Revista Cristo Rei - Julho 2023

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Missão cristã: o despertar para a partilha do amor de Deus

A missão cristã, como essência da Igreja, é uma convocação aos batizados. Portanto, é a identidade dos cristãos. Praticar a missão extrapola as paredes das igrejas, avança territórios, sem deixar de observar o local.

O mandamento do amor de Cristo se traduz neste ardor nos corações de quem um dia experimentou Deus em suas vidas e hoje pratica no contexto familiar, comunitário e na sociedade. O Papa Francisco convoca todos os fiéis a ser “Igreja em saída”, que não se fecha em si mesma, mas que se lança corajosamente ao encontro do outro. E mais que isso: em estado permanente de missão. Afinal, a missão é uma resposta ao chamado de Deus para que os cristãos sejam agentes de transformação e instrumentos de paz e justiça neste mundo tão necessitado.

Na Exortação Evangelli Gaudium

– A Alegria do Evangelho, o Papa Francisco encoraja os católicos a superar o comodismo que muitas vezes pode afastar a Igreja de sua verdadeira missão. E convida a promover a cultura do encontro, ouvir as dores e alegrias do próximo, acolher os marginalizados, buscar a reconciliação e

Todo cristão deve ser missionário

construir pontes de diálogo.

Ser missionário é sair de si mesmo e se aproximar das periferias existenciais, onde tantos são feridos pela exclusão, pela pobreza, pelo desespero, e até mesmo pela falta de atenção, inclusive espiritual. O Papa recorda que a missão cristã não é imposta, mas atraente e deve ser exercida por todos aqueles que sentiram o bem e assim desejam fazê-lo.

A alegria de ser missionário na Igreja Católica é uma experiência profundamente enriquecedora e transformadora. É um chamado que desperta o coração para a partilha do amor de Deus com os outros, levando a mensagem de esperança, reconciliação e salvação a todas as pessoas e realidades.

A missão cristã é um chamado permanente à conversão e ao serviço que provoca a cada um para assumir sua identidade como autênticos discípulos missionários. Inspirados pelas palavras e ensinamentos de Jesus, todos podem efetivamente cumprir a missão de levar a mensagem transformadora a todos os cantos do mundo, inclusive na própria Diocese de Toledo. Boa Leitura!

Itaipu presta informações sobre negociações do Tratado na Câmara dos Deputados

Dia dos Avós: dignidade, a valorização e cuidado dos idosos

Solenidade de Corpus Christi na Diocese de Toledo

Encurtamento de músculos pode afetar até 80% dos adultos jovens, diz estudo

Trigo: uma cultura

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Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 Revista mensal da Diocese de Toledo
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“descarbonizante”

Um domingo sem missa é uma semana sem Deus

Dia do Senhor – como foi definido o domingo desde os tempos apostólicos – teve sempre, na história da Igreja, uma consideração privilegiada devido à sua estreita ligação com o próprio núcleo do mistério cristão. O Dia do Senhor é o dia de Kýrios (Senhor, em grego), o dia de Dominus (Senhor, em latim), portanto Domingo, Dia do Senhor.

O domingo é o dia em que se celebra Cristo ressuscitado e vivo, Cristo Senhor presente na assembleia reunida para a escuta da Palavra, para o Sacrifício eucarístico e para a Ceia eucarística. Na Eucaristia vive-se o mistério do encontro entre a fraqueza e os limites humanos e o amor e a onipotência de Deus.

No centro da vida da Igreja estão o Ressuscitado e a Eucaristia, memorial da Páscoa. Na celebração eucarística dominical, os cristãos encontram semanalmente o Senhor e se deixam ensinar pela sua Palavra e se alimentar pelo seu Corpo.

A presença do Ressuscitado ilumina a vida do homem, sustenta o seu caminho histórico e o seu empenho na construção da “cidade terrena”, mas também abre o tempo presente à eternidade e abre a experiência desta vida à novidade de vida que vem do alto.

A Eucaristia é, de fato, um remédio de imortalidade, uma antecipação, ao longo do tempo, da vida eterna.

No sábado ou domingo, a comunidade cristã se reúne para a Páscoa semanal e celebra o dia da Ressurreição de Cris-

to, por isso, é dia de festa! Sim, é festa dos cristãos porque pela fé a comunidade se alegra: a morte foi vencida para sempre, Deus permitiu que todos participem do seu Reino e vivam para sempre. A participação na Eucaristia semanal, mais que uma obrigação, deveria ser uma necessidade. Não podemos viver sem Cristo, não podemos viver sem o seu Corpo e Sangue. O próprio Cristo nos convida a celebrar com Ele o dia de nossa libertação. Não foi a Igreja que escolheu este dia, foi o Ressuscitado.

O domingo é o dia da Eucaristia. Não existe domingo sem assembleia, não existe o domingo sem Eucaristia. Domingo e Eucaristia se unem reciprocamente. A Igreja não existe sem a Eucaristia e o mundo sem Eucaristia não recebe a graça e o dinamismo da transfiguração e da salvação que nascem deste Sacramento.

O domingo é o dia da Igreja, o dia da assembleia reunida em nome de Cristo e que se reconhece como povo reunido em volta do Senhor (Dominus). Estar juntos é a resposta de todos ao chamado de Cristo, Palavra de Deus, que convoca sua família para ouvir sua Palavra e participar do seu sacrifício, do banquete eucarístico para o bem de toda a humanidade.

No seu dia o Ressuscitado se faz presente na celebração eucarística e se doa a nós na Palavra, no Pão e no dinamismo do seu amor, doando-nos a sua própria vida. O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no centro da vida da Igreja” (Catecismo 2177). O abandono da Eucaristia dominical leva ao empobrecimento, a própria fé e pertença à Igreja enfraquece dia após dia e se constata a própria incapacidade de fazer do domingo um dia de festa. Diante de tantas oportunidades de lazer e celebrações de festa, o cristão pode perder o sentido do domingo e se distanciar de Deus. Infelizmente, quando o domingo perde o seu sentido original e se reduz a um puro “fim de semana”, pode acontecer que fiquemos fechados em um horizonte tão estreito que já não conseguimos ver o “céu”. Um domingo sem missa é uma semana sem Deus!

D. João Carlos Seneme, CSS Bispo da Diocese de Toledo
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TODO CRISTÃO DEVE SER MISSIONÁRIO

A missão de evangelizar faz parte da essência do cristão. “Ser missionário é alma da Igreja”, nos diz o bispo diocesano D. João Carlos Seneme, sustentando que o testemunho da vida cristã se dá no dia a dia pela vivência do Batismo. O mandato de Jesus aos seus discípulos está vivo e muito presente na Diocese de Toledo por meio de decisões que tomadas repercutem em projetos, atividades e iniciativas. Mas foi identificado pelas próprias lideranças que ainda assim é preciso algo mais para fortalecer o sentido missionário em cada batizado, para que se torne uma ação natural do seu cotidiano e não apenas em gestos pontuais. Nesta dimensão missionária, o que ainda pode ser feito de melhor? O pedido das lideranças na Assembleia Diocesana do ano passado ecoou e a Diocese de Toledo teve a oportunidade de receber o missionário redentorista Pe. Antônio Niemiec, secretário nacional da Pontifícia União Missionária, para um programa de encontros formativos voltados à espiritualidade missionária. Ele é religioso polonês que aos 25 anos de idade foi enviado para o Brasil para continuar sua formação religiosa e presbiteral e na Bahia recebeu o Sacramento da Ordem, no Santuário de Bom Jesus da Lapa. É com ele que você está convidado a fazer esse itinerário para animar a sua espiritualidade missionária como cristão atuante na sua família, na pastoral ou movimento eclesial, na própria comunidade de fé e na sociedade. Porém, não só isso: está

convidado a empenhar-se no impulso e testemunho missionário que faz propagar a verdade de Jesus Cristo.

Para se ter uma noção da responsabilidade missionária, Pe. Antônio já apresenta uma provocação, porque segundo ele, passados mais de 2 mil anos do início do cristianismo, atualmente apenas 30% dos habitantes no planeta se dizem cristãos. Estão nessas estatísticas inclusive aqueles que efetivamente não vivem a vocação cristã,

mas se autodenominam cristãos. “As pessoas vivem a vocação recebida de Deus de maneira particular e específica conforme os dons que Ele dá. A vocação é graça, mas ao mesmo tempo responsabilidade. O cristão deve ser aquele que tem o coração ardente, porque temos o privilégio e a graça, do encontro pessoal com Jesus Cristo por meio dos Sacramentos, na vivência na comunidade, na Palavra de Deus. Isso faz o coração arder do amor para com Deus”, comenta o sacerdote. “Se carregamos esse amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos é dado, é claro que sentimos a necessidade de partilhar essa experiência com os outros. Por isso, pés a caminho”, afirma lembrando o lema do Ano Vocacional 2023.

MISSÃO SALVÍFICA

Pe. Antônio destaca que esse movimento missionário que arde no coração parte da experiência de Deus que cada um realiza, e depois se desdobra no serviço aos outros. Por isso que se diz com convicção que a Igreja existe concretamente em vista da missionariedade. “Realizamos a missão por Ele (Deus)”, salienta.

Baseado no imperativo da Salvação da humanidade, São Paulo escreve a Timóteo pontuando que Deus quer que todos sejam salvos, ou seja, todos cheguem ao conhecimento da verdade (cf. Tm 2,4). “A missão consiste nesta experiência da Salvação que Deus oferece gratuitamente a todas as pessoas, de todos os tempos, de todos os luga-

Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 6 DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS
Pe. Antônio Niemiec cumpriu agenda de formação para lideranças nos quatro decanatos da Diocese de Toledo

res”, afirma Pe. Antônio. Ele também recorda o que Papa Bento XVI ensinou ao pontuar que todo ser humano tem direito de ouvir e experimentar a Salvação. Contudo, se vai aceitar ou não, é uma decisão individual. “Mas todo ser humano tem direito, porque Deus realizou a obra da redenção em favor de toda a humanidade”, salienta.

A MISSÃO DOS DISCÍPULOS

A missão é essência da Igreja. Jesus convocou o grupo dos Doze seguidores enviados (Apóstolos), para poder levar ao conhecimento de todos a grande obra salvífica. Reforçando que a Igreja existe para essa finalidade, a partir do que Jesus deixa bem claro – “Ide, e façam discípulos todos os povos”, Pe. Antônio retoma que este imperativo se faz urgente no mundo. São João Paulo II dizia que muita gente que vive no

“A missão consiste nesta experiência da Salvação que Deus oferece gratuitamente a todas as pessoas, de todos os tempos, de todos os lugares. Todos têm direito de experimentar a Salvação porque Deus realizou a obra da redenção em favor de toda a humanidade”.

mundo vai morrer na ignorância deste grande dom de Deus, desta grande boa notícia da Salvação porque não havia alguém para contar. E então, você pode se perguntar: “Mas de quem é a responsabilidade da missão”?

Papa Francisco escreve na mensagem para o Dia Mundial das Missões, em 22 de outubro deste ano, que o principal meio que Deus tem para que a boa nova da Salvação possa chegar a todos são

os próprios cristãos, e Deus não tem outro meio. “Se o cristão, se a Igreja que foi instituída para ir, fazer discípulos e levar a boa nova a todas as pessoas não assumir, não viver a sua identidade missionária – de enviada ao encontro dos outros, certamente teremos muitas pessoas que morrerão na ignorância da boa nova”, sentencia Pe. Antônio. Por isso, ele reforça que a Igreja não é uma teoria ou apenas uma instituição. “A Igreja somos nós”, destaca. São os cristãos que se colocam em missão. “Quando Jesus fala no Evangelho ‘Ide e façam discípulos’, é para mim, de maneira particular, e para nós, na nossa comunidade. Pelo Batismo nós somos Igreja; nosso DNA é comunidade, é eclesialidade. O Sínodo nos chama a caminhar juntos como Igreja para levar a boa nova a todas as pessoas. Então, a missão é nossa”, completa o sacerdote.

MISSÃO NÃO SE RESUME A TAREFAS, MAS É UM JEITO DE SER

A missão é, antes de tudo, aquilo que a Igreja é no seu ser e agir. Ela está presente nas cidades da região diocesana, no Paraná, no Brasil e no mundo. Em todos esses espaços existe o campo de missão para os cristãos. Uma ação missionária não se resume a uma iniciativa fora do território da comunidade onde se vive, mas pode ser na própria comunidade onde, por ventura, possam existir batizados, mas não suficientemente evangelizados. Esse é um campo muito vasto para a missão. Assim sendo, a missão não é somente aquilo que a Igreja faz, pois se for pensar assim, que a missão é algo a fazer, logo corre-se o risco de cair num entendimento errado de que a missão tem início, meio e fim. A Igreja continua se fazendo enquanto missão; ela começou com a comunidade dos Doze e continua na comunidade de fé em que você vive.

É assim que fica muito claro que a essência da vida cristã vem de Jesus e que configura na sua vida dedicada a serviço do projeto salvífico de Deus. Ele viveu todos os momentos em função do Pai, por isso está sempre em comunhão, e está em função da humanidade toda, sem distinções. “Jesus veio para resgatar todas as pessoas do pecado e não somente alguns. Toda vida de Jesus é um doar-se para os outros”, comenta Pe. Antônio.

Ele cita a definição muito expressiva a respeito da missão que está eternizada pelo Papa Francisco, na Exortação “A Alegria do Evangelho”: “A missão é uma paixão por Jesus, e simultaneamente uma paixão pelo seu povo” (Evangellii Gaudium, nº 268). Segundo a reflexão de Pe. Antônio, não se tem como ser cristão sem uma relação com Deus e o povo. “Se

olharmos bem para a vida de Jesus Cristo, vamos perceber que Ele atuou no mundo. Sua vida aconteceu na sociedade, na beira do lago, andando pelas vilas, conversando com todos”, lembra. Contudo, a cada momento que o cristão se lançar para a missão, para viver para os outros, essa atitude se transforma no amor ao próximo, o grande mandamento.

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A reflexão proposta por Pe. Antônio alargou a compreensão sobre a missionariedade

AEVANGELIZAÇÃO ÉPARAOMUNDOTODO

As realidades que as pessoas vivem é um campo de missão para os cristãos, seja na esfera espiritual ou mesmo nas questões sociais. As Pontifícias Obras Missionárias foram institucionalizadas na Igreja com o objetivo de ajudar aos cristãos a nunca esquecer que a responsabilidade enquanto batizados é pela humanidade toda. Mesmo estando na Paróquia ou na Diocese, não se pode esquecer que a responsabilidade é pela evangelização do mundo todo. A Diocese, tem sua responsabilidade territorial na região, assim como pela evangelização no mundo. O Congresso Missionário Nacional de 2023 faz essa recordação a todos os fiéis católicos: “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”.

Tendo essa noção no contexto desta reportagem, vale a pena destacar algumas iniciativas desta vocação missionária dos cristãos que, particularmente na Diocese de Toledo, compreenderam a necessidade de rezar, mas também de comprometer-se com a Igreja-irmã, a Diocese de Brejo (Maranhão), com 1% do Dízimo, decisão esta tomada em As-

“Pregar o Evangelho é fundamental, mas a evangelização deve atingir a pessoa como um todo. Jesus se preocupou em libertar as pessoas do pecado, mas também com a vida bem concreta, curando de doenças, libertando dos espíritos maus. Jesus olhava a pessoa na sua integralidade”.

sembleia Diocesana que expressa essa perspectiva da missão.

Além disso, o mais recente pedido vem da Igreja no Paraná, que a Diocese acolhe, na motivação dos católicos para que contribuam com a campanha que prevê destinar 25 mil bíblias para a Diocese de Bafatá, em Guiné-Bissau, na África, lugar onde se realiza a Missão São Paulo VI. Lá, a Diocese de Toledo também contribuiu em outras ocasiões, conjuntamente com iniciativas do Regional Sul 2, pela construção do poço de água, de uma escola e um ambulatório de saúde. Para se ter uma ideia, o país africano

conta apenas com um hospital localizado na capital, praticamente inacessível para 90% da população. “A Missão, como presença católica, é o único recurso que eles têm em saúde”, observa Pe. Antônio. Outra iniciativa católica está no campo da educação. Não fosse a presença e atuação Igreja Católica, a educação primária não existiria por lá. “Pregar o Evangelho é fundamental, mas a evangelização deve atingir a pessoa como um todo. Jesus se preocupou em libertar as pessoas do pecado, mas também com a vida bem concreta, curando de doenças, libertando dos espíritos maus. Jesus olhava a pessoa na sua integralidade. A evangelização autêntica acontece na integralidade”, acrescenta.

Isso mostra um rosto missionário muito presente na Diocese que precisa ser partilhado entre a comunidade de fé para que os católicos, mais afastados, tenham essa consciência de que é possível “amar como Jesus amou”, conforme canta Pe. Zezinho.

Pe. Antônio Niemiec salienta que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) surgiram para atender a essa respon-

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Celebração realizada em Quebo, Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau em 2016

sabilidade, de apoiar as 279 dioceses brasileiras nessa sensibilização. Para tanto, cita São João Paulo II que dizia “todo cristão, pelo Batismo, é consagrado para a missão”. “Fomos consagrados

para a missão que é de Deus. Devemos assumir a consagração que recebemos de Deus, pelo Batismo, e nos colocarmos a serviço de Deus na missão. É uma responsabilidade pelo mundo todo e não

apenas para a nossa paróquia”, pontua. Para ele, é importante gastar tempo e energia nos trabalhos da comunidade ou da pastoral, mas sem esquecer que a responsabilidade é maior.

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA: UMA SEMENTE NO PÚBLICO INFANTO-JUVENIL

Na Diocese de Toledo existem várias dimensões presentes com a finalidade de animar a missionariedade. O Conselho Missionário Diocesano é um deles. Mas uma das áreas de atuação diocesana é a Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acolhe crianças a partir dos cinco anos de idade. Incentivada pelas suas famílias e agentes da IAM, elas assumem a responsabilidade de rezar todos os dias por todas as crianças do mundo, num gesto de fraternidade, mesmo por quem não se conhece. O compromisso é de rezar uma Ave-Maria por dia. Elas também são convidadas a

seguir o rito de sacrifício de vida a cada semana. Um meio de praticar esse sacrifício de vida é o cofrinho da IAM, depositando R$ 1,00 e ainda o compromisso de evangelizar outra criança.

A Obra Missionária para crianças e adolescentes oferece encontros de formação para assessores, mas o protagonismo nas atividades é das crianças e adolescentes. Uma iniciativa ocorreu quando do início a guerra entre Rússia e Ucrânia. As crianças participaram de uma semana de oração e tiveram a ideia de pedir para que outras pessoas também o fizessem. Para isso, entregaram balões brancos, com a palavra “Paz”, pedindo esta oração a quem recebia. “Esta foi uma atitude missionária realizada por eles”, conta a coordenadora diocesana da IAM, Nair Ryba. Para isso ser alcançado, cada encontro trabalha as áreas da espiritualidade missionária, compromisso missionário, vida de grupo e o contexto. Os grupos são formados nas Paróquias e em cada encontro também são contemplados temas sobre as missões realizadas pela Igreja em favor das pessoas.

A IAM já tem 180 anos, tendo sido criada na França. Com o lema “Criança

COMPROMISSO MISSIONÁRIO

No contexto evangelizador, toda a Igreja é movida por objetivos comuns. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil colocam a comunidade eclesial missionária como ponto-chave da experiência cristã. Para isso, aparece a figura da casa (comunidade) sustentada por quatro pilares: Palavra, Pão (ação

litúrgica), Caridade e Ação Missionária. Este modelo repercute no Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, que este ano acentua a missionariedade como uma de suas prioridades. Para tanto, estão em curso iniciativas que visam atender a essas indicações das lideranças. Por parte da Diocese, e as paróquias também

evangelizando criança”, quem exerce esse protagonismo é o público infanto-juvenil. “É por meio da criança e do adolescente que chegamos na família. Desde pequenininhos eles já manifestam esse amor por Jesus e por Maria. Por isso que falamos que a IAM é apaixonante”, comemora a coordenadora diocesana.

“A IAM contribui para que nossas crianças e adolescentes descubram como é ser missionário na sua faixa de idade, o que contribui para a tomada de consciência de que são membros da Igreja, de que Cristo vive neles e de que fazem parte do corpo místico de Jesus. É isso que tentamos desenvolver na nossa prática e vida diocesana por meio, por exemplo, da IAM que planta a semente do ser Igreja, do ser missionário”, completa o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.

assumiram esse compromisso, devem ser priorizada a dimensão testemunhal missionária das lideranças, a valorização da IAM e juventude missionária, bem como ressaltar o caráter missionário nos momentos de preparação para os Sacramentos e ir ao encontro das minorias e periferias existenciais.

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Infância e Adolescência Missionária: uma esperança e realidade do compromisso cristão

Dia dos Avós: dignidade, a valorização e cuidado dos idosos

Neste 26 de julho, é celebrado o dia de São Joaquim e Santa Ana, os pais de Nossa Senhora e avós de Jesus. Por isso mesmo, o Dia dos Avós é uma data especial que geralmente tem as marcas de homenagens àqueles que já estão com seus cabelos brancos, mas também por reflexões sobre a importância dos idosos na família, na comunidade de fé e na sociedade em geral.

São Joaquim e Santa Ana são figuras veneradas na tradição cristã como símbolos da sabedoria, da paciência e do amor incondicional. São pilares da família e transmissores de conhecimentos e valores. Do mesmo modo, são eles os inspiradores para que a comunidade de fé tenha um olhar mais atento aos que ainda participam das celebrações e demais atividades (é preciso celebrar), mas especialmente junto daqueles que já se encontram com próprias limitações (é preciso cuidado e atenção). Cabe refletir sobre o que a comunidade cristã pode fazer para que o sinal da fé seja presente na vida destes: se por meio de visitas ou também pela acolhida.

O Dia dos Avós é um sinal representativo para que a sociedade se inclua na vigilância pelos direitos da pessoa idosa. Quantos pela sua condição de vulnerabilidade ainda são vítimas de golpes e demais crimes praticados até

mesmo por pessoas próximas? Há um caminho de evangelização a ser percorrido. Por isso mesmo o debate salutar sobre as condições de segurança, mas também de mobilidade, acesso à saúde e preservação de seus direitos enquanto membros da chamada “terceira idade”.

A Pastoral da Pessoa Idosa é uma organização da Igreja Católica que tem

APA - Lar dos Idosos completa 41 anos

A Associação Promocional e Assistencial (APA) – Lar dos Idosos, com sede em Toledo, completa no dia 15 deste mês de julho seu 41º aniversário de fundação e compartilha a notícia do retorno das missas na 2ª quinta-feira de cada mês, sempre às 15h. São 41 anos de acolhimento a pessoas idosas que necessitam de cuidados especiais.

Por muitos anos, uma vez ao mês é celebrada a Eucaristia junto aos idosos internos, mas com o ambiente aberto ao público. Idosos, funcionários da instituição e voluntários se reúnem para comemorar o “Chá do aniversariante do mês”, muitas vezes com bolo oferecido por pessoas da sociedade em geral.

