TFG - Arquitetura para o bem estar enfermo infantil

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O primeiro passo para a cura ĂŠ acreditar que vai conseguir.




LISTA DE IMAGENS Imagem 1 – P. 22

Imagem 7 – P. 31

Mapa – Hospitais, Unidades e Serviços de Saúde (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Imagem 2 – P. 24

Fachada Hotel Dieu, Paris (Fonte: soundlandscapes.wordpress.com/2013/03/19 /hotel-dieu-the-oldest-hospital-in-paris/)

Hospital Santa Casa (Fonte: g1.globo.com/sp/sao-carlosregiao/noticia/20 14/09/santa-casa-de-sao-joao-identificaumabacteria -multirresistente-na-uti.html)

Imagem 8 – P. 32 Hotel Dieu, Paris - Histórico (Fonte: cherrychapman.com/wp-content/uploads/20 13/07/Ancien-Hotel-Dieu.jpg)

Imagem 3 – P. 25

Imagem 9 – P. 34

Hospital Unimed Leste Paulista (Fonte: GOOGLE EARTH,2017)

Rede Sarah Kubitschek Salvador (Fonte: archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-da ar quitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joaofil gueiras-lima-lele/img_9274/)

Imagem 4 – P. 30 Gravura de Enfermaria Hotel Dieu, Paris (Fonte: http://arqdobrasil.blogspot.com.br/2010/09/ evolucao-historica-da-arquitetura.html)

Imagem 5 – P. 30 Enfermaria do SUS – Santa Casa de Misericórdia Dona Carolina Malheiros (Fonte: CIACO, R. J. A. S, 2010)

Imagem 6 – P. 31 Fachada Santa Casa de Misericórdia Dona Carolina Malheiros (Fonte: Acervo Pessoal, 2017)

Imagem 10 – P. 34 Rede Sarah Kubitschek Salvador (Fonte: archdaily.com.br/br/01-36653/classicos-daar quitetura-hospital-sarah-kubitschek-salvador-joaofil gueiras-lima-lele/img_8773/)

Imagem 11 – P. 36 Rede Sarah Kubitschek Brasília (Fonte: sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/)

Imagem 12 – P. 36 Rede Sarah Kubitschek Brasília


(Fonte: sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/uni dade-brasilia-lago-norte/)

Imagem 13 – P. 38

Imagem 19 – P. 57 Mapa – Localização do terreno - Micro (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

João Filgueiras Lima (Lelé) (Fonte: archdaily.com.br/br/780107/em-focolele/569 03345e58ece02b000007d-em-foco-lele-imagem)

Imagem 20 – P. 59

Imagem 14 – P. 44

Imagem 21 – P. 59

Relações da Saúde Infantil (Fonte: telessaude.uerj.br/escola/saúde)

Vista Terreno 2 (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 15 – P. 48

Imagem 22 – P. 60

Humanização e relações (Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/3104789/)

Vista Terreno 3 (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 16 – P. 50

Imagem 23 – P. 60

Localização da cidade de São João da Boa Vista, SP. (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Vista Terreno 4 (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 17 – P. 52

Vista Terreno 5 (Fonte: Própria autoria, 2017)

Diagrama de estudo macro (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 18 – P. 56 Mapa – Localização do terreno em relação aos equipamentos urbanos e ao centro da cidade (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Vista Terreno 1 (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 24 – P. 61 Imagem 25 – P. 61 Vista Terreno 6 (Fonte: Própria autoria, 2017)


Imagem 26 – P. 62

Imagem 32 – P. 67

Topografia (em metros) (Fonte: Própria autoria, 2017)

Mapa – Uso e Ocupação (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Imagem 27 – P. 64

Imagem 33 – P. 68

Simulação do Movimento de Ar nos Sheds de Lelé (Fonte:WESTPHAL, E. A linguagem da arquitetura hospilar de João Filgueiras Limas. Mestrado UFRGS, Porto Alegre, p. 1-130, 2007)

Mapa – Gabarito (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Imagem 28 – P. 64

Imagem 34 – P. 69 Mapa – Fluxo (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Sheds de Lelé – Sarah Pombeba, Rio de Janeiro (Fonte: WESTPHAL, E. A linguagem da arquitetura hospilar de João Filgueiras Limas. Mestrado UFRGS, Porto Alegre, p. 1-130, 2007)

Imagem 35 – P. 72

Imagem 29 – P. 64

Imagem 36 – P. 73

Entrada de Luz pelos Sheds de Lelé (Fonte: RIGUETI, W. A. Os Sheds na obra de Lelé sob a ótica do conforto ambiental. Inicial Científica, São Paulo, p. 1-103, 2011)

Imagem 30 – P. 65 Mapa – Edificações e Vazios Urbanos (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Imagem 31 – P. 66 Mapa – Espaço Privado, Semi-Público e Público (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Mapa – Linhas de transporte público coletivo sem escala definida (Fonte: GOOGLE EARTH, 2017) Mapa – Linhas de transporte público coletivo sem escala definida (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Imagem 37 – P. 76 Mapa – Acessos (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)

Imagem 38 – P. 78 Mapa – Proposta de via (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


Imagem 39 – P. 83 Matriz de impactos (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 40 – P. 86

Imagem 46 – P. 102 Setorização e circulação detalhada (Internação e Área Comum) (Fonte: Própria autoria, 2017)

Mapa zoneamento (Fonte: http://saojoao.sp.gov.br/home/pdf/pdu_02.p df)

Imagem 47 – P. 105

Imagem 41 – P. 92

Imagem 48 – P. 109

Tabela – Programa de necessidades (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 42 – P. 96 Tabela – Matriz de proximidade (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 43 – P. 98 Setorização (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 44 – P. 100 Fluxograma e circulação detalhada (Fonte: Própria autoria, 2017)

Imagem 45 – P. 101 Setorização e circulação detalhada (Ambulatório e Área Comum) (Fonte: Própria autoria, 2017)

Plano de massas (Fonte: Própria autoria, 2017) Croqui preliminar 1 (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 49 – P. 109 Croqui preliminar 2 (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 50 – P. 110 Croqui preliminar 3 (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 51 – P. 110 Croqui preliminar 4 (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 52 – P. 111 Croqui preliminar – Eixos de circulação (Fonte: Própria autoria, 2018)


Imagem 53 – P. 111

(Fonte: Própria autoria, 2018)

Croqui volume (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 61 – P. 126

Imagem 54 – P. 112

Planta 1º Pav. (Fonte: Própria autoria, 2018)

Croqui de setorização (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 62 – P. 127

Imagem 55 – P. 112 Desenho de setorização definitiva (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 56 – P. 115 Áreas por setor (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 57 – P. 115 Área do setor de assistência (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 58 – P. 116 Áreas não desenhadas (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 59 – P. 124 Situação (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 60 – P. 125 Planta Pav. Térreo

Detalhamento de quarto: Proposta de tipologia e mobiliário (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 63 – P. 128 Detalhamento de quarto: Cortes (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 64 – P. 128 Modelagem - Quarto (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 65 – P. 129 Implantação (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 66 – P. 130 Corte AA’ (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 67 – P. 130 Corte BB’ (Fonte: Própria autoria, 2018)


Imagem 68 – P. 131

(Fonte: Própria autoria, 2018)

Corte CC’ (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 76 – P. 136

Imagem 69 – P. 131

Modelagem - Fachada (Fonte: Própria autoria, 2018)

Corte DD’ (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 77 – P. 136

Imagem 70 – P. 132

Modelagem - Fachada (Fonte: Própria autoria, 2018)

Elevação frontal (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 78 – P. 136

Imagem 71 – P. 132

Modelagem - Fachada (Fonte: Própria autoria, 2018)

Elevação posterior (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 79 – P. 136

Imagem 72 – P. 133

Modelagem - Fachada (Fonte: Própria autoria, 2018)

Elevação lateral direita (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 80 – P. 144

Imagem 73 – P. 133

Centro Infantil Boldrini (Fonte: Fb/centro.infantil.boldrini/)

Elevação lateral esquerda (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 81 – P. 144

Imagem 74 – P. 134

Croqui de análise da arquitetura (Fonte: Própria autoria, 2017)

Paisagismo (Fonte: Própria autoria, 2018)

Imagem 82 – P. 144

Imagem 75 – P. 135 Modelagem - Fachada

Entrada de luz para os quartos (Fonte: Própria autoria, 2017)


SUMÁRIO INTRODUÇÃO 15 1. PROBLEMÁTICA E UNIVERSO DE ESTUDO 19 1.1 Contextualização 21

2. ARQUITETURA HOSPITALAR 27 2.1 Considerações Iniciais 29 2.2 Referencial: Características Por João Filgueiras Lima 33

3. SAÚDE INFANTIL 39 3.1 Visão Geral 41 3.2 São João Da Boa Vista, SP 49 3.3 Estudo Macro De Necessidades 51


4. O TERRENO 53 4.1 Localização e Justificativa 55 4.2 Análise Bioclimática 63 4.3 Mapa Cheios e Vazios 65 4.4 Mapa Acesso Público e Privado 66 4.5 Mapa De Uso e Ocupação 67 4.6 Mapa De Gabarito 68

4.7 Mapa De Fluxo 69 4.8 Impacto De Vizinhança 70 4.8.1 Diagnóstico Ambiental Do Entorno 70 4.8.2 Identificação e Avaliação Dos Impactos Ambientais Na Vizinhança 75 4.8.3 Estudo Preliminar De Legislação e Demais Condicionantes 85


5. PRÉ-DIMENSIONAMENTO 87 5.1 Programa De Necessidades 89

5.2 Matriz De Proximidades 93 5.3 Setorização (Geral) 97 5.4 Fluxograma e Circulação (Detalhada) 99

6. PLANO DE MASSAS 103 7. EVOLUÇÃO PROJETUAL 107 7.1 Conceito E Partido Arquitetônico 109 7.2 Setorização Definitiva 112


8. MEMORIAL EXPLICATIVO 113 8.1 Do Prédio Geral 115

8.2 Do Setor Ambulatorial E Administrativo 119 8.3 Do Setor De Internação 120

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 121 9.1 Desenvolvimento e Conclusão 123

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 137 ANEXO: VISITA TÉCNICA 141




17 Os hospitais infantis são equipamentos urbanos de grande importância na cidade, pois atendem grande parte da comunidade com competência dentro de sua especificidade, no caso deste trabalho, as crianças. Infelizmente, São João da Boa Vista, SP ainda não apresenta este tipo de empreendimento. As crianças são atendidas pelo hospital Santa Casa de Misericórdia Carolina Malheiros e quando há possibilidade de se pagar um plano, pelo hospital Unimed Leste Paulista. Em ambos os casos, sem o atendimento adequado quando se comparado ao atendimento por um hospital infantil, onde existem profissionais qualificados e especialistas na área da pediatria em todo o local, além de uma grande estrutura de ambientes humanizados que possibilitem a integração, a rápida recuperação e o acompanhamento pedagógico como brinquedotecas, salas de aula, ambientes externos e quartos com vista para a área externa. A cidade de São João da Boa Vista, SP é considerada o polo de sua região, onde ocorrem a maior parte das atividades públicas, por exemplo, e a partir disso nota-se a necessidade de um projeto de equipamento (não necessariamente um

hospital, mas sim um centro de saúde infantil, por exemplo) que dê apoio específico a esse tipo de público e que também tenha um trabalho pedagógico diferenciado quando houver a necessidade de afastamento de longo prazo das atividades escolares, onde afeta também dentro de um contexto social. No decorrer deste trabalho serão apresentadas informações pertinentes para o desenvolvimento do Trabalho Final de Graduação II, que explorará as atividades mínimas desenvolvidas dentro do ambiente hospitalar infantil para a reabilitação do paciente junto do apoio pedagógico, além de uma pesquisa nesta área como uma breve história do desenvolvimento dos hospitais a partir do século XVIII e uma grande referência da arquitetura hospitalar. É importante lembrar que os estudos de caso (Projetos Hospitalares Rede Sarah Kubitschek de João Filgueiras Lima; Hospital Infantil Nemours de Stanley Beaman & Sears; Escola Infantil Salesiana Dombosquinho de SAA Shieh Arquitetos Associados) já foram entregues anteriormente como um anexo deste trabalho e disponíveis em issuu.com/cristiano_anderle/docs/ estudos_20de_20caso.


