Revista O Campo - ediçao 46

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Edição 46 • Agosto | Dezembro • 2023

Fec ha mento autorizado. Pode ser aberto pelos Correios.

CARURU GIGANTE

Ameaça às lavouras. Saiba como agir contra esta praga 17ª Coopershow celebra os 65 anos da Coopermota

Startups do agro revolucionam em inovação para o setor

Coopermota realiza doação de ultrassom a Santas Casas


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OLHAR ATENTO E MONITORAMENTO CONSTANTE Nesta edição trazemos um alerta importante aos produtores de soja. O Caruru Gigante, Amaranthus palmeri vem se aproximando do estado de São Paulo e é motivo de preocupação de entidades representativas do setor, diante do seu potencial de desenvolvimento. Ele chega a crescer até 06 centímetros por dia e tem difícil controle. O alerta é para que todos estejam atentos à sua lavoura e monitorem todos os seus talhões. Além disso, é crucial que o agricultor avise a Defesa Agropecuária em qualquer sinal de resistência ao glifosato.. Paralelo ao alerta que fazemos quanto à esta praga que já foi registrada no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também destacamos um evento de grande relevância a todos os agricultores. A Coopershow será realizada em janeiro e promete trazer informações que contribuem para o desenvolvimento do agronegócio como um todo. Será uma edição celebrativa aos 65 anos da Coopermota. Motivo duplo para acompanhar os desdobramentos deste evento e se beneficiar com o que ele pode trazer ao agricultor. Além da Coopershow, os eventos descentralizados de difusão de tecnologia da Coopermota, os Campo Coopers já estão com data de realização marcadas para fevereiro. É a oportunidade de se conferir as especificidades de cada localidade quanto ao comportamento dos diferentes materiais disponíveis ao produtor rural. Outra novidade que deve contribuir para o cotidiano do cooperado, são duas tecnologias

que abordamos nesta edição para o auxílio no acompanhamento das lavouras. Estamos falando dos penetrômetros digitais, em fase de testes juntos aos consultores da Coopermota, e as armadilhas dotadas de inteligência artificial que vão auxiliar no planejamento do agricultor quanto à definição de aplicações de defensivos contra pragas nas lavouras. Estamos em clima de festa, o período natalino que se aproxima já deixa no ar as manifestações de solidariedade e de celebração. A partir deste olhar, trilhamos os caminhos percorridos para a construção da decoração natalina da Coopermota. Quando falamos em comemoração e a proximidade do Natal, não podíamos deixar de lado as atividades desenvolvidas pela Coopermota em alusão à data. A chegada do Papai Noel na sede da cooperativa encantou o público de Cândido Mota, que esperou pelo momento de se encontrar com o “bom velhinho” em um local cheio de luzes e brilho. Tudo isso às vésperas do início de comemorações oficiais da Coopermota pelos 65 anos e atuação da cooperativa, não só no Vale Paranapanema como também em diversas outras regiões do estado de São Paulo e também no Paraná. Em 2024, uma série de atividades vão destacar o papel do cooperado para o seu crescimento, que vem sendo registrado ano a ano. “Juntos avançamos com o agro”. Aproveite nosso conteúdo e se informe sobre as ações de agricultura da região. Boa leitura.

Vanessa Zandonade Editora e Analista de Comunicação

Expediente EDIÇÃO, REPORTAGENS E FOTOS Vanessa Zandonade REVISÃO Vanessa Zandonade ARTE, DIAGRAMAÇÃO E FINALIZAÇÃO Fabricio Takaasi NovaMCP Comunicação IMPRESSÃO Magraf

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ANÚNCIOS Departamento de Comunicação Coopermota 18 3341 9436 / 18 99163 0985 REPRESENTANTE COMERCIAL Agromídia - São Paulo Guerreiro Agromarketing - Maringá REVISTA O CAMPO Av. da Saudade, 85 Cândido Mota - SP ocampo@coopermota.com.br

VICE-PRESIDENTE

TIRAGEM 1500 exemplares


Olhar Cooperativo

AMPLIAR TECNOLOGIAS EM BUSCA DE MAIOR PRODUTIVIDADE Estamos encerrando o ano de 2023 e já nos preparando para mais uma safra com expectativa de dias melhores. O ano que se finda em dezembro trouxe algumas adversidades, mas a força do agricultor nos levou a superar as dificuldades vividas. Trabalhamos sempre para buscarmos a maior eficiência de nossas atividades possível, em parceria com o produtor rural. Pensando nisso e, como forma de driblar as adversidades que fazem parte do ramo do agronegócio, sejam elas causadas por fenômenos naturais ou sociais e econômicos, a Coopermota investe no auxílio à ampliação da produtividade de seus cooperados. Por um lado, mantém a sua política constante de aprimoramento do nosso serviço técnico, como também de trazer contribuições à melhoria do nosso sistema de produção. Pensando na safra que se inicia, destacamos a importância de boas práticas para bons resultados. O manejo correto e o olhar atento do produtor à sua lavoura serão cruciais. Nosso departamento técnico está atento para ajudar o produtor em suas tomadas de decisões, de forma que consiga realizar o controle de pragas e doenças no momento certo e da maneira correta. Que tenhamos um bom 2024 e que a safra que se inicia seja repleta de prosperidade. Boa safra a todos.

Edson Valmir Fadel Presidente da Coopermota

Sumário

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Caruru gigante: Ele cresce até seis centímetros por dia

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CampoCooper 2024: Demonstrações agrícolas em áreas descentralizadas

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Natal da Gente: Curtir o espírito natalino no colo do Papai Noel

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Mais precisão: Aliado na análise de compactação do solo

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Coopershow 2024: Edição comemorativa aos 65 anos da Coopermota

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Medidas alternativas: Armazenar temporariamente, mas controlar adversidades

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Inteligência artificial: Saber a hora certa de atacar a praga

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Apoio ao SUS: Maior precisão de diagnóstico de imagem

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Cada vez mais: Energia limpa e econômica

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Pesquisa do IAC Oito razões para plantar amendoim direto na palha

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Agritechs promovem a revolução no campo em parceria com o cooperativismo

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CARURU GIGANTE

Ele cresce até seis centímetros por dia Em 2021, plantas de caruru resistentes ao glifosato foram coletadas na região de Cândido Mota, mas a espécie Amaranthus palmeri não foi confirmada

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a observação da lavoura à distância vislumbramse os talhões de soja com folhagem exuberante situada a uma altura padrão de 1,20 metro. Contudo, o que seria uma visão de um ambiente promissor, dado o potencial produtivo da plantação, se transforma em uma previsão pessimista, afetada pelas plantas daninhas que se destoam deste padrão visual. Nesta perspectiva, o olhar do observador segue a previsão de queda de produtividade, economia pessoal

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afetada, gastos excessivos de produção, entre outros fatores negativos. Isso porque centenas de carurus gigantes (Amaranthus palmeri) tomaram conta da lavoura e já atingem quase 3 metros de altura, com raízes profundas e caules que chegam próximos a sete centímetros de diâmetro. A exuberância da soja dá lugar ao caos provocado pelo Caruru Gigante, planta daninha de difícil controle. O cenário relatado acima reflete o potencial de