O Lar dos Idosos está construído em terreno doado pelas famílias de Willibaldo, Emma e Bertha Hubner, tendo sido

por missão promover a dignidade, a valorização e o cuidado dos idosos. E o desafio é grande, afinal cerca de 14% da população brasileira já tem mais de 60 anos de idade. Na Diocese de Toledo, há espaço para líderes voluntários na Pastoral da Pessoa Idosa. Se você sentir esse chamado, informe-se na secretaria da sua Paróquia.

intermediador da doação o sr. Albino Corazza Neto, que faz parte da diretoria até hoje e não tem medido esforços para motivar melhorias no espaço físico e a qualidade dos atendimentos. Atualmente são acolhidos na instituição 37 pessoas idosas, sendo 24 mulheres e 13 homens, encaminhados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Casa de Passagem e Ministério Público da Comarca de Toledo, com algumas vagas de forma espontânea.

As visitas e atividades complementares são muito bem-vindas e fazem toda a diferença para o bem-estar dos idosos residentes. No entanto, a direção pede a compreensão de todos com os cuidados de higienização com álcool gel e afastamento social, uma vez que os idosos fazem parte de grupo de risco.

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As comunidades de fé devem ser protagonistas no acolhimento aos idosos
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São Cristóvão: a festa do Padroeiro do Motoristas

As tradições populares e as devoções aos padroeiros das comunidades representam enorme riqueza para a Igreja. Em cada época, em cada situação vivida pelo povo, as páginas das Sagradas Escrituras foram relidas e atualizadas na vida dos santos. A devoção ao padroeiro aproxima a comunidade dos ensinamentos de Jesus e oferece proposta concreta para viver a espiritualidade e os desafios da vida segundo o Espírito Santo.

Os devotos de São Cristóvão buscam no seu padroeiro proteção, intercessão, mas especialmente um exemplo a ser seguido. Exemplo este de santidade, de vivência dos valores do Reino de Deus. Enfim, cada santo é uma página aberta do Evangelho para ser lida por todos.

São Cristóvão foi um convertido, alguém que se encontrou na vida a partir do momento que descobriu Jesus. E que era, como se canta no seu hino, “servidor eras tu só da morte, nem sabias quem era Jesus”. Depois tornou-se “um cristão, Deus te fez de verdade, tão disposto a viver só no bem”.

INSPIRAÇÃO DO ANO VOCACIONAL

A espiritualidade proposta para as reflexões deste ano é inspirada no Ano Vocacional. Cada cristão seguindo sua vocação encontra sua missão, seu pro-

Programação

- De 7 a 15/07: Novena do Padroeiro, sempre às 19h, na Igreja Matriz.

- Dia 8/07 – Passeio ciclístico da amizade em Cristo, a partir das 14h30.

-Dia 16/07 – Festa de São Cristóvão: das 7h30 às 12h30, procissão e bênção dos veículos. 10h – Missa solene na Igreja Matriz. 12h - Almoço, com o tradicional costelão ao fogo de chão. Kit para 25 pessoas ou buffet (somente antecipado). Às 14h, coroação do Rei e Rainha da Festa; e às 15h a ação entre amigos dos Dizimistas.

pósito de vida. Seremos felizes quando vivermos coerentemente nossa vocação. Mais do que isso, seremos santos e participaremos da santidade divina na medida em que estaremos em sintonia com o plano de Deus.

Nossa busca constante por Deus, pela felicidade e pela santidade envolve essas três palavras chaves escolhidas como tema para a novena e festa deste ano: “São Cristóvão, santo pela graça, discernimento e missão”. Por graça entende-se tudo o vem de Deus, pela providência, como dom. Discernimento significa que precisamos fazer escolhas todos os dias, algumas mais simples e outras que envolvem a vida inteira. Para isso preci-

samos de sabedoria e oração. Por missão entende-se nossa identidade, quem somos e o que fazemos de nossa vida. Para isso é preciso coerência e fidelidade, esforço e determinação, perseverança e responsabilidade.

Tudo se torna possível quando seguimos os passos de Jesus. Para isso, escolhemos como lema e inspiração da Palavra a seguinte exortação da carta aos Hebreus: “Sigamos com perseverança, com os olhos fixos em Jesus” (cf. Hb 12,1-2).

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Toledo | PR
Pe. Luiz Carlos Franzener Pároco da Paróquia São Cristóvão Regiane Zanutto

Candidatos a Rei e Rainha da Festa

Mateus Brunetto Prebianca e Maria Fernanda de Carvalho

Rei e Rainha da Festa de São Cristóvão 2022

Maria Clara Gonçalves Marques e Nicolas Panisson Simon

Representam os Setores: Nossa Senhora do Rocio, Nossa Senhora das Graças, São Cristóvão, Divino Espírito Santo e Capela Nossa Senhora de Fátima

Ísis Vitória Souza e Lucas Gabriel Prolo

Representam os Setores: São

João Batista, São Francisco de Assis, Nossa Senhora do Carmo, Sagrada Família e Capelas

Nossa Senhora das Dores e São Joaquim e Santa Ana

Maria Eduarda de Cristo de Souza e Vicente Vieira

Representam os Setores: Nossa Senhora de Fátima, São Pedro e São Paulo, Nossa Senhora Aparecida, Comunidade São Judas

Tadeu e Capelas São Paulo e São Miguel

De malas prontas para encontro com o Papa

Agora é momento de preparar as malas, conferir os documentos e controlar a ansiedade. Jovens da cidade de Palotina vivem essa agitação com a proximidade do embarque rumo a Lisboa (Portugal), onde participarão de 1º a 6 de agosto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que contempla vários encontros, catequeses e até uma missa com o Papa Francisco.

A organização deste grupo acontece por meio de motivação do Caminho Neocatecumenal, um serviço pela evangelização que está presente na Diocese de Toledo.

A delegação da Diocese de Toledo que estará presente na JMJ é formada por 25 pessoas, entre jovens, dois casais como catequistas responsáveis pelo grupo e um sacerdote. Eles são da Paróquia São Vicente Palotti, de Palotina, e da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Terra Roxa.

O grupo começa a viagem no dia 24 deste mês de julho. Isso acontece porque eles aproveitaram e incluiram no roteiro uma passagem pela Grécia, conhecendo um pouco da história do Apóstolo Paulo naquela região para a propagação do cristianismo. O roteiro contempla ainda uma visita ao Santuário de Fátima, em Portugal. A caravana retorna à Diocese de Toledo no dia 8 de agosto.

De acordo com informações de Leacir Romani, coordenador diocesano do Caminho Neocatecumenal, os jovens estão bastante ansiosos para participar desta Jornada Mundial da Juventude, especialmente da Vigília Eucarística e celebração com o Papa. O grupo da Diocese também participará de um encontro vocacional com os membros da equipe responsável internacional do Caminho: Kiko Argüello, María Ascensión Romero e Pe. Mario Pezzi. “Será

um momento muito importante para os membros do Neocatecumenato”, salienta Leacir.

Uma semana antes da viagem, ainda de acordo com Leacir, os jovens participarão de uma celebração penitencial em preparação para a JMJ. “É um momento muito importante, pela graça de Deus, este encontro com o Papa. Esperamos voltar de lá com a certeza de que Deus vai agir em nosso coração, nos dando um espírito novo. E para os jovens, um discernimento da sua vida e da sua vo-

cação, seja para o sacerdócio ou para a vida matrimonial. O importante é que eles se sintam amados por Deus e na sua vocação servi-lo. É isso que esperamos. Que Deus nos acompanhe! Vamos rezar pela Diocese de Toledo e para que tudo transcorra segundo a vontade de Deus”, diz.

Visita Apostólica

O programa da visita apostólica do Papa Francisco a Portugal, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, inicia no dia 2 de agosto. Dois dias serão dedicados a visitas diplomáticas, encontros com universitários e participação da cerimônia de acolhimento. No dia 4, os momentos mais esperados são as confissões e a Via-sacra com os jovens no lugar chamado de “Colina do Encontro”. No dia seguinte, o Santo Padre estará em Fátima para rezar o terço com jovens doentes e depois retorna para Lisboa para a Vigília, no Campo da Graça. No dia 6, ele presidirá a celebração para o Dia Mundial da Juventude.

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Participantes do encontro para prescrutação mensal, um rito do Caminho Neocatecumenal. Parte deles viajará para a Jornada Mundial da Juventude Jovens em momento de adoração ao Santíssimo Sacramento

do La Salle Toledo

Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 15 Descubra a EDUCAÇÃO INFANTIL
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Escola de Português para

Migrantes é aberta em Toledo

Um gesto concreto da comunidade de fé e pessoas de boa vontade inicia sua caminhada neste mês de julho. Trata-se do curso de Português voltado exclusivamente aos migrantes. Já foram registradas 27 etnias em migração na região da Diocese de Toledo.

A iniciativa da escola de Português é um esforço na tentativa de responder aos desafios perante a empregabilidade desta população. O diagnóstico é de que há oferta de trabalho em empresas na região, porém o migrante permanece pouco tempo empregado, o que ocorre por diversos motivos e um deles é o idioma. Por isso, a Cáritas Diocesana, Pontifícia Universidade Católica e Prefeitura de Toledo estão unidas na oferta deste curso que abriu 60 vagas (todas já preenchidas). A escola começa com a grande maioria dos inscritos de nacionalidades haitiana e venezuelana. Até meados de junho passado, havia um egípcio inscrito. Nenhum migrante paga pelas aulas. Os custos com pagamento de professor, materiais, espaço físico, entre outros, são arcados pelos parceiros.

“Sem uma boa comunicação, muitas

Diocese participa de

As atividades comemorativas da 38ª Semana do Migrante, em junho último na cidade de Toledo, tiveram apoio da Cáritas Diocesana. A Embaixada Solidária, organização não governamental, mobilizou uma programação que contou com apoio de demais parceiros e a Diocese de Toledo não poderia deixar de participar, até porque possui projetos de atendimento às pessoas em situação de migração, sejam estes pela Cáritas ou por outros atendimentos da Pastoral do Auxílio Fraterno e Pastoral do Migrante.

oportunidades de trabalho e relações sociais ficam comprometidas. O curso visa preparar os migrantes para que consigam se comunicar melhor nos espaços de trabalho e nos demais onde

iniciativas

possamos nos encontrar, como escola, posto de saúde, supermercado, espaços de lazer, enfim”, comenta o professor Jaime Rauber, da PUCPR – Câmpus de Toledo.

O curso tem 40 horas/aula e é realizado para três turmas. Duas turmas têm aulas no câmpus da PUC, sendo aos sábados, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Já a terceira turma se encontra aos domingos, das 8h às 12h, numa sala cedida na Paróquia Sagrada Família, localizada no Jardim Panorama. As aulas tem período de realização de 1º de julho a 3 de setembro.

A Cáritas Diocesana, a Pastoral do Migrante e Pastoral do Auxílio Fraterno vêm acompanhando esse fenômeno migratório que é uma realidade nas paróquias, as quais realizam atendimentos dos mais diversos. A Cáritas, enquanto organismo vinculado à Igreja Católica, por sua vez, estabeleceu contatos e diálogos com a Embaixada Solidária – organização não governamental de apoio aos migrantes, Prefeitura de Toledo e classe empresarial na busca de soluções para melhorar os índices de empregabilidade dos migrantes.

em prol dos migrantes

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Jairo Zeni Com aprendizado do idioma, expectativa é diminuir a rotatividade nas empresas Partilha com grupo de migrantes no salão da Igreja São Cristóvão, em Toledo

A Igreja São Cristóvão, em Toledo, que abarca uma ação de atendimento aos migrantes por meio do Movimentos de Cursilhos de Cristandade, recebeu algumas dessas pessoas que se dispuseram a participar de uma missa no último dia 18 de junho, seguida de um momento de partilha no salão paroquial. Demais atividades foram realizadas até o dia 25 de junho último, que incluíram arte, cultura, tradições, culinária e música, além de um encontro para a colocação no mercado de trabalho.

A Organização das Nações Unidas calcula que um terço da população mundial já passou ou está passando por situação de migração. Este ano, a Semana do Migrante apresentou o tema de reflexão de

São João Batista Scalabrini: “Para o migrante, Pátria é a terra que lhe dá o Pão”. “A Cáritas Diocesana está preocupada em oferecer melhores condições de vida a quem está em situação de migração. Trabalhamos para oferecer diálogo, debate, diminuir os preconceitos e também para colaborar na construção de política pública em torno da pessoa migrante”, afirma o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, que também é assessor da Cáritas Diocesana.

Como projeto de unidade, a Semana do Migrante cumpriu sua finalidade. Em mais uma iniciativa, reuniu parceiros que tornam ainda mais visível essa população carente de acolhida e de auxílio para suas necessidades básicas.

Divulgação/Embaixada Solidária Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 17 XXVII - nº 293 - de 2023 17
Inauguração do Mural “Chegadas” que identifica as nacionalidades atendidas na organização não governamental A haitiana Iscardely Nicolas vive há cinco anos em Toledo Participação da Academia de Letras de Toledo na Semana do Migrante Cantora cubana, Dayanne Victoria Sosa Rivas (Vick), apresentou-se na Embaixada Solidária e PUC

Pastoral da Juventude avalia efeitos da pandemia e crise de lideranças

Os efeitos da pandemia, a crise de lideranças e o impacto das redes sociais. Esses são alguns dos desafios postos diante da Pastoral da Juventude que identifica ainda a dificuldade de aproximação, comunicação e expressão com os jovens como frentes de ação. O receio diante das rápidas mudanças na sociedade agrega a essa provocação que impele uma reflexão profunda sobre as iniciativas possíveis para modificação deste cenário.

Nesse contexto, doze assessores de diferentes dioceses do Paraná reuniram-se com a coordenação regional da Pastoral da Juventude (PJ), com o objetivo de compreender a realidade juvenil atual, trocar experiências de trabalho com os jovens em suas respectivas dioceses e planejar os próximos passos da equipe de assessores do Regional Sul 2.

Esses desafios fizeram parte da reflexão realizada durante o Encontro Regional de Assessores (ERA) realizado dias 10 e 11 de junho último, em Cianorte – Diocese de Umuarama. A Diocese de Toledo esteve representada pelos assessores na Pastoral da Juventude, Giovani Bessegato, Adilson Alberton, Cleyton Silva e Thiago Menezes. No período do encontro, os assessores debateram a realidade dos jovens e seus grupos de base, bem como os desafios e o papel dos assessores diante do cenário atual.

O PAPEL DO ASSESSOR NA PJ

O assessor exerce uma função fundamental na caminhada da Pastoral da Juventude. Ele tem a missão

Debate coloca no centro um dos grandes desafios na ação evangelizadora junto ao público jovem

de estar presente, acreditar na capacidade dos jovens de serem protagonistas e portadores de uma mensagem renovadora.

Ser assessor implica em imergir em um sagrado processo de discipulado e missão, envolvendo-se plenamente na vida de Cristo ao acolher com ternura e dedicação os jovens. Assim, a assessoria ilumina o caminho dos jovens, incitando-os a descobrir seus próprios dons, fortalecer sua fé e trilhar seus sonhos com coragem e confiança. São sementes de transformação, plantando a esperança, o amor e a alegria nos corações juvenis, inspirando-os a construir um futuro repleto de luz e significado, a caminho da Civilização do Amor.

Equipe de assessores na Diocese de Toledo

A equipe de assessores da diocese de Toledo é composta por 20 membros, que em suas trajetórias, trilharam caminhos como coordenadores decanais, diocesanos e atuantes no cenário Regional. Cada membro carrega consigo uma história singular, repleta de formações e vivências pessoais que tecem uma tapeçaria de saberes, enriquecendo assim a equipe e proporcionando uma vastidão de temas a serem contemplados nos encontros com os jovens. No âmbito pastoral, esses assesso-

res e assessoras são convidados para realizar formações. Assim, deixam suas marcas nos jovens, através de palestras, momentos de oração, retiros e a presença nos grupos de base. O Encontro Regional de Assessores da Pastoral da Juventude em Cianorte foi uma oportunidade valiosa para o intercâmbio de conhecimentos e experiências, fortalecendo a atuação da equipe de assessores da Diocese de Toledo e reforçando o compromisso de acompanhamento e formação dos jovens no estado do Paraná.

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Assessores diocesanos da PJ que participaram do Encontro Regional juntamente com os representantes da diocese na coordenação regional, que são: Karolayne Borges - articuladora da Província de Cascavel; Nathalye lima - secretária Regional da PJ Sul 2; e Marines Bettega - assessora regional da PJ Sul 2

Com bela interpretação, coroinha conta história do Padroeiro

Os belos exemplos e testemunhos de fé precisam ser partilhados. Esta bonita história que você acompanha na Revista Cristo Rei vem da Paróquia Santo Antônio, de Formosa do Oeste.

A catequista Graciani Favorito, que também é agente da Pastoral dos Coroinhas e Acólitos, e atua na Pastoral da Educação e Pastoral da Liturgia, enviou mensagem expressando sua alegria em partilhar com a revista da comunidade católica o gesto do coroinha Pedro Pedro Antonio Caretta

Cecato que, na Missa em honra ao Padroeiro da comunidade paroquial e nos dias do Tríduo, contou a história de Santo Antônio. “Foi muito edificante. A comunidade ficou muito feliz! Gostaríamos de partilhar com a Diocese, através da Revista Cristo Rei”.

Já é o segundo ano consecutivo que Pedro declamou para a comunidade o texto que conta a história do Padroeiro. Com uma bela interpretação e vestido à caráter, Pedro não usou nenhum recurso. Estava tudo na sua memória.

O garoto contou a biografia de Santo Antônio que nasceu em Lisboa e que deixou a terra natal para ser religioso na cidade portuguesa de Coimbra. A história do Padroeiro, contada pelo garoto Pedro, destaca que desde muito cedo Antônio estudava bastante a Sagrada Escritura e orava; que também passou por crises que incluíram deixar a ordem agostiniana

E na sua comunidade?

para fazer-se franciscano. Foi missionário na Itália e França. Seus últimos anos foram vividos em Pádua.

Pedro destacou as principais características de Antônio de Pádua, especialmente a humildade e simplicidade de vida, e falou daquilo que o Padroeiro interpretou das palavras de Jesus, dirigidas a São Pedro: “Nutre meus carneiros, pastoreia minhas ovelhas”, que seria claro que deveria nutrir os irmãos na fé com a Palavra

A Pastoral dos Acólitos e Coroinhas da sua Paróquia já está caminhando no testemunho da fé? Conte pra gente. Vamos partilhar as bonitas experiências de engajamento nas atividades de apoio e participação nas celebrações, a preparação realizada pelos agentes e o incentivo dado pelos pais. Que tal? Pegue a câmera do seu celular para ler o código QR e envie a mensagem para nós!

da pregação, com a ajuda da oração e com seu testemunho de vida.

O coroinha Pedro decorou todo o resumo deste conteúdo biográfico, reproduzindo aos participantes da celebração aquilo que Santo Antônio refletiu: “Vivendo com o povo, me dei conta de que não estão os bons de um lado e os maus de outro, mas que estão misturados, fortes e frágeis, grandes e pequenos, prepotentes e simples. Dei-me conta de que o bem está em todos, basta saber evocá-lo e cultivá-lo com inteligência e paciência”. “De qualquer modo, todos precisam ouvir dizer, alto e bom som: Deus te ama e demonstra isso de infinitas maneiras, inclusive com o fracasso e o sofrimento, mas, sobretudo, por meio de Jesus”, concluiu na mensagem feita durante a celebração. Ao final da interpretação, a comunidade de fé o aplaudiu.

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Pedro Antonio conta história do Padroeiro em Formosa do Oeste Pe. Ricardo conduz rito de bênção dos pães de Santo Antônio

Síntese do Ano Vocacional apontará anseios e caminhos a seguir

A Comissão Diocesana do Ano Vocacional concentra suas atenção e total dedicação na elaboração da Síntese que apresentará ao Regional Sul 2 (Igreja no Paraná) após ter concluído com grande alegria a programação desenvolvida junto a crianças, adolescentes e jovens. Neste 3º Ano Vocacional, cujo tema é “Vocação: Graça e Missão”, o Regional Sul 2, do qual a Diocese de Toledo faz parte, fomenta um processo de encontro, escuta e discernimento com as novas gerações a fim de facilitar a experiência da graça da vocação e de os conduzir para a missão.

Para chegar a essa Síntese, que está sendo confeccionada, o caminho percorrido passou pela formação da Comissão Diocesana e formação de Agentes Vocacionais em cada paróquia; disponibilização de três orientações on-line para conhecer os Ambientes Vocacionais, as Atitudes Vocacionais e o Acompanhamento Vocacional; e a aplicação do questionário em cada paróquia. Esse material agora está como articulador diocesano do Ano Vocacional, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, também reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja. Das 32 paróquias da Diocese, 23 delas realizaram a Síntese.

Na pré-avaliação de todas as atividades desenvolvidas,

Pe. Juarez comenta que o Ano Vocacional na Diocese ganhou forma com as Missões Vocacionais em todas as paróquias, com uma expressiva participação. “Foram, aproximadamente, 12 mil participantes entre catequizandos, coroinhas, acólitos, adolescentes e jovens que ouviram falar sobre as vocações sacerdotal, religiosa, matrimonial e leiga. Queremos agradecer o empenho dos Agentes Vocacionais e dos padres que deram total apoio para que esta atividade acontecesse. Agradecimento especial aos missionários que não mediram esforços para realizar este serviço”, salienta.

Mas de acordo com Pe. Juarez, o que sintetiza essa avaliação positiva é o retorno dos próprios agentes do Ano Vocacional. É o caso da Mariana Parnaíba de Andrade, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Decanato de Palotina, que descreve a Missão Vocacional como uma “experiência incrível” e desafiante porque perceberam a vergonha das crianças e adolescentes em mostrar os talentos, tanto no canto como na leitura. “Mas, com esse encontro, conseguimos ajudá-los a despertar e dizer sim para suas vocações”, conta.

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No diálogo com adolescentes, uma conversa mais pontual sobre as vocações Reflexões propositivas, com pausas para cantos, envolveram os grupos

RENOVAÇÃO DA FÉ

Já a agente vocacional Silvana Teixeira Carvalho, da Paróquia Maria Mãe da Igreja – Decanato de Rondon, avalia que que a Missão Vocacional ajudou no despertar das crianças, adolescentes e até mesmo dos catequistas. “Um momento ímpar para a renovação de fé. Após 20 anos foi vivenciado um dia inesquecível em nossa Paróquia, em que a Igreja despertou e trouxe mudanças na forma de evangelizar nossas crianças e adolescentes, e a conclusão é de que há necessidade de missões anuais para manterem a motivação e o fortalecimento da fé”, sugere. Ainda de acordo com Silvana, a síntese dos roteiros vocacionais despertou a valorização dos adolescentes como “vozes e futuro da Igreja”, e como os olhares devem ser voltados para eles. “Os adolescentes precisam da Igreja para direcionamentos como seres humanos e cristãos. Eles buscam uma Igreja em diferentes segmentos de vossas vidas. Se sentem acolhidos, irmãos e tratados com igualdade em ambiente cristão e por lideranças da Igreja. Trouxeram a importância do Sacerdote no fortalecimento da fé, bem como da atuação do catequista no processo de evangelização”, revela.

AFETO E ACOLHIMENTO

No Decanato Toledo, a expressiva participação na Missão Vocacional é traduzida pela agente vocacional Lucimara Carraro, da Paróquia Me -

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Missão em Assis convidou adolescentes à abertura do diálogo com Deus Fotos: Pascom/Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Tupãssi Pe. Solano dirige sua mensagem aos adolescentes em Tupãssi Religiosas apresentam seu testemunho vocacional em Tupãssi Jovens reunidos na celebração eucarística em Tupãssi

nino Deus. Conforme ela, durante as atividades do Ano Vocacional e síntese das respostas de crianças e adolescentes às questões sobre as vocações, o que mais chamou

atenção foi o desejo das novas gerações por afeto e acolhimento. “A necessidade pulsante por se sentir pertencente e especial para ser alguém no mundo. Por isso,

aflora-se a importância de ouvir o clamor desses meninos e meninas; renasce a missão de alcançar os que se sentem sozinhos e mostrar que Deus é o único caminho para a felicidade”, pontua Lucimara.