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Crianças

Recuperação

Hospital

Humanização




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1.1 Contextualização A cidade de São João da Boa Vista localizada no estado de São Paulo, é considerada o polo da região onde a maior parte das atividades públicas se concentram como a unidade central regional e que vem crescendo rapidamente. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade em 2010 apresentou população estimada de 83.639 habitantes (161,96 hab/km²) e no ano de 2016 população estimada de 89.564 habitantes (sendo 21.975 crianças de 0 a 18 anos do sexo feminino e masculino) com área territorial de 516,399 km² e 42,825 km² de área urbana. Além desses dados, a cidade, por ser turística e conter quatro instituições de ensino superior, recebe todos os dias visitantes e estudantes. Com os dados emitidos pelo IBGE a respeito do crescimento da cidade, é correto afirmar que a quantidade de pessoas a utilizarem os serviços básicos da saúde e educação, por exemplo, será maior a cada ano, havendo a necessidade de novas estratégias flexíveis para suprir a demanda. Na área da saúde São João da Boa Vista, conta com dois grandes hospitais (Santa Casa de Misericórdia Dona Carolina Malheiros e Unimed Leste Paulista), além dos serviços públicos ttttttttt

prestados por seis Unidades Básicas de Saúde (UBS), sete Unidades de Saúde da Família (USF), um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSI), um Centro de Atenção Psicossocial Adulto (CAPS), um Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e outras drogas (CAPS-AD), um Centro de Especialidades Médicas (CEM), um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), uma Farmácia Central, um Laboratório Municipal, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um Serviço de Atendimento Especializado (SAE), um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e o Prédio Sede do Departamento de Saúde. Há também a Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Unidade de Avaliação e Controle (UAC), Coordenadoria de Enfermagem, Coordenadoria de Programas da Saúde, Serviço de Distribuição de Materiais e Medicamentos e Serviço de Transporte e Remoção. Todas as unidades aqui descritas, podem ser conferidas no site da Prefeitura Municipal (saojoao.sp.gov.br/home/departamento _saude.php).


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IMAGEM 1: Mapa – Hospitais, Unidades e Serviços de Saúde (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


23 As UBS e USF possuem especialidades médicas gerais, pediatria e ginecologia para o acompanhamento e tratamento de pequenos traumas de pacientes que já passaram, ou não, pela UPA e pelo Hospital; o Centro de Especialidades possui especialidades médicas de gastrocirurgia, oftalmologia, doença respiratória da infância, neuroclínica, tsiologia, dermatologia, ortopedia, gastroclínica e urologia, mas não realiza cirurgias de grande porte; a UPA possui especialidades médicas gerais, pediatria e realiza pequenas cirurgias; o SAE possui especialidades médicas gerais, pediatria e ginecologia; o NASF possui especialidades médicas do tipo educador físico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo e farmacêutico; o AME possui especialidades do tipo acupuntura, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, mastologia, neurologia, obstetrícia de alto risco, oftalmologia, ortopedia/traumatologia, otorrinolaringologia, pneumologia, reumatologia e urologia, porém, o Ambulatório não faz cirurgias de grande porte em todas as suas especialidades. Os hospitais existentes na cidade apresentam prosdccc

blemas sociais e dificuldades financeiras, sendo que a Unimed é um hospital particular onde pequena parte da população tem acesso, e a Santa Casa atualmente, apresenta dívidas milionárias com o Governo Federal, correndo o risco de ser fechada. O atendimento em hospitais de São João da Boa Vista e Tambaú (SP) corre risco de parar por conta de dívidas milionárias. Na Santa Casa de São João, o dinheiro repassado pelo governo do estado e pelas prefeituras dos oito munícipios que a instituição atende soma R$ 1,5 milhão, porém a despesa mensal é de R$ 2,5 milhões. Por conta da diferença, os débitos com fornecedores e funcionários chegam a cerca de R$ 30 milhões. Para complicar, no início do ano, o repasse do estado foi suspenso por falta de um documento. A situação foi resolvida e o repasse voltou a ser feito, mas até agora não se sabe como vão ficar os retroativos. Cerca de 30 médicos estão com os salários atrasados há três meses. (G1 GLOBO, 2017)


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IMAGEM 2: Hospital Santa Casa (Fonte: Oscar Herculano Jr./EPTV,2014)


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IMAGEM 3: Hospital Unimed Leste Paulista (Fonte: GOOGLE EARTH,2017)


26 Além desses problemas, a cidade não apresenta um Centro Hospitalar Infantil para tratar e auxiliar adequadamente as crianças da região, quando há a necessidade de encaminhamento para as unidades mais próximas que se localizam em Mogi Guaçu, Ribeirão Preto e Campinas para a realização de cirurgias de grande porte. Por outro lado, existem Centros Universitários que formam todos os anos profissionais da educação e da saúde, além de cursos voltados para a enfermagem. Também recebeu em 2016 o curso de medicina na UNIFAE que será um grande avanço para o desenvolvimento e a melhora da qualidade no atendimento na saúde pública da região.




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2.1 Considerações Iniciais Os hospitais eram pensados até meados do século XVIII como instituição de assistência e exclusão aos pobres, um morredouro; quando ocorreu uma revolução e o mesmo começou a se tornar tecnologia médica onde sua intervenção passou a atuar como meio de tratamento do paciente, que as pessoas vão para se curarem, centros de prática da medicina e da ciência, e também centros de ensino e pesquisa (“A consciência de que o hospital pode e deve ser um instrumento destinado a curar aparece claramente em torno de 1780 e é assinalada por uma nova prática: a visita e a observação sistemática e comparada dos hospitais”, FOUCAULT, 1984, p. 99). Jacques René Tenon médico francês, foi enviado pela França a pedido da Academia de Ciências a fazer várias viagens pela Europa onde pudesse constatar um programa de reformas dos hospitais a partir da situação atual dos existentes e dá o relato da importância do número de doentes e leitos, a altura dos compartimentos, a cubagem de ar, a área útil, circulação, separação de pacientes por categoria de doença, adoção de quartos individuais, da organização espacial. Ele associa esse relato ao mais antigo hospital de tttttt

Paris, o Hotel Dieu (século VII) onde uma cirurgia não é tão bem-sucedida quanto num hospital inglês. Segundo Tenon apud Foucault (1984) “...o hospital deixa de ser uma simples figura arquitetônica. Ele agora faz parte de um fato médico-hospitalar que se deve estudar como são estudados os climas, as doenças, etc”. A concepção do edifício hospitalar passa então a ser um espaço para a cura, organizado e separado a partir de setores com atividades semelhantes à benefício do paciente onde cada setor dispõe de um núcleo de serviços e registros, observando todo o programa de reformas segundo o relato que descreve Tenon, onde permite estabelecer a relação medicina, hospital, uso, função e arquitetura. Também presa por uma organização horizontal de edificação assegurando a ventilação e iluminação o que o fez acreditar que havia resolvido todo o problema insalubre nos hospitais. “...o hospital é a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, preventiva e curativa sob qualquer t


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IMAGEM 4: Enfermaria de camas duplas - Hotel Dieu, Paris (Fonte: ANDRADE, Mariana - Arqdobrasil, 2010)

IMAGEM 5: Enfermaria do SUS – Santa Casa (Fonte: CIACO, Ricardo 2010)


31 regime de atendimento, inclusive domiciliar, constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde, bem como encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente. ” (GÓES, 2004, p. 07) IMAGEM 6: Fachada Santa Casa (Fonte: Acervo Pessoal, 2017)

IMAGEM 7: Fachada Hotel Dieu, Paris (Fonte: SUMANG Wordpress, 2013)


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IMAGEM 8: Hotel Dieu, Paris - Histรณrico (Fonte: CHERRY, Cherrychapman, 2013)


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2.2 Referencial: Características Por João Filgueiras Lima A arquitetura hospitalar contemporânea segue requisitos como flexibilidade e adjacência (no sentido de expansão, e proximidade), racionalização, rígido controle de circulação, incorporação de tecnologias (estruturas metálicas, elevadores, sistemas de ventilação, por exemplo), infraestrutura sofisticada, a setorização dos espaços, separação de pacientes com diversas patologias e asseio. Analisando esses requisitos, nota-se que João Filgueiras Lima (Lelé), além de possuir bom desempenho em seus projetos e notável serialização de componentes construtivos, segue os preceitos de Tenon e utiliza da arquitetura hospitalar contemporânea para se apoiar. Lelé visa a flexibilidade da arquitetura importantíssima característica de suas obras hospitalares, que são dinâmicas no processo de transformação de espaço - como forma de redimensionar e articular o espaço, de fazer alterações de acordo com a necessidade, seja para ampliação ou mudança do layout utilizando de sistemas construtivos modulados onde a estrutura permite a remoção de paredes ou divisórias e implementação de novos recursos e equipamentos

equipamentos tecnológicos, além de pensar em grandes pátios e jardins internos prevendo planejamento para futuras expansões. O arquiteto leva em consideração um partido horizontal e posiciona os possíveis ambientes que podem sofrer aumento, no pavimento térreo fazendo com que sua estratégia não interfira no funcionamento de espaços de grande importância. Para Góes (2004, p. 99) o hospital é “considerado uma das organizações mais dinâmicas do mundo contemporâneo. Consequentemente o edifício hospitalar está sempre em processo de transformação na sua estrutura. É um dinamismo inerente às suas atividades, quando o avanço da medicina, da ciência e da tecnologia, postos à serviço da vida humana, provoca sucessivos aprimoramentos nos processos de cura. ”

Em seus projetos nota-se a centralidade e concentração nas alas como forma de racionalizar gastos seja com o meio físico da obra como instalações ou maior aproveitamento de materiais ttttttt