O caruru coletado na região de Cândido Mota para análise, em 2021, tinha mais de dois metros de altura. Todavia, não se confirmou ser da espécie Amaranthus palmeri.

estragos que podem ser provocados pela disseminação desta praga quarentenária que vem se alastrando no Brasil e já é motivo de diversas medidas de controle que vêm sendo expedidas por órgãos de sanidade vegetal estadual e federal. Depois de ser detectado oficialmente em Mato Grosso, no ano de 2015, já é motivo de preocupação no Mato Grosso do Sul e estados vizinhos, diante de seu alto potencial de disseminação e reprodução. O primeiro foco sulmato-grossense foi detectado no ano passado, em dezembro, no município de Naviraí. A planta foi encontrada em área que margeava a lavoura. A gerente do Programa Estadual de Contingência Fitossanitária da Defesa Agropecuária, Mariléia Regina Ferreira, esteve no Centro de Eventos da Coopermota para alertar os consultores sobre os cuidados de prevenção contra o Caruru Gigante. “A Defesa Agropecuária, através das suas 40 regionais espalhadas em todo o estado de São Paulo, tem trabalhado arduamente na divulgação sobre a prevenção contra a entrada desta praga quarentenária dentro do nosso estado. Nós hoje somos área livre de Amaranthus palmeri e nós precisamos que o agricultor tenha ciência, conheça esta praga e possa nos ajudar a evitar a entrada desta praga que afeta a produção de soja, milho e algodão”, alerta. Ela acrescenta que este caruru pode crescer até mais de dois metros e apenas uma planta produz mais de um milhão de sementes. Por conta deste perfil de grande disseminação e de difícil controle, os órgãos sanitários estão atentos para evitar que ela seja trazida para o estado, atuando, para isso, em conjunto com as revendas, cooperativas e todos os estabelecimentos que têm contato direto com o produtor rural. Ela alerta que se o produtor encontrar qualquer planta com resistência ao glifosato, o qual permanece vivo nas áreas onde houve aplicação do herbicida, mesmo que este não seja grande, ele deve contatar a unidade de Defesa Agropecuária localizada mais próxima à sua propriedade. A área será georreferenciada e o material enviado para análise. Em fevereiro de 2023, o Governo Federal emitiu

portaria que alterou a lista de pragas quarentenárias presentes no território nacional e determinou o estado do Mato Grosso do Sul como uma unidade com a confirmação de ocorrência da praga. Esta medida impõe procedimentos de controle sanitário para o trânsito de veículos entre os estados e define as “rotas de riscos” determinadas pela vigilância sanitária para a definição de ações de mitigação da disseminação deste caruru. “A gente identificou que nesta área do Mato Grosso do Sul muitos produtores não têm maquinário próprio, o que impõe a terceirização do serviço de colheita. É justamente neste trânsito de máquinas entre uma localidade e outra que está o principal veículo de disseminação das sementes”, destacou Glaucy da Conceição Ortiz, engenheira agrônoma e gerente de inspeção e de Defesa Sanitária Vegetal da IAGRO – Campo Grande/ MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO). O assunto foi abordado em live organizada pela Embrapa, sendo moderado pelo pesquisador Fernando Mendes Lamas, da Embrapa Agropecuária Oeste (https://youtu.be/uVinx7Pxciw), e que contou com a participação de várias instituições de controle e pesquisa relacionado ao tema.

Ortiz enfatizou que diante da necessidade de mitigação de prejuízos do A. palmeri, a orientação repassada aos agricultores é de que não seja utilizado maquinário agrícola nos locais em que tenham plantas suspeitas. Ela explica que em todos os casos em que o Caruru é encontrado nas propriedades é agosto | dezembro 2023

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realizada a coleta e incineração de todo o material, antes mesmo da confirmação sobre a espécie da praga. Em 2021, plantas de caruru resistentes a glifosato foram coletadas por pesquisadores da Embrapa/ Londrina em lavouras da região de Cândido Mota para estudo quanto à possibilidade de ser o Amaranthus palmeri, contudo a espécie não foi confirmada. Prejuízos econômicos e manejo O pesquisador da Embrapa, Dionísio Grazzieiro, relata que um estudo datado de 2017 considera que há no Brasil um total de mais de 20 milhões de hectares com soja em que a Buva, o Azevém ou o Conyza foram detectados. Nesta área, o valor gasto no controle das plantas daninhas foi de aproximadamente R$ 4,9 bilhões, chegando a R$ 9 bilhões, se consideradas as perdas devido à matocompetição. “O ano passado a China fez um alerta para o Brasil dizendo que ela estava preocupada com a presença de pragas quarentenárias nas cargas que estavam sendo enviadas a eles. A coisa da praga quarentenária é muito séria e talvez a gente não dê a importância que ela merece”, alertou o pesquisador durante a live promovida pela Embrapa. Quanto à disseminação e a resistência de plantas daninhas, enfatizou que o herbicida não causa resistência, mas sim, seleciona plantas resistentes. “O grande problema é o manejo que o homem tem feito”, defende. Tomando como base as informações resultantes do monitoramento da Embrapa realizado junto a lavouras do país, ele acrescenta que muitos dos problemas com plantas daninhas que vêm sendo registrados nacionalmente poderiam ser resolvidos se fosse adotada adequadamente a rotação de cultura, no mínimo no inverno. “O problema de resistência é manejo. O objetivo agora é conter o avanço desta praga que já está alastrada por aqui”, salientou.

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Plantas coletadas pela Embrapa na região de Cândido Mota, em 2021


Da mesma forma, o pesquisador da Embrapa, Alexandre Ferreira, destacou que o A. palmeri é capaz de provocar perdas de até 91% do rendimento do milho e 79% da soja. Ele explica que esta espécie de caruru consegue se adaptar em condições de alta incidência luminosa para expandir a sua área foliar e reduzir a espessura das suas folhas, maximizando a interceptação de radiação solar. Destaca que pesquisas realizadas nos EUA registram o crescimento do A. palmeri em uma velocidade de 4,5 cm por dia, mas afirma que há outras pesquisas em que este crescimento chega a 6 cm diários, quando situado em locais que apresentem condições favoráveis para seu desenvolvimento. “Diante deste quadro, é muito complicado se adotar o manejo deste caruru somente com herbicidas pósemergentes. Se houver uma semana de chuva e o produtor não conseguir entrar na lavoura, quando ele for aplicar o pós-emergente não vai obter o efeito de controle desejado, devido ao tamanho da planta que ele vai encontrar”, salienta. Segundo Ferreira, o controle será eficiente se houver um complexo de ações na mitigação dos danos do Caruru Gigante, envolvendo os órgãos de defesa sanitária, o produtor e as associações. “Quem ficou só no pós-emergente já perdeu. O programa de contenção será eficiente se todo mundo se envolver. A gente viu a capacidade de dispersão desta espécie, mas também temos o exemplo dos EUA que têm conseguido resultados fantásticos”, defende. Caraterização De acordo com material de orientação da Embrapa, uma única planta do Amaranthus palmeri pode gerar até 250 mil sementes. Estudos indicam que cerca de 70% das plantas cortadas a 15 cm do solo conseguem sobreviver, atingir uma altura de aproximadamente 1 m e produzir cerca de 116.000 sementes, enquanto que 27% das plantas cortadas a 3 cm conseguem produzir aproximadamente 28.000 sementes”, consta na normativa.