No Decanato de Assis, as agentes vocacionais Marluci de Oliveira Verginio e Edlene de Barros Mandoti, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, resumem que a elaboração da síntese vocacional foi um desafio e ao mesmo tempo um aprendizado. “Por meio das respostas dadas, percebermos onde precisa ser melhorado, as dúvidas com relação à vocação e os anseios dos adolescentes. Foi possível perceber a contribuição do ambiente em que vivem na descoberta de sua vocação, as atitudes que gostariam que família, amigos e Igreja tivessem em relação a isso e como gostariam de ser acompanhados. É uma pena que são poucos os que tem acesso a estes ‘desabafos’”, comentam.

Essas são apenas algumas partilhas feitas para a composição desta reportagem. Muitas outras opiniões, sugestões e ideias passam agora para a compilação destas informações que se transformam na Síntese Diocesana sobre o Ano Vocacional. Nas próximas edições da Revista Cristo Rei, outros apontamentos poderão ser conhecidos, a partir da conclusão da Síntese.

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Em Jesuítas, momento devocional mariano realizado com a garotada Coral juvenil na celebração em Jesuítas Equipe da animação vocacional dialoga com participantes Fotos: Patrícia Pelissari/Paróquia Santo Inácio de Loyola - Jesuítas Fotos: Evelyn Gabrielle Dinâmica proposta durante o evento em Maripá Crianças e adolescentes são envolvidos nas atividades

Celebrados os 20 anos da PUCPR em Toledo

Uma celebração eucarística marcou os 20 anos de instalação do Câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR) em Toledo. Presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, no último dia 6 de junho, a missa realizada no auditório da universidade foi concelebrada pelo decano na instituição, Pe. Hélio José Bamberg, e pelo coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, ex-aluno da instituição.

A celebração contou com a participação da direção, professores, funcionários e um grupo de acadêmicos. Ao som do Coral da Ação Social São Vicente de Paulo, todos renderam graças ao bom Deus pelas maravilhas alcançadas ao longo dos anos com a formação de profissionais e de “gente boa” para sociedade.

É o que lembra a professora Adriana Aparecida Dambros da Silva, que está no corpo docente desde o início do Câmpus em Toledo. “O Ir. Clemente Ivo Juliato, nosso reitor de saudosa memória, ele sempre nos dizia que devemos entregar dois diplomas: além do profissional, o diploma de ‘gente boa’. Queremos continuar esse legado do Ir. Clemente, sempre formando pessoas para o seu campo de atuação, mas também para a sociedade”, salienta.

D. João Carlos Seneme congratulou-se com a instituição, representada em Toledo pelo seu diretor do Câmpus, Ricardo Lopes, sublinhando a missão da PUCPR com o ensino de qualidade.

Pe. Hélio Bamberg fez uma memória afetiva da inquietação que havia com a formação em

Filosofia até as reuniões decisivas para a vinda da PUCPR para Toledo. “Nós pensávamos em uma extensão da PUC, que era o que podíamos sonhar. Mas o reitor na época, Ir. Clemente Ivo Juliato (em memória), nos falou que a proposta era de interiorização da universidade no Paraná. Essa foi a mudança total. Assim, veio o entendimento de que não era mais uma questão somente da Igreja, mas que dependia do envolvimento das

forças vivas de Toledo, como Prefeitura, Câmara e Associação Comercial. Isso causou uma boa impressão no Ir. Clemente e sua comitiva que, ao chegarem para uma reunião na Cúria Diocesana, se espantaram – ‘Mas tudo isso?’ – ao ver que estávamos trabalhando em unidade”, lembra.

MEDICINA: O SONHO DE DUAS DÉCADAS

Passados 20 anos, e com cursos consolidados, o Câmpus de Toledo se prepara para receber a graduação em Medicina. “A pergunta principal era se Toledo teria o curso de Medicina na PUC. Ir. Clemente dizia que o curso não era o ponto de partida, mas o ponto de chegada. E agora teremos esse curso que, naquela época, era um sonho praticamente impossível. Só temos que louvar a Deus por tudo”, salienta Pe. Hélio.

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Câmpus da PUCPR completa 20 anos em Toledo com equipe dedicada na formação profissional e humana de seus acadêmicos Coral da Ação Social São Vicente de Paulo animou a celebração. A entidade é beneficiária de ações voluntárias da PUCPR em Toledo Homenageados com 20 anos de PUC/Toledo: professor Renato Herdina Erdmann, colaborador clínica veterinária Antônio Ribeiro Gomes, professora Adriana Aparecida Dambros da Silva e Pe. Hélio José Bamberg Bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, no rito de bênção pelos 20 anos da PUCPR em Toledo Comunidade acadêmica presente na celebração Rito de bênção ao final da celebração com a participação da direção, professores e colaboradores

Escola Diocesana de Lideranças aborda o valor a vida e as amizades

A segunda etapa da Escola Diocesana de Lideranças (EDL), promovida pela Pastoral da Juventude, tocou em assuntos sensíveis para os jovens: o valor da vida e as amizades.

Realizada nos dias 3 e 4 de junho último, no Seminário Santa Monica, em Toledo, a etapa incluiu na sua programação várias dinâmicas para marcar a vida dos participantes. Na reflexão, um dos destaques ficou por conta do tema referente ao caminho de Jesus em Betânia, também conhecida como a casa dos pobres. “Nessa etapa temos como objetivo provocar no jovem a reflexão do valor a vida e as amizades que construímos. Betânia era considerado um local

de amizade, partilha, lágrimas, sorrisos e do falar da vida em comunidade”, lembra a coordenadora da PJ, Flávia Barbosa. Os assessores desta etapa da EDL foram Cleyton Silva, Marinês Bettega,

Rosenildo Santos e Lígia Dalastra, que envolveram os 25 jovens participantes da formação nas atividades propostas. A programação foi encerrada com uma festa junina.

Pastoral da Juventude se reúne com grupos de base

A coordenação diocesana da Pastoral da Juventude, representada por Flávia Barbosa, Francieli Bolognes, e Kaliny Cruz, esteve reunida com o grupo de base Jovens Unidos em Cristo (JUC), de Formosa do Oeste. A proposta foi de aproximação para apresentar um pouco da história admirável da Pastoral da Juventude na Diocese de Toledo. A reunião teve como tema “Caminhando pelo nosso solo Sagrado”, e nela foi abordada a história da PJ desde sua implantação na Diocese até a atualidade. As integrantes da coordenação diocesana fizeram uma memória de todos os coordenadores que já fizeram parte dessa história, como forma de incentivar a juventude do grupo JUC.

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Participantes da 2ª etapa da Escola Diocesana de Lideranças organizada pela Pastoral da Juventude Participantes do encontro da coordenação diocesana com o Grupo JUC Dinâmica de grupo proposta aos participantes da EDL No gramado do Seminário, participantes acompanham experiências de vida de “antigos” pejoteiros

Ieda e Alisson deixam saudades na Pascom de Palotina

A comunidade de fé da Paróquia São Vicente Palotti, de Palotina, despediu-se de Ieda Martinelli Moscon e Alisson Antonio Molinari Martinês, vítimas fatais de acidente automobilístico registrado em 11 de junho último, na Rodovia BR-163, trecho entre Mundo Novo e Eldorado, no Estado do Mato Grosso do Sul. A fatalidade causou grande comoção, afinal ambos eram muito engajados na evangelização da comunidade. Eles integravam a Pastoral da Comunicação na Paróquia há vários anos e, por isso, muito queridos pelos fiéis.

Ieda, com 54 anos, fazia da fotografia a arte de encontro com o Sagrado ao colocar seus dons para captar a espiritualidade do momento registrado. Sempre atenciosa, correspondeu às solicitações de registros das celebra-

ções e demais festividades religiosas. Exercia um admirável papel voluntário na sua comunidade de fé, inclusive na coordenação do grupo que encenava a Paixão de Cristo na Sexta-feira Santa, entre outras.

Igualmente Alisson, que aos 28 anos de idade estava muito bem engajado na Pascom e ainda no Setor

Uma vida dedicada à fé!

Daisy amou e viveu intensamente em sua fé, valores, paciência, bondade e caridade, que deixaram marcas de sua existência. Sua devoção era tão grande que foi Ministra da Eucaristia, Zeladora da Capelinha, participou do Movimento dos Focolares e durante mais de 20 anos rezou o terço às 4 da manhã de joelhos, em sintonia com a Rádio Milícia da Imaculada. Além disso, Daisy sempre tratou com carinho diversas pessoas, principalmente os jovens do Seminário Maria Mãe da Igreja presenteando-os com caixas de bombons em seus aniversários.

Registrou sua vida desde a infância até a vida adulta em livro intitulado “Deus me fez assim”, e tinha como lema de vida a frase: “O sofrer foi grande, mas a alegria é maior”.

Em seus últimos anos, Daisy continuou se dedicando à caridade, seja costurando vestidos para crianças carentes, distribuindo doces para alegrar o dia de quem encontrava em seu caminho ou em orações diárias.

Juventude da Paróquia. Seus dons foram colocados a serviço da evangelização da juventude que, segundo relatos de membros da paróquia, resultaram na motivação para a animação dos grupos já existentes, bem como pela articulação de novos grupos na Paróquia.

De ambos, ficam os testemunhos de perseverança na caminhada. Alisson era filho único de Valmir e Ana Martines. Ieda deixou o esposo Joelço e dois filhos, Eduardo Martinelli Moscon e Eloisa Martinelli Moscon. A Diocese de Toledo, por meio do bispo D. João Carlos Seneme e clero, manifestou solidariedade aos familiares e comunidade de fé, rezando por suas almas. Do acidente, Daniele Antero, também passageira no veículo, sobreviveu.

A vida de Daisy não foi fácil, mas mesmo acamada por conta do Alzheimer continuou com seu terço em mãos, abençoando quem a visitava e pode contar com pessoas especiais, como os funcionários do Grupo EMAD que a trataram com muito carinho, dedicação e profissionalismo em seus últimos meses de vida. Daisy partiu no dia 29 de abril de 2023, aos 91 anos, deixando uma marca no coração e muitas saudades em quem pode a conhecer. Seja apenas aquelas que foram agraciadas por sua bondade ou aquelas que viveram intensamente sua fé ao seu lado.

Gostaríamos de agradecer a Deus pela vida de nossa mãe, por todas as pessoas que nos ajudaram e participaram dessa jornada!

Daisy, irmã do querido e saudoso Pe. Odilo Rockenbach, pode ter partido, porém estará sempre em nossos corações e orações!

Com carinho, de seus filhos, Regina, Ivan e Paulo

Alisson estava envolvido na Pascom e Setor Juventude
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Ieda era voluntária na Pascom como fotógrafa

Encontros da Pastoral Familiar dialogam sobre o Setor Pós-matrimonial

A coordenação regional da Pastoral Familiar no Paraná está percorrendo as Províncias Eclesiásticas para um diálogo mais próximo com agentes da pastoral, especialmente equipes de coordenação com o objetivo de dialogar sobre o tema “Pós-matrimônio”. O casal coordenador estadual, Cloves e Milene Angeleli, que é da Diocese de Toledo, salienta que recente encontro realizado na Província Eclesiástica de Cascavel resultou em abertura de horizontes e possibilidades de atuação junto às famílias.

Ronaldo e Tatiane de Melo, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, assessoraram o encontro realizado dias 10 e 11 de junho último, na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, reunindo coordenadores de setores da Pastoral Familiar da

Diocese anfitriã, bem como das Dioceses de Toledo e Foz do Iguaçu e da Arquidiocese de Cascavel.

Cloves destaca que após um período de investimento em ações na dimensão pré-matrimonial, agora é dado um passo adiante que reflete na acolhida aos casais que celebram o Sacramento do Matrimônio para que estes participem da Pastoral Familiar e vivenciem a atividade religiosa e a espiritualidade conjugal na Igreja. Atualmente, a Pastoral Familiar no Regional Sul 2 (Paraná) incentiva que os agentes auxiliem na organização da Pastoral Familiar nas paróquias que ainda não contam com este serviço de evangelização. Afinal, em muitas delas é sabido que existem atividades desenvolvidas para as famílias. A Pastoral Familiar, de acordo com ele, tem o desejo de estar em todas as paróquias para que possa acolher as famílias e servir na evangelização.

Aproveitando o contexto do Ano Vocacional, Cloves lembra que a família é a base de tudo, inclusive de vocações. As famílias são grandes incentivadoras das vocações, seja para a vida sacerdotal, religiosa ou mesmo matrimonial. São os pais e mães ou responsáveis que participam, eles mesmos, das pastorais ou movimentos, e ainda sugerem e encaminham jovens para essa vivência comunitária fraterna.

Agente da Pastoral do Auxílio Fraterno será homenageada de Toledo

Uma agente da Pastoral do Auxílio Fraterno, da Paróquia Cristo Rei (Catedral), receberá homenagem do Município de Toledo. Uma das mais altas honrarias, a Medalha Willy Barth, será entregue em sessão solene à senhora Idelsen Cristina Magro, no final deste ano de 2023. Ela teve seu nome indicado, tendo sido aprovado Projeto de Resolução da Câmara de Vereadores com este objetivo.

Idelsen faz parte da história do pioneirismo de Toledo. Seus pais transferiram residência de Guaporé (RS) para Toledo quando ela tinha apenas 4 meses de vida. Chegaram no “Arroio Toledo” em 2 de maio de 1951, após uma viagem de caminhão

em que estavam 20 pessoas. Mas é pautada pela fé, esperança, trabalho e persistência – herdados de seus pais – que Idelsen construiu uma história de doação pelo próximo com envolvimento na Catequese e no Auxílio Fraterno. Essa trajetória faz reconhecê-la como personalidade toledana por ter contribuído para o desenvolvimento do Município de Toledo e por ter se destacado nas ações de integração social com impacto direto na promoção social.

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Presença da Diocese de Toledo no Encontro Provincial realizado na Diocese de Palmas-Francisco Beltrão Idelsen Cristina Magro será homenageada no final do ano Membros da coordenação diocesana no evento da Província Eclesiástica

CURIOSIDADES LITÚRGICAS

Atualmente, qual o valor do domingo para a Igreja?

No último artigo, falamos sobre a importância do domingo nos primeiros séculos da Igreja. Mas qual o valor do domingo atualmente? Nada mudou. A singularidade do domingo só foi acentuada.

No último Concílio da Igreja, o Vaticano II, encontramos uma constituição toda dedicada à Liturgia. Trata-se da Sacrosanctum Concilium. Neste documento magisterial, o domingo aparece como o principal dia da celebração cristã, além do dia da alegria e do repouso. Mas a expressão mais forte é esta: “O domingo é o fundamento e o centro de todo o ano litúrgico”.

O domingo é fundamento, porque enquanto primeiro dia da semana, recorda-nos do primeiro dia da criação, quando Deus, através do Verbo, origina a luz. Cristo é a luz do mundo, que é vida para os homens (cf. Jo 1,4; 8,12). O primeiro dia da semana é o dia que a luz resplandeceu nas trevas e nos abriu as portas do Reino do Céu. O domingo é o dia por excelência do Mistério Pascal, porque é o dia em que Cristo ressuscitou (cf. Jo 20,1). Tal qual o Tríduo Pascal é a maior celebração litúrgica, o domingo é o dia da liturgia fundamentalmente.

O Papa São João Paulo II, em 1998, publicou a Carta Apostólica Dies Domini, na qual tratou sobre a santificação do domingo. No capítulo terceiro, pontuou que o domingo é dia da Igreja. Sendo a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, por meio da qual Cristo realiza a obra da

salvação no hoje da história através da Liturgia, e uma vez que o Mistério Pascal é o ápice da economia da salvação e conteúdo da Liturgia, o domingo é dia da Igreja. É o momento em que o Corpo Místico de Cristo, presencialmente, reúne-se e faz Liturgia. É o dia em que o povo peregrino se enche de esperança, quando se alimenta do Pão da Vida, mediante a Palavra e o memorial eucarístico, prefiguração do céu. É o dia da fraternidade, onde irmãos e irmãs se

reúnem, apoiam-se e se motivam para a missio-missão (de onde ressoa o termo “missa”).

Portanto, caros leitores, empenhemo-nos em participar das liturgias dominicais em nossas comunidades, o maior dia da semana para o encontro com Deus e com os irmãos.

Terra Roxa prepara encontro do Movimento Mães que Oram pelos Filhos

Neste dia 15 de julho, o Movimento Mães que Oram pelos Filhos tem encontro programado para ser realizado na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Terra Roxa. Com o tema “Vinde minhas filhas, não tenhais medo”, a programação contempla a acolhida a partir das 13h30, seguida de entronização e terço pelos filhos. Às 14h, haverá a primeira formação com o tema “Convite missionário de La Salette” e logo após o momento oracional. Após o intervalo, haverá a reflexão do tema “A missão na família”.

Está programado ainda um momento para testemunho presente no Movimento. A conclusão do evento se dará com celebração eucarística. As mães interessadas em participar precisam fazer a inscrição para o evento junto à coordenação na Paróquia de Terra Roxa. O evento anuncia a participação do diretor espiritual diocesano, Pe. Milton Munaro; da coordenadora diocesana, Neyva Martini; e das coordenadoras de grupo, Elaine Volpato e Edineia da Silva. Estão confirmadas ainda as presenças

das coordenadoras dos serviços estaduais AMO-Hospital, Lisnéia Duarte; e de formação, Kátia Golombe.

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Celebração eucarística na Catedral Cristo Rei, em Toledo
inscrição
Faça sua

Por que é preciso parar para rezar?

O tempo dedicado para a oração é um tempo dedicado a Deus. É como realizar uma manutenção na linha de conexão para que todos os aparelhos funcionem e, principalmente, não falhem. No retiro espiritual, pelo ca -

minho das fragilidades que aparecem e são reconhecidas, é quando ocorre o fortalecimento dos vínculos com o Pai. Um tempo para a reflexão da Palavra é importante e necessário para todo cristão. É com essa finalidade que a

Revista Cristo Rei revela a você leitor (a) como foi o retiro do clero da Diocese de Toledo, realizado em junho último, no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, e que foi assessorado pelo bispo de Guarapuava, D. Amilton Manoel da Silva. Por que ter conhecimento sobre esse período de espiritualidade do clero faz sentido para você e para sua comunidade de fé?

D. Amilton ensina que a partir do momento em que o cristão para para rezar, para orar, seja ele padre ou leigo, entra automaticamente a avaliação da sua vida e missão. Portanto, o retiro é o momento de rever se as atitudes estão coerentes com aquilo que a Palavra de Deus está pedindo, e onde cada um pode melhorar na caridade pastoral e com os irmãos, por exemplo. “Todo momento de oração e reflexão, à luz do Espírito Santo, traz frutos que implicam na qualificação da missão em vista da glória de Deus e da salvação de todos. É certo que os frutos virão”, sustenta.

Ele convida todos para que tenham consciência orante, ou seja, de espiritualidade e ação prática. Façam a

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D. João Carlos Seneme e D. Amilton Manoel da Silva conduziram a celebração

experiência de organizar e participar de uma manhã, uma tarde, um dia, um fim de semana ou um feriado, também para momentos fortes de silêncio e oração, de escuta de Deus. “Menos barulho e mais reflexão em torno da Palavra”, indica.

ORAÇÃO E AÇÃO

A ação prática do retiro vai se refletir no testemunho da vida pessoal e comunitária. D. Amilton recorda mais de 30 referências de Jesus que faz a sua pausa para rezar. Mas isso tem um por quê. “Às vezes, Ele passa a noite toda em oração. No outro dia, lá está Jesus novamente pregando o Reino junto às pessoas. Isso nos ensina que se ficarmos só no ‘fazer as coisas’, caímos num ativismo. O cristianismo é uma religião relacional, mas também uma religião orante e contemplativa, e nossas ações devem partir da espiritualidade”, salienta. Colocar-se em oração pode ser desafiante na medida

em que o ser humano passa a se encontrar com suas virtudes e também com seus pecados diante de Deus. No entanto, isso faz parte da aproximação com os caminhos de santificação. “Precisamos de momentos, tanto

O Sermão da Montanha

O tema escolhido por D. Amilton para este retiro anual do clero da Diocese de Toledo foi “as Bem-aventuranças”. Ele preparou a reflexão com a imagem de uma cruz, onde as três primeiras – ao pé da cruz – vão no direcionamento a Deus; a 4ª e a 5ª com relação ao outro e ao mundo; e no alto, o coração das Bem-aventuranças: os puros de coração e os pacíficos. D. Amilton considera, à luz da espiritualidade presbiteral, um caminho bonito a ser seguido, ainda mais no contexto do Ano Vocacional. Nesse ano especial, as Bem-aventuranças são uma referência para alicerçar o chamado, a vocação e a missão de cada padre na Igreja e na Diocese.

“Na história da Igreja, nós temos muitos teólogos e santos que se debruçaram no Sermão da Montanha, onde são proclamadas as Bem-aventuranças. Tanto esses estudiosos, como os santos, sempre disseram que nas

Bem-aventuranças está uma síntese dos Evangelhos: o cerne da mensagem de Jesus, do amor a Deus e ao próximo como a ti mesmo. Santo Tomás de Aquino toma

leigos como padres, a sós com Deus na oração pessoal de cada dia, assim como de momentos em que comunitariamente, como Igreja, paramos para ouvir, como discípulos, a voz do Senhor”, sublinha.

uma referência de Santo Agostinho e traça um caminho de ascese espiritual e também de amor a Deus e ao próximo a partir das Bem-aventuranças”, comenta.

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Celebração eucarística concluiu o retiro

Encontros de formação dão força para a chama missionária

A Diocese de Toledo é muito grata ao Pe. Antônio Niemiec, secretário nacional da Pontifícia União Missionária, que visitou os quatro Decanatos para uma maratona de formação voltada ao clero, religiosos e religiosas, seminaristas e lideranças leigas entre membros dos Conselhos de Pastoral Paroquial e das Comunidades (CPP/

CPC), e das pastorais e movimentos.

A série de encontros foi resultado de uma mobilização da Ação Evangelizadora da Diocese em atenção ao apontado na Assembleia Diocesana de 2022 que pediu o investimento na formação missionária das lideranças, visando desdobrar na dimensão testemunhal missionária das lideranças.

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Pe. Antônio trouxe sua alegria missionária às lideranças da Diocese de Toledo Leigos acompanham explanação de Pe. Antônio na Paróquia São Cristóvão, em Toledo Lideranças participam ativamente da formação Participação dos leigos com opiniões na formação Bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, presidiu a celebração no Decanato Toledo

Os encontros de formação se configuraram em um período intenso na exposição de conteúdo missionário, bem como de muito diálogo e troca de experiências. Afinal, Pe. Antônio é polonês, religioso da Congregação do Santíssimo Redentor, em missão no Brasil. Muito receptivo à participação dos leigos, ouviu atentamente suas opiniões e congratulou-se com o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora que contempla a dimensão missionária de modo mais evidente neste ano. Recordou aos leigos em tomarem a síntese da Assembleia Diocesana para que tenham o norte de suas ações nas comunidades onde vivem. E também motivou a manutenção da chama acesa da missão. Afinal, o cristão só é cristão sendo missionário.