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IMAGEM 9: Rede Sarah Kubitschek Salvador (Fonte: FRACALOSSI, Igor - Archdaily, 2012)

IMAGEM 10: Rede Sarah Kubitschek Salvador (Fonte: FRACALOSSI, Igor - Archdaily, 2012)


35 e do tempo em questão de deslocamento de funcionários e pacientes, além de proporcionar conforto e segurança em relação a um ambiente limpo, livre de contaminações. Em outros aspectos, um fator marcante e muito importante da arquitetura hospitalar de Lelé é a humanização, conceito complexo e que barra uma linha de pensamento ultrapassada da arquitetura da grande parte dos hospitais no país. Em arquitetura, a humanização trata da adequação do espaço ao ser humano onde as necessidades básicas de saúde, segurança e bem-estar são tratadas com prioridade fazendo com que ele fique, fisicamente e psicologicamente o mais confortável possível nesse ambiente que interatua de forma positiva para com o usuário estimulando a manutenção dos níveis de produtividade e conforto. Nos ambientes hospitalares o conceito de humanizar é de relevância relativamente grande, pois esses ambientes recebem pessoas, em sua maioria, fragilizadas, debilitadas e com o emocional abalado. São indivíduos que precisam de tratamento num local seguro, confortável e alegre, pois o mesmo influi no processo de tttttttttt

recuperação. É nesse momento que o pensamento ultrapassado da arquitetura hospitalar (locais fechados por grandes paredes, longos corredores, sem orientação, sem cor, sem alegria) deve ser pensado. Segundo Toledo (2007) apud Ciaco (2010) “...em geral, é nesse edifício que nos conscientizamos de nossas fragilidades e solidão diante da doença, é também que podemos vir a encontrar a coragem, a solidariedade e a esperança necessárias ao processo de cura. A humanização do edifício hospitalar é a condição imprescindível para que esses sentimentos positivos floresçam, ajudando-nos a superar o estresse, a mitigar a dor e a abreviar o momento da alta. ”

Lelé impôs a humanização dos ambientes como se fosse o aspecto principal de suas obras hospitalares e isso o fez de fato ter sido reconhecido mundialmente. Ele diz que apesar da rigorosa regra da funcionalidade do edifício hospitalar, não se deve deixar a beleza de lado e utiliza a forma e as cores como aspectos artísticos, a ventilação e a luz natural para contribuir no rrrrrrr


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IMAGEM 11: Rede Sarah Kubitschek Brasília (Fonte: Site Sarah BR, 2013)

IMAGEM 12: Rede Sarah Kubitschek Brasília (Fonte: Site Sarah BR, 2013)


37 combate a infecções hospitalares além de evitar ambientes fechados, a ambientação (relação com a natureza em ambientes coletivos jardins e integração da arquitetura e obras de arte com painéis coloridos, muros de argamassa armada, pinturas, murais, entre outros) como estratégia de variação dentro de conforto ambiental para tornar o ambiente “mais humano” com espaços mais alegres, que despertem o interesse dos pacientes e que sejam, portanto, belos. “Ninguém se cura somente da dor física, tem de curar a dor espiritual também. Acho que os centros de saúde que temos feito provam ser possível existir um hospital mais humano, sem abrir mão da funcionalidade. Passamos a pensar a funcionalidade como uma palavra mais abrangente: é funcional criar ambientes em que o paciente esteja à vontade, que possibilitem sua cura psíquica. Porque a beleza pode não alimentar a barriga, mas alimenta o espírito” (LIMA, 2004, p. 50)

O arquiteto se preocupa muito com a qualidade e conforto ambiental de suas obras e seu partido ttttt

arquitetônico surge através das minuciosas análises que faz do terreno onde será implantado o empreendimento, a predominância de incidência solar, os ventos predominantes e a paisagem do entorno a fim de melhorar o espaço em função de novas tecnologias. Ele foi inovador ao pensar na Rede Sara Kubitschek como parte de um todo inserido no ambiente e assim aproveitar ao máximo a luz solar com grandes aberturas, a inserção de brises e sheds quando necessário e a passagem e retenção de vento por meio de tubulações que renovam o ar dos leitos.


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IMAGEM 13: João Filgueiras Lima (Lelé) (Fonte: Arch Daily, 2016)




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3.1 Visão Geral É correto afirmar que durante o período de internação e tratamento da criança e do adolescente no hospital é difícil tanto para os pais que ficam cada vez mais apreensivos, quanto para os filhos que ficam intimidados e num estado de angústia. Por este motivo é extremamente importante confortar, assegurar e acolher ambos os lados da melhor maneira possível e assim tornar o período de estadia menos doloroso. A criança tem um laço muito forte com sua família e sua casa onde passa a maior parte de seu tempo sentindo-se segura e confortável, e quando necessita de ajuda médica para algum tratamento ou até mesmo para sua internação, momento no qual se afastará do seu ambiente de proteção, ela sente mais a separação do que a dor e a doença, intensificando o medo que ela já tem dos ambientes hospitalares sendo este fator crucial no processo de cura e na diminuição do tempo de permanência neste local. A partir disso a Política Nacional de Humanização (que trata de todos os aspectos do atendimento hospitalar) vem conquistando, várias implementações de melhoria no que diz respeito a inseparabilidade atenção/gestão, transversalidade e autonomia do o

sujeito. A Lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente, muito importante e positiva no processo de tratamento durante a internação da criança permite, segundo o Art. 12, o acompanhamento permanente do pai, mãe ou responsável no período de tratamento e com isso surge a necessidade de possíveis ampliações e adaptações para que esses locais suportem a estadia dos pais junto de seus filhos, grande problema encontrado na maioria dos hospitais. É importante a aplicabilidade dessa lei visto que os resultados de melhora são significativos e um exemplo bem simples disso, vivenciado no Centro Cirúrgico do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná citado por CASTRO (2007), é a primeira experiência no centro cirúrgico onde a criança permanece com a mãe até o momento em que é anestesiada e após a cirurgia a mãe é chamada, ou seja, a primeira pessoa que a criança vê é a mãe, a confortando criando uma situação de proteção. Além disso o contato dessa criança em pré-operatório com outras crianças que já passaram pelo centro cirúrgico é uma estratégia também positiva, pois a criança que sofreu tal ato pode compartilhar sua experiência bem-sucedida tt


42 com a que está para entrar em uma cirurgia, criando uma outra percepção do que ela tem com o sofrimento dos cortes feitos com os equipamentos ou as agulhas, fazendo-a refletir que tudo aquilo será para o seu próprio bem e que ela mesma é capaz de encarar sozinha. Brazelton (1990) apud Castro (2006) revela que a criança precisa saber que, apesar de encontrar-se num local estranho, com dor e com várias situações assustadoras, terá que enfrentar estes momentos para seu próprio “bem”. A alta hospitalar será para ela a experiência de que ela é capaz de realizar algo sozinha. Quando estiver recuperada em casa, perceberá que a experiência foi positiva, acontecendo então o ciclo da aprendizagem. Para que o tratamento seja o melhor possível é necessário que a criança não associe hospital à punição visto que os pais, culturalmente, utilizam de termos como por exemplo “injeções” e “médicos”, para disciplinar seus filhos e isso pode atrapalhar na colaboração para procedimentos dolorosos, como diz Chiattone (1998); cabe à gestão efetivar uma equipe de profissionais fixa para demonstrar confiança à criança, trabalhando e

e tornando esses termos alvos de aprendizagem e promovendo situações para que ela mesma alcance o “empoderamento” num sentido transformador onde ela possa realizar por si só ações que a leve a evoluir e se fortalecer, um movimento que ocorre internamente pela conquista e pela superação. Também é importante entender “equipe de profissionais fixa” como a mesma equipe sempre onde é possível de se ver um rosto conhecido todos os dias e não rostos diferentes perante as trocas abundantes de profissionais nesses locais, retirando a confiança e o laço que o paciente já criou com outro profissional. Trabalhando com crianças hospitalizadas e observando seu comportamento durante a internação, presenciamos o trauma que sofrem ao sair do ambiente familiar para outro totalmente desconhecido, enfrentar pessoas estranhas e procedimentos dolorosos, como tomar injeção, fazer curativos e outros. Isto desenvolve na criança uma tal ansiedade que a deixa insegura e medrosa, principalmente quando nao


43 não é preparada para a hospitalização e o tratamento a ser realizado. Dentre essas situações estressantes estão os procedimentos intrusivos, como a punção venosa, que muito contribui para aumentarlhe o medo e a ansiedade, expressos por meio do choro, da raiva e agressões peculiares à criança de três a seis anos de idade. Nesta fase, o trauma é maior porque as crianças não têm estrutura cognitiva para compreender a experiência pela qual passam. A criança é muito egocêntrica, acredita que seus pensamentos são poderosos e isto dificulta a aceitação de um procedimento doloroso, como um tratamento necessário, podendo interpretá-lo como um castigo ou punição. A criança é também vulnerável às ameaças de lesão corporal. (MARTINS et al, 2001, p. 77)

É importante a preocupação com o preparo de profissionais a atuarem no ambiente infantil hospitalar e este, na maioria das vezes, é feito pelo próprio pediatra local. Há pouco tempo, por volta de 1988, foi inserido nos hospitais infantis a prática pedagógica que tornou todo o ambiente multidiscipl

multidisciplinar e atuou de forma que integrasse toda a equipe de profissionais, as crianças e os pais, além de levar o conhecimento aos pacientes que necessitariam de afastamento prolongado da escola (que afetaria no seu desenvolvimento escolar e na sua relação social). As crianças, ao se afastarem de suas casas por prejuízos na saúde, têm toda sua rotina comprometida, os encontros com os coleguinhas que eram frequentes na escola, deixam de existir e todos esses fatores retardam o processo de tratamento. Para este fim, a inserção dos professores no meio foi uma revolução; afetou positivamente até mesmo a equipe médica que passou a ter mais cuidado e prosa com a criança além de se preocupar em pergunta-la, por exemplo, com qual mão ela escreve no caso de aplicação intravenosa. A prática integra as disciplinas trabalhadas nas escolas com as situações cotidianas vividas nos ambientes hospitalares e assim o currículo é adaptado com a construção de material didático próprio de forma a induzir a criança na aceitação do seu tratamento. Dentro da metodologia trabalhada são utilizados meios como jogos lúdicos, projetos de leitura, alfabetos em EVA, ttttt


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Acompanhamento Familiar Integração Com o Meio

Saúde Infantil

Equipe Multidisciplinar

Acompanhamento Pedagógico

Humanização

IMAGEM 14: Relações da Saúde Infantil (Fonte: Própria autoria, 2017)


