mesmo período (1º tri 2021/2022) que subiu 468%, chegando a US$ 3,2 milhões.

“Apesar das exportações do pes cado paranaense ainda serem uma atividade com pouca expressão comparada a outras, estes números mostram que há um movimento da indústria para aumentar a repre sentatividade na balança comercial paranaense”, salienta o Boletim de Conjuntura do Deral. A tilápia con gelada é o principal item exportado, com mais de 80% do volume. E quem mais comprou foram os Esta dos Unidos.

pelas consequências da pandemia do coronavírus.

Da mesma forma, para 54% dos empresários que atuam no setor de beneficiamento, houve dificuldades para aquisição de insumos, tais como demora na entrega de embalagens, falta de material de limpeza, equipa mentos de proteção individual, cloro e falta de salmão no mercado.

Mesmo com essas dificuldades, a maioria das indústrias manteve o seu quadro de funcionários, sem neces sidade de demissões; em algumas houve suspensão temporária das atividades por até 60 dias.

O estudo servirá como referência para futuras iniciativas da Embrapa Pesca e Aquicultura. “A pesquisa é direcionada para desenvolver mais soluções tecnológicas que estejam alinhadas com a nova realidade e obedecendo aos novos caminhos tomados pelo setor. Ela servirá como um direcionador de esforços e de mandas futuras”, declara Leandro Kanamaru Franco de Lima, supervi sor do Núcleo Temático de Pesca e Aquicultura do centro de pesquisas da Embrapa. (Elisângela Santos, da Embra pa Pesca e Aquicultura)

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Filé de tilápia é o carro-chefe da produção paranaense

Último trimestre chega com expectativas para a carne de frango

As exportações de carne de frango tendem a crescer 6% e podem atingir um novo recorde neste ano, ultrapas sando 4,7 milhões de tone ladas, segundo análise feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A própria entidade que repre senta o setor, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), já indicava uma ace leração forte de 7% somente nos oito primeiros meses deste ano, que já era supe rior ao verificado no mesmo intervalo de tempo do ano passado.

Outro dado interessante sobre as exportações é que a receita obtida no mesmo período ultrapassa US$ 6,5 bilhões, registrando preços 33% maiores, o que evidencia uma valori zação do produto exportado. Se tomar isoladamente os valores apurados em agosto último, a valorização foi ainda maior chegando a 36% do pre ço comercializado para o exterior. Os mercados europeu e asiático são os maiores compradores.

Mas há uma atenção maior com relação ao mercado interno. A pro dução total se mantém próxima a 15 milhões de toneladas, o que garante uma disponibilidade per capita de 48,6 quilos por habitante no ano. O índice, que atingiu o maior nível no ano passado chegando a 50,5 kg, apresenta uma ligeira queda de 3%, dada a pequena redução da oferta, au mento das exportações e crescimento da população brasileira.

Comparativamente com o preço das demais carnes (bovina e suína), o frango inteiro continua competitivo e atende ainda as necessidades do con sumidor. Contudo, os cortes também estão valorizados, o que pressiona o bolso.

“Comportamento do consumidor é diferenciado no último trimestre do ano, e apresenta variações especialmente por conta da condição econômica em que ele se encontra na hora de fazer suas compras no supermercado”.

Para produzir um quilo de frango a Embrapa Suínos e Aves, por meio do seu Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (CNPSA), calcula que o custo de produção do frango, no Paraná, em julho de 2022, recuou 0,37% sobre o mês de junho de 2022 (R$ 5,47/kg), atingindo o valor de R$ 5,45/kg. No entanto, cabe ressaltar que o Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) acumulado de 2022 apresenta alta de 4,58%.

De acordo com o Boletim do De partamento de Economia Rural (De ral), de setembro último, o custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, caiu R$ 0,02/kg em julho com relação

a junho, passando de R$ 5,47/kg para R$ 5,45/kg (5,21% maior que o valor de julho de 2021, cujo valor foi de R$ 5,18/kg). Com a proximidade do perí odo mais quente do ano, a tendência é de gradativa elevação de custos para a manutenção das temperaturas adequadas que possibilitem ao animal as condições favoráveis para seu de senvolvimento e melhores taxas de conversão.

De outro lado, com a chegada do último trimestre do ano, renova-se a esperança de manutenção do quadro de oferta do produto que anualmente gira em torno de 70% para o mercado doméstico. O comportamento do mercado é diferenciado, conforme as regiões e principalmente em relação à condição econômica do consumidor que pode dar preferência a outras carnes para as festas de fim de ano ou mesmo garantir pratos diferenciados que contemplem a carne de frango. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul dominam o volume de abates em todo o Brasil, assim como as ex portações.

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Alto consumo per capita se sustenta pela relação de preços com outras carnes

Nossa Senhora Aparecida, da nossa infância e da nossa vida

Ó minha Mãe Aparecida, quando na minha infância eu escutava o Hino de Aparecida, imaginava no meu mundo de criança uma Mãe tão pode rosa, bonita que morava distante em Aparecida, porque eu só ouvia pelo rádio, nem sabia e nem imaginava como chegava pelo rádio dentro da minha casa. Mas eu “via” a Mãe das mães, tão amável, tão cheia de graça, bondosa e querida.

Hoje sou adulto, tenho a minha família e a Senhora continua fervo rosamente presente em minha vida familiar e de comunidade. É a Rai nha da nossa vida, Nossa Senhora Aparecida. Cresci protegido pelo seu Manto Sagrado, diante de ti e de Nosso Senhor Jesus Cristo, Mãe intercessora, a Senhora é aquela que intercede a Jesus, que é de Deus vivo e todo poderoso, criador do céu e da Terra e Nosso Senhor, Aquele que nos ama.

Ó Maria, Mãe do Salvador e Mãe dos que te amam e veneram e tam

bém daqueles que não lembram de ti. Vós Maria, ama assim mesmo, porque és Mãe de todos nós peca dores. És de Deus e seu amor é puro e inabalável.

Ó Virgem Santíssima, vigiai os meus pensamentos para que eu per maneça firme em meus propósitos

Luz para meu caminho

Como um jovem poderá conservar puro o seu caminho? Observando a tua Palavra.

Eu te busco de todo o coração, Não me deixes afastar dos teus mandamentos.

Conservei tuas promessas no meu coração para não pecar contra ti.

Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, E luz para o meu caminho.

Eu jurei e sustento: Observar as tuas justas normas.

Teus testemunhos são a minha herança para sempre, A alegria do meu coração.

Aplico o meu coração em praticar os teus estatutos; Essa é a minha recompensa para sempre.

Salmo 119,9-11; 105-106; 111-112

nos caminhos da Igreja, junto com minha família. Esteja comigo durante o dia, desde a manhã ao acordar até a noite ao dormir, quando eu trabalhar ou quando descansar, quando eu chorar e sorrir. E que assim, não haja espaço para nenhum pensamento que não seja fruto dos seus cuidados e do seu Amor de Mãe.

Salve Rainha, Senhora Aparecida, temos fé em ti que é nossa Boa Mãe, ajudai-nos a olhar simplesmente e bem firme em seu olhar cheio de ternura que nos consola sempre e indica o Caminho.

Neste mês, lembramos com ca rinho de ti, que possamos fazer um altar em nosso coração em forma de gratidão por tantas graças alcan çadas. Nossa Senhora Imaculada Conceição Aparecida: Rogai por todos nós!

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Revista Cristo Rei - Outubro 2022 by revistacristorei - Issuu