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CAMPOCOOPER 2024

Demonstrações agrícolas em áreas descentralizadas Em algumas localidades esse evento já está consolidado e em outras, vem ganhando espaço e sendo inserido pela primeira vez, como é o caso de Paraguaçu Paulista

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na conclusão do ciclo do milho ou da soja que as características dos materiais são analisadas. Já o local de demonstração destes produtos deve oferecer comparativos, de preferência, com solo e clima semelhantes ao meio onde será cultivado como lavoura comercial. Entre as abordagens de análise estão a tolerância dos materiais quanto às

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principais pragas e doenças, à rusticidade frente a longos períodos de estiagem, a capacidade produtiva, entre outros. Esta realidade de análise comparativa fará parte do dia a dia de agricultores das regiões próximas às Unidades de Negócios da Coopermota de Santa Mariana, Teodoro Sampaio e Paraguaçu Paulista. Eles sediarão, no mês


As áreas dos campos que serão demonstrados no CampoCooper de Teodoro Sampaio terão disposição circular

de fevereiro, três edições do CampoCooper, cada um em sua cidade, respectivamente. Trata-se do segundo maior evento de difusão de tecnologia agrícola da cooperativa, que reúne dezenas de empresas parceiras, fornecedoras de insumos e equipamentos para o dia a dia dos agricultores. No início de novembro os campos demonstrativos receberam os primeiros cultivos. A previsão de visitação segue o sistema de grupo guiados junto

aos estandes preparados para receber o cooperado e o agricultor em geral. O CampoCooper segue a mesma proposta da maior vitrine de difusão de tecnologia da Coopermota, a Coopershow. “Assim como na Coopershow, a gente trabalha por vários meses para preparar o CampoCoope de forma que ele traga as formatações de uma lavoura comercial e apresentarmos tudo isso num só dia ao nosso cooperado”, destaca o presidente da Coopermota, Edson Valmir Fadel. Em algumas localidades, a altitude da região em relação ao nível do mar, exige que o produtor tenha uma atenção maior no que se refere ao ataque de pragas e doenças, bem como aos altos índices pluviométricos registrados durante o ciclo da cultura. Em outros campos, a demonstração se volta ao manejo de pastagens, com foco no momento certo de entrada e saída dos animais nos piquetes, além de diferentes cultivares de gramíneas para cada propriedade. Além disso, sorgo e milheto, também compõem a listagem de opções de variedades que ciclam nutrientes do solo e fazem o controle de nematoide apresentadas nas áreas demonstrativas. As análises também consideram as interferências do agricultor em ambiente de cultivo com baixa fertilidade, tendo as dificuldades potencializadas com as variações de condições climáticas, que possuem altas temperaturas e chuva irregulares. Contudo, são os manejos e os tratos culturais utilizados na soja e no milho, com indicações de fungicidas e inseticidas, além de orientação sobre nutrição do solo e da planta, as principais abordagens dos CampoCoopers. O superintendente comercial da Coopermota, Sandro Amadeu, comenta que o CampoCooper já é um evento consolidado em algumas localidades e em outras estão sendo realizados pela primeira

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vez. “É uma alegria bastante grande ver a participação dos produtores, dos nossos parceiros e da nossa equipe trabalhando em prol da gente levar tecnologia, informação e conhecimento ao agricultor, agregando cada dia mais capacidade de produtividade e de impulsionar o desenvolvimento do campo”, afirma. Da mesma forma, o gerente regional da região I, Rômulo Sussel, explica que nestes eventos a cooperativa oferece oportunidade para o produtor visualizar todo o portfólio de produtos e serviços prestados pela Coopermota no seu dia a dia. “É uma forma de demonstrar na prática as novas tecnologias que o mercado oferece para a agricultura e para a pecuária, enfim, tudo o que o cooperado necessita na sua propriedade”, explica. Equipe de Teodoro Sampaio em ação no preparo do campo para o evento daquela região

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NATAL DA GENTE

Curtir o espírito natalino no colo do Papai Noel Longa fila se formou para a foto com o Papai Noel. Ele chegou na Praça dos Estudantes com a Caravana Coopermota, depois de percorrer várias ruas de Cândido Mota e levar a magia do Natal à cidade

L

á no palco já estavam anunciando que a carreta vinha chegando e o bom velhinho ia ficar por ali, para as fotos com a população que já enchia a Praça dos Estudantes, em Cândido Mota. A expectativa dos pequeninos era visível no rosto e muitos curtiam o Natal da Gente pela segunda vez, conforme indicavam os braços levantados quando questionados se haviam participado do evento

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do ano passado. Antes da chegada do Papai Noel, o balé Dina Nina, de Pedrinhas Paulista, abriu a celebração da noite, trazendo o encanto do Natal no toque de leveza dos gestos e no tom das melodias coreografadas! E enfim ele chegou! A carreta da Coopermota toda iluminada e com decorações natalinas anunciava a sua entrada no recinto com um buzinaço que se


ouvia de longe. Mais de um milhão de luzes de led iluminaram a chegada do bom velhinho. Desde o início do mês de dezembro, o local já era ponto de encontro para registros em família, em comemoração ao Natal, aproveitando a decoração instalada por toda a praça, com bonecos de neve iluminados, túnel de luz, arcos natalinos e a grande árvore. Autoridades locais comemoraram o momento e agradeceram a iniciativa, destacando a importância de proporcionar entretenimento e cultura para a cidade. A iniciativa faz parte das ações sociais da cooperativa junto à comunidade. “Nós, da cooperativa, estamos muito felizes em realizar este evento que vem sendo preparado com muito carinho pela nossa equipe e entregue hoje às famílias de Cândido Mota e da região. Pensamos em cada detalhe com o objetivo de transmitir à população, o sentimento de amor e esperança que este momento natalino carrega consigo” destacou Edson Valmir Fadel, presidente da Coopermota. A condução do espetáculo foi auxiliada pela cantora local, Stéfany Góes (A Vermelhinha), que também “deu uma palhinha” ao público presente, com a sua música de trabalho. Após a chegada do Papai Noel, o cantor Ratto subiu ao palco com música pop e rock e finalizou as comemorações do dia.

Milhares de sorvetes, saquinhos de pipoca, bolas e brinquedos infláveis estiveram disponíveis gratuitamente a toda a população presente. “Foi um momento muito bonito, que reuniu as crianças do município para destacar a importância da família e do amor. Desejamos Feliz Natal, não só à população de Cândido Mota, como também a todas as pessoas das cidades onde a Coopermota atua”, celebra o presidente.

abril I maio agosto I junho | dezembro I julho 2023

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MAIS PRECISÃO

Aliado na análise de compactação do solo O equipamento em teste gera gráficos e avalia a realidade do solo a cada 2,5 ou 10 centímetros, conforme a configuração definida.