45 além de outros materiais. As aulas ocorrem em salas de aulas em meio coletivo, nos refeitórios em meio parcialmente coletivo e nos quartos em meio parcialmente coletivo ou isoladamente quando a criança está sob tratamento de doença contagiosa, onde o professor deve tomar outros tipos de cuidados como a plastificação das páginas dos livros, a esterilização do material utilizado cada vez que sai do quarto, entre outros, até mesmo em casos onde ela se encontra impossibilitada para se locomover. Os conteúdos trabalhados no currículo adaptado são simplesmente os assuntos que tangem o ensino fundamental I e II em virtude da alfabetização, além de projetos interdisciplinares e de sensibilização (englobando as disciplinas básicas como matemática, língua portuguesa, ciências, geografia e história). Também aborda-se a temática da reciclagem dos materiais dentro do hospital, um assunto pertinente visto que constantemente alguns materiais são descartados de forma errada como no caso de embalagens adquiridas nas cantinas pela própria equipe, pelos acompanhantes ou pelos pacientes e que são jogadas nos lixos dos quartos, dos corredores e tttt

banheiros, lixos não identificados para este fim provocando a contaminação dos resíduos e gerando grande custo na incineração do material. Além disso, são trabalhados projetos em parceria com a equipe de enfermagem com relação ao ato cirúrgico, como palestras e bonecos que os pacientes possam interagir de forma lúdica aplicando injeções e entendendo melhor este tipo de procedimento para confortá-lo. O papel da educação no hospital e, com ela, o do professor, é propiciar à criança o conhecimento e a compreensão daquele espaço, ressignificando não somente a ele, como a própria criança, sua doença e suas relações nessa nova situação de vida. A escuta pedagógica surge, assim, como uma metodologia educativa própria do que chamamos pedagogia hospitalar. Seu objetivo é acolher a ansiedade e as dúvidas da criança hospitalizada, criar situações coletivas de reflexão sobre elas, construindo novos conhecimentos que contribuam para uma nova compreensão de sua existência, possibilitando a melhora de seu ttttt


46 quadro clínico. (FONTES, 2004, p. 137)

A humanização dos ambientes também influencia positivamente no tratamento, pois esses ambientes recebem crianças, em sua maioria, fragilizadas, debilitas e com o emocional abalado, indivíduos que precisam de tratamento num local seguro, confortável e alegre. A promoção de espaços alternativos, lúdicos e dinâmicos como brinquedotecas, enfermarias mais coloridas e divertidas, espaços verdes e de tratamento ao ar livre, espaços de descanso e mobiliários mais acolhedores possibilitando o desenvolvimento criativo e o estimulo à fantasia na interação com esse meio, torna a criança independente realizando ações sem a necessidade da supervisão de um adulto fazendo com que ela se divirta e aprenda ao mesmo tempo. É importante que os ambientes tenham características que remetem à vida cotidiana na casa das famílias e com esse intuito a presença de acomodações confortáveis para os pais nos quartos juntos de seus filhos e salas com amplas aberturas para a área externa e jardins, ambientes de lazer e recreação, frutos de soluções arquitetônicas pensadas no início do tttttt

projeto, são fatores imprescindíveis para um tratamento de sucesso. Os hospitais infantis também apresentam espaços dinâmicos onde os pais possam trocar ideias e conversar com outros a respeito da situação de seus filhos, trocando experiências de situações que já sofreram em decorrência de tratamentos dolorosos e cirurgias de riscos, demonstrando então o sucesso das etapas que já passaram confortando um ao outro. Além dos espaços propostos, a setorização é diferenciada em relação aos eixos centrais e é pensada de acordo com os grupos de atividades desenvolvidas em cada setor, aglomerando ambientes semelhantes e de mesma especialidade, reduzindo o fluxo de circulação permitindo maior atenção dos profissionais para com o paciente nas determinadas alas, assegurando um ambiente mais familiar. Nesse intuito devemos pensar no grau de complexidade dos vários setores da saúde, tomando como exemplo uma Unidade Básica de Saúde como baixa complexidade até um hospital com alta complexidade e neste sentido, propor um projeto que atenda as necessidades descritas no -


47 no decorrer deste trabalho onde o grau de complexidade seja intermediário entre os exemplos citados. Isso pode possibilitar a criação de um centro integrado de saúde onde existem serviços básicos para o atendimento da criança, sem que haja a necessidade de deslocamento para outras cidades e neste contexto, inserir ambientes de tratamento imediato e espaços para o tratamento pós cirúrgicos, num meio humanizado, além de espaços dinâmicos com o acompanhamento pedagógico, sendo este, um centro de saúde infantil onde ocorrem todas essas atividades ao mesmo tempo, e que não exige um grau alto de complexidade como a de um hospital, observando que este trabalho é fruto da graduação de ensino superior em Arquitetura e Urbanismo e não uma especialização.


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IMAGEM 15: Humanização e relações (Fonte: Núcleo Ayty, 2015)


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3.2 São João Da Boa Vista, SP Em vista de pesquisas de campo junto ao Departamento Municipal de Saúde e a situação atual dos hospitais presentes na cidade de São João da Boa Vista, é possível ter uma visão geral do tratamento dentro da saúde infantil no município. A Santa Casa de Misericórdia Dona Carolina Malheiros assim como o Hospital Unimed apresenta a ala da maternidade, mas que não é adequada para o tratamento específico de crianças após o nascimento. Não existe um hospital num conceito humanizado que trate diretamente das crianças e forneça total apoio ao tratamento após um ato cirúrgico, por exemplo, nem apoio pedagógico em caso de afastamento por tempo considerável ou até mesmo estrutura para receber esse tipo de paciente nos prédios. Às vezes o diagnóstico é feito na cidade e dependendo do problema e da idade do indivíduo ele acaba sendo acompanhado por um clínico geral na ausência de um pediatra, quando não é encaminhado para hospitais da região ou até mesmo para outras cidades mais distantes (que é o que acontece na maioria dos casos), esta situação gera problemas maiores em vista da frágil situação que a criança está ou gastos com deslocamento, dificultando a rr

vida das famílias que muitas vezes não apresentam condições financeiras para realizar o transporte não fornecido pela prefeitura. O presente projeto apresentado neste volume não remete à construção de um hospital infantil completo em vista do grau de dificuldade exigido para uma formação em nível de graduação, exigindo-se para este pelo menos o título de especialização. Porém apresenta estratégias como a humanização dos ambientes, a integração de diversos setores pedagógicos com os de tratamento e dos profissionais da área da saúde e educação, a composição de ambientes arquitetonicamente melhores do que os existentes e o apoio familiar no processo de recuperação de seus filhos para melhorar a saúde infantil no acompanhamento do tratamento após cirurgias ou diagnósticos que exigem a internação. Para este fim, a ideia é de apresentar um Centro Integrado da Saúde Infantil que poderá ser mantido, por exemplo, pelas Instituições de Ensino Superior, Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB) e o Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (UNIFAE), além do apoio dos hospitais existentes. t


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IMAGEM 16: Localização da cidade de São João da Boa Vista, SP. (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


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3.3 Estudo Macro De Necessidades Em decorrência das necessidades em relação aos cuidados básicos, atendimento e acompanhamento no tratamento da saúde infantil e do porte de trabalho apresentado nesta análise para um projeto final na cidade de São João da Boa Vista, foi elaborado um programa básico de atividades a se desenvolverem no empreendimento dito Centro Integrado da Saúde Infantil no contexto de internação básica tais como cuidados pós cirúrgicos onde poderá receber pacientes que sofreram cirurgias nos hospitais presentes na cidade ou que precisarem se deslocar para outras cidades e não podendo permanecer nestas, retornando para receber tais cuidados; a presença de um ambulatório médico para atendimento imediato ou agendamento de atendimento para consultas, aplicações de medicamentos, farmácia para retirada de medicamento no decorrer do tratamento, sala para curativos, cuidados básicos de enfermagem, cuidados preliminares pré-internação e centro administrativo; espaço para fisioterapia em ambientes diferenciados para o tratamento, reabilitação e acompanhamento no processo de recuperação de funções como coordenação tttttttt

motora, força, equilíbrio, movimentação, circulação, dores com fraturas, traumas musculares, entorses, dinâmica respiratória, síndrome de mobilidade no leito, entre outras lesões; ambientes de isolamento para o tratamento de crianças com doenças contagiosas; salas de aula para o processo de acompanhamento pedagógico em casos de afastamento da escola por tempo indeterminado não perdendo o ano letivo ou para que retorne ao ambiente escolar e acompanhe o nível dos demais alunos.


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CUIDADOS PÓS CIRÚRGICO

ÁREA COMUM REABILITAÇÃO

IMAGEM 17: Diagrama de estudo macro (Fonte: Própria autoria, 2017)

ATENDIMENTO IMEDIATO




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4.1 Localização E Justificativa É importante a inserção dos hospitais no contexto urbano da cidade, nos locais em que a ideia de bairro residencial não seja predominante, promovendo, em determinados momentos do dia, um espaço deserto sem fluxo e circulação de pessoas a não ser para este fim e para o acesso do edifício hospitalar (como ocorre com o hospital Unimed em São João da Boa Vista, que se localiza em torno apenas de condomínios residenciais com fluxo específico para o acesso do mesmo) ou até mesmo a sua inserção no subúrbio remetendo esse local aos hospitais do século XVIII que eram construídos em zonas distantes e isoladas da cidade. Deve-se pensar num local onde o próprio empreendimento e seus usuários se vejam acolhidos pela cidade como um todo, para que a sensação de insegurança e medo não afete num primeiro momento o paciente que precisa estar ali, é necessário pensar num espaço onde acontecem atividades diversas como comércios e moradias, por exemplo. No entanto não é recomendável a proximidade com usos que afetem os trabalhos desenvolvidos pelos profissionais da saúde e o desenvolvimento do tratamento como é o caso de estabelecimentos como

como bares, botecos, clubes, baladas, locais de entretenimento noturno e que dispõem de músicas e sons altos, por exemplo. É interessante que as crianças que estejam internadas vejam pessoas caminhando, se divertindo, rindo, e estabelecimentos funcionando do lado de fora para que a motivem durante o tratamento, podendo sentir que de alguma forma está integrada ao ambiente externo, pensando no lado positivo dos motivos pelos quais está ali e almejando sua alta (o que ajuda positivamente no processo de tratamento). O terreno eleito é de propriedade particular com área total de 30.967 m² e está inserido entre a Vila Santa Edwirges e Parque das Nações, pertencendo à Vila Santa Edwirges. Este bairro se caracteriza como residencial, com alguns pontos de comércio distribuídos homogeneamente em torno da principal Avenida Dr. Oscar Pirajá Martins numa extensão de até duas quadras em torno do terreno. Está próximo à Rodovia Dr. Ademar Pereira de Barros, o que facilita o acesso para quem se desloca de outras cidades.