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Participação das lideranças no Decanato Rondon Lideranças do Decanato Rondon reuniram-se na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marechal Cândido Rondon Lideranças expõem reflexões sobre o tema proposto no Decanato Rondon Pe. Antônio fala aos participantes no Decanato Palotina Evento no Decanato Toledo foi muito participativo

A espiritualidade missionária sensibilizou os fiéis a conhecer e se aproximar ainda mais das iniciativas missionárias da Diocese de Toledo, como por exemplo, apoiando a Infância e Adolescência Missionária, participando ainda mais das ações pela Igreja-irmã que é a Diocese de Brejo – Maranhão, e a mais recente: a mobilização pela doação de Bíblias para a Missão Católica São Paulo VI, que acontece na Diocese de Bafatá, em Guiné-Bissau (África). Para esta atividade, a Igreja Católica no Paraná, por meio do Regional Sul 2, conta com o engajamento dos Ministros Auxiliares da Comunidade na motivação dos fiéis.

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Encontro com religiosos membros da CRB – Núcleo Toledo Pe. Ricardo acolheu os participantes no Decanato Assis Pe. Antônio teve encontro com seminaristas sobre a espiritualidade missionária No diálogo com seminaristas diocesanos, Pe. Antônio fala sobre a missão Lideranças acompanham com atenção a formação no Decanato Toledo

Solenidade de Corpus Christi na Diocese de Toledo

Catedral Cristo Rei

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Toledo Pastoral dos acólitos e coroinhas com os fiéis na procissão Bispo diocesano conduz os fiéis com o Santíssimo Comunhão com o Cristo Eucarístico Bispo diocesano no momento da Oração Eucarística Católicos participam da Solenidade de Corpus Christi na Catedral Caminho a um dos altares teve alimentos e roupas para simbolizar a partilha Solenidade de Corpus Christi na Catedral Cristo Rei em Toledo Fiéis participam da Solenidade de Corpus Christi na Catedral Cristo Rei

Paróquia Nossa Senhora de Fátima

MARIPÁ

Paróquia Cristo Rei

ENTRE RIOS DO OESTE

Paróquia Nossa Senhora Aparecida MERCEDES

Em Entre Rios do Oeste, pedidos de fraternidade, união, amor e paz no mapa do Brasil

Rito da bênção eucarística em Maripá reuniu os fiéis

Paróquia Menino Deus TOLEDO

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Fotos: Sandra Moreira Santíssimo é conduzido pelas ruas de Maripá Fotos: Pascom Paroquial Fiéis participam da bênção eucarística na Paróquia Menino Deus, em Toledo Procissão de Corpus Christi na Paróquia Menino Deus, em Toledo Procissão de Corpus Christi pelas ruas em volta da Igreja Menino Deus, em Toledo Oração em um dos altares com o Santíssimo em Mercedes Tradicional altar para concentração dos fiéis na procissão de Corpus Christi em Mercedes Fiéis reunidos em volta do Santíssimo Sacramento em Entre Rios do Oeste

Paróquia Santo Inácio de Loyola JESUÍTAS

Paróquia São Cristóvão TOLEDO

Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida TOLEDO

Procissão de fiéis na Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Toledo

Momento de oração diante do Santíssimo na Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Toledo

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes TUPÃSSI

Tapete para procissão confeccionado transmite riqueza de detalhes e inclui alimentos partilhados

Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes GUAÍRA

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Fotos: Pascom Paroquial Bênção eucarística em Tupãssi Fiéis reunidos para a oração com o Santíssimo Lindas imagens preparadas para a procissão na Paróquia São Cristóvão, em Toledo Fotos: Regiane Zanutto Fotos: Patrícia Pelissari Católicos rezam em um dos altares em Jesuítas Pascom Paroquial Em Guaíra, programação conjunta reuniu fiéis das Paróquias Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora dos Navegantes Carlos Gabriel Ferreira Mariano Procissão acompanhada por coroinhas e acólitos em Jesuítas

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Paróquia Nossa Senhora da Glória

QUATRO PONTES

Paróquia São Luiz Gonzaga

PATO BRAGADO

Paróquia Sagrado Coração de Jesus

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

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Fotos: Juan Matoso Fiéis participam da procissão na Igreja São Francisco de Assis Acólitos e coroinhas na procissão da Igreja São Francisco de Assis Momento de oração para a bênção eucarística Tapete confeccionado com as doações de alimentos e roupas Coroinhas e Acólitos produziram cartazes para a procissão Corpus Christi em Pato Bragado Momento de reflexão em um dos altares Pe. Milton Wermann conduz os fiéis à oração em Quatro Pontes Fotos: Oficina da Foto Procissão pelas ruas próximas da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marechal Cândido Rondon Manifestação da fé no Cristo Eucarístico presente na vida da comunidade em Marechal Cândido Rondon
TOLEDO

O caminho do coração aproxima de Jesus e do irmão

14º Domingo do Tempo Comum | 9 de julho de 2023

Leituras: Zc 9,9-10; Sl 144(145),1-2.8-9.10-11.13cd-14; Rm 8,9.11-13; Mt 11,25-30

A Palavra proclamada nesta Liturgia dominical é um convite para a interioridade. Em tom profético, ela vem nos alertar sobre o que realmente guardamos no coração. Quais são nossas esperanças? Onde estão nossos tesouros? Temos mansidão e humildade que nos aproximam de Jesus e dos irmãos e irmãs? Muitas vezes valorizamos o que é importante para o mundo, o que é elogiado pelas pessoas, e permanecemos vazios! O Espírito de Cristo mora em nós, por isso precisamos viver segundo Ele. Assim nos apaixonamos por Jesus e nossa missão é ajudar outros a fazerem o mesmo.

O PROFETA ANIMA SEU POVO E ANUNCIA A VINDA DO MESSIAS

O profeta Zacarias pertencia a uma família de sacerdotes que trazia à memória o período do Exílio da Babilônia. Mas agora os tempos são outros. A partir do retorno à Jerusalém, existe um certo desânimo da parte de muitos e também saudades dos tempos prósperos em que tinham um rei como Davi ou Salomão. O profeta, então, incentiva o povo a reconstruir o templo e convida as pessoas para se alegrarem e festejarem.

esse circuito de fechamento, pecado e morte. Essa força é o próprio projeto de Deus revelado em Jesus, morto e ressuscitado, que comunica seu Espírito.

VINDE A MIM E APRENDEI DE MIM, DISSE JESUS

Jesus nos atrai, nos encanta, nos chama! Ele nos conduz à salvação mediante uma proposta exigente e simples ao mesmo tempo. Muitos não o aceitaram, por isso não se converteram e não entenderam a essência da revelação do Reino e, na ignorância, fizeram oposição e perseguiram Jesus. O Reino anunciado por Jesus não foi compreendido e aceito pelas autoridades de seu tempo.

- Segundo a profecia de Zacarias, o que se deve esperar de Jesus e de seus seguidores?

- O que significa viver segundo a carne ou viver segundo o Espírito Santo?

A profecia de modo especial trata de esperança que será a base para toda motivação. Zacarias ajuda entender que o “novo rei” será justo e humilde. Ele não precisará fazer guerra e destruir as nações. Este rei de que fala o profeta é o próprio Deus que combate em favor de seu povo, destruindo todos os instrumentos de guerra e violência para selar entre todos a paz.

- O que você acha mais urgente para aprender de Jesus? O que significa ter um coração manso e humilde?

Por que os “sábios e entendidos” do tempo de Jesus não acolheram o que foi revelado por Jesus? Certamente porque estavam presos às suas ideias, orgulhosos de seu poder e não viviam a gratuidade da experiência de Deus. Jesus critica os escribas e fariseus por amarrarem pesados fardos sobre os ombros dos outros. Essa prática religiosa torna-se um peso e tira a liberdade e a alegria de viver. Jesus louva o Pai por ter revelado seus mistérios de amor aos pequenos. É preciso ter o coração de criança e aproximar-se dos excluídos deste mundo para reconhecer os sinais de Deus. Temos tanto que aprender com Jesus! Ainda nos sentimos tão cansados e sobrecarregados pelos “fardos” que a vida nos impõe cada dia. Jesus é manso e humilde que nos ensina a viver o amor e os compromissos religiosos com mais leveza e serenidade.

O rei-messias trocará o cavalo militar por um jumentinho, não exercerá seu poder com armas de guerra, mas se colocará ao lado dos pequenos e esquecidos. Assim será o rei Jesus, já visualizado pelos profetas do Antigo Testamento.

VIVER SEGUNDO O ESPÍRITO SANTO

O apóstolo Paulo escreve aos Romanos com o objetivo de animar e encorajar os cristãos para perseverarem no seguimento de Jesus mesmo diante de um ambiente hostil. Neste capítulo, Paulo apresenta os dois princípios básicos que orientam a vida do discípulo de Jesus: o Espírito Santo que comunica vida e a filiação divina.

Quem se torna filho de Deus torna-se morada do Espírito. Por isso, esta carta escreve sobre a incompatibilidade entre a vida no Espírito e a vida segundo a carne. Viver segundo a carne é estar longe de Deus, deixando-se guiar pelos instintos egoístas. Para Paulo, existe sim uma força capaz de quebrar

Portanto, não nos deixemos seduzir pela exterioridade e por belas imagens. É preciso trilhar o caminho do coração, sermos mais contemplativos e viver com mais profundidade. Estejamos atentos para evitar o excesso de palavras e exercitarmos mais a escuta atenta. Que tenhamos mais amor e compaixão, expressões próprias de quem é manso e humilde de coração.

Leitura Diária

Dia 10: Gn 28,10-22a; Sl 90(91); Mt 9,18-26

Dia 11 (São Bento): Gn 32,23-33; Sl 16(17); Mt 9,32-38

Dia 12: Gn 41,55-57;42,5-7a.17-24a; Sl 32(33); Mt 10,1-7

Dia 13: Gn 44,18-21.23b-29;45,1-5; Sl 104(105); Mt 10,7-15

Dia 14: Gn 46,1-7.28-30; Sl 36(37); Mt 10,16-23

Dia 15 (São Boaventura): Gn 49,29-32.50,15-26a; Sl 104(105); Mt 10,24-33

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A Palavra de Deus transforma o coração e a vida do homem

15º Domingo do Tempo Comum | 16 de julho de 2023

Leituras: Is 55,10-11; Sl 64(65),10.11.12-13.14; Rm 8,18-23; Mt 13,1-23

A Palavra de Deus é a comunicação de Cristo com o Homem. Os profetas se tornam instrumentos pelos quais Deus se faz ouvir e compreender. Assim sendo, a Palavra de Deus sempre toca o homem ao ponto de transformá-lo. Porém, para que esta Palavra fecunde de fato o coração humano, este tem que dar abertura, ser receptivo, acolher, caso contrário, será uma Palavra estéril ao homem. Vários fatores podem “endurecer” o coração frente a Palavra de Deus: incertezas, impaciência, imediatismo, sofrimento, espera. O povo de Deus é desafiado a, mesmo diante de tantas incidências que tentam fechar o coração a Palavra de Deus, confiar que sua Palavra há de se cumprir.

A PALAVRA DE DEUS É FECUNDA

O profeta Isaías dirige a palavra profética a um povo exilado de sua terra, de seus costumes e de sua religiosidade (o Templo). Mesmo que a Palavra de Deus seja fundada na certeza de dias novos e melhores, o cansaço e as incertezas tomam conta de tal forma que muitos abandonam o caminho com Cristo. É neste contexto que temos o texto de Isaías, que se encontra no bloco denominado “Livro da Consolação”, justamente por tudo o que o povo está passando até o retorno a Jerusalém, sua terra.

anseio de toda a criação. Pela ação do homem, toda a criação está ferida pelo pecado, pelo egoísmo, individualismo, más inclinações. Contudo, pela escolha do homem a viver a vida “segundo o Espírito”, toda a criação participa deste novo momento, ou seja, as escolhas do homem impactam diretamente em toda a criação.

Até que o homem faça a escolha pela vida no Espírito, toda a criação experimenta a dor gerada pelo pecado e a morte.

SEMEADOR SAIU PARA SEMEAR

A linguagem parabólica é comumente utilizada, pois carrega enorme riqueza quando comparada a um discurso lógico e frio. Permite que o ouvinte entre na parábola, assumindo e revendo pontos que dificilmente faria diante de um discurso lógico racional. Além do mais, é uma ótima ferramenta catequética para os discípulos e toda a comunidade.

- Como tenho recebido a Palavra de Deus?

- Tenho me esforçado em apresentar um “terreno” (coração) adequado para receber a Palavra e colher seus frutos?

- Quais os frutos que já colhi da experiência com a Palavra de Deus?

A parábola da semente é muito conhecida. Os terrenos que a semente encontra é o coração do homem. A condição deste terreno determina o fruto desta Palavra. Contudo, o que mais chama a atenção não são os terrenos que a semente encontra, mas a quantidade de frutos que é colhido de um terreno bom e próprio.

A palavra de destaque nesta perícope é “fecundidade”. A Palavra de Deus é fecunda e transformadora, obtendo os frutos adequados. Contudo, a fecundidade depende, necessariamente, da condição do terreno que recebe a semente. Também podemos afirmar: os frutos da Palavra de Deus dependem de como esta será acolhida no coração do homem. Este é um movimento em que o ser humano abre-se para ouvir a Palavra, aproxima-se dela e deixa conduzir sua vida para que também seja fecunda em obras pelos irmãos.

A REVELAÇÃO DOS FILHOS DE DEUS

Paulo catequiza o povo a deixar de lado práticas e pensamentos antigos que afastam de Deus e a fazer um “novo” caminho em Cristo. Pouco antes destes versículos propostos no capítulo 8, Paulo exorta toda a comunidade a deixar a vida “segundo a carne”, ou seja: todo egoísmo, individualismo, vícios, más inclinações...e a seguir o exemplo de Cristo, a “vida no Espírito”.

Paulo amplia este desejo de uma “vida no Espírito”, não se limitando apenas a ser um desejo do homem, mas um

Quanto melhor e mais preparado está o coração para a Palavra de Deus, mais e melhores frutos serão colhidos, a ponto de superar qualquer expectativa que o homem possa criar.

Na caminhada de fé, os discípulos missionários da atualidade são convidados ao desafio de superar aqueles que querer sufocar as sementes do Reino. Negar essas dificuldades é não compreender o mistério. Porém, é a fidelidade ao projeto de Deus que dá a certeza de que a colheita virá e será abundante, começando na própria família para o bem da comunidade.

Leitura Diária

Dia 17: Ex 1,8-14.22; Sl 123(124); Mt 10,34-11,1

Dia 18: Ex 2,1-15a; Sl 68(69); Mt 11,20-24

Dia 19: Ex 3,1-6.9-12; Sl 102(103); Mt 11,25-27

Dia 20: Ex 3,13-20; Sl 104(105); Mt 11,28-30

Dia 21: Ex 11,10-12.14; Sl 115(116B); Mt 12,1-8

Dia 22 (Santa Maria Madalena): Ct 3,1-4a ou 2Cor 5,14-17; Sl 62(63); Jo 20,1-2.11-18

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“Deixai crescer um e outro até a colheita”

16º Domingo do Tempo Comum | 23 de julho de 2023

Leituras: Sb 12,13.16-19; Sl 85(86),5-6.9-10.15-16ab; Rm 8,26-27; Mt 13,24-43

Ter tempo para realizar uma atividade depende do lugar que a mesma ocupa em nossa escala de prioridades, ou da capacidade que a mesma tem de nos hipnotizar a ponto de roubar nosso tempo sem que a percebamos. Diante do Reino de Deus, que se manifesta a partir dos pequenos e humildes, não podemos permanecer estagnados deixando o tempo passar, mas com a devida paciência discernir o bem do mal, permitindo que a Palavra de Deus supere em nós as ‘sementes’ do mal.

A TUA FORÇA É PRINCÍPIO DE TUA JUSTIÇA

O Livro da Sabedoria ressalta a majestade e a grandeza de Deus, origem e fim de todas as coisas, que se dirige ao ser humano com justiça e misericórdia. Deus Pai, que está acima de todas as coisas, ao criar o ser humano por amor, concede-lhe a liberdade, para que livremente a pessoa humana possa corresponder ao amor Divino. Deus é justo e misericordioso. Devemos nos confiar inteiramente a misericórdia divina, sem nos esquecermos da justiça.

A liberdade implica em responsabilidade. Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos em nossa vida. Quem se permite viver no automático, apenas deixando as coisas acontecerem, é como aquele terreno não fértil que ao receber a Palavra de Deus, por um breve tempo pode até dar vida a ela, mas não irá permitir que produza frutos. Assim é como a pessoa que fica no celular, olhando mensagens aleatórias, que não vê o tempo passar, sendo de fato uma “perda de tempo”.

necessidades apresentadas a Deus, que acabamos não ouvido o que Ele tem a nos dizer. Qual o real sentido de nossa vida? De nossa vocação? As prioridades e preocupações com as quais nos ocupamos, realmente são importantes? Vem de encontro a realização do Reino de Deus ou apenas de encontro as nossas vontades e projetos pessoais? Eis a importância da nossa perseverança e fidelidade na oração.

Ser perseverante até que não é tão difícil, uma vez que não nos cansamos de rezar e pedir a Deus o que queremos. Já a fidelidade nos exige mais, pois nos remete a Palavra de Deus. Devemos ser fiéis ao projeto de Deus em nossa vida. O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza, pois nos mantém perseverantes na nossa intimidade com Deus Pai, não para que nossas vontades terrenas se realizem, mas sim para que sejamos capazes de nos doar inteiramente, por amor a Deus e aos irmãos.

OS JUSTOS BRILHARÃO COMO

SOL NO REINO DE SEU PAI

- Em minha escala de valores, o que tenho por prioridade?

- Qual o conteúdo de minhas orações?

- Desejo realmente alcançar o céu?

É próprio do cristão desejar alcançar a salvação em Cristo Jesus. Pela Sagrada Escritura, temos a certeza do amor de Deus por cada um de nós. Hoje a Liturgia nos apresenta três parábolas contadas por Jesus: joio e o trigo, a semente de mostarda e o fermento na massa.

Ser discípulo do Mestre Jesus implica em tomar consciência das exigências de ser cristão, a partir dos mandamentos da Igreja, assumindo o chamado para uma vida de santidade, alimentada pela fidelidade e a perseverança na fé. Deus é misericordioso e justo. A misericórdia divina se derrama sobre todos, da mesma forma que a justiça divina se realiza quando o pecador se converte e muda de vida. Deus não força ninguém a aceitar seu amor. Sempre nos mostra qual caminho devemos seguir, perdoando nossas falhas. Certos da justiça divina, renunciemos a vida de pecado e nos entreguemos inteiramente a misericórdia de Deus Pai.

O ESPÍRITO VEM EM SOCORRO DE NOSSA FRAQUEZA

É fato que tempo em nossa vida é questão de prioridade, pois para aquilo que queremos sempre damos um jeito de conseguir tempo, ao passo de quando não queremos, arrumamos desculpas. Com a correria e o excesso de afazeres, facilmente nos perdemos na escala de prioridades em nossa vida a ponto de, muitas vezes, nem sabermos ao certo o que realmente é importante. Realidade essa que se manifesta até no conteúdo de nossas orações. São tantas petições e

Podemos compreender que formamos um único povo, com pessoas que vivem e outras que não vivem os ensinamentos de Cristo. Muito mais urgente que tornar visível essa distinção, precisamos anunciar a boa nova a todos, convidando cada um à conversão e à mudança de vida.

O Reino de Deus se realiza a partir dos pequenos gestos de amor que se multiplicam e ganham força. Vivamos o amor cristão para que seja uma realidade presente e visível em nossas comunidades, de modo que contagie e se multiplique. Com a intercessão da Sagrada Família de Nazaré, vivendo a fidelidade ao Evangelho e a perseverança na fé, possamos alcançar o céu.

Leitura Diária

Dia 24: Ex 14,5-18; Ex 15,1-2.3-4.5-6; Mt 12,38-42

Dia 25 (São Tiago Maior): 2Cor 4,7-15; Sl 125(126); Mt 20,20-28

Dia 26 (São Joaquim e Santa Ana): Eclo 44,1.10-15; Sl 131(132); Mt 13,16-17

Dia 27: Ex 19,1-2.9-11.16-20b; Dn 3,52.53-54.55.56-57; Mt 13,10-17

Dia 28: Ex 20,1-17; Sl 18(19B); Mt 13,18-23

Dia 29 (Santos Marta, Maria e Lázaro): 1Jo 4,7-16; Sl 33(34); Jo 11,19-27

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O Reinado de Deus é a nossa Salvação

17° Domingo do Tempo Comum | 30 de julho de 2023

Leituras: 1Rs 3,5.7-12; Sl 118(119),57.72.76-77.127-128.129-130; Rm 8,28-30; Mt 13,44-52

Neste 17° Domingo do Tempo Comum, o Evangelho conclui uma sequência de parábolas que se iniciou há dois domingos, sendo este o terceiro dos cinco grandes discursos de Jesus presentes no Evangelho, segundo Mateus, o qual é composto por sete parábolas, as quais descrevem de forma simbólica o Reino dos Céus. O texto apresentado neste domingo nos mostra as três últimas parábolas.

PARÁBOLA DO TESOURO ESCONDIDO

No contexto da época, os proprietários de terras escondiam em sua propriedade seus tesouros (jóias, moedas) para protegê-los de roubos. Quando o proprietário tinha de fugir às pressas de sua terra devido a invasões, deixavam estes bens escondidos com a intensão de voltar. Porém, esta propriedade invadida passava ter novos proprietários dos quais nem imaginavam que ali existisse um tesouro enterrado. Muito tempo depois, este tesouro é encontrado. Jesus utiliza desta parábola para nos mostrar a ideia de surpresa e alegria por ter encontrado um tesouro. A palavra-chave desta parábola é a alegria de quem encontrou o Reino de Deus e a ele aderiu plenamente.

O homem, do qual Jesus fala na parábola, encontrou um motivo para mudar a sua vida. Ele achou algo pelo qual valia a pena renunciar tudo o que possuía para ficar somente com o bem mais precioso do qual tinha acabado de encontrar. No entanto, não é o suficiente para nós sabermos que o Reino de Deus chegou. É necessário que nos esforcemos para nele entrar e, para isso, temos de fazer como o homem da parábola: deixar de lado tudo o que não é compatível ao Reino.

ruim, mas ambos possuem a mesma origem que é o mar. Esta é uma diferença bem clara quando comparada com a parábola do joio e o trigo, onde foram plantadas sementes boas e ruim por homens com origens e intensões diferentes um do outro. Jesus, nesta parábola, mostra que o Reino de Deus é para todos e não somente para um determinado grupo de pessoas. Com isso, Ele relembra os discípulos para que foram chamados: “Vinde, segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19). Portanto, Jesus não os chamou para irem à procura de pessoas boas e santas, mas para pescar homens, ou seja, ir ao encontro da humanidade inteira, sem distinção nem classificação. Com esta parábola, Jesus nos mostra que não cabe a nós sermos juízes de nossos irmãos, mas no fim dos tempos virá quem separará os bons dos maus. Desta maneira Ele nos diz que ninguém pode julgar o outro na comunidade. No final do Evangelho, quando retoma o tema do juízo, Jesus dirá que o critério no julgamento será a opção pelos pequenos, pobres e marginalizados.