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s consultores da Coopermota das regiões de Palmital, Maracaí, Santa Cruz do Rio Pardo e Cândido Mota receberam novos equipamentos que vão lhes auxiliar na análise de compactação do solo das lavouras. Os equipamentos, denominados de penetrômetro, têm sinal digital e GPS integrado, com tela gráfica e capacidade para até 65 mil leituras. O auxílio deste material deve ampliar a precisão das

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avaliações realizadas pelos consultores e contribuir com uma recomendação mais assertiva junto aos cooperados, conforme assegura a coordenadora da Universidade Corporativa Coopermota, Flávia Carvalho. Ela enfatiza que a compactação do solo pode reduzir significativamente a produtividade das culturas. “Essas camadas compactadas impedem


o crescimento das raízes das plantas e também impedem a percolação da água no solo. Há ainda a redução da aeração do solo, deixando as raízes mais expostas a doenças e nematoides. Em casos de baixa compactação, algumas espécies de gramíneas, como as braquiárias, por exemplo, podem ser usadas para descompactar o solo através do crescimento e decomposição de raízes. Já em casos onde a compactação é muito severa, pode ser necessário o uso de um implemento, como o escarificador”, explica. Até a aquisição deste material, o equipamento utilizado pela equipe técnica era analógico e, por isso, trazia algumas deficiências de análises. O equipamento em teste monta gráficos e avalia a realidade do solo a cada 2,5 ou 10 centímetros, conforme a configuração definida. As quatro primeiras unidades a receber este novo equipamento farão o uso desta tecnologia no formato de teste. Caso seja avaliado positivamente, todas as unidades devem receber o equipamento.

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COOPERSHOW 2024

Edição comemorativa aos 65 anos da Coopermota Tecnologias aplicadas em insumos, máquinas, equipamentos e outros impulsionam mudanças estruturais no campo

A

presença tecnológica instalada em equipamentos variados tem transformado o cenário do agronegócio. Cada vez mais as tecnologias aplicadas no tratamento de sementes, insumos e maquinários mudam a forma como o agricultor se relaciona com a lavoura. Com a proposta de apresentar as novidades existentes no mercado e as mudanças nele provocadas, a Coopermota realizará entre os dias 23 a 26 janeiro de 2024, a 17ª Coopershow. Trata-se da principal vitrine tecnológica para a difusão e a transferência

de conhecimento em tecnologias, que será realizada no espaço de Difusão de Tecnologia, em Cândido Mota. Será o primeiro evento de comemoração aos 65 anos da Coopermota, celebrado em maio de 2024. São esperados agricultores do Pontal do Paranapanema, Sudoeste do estado de São Paulo, Alta Paulista e Vale do Paranapanema, além de prefeitos da região, representações da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e da Câmara dos Deputados, de Brasília.

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Nos quatro dias de evento, cerca de 15 mil pessoas devem passar pelo espaço de exposição, reunindo um público essencialmente agrícola. Para as palestras e orientações técnicas, o evento conta com a participação de empresas do setor de agronegócios e órgãos de pesquisa, como IAC/APTA, EMBRAPA, APMESP, ESAP, entre outros. O lançamento será realizado no dia 23, às 9h, na tenda “Recepção Coopershow”, localizada logo na entrada do recinto. Neste local, será dado o pontapé inicial da feira, destacando a sua relevância para a agricultura. Outros três espaços oferecerão painéis de discussão sobre temas diversos e/ou palestras. Na Arena Mulher, localizada no início do corredor central da feira, serão apresentados painéis e/ou workshop, consultorias e palestras, todos os dias, com uma atividade pela manhã e outra à tarde. Os temas a serem abordados se voltam à genética no auxílio à prevenção de saúde; à estética facial e consultoria de imagem; à participação feminina no meio agrícola, seja no campo ou no escritório; ao replantio e adubação de orquídeas; à produção de bolsas a partir da reutilização de lonas de banners; à experiência feminina na implantação de E.S.G. cooperativista e ao relato de mulheres que se destacam no meio artístico agrícola regional. Já na Arena Conhecimento, estande sob responsabilidade da Universidade Corporativa Coopermota, serão realizadas as palestras centrais da Coopershow, tendo ainda neste espaço a apresentação de startups ligadas ao meio agrícola e de pesquisas desenvolvidas pela Unesp, vinculadas ao meio agrícola e outras atividades. Neste local serão apresentados painéis com vários convidados para cada tema, sempre nas manhãs da Coopershow. No período da tarde, serão realizados encontros

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técnicos organizados por entidades parceiras. As discussões a serem suscitadas na Arena Conhecimento se voltarão às tendências de mercado para soja e milho; às técnicas e orientações sobre o manejo e conservação do solo; sobre aspectos técnicos da produção de tilápias e sobre cuidados fitossanitários das lavouras. Já nos períodos vespertinos teremos, a partir do primeiro dia, as discussões sobre sucessão no campo, e respectivamente, o encontro técnico da mandioca, organizado pela Apmesp, o evento da Aspaco, com informações sobre “Cordeiro: Sistemas de produção após desmame” e o encontro técnico do amendoim, com participação do IAC e a Unidade de Negócios da Coopermota de Tupã. No Café Com Pecuarista, um local de bate-papo com produtores e especialistas localizado dentro do Quintal Coopershow, serão realizadas discussões sobre manejo básico de cordeiro e de bovinos, em parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), tendo também a abordagem ao manejo de tilápias em tanque escavado, em parceria com o Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo. A ampliação de participação de empresas expositoras segue o crescimento estrutural oferecido pela Coopermota na Coopershow. Serão aproximadamente 225 expositores, divididos nos setores agrícolas, máquinas, veículos, bancos, veterinária, animais e equipamentos. Como novidade para a 17ª edição, será oferecido o espaço Off Road Coopershow, um local para teste drive de caminhonetes e outros veículos 4x4. No espaço, as concessionárias levarão o público presente para ter a experiência de uso destes veículos em uma pista que demonstra as potencialidades dos equipamentos instalados.


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23/1 9h - Abertura oficial Local: Recepção Coopershow 10h - Palestra: Tendências de mercado para soja e milho, com Guilherme Cioccari – StoneX Local: Arena Conhecimento 10h30 - A genética no auxílio à prevenção de saúde Geneticista Gilmara Antonucci Local: Arena Mulher 14h30 - Painel sobre sucessão familiar - Desafios da sucessão: Antônio Franco - Holding: planejamento sucessório para agricultor: Anderson Montequesi - Experiência na sucessão familiar: Antonio Carlos Bonini - Produtor Moderador: Ricardo Kantack, agrônomo e pesquisador do IAC Local: Arena Conhecimento 14h30 - Tarde de consultoria em estética facial, diagnóstico de estilo, análise cromática e consultoria de imagem: Ana Clara Vasques e Natalia Piovesani. Local: Arena Mulher 16h30 - Encerramento do Rally Sucessão no Campo Local: Arena Conhecimento