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IMAGEM 18: Mapa – Localização do terreno em relação aos equipamentos urbanos e ao centro da cidade (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


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IMAGEM 19: Mapa – Localização do terreno - Micro (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


58 A justificativa para a escolha e definição da área apresentada se deve em razão do conteúdo já estudado nos módulos anteriores do curso de Arquitetura e Urbanismo para determinar a viabilidade de implementação do empreendimento, observando aspectos como por exemplo: o número de usuários/habitantes do entorno; da facilidade de acesso, deslocamento por transporte coletivo; a vizinhança; infraestrutura local adequada; o bairro e a cidade como um todo (abordado no item 4.8). O estudo de acesso é muito importante nesta etapa, pois está diretamente relacionado a: configuração espacial; circulação viária; estacionamento; circulação de pedestres; além dos fatores que o impacto de vizinhança engloba e que são abordadas questões como tráfego, o uso do solo, ruídos e outras questões. Cada cidade que é analisada representa na sua estrutura e morfologia a sua própria identidade cultural e o seu desempenho urbano-ambiental, e nunca apresenta a mesma organização, as mesmas relações ou as mesmas características. Com isso, cada cidade desenvolve um padrão de qualidade ambiental diferente e que pode ser estudado

estudado através de indicadores, demonstrando problemas urbanos naturais ou antrópicos. Problemas que um novo empreendimento possa gerar em função de sua localização que podem causar grandes impactos com o decorrer do tempo e por isso é importante considerar, além do já citado acima e dentro do conceito de sustentabilidade, alguns fatores. O termo biocidade prioriza a ideia preliminar de construções sustentáveis, projetos ecológicos entre outros, visando a integração meio ambiente, edificação e a cidade. Diante do planejamento do empreendimento, dentro do contexto urbano, será observada a autonomia do mesmo bem como ao grau de proximidade em termos de localização (acessível por meio de transporte público, a pé etc), apresentando-se próximo às habitações preservando a vida comunitária e trazendo segurança à comunidade.


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IMAGEM 20: Vista Terreno 1 (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)

IMAGEM 21: Vista Terreno 2 (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)


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IMAGEM 22: Vista Terreno 3 (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)

IMAGEM 23: Vista Terreno 4 (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)


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IMAGEM 24: Vista Terreno 5 (Fonte: Prรณpria autoria, 2017) IMAGEM 25: Vista Terreno 6 (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)


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IMAGEM 26: Topografia (em metros) (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)


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4.2 Análise Bioclimática Para a proposta de uma nova edificação, é necessário uma análise das condições de conforto no local e com isso buscar estratégias bioclimáticas para obter 100%, ou próximo disso, de conforto ambiental. Para a análise dessas condições, existe uma plataforma online (projeteee.mma.gov.br) que fornece dados gráficos de 413 cidades brasileiras. Não consta a cidade de São João da Boa Vista, portanto, foi tomado como base a cidade de Casa Branca, SP, que fica há 44 Km de São João. Através dos dados contidos nessa plataforma, pode-se chegar em algumas conclusões: • 27, 39% do ano é de desconforto por frio, podendo ser solucionado, segundo a plataforma PROJETEEE, com a Inércia Térmica para aquecimento, onde podem ser utilizados materiais (concreto e a alvenaria) que absorvem o calor e o libera pouco a pouco durante as noites, além de métodos como a estufa (por meio de vidros fechados) e o aquecimento solar passivo (por meio de aberturas). Mas é necessário ser bem estudado, principalmente em fachadas oeste, para que o ambiente não se torne uma estufa. O essencial é que essa estratégia seja utiliza

utilizada em conjunto com a ventilação natural onde, durante o dia, torna o ambiente mais aconchegante termicamente. • Em relação aos 20% de desconforto por calor, a solução, segundo a plataforma, é de sombreamento, para evitar o superaquecimento durante os dias mais quentes sem que prejudique os ganhos de calor no inverno ou obstrua a entrada de luz natural. O entorno com outras edificações e vegetação já pode servir de proteção em algumas fachadas e as não atingidas por tal proteção, poderá utilizar-se de brises, por exemplo, além do estudo da orientação da edificação em relação ao sol. Com esses dados é possível estabelecer uma relação com as estratégias utilizadas por João Filgueiras Lima (Lelé), que utiliza a pintura em branco de telhas de alumínio, grandes Sheds para a entrada de luz natural indireta, além de constante renovação de ar por meio de efeito chaminé. Também utiliza grandes aberturas envidraçadas em conjunto de brises para que minimizem o calor e controle a entrada de luz, visto que a temperatura dentro dos hospitais deve permanecer baixa para o combate de infecções.


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IMAGEM 27: Simulação do Movimento de Ar nos Sheds de Lelé (Fonte: WESTPHAL, 2007)

IMAGEM 28: Sheds de Lelé (Fonte: WESTPHAL, 2007) IMAGEM 29: Entrada de Luz Pelos Sheds de Lelé (Fonte: RIGUETI, 2011)


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4.3 Mapa Cheios E Vazios Observando o mapa abaixo, que representa as áreas disponíveis e as edificadas, é possível demonstrar a composição do espaço onde a região possui um contraste de densidade, cujo o adensamento é considerável e mesmo assim há transparência entre t

uma edificação e outra em questão de espaços não ocupados entre as áreas. Essa transparência também existe devido às vias de acesso existentes que são presentes em todo o entorno das áreas edificadas e que permitem integração e fluidez.

IMAGEM 30: Mapa – Edificações e Vazios Urbanos (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


4.4 Mapa Acesso Público E Privado Em relação ao mapa abaixo é possível perceber a predominância de locais de uso privado que variam desde residências particulares, a comércios e prestadores de serviços. Quanto aos poucos pontos de uso público e semi-público se deve a serviços que

66 são prestados à população, sendo estes, patrimônio público. Nesta região, espaços de relações e integração como pequenas praças e áreas arborizadas, são ausentes em quase toda sua extensão.

IMAGEM 31: Mapa – Espaço Privado, Semi-Público e Público (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


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4.5 Mapa De Uso E Ocupação Com o mapa apresentado abaixo é possível visualizar a distribuição espacial em relação ao uso do solo demonstrando proporcionalmente a existência de áreas comerciais e residenciais, além de pontos como escola, igreja e outros.

Pode-se entender que a área é atendida em questão de infraestrutura e que as pessoas não necessitam se deslocar do local para determinadas atividades como fazer compras ou para se alimentarem, por exemplo.

IMAGEM 32: Mapa – Uso e Ocupação (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


4.6 Mapa De Gabarito Observando o mapa abaixo, destacam-se predominantemente, edificações de apenas um pavimento, e algumas edificações de dois pavimentos, poucas edificações de três pavimentos e apenas uma edificação com quatro pavimentos.

68 Na região esquerda, em duas fachadas do terreno, é possível observar a presença de edificações com dois pavimentos, três pavimentos e quatro pavimentos e poucas edificações de apenas um pavimento, nas fachadas da região direita do lote.

IMAGEM 33: Mapa – Gabarito (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


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4.7 Mapa De Fluxo O mapa abaixo indica a estrutura viária da região onde é possível visualizar a presença de três vias arteriais (vias principais) que abrigam a maior parte das áreas comerciais, de tráfego intenso de veículos e que distribuem o fluxo para as vias coletoras, que tt

são várias devido a existência de muitos bairros e que seu fluxo, em grande parte, se deve ao deslocamento entre bairros no local, e as vias locais.

IMAGEM 34: Mapa – Fluxo (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


4.8 Impacto De Vizinhança 4.8.1 Diagnóstico Ambiental Do Entorno A área de estudo se concentra nas imediações do Parque das Nações e Vila Santa Edwirges dois bairros antigos em São João da Boa Vista (predominantemente residenciais com vários pontos de prestação de serviços e pequenos comércios que atendem àquela região, apresentando adensamento considerável e uma grande região vazia, conforme o imagem 30) e que não sofreram mudanças em sua morfologia nos últimos cinco anos. Apresenta a passagem do Córrego São João e topografia acidentada em determinados pontos. Os ventos predominantes a partir de ENE - Lés-nordeste, segundo o clima tempo da cidade. Conforme os mapas (imagens 31, 32 e 33) é possível observar a delimitação da área de estudo e assim estipular aproximadamente a quantidade de pessoas que estão diariamente naquela região. Para tanto, foi feita uma pesquisa de campo a partir da contagem de residências e áreas comerciais, por falta de prestação de informações por parte da prefeitura municipal e a inexistência de arquivos no IBGE. A pesquisa demonstrou, nessa região, a quantificação de 210 casas, 236 ddd

apartamentos divididos em três condomínios de classe média e 54 áreas comerciais ou prestadores de serviços e segundo dados do IBGE a quantidade de pessoas que moram no mesmo domicilio é de 3,34 totalizando em área residencial aproximadamente 1490 pessoas além das que frequentam as áreas comerciais (restaurantes, pequenas lanchonetes, supermercado, borracharias, mecânicas e concessionária) durante toda a semana. A cidade de São João da Boa Vista é conhecida por ter um apelo turístico em decorrência do Mirante e suas cachoeiras, a famosa Serra da Paulista e a Pedra Balão com vista para a serra, sendo esses os pontos mais visitados da região, depois de Águas da Prata (município vizinho), onde pessoas de outras cidades se deslocam para apreciar a beleza natural. Além disso está presente o Teatro Municipal, o Museu e a Estação Férrea que conta grande parte da história por qual São João passou. São de grande importância essas informações, visto que a região estudada está ao lado da Rodovia Dr. Ademar Pereira de Barros que liga a cidade de Águas da Prata, Espírito Santo do e

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71 Pinhal, Vargem Grande do Sul e Aguaí e as pessoas podem se deslocar dessa rodovia para encontrar os pontos turísticos da cidade através dos bairros Parque da Nações e Vila Santa Edwirges, gerando maior fluxo na região. Na região está presente o departamento de saúde municipal que atende a todos os pontos relacionados à saúde de São João, porém não há atendimento em Unidade Básica de saúde no entorno destacado nos mapas anteriores, o mais próximo está há 1,2 km. As pessoas podem se deslocar facilmente tanto por meio de transportes comunitários, particulares ou até mesmo a pé. Já falando em transporte, é importante destacar que nessa região não existem ciclo-faixas ou ciclovias. As pessoas utilizam de seus carros e motos para se deslocarem, visto que o centro da cidade é uma região muito frequentado pelos moradores por conter diversas atividades de entretenimento e lazer e não se encontra tão próximo. A região é muito bem atendida em questão de pontos para transporte público coletivo visto que existem quatro linhas de passagem (linha 10 Bairro Alegre via Solário, linha 10 Bairro Alegre, linha 17 Vila Brasil via São Salvador e linha 19 DER via Jd. tttttty

Amoreira) e todas elas seguem para o terminal rodoviário no centro da cidade.


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Linha 10 Linha 17 Linha 19

IMAGEM 35: Mapa – Linhas de transporte público coletivo sem escala definida (Fonte: GOOGLE EARTH, 2017)


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IMAGEM 36: Mapa – Linhas de transporte público coletivo sem escala definida (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


74 Em relação ao sistema de abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário e fornecimento de energia elétrica, são serviços já existentes na região e fornecidos pelas companhias responsáveis SABESP e ELEKTRO. Também existe a coleta de lixo que é realizada em dias alternados e frequentes, bem como a coleta de materiais recicláveis. A fim de diagnosticar o ambiente do terreno escolhido, foram feitas pequenas pesquisas de campo através de observação obtendo resultados como por exemplo a caracterização do solo como siltoso, a ausência de materiais de aterro e entulhos trazidos de outros lugares, a presença, em grande parte, de vegetação de espécie invasora.