- Consigo compreender e viver o Reino de Deus?

- Por que é tão difícil encontrar as coisas de Deus?

- Quando encontro este tesouro que é o Reino, consigo dar o segundo passo para a mudança de vida como os dois homens da parábola?

Jesus finaliza o Evangelho, com uma pergunta: “Compreendestes tudo isso?” (Mt 13,51). Quando Ele faz esta pergunta, espera uma resposta, pois apresentou o Reino de Deus dentro destas sete parábolas, sendo o número sete o número da perfeição e da totalidade. É como se Jesus dissesse que tinha dito tudo sobre o Reino, e que é necessário compreendê-lo em sua totalidade. Sendo a compreensão a aceitação da mensagem passada por Jesus, assim transformando a vida de cada um que ouviu esta mensagem.

PARÁBOLA DA PÉROLA QUE É ENCONTRADA

Existe uma semelhança entre esta parábola e a primeira. Ambas nos mostram uma tomada de decisão, a qual mudará totalmente a vida deles. Contudo, a primeira parábola nos mostra um homem que encontrou o tesouro, e esta segunda nos mostra um homem que vai em busca deste tesouro e, ao encontrá-lo, decide vender tudo o que tem para adquiri-lo.

Estas duas parábolas quando lidas juntas nos mostram que não existe contradição entre dom e esforço. A conquista do Reino exige esses dois elementos. Portanto, não importa a forma que o tesouro foi encontrado, mas sim a decisão tomada, diante de algo que mudou totalmente a vida destes dois homens. “O que conta é viver uma vida pautada pelos valores do Reino: justiça, amor, solidariedade, acolhimento, sinceridade, alegria e coragem para lutar contra tudo o que impede o seu crescimento” (Pe. Francisco Cornélio F Rodrigues).

PARÁBOLA DA REDE

Ao lançar as redes, os peixes pescados podem ser bons ou

Apesar dos discípulos terem respondido “sim” diante da pergunta feita por Jesus, a história e a própria continuação do Evangelho de Mateus nos mostram que eles ainda não tinham compreendido tudo sobre o Reino de Deus. O importante, no entanto, é a disposição para compreender e, para isso, é necessário fazer da vida uma busca constante do “Reino de Deus e da sua justiça”.

Leitura Diária

Dia 31 (Santo Inácio de Loyola): Ex 32,15-24.30-34; Sl 105(106); Mt 13,31-35

Dia 1º/08 (Santo Afonso Maria de Ligório): Ex 33,7-11;34,5b.28; Sl 102(103); Mt 13,36-43

Dia 2/08: Ex 34,29-35; Sl 98(99); Mt 13,44-46

Dia 3/08: Ex 40,16-21.34-38; Sl 83(84); Mt 13,47-53

Dia 4/08 (São João Maria Vianney): Lv 23,1.4-11.15-16.27.34b-37; Sl 80(81); Mt 13,54-58

Dia 5/08: Lv 25,1.8-17; Sl 66(67); Mt 14,1-12

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A certeza da vitória: a Transfiguração

Transfiguração do Senhor | 6 de agosto de 2023 - Vocação para o ministério ordenado (Dia do Padre)

Leituras: Dn 7,9-10,13-14; Sl 96(97),1-2.5-6.9; 2Pd 1,16-19; Mt 17,1-9

A Eucaristia é resultado do testemunho de quem experimentou a proximidade de Deus. É a celebração da Aliança de Deus com a humanidade, selada no sague de Jesus. A linguagem empregada na primeira leitura é cheia de símbolos, imagens e figuras, e pertence ao gênero literário apocalíptico. Trata-se de uma comunicação alternativa, compreendida por quem sofre na pele as consequências da opressão. O objetivo desse modo de escrever é animar as comunidades para a resistência. É o que a Carta de Pedro nos mostra ao chamar a atenção para elementos que nos levam a perseverar na esperança, pois a caminhada de fé nos conduz gradativamente à participação na própria natureza de Deus, princípio e fim da vocação humana. É no testemunho dos apóstolos que se estabelece a força de resistência na fé.

AS QUATRO FERAS

O capítulo 7 do livro de Daniel fala das quatro feras. Elas representam as forças do mal, presente na história, que lutam contra projeto de Deus e oprimem seu povo. São a personificação dos grandes impérios. Antioco IV (rei babilônico) é apresentado como o mais arrogante das quatro feras, pois impôs aos judeus a cultura grega, perseguindo e matando os que se mantivessem fiéis ao projeto de Javé.

Daniel vê um ancião de roupas e cabelos brancos sentar-se num trono, cercado de anjos. Esse ancião é o próprio Deus: Ele julga e age na história destruindo as feras que devoram o projeto de liberdade e vida. O povo de Deus estava sendo perseguido e morto por sua fidelidade a Deus, porém esse povo encontra-se diante do Juiz da história (Deus), gozando de sua intimidade e proteção.

Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas. Foram pessoas que falaram diretamente com Deus e agora falam com Jesus. A partir desse momento, as pessoas falam diretamente com Deus falando com Jesus. Pedro quis colocar Jesus em pé de igualdade com Moisés e Elias, fazendo uma tenda para cada um. Porém, Jesus veio dar pleno cumprimento da Lei e dos Profetas, representados em Moisés e Elias. Ele trouxe a nova Lei.

Jesus é proclamado por Deus como seu Filho Amado ao qual devemos escutar o que Ele diz. É o Rei servo e profeta que cumpre a vontade do Pai. A reação dos discípulos é de medo. Essa é a reação de quem recebe grandes revelações divinas. Jesus substitui o medo pela coragem.

Quando abrimos os olhos da fé, percebemos que o grande anúncio é a pessoa de Jesus que comunica o projeto do Pai. A transfiguração é sinal de sua ressurreição, vencendo a morte e a sociedade violenta que o matou. Nada, nem ninguém poderá deter o projeto de Deus, que é liberdade e vida.

O TESTEMUNHO DOS CRISTÃOS DÁ CONTINUIDADE AO PROJETO DE DEUS

- Existem sinais de vitória na situação do povo de hoje?

- Qual a atitude que temos diante da realidade divina em nossa vida? Tememos, ou seguimos em frente?

O julgamento de Deus sobre as feras da terra se realiza mediante a fidelidade e resistência do povo, e Deus lhes confia seu projeto. O domínio do Filho do Homem (povo de Deus) é eterno. Com o passar do tempo foi associado ao rei, depois transferido para o messias.

- O que representa a transfiguração para a minha vida?

A leitura apresenta que o tempo de Jesus terrestre começava a perder-se no passado, e o futuro da Parusia tornava-se mais distante. A comunidade vai sofrendo influências que ameaçam e deturpam o mistério de Cristo. A consequência disso é que o projeto de Deus em Jesus perdia o sentido. A comunidade foi convidada a rejeitar as tentativas de esvaziamento do Evangelho. Assim foi insistido no testemunho como força de resistência: “Falamos porque fomos testemunhas oculares de Cristo...” (2Pd 1,16). O cristianismo nasce do Testemunho do Senhor Jesus, o revelador do projeto do Pai.

Enquanto aguardamos a vinda definitiva do Senhor, caminhamos à luz do testemunho de quem nos precedeu, e pela Palavra de Deus, a luz que brilha revelando o rosto do Pai.

JESUS O REI, SERVO E PROFETA DO PAI

A transfiguração de Jesus mostra a plena realização daquilo que Deus planejou para o ser humano. Para o povo da Bíblia, a montanha é o lugar onde Deus se dá a conhecer. É a esse lugar que Jesus nos quer levar.

O texto afirma que o rosto de Jesus brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. “Os justos brilharão como o sol no Reino de Deus” (Mt 13,43). Jesus é o rosto brilhante do Pai.

Leitura Diária

Dia 7/08: Nm 11,4b-15; Sl 80(81); Mt 14,22-36

Dia 8/08 (São Domingos): Nm 12,1-13; Sl 50(51); Mt 15,1-2.10-14

Dia 9/08: Nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35; Sl 105(106); Mt 15,21-28

Dia 10/08 (São Lourenço): 2Cor 9,6-10; Sl 111(112); Jo 12,24-26

Dia 11/08 (Santa Clara): Dt 4,32-40; Sl 76(77); Mt 16,24-28

Dia 12/08: Dt 6,4-13; Sl 17(18); Mt 17,14-20

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A nova edição do Missal Romano

A partir do 1º Domingo do Advento, em 3 de dezembro, em todas as missas celebradas no Brasil passará a ser obrigatório o uso da tradução brasileira da 3ª edição típica do Missal Romano, o livro no qual consta todo o rito da Celebração da Eucaristia.

D. Edmar Peron, bispo de Paranaguá, bispo referencial para a Liturgia do Regional Sul 2, que abrange todo o Paraná e presidiu a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB de 2019 a 2023, explica neste artigo o processo da tradução brasileira do Missal Romano e as principais mudanças que serão percebidas pelos celebrantes e fiéis. Acompanhemos uma síntese apresentada por D. Edmar, que segue.

O QUE É O MISSAL ROMANO

A Igreja crê aquilo que celebra, e é muito zelosa com a fé no mistério eucarístico. O Missal é o livro que contém as palavras e os gestos, isto é, os ritos que fazem a mediação para que a comunidade de fé participe consciente, ativa e frutuosamente no mistério eucarístico.

A Eucaristia também é mistério de comunhão, tanto que uma das expressões da nossa celebração é “fazei de nós um só corpo e um só espírito”. Nós pedimos ao Espírito Santo para que o

pão e o vinho sejam transformados no Corpo e Sangue do Senhor e, em seguida, pedimos ao mesmo Espírito Santo para que as pessoas que comungarem do mesmo Pão eucarístico formem um único Corpo, a Igreja.

O Missal garante aquilo que a Igreja acredita a respeito da Eucaristia e o jeito de celebrar o mistério da Eucaristia, realizando, portanto, não só a comunhão entre os membros de uma comunidade celebrante, mas, também, a comunhão de toda a Igreja.

DE ONDE VEM O MISSAL

O Concílio de Trento, no século XVI, impôs um novo Missal a toda a Igreja, fazendo com que deixassem de ser utilizados os numerosos missais que existiam até então, e se passasse a rezar em todas as comunidades e nações com um único missal, em uma única língua, o latim, e em um único rito. Passados cerca de 400 anos, houve a edição do Missal pós-conciliar, que era, este sim, um novo Missal, com uma nova forma de celebrar a missa, incluindo a língua falada em cada local, as preces, a homilia, a concelebração, a comunhão sob as duas espécies. Agora, nós não estamos

inaugurando um novo modo de celebrar o mistério eucarístico, mas, sim oferecendo às comunidades a tradução da 3ª edição do Missal Romano pós-Concílio Vaticano II. Portanto, não se deve falar que este é um novo Missal.

O PROCESSO PARA SE CHEGAR A ESTA TRADUÇÃO

A tradução da 3ª edição do Missal Romano compete a cada uma das conferências episcopais. Assim, se encarregou um grupo de pessoas para fazer a tradução dos textos, como peritos, pessoas versadas na língua portuguesa, na língua latina e na nossa cultura brasileira. Cada etapa traduzida precisou ser votada pela Assembleia Geral da CNBB. A cada ano, se trabalhava uma parte; o texto traduzido era apresentado aos bispos, eles faziam suas considerações e na Assembleia Geral havia a votação. Após termos votado cada parte do Missal nas assembleias, ainda fizemos uma votação geral do texto antes de enviá-lo a Roma, que confirmou a tradução no último mês de março. Este trabalho de tradução foi feito pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), mas sempre gosto de afirmar que o texto não pertence a esta comissão, e sim à CNBB, pois não é o texto de um

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Nova tradução do Missal Romano será obrigatória a partir deste ano
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Liturgia
Vatican Media Gustavo-Cabral/Portal A12
D. Edmar e o assessor da comissão para a Liturgia da CNBB, Pe. Leonardo Pinheiro, apresentaram em 2022 a tradução do Missal Romano ao Papa Francisco

grupo, mas da Igreja no Brasil.

MUDANÇAS SÃO NECESSÁRIAS

O Espírito Santo é a alma da Igreja e faz com que ela seja um organismo vivo. Assim, de tempos em tempos, as mudanças são necessárias para incorporar novas legislações, novas maneiras de celebrar os santos. Por exemplo: na instrução geral anterior a esta 3ª edição do Missal, se dizia que à frente da procissão de abertura da missa vai uma cruz processional; já esta edição esclarece que à frente vai a cruz processional com o Cristo crucificado. Também foi acrescentado um capítulo todo sobre adaptação, algo que não existia.

Outra situação: no modo de celebrar a data litúrgica de Santa Marta, o Papa Francisco entendeu que a festa de Santa Marta deveria ser a dos santos irmãos – Marta, Maria e Lázaro e, assim, os textos dessa festividade passaram a incluir os irmãos. Também a celebração de Santa Maria Madalena foi elevada ao grau de festa, com todos os textos próprios, inclusive o prefácio. Portanto, esta edição do Missal incorporou a legislação litúrgica e elementos novos no modo de celebrar os santos.

COMO ADEQUAR O LATIM PARA NOSSA LÍNGUA

Essa nova edição do Missal Romano visa tornar mais claro e compreensível os conteúdos do texto original em latim à língua portuguesa falada no Brasil. Essa não é uma questão tão simples, mas posso testemunhar que quando se falou na 3ª edição do Missal Romano, se pensava apenas em traduzir os novos textos que haviam sido inseridos, portanto, seria algo rápido. Porém, no documento de promulgação desta 3ª edição, o Papa João Paulo II mandou fazer uma revisão de toda a tradução da 2ª edição, esta que ainda estamos utilizando.

“O Missal garante aquilo que a Igreja acredita a respeito da Eucaristia e o jeito de celebrar o mistério da Eucaristia, realizando, portanto, não só a comunhão entre os membros de uma comunidade celebrante, mas, também, a comunhão de toda a Igreja”.

A INSERÇÃO DOS SANTOS E SANTAS NO CALENDÁRIO LITÚRGICO

Desde a primeira edição do Missal, é o documento pós-conciliar Mysterii Paschalis – de 1969, com normas universais do Ano Litúrgico e o calendário romano geral – que regula a composição do calendário dos santos. Lembro, ainda, que um santo só vai para o calendário geral se assim desejar o Papa. O Papa Francisco, por exemplo, mandou inserir no calendário litúrgico universal São Paulo VI e São João Paulo II. Há, porém, milhares de santos que não entraram nesta edição do Missal, e no caso dos beatos, normalmente eles são venerados apenas na região onde são conhecidos, na sua diocese de origem, na sua ordem religiosa ou congregação.

Destaco, ainda, que as pessoas que foram envolvidas ao longo das décadas na tradução brasileira do Missal eram especialistas em latim, língua portuguesa, e preocupadas com o modo de rezar as orações, com o significado das palavras em cada uma das regiões do País. Foi, portanto, um trabalho lento, metódico, feito com grande paciência e paixão, a fim de adequar o texto latino à nossa língua portuguesa.

AS PRINCIPAIS MUDANÇAS

Uma das mudanças é que em todas as missas entre a Quarta-feira de Cinzas e a quarta-feira da Semana Santa há uma oração de bênção sobre o povo. Isto estava presente no missal de São Pio V e foi recuperado nesta 3ª edição. Trata-se de uma oração facultativa, mas muito rica, explicitando o caminho quaresmal que vai sendo feito em direção à Páscoa.

Muitos também irão perceber no próprio Missal que há textos que dizem respeito aos seus santos de devoção. Por exemplo, agora está no Missal a oração coleta de Santa Rita que antes não constava.

Outra mudança é que no momento

de rezar o “Confesso a Deus”, o latim coloca por três vezes a expressão “minha culpa”, de modo que agora está “por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”, como já o é na tradução do Missal de Portugal e em outros países de língua portuguesa.

Destaco, também, que na aclamação da assembleia após a narrativa da instituição da Eucaristia, há uma introdução específica para cada aclamação memorial: “Mistério da fé”, “Mistério da fé e do amor”, “Mistério da fé para a salvação do mundo”.

A FORMAÇÃO PARA ACOLHER ESTA NOVA TRADUÇÃO

Há muitas iniciativas sendo organizadas pelos regionais da CNBB e as dioceses. Não há, porém, um projeto único de formação. O que se pensou foi produzir alguns vídeos promovendo o Missal, e eu mesmo tenho feito muitas lives a respeito, como uma recente para o Regional Sul 2 da CNBB, acessível pelo canal do Youtube do Regional Sul 2 da CNBB.

Na primeira aula, apresento todo o trabalho de tradução, que foi realizado por uma comissão especial ao longo de 19 anos e os elementos da teologia litúrgica. Na segunda aula, trato sobre os elementos novos que foram incorporados nessa 3ª Edição do Missal Romano e ofereço algumas pistas para que os padres possam rever a prática celebrativa para bem receber o Missal.

Bispo de Paranaguá e referencial para a Liturgia do Regional Sul 2 da CNBB

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49 Liturgia
Victória Holzbach/CNBB Sul 3
Tradução da 3ª edição do Missal Romano foi aprovada na 60ª Assembleia da CNBB

Tecnologias financeiras: como facilitar a gestão das nossas finanças?

Falar que a tecnologia está presente cada vez mais no nosso dia a dia já chega a ser clichê. Vimos nos últimos anos nossa vida sendo transformada: mudamos nosso jeito de interagir e conversar com as pessoas, mudamos nossa forma de pedir comida ou meios de locomoção, nossa forma de pagar contas e diversas outras atividades.

Todas essas mudanças podem ser julgadas e percebidas como funcionalidades muito boas ou não; tudo depende da visão e aplicabilidade de cada uma delas na vida da pessoa que está analisando.

Uma mudança em especial e representativa, quando citamos tecnologias implementadas nas nossas questões financeiras e que caiu no gosto popular, é o Pix. Essa modalidade de pagamento e recebimento financeiro foi lançada em 2020 e neste ano já é considerada o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros na hora de fazer compras presenciais, ultrapassando o pagamento via cartão de débito, por exemplo. Isso mostra que podemos, em pouco tempo, nos acostumar e se adaptar àquilo que nos traz comodidade e/ou benefícios. Sendo assim, pode-se logo concluir que, por certo, devemos buscar sim as facilidades que a tecnologia nos apresenta, visando nos ajudar em diversos quesitos, e claro, que em especial no controle de nossas finanças.

Como já apresentado em alguns artigos dessa coluna, sabe-se que um dos grandes problemas que temos no Brasil quando se fala em controle

financeiro é não termos os ensinamentos necessários sobre finanças pessoais desde a nossa infância. Não temos esse assunto frequente na conversa com nossas crianças em casa ou nas escolas e, sendo assim, quando na fase adulta chegamos, se

“Saber exatamente para onde o nosso dinheiro está indo: A melhor maneira de manter as finanças organizadas é sabendo de onde vem e para onde está indo o nosso dinheiro e os aplicativos voltados para o controle das finanças podem ajudar muito nisso. Esse tipo de ferramenta permite que você separe os gastos e os ganhos em categorias e assim possa entender melhor onde e porque nosso dinheiro está indo mais para um gasto ou outro”.

não nos dedicamos para compreender como organizar a sua vida financeira, o resultado pode ser a falta de controle, um volume elevado de dívidas, falta de planejamento para alcançar objetivos financeiros e, em casos mais extremos, até ausência de dinheiro para arcar com o básico que um indivíduo precisa para viver. Nesse sentido, está sendo percebida uma facilidade para quem está iniciando o contato com termos financeiros. Os adolescentes/jovens que têm adentrado nessa fase têm tido mais vantagens graças à tecnologia presente: são vários aplicativos (apps), sites e programas financeiros prontos para serem usados de maneira fácil e rápida. E claro, nós adultos que talvez passemos por um período controlando nosso dinheiro sem tantos recursos, ou seja, de uma forma mais manual, podemos,

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Gestão das finanças é importante para que o descontrole financeiro não gere insatisfações

graças à tecnologia também ter mais comodidade e talvez maior facilidade no controle do dinheiro.

Essas ferramentas tecnológicas podem nos fazer compreender nossos gastos, quitar dívidas por meio do auxílio de um bom planejamento financeiro, além de ajudar a atingir nossas metas e sonhos. Afinal, quem não quer trocar de carro ou, quem sabe, fazer uma viagem legal? As soluções tecnológicas criadas para a gestão de finanças tendem a nos ajudar de forma efetiva e organizada. Quando se busca comparar vantagens e desvantagens sobre o uso da tecnologia em relação ao nosso dinheiro, sem dúvidas, a lista de vantagens em se aproveitar desses aplicativos, sites e programas para organizar as suas finanças é muito maior e representativa, sendo viável apontar algumas:

- Podemos controlar nosso dinheiro onde estivermos e quando quisermos: Ainda que sejamos pessoas muito bem organizadas, um grande problema quando vamos fazer nosso controle financeiro é que, muitas vezes, é impossível lembrar de cabeça todos os gastos feitos em determinado período. Mesmo que tenhamos uma planilha de gastos no nosso notebook em casa, um caderno que anotamos tudo, é difícil acompanhar os gastos em tempo real e com a tecnologia, isso se torna possível, pois podemos acessar no nosso celular por exemplo, um aplicativo para listarmos nossos gastos, na mesma hora que fazemos uma compra ou investimento. Dessa forma, é possível adicionar receitas e despesas sempre que for necessário, além de

Experimente!

Vá em seu celular, na loja de aplicativos e faça uma busca por finanças pessoais e verá quantas opções legais aparecerão. Faça um teste utilizando alguns aplicativos e adote aquele que melhor se adapte a sua rotina. Alguns exemplos:

gerar relatórios e fazer uma previsão dos seus gastos ao longo do mês de acordo com cada compra.

- Saber exatamente para onde o nosso dinheiro está indo: A melhor maneira de manter as finanças organizadas é sabendo de onde vem e para onde está indo o nosso dinheiro e os aplicativos voltados para o controle das finanças podem ajudar muito nisso. Esse tipo de ferramenta permite que você separe os gastos e os ganhos em categorias e assim possa entender melhor onde e porque nosso dinheiro está indo

mais para um gasto ou outro.

- Possibilidade de visualizar os seus gastos de forma mais prática: não adianta muito saber todos os detalhes sobre as suas despesas e as suas receitas se você não souber o que fazer com essas informações. Um bom aplicativo, uma boa ferra menta para o controle das suas finanças oferece isso sem maiores dificuldades, uma vez que todos os dados são apresentados de forma simples e as vezes até de forma lúdica, estimulando a organização do seu dinheiro como se fosse um jogo. Com isso, pode-se evitar as compras por impulso e o desperdício de recursos com mais facilidade.

Se torna necessário destacar, que a ideia de se utilizar dessas ferramentas tecnológicas, é visando a facilidade de mantermos o controle de nossas finanças, priorizando os gastos mais importantes e economizando dinheiro para realizar nossas metas e objetivos.

Afinal, quem não quer se sentir tranquilo e organizado perante suas finanças pessoais?

E não esqueçamos: Educação Financeira é Educação para a Vida!

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Aplicativos são possibilidades de ferramentas para gestão financeira Organizze Mobills MinhasEcono...

A Pastoral Familiar em sua paróquia

A Pastoral Familiar em sua paróquia tem a seguinte missão: evangelizar as famílias a partir da sua própria família, ajudando os casais a se reencontrarem consigo mesmos, com os filhos e também com a comunidade, mas principalmente com Cristo. A Pastoral Familiar tem ainda a missão de incentivar a família a viver a igualdade entre homem e mulher e a paternidade responsável entre pais e filhos no intuito de evangelização, encorajando a participação e a vida de comunidade, pois família que participa da igreja e da comunidade permanece sempre unida.

