Por mais que o discurso vigente afirme que os espaços públicos são de todos, a cidade é projetada e ocupada por e para um sujeito padrão: homem, branco, heterossexual, com um poder aquisitivo elevado e em plenas condições físicas. Isso faz com que o ambiente urbano seja experienciado de formas bastante distintas por diferentes grupos. A rua representa, em diversos momentos, um ambiente hostil para aqueles que pertencem às minorias, sejam negros, mulheres, LGBTs, pessoas com deficiência.
Pela convicção de que a sociedade deve ser mais inclusiva e equitativa, busco neste trabalho compreender o espaço público sob a ótica da população LGBT.
Busco compreender o ambiente urbano, a forma como é planejado, quem o ocupa, a quem este é negado e como isso influi na exclusão dos indivíduos na sociedade. Sigo o enfoque do direito à cidade para estudar as dinâmicas urbanas, bem como para embasar e auxiliar na proposição de um projeto que motive a integração de nós, LGBTs, ao centro de Florianópolis