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Correio da Venezuela

Quinta-feira, 28 de Março a Quarta-feira, 3 de Abril de 2013

portugal

Cuidados continuados

Relatório revela falta de médicos e enfermeiros Ministério da Saúde diz que estudo do regulador não ponderou realidade económica Correio/Lusa O Ministério da Saúde considerou que o estudo do regulador sobre cuidados continuados, que revela falta de médicos e enfermeiros nalgumas unidades, não teve em consideração a realidade económica e financeira de Portugal. A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou um relatório no qual concluiu que há falta de médicos e enfermeiros nalgumas unidades da rede de cuidados continuados e que o rácio de camas por habitante é negativo na maioria das regiões. “A relevância do referido estudo (...) seria reforçada se se tivesse levado em linha de conta que as metas avançadas não tiveram em consideração a realidade económica e financeira, nomeadamente as condições orçamentais que levaram à inevitabilidade de um resgate financeiro a Portugal”, refere um comunicado do Ministério da Saúde. Para a tutela, era importante que a Entidade Reguladora avaliasse a adequação das metas às necessidades dos cidadãos, tendo em conta os recursos concretos disponíveis. Segundo o relatório da ERS elaborado em Fevereiro e divulgado na passada terça-feira, 26, há falta de camas por habitante na quase totalidade das regiões de saúde, já que “95% das uni-

Uma acção popular que visa impedir o encerramento da MAC.

País

Taxa de natalidade em queda abrupta Entidade Reguladora recomenda o fim da medicina privada em hospitais públicos.

dades geográficas utilizadas para a análise apresentam um rácio inferior à meta”. No seu comentário, o Ministério da Saúde indica que o estudo poderia avaliar também como é que a evolução da rede de cuidados continuados se articula com a evolução da rede hospitalar. Nessa análise deveriam ser identificados “recursos desta rede (hospita-

Em 2012

2.494 cidadãos lusos presos no estrangeiro Indica o Relatório Anual de Segurança Interna do ano passado Correio/Lusa O número de cidadãos portugueses presos no estrangeiro é de 2.494, mais 13 que em 2011, dos quais 525 em prisões francesas, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2012. Os dados, divulgados em conferência de imprensa, na passada segundafeira, 25, indicam que em 2012 estavam mais 13 portugueses detidos no estrangeiros do que no ano anterior, dos quais 525 em França, mais 16 do

278 portugueses de diversos países em 2012.

lar) que se tornariam redundantes” e que poderiam libertar recursos para abrir novas camas de cuidados continuados. O Ministério considera ainda que o estudo da ERS aponta para indícios de entraves financeiros ao acesso às unidades de tratamento, mas não identifica casos de utentes que tivessem ficado sem os cuidados de que necessitavam por razões financeiras.

que em 2011. O Reino Unido aparece em segundo lugar da lista, com 364 cidadãos portugueses nas suas cadeias, mais seis que em 2011 seguido da Espanha, com 316 (mais cinco). Nos Estados Unidos estão detidos 269 cidadãos portugueses, no Brasil 244, no Luxemburgo estão 190 e na Alemanha 105. O relatório refere também que entre 1997 e 2012 foram deportados 1.354 portugueses, dos quais 109 no ano passado. O RASI indica ainda que no mesmo período foram expulsos 278 portugueses de diversos países. No total, entre 1997 e 2012 foram repatriados e expulsos 1.632 cidadãos portugueses. Estes dados foram apresentados no final de uma reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Maternidade Alfredo da Costa com 4.572 partos em 2012, menos 1.000 que em 2011 Correio/Lusa A Maternidade Alfredo da Costa (MAC) viu nascer, em 2012, menos mil crianças que no ano anterior, prevendo que ocorram este ano na instituição entre 3.500 e 3.900 partos, segundo a directora de obstetrícia. Ana Campos revelou no Tribunal Administrativo de Lisboa, onde foi ouvida como testemunha de uma acção popular que visa impedir o encerramento da MAC, que em 2012 nasceram na instituição 4.572 crianças, menos mil que em 2011. A especialista considera que a abertura do serviço de urgência obstétrica no hospital Beatriz Ângelo (Loures), em 2012, teve consequências na diminuição de partos na MAC. Segundo afirmou a directora do serviço de ginecologia e obstetrícia e medicina materno fetal da MAC, em Janeiro deste ano nasceram 346 crianças, 265 em Fevereiro e 257 em Março, num total de 868. Ana Campos, um dos rostos da oposição ao encerramento da MAC, afirmou perante a juíza e os advogados que esta maternidade tem singularidades, a começar pelas várias especialidades e sub-especialidades e também o seu relevo na área social. “A dimensão social é impar na MAC”, disse.


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