Monografia 10 anos após o sismo de 1 01 1980 volume ii red

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Na Fig. 3 ap resen ta-se o d iagrama de mom ento flector actuante para a combin ação d a acção da ca rga permanente e 1.5 vezes a acção sísmi ca. Para o nível d e esforço axial actuante nos pilares ex tremo o momento flector resistente no troço superior do pilar é d e apenas 173 k.Nm, o qu e s ignifica não se verificar a condição d e segurança regulamentar. Também na ligação d o pa vimento do nível 2 aos pilares ex ternos o mod elo elástico linear apresenta valores de momento flector do cálculo (M5<.1 = - 449; - 453 kN m) superior aos es forços resistentes (MRd = 173 kNm) . Confirmou-se assim a necessidad e d e, para além de repara r os danos ocorridos, reforça r a estrutura por forma a dotá-la d e resistên cia sísmi ca n ecessária. REFORÇO DA ESTRUTURA

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A reparação e o reforço da estrutura foram co ncebidos de acordo com a seg uinte metodologia de intervenção: -

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Realinhamento dos troços superi ores dos pi.lares que sofreram rotação . Reforço dos pilares através da introdução d e ca nton eiras d e aço maci ço n os cantos e cintas metálicas ligadas com argama ssa epox ídica c buchas tipo Hilti HSL (Fig. 5), sendo dada continuidade aos p erfis nos nós d e ligação dos pilares ao pavimento. Travamento da s asna s de cobertura ao nível d a linb a inferior, por forma a aumentar a rigidez de cobertura no seu co njunto e permitir o travamento transversal no topo dos pilares. Foi introduzida uma li gaçã.o do tipo apoio simples da s asnas nos topos dos pilares.

Com o objectivo de reduzir a inter venção d e reforço op tou-se por concentrar nos pilares o reforço necessário pa ra dotar a estrutura do nível da segurança à acção sísmica regulamentar. Assim impôs-se no modelo d e análise q ue os m omentos flectores (negativos) actuantes no tabuleiro (na li gação aos monta ntes la terais) não d everiam exceder a capacidade resistente actual de M Rd = - 173 k m. Ta l proced imento corresponde a impor uma redi stribuição dos esforços capa z d e cumprir essa condição e manter a verificação do equilíbrio na estrutura. a Fig. 4 apresenta m-se os diagramas d e esforços obtidos após introduçã o da referida redi stribuição d e esforços. Com base nos esforços obtidos (Fig. 4) proced eu-se ao dim ension amento do reforço dos pilares cuja pormenori zaçã.o se a presenta na Fig. 5. O dimensionamento das armaduras de refor ço (quatro ca ntoneiras L 120 x 80 x 10) foi obtido através da aplicação de laços correntes d e dimensiona mento d e secções do betão armado sujeito à fl exão composta. Para o troço superi or dos pilares laterais te m-se para esforços actuantes N 5d = 92.3 KN MSd = 347 kN m (ver Fig. 4) o qu e condu z, para a secção do pil ar de 30 x 45, a 19 cm 2 d e aço macio em ca da canto. Na aplicação deste mod elo considerou-se que a secção reforçada funciona como e fosse monolítica. A veri.ficação d a Segura nça no Es tad o Limite Último d e Esforço Transverso não requer armaduras especiais. Co nsiderou-se, n o entanto, con veniente rea liza r o travam ento das ca nton eiras com recurso a cintas metá licas que conferem também um confinam ento adicional ao betão do pila r. O cá lculo das li gaçõe foi rea lizado por forma a não comprometer a mobilização da máxima capacidade re istente das arm adura d e reforço à fl exã.o, tend o-se dimensionado

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