Na Pastoral Familiar os trabalhos são divididos por setores, mas sempre a equipe permanece unida na sua execução. Cada setor tem sua missão específica, mas a equipe executa em conjunto.

O Setor Pré-matrimonial tem a missão de preparar os batizados para assumirem sua vocação no seio da Igreja e aos que optarem pela vocação familiar, já na idade madura. É nosso serviço preparar os jovens casais de namorados para o dia de seu Matrimônio, para que recebam com consciência a graça de Deus através deste Sacramento. A Pastoral Familiar ajuda, ainda, casais de namorados a viverem a santidade em seu namoro, alicerçando a sua vida nos valores cristãos, conforme o ensinamento da Igreja. Nos dedicamos a esta missão porque compreendemos que o jovem que procura participar das celebrações da Santa Missa e dos encontros realizados pelas pastorais, são jovens comprometidos com o ensinamento da Igreja. Em contrapartida, aqueles jovens que não a procuram ficam perdidos nas coisas do mundo e não criam uma base para se ter um compromisso sério com alguém e, portanto, ficam sujeitos às tentações mundanas. “Os padres sinodais afirmaram, de várias maneiras, que é preciso ajudar os jovens a descobrir o valor e a riqueza do Matrimônio” (Amoris Lætitia, nº 205).

“Ser casal da Pastoral Familiar traz uma satisfação muito grande uma vez que podemos ajudar outras famílias em qualquer situação seja no Pré-matrimonial, no Pós-matrimonial, Casos Especiais ou nos Serviços à vida e de Escuta e orientação. O agente se realiza quando se oferece em ajudar a família, pois somos famílias evangelizando famílias”.

No Setor Pós-matrimônio a missão é despertar nos jovens e nas famílias recém-formadas, e nas famílias com mais tempo de caminhada, a continuar e valorizar o Sacramento do Matrimônio, pois nestes espaços de tempo é que os casais precisam mais de acompanhamento da Igreja e dos agentes das pastorais. Neste período é que acontecem as desavenças, os desentendimentos entre casais e até uma possível separação. Por isso, nós agentes da Pastoral Familiar temos que ficar atentos e acompanhar estes casais para que isto não venha a acontecer. Temos que promover a compreensão dos valores fundamentais de ter e ser família.

Nos Casos Especiais, a missão do agente pastoral deste Setor é acompanhar os casais em situações especiais, por exemplo casais que moram juntos, mas não podem se casar porque ele ou

ela já foi casado ou tem outra situação ou motivo que impeçam de contrair o Sacramento do Matrimônio.

Existem também outras situações familiares em que o agente da pastoral pode dar ajuda, como o Matrimônio misto, as pessoas sem família, viúvos, etc.

VIDA E FAMÍLIA

Neste ano está sendo implantada nas Paróquias a dimensão da Vida e Família onde o agente da pastoral vai trabalhar todos os sentidos da vida desde sua concepção até o fim natural. É cuidar da vida desde seu início no útero da mãe, quando a mulher descobre que está grávida. Ali já se tem uma vida e esta vida tem que ser preservada no seu todo. Nós, agentes da pastoral, temos que ter o zelo e o cuidado de promover, defender e cuidar desta criança e da mãe para que ela nasça e cresça em um lar onde tenha paz, amor, harmonia entre família e comunidade.

Também temos na Pastoral Familiar das paróquias o Serviço de Escuta, onde o agente acompanha o casal com alguma dificuldade em seu relacionamento afetivo, ou com problemas de drogas dos filhos, situações de alcoolismo, casais com dificuldade de relacionamento e várias outras situações que possam acontecer na vida familiar.

Ser casal da Pastoral Familiar traz uma satisfação muito grande uma vez que podemos ajudar outras famílias em qualquer situação seja no Pré, no Pós, Caso Especial ou Serviço à vida e Escuta e orientação. O agente se realiza quando se oferece em ajudar a família, pois somos famílias evangelizando famílias.

Lourival Rubio Fanegas e Maria dos Santos Fanegas

Casal coordenador diocesano do Setor Casos Especiais

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Familiar
A Pastoral Familiar tem a missão de evangelizar e preservar o Matrimônio

O silêncio da ansiedade

Quem nunca perdeu o sono com medo da prova no dia seguinte ou ficou com frio na barriga ao ter de falar em público? Quem nunca suou frio antes de falar com a pessoa de quem está a fim ou ficou com o coração na mão ao imaginar que ia “ficar pra titia”? Quem nunca teve medo de não passar no vestibular ou até mesmo de não conseguir um emprego? Quem nunca teve dor de estômago antes de ir trabalhar ou até mesmo dificuldade de levantar para ir ao trabalho? Quem nunca teve medo de iniciar um novo projeto ou até mesmo desistiu de iniciar por medo de dar errado?

A ansiedade é um dos grandes males da humanidade na atualidade e, infelizmente, cada vez mais jovens são assombrados por essa doença silenciosa. Na sociedade imediatista que vivemos, sempre somos pegos sofrendo por an-

tecipação, preocupados com coisas que saem da nossa zona de controle. Isso nos mostra como a ansiedade faz parte das nossas vidas. E ao pensar nessas situações, logo vêm as palpitações e dores no peito, respiração ofegante, falta de ar, vontade de roer as unhas, tremores, agitação de pernas e braços e outros inúmeros sintomas.

A minha pergunta para você é: “O que tem tirado seu sono? O que tem te deixado ansioso? Essa situação está na sua zona de controle ou na sua zona de preocupação”?

Um dos primeiros passos para nos ajudar a controlar a ansiedade é conseguir entender o que está na nossa zona de controle, tudo que eu consigo resolver, solucionar e controlar; e na zona de preocupação, tudo que eu me preocupo, penso demasiadamente, porém, não depende de mim para

Juventude
Diante de qualquer sintoma, é necessário buscar ajuda profissional como de psicólogo ou psiquiatra

solucionar. Sendo assim, se eu não controlo, não devo me preocupar, e sim eliminar dos meus pensamentos, com isso a chance de eu ter uma crise de ansiedade irá diminuir.

Também podemos e devemos buscar uma maior conexão espiritual, a crença em um poder superior pode fornecer um senso de propósito e significado, o que pode ajudar a reduzir a ansiedade. Acreditar que há uma força divina que está no controle das situações pode trazer um sentimento de segurança e confiança. Além disso, a oração e a prática religiosa podem servir como uma forma de acalmar a mente e encontrar tranquilidade interior.

CONTE COM A PASTORAL DA JUVENTUDE

Neste contexto, os jovens podem procurar os grupos da Pastoral da Juventude presente em suas paroquias, já que esse ambiente é extremamente acolhedor e amigável, um local onde os jovens se sentem à vontade para falar sobre suas preocupações e buscar aju-

que o ajudarão na caminhada, estará sempre amparando quem necessita de um abraço e acalento.

Além disso, a Pastoral da Juventude pode oferecer atividades e práticas que promovam o bem-estar emocional e

“Além disso, a Pastoral da Juventude pode oferecer atividades e práticas que promovam o bem-estar emocional e espiritual dos jovens. Isso pode incluir momentos de reflexão, oração, meditação, aconselhamento pastoral. Essas práticas podem ajudar os jovens a lidar com a ansiedade, proporcionando-lhes um senso de paz interior e fortalecendo sua fé. É importante ressaltar que a Pastoral da Juventude não substitui o tratamento profissional para a ansiedade. Caso um jovem esteja sofrendo com ansiedade, é fundamental que seja encorajado a buscar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra”.

espiritual dos jovens. Isso pode incluir momentos de reflexão, oração, meditação, aconselhamento pastoral. Essas práticas podem ajudar os jovens a lidar com a ansiedade, proporcionando-lhes um senso de paz interior e fortalecendo sua fé.

É importante ressaltar que a Pastoral da Juventude não substitui o tratamento profissional para a ansiedade. Caso um jovem esteja sofrendo com ansiedade, é fundamental que seja encorajado a buscar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra.

Em resumo, a conexão com Deus e a prática religiosa podem desempenhar um papel importante no enfrentamento da ansiedade. No entanto, é essencial buscar apoio profissional e considerar abordagens terapêuticas baseadas em evidências para garantir um cuidado abrangente e adequado.

Juventude
Coordenadora Diocesana da

Os desafios da Catequese em um cenário contemporâneo

A dimensão cultural e social da Catequese está inserida na comunidade humana e nela nós dividimos as angústias, alegrias e esperanças. Temos a desafiadora missão de interpretar os sinais que nos apresentam sempre cheios de contradições ansiando um encontro solidário e de paz. A Catequese tem como desafio opor-se às estruturas de injustiça que excluem os menos favorecidos, buscando cooperar e ensinar os valores do Reino de Deus que geram vida digna e plena para todos.

No mundo em que vivemos os estilos de vida, os progressos do conhecimento e os sistemas políticos e econômicos têm gerado grande complexidade fazendo com que as pessoas encarem a vida, a religião, a fé de diferentes formas, originando um pluralismo cultural. Percebe-se hoje uma complexidade muito grande quando se trata de cultura contemporânea, pois a questão da globalização e a massificação de informações permitiu que as conexões entre setores que no passado poderia considerar distintamente, hoje exige uma abordagem integrada.

Se hoje tivermos a intenção de transmitir a mensagem de Cristo conquistando os corações, é hora de mudarmos de uma catequese de pouca eficácia para uma Catequese de qualidade, investindo dessa maneira, na preparação daquele que vai evangelizar. “A igreja precisa cuidar da articulação de esforços não só dos catequistas mas, também, de missionários e agentes de pastorais especializadas (pastoral familiar, juvenil, com portadores de deficiência), para que seu testemunho, atitude e anúncio de Cristo motivem as pessoas a empreender um caminho de iniciação. É urgente que a Igreja faça essa opção pela Pastoral Orgânica. Deixar todo o processo iniciático sob a responsabilidade somente aos catequistas é sobrecarregá-los de trabalho e desgastá-los, tendo como resultado sua consequente frustação e

abandono de seu ministério” (3ª Semana Latinoa-americana de Catequese, 2008).

Por isso a importância do catequista para o catequizando, e é justamente aí que entra a experiência e competência do catequista na educação da fé. O catequista vai além de uma Catequese conceitual e conteudista para uma Catequese de interação entre fé e vida, harmoniosamente numa única ação. Vivemos uma época em que a velocidade dos acontecimentos, muitas vezes, não permite que possamos detectar as coisas com muita clareza, e a reflexão é dificultada no sentido de como fomentar uma educação de fé onde a pessoa tenha um verdadeiro encontro com Cristo.

A CATEQUESE E UM NOVO PARADIGMA

Lemos no Evangelho a missão dada por Jesus: “Ide, portanto, e fazei que

todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28,19-20). A ação catequética está à serviço, repercutindo o eco desta missão comum de todo batizado. Sim! A Catequese ao longo da história da Igreja se renova e novos meios são utilizados para que a Boa Nova chegue a mais corações. Esta é a nossa missão e Cristo está conosco! Ele, em nós, faz nova todas as coisas.

O serviço da Catequese é indispensável e é responsável pelo pastoreio do Povo de Deus. A cada dia assistimos um florescer de pessoas que se dedicam à Catequese e neste caminho fazem a experiência com Cristo em suas comunidades de fé e, naturalmente, sentem o desejo de seguir o Mestre. Daí vemos os inúmeros trabalhos da Catequese virarem focos de estudos, simpósios, congressos e, também, alguns pensadores se debruçam sobre a transmissão da fé, dificuldades, novas perspectivas etc. A avaliação é sempre um acertado caminho para se alcançar os ideais. Na Catequese não é diferente, por isso podemos com frequência avaliarmos nosso jeito de transmitir a fé.

A Iniciação à Vida Cristã subjaz o período catequético em nossas comunidades? Ficamos com o modelo atual ou pensamos um outro visando? Se optarmos por um outro padrão que rosto teria? Frente as constantes mudanças, urge que ensaiemos algumas linhas para um novo modelo catequético, que venha de encontro aos anseios do homem contemporâneo, mantendo, é claro, a fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo e a tradição da Igreja.

Neste novo tempo a Catequese se vê desafiada a novas tarefas, ou não seria capaz de falar ao coração de nossos contemporâneos. Alguns desses desa-

Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 58 Catequese
Desafios em transmitir a mensagem de Cristo no contexto urbano e digital

fios nos propõem vislumbrar um novo paradigma catequético “O modelo que hoje requeremos é chamado sobretudo a assumir: a Palavra de Deus lida em comunidade, como princípio fundante de toda a Catequese; a leitura contínua dos sinais de Deus na história; a propor a Catequese de caráter missionário; a opção clara a favor de processos de iniciação para quem o necessite; a dar atenção à Catequese de adultos como modelo de toda Catequese; o emprego de linguagem que nossa geração entenda; a prioridade do anúncio do querigma que convida à conversão (cf. Mc 1,15); a celebração alegre da fé, unida ao testemunho e a profética opção preferencial pelos pobres. Tudo isso propiciará a renovação das pessoas e o renascimento de comunidades marcadas pela conversão como eixo central do itinerá-

rio Cristão. Nas palavras da conferência de Puebla, trata-se de desencadear um processo para formar homens e mulheres comprometidos pessoalmente com Cristo, capazes de comungar e participar no seio da igreja e dedicados ao serviço salvífico do mundo a caminho de um novo paradigma para a Catequese” (Ed. CNBB 2008- p. 24). Como podemos perceber, os desafios são muitos e, pouco a pouco, vão aparecendo no cenário catequético.

“Frente as constantes mudanças, urge que ensaiemos algumas linhas para um novo modelo catequético, que venha de encontro aos anseios do homem contemporâneo, mantendo, é claro, a fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo e a tradição da Igreja. Neste novo tempo a Catequese se vê desafiada a novas tarefas, ou não seria capaz de falar ao coração de nossos contemporâneos. Alguns desses desafios nos propõem vislumbrar um novo paradigma catequético”.

Essa nova etapa de evangelização corresponde a vida de toda a Igreja e se concretiza em três âmbitos: o primeiro é a pastoral ordinária que se realiza nas comunidades cristãs e que são fermento de fé e vida, dando a essas comunidades testemunhos de compromisso; em segundo, temos as pessoas batizadas mas descompromissadas com as exigências do Batismo, e não têm sentimento de pertença, já não

experimentam a consolação da fé; por último, aqueles que desconhecem Jesus Cristo ou que o recusaram, mesmo esses têm o direito de receber o Evangelho. Nós temos o dever de anunciar o Evangelho para essas pessoas sem excluir ninguém, muito menos impor obrigações, mas sim como alguém que partilha as coisas com alegria. Trata-se de propor o Evangelho como força para viver, e propor não é ensinar nem impor verdades, nem apenas construir a fé por indução a partir de realidades terrenas. Devemos, sim, propor a fé de que neste mundo é possível ao homem, apesar da crise, vivenciar a experiência cristã de Deus fazendo seu encontro pessoal com Cristo e que esse encontro possa ser o início de um longo discipulado.

O discípulo é convocado a se expressar sempre em sua própria cultura e na cultura de seus interlocutores. Este é o caminho privilegiado do encontro com o Evangelho visando a realização de novos processos de iniciação cristã inculturada.

Membro da Animação Bíblico-catequética da Diocese de Toledo
Catequese

O que podemos aprender com a história vocacional de Pe. Hélio José Bamberg

Em nossa Diocese de Toledo há diversos padres realmente inspiradores para a vida dos vocacionados, e um deles é o Pe. Hélio José Bamberg. Ele nasceu no Rio Grande do Sul, em Santo Cristo. É filho de Arthur Bamberg (em memória) e Lúcia Maria Bamberg, tendo 11 irmãos, sendo oito mulheres e três homens.

Seus pais eram muito religiosos, por isso toda a sua vida de Igreja durante a infância foi sempre bem acompanhada pelos pais. Ele relata que o período da infância foi uma fase muito feliz: conciliava trabalho com seus estudos e gostava muito de jogar bola. Seus pais tinham lavoura e conviveu sempre com os irmãos. Estudava numa escola que ficava a 3 km de sua casa, e ia e voltava a pé de lá. De fato, uma vida simples, alegre e sempre junto da família.

Quando Pe. Hélio era criança ainda, seu pai Arthur Bamberg falece aos seus 37 anos, e após a morte do pai, a família decidiu se mudar do Rio Grande do Sul para o Paraná, em São Miguel, município de Toledo.

Durante o tempo em São Miguel, ainda na infância, foi divulgada em sua escola uma missa vocacional. E então lá se foi ele à missa vocacional, às 15h. Durante a missa, que por sinal estava lotada de crianças, mais especificamente 60, o padre que presidia a celebração, Pe. Armando Cavallo, contou um pouco sobre a rotina de um seminário, onde incluiria estudos e esportes, e pediu a todas aquelas 60 crianças quem gostaria de ser padre.

As crianças, quase todas, imediatamente levantaram a mão, mas o Pe. Armando chamou, dentre elas, justamente o pequeno jovem Hélio José Bamberg, que em um primeiro momento se sentiu encantado pelos esportes, especialmente o futebol. Então, ao fim da missa, o Pe. Armando levou o jovem Hélio até sua casa para conversar com os seus responsáveis sobre sua entrada no seminário.

Na conversa, sua mãe em um primeiro momento, se sentiu triste por ter que entregar seu filho ao seminário, mas como tinha uma religiosidade fervorosa, deixou que ele fosse e durante toda sua caminhada no seminário sempre o apoiou, sendo uma das pessoas mais importantes para que a vocação do jovem Hélio se firmasse.

Então aos 11 anos entrou no seminário menor São José de Cascavel, no ginásio. No seminário havia em torno de 50 vocacionados junto com ele. Durante a manhã, os seminaristas estudavam no seminário, com formação interna, e durante o período da tarde havia trabalho e esporte. De acordo com ele, a rotina do seminário era “só festa”. Conta que levava as coisas de maneira muito feliz, e também sempre orando a Deus pela sua

vocação. Aprendeu no seminário menor também línguas estrangeiras, com enfoque no francês, principalmente.

Depois de terminado o ginásio, foi ao seminário menor São José em Curitiba, para fazer o antigo 2º grau. Cursou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) durante três anos e concluiu também, além de filosofia, as licenciaturas em Sociologia e História. Terminado a Filosofia, foi a Roma cursar a Teologia na Universidade Gregoriana, durante três anos.

Voltando de Roma, foi ordenado diácono. No dia 12 de julho de 1986 é ordenado presbítero na Paróquia Cristo Rei (Catedral), em Toledo, com o lema: “Fazei isto em memória de mim”. Assim, em junho de 1988 é nomeado pároco da Catedral, atuando durante cinco anos na comunidade, e criando fortes

“O testemunho do Pe. Hélio José Bamberg nos inspira ao serviço ao próximo, mas sempre com os olhos em Cristo. ‘A vida só faz sentido quando amamos, nos tornamos servos e bênção para os outros’, diz ele. Ao exemplo de vida do Pe. Hélio, tenhamos a coragem e disposição ao serviço amoroso a Cristo e aos irmãos”.

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Vocacional
Pe. Hélio José Bamberg completa 37 anos de sacerdócio Rito de bênção das medalhas de Santa Dulce dos Pobres Fotos: Arquivo Revista Cristo Rei e Fábio Cembrani Como administrador diocesano em 2005, Pe. Hélio concede entrevista coletiva na Cúria

laços. Em 1992, Pe. Hélio então retorna a Roma para concluir o mestrado em Filosofia, pela Pontifícia Universidade de Angelicum.

Com o mestrado, retorna à Diocese de Toledo, atuando ainda como professor na Unioeste onde já lecionava desde 1987 e ao mesmo tempo pároco da Paróquia Menino Deus. Nesta comunidade paroquial permaneceu por 23 anos, além de participar da construção da nova Igreja Menino Deus.

Sobre a atuação como professor na Unioeste durante 23 anos, comenta que a interação com o ambiente acadêmico foi muito rica e frutuosa. Como professor contemplava o ensino de Filosofia Contemporânea e Moderna. Além disso, orientou mais de 100 monografias de diversos acadêmicos. Depois passou a lecionar na PUCPR, Câmpus de Toledo, onde atua ainda hoje.

Seu trabalho na área social, opção de vida, se reflete à frente da Casa de Maria e Pastoral do Auxílio Fraterno.

Após os 23 anos como pároco da Paróquia Menino Deus, retorna a Catedral e lá está até hoje, completando seu 4º ano como pároco da Catedral Cristo Rei.

Para os jovens que querem seguir o caminho vocacional sacerdotal ou religioso, Pe. Hélio diz: “Ser sacerdote é servir a Cristo, ser verdadeiramente servo”. Isto é, a vida de configuração a Cristo requer serviço, doação, entrega. Não é somente o ato de consagrar a hóstia, mas sim fazer como Ele fez, doar-se sem medidas.

Minha história vocacional

Sou Bred Patrik Oliveira Mugnol, natural de Cantagalo (PR), e pertenço à comunidade da Paróquia Menino Deus, de Toledo. Sou seminarista diocesano do Seminário Maria Mãe da Igreja, e estou no 1º ano da etapa do Discipulado (Filosofia).

Sou de família católica e meus pais, Amélia Alves Oliveira Mugnol e Carlos Alberto Dias, sempre participavam na comunidade, e me levavam junto nas missas.

Em uma certa missa houve a divulgação dos encontros do grupo de jovens da comunidade, o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), e meus pais me motivaram a ir. Passados alguns encontros, uma das coordenadoras do grupo disse que aconteceria no fim de semana o Domingão Vocacional no Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes.

Cheguei em casa após o encontro com dúvidas e não tinha certeza se participaria, até que os meus pais me motivaram a participar, dizendo para que eu fizesse uma experiencia lá. Então, seguindo o conselho deles, lá me fui ao Domingão Vocacional.

No fim do encontro, percebi que tinha gostado da coisa, mas ainda não havia certeza se seguiria o caminho sacerdotal. Passados alguns Domingões e Pré-seminários, fui ao que seria o último encontro, para tomar a decisão de entrada.

Durante a missa daquele Domingo, enquanto o padre consagrava o pão e o vinho, me senti chamado por Deus. Pude sentir o amor de Deus na celebração. Ao final de tudo, o padre reitor do Seminário São Cura d’Ars, Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, me chamou em sua sala para tomar a decisão final. Naquele momento ainda me surgiam dúvidas, mas diante da experiência de Deus que tive naquela missa, não pude dizer outra coisa a não ser o meu sim diante de Deus e seu plano para minha vida.

Em 2021 ingressei no seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes, e passei dois anos por lá até concluir o ensino médio. Agora, no Seminário Maria Mãe da Igreja, na etapa do Discipulado (Filosofia), somente peço a Deus que continue sustentando a minha vocação, e me ajude em meu discernimento pessoal a fim de que o sim dado no ano de 2021 continue a ser vivido diariamente.

Percebemos claramente, que a vida de um sacerdote de fato é doação, mas uma doação confiante, em que Cristo está ao nosso lado diariamente, que Ele nos ajuda e dá força em nossas atividades. O testemunho do Pe. Hélio José Bamberg nos inspira ao serviço ao próximo, mas sempre com os olhos em Cristo. “A vida só faz sentido quando amamos, nos tornamos servos e benção para os outros!” diz

ele. Ao exemplo de vida do padre Hélio, tenhamos a coragem e a disposição ao serviço amoroso a Cristo e aos irmãos!

