Caderno do Peregrino

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Ergues-te geiser de polígonos de polímeros polarizados tímpanos em voo de vampirismo desgravitante entre o incerto céu e o vazio renitentes secantes que amparas os tão frágeis pactos dos homens a insaciável sede de esperança a passagem por que se movem os astros mudos premeditadas franjas de aromas pausas pétalas urzes abrigando arcas de brumas pés semânticos pespontos passos por que se movem as daqui efémeras primaveras tardias e bruscas errantes vagas vultos rodados janelas lenços ecos entre nascimento e morte hoje ainda agora ontem ............. fazendo ponte

(vindos da foz chegam maresias verdes e veleiros trazidos à mão por jovens timoneiros ao mar afeitos e imberbes)

Lisboa, 9 de Abril de 2004.

CADERNO DO PEREGRINO | Fernando Lemos


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