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4.8.2 Identificação E Avaliação Dos Impactos Ambientais Na Vizinhança O terreno do empreendimento está localizado dentro da área urbana da cidade com a presença de vegetação de área de preservação permanente às margens do Córrego São João e poucas áreas verdes no entorno estudado. Não há reconhecimento de fauna presente no local, entretanto, por apresentar-se num local de APP é possível que algumas espécies com ampla distribuição e hábitos generalistas ou outras associadas a habitações humanas, existam. O futuro projeto não afetará essa região visto que respeitará a legislação vigente quanto à distância de construção das margens e a preservação de 100% da vegetação existente. Atualmente, é grande o fluxo de veículos na Avenida Dr. Oscar Pirajá Martins por ser uma via arterial que liga a Vila Bancária, Jardim Santo André, São Lázaro, Jardim São Thiago, Jardim Boa Vista, Jardim Leonor, Vila Santa Edwirges, São Domingos e Parque das Nações, além de ser uma das avenidas de acesso à cidade pela Rodovia Dr. Governador Ademar Pereira de Barros. Também apresenta uma diversidade de serviços nessa avenida como a UNIFAE, escolas de idioma, igreja, bares, escolas, locadoras, restaurantes, manutença

manutenção de computadores, Unidade de Saúde Básica, concessionárias, McDonald’s, salões de festas, postos de abastecimento, borracharias, Departamento Municipal de Saúde, entre outros. Além disso, é importante atentar-se ao grande fluxo existente no entorno do terreno em decorrência da localização do Colégio Experimental Integrado e do Supermercado Big Bom (já citados na imagem 32).


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IMAGEM 37: Mapa – Acessos (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


77 A implementação de um novo empreendimento de porte médio poderá ocasionar transtornos no trânsito se não forem tratadas as questões de fluxos com muito cuidado e para isso será proposto a inserção de uma nova via para acesso do mesmo que permitirá a fluidez do fluxo onde será possível distribuir o trânsito da Av. Dr. Oscar Pirajá Martins para a Av. Treze de Maio através da rua Luis Gonzaga de Godói (paralela de cima à rua Belisário Borges da Costa, presente no mapa a seguir) a seguir pela via proposta em verde, diminuindo a concentração de entrada e saída ao mesmo tempo para a Av. Dr. Oscar Pirajá Martins (único acesso existente para o terreno). A via concorrente proposta permitirá acesso direto ao empreendimento visando a acessibilidade de pessoas debilitadas e a distribuição de veículos que acessam o mesmo pela via transversal proposta. Além disso será possível o acesso pela via proposta para as pessoas que saem da Rod. Dr. Ademar Pereira de Barros e passa pela Av. Treze de Maio sem ter a necessidade de passar pela Av. Dr. Oscar Pirajá Martins. Desta forma o acesso para o empreendimento permitirá a permeabilidade e melhor distribuição do tráfego. tt

Pontos de distribuição do fluxo: • A: Distribui os veículos que saem da Av. Dr. Oscar Pirajá Martins para outras duas vias; • B: Distribui os veículos que saíram da Rod. Dr. Ademar Pereira de Barros para outras duas vias que dão acesso ao empreendimento.


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IMAGEM 38: Mapa – Proposta de via (Fonte: GOOGLE EARTH adaptado pelo autor, 2017)


79 O Impacto ambiental é estudado durante o planejamento, construção e operação da obra e é definido segundo Conama resolução nº001 de 1986 apud Santos como “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”.

Para distinguir melhor os outros impactos gerados nessa região em decorrência da implementação do Centro Integrado da Saúde Infantil foram organizados os possíveis impactos em componentes de natureza negativa ou positiva, de ordem direta ou indireta, magnitude alta, média ou baixa, e ações a se desenvolverem para reduzir o impacto negativo dentro da matriz de Leopold e apresentada a seguir:


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IMAGEM 39: Matriz de impactos (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)


84 Em decorrência da análise da matriz de Leopold pode-se observar que apenas 24% dos 29 impactos descritos são de natureza negativa e que mesmo assim podem ser trabalhados para a minimização do mesmo, e provando que a inserção do empreendimento é viável pelo caráter positivo que possui. É possível analisar a fase de funcionamento ou operação do Centro Integrado da Saúde Infantil e pressupor que não serão gerados impactos significativos; em relação à ruídos por exemplo, ele não causará impacto em seu entorno por se tratar de um empreendimento voltado à saúde infantil onde as atividades desenvolvidas não interferem no meio e que os níveis de ruídos devem quase não existir. Outro exemplo importante de impacto não significativo é o lixo hospitalar gerado, que é separado dos resíduos comuns e coletado pela prefeitura ou empresa contratada para incineração ou tratamento, quando contaminado.


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4.8.3 Estudo Preliminar De Legislação E Demais Condicionantes O plano diretor da cidade de São João da Boa Vista, SP tem como objetivo assegurar melhores condições de vida para a população e ainda proteger e conservar os sistemas naturais essenciais à biodiversidade. Suas legislações visam, prover a padronização como o conceito de progresso contemplando o equilíbrio nos diferentes vieses do desenvolvimento sustentável por exemplo, uma vez que a demografia e a sustentabilidade devem se relacionar a solidificar-se. As condicionantes restringem atividades que agem de forma negativa no meio e privilegia condições favoráveis de acordo com a vulnerabilidade ambiental do local. É necessário analisar as legislações e condicionantes urbanísticas vigentes no que tange à expansão imobiliária para promover um trabalho que atenda aos requisitos mínimos. A Lei 1477/04 e Lei 1926/06 dispõem do código de edificações e institui o novo Plano Diretor da cidade, respectivamente e que devem ser analisados em conjunto com outras normas urbanísticas. A partir do estudo do plano diretor e o código de edificações da cidade de São João da Boa Vista, SP para a Vila Santa Edwirges é possível identificar algumas regras como:

• •

Taxa de ocupação local de 80%; O coeficiente de aproveitamento se restringe apenas à condomínios residenciais; • Taxa de permeabilidade de 20%; • Altura máxima da edificação de até 12 metros; • Quanto ao zoneamento - Loteamento de uso misto; • Recuo frontal de 3 metros na Av. Dr. Oscar Pirajá Martins e adentro dos bairros locais mínimo de 2 metros. Além dessas diretrizes a proposta de projeto final respeitará todas as legislações necessárias para a sua aprovação como acessibilidade que será estudada no decorrer da projeção de desenho, o recuo em áreas de preservação permanente, ANVISA (Resolução – RDC nº 306/04; Resolução – RDC nº 189/03; Resolução – RE nº 9/03; Resolução – RDC nº 50/02), Código Sanitário Decreto Estadual 12342/78 e demais que serão necessárias para a criação do Centro Integrado da Saúde Infantil. É importante observar que a Lei Complementar Nº 2.927, de 16 de dezembro de 2010 altera a Lei Complementar Nº 1.926, de 16 de outubro de 2006 referente a ZR3 passando de uso residencial para uso misto, mas não há atualização do mapa (imagem 40).


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IMAGEM 40: Mapa zoneamento (Fonte: Prefeitura Municipal de SĂŁo JoĂŁo da Boa Vista adaptado pelo autor, 2017)




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5.1 Programa De Necessidades O público alvo para atendimento no Centro Integrado da Saúde Infantil são crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, visto que esta população remete a 26,3% da população da cidade de São João da Boa Vista, sendo 43 crianças por km² de densidade demográfica (segundo dados do item 1.1). Conforme os dados fornecidos pelo site do Ministério da Saúde, em agosto de 2017 o SUS atendeu a 422 internações nas diversas especialidades e 9 internações na pediatria, e visando a densidade total de 83.639 habitantes a serem atendidos por dois hospitais contidos na cidade é possível pressupor a quantidade de crianças a serem atendidas no empreendimento (observando o tipo de serviço prestado que não pode ser comparado a um hospital (vide item 3.3) onde o terreno dispõe de 30.967 m² de área (0,031 km²) para uma população de 21.975 crianças. É importante lembrar que o empreendimento atenderá apenas a cidade de São João da Boa Vista. Como já citado no decorrer dessa pesquisa, o conceito de hospital no século XXI é de manter o paciente no menor período possível dentro do dddd

ambiente hospitalar, lembrando que sua recuperação em casa torna o tratamento mais rápido, com maior percentual de sucesso e ainda, maior redução de gastos. O empreendimento se destacará por conter um ambulatório com atendimento diário de 70 pessoas por turno (manhã, tarde e noite), sendo 50.400 durante o ano, suprindo a população da faixa etária de 0 a 18 anos. O ambiente de internação básica se dará por 20 leitos mais serviço de reabilitação e observando casos de internações por longo período e internações de pequeno período é possível estipular o atendimento mensal de 10 crianças sendo 120 por ano.


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0

IMAGEM 41: Tabela – Programa de necessidades (Fonte: Própria autoria, 2017)


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5.2 Matriz De Proximidades


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IMAGEM 42: Tabela – Matriz de proximidade (Fonte: Própria autoria, 2017)


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5.3 Setorização (Geral) A imagem ao lado demonstra um plano para o Centro Integrado da Saúde Infantil com a setorização geral dos ambientes, divididos em: área comum (mais o estacionamento), ambulatório e internação. O principal motivo para a área comum estar localizada entre o setor de internação e o setor ambulatorial se deve às atividades semelhantes exercidas entre ambos e que podem ser compartilhadas em um mesmo ambiente/setor. O estacionamento se localiza logo ao lado e pode ser utilizado pelas pessoas que frequentam qualquer setor do prédio. Além disso, está representado os ventos predominantes com direção do leste e nordeste e a direção do sol em relação ao norte.


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IMAGEM 43: Setorização (Fonte: Própria autoria, 2017)


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5.4 Fluxograma E Circulação (Detalhada) O diagrama ao lado representa a disposição dos setores (já representados na imagem 43) bem como os ambientes (que foram citados em tabela do programa de necessidades na imagem 41) dentro de cada setor com circulação detalhada para pacientes, acompanhantes e funcionários. O ambulatório, destacado no retângulo verde, dispõem de três acessos principais (público, emergência e funcionários), além de uma área externa (para ventilação) não citada no programa de necessidades. A área comum, destacada no retângulo rosa, dispõem de um acesso principal (área externa para público e funcionários) e todo o programa já elaborado na tabela citada acima. A internação, destacada no retângulo laranja, dispõem de dois acessos principais (público e funcionários), o programa de necessidades citado acima, além de uma área externa para a ventilação e o convívio entre famílias (pais, acompanhantes e pacientes). Toda a circulação representada no fluxograma ao lado estão separadas de acordo com a necessidade de deslocamento em cada setor. É importante observar que apenas ambientes com acesso restrito a funcionários, saem do eixo central do rrrr

Centro Infantil, o que permite maior privacidade para os funcionários que trabalham no local. Além disso é representada a circulação onde funcionários e pacientes podem circular normalmente juntos o que não interfere nas atividades de ambos os lados. A distribuição e dimensionamento dos espaços, assim como o programa de necessidades, foram embasados no Manual Prático de Arquitetura Hospitalar de Ronald de Góes e a diagramação resultante pode ser conferida detalhadamente nas imagens 45 e 46, ampliada e com legenda.