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Vocacional
Celebração eucarística presidida por Pe. Hélio Pe. Hélio conduz encontro de lideranças na Paróquia Menino Deus Bazar de Natal de 2019 com coral da Casa de Maria

Liderança na dimensão do Martírio: testemunho de fé, resposta e missão

Nesse ano de 2023 os cursilhistas de todo Brasil estão trabalhando a dimensão do Martírio (do grego, testemunho), não apenas o “Martírio Vermelho”, de sangue, aquele de quem literalmente deu sua vida em nome de Cristo, mas o “Martírio Branco”.

Martírio Branco é aquele do dia a dia quando nós, pela fé, oferecemos nossa vida atribulada ao Senhor. É o martírio dos pais que têm filhos especiais e os acolhem com carinho e amor como testemunho de fé; casais que enfrentam doenças graves e oferecem este sacrifício a Deus com paciência e tolerância; jovens que não têm vergonha de assumir os valores cristãos, sendo muitas vezes motivo de chacota; cristãos que, pela fé, aceitam a cruz de cada dia e fazem das dificuldades oportunidades de união com Cristo e como caminho de santificação.

Ser esse mártir significa dar testemunho de fé, responder positivamente à missão que Deus nos impele através de seu Filho Jesus Cristo, renunciando a nós mesmos por Ele, com coragem, ousadia e impulso evangelizador que deixa marca nesse mundo.

Abrir mão do nosso tempo, sacrificar um ganho financeiro, momentos com a família, quando feito por Ele, para Ele, e com alegria, é uma forma de martírio branco e agrada a Deus.

No Evangelho, Jesus diz: “E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna” (Mt 19,29). Mas o que a liderança tem a ver com tudo isso?

O mundo de hoje está carente de líderes. Não de líderes individualistas, egocêntricos, que busca em sua posição benefício próprio. Mas de líderes cristãos, conscientes, servidores.

Ninguém nasce um grande líder. Alguns têm uma tendência maior, outros menor, mas ser um líder é uma habilidade, e qualquer habilidade pode ser adquirida com estudo e treino. Além do mais, lembramos daquela velha frase: “Deus não escolhe os capacitados,

“No final, todos somos líderes, líderes de nós mesmos quando Cristo nos concede o livre arbítrio; líderes nas nossas casas, dos nossos filhos, no trabalho, na Igreja, enfim, sempre que temos a oportunidade de influenciar alguém, independente de ocuparmos ou não um ‘cargo’. Mas, por vezes, é preciso que saiamos da zona de conforto e pescar em águas mais profundas, assumir sim responsabilidades maiores. Como cristãos comprometidos, Igreja em saída, assumir esse martírio branco e nos colocar à disposição”.

mas capacita os escolhidos”. É a pura verdade, basta ver os 12 apóstolos. Por acaso eram grandes lideranças quando Jesus Cristo os escolheu?

Ser um líder cristão implica em dar o nosso sim ao Plano de Deus. Implica estudar e conhecer esse Plano, aprender a discernir as situações do nosso dia a dia não apenas à luz da razão, mas também à luz da fé. E a partir daí buscar a transformação da realidade, dos ambientes que vivemos, para que se adapte à vontade de Deus.

Ser um líder, na dimensão do martírio, se dá na missão com o outro, no doar-se, no agir concretamente, parti -

cipando ativamente, ajudando a transformar a realidade concreta das pessoas, dos grupos, da sociedade, anunciando os valores do Evangelho.

Ser um líder cristão exige sim dedicação, estudo, sacrifício, humildade, testemunho, ousadia, coragem, não ter medo do erro e das críticas. Mas não é isso que Jesus Cristo nos pede? “Conheço tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente; mas, visto que és morno, nem frio nem quente, vou te vomitar da minha boca” (Ap 3-15,16).

No final, todos somos líderes, líderes de nós mesmos quando Cristo nos concede o livre arbítrio; líderes nas nossas casas, dos nossos filhos, no trabalho, na Igreja, enfim, sempre que temos a oportunidade de influenciar alguém, independente de ocuparmos ou não um “cargo”.

Mas, por vezes, é preciso que saiamos da zona de conforto e pescar em águas mais profundas, assumir sim responsabilidades maiores. Como cristãos comprometidos, Igreja em saída, assumir esse martírio branco e nos colocar à disposição, seja assumindo cargos de liderança em nossa sociedade, seja dentro da nossa Igreja.

As pessoas boas que se omitem, favorecem a criação de estruturas sociais pecaminosas pelas pessoas más que não se omitem. Será que minha omissão não está contribuindo para a sociedade iníqua a qual estamos vivendo?

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Cursilho
Cursilhistas participam de reflexões sobre o “Martírio”, dimensão do ano 2023 Cursilhistas do GED Toledo com o coordenador do Grupo Executivo Nacional do Brasil, Adair Batista, que foi eleito vice-presidente do Organismo Mundial de Cursilhos de Cristandade

Participe!

Trazendo para dentro do nosso Movimento de Cursilhos, o próprio Papa Francisco nos pediu na 7ª Ultreya Nacional em Roma que não “eternizemos car-

gos”. “Nunca se isolar, nunca se fechar, nunca ‘eternizar’ os cargos e, sobretudo, fazer comunidade buscando a harmonia e a unidade, quer internamente no Mo-

vimento como externamente nos locais em que se está inserido” (Maio, 2022).

Para finalizar, no último dia 4 de junho, recebemos com muita alegria a notícia de que o coordenador do Grupo Executivo Nacional do Brasil, Adair Batista, foi eleito vice-presidente do Organismo Mundial de Cursilhos de Cristandade. Em fevereiro desse ano Adair esteve conosco na Assembleia Regional que ocorreu em Cascavel e estará novamente no Encontro Regional de Formação que ocorrerá em Pitanga, no início deste mês de julho.

Para nós, ter um representante brasileiro nessa estrutura de serviço é muito inspirador, uma bênção que nos anima ainda mais na nossa missão.

Que o Espírito Santo nos ilumine e que a exemplo de São Paulo, nosso patrono, e de Maria Nossa Mãe não vivamos nosso martírio como um sofrimento, mas com alegria pela escolha do amor a Deus. Cristo conta conosco!

Rafael Hirata, Marcos

Hawerroth, Giani Verdi e Josiane Bucalão

Cursilhistas da Diocese de Toledo

DATA ATIVIDADE LOCAL 02/07 Almoço no Carta Palotina 04/07 Escola Vivencial Diocesana Toledo 7 a 9/07 18º Encontro Regional de Formação Pitanga – GED Guarapuava 8/07 Ultreia Toledo 11/07 Escola Vivencial do Setor Marechal Cândido Rondon 13 a 16/07 8º Cursilho Misto para Jovens Santuário Nossa Senhora da Salette, em Palotina 18/07 Escola Vivencial do Setor Palotina 18/07 Escola Vivencial do Setor Toledo 22/07 Escola Vivencial Diocesana Jovem Marechal Cândido Rondon 23/07 Ultreia – Missa da Família Palotina 1º/08 Escola Vivencial Diocesana Marechal Cândido Rondon 5/08 Jantar Dançante Decolores Palotina
Cursilho

Itaipu presta informações sobre negociações do Tratado na Câmara dos Deputados

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, participou, na quarta-feira (31/05), de uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele prestou informações sobre as negociações do Anexo C do Tratado de Itaipu, que devem começar a partir de agosto deste ano. Enio foi acompanhado do diretor financeiro executivo, André Pepitone.

“Em relação à negociação do Anexo C, Itaipu vai subsidiar tecnicamente os governos. O Ministério de Relações Exteriores será o responsável para fazer todo esse debate e não a Itaipu, que apenas dará subsídio às autoridades”, afirmou Enio Verri.

Enio Verri fez um balanço histórico da Itaipu, desde a assinatura do Tratado, em 1973, até meados da renegociação de seu Anexo C, 50 anos depois. O diretor explicou a composição da diretoria e do conselho da Itaipu, formados por representantes dos dois países, que baseiam as decisões pelos princípios da binacionalidade, cogestão e paridade.

“Qualquer encaminhamento precisa passar pelos diretores das duas margens da Itaipu. Caso um dos lados não aceite uma proposta, o que vale é o ‘não’”, afirmou o diretor-geral brasileiro. Esta busca do consenso inclui a discussão da tarifa de energia – enquanto ao Brasil interessa um valor baixo, para o Paraguai, que vende o excedente da energia produzida ao Brasil, é interessante manter uma tarifa elevada.

NEGOCIAÇÕES DO TRATADO

Segundo a embaixadora Gisele Padovan, que vai fazer parte do grupo de

Previsão de investimentos

Para continuar garantindo o alto desempenho na produção de energia elétrica, e atender a demanda de Brasil e Paraguai, a Binacional está passando por uma ambiciosa atualização tecnológica. Dividido em várias fases e com previsão de conclusão de mais de uma década, o Plano inclui a substituição de

trabalho do governo brasileiro sobre as negociações, o debate iniciará no final do ano. “O Tratado de Itaipu tem vigência indeterminada e, assim como

o Anexo C, ele só muda quando houver um novo tratado”, afirmou.

A negociação é feita pelos ministérios de Relações Exteriores do Brasil e do Paraguai. O documento será levado aos dois presidentes e, finalmente, será submetido à aprovação do Congresso Nacional dos países sócios. “Não há possibilidades de vocês, deputados, não terem o controle dos acordos assinados pelo Brasil”, disse Gisele.

A embaixadora reforçou que, na visão da diplomacia, não há interesse de conflito entre dos países. “Uma boa negociação é aquela que os dois lados saiam moderadamente satisfeitos e moderadamente insatisfeitos”, concluiu.

todos os cabos de força e controle e dos sistemas do controle centralizado das unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares, do vertedouro e de medição e faturamento. Os investimentos, ao longo de 14 anos, devem chegar a US$ 1 bilhão.

O impacto do reservatório da Itaipu é percebido em 15 municípios paranaenses e em Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul. A negociação dos Anexo C é uma oportunidade para revisar o valor dos royalties pagos pela Binacional. No total, 347 municípios da Bacia do Rio Paraná recebem algum tipo de ressarcimento da Binacional. Vale lembrar que a manutenção do pagamento dos royalties não faz parte da negociação no Tratado, mas o que poderá ser revisto são os seus percentuais.

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Usina passa por amplo processo de revisão do Anexo C que interessa a municípios de sua área de influência Diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, participa da audiência pública AlexandreMarchetti/Itaipu Binacional Rafa Kondlatsch

Ser agricultor é cooperar com a terra. Sua paixão faz do solo um berço produtivo.

Prosperar é a razão da nossa existência.

Temos orgulho em potencializar o seu trabalho com produtos e serviços de excelência. O compromisso da C.Vale é com a prosperidade.

E foi na sua dedicação incansável que encontramos terreno fértil para cultivá-la. Sua força é a sua marca, é a sua bandeira que move essa nação. Fica aqui nossa gratidão por você ser agricultor.

28 DE JULHO - DIA DO AGRICULTOR

Mais de R$ 1 bi para infraestrutura elétrica do Oeste

Novas obras de ampliação e modernização da rede elétrica vão beneficiar a população do Oeste do Paraná nos próximos anos. Entre 2023 e 2025, a Copel planeja investir R$ 1,044 bilhão na região, em novas subestações, linhas e na implementação dos principais programas da empresa, como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente.

“O Oeste é um dos principais polos produtivos do Paraná e, para a Copel, é uma prioridade investir de forma robusta na região”, afirma o superintendente de engenharia de expansão da Copel, Edison Ribeiro da Silva. O que estamos fazendo com essas obras é executar um plano ousado e bem estruturado, que combina tecnologia, infraestrutura e aplica o que temos de mais avançado em automação, redes inteligentes e atendimento aos consumidores”, acrescenta.

A maior parcela é destinada ao Paraná Trifásico, cujas obras, em 2023, somam R$ 103,65 milhões e vão ampliar a malha de redes trifásicas que, além de mais resistentes, contam com equipa-

mentos automáticos com tecnologia para religar a rede em poucos segundos em caso de um desligamento. As obras do programa continuam em ritmo intenso: até agora foram entregues 2.136

quilômetros de redes trifásicas em toda a região. Cascavel, com 208 km, Guaraniaçu, com 129 km, e Toledo, com 91 km prontos, são os municípios com maior extensão construída.

Hospital privado em Marechal Cândido Rondon entra em fase de finalização

O edifício que abrigará o Hospital Geral Unimed (HGU) em Marechal Cândido Rondon está em fase de acabamento. Neste momento, equipes de pintura e assentamento de pisos trabalham no espaço que já está com toda a infraestrutura pronta: sistemas de ar-condicionado, hidráulico, energia, gases medicinais e prevenção de incêndio. A previsão é que a obra fique pronta em setembro para então ser equipada. “Já estamos avançando com a compra de equipamentos e nossa expectativa é que ainda neste ano o HGU comece suas operações”, afirmou o diretor-presidente da Unimed Costa Oeste, Dr. Hiroshi Nishitani.

São 6 mil m2 divididos em pavimen-

to inferior, onde estará toda a infraestrutura do hospital como cozinha, farmácia, área dos colaboradores; térreo com o pronto-atendimento, atendimento ambulatorial, centro de imagens, saúde ocupacional, setor

administrativo e comercial; 1º pavimento com 4 salas de cirurgia e 30 leitos; 2º pavimento com uma área de reserva técnica para aumentar o número de leitos conforme a demanda e o sistema de ar-condicionado exclusivo do centro cirúrgico. Acima, ainda, há outros dois pavimentos que abrigam os sistemas de água quente, água potável e prevenção de incêndios. Na parte externa, o espaço contemplará um amplo estacionamento para 200 vagas destinadas ao público, além de 50 vagas reservadas para os colaboradores.

O Hospital Geral Unimed é destinado para casos de baixa e média complexidade de pacientes clientes da Unimed e outros possíveis convênios.

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Construção de rede trifásica na Região Oeste do Paraná Copel/divulgação Divulgação

Jovens e adultos têm novo incentivo para retomar estudos

Os caminhos para ter uma profissão passam pelos estudos. Se está difícil o preenchimento de determinadas vagas de trabalho para quem tem certo grau de escolaridade, imagine como será o futuro de quem ainda não consegue ler ou interpretar questões básicas de língua portuguesa e matemática. Esse é um dos grandes desafios para pessoas que por uma razão ou outra abandonaram os estudos no seu tempo regular idade-escola e agora precisam retornar aos bancos escolares.

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade oferecida pela Secretaria Estadual de Educação que implica em uma decisão

A Educação de Jovens e Adultos na região

Confira os locais onde já existe oferta da modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Incentive seu familiar ou amigo para retomar os estudos.

Assis Chateaubriand Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (Ceebja)

Entre Rios do Oeste Colégio Estadual Prof. Ildo José Fritzen

Aldeia Tekoha Jevi

Aldeia Tekoha Marangatu

Os esforços são grandes para o retorno de adultos aos estudos

do aluno em mergulhar nas disciplinas propostas. Esse é um esforço individual, sim, mas além de depender do próprio candidato, sempre pode ser oferecido um incentivo por pessoas próximas, seja do convívio familiar ou mesmo dos próprios colegas de trabalho.

Guaíra

Aldeia Tekoha Porã

Escola Ceebja Valdir Fernandes

Escola Rita Ana de Cassia

Jesuítas Escola Felipe Sierra Ruiz

Colégio Estadual Humberto Branco

Mal Cândido Rondon Colégio Estadual Paulo Freire

Mercedes Colégio Estadual Leonilda Papen

Nova Aurora Colégio Estadual Machado de Assis

Nova Santa Rosa Colégio Estadual Gaspar Dutra

Ouro Verde do Oeste Colégio Estadual Ouro Verde

Palotina Escola Ceebja Palotina

Pato Bragado Colégio Estadual Pato Bragado

Quatro Pontes Colégio Estadual Quatro Pontes

Colégio Estadual Arthur Costa e Silva

Escola Municipal José de Alencar

A Secretaria da Educação oferta essa modalidade de ensino para que o estudante retome os estudos do ensino fundamental II (anos finais) ou do ensino médio e os conclua em menos tempo e, desta forma, obtenha a qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Para cursar os anos finais do ensino fundamental o candidato deve ter, no mínimo, 15 anos completos. Já para cursar o ensino médio a idade mínima é de 18 anos completos. O aluno que entrar no ensino médio EJA pode concluí-lo em três semestres, totalizando um ano e meio de curso, com carga horária de 24 horas/aula semanais (cerca de 5 horas diárias), de segunda a sexta-feira.

MODALIDADE HÍBRIDA

Terra Roxa

Escola Municipal Maria Carolina Engel

Escola Osvaldo Cruz - APED Costa e Silva

Escola Municipal Rainha dos Apóstolos

Escola Ceebja de Toledo

Colégio Estadual Germano Rhoden

Toledo

Colégio Estadual Novo Horizonte - APED

Ceebja

Tupãssi Escola Municipal Carlos Drumond de Andrade

Para os alunos impossibilitados de comparecer às aulas pessoalmente, 79 escolas oferecerão o curso em modalidade híbrida – presencial e a distância – tanto para o ensino fundamental II quanto para o ensino médio. As aulas a distância são assíncronas (não são transmitidas ao vivo) e disponibilizadas em um ambiente virtual. Assim, o aluno pode estudar no período de sua preferência.

O sistema permite que todos os alunos da EJA tenham acesso ao ensino a distância. Porém, semanalmente tem de se deslocar até a escola onde se matriculou para um momento presencial, seja para tirar dúvidas ou para fazer avaliações.

Os conteúdos abordados são os mesmos da modalidade presencial e a frequência exigida para conclusão é de dois dias por semana. A modalidade EaD está disponível em todas as regiões do Estado e as avaliações são realizadas presencialmente.

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Seed/PR

Sicredi Progresso: Associado de Toledo leva o primeiro carro 0 km da 2ª edição da Promoção Aplicação Premiada

A Sicredi Progresso PR/ SP entregou no dia 15 de junho, o primeiro carro 0 km - Chevrolet Tracker, da 2ª edição da Promoção Aplicação Premiada. A divulgação aconteceu na sede da Cooperativa e o contemplado foi o associado da Agência Jardim Porto Alegre Toledo/ PR, Nildo Valentin da Costa.

Ele ficou sabendo do prêmio por meio de uma ligação feita pelo Gerente da Agência, Vanderlei Hertz. “Fiquei surpreso quando recebi a ligação. Sem dúvidas, foi um ótimo presente. Eu confio no Sicredi e me sinto seguro investindo aqui”, contou Nildo.

Ao receber a ligação, veio até a sede da Cooperativa e recebeu a Tracker. O momento contou com a presença de colaboradores do Sicredi e foi de muita comemoração. A Diretora de Negócios, Carina Vargas, participou da entrega e comentou sobre a promoção.

“Estruturamos uma campanha para que nosso associado investisse seus recursos e ainda concorresse a prêmios. Essa entrega só comprova que investir no Sicredi traz muitos resultados. É gratificante realizar esses momentos e ver o quanto fazemos a diferença na vida financeira de nossos associados. E digo para continuarem investindo, ainda tem muitos prêmios para serem entregues”.

A Campanha tem ao total 22 prê-

mios de R$ 10 mil, além da Chevrolet Tracker 0 km e um Honda New HR-V 0 km. Serão mais de R$ 490 mil em prêmios.

COMO PARTICIPAR

Podem participar associados ativos, pessoas físicas e jurídicas, primeiros titulares da conta corrente, atuais e futuros. Associado Pessoa Física concorre aplicando R$ 100,00 em Capital Social ou a cada R$ 500,00 aplicados Depósito a prazo. Já a Pessoa Jurídica concorre aplicando R$ 100,00 em Capital Social ou a cada R$ 1.000,00 aplicados Depósito a prazo. Cada aplicação feita gera um número da sorte. Depósitos com

carência acima de 90 dias, em ambas as modalidades, geram dois números eletrônicos.

A campanha possui um hotsite exclusivo https://www.sicredi.com.br/ promocao/aplicacaopremiada, onde pode ser consultado o regulamento completo, os contemplados nos sorteios e ainda conferência dos números eletrônicos.

Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 71 Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 71 INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO - INFORME PUBLICITÁRIO
A entrega do prêmio aconteceu na Sede da Sicredi Progresso PR/SP Entrega foi realizada na sede da Cooperativa

Apreensão de maconha aumenta 65% no Paraná nos primeiros cinco meses de 2023

As forças de segurança do Paraná registraram um total de 132 toneladas de maconha confiscadas nos primeiros cinco meses do ano. O número é 65% maior do que o registrado no mesmo período de 2022 (80 toneladas). O maior registro mensal foi registrado no mês de maio, quando as polícias Civil e Militar apreenderam 53,5 toneladas.

Em abril deste ano, chamaram a atenção as várias apreensões feitas nas proximidades do feriado de Tiradentes, 21 de abril. Em uma delas, 929 quilos de maconha foram apreendidos com um homem de 27 anos, em Cascavel. Ele e o comparsa confessaram que havia mais droga escondida na cidade de Pato Bragado. Em diligência, os policiais encontraram no endereço mais 517 quilos de maconha. Nos três dias seguintes ao feriado outras apreensões foram realizadas, dentre elas, um casal de 17 e 18 anos foi preso pela Polícia Rodoviária Federal na região de Goioerê com 516 quilos de maconha. Na época, eles disseram que pegaram a droga em Toledo e teriam como destino a cidade de Campo Mourão.

As apreensões de crack também cresceram significativamente em 2023. Foram 802 quilos confiscados pelas polícias entre janeiro e maio, enquanto que no mesmo período de 2022 foram 321 quilos. O aumento foi de 149%. A maior quantidade foi recolhida em março, mês em que foram localizados 406 quilos da droga.

Os dados, provenientes de um levantamento realizado pelo Centro

Federal apreendeu mais de 4 toneladas de drogas de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria da Segurança Pública (Sesp), são resultado da atuação das polícias do Paraná na investigação, em ações de policiamento e no trabalho de inteligência. Junto à atuação policial, as denúncias enviadas por cidadãos através de canais como o Disque-Denúncia 181 também tiveram importante papel para o resultado alcançado no período.

e

Para o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, a quantidade expressiva de drogas apreendidas no período se deve ao trabalho de inteligência das polícias. “O Paraná tem uma malha viária muito extensa que nos liga a outros estados como São Paulo e Santa Catarina, além da fronteira com o Paraguai e Argentina. As operações que estão sendo feitas nestes pontos, a partir das informações produzidas pela inteligência, têm surtido um efeito satisfatório”, enfatizou.

Uma operação emblemática do período foi a Fronteiras e Divisas Integradas, que apreendeu 3,4 toneladas de drogas através de uma atuação integrada das polícias do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Já as forças estaduais confiscaram, no final de maio, em pouco mais de 24 horas, 5,3 toneladas de maconha em três ações diferentes nos municípios de Medianeira, Paranavaí e Foz do Iguaçu.

Nas zonas fronteiriças o trabalho é realizado de forma integrada com forças federais. A atuação envolve o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), as unidades da Polícia Militar, da Polícia Civil e Polícia Federal. Essa ação integrada e permanente é essencial para o desenvolvimento das operações e para garantir a segurança da região, bloqueando a entrada e distribuição de entorpecentes. Nos últimos meses foram apreendidos embarcações, veículos e criminosos com drogas.