24/1 9h - Painel: Um olhar para o manejo e conservação do solo - Análise do perfil do solo do ponto de vista químico: Dr. Cesar de Castro - Pesquisador da Embrapa Soja - Análise do perfil do solo do ponto de vista físico: Dr. Henrique Debiasi - Pesquisador da Embrapa Soja Moderadora: Drª Flávia Carvalho Silva Local: Arena Conhecimento 9h30 - Painel: Participação feminina no campo e no escritório - Sara Carrera: gestora de marketing da FMC - Sônia Trovo: coordenadora comercial de grãos da Coopermota - Carla Padovan Vidotti: produtora da região de Echaporã Mediadora: Vanessa Zandonade Local: Arena Mulher 14h - IV Encontro Técnico da Mandioca - Abertura - Dr. José Reynaldo Bastos da Silva - Novas cultivares de mandioca IAC para a região: Sérgio Doná (IAC) - Mandioca e derivados: conjuntura econômica para o centro-sul: Dr. Fábio Isaías Felipe (CEPEA/ESALQ/USP) - Plantio direto e produção integrada: oportunidades de ganhos de competitividade e sustentabilidade: Dr. Marco Antônio Sedrez Rangel (Embrapa) - Herbicidas registrados para a mandioca: Dr. Valdemir Antonio Peressin (IAC/APTA) - Encerramento Local: Arena Conhecimento 14h30 - Oficina de orquídeas: replantio e adubação - Associação dos Orquidófilos de Assis Local: Arena Mulher 15h - Bovinocultura de leite: manejo gado adulto (Senar) Local: Café com pecuarista


PROGRAMAÇÃO

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9h - Painel: Aspectos técnicos da produção de tilápias - Eficiência de manejo para nutrição de tilápias: Dr. Fernando Kubitza - Desafios para o controle de doenças em tilápias: Drª Fabiana Pilarski (Unesp) - Experiência de produção: João Carlos Bernardo - produtor - Startup: Benefícios da aeração automatizada. TatilFish (Londrina) Moderador: Luiz Marques Ayroza - APTA/SP Local: Arena Conhecimento

9h - Painel: Lavouras e seus cuidados fitossanitários - Plantas resistentes à Glifosato: Dr. Fernando Adegas - Embrapa - Risco de entrada do Caruru Gigante ao Estado de São Paulo: Drª Jucileia Irian dos Santos Wagatsuma Defesa Agropecuária de SP - Startup Hural (BBM tecnologia) Moderador: Anibal Andrade Local: Arena Conhecimento

10h - Oficina: Produção de bolsas a partir da reutilização de lonas de banners Local: Arena Mulher 14h30 - Encontro Técnico da ASPACO “Cordeiro: Sistemas de produção após desmame” Local: Arena Conhecimento 14h30 - Depoimento: Experiência feminina na implantação de ESG cooperativista - Roseli (Guaxupé) Local: Arena Mulher 15h - Bovinocultura de corte: manejo de gado adulto (Senar) Local: Café com pecuarista

14h30 - Painel: relato e prática de mulheres que se destacaram no mundo artístico do agro - Letícia Ribeiro (Paraguaçu Paulista) - Ieda Falchi (Cândido Mota) - Bruna Gonçalvez (Vera Cruz) Local: Arena Mulher 14h30 - Encontro técnico do amendoim Local: Arena Conhecimento 15h - Piscicultura: cultivo em tanque escavado (APTA) Local: Café com pecuarista




MEDIDAS ALTERNATIVAS

Armazenar temporariamente mas controlar adversidades Os armazenamentos denominados de Temp-Stor foram uma inovação trazida para o estado de São Paulo nesta safra

S

afra grande exige planejamento e novas estratégias. Durante o ano de 2023 foi comum ver silos bolsa instalados em diferentes armazéns de grãos de todo o estado. O volume de produção de soja e milho exigiu medidas alternativas de armazenagem para atender a demanda de toda a região. Normalmente, o fluxo de entrada e saída de grãos ajuda a liberar espaço à medida que

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ocorre a comercialização do que já está estocado e os novos grãos chegam do campo, mas em muitos casos, como ocorreu nessa última safra, isso não foi suficiente para abrir espaço para a safra de milho que se aproximava no início do segundo semestre. Durante o pico da colheita da soja, a Coopermota chegou a atingir sua capacidade máxima de recebimento. Mesmo com o aumento de


investimentos realizados para adequar a capacidade de armazenamento fixos da Coopermota nos últimos três anos, algumas alternativas para recebimento dos grãos dos cooperados foram necessárias. Isso porque, houve uma boa safra de soja no primeiro semestre e os saldos positivos da safra de milho colhidos a partir de julho, fizeram com que os silos não comportassem a demanda regional. Diante disso, silos temporários, denominados de Temp-Stor foram instalados pela Coopermota em Cândido Mota e Palmital. Tratase de uma inovação para o estado de São Paulo e com bons resultados. Os silos bolsa também foram utilizados pela cooperativa. Os Temp-Stor instalados na Coopermota são instalações com capacidade de 10 mil toneladas cada, com sistema de controle de temperatura e umidade, o que garante a qualidade dos grãos ali armazenados. Esta tecnologia o diferencia dos silos bolsas, também utilizados pela cooperativa e comuns neste ano em quase todos os armazéns de grãos. O gerente de comercialização de grãos da Coopermota, Juliano Plens, comenta que a previsão de investimento que a cooperativa vem fazendo nos últimos três anos é para armazéns fixos e o TempStor foi um investimento inesperado. “A grande safra que tomou os nossos espaços e de toda a região foi a de soja. Como vimos que caminhávamos para uma safra de milho boa, nós optamos por adquirir estes armazéns também”, explica. A soja foi transferida para o Temp-Stor enquanto o milho era recebido nos armazéns fixos. Este sistema de armazenamento temporário permite haver fluxo de ar em meio aos grãos, o que os mantém secos e com controle sobre o possível desenvolvimento de microorganismos comuns a este tipo de produto. “O sistema de aeração com pressão negativa permite monitorar a condição dos grãos, porque o ar que sai dos ventiladores já passou pela massa de grãos. O sistema de pressão negativa também ajuda a manter uma vedação hermética da cobertura em relação à pilha”, informa o fabricante do material.

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Saber a hora certa de atacar a praga M

anter-se alerta sobre as ameaças emergentes, acompanhar a presença das pragas em multirregiões e ter o manejo integrado facilitado. Tais benefícios são resultados de um monitoramento incessante e atento quando se fala em controle de pragas. Neste quesito, estar próximo da lavoura e olhar de perto tudo o que ocorre é regra para um bom resultado. Em tempo de inteligência artificial, o auxílio da tecnologia para este processo se torna cada vez mais presente e necessário no campo e no escritório agrícola. Seguindo tal contexto, a Coopermota e a FMC