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Estacionamento

IMAGEM 44: Fluxograma e circulação detalhada (Fonte: Própria autoria, 2017)


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IMAGEM 45: Setorização e circulação detalhada (Ambulatório e Área Comum) (Fonte: Própria autoria, 2017)


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G.C.

G.C.

IMAGEM 46: Setorização e circulação detalhada (Internação e Área Comum) (Fonte: Própria autoria, 2017)




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IMAGEM 47: Plano de massas (Fonte: Prรณpria autoria, 2017)


106 Com base no estudo abordado neste trabalho e observando pontualmente fatores como a humanização dos ambientes, a série de atividades que precisam ser desenvolvidas, além dos suportes como sala de aula, brinquedoteca, ambientes externos, e principalmente a preocupação em relação à recuperação do paciente, podemos concluir que a arquitetura pode promover a melhoria do sentimento ruim causado às crianças em virtude do ambiente hospitalar que vem sendo reproduzido desde o século XVIII. É importante tomar como base o pensamento de que a criança deve permanecer o menor tempo possível dentro desses ambientes, visando a cura de forma rápida e menos dolorosa. Quando da necessidade da permanência de longo período, que seja uma experiência inovadora, divertida e que proporcione situações onde ela possa entender que é possível encarar tudo aquilo sozinha, causando sensação de independência. A imagem ao lado resume um estudo complexo da arquitetura hospitalar, da visão geral e positiva de arquitetura hospitalar infantil, da necessidade de um programa para o porte da cidade de São João da Boa Vista, do cuidado com o público que irá rrrrr

frequentar e da circulação, que envolve toda a equipe médica, pacientes e acompanhantes. Contudo, propor espaços para a integração e troca de experiências entre pais, pacientes e funcionários através da arquitetura. Esse estudo resultou neste plano de massas onde foi possível distribuir espacialmente todo o programa exigido para este tipo de empreendimento, estabelecendo a ideia principal para o desenvolvimento do TFG II. Assim, foi possível proporcionar uma arquitetura digna e pensada diretamente para as crianças e seus acompanhantes, um espaço interativo e que foge do comum.




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7.1 Conceito e Partido Arquitetônico Analisando as condicionantes do terreno como ventos predominantes, posição do sol, as edificações presentes, a Área de Preservação Permanente, a topografia, vias de acesso, entorno no geral, e o fluxograma apresentado anteriormente (item 5.4) é possível estabelecer alguns parâmetros que serão demonstrados por meio de croquis, surgindo então o partido arquitetônico, além de um conceito de projeto.

Conforme a imagem 48, observa-se que foram traçados eixos de circulação central e ramificações que mostram os meios de passagem dentro do edifício, além de uma grande avenida, em sua face frontal, que caminha no entorno da Área de Preservação Permanente.

IMAGEM IMAGEM 48: 48: Croqui Croqui preliminar preliminar 11 (Fonte: (Fonte: Própria Própria autoria, autoria, 2018) 2018)

IMAGEM 49: Croqui preliminar 2 (Fonte: Própria autoria, 2018)


110 Conforme a imagem 49, a partir dos eixos de circulação definidos na imagem 48, já é possível estabelecer uma forma preliminar do edifício bem como seus acessos por meio da via fia frontal do mesmo. Além disso, já foi pensado em realocação de terra, a posição do estacionamento e o local de entrada para urgência e emergência, que deve ser privilegiada em questão de acesso prático e rápido, favorecendo o atendimento ao paciente.

Conforme a imagem 50, novamente em relação aos eixos de circulação, já são distribuídos mais detalhadamente, o programa. Em torno dos eixos são distribuídos 5 tipos de acessos diferentes que dão para o ambulatório, parte administrativa e internação, além da separação de acessos para pacientes e funcionários.

IMAGEM 50: Croqui preliminar 3 (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 51: Croqui preliminar 4 (Fonte: Própria autoria, 2018)


111 Conforme a imagem 51, é ilustrado a forma prévia em torno dos eixos centrais da edificação considerando os fatores bioclimáticos e os acessos por meio da via frontal, além de dois estacionamentos separados para funcionários e pacientes. Por fim, o partido arquitetônico consiste na funcionalidade do edifício e na circulação de eixos funcionais tanto da parte interna quanto da parte externa. A circulação é baseada em dois grandes eixos que praticamente se cruzam dentro do edifício separando os acessos para funcionários, onde ocorrem os serviços necessários para a internação, e acessos para pacientes e acompanhantes, que não podem ter contato com a parte de serviços do edifício, mantendo a organização e contribuindo para o melhor funcionamento do empreendimento. A volumetria acaba sendo fruto de uma setorização funcional. Além disso, os acessos externos também são separados e permeiam todo o edifício, facilitando a chegada e saída de serviços, a chegada e a saída de acompanhantes e pacientes, mantendo maior agilidade no atendimento necessário para a vida.

IMAGEM 52: Croqui preliminar – Eixos de circulação (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 53: Croqui volume (Fonte: Própria autoria, 2018)


7.2 Setorização Definitiva Com a definição do partido arquitetônico descrita no item 7.1, é criada a forma parcialmente defina do projeto e os setores são separados conforme as necessidades já descritas no decorrer deste caderno, deixando o ambulatório no pavimento térreo da região direita do terreno, a administração no pavimento térreo na região central, a parte de serviços no pavimento térreo da região esquerda e a internação no pavimento superior, sobre a região de serviços do prédio.

112 Eixos de circulação

Serviços Térreo

Administração Térreo

Internação Pavimento superior

Ambulatório Térreo

IMAGEM 55: Desenho de setorização definitiva (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 54: Croqui de setorização (Fonte: Própria autoria, 2018)




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8.1 Do Prédio Geral Conforme já descrito no capítulo anterior, o edifício é constituído por quatro grandes setores (ambulatório, administração, serviços de internação e internação) que somam 10.083,57 m² de área construída.

e de imagem com 446 m². Além disso, é previsto uma área para ampliação futura de 925,7 m², conforme a população atendida na internação. Essa região de cuidados deverá ser construída logo acima do ambulatório.

IMAGEM 56: Áreas por setor (Fonte: Própria autoria, 2018)

Além desses quatro grandes setores projetados, foram pensadas em três outras áreas que abrangem a internação, mas que não foram desenhadas em função de sua alta complexidade para um trabalho a nível de graduação, porém, são setores necessários para o perfeito funcionamento do empreendimento, são eles, espaço para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 205 m² (seis leitos e dois quartos de isolamento, Centro Cirúrgico com 100 m² (uma sala de cirurgia) e Unidade de exames patológicos tt

IMAGEM 57: Área do setor de assistência (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 58: Áreas não desenhadas (Fonte: Própria autoria, 2017)


117 O edifício está inserido no terreno de forma que facilite seu acesso através da Av. Dr. Oscar Pirajá Martins, passando pela nova rua projetada (uma via de 6 metros) e terminando na Av. 13 de Maio, sendo o sentido de fluxo de veículos único (da direita para a esquerda/ do ambulatório para a internação). O prédio conta com o apoio de três guaritas para segurança (que somam 7,6 m² de área construída, pé direito de 2,75 m, laje treliçada de 0,12 m, platibanda de 0,18 m, telha sanduíche de 8 % de inclinação e estrutura leve metálica, porta de alumínio branca, vidros fumê com abertura superior basculante e piso cerâmico branco), que estão alocadas na entrada do ambulatório, na entrada da administração e na entrada da internação, controlando o fluxo de pessoas e de veículos estacionados. Também existem dois estacionamentos, um com capacidade para 55 veículos na região ambulatorial e um estacionamento com capacidade para 57 veículos na região da internação (vagas com dimensões de 2,5 x 5,0 m) sendo 6 vagas para PCD (vagas com dimensões de 4,0 x 5,0 m). Além do estacionamento, existem “interrupções” na rrrrrrrr

calçada para carga e descarga de serviços. Também é presente a casa de manutenção com o gerador de energia (com área total de 23 m², pé direito de 3,5 m, laje treliçada de 0,12 m, platibanda de 0,83 m, telha sanduíche de 8% de inclinação e estrutura leve metálica, porta de alumínio branca de duas folhas e vidros fumê com abertura basculante, piso de concreto novo) e a casa de gases, que estão ao lado da internação e de frente a administração, respectivamente, estão isoladas estrategicamente de forma que pacientes e visitantes não possam ter acesso e que mesmo assim, facilitam sua constante manutenção. Foi projetada uma calçada ao lado da APP que permite a caminhada para o acesso do edifício ou para a passagem da Av. Dr. Oscar Pirajá Martins até a Av. 13 de Maio. Todo o entorno do edifício e a calçada são revestidos de piso de concreto novo sem juntas, facilitando o acesso para cadeirantes. A “área não caminhável diariamente”, é composta de gramado ralo e árvores do tipo Ipê Amarelo Anão e Carobinha. Nas fachadas externas, o edifício é revestido de ttt


118 tinta impermeável vinho, branca e cinza, janelas de vidro fumê basculante em todas as aberturas, portas de correr de 4 folhas em vidro fumê, portas de alumínio em cor branca e brises de alumínio revestidos de tinta vinho, como mostram as imagens da modelagem, no próximo capítulo. Há também uma caixa d’água externa, localizada no ponto mais alto do local, que aproveita o aclive em decorrência da topografia do terreno, e tem capacidade de 251.330 L). Para o combate de infecções hospitalares como fungos e bactérias, foram instalados aparelhos de ar condicionado do tipo Split no ambulatório, em pontos estratégicos e respeitando a dimensão dos ambientes. Para o setor de internação e apoio de internação, foi instalado uma casa de sistema de ventilação condicionada no pavimento térreo e que sobe até o primeiro pavimento através de um shaft e é distribuído nos ambientes por dutos situados entre a laje e o forro (1,18 m). Todo o edifício é construído em alvenaria com paredes arredondadas internamente com raio de 0,2 m e apresenta, em alguns pontos, parede cobogó metálica revestida de tinta acrílica que

pode ser retirada conforme a necessidade de ampliação ou não dos ambientes.


