Livro Agenda Bahia 2013

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Novo ciclo

37 bilhões

de dólares: esse é o montante de contratos, parcerias e intenções de investimentos do setor privado para a Bahia pelos próximos cinco anos

60%

essa é a participação que a mineração, energia eólica e a exploração da celulose têm nos contratos privados na Bahia

150

quilômetros de anel rodoviário vão integrar a RMS, Baixo Sul e Recôncavo

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de produzir energia eólica e na exploração mineral que pode transformar a Bahia no segundo estado com maior participação no mercado de minério. O secretário citou ainda a movimentação de cerca de R$ 4 bilhões ao ano em transferência de renda e aposentadoria que tem movimentado a economia de cidades pequenas e médias na Bahia. “Temos um crescimento não visível (no interior) em serviços, comércio e na construção civil”, aposta. José Gabrielli destacou ainda outros investimentos que estão sendo feitos no estado e que devem contribuir para a dinamização da economia, a exemplo da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e do Complexo Porto Sul, em Ilhéus. “Em alguns anos, a Bahia terá esses dois polos navais, um em Ilhéus e outro na Baía de Todos os Santos, que serão complementares e irão convergir para o desenvolvimento da economia do estado”, afirmou. Segundo Gabrielli, o estado passa por um processo muito parecido ao que ocorreu no passado com economias maduras, como as da Europa, de aumento da participação dos serviços no PIB. Atualmente, 63% da riqueza produzida pelo estado vem desse setor, contra 24% oriundo da indústria e 13%, do agronegócio. “Essas discussões sobre a intervenção pública que leve o governo a atuar junto com o setor privado para resolver os gargalos são fundamentais. Se não incorporar essas discussões, não vamos continuar esse ciclo de crescimento”, conclui.

Anel rodoviário para integrar regiões O secretário estadual de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, destacou a importância de se integrar o Baixo Sul e o Sul do Recôncavo baiano à economia da Região Metropolitana de Salvador. Para ele, o projeto de construção da Ponte Salvador-Itaparica vai reforçar esse novo polo ao construir um anel rodoviário de cerca de 150 quilômetros. “Essa região vai se beneficiar muito dessa integração, porque vai possibilitar uma dinamização da economia das cidades, criando polos bastante desenvolvidos e que espalhem isso para os municípios vizinhos. Isso vai permitir destravar um gargalo que existe no sistema rodoviário e que sobrecarrega a BR-324”, afirmou Gabrielli. Segundo o secretário, esses municípios poderão contribuir mais para o crescimento da economia da Bahia. “Santo Antônio de Jesus será o centro mais importante do Recôncavo, assim como Valença será para a região do Baixo Sul e Cruz das Almas o polo de educação para o sul do Recôncavo. Da mesma forma, Nazaré e São Roque para o setor naval”, disse. O secretário avaliou o impacto da obra na vida da população: “O desenvolvimento virou as costas para essa região e se concentrou no Litoral Norte. Um verdadeiro apagão econômico. Esse projeto vai impactar diretamente no Índice de Desenvolvimento Humanos (IDH) dos municípios cortados por essas rodovias”.

Para o secretário, a dificuldade logística se evidencia no escoamento de cargas, “mas também de bits”, ao se referir ao atraso da infraestrutura de fibras ópticas, internet banda larga e na rede de telecomunicação, que impede o crescimento de mercados e o fechamento de negócios. José Gabrielli destacou a aposta do governo na Ponte Salvador-Itaparica. O projeto cria um eixo rodoviário de cerca de 150 quilômetros que vai passar pela RMS, pelo sul do Recôncavo baiano e também pela região do Baixo Sul da Bahia.

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