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vão instalar em seis de suas unidades, armadilhas inteligentes, as quais são vinculadas a um sistema que fará o cálculo da probabilidade de um aumento de pressão de pragas na lavoura, a partir de estatísticas que permitem prever resultados futuros, tudo isso auxiliado pela inteligência artificial. A partir de dezembro as armadilhas serão instaladas em Cândido Mota, Iepê, Maracaí, Palmital, Rancharia e Santa Cruz do Rio Pardo. O sistema, denominado Arc™ Farm Intelligence, patenteado pela FMC, acompanha em tempo real o


desenvolvimento da lavoura, indicando por meio de sensores, a quantidade de insetos presentes no local. Os dados, por sua vez, são sistematizados e analisados considerando a previsão climática e a potencialidade de aumento de pressão e outros fatores relacionados ao tema. “Isso permite direcionar os produtos de proteção de cultivos exatamente onde e quando eles são necessários, para um controle mais sustentável e econômico”, afirmam os idealizadores do sistema. Trata-se de uma plataforma pioneira em predição de pragas. O DM Precision AG Sul, da FMC, Eduardo Borestain, explica que o agricultor vai instalar a armadilha em sua propriedade e tirar uma foto dos insetos capturados. A partir desta imagem enviada para o sistema já será realizada uma leitura automática da praga, o que, segundo ele, representa uma eficiência operacional muito importante para os consultores técnicos e o agricultor. “O aplicativo vai monitorar os dados e criar mapas de calor que vão identificar a pressão que a praga está exercendo naquela lavoura. Então tem as cores: verde, amarelo e vermelho. Conforme a pressão vai aumentando vai mudando a cor e o aplicativo faz a comunicação com o produtor, mandando alertas e informando, por exemplo, que

na próxima semana pode ser que aumente a pressão ou, que a pressão aumentou nesta semana”, diz. Ele acrescenta que, quando acaba a safra, todo o material é analisado para registrar como foi a pressão naquele ano e aprimorar as ações de controle para as próximas safras. Conforme Borestain, com o aplicativo em mãos, o produtor ou o consultor poderão clicar nos dados futuros e ver como que está a estimativa para a próxima semana. “A gente consegue um aumento da eficiência no monitoramento e, com isso, melhorar o manejo e o planejamento da fazenda. Você vai saber o momento certo de entrar para fazer a aplicação”, destaca.

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FUNGICIDA

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APOIO AO SUS

Maior precisão de diagnóstico de imagem A Coopermota realizou a doação de aparelho de ultrassom de alta complexidade às Santas Casas de Assis e de Cândido Mota

“A

ssim que recebemos o equipamento já colocamos ele para funcionar. Na ocasião tinha uma usuária do SUS que faria o exame na semana seguinte, mas já pedimos para ela já entrar na sala naquele momento. A análise era sobre o pâncreas e, foi graças à qualidade deste equipamento que ganhamos, que pudemos “enxergar” o órgão analisado com um diagnóstico preciso. Ela estava

acima do peso e o aparelho anterior não seria adequado para este exame”, relatou representante da equipe técnica da Santa Casa de Cândido Mota à Coopermota. No segundo semestre de 2024, a Coopermota realizou a doação de aparelhos de ultrassom de alta complexidade às Santas Casas de Misericórdia de Assis e Cândido Mota. As doações do equipamento

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fazem parte do programa “Bem-estar Coopermota na Comunidade”, baseado na contribuição da cooperativa em ações que promovam melhorias na qualidade de vida das pessoas residentes nas cidades onde atua. Durante a entrega do equipamento à Santa Casa de Assis, o presidente da Coopermota, Edson Valmir Fadel, enfatizou o prazer em fazer parte da cooperativa e poder entregar um aparelho moderno à Santa Casa. “É motivo de muita satisfação contribuir com esta instituição que tem atendido tão bem a população de Assis e de toda a região”, afirma. A doação foi comemorada por integrantes das duas Santas Casas. A provedora da instituição de Assis, a professora doutora Telma Gonçalves Carneiro Soares de Andrade, agradeceu a Deus por existirem pessoas que “realmente pensam no próximo”. Destacou a gratidão que a Santa Casa tem em relação à Coopermota, diante da parceria que esta cooperativa tem estabelecido com a entidade. “Neste momento, estendo o nosso carinho a todos os cooperados que compõem esta cooperativa. Estamos

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aqui representando a diretoria para dizer o quão significativo é este trabalho que vocês (Coopermota) fazem, que é de apoiar as instituições. Com tudo isso, fica evidente o trabalho maravilhoso de filantropia, de generosidade e de dadivosidade, que tem alcançado muitas pessoas”, enfatizou. O médico ultrassonografista de Assis, Dr. Luis Ricardo Zanotto, avalia que o recebimento do aparelho vai melhorar o atendimento e a qualidade dos exames que são realizados no local”, diz. Da mesma forma, o ultrassonografista, Dr. Carlos Chadi Jr., destaca que com a doação “a Santa Casa dá um grande passo na radiologia da instituição. Com este moderno aparelho nós reafirmamos o nosso compromisso de trazer uma medicina de excelência para cidade”, conclui. A mesma postura de gratidão foi expressa pela equipe da Santa Casa de Cândido Mota. De acordo com o provedor da Santa Casa de Cândido Mota, José Augusto, a doação da Coopermota permitiu à entidade filantrópica realizar diagnósticos de


imagem mais precisos junto aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), quando comparado ao aparelho que vinha sendo utilizado até então. “É importante a gente receber este apoio que temos da comunidade. Só conseguimos desenvolver nossas atividades graças à participação coletiva dos poderes públicos do município, de empresas e cooperativas, como a Coopermota, que está aqui conosco fazendo esta doação. Gostaria de agradecer a todos que se envolveram nesta inciativa. Que Deus os abençoe”, destaca. Na ocasião, o vice-presidente da Coopermota, Antônio de Oliveira Rocha, destacou a satisfação da cooperativa em contribuir com a saúde do município onde está situada a sua unidade matriz. Ele explicou que um dos princípios do cooperativismo incentiva a realização de ações em prol do desenvolvimento sustentado das comunidades e, comentou, que a viabilização desta doação à Santa Casa está alinhada com esta linha de atividade cooperativista. Citou que a Coopermota tem previsto no seu planejamento o envolvimento de seus membros em ações solidárias e colaborativas não só em Cândido Mota, sua cidade sede, como também em todos os municípios onde atua. Da mesma forma, o gestor da Unidade de Negócios de Cândido Mota, Marcel Saade, destacou que ao ajudar a Santa Casa de Misericórdia, ela contribui para que os benefícios de um bom atendimento de saúde se estenda não só aos seus cooperados como também à toda a comunidade.

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CADA VEZ MAIS

Energia limpa e econômica Placas de energia fotovoltaica estão instaladas em todas as unidades da Coopermota, frigorífico de pescado e Campo de Difusão de Tecnologia Agrícola; nos silos, a energia consumida vem de fontes limpas e os equipamentos fotovoltaicos também são comercializados nas lojas Coopermota

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E

m todo o Brasil, a presença de sistemas solares de geração de energia fotovoltaica em telhados, fachadas e pequenos terrenos supera a marca de 2 milhões de unidades. Os dados são fornecidos pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em publicação realizada em junho deste ano. A produção mencionada chega os 22 gigawatts de potência instalada, superando a geração da fonte eólica (impulsionada pelo vento). Seguindo esta tendência econômica e de preocupação ambiental, a Coopermota vem associando ao seu crescimento, algumas práticas que garantem a sustentabilidade de suas ações, não em aspectos financeiros, como também em atitudes de conscientização quanto aos impactos ambientais. Todas as suas Unidades de Negócios e Frigorífico de Pescados são alimentado por energia fotovoltaica e, no Campo de Difusão de Tecnologia Agrícola, uma usina solar é utilizada como apoio na produção desta energia, injetando ainda mais energia para o sistema como um todo. Já nos silos, o comércio de energia livre garante energia limpa para o funcionamento de todas as estruturas de secagem e armazenamento de grãos. Cerca de 2 mil placas estão em funcionamento nas estruturas da Coopermota, o que confere uma potência instalada para a geração de 1,1 megawatts. No quesito de redução de emissão de gases de carbono, foram 64,19 mil toneladas de CO² que deixaram de ser emitidas na atmosfera a partir do uso das placas fotovoltaicas, o que equivale ao plantio de 12.757 árvores. Desde o ano de 2019, a cooperativa atua no comércio livre de energia para atender a demanda de suas unidades armazenadoras de grãos. Esta prática faz com que a cooperativa esteja inserida entre as empresas que contribuem para as metas ambientais da ONU. Em um ano, a cooperativa evitou que 136,19 toneladas de CO² fossem lançadas na atmosfera, ao utilizar esta fonte de energia para suprir o seu consumo em algumas das suas localidades em que há alto consumo. Esta redução de emissão equivale ao plantio de um total de 62.638 árvores, necessárias para neutralizar o impacto deste gás na atmosfera.

