Monografia 10 anos após o sismo de 1 01 1980 volume ii red

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direcção preferencial d o m ovimento sísmico ter ido aproximad amente -5, favo recendo a estrutura d a igreja, igualm ente ori entada segundo essa direcção. Ti veram igualmente bom comportamento as abóbadas das forta leza (Castclinho, Fig. 9, etc. ) e a d a Fábrica d o Tabaco (4 m d e vão). Contrariamente ao sucedido com a Igreja d a Miseri córdi a, a abóbad a d a Igreja dos Rem édi os, Fig. 10, colapsou totalm ente. Colapsou também a abóbada da sacri stia d a Ig reja de S. Pedro e parcialmente a da sacri sti a d a Sé, Fig. 11. A Fig. 12 mostra a sacris ti a da Sé após as obras d e recuperação. 3.2 -

Monumentos que apresentavam alguns danos estruturais já antes do sismo e/ou haviam sido sujeitos a obras de restauro pouco tempo antes do sismo

Segu ndo declarações gu e não foi pos ível esclarecer, alguns dos monumentos de maior porte em Angra do Heroísmo apresentavam à época do sismo algw1s indícios de d eformações que poderão ter contribuído para um pior comportamento d essas estruturas. São eles: 1) Igreja da Sé- com problema s d e fendiUlilÇão na abóbada de pedra d o baptistério (por bai xo da torre a NE), segundo a direcção N-S, c junto das vergas d e wna porta para sul; 2) Convento dos Concepcionistas / Hospital Velho- depois de ter sofrido obras de reparação numa verga de janela após a crise sísmica d e 1950/ 1951 , com a inserção d e tirantes, na altura d o sismo estes encontravam-se soltos por rotura; 3) Igreja de Sta. Luzia - mostrava o tecto abatido, estando o pau d e fil eira deformado; 4) Convento do Li vramento que já sofrera estragos na crise de 1950 /51, tendo sido alvo de obras de consolidação com enchimento de algumas fenda , mas sem o emprego de ga tos. Havia tirantes d e secção quadrada 5"x 5", colocados com argamassa d e ca l, provavel men t aquando do sismo da Praia em 1841. Relatam-se seguidam ente alguns casos-tipo d e bom comportam nto de e trutura s monum entais qu e ha viam sid o s ujeitas a obra s d e res tauro pouco tempo antes do sism o. Con hecem-se os casos de d uas igrejas: a Igreja d e S. Pedro em. Angra do Heroísmo e a igreja do Topo, na freguesia do mesmo nome, ilha d e S. Jorge. São ambas de porte intermédio, situad as em zonas d e intensidade sísmi ca VIl -VHI e Vlll respectiva m ente. Qualqu er d elas sofreu pequ enos danos gerais, com al gum d ano m ais significa ti vo em zonas loca lizadas. A Igreja d e S. Pedro, Fig. 13, ofreu obras profundas de reparação anos antes, p or volta d e 1975, com a introdução d e um a cinta de betão armado na parte superior d e guase toda a p eriferia das pared es estruturais d a igreja e capela-mar, Fig. 14. As paredes interiores foram revestida s com uma arga massa à base de cimento, cal e areia . A cinta não deu ligação numa pequena extensão junto a um arco em pedra de acesso à capela-mar, tendo dado origem à abertura d e fendilh ação junto à pedra de fecho d o arco. A agulha da torre sineira fora também reforçada pelo interior, m as não na li gação à torre. Esta d efi ciência veio a revelar-se a causa principal do colapso da agulh a. O reforço com betão nada va leu neste caso, antes pelo contrário, veio a umentar o peso d a agulha. Desconhece-se em pormenor o reforço efectuado na igreja d o Topo. Sa be-se d a colocação d e guatro arcos em b tão armad o, e gue os pequ enos danos se limitaram à qu ed a d e bilros e se locali za ram ap enas na sacristia. Há ainda a referir alguma s outra s edificaçõe reforçad as antes do sismo, toda s elas mostrando claramente um bom comportamento, d esd e qu e o reforço tenha sido realizado

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