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Ação do Batalhão de Fronteira Polícia
SESP/PR

Encurtamento de músculos pode afetar até 80% dos adultos jovens, diz estudo

Apesar da população jovem parecer mais ativa e saudável do que as pessoas com mais idade, é cada vez mais comum encontrar jovens adultos com encurtamento muscular.

Um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontou que o encurtamento dos músculos isquiotibiais (responsáveis pela extensão do quadril e flexão dos joelhos) estava presente em 91% dos homens e em 82% das mulheres que participaram da pesquisa.

Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Saúde Postural e Dores Crônicas, os isquiotibiais são um grupo muscular que fica na parte de trás das coxas. São músculos essenciais para o deslocamento do corpo para frente. Além disso, são responsáveis pelos movimentos de extensão do quadril e, principalmente, de flexão dos joelhos.

“A má postura pode alterar a estrutura dos músculos, principalmente quando os vícios posturais não são corrigidos ao longo da infância e adolescência. O resultado é a perda ou redução da flexibilidade e da mobilidade. A pessoa nessas condições terá músculos encurtados e enfraquecidos e isto pode acarretar dores e dificuldade de realizar movimentos que exigem amplitude de movimento”, explica a especialista.

MÁ POSTURA É A VILÃ

Hoje a principal causa de encurtamento dos isquiotibiais são os vícios de postura adotados pelas pessoas que passam a maior parte do tempo sentadas. Outro fator de risco é o sedentarismo, algo cada vez mais prevalente em todas as faixas etárias, inclusive em crianças e jovens adultos.

LEI DO MÍNIMO ESFORÇO

Walkíria aponta que o encurtamento muscular ocorre quando o corpo passa a ignorar os músculos que não são usados. “Ou seja, o corpo se adapta nas posturas que exigem menos esforço e menos amplitude de movimento. Um bom exemplo de encurtamento nos isquiotibiais é quando a pessoa precisa abaixar para pegar algo no chão ou para calçar um sapato e sente dificuldade”, comenta.

A profissional acrescenta que, na prática da clínica, é comum perceber que este tipo de encurtamento está associado a dores na região lombar, problemas e dores nos joelhos e alterações na marcha, já que a extensão do quadril fica comprometida e dores nas pernas. “Nos casos mais avançados pode ocorrer diferença no comprimento de uma perna para a outra”, aponta a fisioterapeuta.

Eles sofrem mais

Os homens costumam ter mais problemas de encurtamento muscular que as mulheres, uma vez que biologicamente são menos flexíveis. Neste estudo da Unesp, os participantes foram divididos entre sedentários e praticantes de atividades físicas. Entre os sedentários 91% dos homens e 82% das mulheres apresentaram encurtamento dos isquiotibiais.

“O que nos chama a atenção é que o encurtamento muscular é cada vez mais frequente entre os jovens. Uma das explicações é que boa parte dessa população deixa de praticar esportes ao ingressar na faculdade, por exemplo. Além disso, passam a maior parte do tempo sentados, seja na universidade ou em outros momentos do dia a dia, como trabalho e estudos em casa”, diz Walkíria.

Por outro lado, quando já existe um quadro instalado de encurtamento muscular o tratamento envolve recursos da fisioterapia. “A primeira etapa é corrigir a postura e isso pode ser feito por meio da Reeducação Postural Global (RPG), além de técnicas de alongamento e fortalecimento das cadeias musculares. Podemos usar ainda o Pilates associado a treinos de força focado nos membros inferiores”, diz.

Todas estas técnicas, conforme a fisioterapeuta, ajudam o paciente a aumentar sua consciência corporal. “A partir da percepção da má postura, a pessoa no dia a dia tende a corrigir sua posição para prevenir os encurtamentos. Depois do término da fisioterapia é importante seguir com alguma atividade física e alongamentos, que podem ser feitos em casa ou no trabalho”, finaliza Walkíria.

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Encurtamento muscular tem se mostrado mais frequente entre os jovens

Doenças inflamatórias intestinais são mais incidentes no Sul e no Sudeste

As doenças inflamatórias intestinais (DII) atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, o número de casos novos tem aumentado e se concentra nas regiões Sudeste e Sul, em função do índice de desenvolvimento humano e urbanização – fatores que impactam, sobretudo, nos hábitos de vida da população.

As doenças inflamatórias intestinais, representadas pela doença de Crohn e retocolite ulcerativa, são doenças imunológicas que se caracterizam por inflamação do trato gastrointestinal, de forma crônica e progressiva, com períodos de atividade e remissão. Enquanto a doença de Crohn pode acometer todo o trato digestivo, a retocolite ulcerativa é limitada à inflamação no intestino grosso. Essa inflamação leva a danos orgânicos, incapacidades e redução da qualidade de vida do paciente.

Os sintomas variam de leve a graves dependendo do grau de atividade inflamatória e de onde ela ocorre. O quadro clínico se manifesta com diarreia crônica com duração superior a um mês, presença de sangue ou muco nas fezes, dor abdominal, anemia por deficiência de ferro e perda de peso.

A causa das DII é complexa e vem sendo extensivamente estudada nas duas últimas décadas, o que a torna desafiadora. Fatores genéticos, imunológicos e alterações na microbiota intestinal são as principais causas das doenças. Além disso, outros fatores de risco modificáveis têm sido estudados como o tabagismo, redução do tempo de aleitamento materno, consumo de alimentos ultraprocessados e uso excessivo de antibióticos na infância.

“A genética contribui para o surgimento das DII em 30 a 50% dos casos, mas os gatilhos ambientais e de microbiota são indispensáveis para que as doenças se manifestem. Por isso, é

No Brasil, incidência é mais alta nas regiões Sudeste e Sul, em função do índice de desenvolvimento humano e da urbanização

importante sempre prezar por hábitos de vida saudáveis como manter a dieta balanceada, evitar uso indiscriminado de antibióticos e antiinflamatórios e não fumar”, pontua Luísa Leite Barros, gastroenterologista do Einstein.

De acordo com a médica, é fundamental estar atento à saúde intestinal, já que essas são doenças que afetam consideravelmente a qualidade de vida do paciente, ocasionando altos índices de absenteísmo, por exemplo, além de ampliar o risco para o desenvolvimento do câncer – a retocolite ulcerativa pode aumentar em 10 vezes o risco para tumor de intestino em até 20 anos.

“As doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas consultas com gastroenterologista podem estabelecer o diagnóstico correto de forma precoce,

a partir do qual é possível definir um tratamento multidisciplinar individualizado mais efetivo e apropriado, melhorar qualidade de vida do paciente e evitar danos intestinais irreversíveis”, ressalta.

Atualmente, o rastreio das doenças envolve desde exames de sangue, como o hemograma e o PCR, exames de fezes, como o parasitológico de fezes e a calprotectina fecal e, em casos suspeitos, a ileocolonoscopia com biopsias. Mas Luisa admite que a medicina de precisão é uma realidade cada vez mais próxima e que deve ganhar força no estudo e tratamento das DII, assim como aconteceu com a oncologia em um passado não tão distante.

“No futuro, teremos a identificação de novos biomarcadores e da análise da microbiota que identifiquem quais pacientes são mais suscetíveis às DII, quais são super-respondedores a cada tipo de tratamento e como é possível prevenir o surgimento dessas condições”, conclui.

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Recomendação é manter hábitos de vida saudáveis e dieta balanceada

D. Anuar celebrou 25 anos de episcopado

A Igreja São Cristóvão, em Toledo, foi escolhida para receber a celebração eucarística, em ação de graças pelos 25 anos de episcopado de D. Anuar Battisti, arcebispo emérito de Maringá. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e padres do clero diocesano participaram desta confraternização com a comunidade de fé. D. Anuar foi o 4º bispo da Diocese de Toledo. Juntamente com D. Irineu Scherer (em memória), protagonizou a “Festa da Fé”, evento memorável ao povo católico que lotou as dependências do Estádio Municipal 14 de Dezembro, em 20 de junho de 1998. Atualmente, D. Anuar auxilia a Fazenda da Esperança Cristo Rei, entre outros serviços – Fotos:

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Celebração do Dia das Mães em Tupãssi contou com a entrega de um presente para a mãe mais idosa presente na celebração na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes: Dona Ana Lemes, com 95 anos. Parabéns! – Foto: Pascom/Paróquia Nossa Senhora de Lourdes Encontro de Formação: momento de Estudo e Espiritualidade Litúrgica para lideranças, MAC e Pastoral Litúrgica (21/05) no Centro Catequético da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Tupãssi – Foto: Pascom/Paróquia Nossa Senhora de Lourdes Ana Probst

Pausa para o café na Missão Vocacional realizada na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em junho –

Na Solenidade da Santíssima Trindade, realizada na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Maripá (4/06), ocorreu a apresentação de crianças como novos integrantes do Projeto Sementinhas e o encerramento da Missão Vocacional com jovens e crianças – Foto: Sandra Moreira

Integrantes do Jurac também participaram da Escola Diocesana da Pastoral da Juventude

Crismas em Maripá

Em clima de festa junina, integrantes da coordenação diocesana da Pastoral da Juventude: Kaliny Cruz, Flávia Barbosa e Francieli Bolognes

Integrantes de grupo de base da Pastoral da Juventude na Escola de Lideranças

Representação do grupo de Jovens Peregrinos na Escola de Lideranças da PJ

A Crisma é um dos Sacramentos da Igreja Católica. Neste momento, o cristão confirma seu pertencimento à Igreja Católica e observa a Palavra de Deus em sua vida. Na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Maripá, 27 catequizandos receberam este Sacramento (19/05), para que possam perceber melhor os dons do Espírito Santo em suas vidas. Os sete dons do Espírito Santo (Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor a Deus) serão manifestados de forma mais vívida pelos jovens crismados no caminho diário da fé –

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Fotos: Sandra Moreira Foto: Paulo Bazotti

52 anos da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Tupãssi

Durante a Solenidade de Pentecostes, os fiéis se reuniram para celebrar o 52º aniversário de criação da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi. Na ocasião, devotos acompanharam a coroação da imagem de Nossa Senhora (27/05). Momento de espiritualidade, fé e oração e também de muita emoção – Fotos: Pascom/Paróquia Nossa Senhora de Lourdes

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Participação dos devotos de Santa Rita de Cássia em celebração eucarística na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Tupãssi

Comissão Regional de Presbíteros se reúne em Toledo

A Diocese de Toledo sediou reunião da Comissão Regional de Presbíteros da Igreja Católica no Paraná. Ela serviu para preparar o Encontro Regional de Presbíteros que acontecerá no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, em Toledo.

Crismas na Catedral Cristo Rei

Celebração Eucarística com o Sacramento da Crisma na Paróquia Cristo Rei (Catedral). Após uma boa preparação, acompanhada pelos catequistas, aqueles que receberam o Sacramento são convidados a uma adesão pessoal mais forte na fé em Cristo. Para isso, também foram convidados a participar da Pastoral Juvenil, onde encontram portas abertas para um acolhimento que visa a continuidade de sua caminhada na fé

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Zeladoras de Capelinhas da Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Toledo Mães em oração na celebração em honra a Nossa Senhora de Fátima, na Igreja Santo Inácio de Loyola, em Jesuítas – Foto: Patrícia Pelissari – Foto: Studio da Imagem/Toledo Reunião de avaliação do Encontro Regional de 2022 e preparatória para a edição que Toledo será sede – Foto: Pe. Sidney J. Reitz /Diocese de União da Vitória Padres celebraram com a comunidade na Capela Maria Mãe da Igreja, da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) - Foto: Irineu Sturm/Foto Pioneiro Bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, celebrou com os padres da Comissão Regional de Presbíteros – Foto: Pe. Edson /Diocese de Apucarana

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A Paróquia São Luiz Gonzaga, de Pato Bragado, celebrou em comunidade o encerramento do Mês Mariano. Antes da celebração da Missa, rezaram o Santo Terço formado por crianças e adolescentes, em que cada um representava uma oração.

Para encerrar este momento único de oração e adoração, durante a Santa Missa todas as crianças participaram da Consagração à Nossa Senhora.

Participantes de evento formativo da Pastoral Familiar da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo)

“Somos discípulos de Jesus, por isso, herdamos a missão de anunciar seus ensinamentos”. Esta expressão motivou uma turma de catequizandos do 3º ano da Paróquia São Luiz Gonzaga, de Pato Bragado, a produzirem cartazes sobre a importância de nossa vivência em comunidade.

Criança aguarda passagem do Santíssimo Sacramento na Solenidade de Corpus Christi, realizada na Paróquia Menino Deus, em Toledo – Foto: Pascom Paroquial

É isso aí! Garoto participa da missa em honra a Nossa Senhora de Fátima, na Igreja Santo Inácio de Loyola, em Jesuítas – Foto: Patrícia Pelissari

A Paróquia São Luiz Gonzaga, de Pato Bragado, prestou homenagem ao seu pároco, Pe. Antonio Carlos Pereira da Silva (Pe. Toninho), em razão do seu aniversário comemorado no dia 17 de junho

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde do Oeste, agradece toda a comunidade que apoia, trabalha, contribui e participa das ações realizadas na Paróquia, dentre elas a Festa da Colheita. Na foto, Leoni Kasper coroada como a rainha da Festa e as princesas as senhoras Neusa Ribeiro e Cleusa Campagnolo, ao lado do pároco, Pe. Juarez Bastiani

Cumprimentos ao Pe. Hélio José Bamberg, pároco da Paróquia Cristo Rei (Catedral), vigário geral da Diocese de Toledo, assessor diocesano da Pastoral do Auxílio Fraterno e presidente da Casa de Maria, que neste dia 12/07 comemora seu 37º aniversário de ordenação presbiteral

Pe. Luiz Carlos Franzener, pároco da Paróquia São Cristóvão (Toledo), assessor diocesano do Movimento de Cursilhos de Cristandade, do Apostolado da Oração e da Pastoral do Ecumenismo e Diálogo Interreligioso, recebe felicitações pelo 27º aniversário de ordenação presbiteral (13/07)

Parabéns ao Pe. Vanderlei Rivelino Ghelere, pároco das Paróquias Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova) e Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi), que neste dia 27/07 comemora 21 anos de sacerdócio

Pe. Gervásio Piveta, da congregação da Sociedade do Apostolado Católico (SAC), auxiliar na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa), chega aos seus 63 anos de sacerdócio neste dia 3/07

Pe. Roberto

de Souza, pastor próprio da Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo), assessor diocesano da Animação Bíblico-catequética, da Pastoral Carcerária, da Pastoral da Juventude e das Oficinas de Oração e Vida, recebe os cumprimentos pelos seus 20 anos de sacerdócio (19/07)

Felicidades ao Pe. Inácio Afonso Scherer, pároco da Paróquia São Francisco de Assis, em Assis Chateaubriand, que celebra 44 anos de sacerdócio (28/07)

Felicidades ao Pe. Valdecir Caires Trajano, pároco da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), e assessor diocesano da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, comemora o 19º aniversário de ordenação presbiteral (10/07)

Frei Gabriel de Moura Lima, da Congregação dos Frades Menores Missionários, administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá), 22 anos de sacerdócio (8/07)

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Lopes

Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria

A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marechal Cândido Rondon, realizou as festividades do Padroeiro, contemplando a visita da imagem peregrina nas capelas e novena em honra ao Sagrado Coração de Jesus. A missa do padroeiro foi presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, contemplando ainda a memória do Imaculado Coração de Maria. Os festejos populares tiveram a quermesse em parceria com o Colégio Cristo Rei, com apresentações juninas – Fotos: Oficina da Foto

Centenário na família

Pe. Nelton Hemkemeier, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Aparecida – Guaíra, e Pe. Tobias Hemkemeier, membros do clero da Diocese de Toledo estiveram no município de Armazém, em Santa Catarina, onde participaram da celebração dos 100 anos de vida do membro da família, Pe. Sérgio

Marcos Hemkemeier. O centenário também comemorou 75 anos de vida sacerdotal na Paróquia São Pedro Apóstolo – Diocese de Tubarão. A missa foi presidida pelo arcebispo emérito de Salvador (BA), D. Murilo Ramos Krieger, e concelebrada por bispos e padres.

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D. Adilson Busin, bispo da Diocese de Tubarão, presta homenagem ao centenário Pe. Tobias e Pe. Nelton com seu parente centenário Pe. Sérgio Hemkemeier

Entronização da imagem da Padroeira

Coroinhas e Acólitos da Paróquia São Luiz Gonzaga, de Pato Bragado, na conclusão da Solenidade de Corpus Christi

Zeladoras de Capelinhas da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo)

Celebração da Padroeira

A Paróquia Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon) reuniu seus fiéis para as comemorações da Padroeira com uma bonita carreata em maio último, reunindo padroeiros de suas capelas pouco antes da celebração eucarística da Solenidade de Pentecostes. No dia seguinte (28/05), Dia de Maria Mãe da Igreja, data instituída pelo decreto Eclesia Mater, os católicos rondonenses participaram da chamada “missa dos lírios”, flores que simbolizam a pureza e a entrega da Virgem Maria pela causa do Reino de Deus – Fotos: Oficina da Foto

Momento devocional na celebração dos Lírios

Celebração teve a bênção dos lírios, flor-símbolo da pureza da Virgem Maria e sua entrega pelo Reino de Deus

Cerca de 300 litros de leite doados ao Hospital Bom Jesus, de Toledo, e vários quilos de alimentos para a Pastoral do Auxílio Fraterno. Esse é o resultado da partilha incentivada na Solenidade de Corpus Christi entre os fiéis da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo)

Na tradicional festa do Padroeiro Santo Antônio de Formosa do Oeste, participação dos jovens do Grupo JUC . Foram 3 dias de festa onde os jovens ajudaram em diversas áreas, desde o atendimento ao público até a montagem das mesas para a festa à noite e para o almoço.

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– Foto: Juan Matoso Pároco, Pe. Anderson com ministros e acólitos, na incensação do presbitério Carreata realizada em Marechal Cândido Rondon para a festa da Padroeira da Paróquia Maria Mãe da Igreja

Trigo: uma cultura “descarbonizante”

Pesquisa, conduzida pela Embrapa Trigo (RS) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), comprovou que o trigo é capaz de sequestrar mais carbono do que emite para a atmosfera. Os cientistas observaram que durante o ciclo produtivo, o trigo absorveu um total de 7.540 kg de dióxido de carbono ( CO² ) por hectare da atmosfera, neutralizando as emissões dos períodos de pousio (sem plantas de cobertura do solo ou cultura geradora de renda sob a forma de forragem ou produção de grãos), e garantindo a oferta líquida de 1.850 kg de CO² por hectare.

“O método que utilizamos ajudou a estabelecer parâmetros para orientar o manejo mais eficiente das áreas agrícolas na retenção de carbono em prol de um sistema de produção de grãos mais sustentável”, explica a pesquisadora Débora Roberti, do departamento de Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), lembrando que as informações geradas podem chegar ao produtor de forma prática, ajudando na tomada de decisão: “Traduzimos uma série de algoritmos numa linguagem simples, acessível ao produtor e à assistência técnica, para que os conhecimentos possam ser adotados na lavoura”, acrescenta.

Depois do Centro-Oeste, a Região Sul é o segundo grande polo de produção de grãos no Brasil. Os três estados do Sul (PR, SC e RS) respondem por mais de 90% da produção de trigo e por 30% da produção nacional de soja. Pela valorização da soja no mercado, os cultivos de inverno nem sempre compõem o cenário agrícola, restando muitas áreas em pousio nos meses de outono e inverno.

Na Região Sul, conforme dados da Conab, atualmente são contabilizados

Os cientistas observaram que durante o ciclo produtivo, o trigo absorveu dióxido de carbono, neutralizando as emissões dos períodos de pousio

mais de 15,2 milhões de hectares com culturas de verão (soja, milho 1ª safra e silagem, arroz e feijão), e apenas 5,8 milhões de hectares com cultivos de inverno (trigo, milho 2ª safra, aveia, cevada, triticale, centeio e canola). Outros 3 milhões de hectares constituem-se em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), que contam com forragens cobrindo o solo no outono e inverno. Com base nesses números, é possível estimar uma área de pousio superior a 6 milhões de hectares nessa região, durante o inverno, quando não há plantas de cobertura ou cultura geradora de renda na propriedade.

Para levantar os dados, foi utilizada uma torre de fluxo, um equipamento que avalia as diferenças entre emissão e retenção de carbono, quantificando

os fluxos de CO² em lavoura comercial de grãos. A torre foi instalada em uma lavoura de grãos, conduzida sob sistema de plantio direto, semeada com trigo no inverno e com soja no verão. O balanço de carbono foi registrado em cada etapa do sistema de produção, abrangendo o cultivo do trigo, o pousio de primavera (entre a colheita do trigo e a semeadura da soja), o cultivo da soja e o pousio de outono (após a colheita da soja até a entrada da cultura de inverno). Para avaliar o balanço de CO², a pesquisa considerou a retenção no sistema de produção e a emissão para a atmosfera, descontado o carbono que foi exportado nos grãos colhidos.

“Na avaliação dos resultados, o trigo mostrou que é capaz de retirar mais carbono da atmosfera do que emite, ou seja, é uma cultura “descarbonizante”, que ajuda a reduzir gases de efeito estufa da atmosfera como o CO² ”, constata Genei Dalmago, também pesquisador da Embrapa.

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Trigo ocupa mais de 1,3 milhão de hectares no Paraná, sendo 24,7 mil hectares na região de Toledo (Seab)

Vem tocar em mim, Senhor

Sentir o toque de Jesus faz bem à nossa fé, pois a fortalece. Precisamos sentir esse toque de Jesus. Ele curou cegos e paralíticos por meio da sua Palavra; Ele falou e foram curados.

Há casos que Jesus precisa agir com maior intensidade, com maior presença, com mais evidência de que realmente é Ele que está alí. E Ele assim o faz porque se preocupa conosco e quer que tenhamos certeza de que não estamos sós.

Tenho visto casos em que pessoas atravessam períodos de grande dificuldade. Essas pessoas passam a procurar soluções em diversos lugares. Normalmente, não querem assumir um compromisso sério com Jesus. Procuram evitar que a solução aconteça por meio d’Ele. Preferem uma saída mais descompromissada. Mas o que acontece é que essas pessoas ficam andando em círculos, como os peregrinos hebreus no deserto quando saíram do Egito. Aquele povo levou 40 anos para chegar na terra prometida,

coisa que poderia ser feita, quando muito, em um mês.

Jesus tem uma Terra prometida para cada um de nós, mas Ele quer que entremos pelo caminho que nos conduz à promessa do Pai. O que acontece é que, enquanto não desistimos de procurar solução em outros lugares a

Poema para os pilares da fé

São Pedro e São Paulo, são pilares da fé, Um, a rocha; o outro, missionário.

Guiam-nos na estrada com amor e retidão.

Juntos deles, façamos nosso testemunho diário.

Precisamos ser fortes, afastando as tentações,

Para anunciar o Cristo que vive em nós. Esperança e compaixão não devem faltar Nos cestos da fé, a Salvação vamos ofertar.

Djonatan Augusto Andrade

Paróquia Sagrada Família Toledo | PR

não ser n’Ele, não entraremos na nossa própria terra prometida. Das pessoas que dizem que procuram uma saída fora de Jesus, nenhuma acertou uma saída.

Catequista da Comunidade São José Operário Paróquia São Pedro e São Paulo, de Toledo (PR)

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Ano XXVII - nº 293 - Julho de 2023 86

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