Este sistema vem sendo adotado nos silos I e II de Cândido Mota, Palmital, Ipaussu, Maracaí e Fábrica de Ração. Por meio deste sistema, foram adquiridos quase 3 mil megawatts em 2022. A redução da emissão de gases obtida a partir dos dois sistemas totaliza quase 380 mil toneladas de CO², equivalente a mais de 62,5 mil árvores, que seriam necessárias para a neutralização dos efeitos deste gás. Este empenho na busca por meios energéticos limpos voltados ao desenvolvimento de suas ações ganhou reconhecimento pelo terceiro ano consecutivo, em 2023, mediante a certificação de “Uso de energia 100% renovável e de redução de CO²”. A iniciativa é concedida às empresas que utilizam o Comércio Livre de Energia, adquirindo sua demanda de quilowatts diretamente de empresas que se utilizam de fontes 100% limpas e renováveis. Vale destacar que o cálculo de redução do CO² está baseado no inventário de emissão de gases de efeito estufa publicado em 31/12/2021, de acordo com a norma ABNT em vigor. Já os números apresentados sobre a quantidade de árvores que deixaram de ser cortadas levam em consideração a estimativa de que a cada sete árvores é possível sequestrar uma tonelada de carbono em seus primeiros 20 anos de vida. Esta média é utilizada para determinar a quantidade de árvores necessárias para neutralizar os Gases do efeito Estufa (GEE). Além dos benefícios ambientais e de eficiência energética para a realização dos processos que se utilizam desta demanda, a cooperativa também obtém vantagens econômicas, mediante a redução de custo em torno de 85% sobre o valor gasto no sistema convencional de energia. Tais benefícios são repassados indiretamente ao cooperado. A cooperativa também interferiu diretamente na promoção de redução de emissões de gases a partir da intermediação de instalações de equipamentos solares junto a seus cooperados. Foram aproximadamente 20 projetos com instalações concluídas em diferentes cidades, os quais promoveram a redução de mais de 78,68 mil toneladas na atmosfera, com a equivalência de mais de 72 mil árvores que deveriam ser plantadas como neutralizadores do efeito deste gás.

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abril I maio I junho I julho 2023

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PESQUISA DO IAC

Oito razões para plantar amendoim direto na palha “A palha é um ativo do produtor e deve ser preservada”, recomenda o pesquisador

P

ara o agricultor que ainda precisa ser convencido a plantar o amendoim na palha, aqui vão oito benefícios que justificam – e muito – a adoção da prática do Plantio Direto na Palha, que nada mais é do que semear o amendoim sobre a palha da cultura anterior, preferencialmente sobre plantas de cobertura. Dentre os ganhos estão: redução de custos, de infestação de pragas e doenças, da erosão e das aflatoxinas, que impedem o consumo do grão, aumento da tolerância à seca, preservação da matéria

orgânica do solo, além de favorecer as certificações e o arrendamento de terras. Essas constatações resultam de estudos realizados no Instituto Agronômico (IACApta) envolvendo agricultura conservacionista nos últimos 23 anos. A técnica resulta em redução nos custos de produção estimada entre 10% e 20% devido ao menor consumo de diesel. A palhada contribui para reduzir a infestação de algumas pragas, doenças e plantas daninhas e diminui a incidência e a severidade de

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doenças ocasionadas por vírus. “O sistema diminui a dispersão do vetor e pode diminuir a incidência da pinta preta, doença que causa a desfolha da planta e pode derrubar a produção em 50%”, afirma Denizart Bolonhezi, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A conservação do solo é outro benefício de grande relevância. A semeadura na palha reduz em 90% as perdas de solo! Isso porque esse sistema diminui a erosão justamente por não deixar o solo desprotegido, sob a ação direta de águas da chuva. “Sem a palhada, para cada 1,0 kg de amendoim produzido, estimamse perdas de 5,0 kg de terra por erosão”, explica. Para Bolonhezi, a redução de custos e a redução da erosão são dois ganhos de grande impacto. O aumento da tolerância à seca e às adversidades climáticas é o terceiro benefício com o plantio do amendoim na palha. “A cultura amplia a resiliência tanto na seca quanto nos períodos de intensa chuva”, diz.

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A redução do efeito da seca proporcionada pela palhada traz o quarto benefício desse método: a redução das aflatoxinas, substâncias que impedem o consumo do amendoim e afetam as exportações do grão. Isso ocorre porque a seca na pré-colheita favorece a ação do fungo produtor das aflatoxinas, chamado Aspergillus flavus. “A presença da palhada reduz o efeito da seca, mantém maior biodiversidade e, por consequência, diminui a ação desse fungo no solo”, esclarece. Além disso reduz trincas nas cascas das vagens, que são portas de entrada do fungo. A adoção do Plantio Direto na Palha ainda favorece o arrendamento de terras – o quinto benefício. Isso ocorre porque o produtor de amendoim que não adota o sistema é preterido pelas usinas, que preferem não preparar o solo de forma intensiva. Essas empresas então optam por arrendar com sojicultores, que acabam tendo maior facilidade em negociar com as usinas.


Segundo o cientista, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a semeadura direta já é realidade para soja, milho e algodão. “Inserir o amendoim nesses novos arranjos produtivos demandará saber produzir palhada - insumo farto e disponível nas áreas de reforma de cana”, considera. O pesquisador esclarece que a busca por arrendamentos de terras em outros estados se deve mais à mudança na escala de produção de uma parcela dos produtores, que necessitam de áreas maiores. Nessas novas regiões, a semeadura direta será importante pois já é realidade para outras culturas, como soja e amendoim. “Os produtores paulistas devem ficar atentos, pois a grande vantagem da parceria com a reforma de canaviais é o vazio sanitário que a cana proporciona (5 a 7 anos sem outra cultura na área). Isso não ocorre em outros arranjos produtivos, demandando maior atenção, pois anos sucessivos de cultivo de amendoim podem inviabilizar a atividade em decorrência do potencial biótico de pragas e doenças”, explica. A palhada também preserva a matéria orgânica do solo, que contribui para aumentar a quantidade de elementos químicos disponíveis para reter nutrientes e água. Essa técnica também favorece a atividade de microrganismos no solo. “O amendoim é nativo da América do Sul e evoluiu com a biota presente no solo. Há uma tendência de uso de bioinsumos que são favorecidos pela palhada”, comenta. Segundo Bolonhezi, boa parte da produção nacional de amendoim, que tem sua concentração no estado de São Paulo, segue para exportação e o plantio na palha favorece as certificações e adequações dos exportadores às normas ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance, ou em português, Ambientais, Sociais e de Governança). Esse padrão beneficia também quanto a CBIOs (créditos de descarbonização). Orientações com embasamento científico Essas recomendações resultam do conhecimento técnico-científico produzido no IAC desde o final da década de 1990. Entre 2014 e 2019, Bolonhezi teve um projeto financiado pelo CNPQ e pela Fundação Agrisus, além de apoios de algumas cooperativas. Naquele período foram conduzidos sete experimentos e realizados cinco dias de campo com o objetivo de transferir tecnologias. “Esses eventos foram indutores para que os produtores participantes adquirissem equipamentos que favoreceram a adoção do sistema, os quais impactam a arrecadação de ICMS no estado de São Paulo”, relata o pesquisador. “De forma geral, cada R$ 1,00 recebido pelas ações de pesquisa resultou em R$ 7,00 de arrecadação de imposto para o estado de São Paulo. Imagine se houver uma política organizada e articulada com nosso trabalho, quanto poderemos impactar a economia paulista com uma prática sustentável do ponto de vista ambiental e econômico”, ressalta.

