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Mairiporã • Sexta-feira 17 de janeiro de 2014

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Preço do material escolar pode variar até 83% Lúcia Helena Da Reportagem A DIFERENÇA de preços de materiais escolares em lojas especializadas de Mairiporã pode ser grande. É o que mostra levantamento realizado pela reportagem em quatro estabelecimentos da cidade nos dias 9 e 10 de janeiro. A variação média entre os valores mais baixos e os mais altos chegou a 83,4%. Ao todo foram avaliados 26 itens, sempre levando em conta os preços mais baixos praticados em cada estabelecimento. Marca e qualidade dos produtos não foram avaliados neste levantamento. Para se ter uma ideia, o compasso mais barato é comercializado por R$ 0,35. O mais caro, por R$ 2. A diferença calculada, neste caso, foi de 471,42%. A caixa de lápis de cor com 24 unidades é vendida por R$ 3,59 em um dos estabelecimentos. Em outro, o valor encontrado foi

R$ 11,47. Variação de 219,49%. As cotações são para o pagamento à vista, e não há tabelamento de valores, portanto, podem acontecer mudanças nos preços em relação aos dias em que o levantamento foi realizado. “Quem pesquisa e coloca tudo na ponta do lápis faz mais economia”, disse a dona de casa Rosângela da Rocha Oliveira. Mas não é só isso. Ela ressaltou a importância de sempre exigir a nota fiscal, porque o documento viabiliza a realização de eventuais trocas ou reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor. Rosângela fez outro alerta. “Comprar de vendedores ambulantes pode não ser tão vantajoso. Além de não fornecerem nota fiscal, corre-se o risco de levar para casa um material pirateado, já que muitos itens não possuem selo de qualidade ou de procedência”. Lista - O Procon-SP tem alertado os pais sobre a lista de ma-

teriais escolares, para explicar quais itens podem ou não ser exigidos pelas escolas. A Lei 12.886/2013 exclui das obrigações a compra de produtos de uso coletivo, por exemplo, papel higiênico e artigos de limpeza. Uma dúvida comum diz respeito ao local escolhido para fazer as compras. “A escola não pode exigir que os pais comprem o material no próprio estabelecimento e nem determinar marcas”, assegura o órgão de defesa do consumidor. A cobrança de taxa de material escolar sem a apresentação da lista é considerada abusiva. Os pais precisam ser informados sobre a possibilidade de escolha. “São eles que deverão optar por comprar os produtos solicitados ou pagar pelo pacote oferecido pela instituição de ensino”, alerta o Procon. Somente as escolas que utilizam apostilas podem exigir a compra em determinados estabelecimentos ou na própria escola.

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Pesquisar preço é a dica na hora de comprar a lista de material escolar

Situação dos reservatórios da Cantareira é preocupante: nível de 25% é o pior em 10 anos Juarez César Da Redação

OS RESERVATÓRIOS do Sistema Cantareira, fonte principal de abastecimento de água das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, atingiu na última semana o seu pior nível desde 2004. De acordo com informações da Sabesp,

as seis represas que formam o Cantareira registram apenas 25,5% de sua capacidade. A situação é preocupante e já colocou em estado de atenção a Companhia de Abastecimento do Estado de São Paulo (Sabesp), que opera todo o sistema, responsável por levar água a 14 milhões de pessoas (9 milhões na Grande São Paulo e 5 mi-

lhões na região de Campinas). Chuva - Segundo a Sabesp, o volume de chuva no sistema no mês de dezembro ficou bem abaixo do menor volume da história. Em média, são esperados 226 milímetros de precipitações acumuladas no período, sendo que choveu apenas 60 mm. No ano mais seco até agora, o volume de

chuvas tinha sido de 104 mm. “Em janeiro de 2012 os reservatórios estavam com 69% da capacidade. No ano passado, eles chegaram a 48%. Chegamos agora em 25% e nossa preocupação é que se não voltar a chover dentro da média, falte água no inverno”, afirmou o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massatto. Correio Imagem