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8.2 Do Setor Ambulatorial E Administrativo Sua entrada é voltada logo para a rua, permitindo acesso rápido para pacientes e acompanhantes. Possui duas entradas para funcionários e uma entrada/saída de serviços, voltadas também para a rua. A ambulância da urgência e emergência tem facilidade de acesso, logo que o atendimento deste nível é voltado para a entrada do ambulatório. O paciente é atendido na recepção da espera geral, passa pela triagem, sendo encaminhado logo após para a espera de pacientes e acompanhantes, onde será direcionado para os consultórios e posteriormente para os serviços pós-consulta, que estão alocados no entorno do grande eixo curvo central (que permite diferentes visões de cada ponto diferente em que a pessoa esteja). Os acompanhantes podem aguardar esse processo no ambiente externo do ambulatório, de frente a um espelho d´água (0,3 m de profundidade) e a Área de Preservação Permanente, para dialogar e trocarem experiência sobre a situação de seus filhos, para que se confortem perante os processos de sucesso ao qual seus filhos passaram. No ambulatório também existem os eixos de circulação apenas para funcionários que são separa

separados do eixo para pacientes e acompanhantes. É importante lembrar que no grande eixo central, o pé direito é de 3 m, obstruído por um forro de gesso acartonado para que a manutenção das instalações seja facilitada (as instalações ficam entre a laje e o forro apenas no corredor central e são distribuídas pelas paredes em todos os ambientes do ambulatório). Os consultórios médico e uma das salas de enfermagem apresentam pé direito de 7,1 m sem forro, com laje treliçada de 0,12 m e lanternim para que sejam respeitadas os níveis de ventilação e iluminação natural. A inalação individual não possui janelas, apenas exaustor e um “ralo” inferior que chega até a área externa, também em “ralo” inferior para a insuflação exterior de ar. O expurgo também é outro ambiente sem janelas, que deve ser ventilado apenas por meio de exaustão (sendo este, ambiente de curta permanência). Também é necessário que se tenha ventilação mecânica resfriada (12.000 BTUS) na farmácia, para que os medicamentos mantenham a temperatura adequada.


8.3 Do Setor de Internação • PAVIMENTO TÉRREO Na recepção da internação, ainda ligada pelo grande eixo central ao ambulatório, o paciente e acompanhante podem ter acesso para este setor pelo meio externo através de uma porta de correr de vidro, não sendo necessário a passagem pelo ambulatório. São atendidos pelo balcão, encaminhados para espera e aguardam os próximos passos para a internação ou visita, que acontecem no 1º pavimento e tem acesso por meio de rampa no jardim externo (pé direito de 3,86 m) e que chega até a brinquedoteca, ou por elevador e escadas que chegam até o hall de entrada da internação. Logo ao lado da recepção, encontram-se os serviços de internação, um setor totalmente separado do fluxo de pacientes e acompanhantes e que giram em torno de um outro grande eixo perpendicular ao eixo anterior (também com pé direito reduzido para a passagem e manutenção de instalações). Neste setor estão todos os serviços necessários para o funcionamento da internação e tem acesso apenas para funcionários pelo meio externo, com 4 portas de entrada/saída.

120 • 1º PAVIMENTO No primeiro pavimento os quartos são voltados para a área externa junto a uma grande sacada parcialmente fechada, por vidros basculantes . É respeitada a proporção de uma enfermaria e uma prescrição médica para cada 10 quartos. Todos os corredores de circulação interna do pavimento, com exceção das sacadas, possuem pé direito de 3 m, obstruídos com forro, como no eixo central de circulação do ambulatório, para a passagem e manutenção das instalações, que também são distribuídas pelas paredes dos ambientes no entorno desses corredores. Existem dois grandes lanternins nos corredores que dão acesso aos quartos, para respeitar as exigências de iluminação e ventilação naturais. Além disso, existe uma grande passagem aberta no centro do pavimento, por onde passa a rampa. Além de servir como passagem de rampa, esse espaço ajuda a manter os níveis de ventilação e iluminação naturais mais adequados.




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9.1 Desenvolvimento E Conclusão Através das pesquisas mencionadas neste caderno, e analisando o projeto final, que será demonstrado no decorrer deste capítulo, podemos concluir que o projeto arquitetônico soluciona 100% dos problemas de falta de atendimento especializado para crianças em um local que atenda as necessidades delas, como o tratamento em conjunto de um processo de ensino aprendizagem por meio de ambientes culturais educativos (como os quartos dispostos nas laterais do ateliê, da sala de aula e da brinquedoteca), além de uma área externa inferior, com acesso por meio de rampa, que pode ser utilizada para o tratamento de doenças locomotoras e recreação. Esses ambientes confortam as crianças fazendo com que não percam a rotina das atividades que desenvolviam em casa, de modo que não associem o local de tratamento como punição e sim um processo ao qual precisa passar para a melhora da sua saúde, sabendo que após o tratamento, será levada para casa. Os pais podem acompanhar seus filhos em todo o processo de tratamento, visto que existem ambientes para a permanência dos mesmos, rrrrrrr

ainda, os quartos são projetados com área suficiente para a permanecia de dois adultos juntos da criança. Ao longo do prédio, também existem pequenas “interrupções” confortáveis, em área externa, onde os pais intimamente, podem trocar experiencia em decorrência de algum processo de sucesso ao qual seus filhos passaram. Além disso, os ambientes estão dispostos de forma que a criança tenha autonomia para andar pelo empreendimento, sem que necessite da supervisão de algum adulto. Nas imagens abaixo podemos observar o edifício implantado no terreno e as divisões internas de cada pavimento em tamanho reduzido. Para visualização das imagens em melhor qualidade e tamanho real (PDF ou DWG) é necessário acessar o link https://1drv.ms/f/s!AvtsKKx4RwjUi3n_YT0s 7kNIFuA9 e baixar os arquivos ou por meio de QR CODE.


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IMAGEM 59: Situação (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 60: Planta Pav. Térreo (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 61: Planta 1ยบ Pav. (Fonte: Prรณpria autoria, 2018)


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IMAGEM 62: Detalhamento de quarto: Proposta de tipologia e mobiliรกrio (Fonte: Prรณpria autoria, 2018)


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IMAGEM 63: Detalhamento de quarto: Cortes (Fonte: Prรณpria autoria, 2018)

IMAGEM 64: Modelagem - Quarto (Fonte: Prรณpria autoria, 2018)


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IMAGEM 65: Implantação (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 66: Corte AA’ (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 67: Corte BB’ (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 68: Corte CC’ (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 69: Corte DD’ (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 70: Elevação Frontal (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 71: Elevação Posterior (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 72: Elevação Lateral Direita (Fonte: Própria autoria, 2018)

IMAGEM 73: Elevação Lateral Esquerda (Fonte: Própria autoria, 2018)


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IMAGEM 74: Paisagismo (Fonte: Prรณpria autoria, 2018)


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IMAGEM 75: Modelagem - Fachada (Fonte: Prรณpria autoria, 2018)


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IMAGEM 76: Modelagem - Fachada (Fonte: Pr贸pria autoria, 2018)

IMAGEM 77: Modelagem - Fachada (Fonte: Pr贸pria autoria, 2018)

IMAGEM 78: Modelagem - Fachada (Fonte: Pr贸pria autoria, 2018)

IMAGEM 79: Modelagem - Fachada (Fonte: Pr贸pria autoria, 2018)




139 BRASIL. Programação arquitetônica de unidades funcionais de saúde. Sistema de apoio à elaboração de projetos de investimentos em saúde. Ministério da Saúde: SOMA SUS. Brasília DF, 2011. BRASIL. Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Aprova o “Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde”. Órgão emissor: ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em www.anvisa.gov.br. Acesso em 24 de out. 2017.

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CIACO, R. J. A. S. A Arquitetura no Processo de Humanização dos Ambientes Hospitalares. P. 1-150. Mestrado USP/São Carlos, 2010. FONTES, R. S. de. A reinvenção da escola a partir de uma experiência instituinte em hospital. Educação e Pesquisa. São Paulo: v. 30, n. 2, 2004. FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 4ª ed., Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984. G1 GLOBO. Hospitais de São João da Boa Vista e Tambaú correm risco de fechar por conta de dívidas. São Carlos, SP, 2017 – Disponível no site: http://g1.globo.com/sp/sao-carlosregiao/noticia/hospitais-de-sao-joao-da-boa-vista-etambau-correm-risco-de-fechar-por-conta-dedividas.ghtml Acesso em 12 de ago. 2017 às 15h24min. GÓES, R. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.


140 IBGE diz que o número de pessoas que moram no mesmo domicílio caiu – Disponível: http://www.brasil.gov.br/governo/2010/09/ibge-dizque-numero-de-pessoas-que-moram-no-mesmodomicilio-caiu Acesso em 14 de out. 2017 às 14h02min. Lei nº 106 de 14 setembro 2009. Acompanhamento familiar em internamento hospitalar. LIMA, J. F. O que é ser arquiteto: memórias profissionais de Lelé (João Filgueiras Lima). Depoimento a Cynara Menezes. Rio de Janeiro: Record, 2004. MARTINS, M. R. et al. Protocolo de preparo da criança pré-escolar para punção venosa, com utilização do brinquedo terapêutico. Rev. LatinoAm. Enfermagem vol.9 n. 2. Ribeirão Preto, 2001. MINISTÉRIO DA SAÚDE – Disponível no site: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/c nv/sxsp.def Acesso em 24 de out. 2017.

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143 No dia 23 de outubro de 2017 realizei uma visita técnica no Centro Infantil Boldrini em Campinas, SP (fundado em 1978) juntamente da funcionária Jéssica Marina de Oliveira (relações institucionais), que me acompanhou e me orientou a não tirar fotos. Nessa visita, fui informado pela mesma que o hospital é direcionado às crianças com câncer, e por tal motivo existe um programa de atividades pedagógicas que ocorrem a todo tempo (salas de aula, leitura, entre outros). Também existe um programa humanizado de voluntariado, suporte social, pedagogia, psicologia, biblioteca, brinquedoteca, nutrição, odontologia e enfermagem. É notável a arquitetura modulada e funcional, com grandes espaços internos e externos que proporcionam futuras ampliações, não deixando de privilegiar o conforto do paciente e de seu acompanhante. Os quartos são edificados e com entrada de luz natural, próximos a enfermagem, uma cantina, espaço ecumênico e atendimento geral. Os quartos para as crianças em tratamento quimioterápico são dispostos em circulo com a enfermagem e sala de serviços centralizada. Existe

Existe um grande pátio central para a espera de acompanhantes que dispõem de brinquedoteca, sala de aula e leitura. Em um outro bloco/setor, estão localizadas as salas e ambientes para reabilitação locomotora, dispostas em torno de uma grande praça de alimentação, além de outros serviços. O hospital sofre constantemente reformas e ampliações, que não interferem nas atividades atuais. Achei a visita muito positiva, pois com ela pude ter uma outra visão prática do estudo teórico, além de poder me referenciar para definir o plano de massa do TFGI.


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IMAGEM 80: Centro Infantil Boldrini (Fonte: Facebook – Boldrini, 2015)

IMAGEM 81: Croqui de análise da arquitetura (Fonte: Própria autoria, 2017)

IMAGEM 82: Entrada de luz para os quartos (Fonte: Própria autoria, 2017)



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