Agradecer e abraçar - Uma maneira de viver o câncer

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(acho que ela não permitiria que fosse diferente). Na manhã seguinte pude ter uma melhor noção de como eu estava: super enfaixada, com curativos e (isso sim era incômodo) um dreno ligado a uma das mamas, com um saquinho chatinho dependurado, que teria que levar para todos os lados. Aos poucos, fui sentindo melhor meu corpo, já me sentando mais na cama, me alimentando normalmente. No meio do dia, ensaiei os primeiros passos no corredor, para orgulho do meu médico (que tinha recomendado que o fizesse assim que possível, aos poucos). Recebi as visitas da minha tia Fátima, meus amigos Thi, Ju, Anne e Dê. Minha irmã Carla e minha mãe se revezavam nos cuidados (ir ao banheiro sempre era meio novela). Mas em geral eu me sentia muito bem!!! Na segunda e última noite que eu passaria no hospital, minha amiga Kátia me fez companhia. Pedi à minha mãe que fosse para casa descansar, afinal, no dia seguinte já teria alta, voltaria para casa e viriam dias e mais dias de recuperação. E assim foi. Dois dias depois da cirurgia fui para casa. Era bom estar de volta, mas viriam dias em que a palavra paciência (outra vez) seria um exercício fundamental para não desanimar. Depois de uma semana, fui ao médico retirar o dreno e, pela primeira vez, refazer os curativos e ver como tinha ficado tudo...

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