Receita com IPVA foi 15,76% maior em 2013 Claudio Cipriani Da Redação

FOI de 15,76% o aumento no valor arrecadado pela Prefeitura com o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) em 2013, na comparação com o mesmo período de 2012. Entraram cofres municipais, com esse tributo, cerca de R$ 10,1 milhões, enquanto dois anos antes a receita foi de R$ 8,7 milhões. Estado e município dividem igualitariamente o imposto. Os dados são da Secretaria Estadual da Fazenda. Na comparação com o crescimento da frota na cidade, a variação do IPVA foi maior. De acordo com o Denatran (dados referentes a setembro do ano passado), o número de veículos em Mairiporã era de 44.096 no ano passado, enquanto no mesmo mês de 2012 chegava a 39.781, variação de 10,8%. O maior poder aquisitivo da população pode ser uma das

explicações para a arrecadação ter tido um índice maior ao da frota, pois com mais dinheiro, o consumidor adquiriu veículos cujos modelos tinham preços mais elevados, o que elevou a tributação. No Estado de São Paulo, essa cobrança varia entre 1,5% e 4% em relação à tabela de preços. O fato de a arrecadação ter crescido em ritmo superior ao da frota pode ser explicado pelo aumento no poder de compra da população. Com mais dinheiro no bolso, os motoristas podem adquirir veículos com preços mais elevados, fazendo com que a tributação também suba. No Estado, a cobrança varia entre 1,5% e 4% em relação ao preço de tabela, dependendo do tipo de automóvel. ICMS - Mairiporã obteve, em 2013, receita de R$ 24,8 milhões com o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por mês, em média, foram repassados R$ 2,03 milhões.

Abastecimento pode ficar comprometido se as chuvas não vierem logo

Fim de férias

Situação dos cemitérios municipais é caótica; precisam ser revitalizados e informatizados M. Borges

14 mil voltam às aulas dia 28 Da Redação

AS FÉRIAS estão perto do fim. Este ano, por conta da Copa do Mundo de Futebol, a volta às aulas acontece mais cedo, no dia 28 próximo. Portanto, as crianças têm poucos dias para o descanso e brincadeiras.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, todas as 45 escolas da rede municipal, das modalidades Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos dão a largada no ano letivo. Na mesma data também retornam às atividades as 14 uni-

dades da rede estadual e outras 9 da rede particular. Todas elas passaram por serviços de manutenção nas últimas semanas. MNais de 14 mil alunos estudarão nas três redes de ensino durante este ano de 2014. Desse total, 9 mil são da rede municipal.

Com ruas servindo de túmulos, cemitério da Saudade precisa ser revitalizado e modernizado Da Reportagem

Com férias antecipadas, 14 mil estudantes voltam às aulas em Mairiporã no dia 28

TÚMULOS sem identificação, números e placas espalhados por toda a área, registros feitos em antigos livros e falta de informatização dos serviços são apenas alguns dos problemas enfrentados pela administração do cemitério da Saudade, que é de propriedade do município, e onde estão sepultados mais de 15 mil pessoas. A falta de espaço para a construção de novos túmulos ou de ossuários, também entram nesse quadro aterrador que perdura há décadas, sem que se consiga uma solução não só definitiva, mas

de acordo com o que deve ser a gestão de um serviço público que envolve todas as camadas da população. Até bem pouco tempo sepultamentos eram realizados nas ruas de acesso aos jazigos. Nesses casos, a identificação é quase impossível. Hoje, a situação é tão caótica que quem não souber a localização do jazigo, não poderá enterrar seus familiares, sendo orientado a fazê-lo no cemitério de Terra Preta, construído às pressas no final dos anos 1990, para atender a demanda e diante da falta de estrutura física da unidade do centro. O trabalho foi do então vereador

Abdul Karim Nagib Moussa, que conseguiu um novo local para sepultamentos junto ao prefeito da época, Arlindo Carpi. Ocorre que o cemitério de Terra Preta, batizado de Cemitério dos Coqueirais, também segue a mesma linha de administração, ou seja, campas espalhadas de forma a não permitir identificação e com registros efetuados em livros, sem nenhum tipo de informatização. A Prefeitura não pode mais fechar os olhos para problema tão caro às famílias mairiporanenses. A recuperação do Cemitério da Saudade é tarefa que se impõe há muito tempo e que merece atenção especial do atual governo. E o trabalho que for realizado para modernizá-lo, deve ser estendido também em Terra Preta, com administrações distintas e processo totalmente informatização. Velórios - Outro problema grave tem referência com os velórios. O do cemitério da Saudade, depois de anos de luta para que fosse construído, há mais de três anos está fechado. A Prefeitura, durante o segundo mandato do PSDB, fez licitação e escolheu apenas uma funerária para atender a cidade, e como contrapartida a construção de um novo velório, que tem custos ao ser utilizado. Em Terra Preta, nem velório existe. Os falecidos são velados em Mairiporã e depois levados de volta para sepultamento no distrito.


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