Por Carla Gomes (MTb 281560) Jornalista científica e assessora de comunicação IAC

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T A M I A N P E A M A D A M A S A A A S L A A A P A S A A I E C A T A A A A O A T A I C N A E A L E I T Ã O M A M L S P A A P T A M A A A Ã T N A A B M P A P A T D A T D P A P A S N D O I P O R C O I D A E S I D A L P H A A O P A A U A E I A H T A C A B O A Ç Ã L A A C A A L P A A D A I A C N A O A L A I T H A A I A C A E C O A I A R A A N N A R A A Ã A P R O A S T H T I A H H P A B S B A A A N M A N A M A A O O A A M A A A A A R B L A B A B T A C O A A A N T A B C I S A B I S T E C A P H A H A A D D C A H A R I A E A E A D A A A D L A E O I D N S D A T A A R S A M T P O A C A A A D A T O R R E S M O A A B A A A E B A A B A R I A M A I A R L A P Ã O A T C A A H A A C A E C N A A E R A D A D M A N A M L H A M A I N R N R A R T R A D A M A Ç M A D H R N I A E B A A E T A L A R P R A P A I L M P A N C E T A A Ã A N A T Ç A L D A O A B E A P I A O R A M H Ã S A C A R B H A A R A B Ã A L D A O D A E A A D A A E A D A Ç A A A I PA L AV R A S : B A CO N , B A N H A , B I S T E C A , L E I TÃ O, LO M B O, PA N C E TA , P E R N I L , P O R CO, TO R R E S M O E TO U C I N H O.

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A linha de produtos Candú vai aumentar! Você consegue adivinhar qual será a novidade? <<< As dicas estão no caça-palavras ao lado.


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Agritechs promovem a revolução no campo em parceria com o cooperativismo Cooperativas se aliam a startups voltadas ao agronegócio para inovar e modernizar a produção

O

agronegócio brasileiro está entre os maiores do mundo. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do Brasil passou de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões. Isso coloca o Brasil atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Nesse contexto, as agritechs atuam como motor da inovação e produtividade. Em 2022, cerca de um quarto do PIB nacional teve origem no agronegócio, conforme indica estudo do Cepea Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Isso faz do setor, mais uma vez, um dos principais motores da economia nacional. Esse cenário mostra como o agronegócio brasileiro é gigante e extremamente relevante. Com uma rede ampla e complexa de atores. Diante do crescimento expressivo na demanda mundial por alimentos, o setor se viu na necessidade de inovar ao adotar soluções tecnológicas para obter eficiência produtiva e manter a competitividade. Nos últimos anos, a transformação digital chegou ao agronegócio. Esse movimento ficou conhecido como Agricultura 4.0, potencializando a capacidade produtiva do setor através de tecnologias que modernizam o campo e otimizam a produção e a gestão agrícola. Isso, então, ajuda o produtor a se manter competitivo no mercado. Mas não só isso. A transformação digital no campo surge também a partir das demandas sociais e ambientais, tornando imprescindível a adoção de tecnologias inovadoras, a fim de ser

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ambientalmente sustentável. Além disso, o setor está intrinsecamente ligado à questão da segurança alimentar e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em meio à onda de transformação digital no campo e às demandas sociais ambientais, surgiram novas startups agros chamadas de agritechs, startups voltadas para o agronegócio. O termo é um acrônimo de “tecnologia agrícola” em inglês. Através da aplicação de novas tecnologias em diferentes etapas da produção agrícola, essas empresas atuam em diversas soluções inovadoras para o campo, buscando a produtividade e sustentabilidade. Da necessidade de conquistar crédito, à criação de ferramentas de gestão, combate às pragas, de monitoramento ambiental, entre outras, as agritechs buscam responder aos desafios econômicos, sociais e ambientais. Por isso, as agritechs são tão importantes para a inovação no agronegócio. Diante das novas exigências do mercado, o agronegócio não pode ignorar as questões ambientais e sociais. Temse, portanto, nas agritechs, a principal fonte de transformação digital que considera práticas alinhadas à agenda ESG (Environmental, Social and Governance), por exemplo. As novas tecnologias no campo A aplicação de tecnologias no campo abrange um cenário amplo. De acordo com uma pesquisa conjunta da Embrapa, Sebrae e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 84% dos agricultores brasileiros já usam ao menos uma solução digital para apoiar a produção agrícola. Entre as soluções tecnológicas utilizadas pelas agritechs, estão o uso dos avanços na robótica, na conexão 4G/5G, e o uso da Inteligência Artificial e de drones.

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• Inteligência Artificial: a IA é importante para a realização de mapeamentos e análises precisas, gerando previsibilidade e, consequentemente, a redução de custos. Além disso, junto com o desenvolvimento da robótica, permite criar maquinários autônomos. • Robótica: o desenvolvimento da robótica e da IA permite criar robôs sofisticados, com autonomia para entenderem o contexto apresentado e tomar decisões independentes, ajudando em operações automatizadas, como colheita, poda, capina, separação e processamento de produtos agrícolas primários. • 4G/5G: em um cenário de IoT - Internet das Coisas, a integração de tecnologias e dados em tempo real torna-se imprescindível. A conexão 4G e, mais especificamente, a 5G permitem que essa troca de informações seja mais efetiva, facilitando a operação com equipamento como drones, por exemplo. • Drones: através do uso de sensores e softwares de processamento de imagens, a utilização de drones em áreas agrícolas traz vantagens em todas as etapas da produção. É possível realizar demarcações de áreas e detectar falhas no plantio, monitorar o desenvolvimento da lavoura, identificar pragas e dessa forma reduzir custos de pulverização com o aumento na eficiência das aplicações, e até mesmo utilizar da ferramenta como um pulverizador, alcançando áreas de difícil acesso e garantindo que não haverá perdas por pisoteio de maquinário. PUBLICADO ORIGINALMENTE EM MAIO DE 2023 NO SITE DA INOVACOOP https://inova.coop.br/blog/agritechs-promovema-revolucao-no-campo-em-parceria-com-ocooperativismo-aec0ad1e18d6


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