Revista Abranet . 27

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TECNOLOGIA

FTTH explode na

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Roberta Prescott

América Latina

A fibra ótica tem sido o elemento de transformação da infraestrutura de redes no Brasil. Dados da Anatel mostram que, hoje, há 9.486 empresas de SCM em atividade. Para a Abranet, é hora de buscar a profissionalização dos negócios.

O ano de 2018 foi de consolidação da FTTH (fiber-tothe-home, ou fibra para o lar) na América Latina; os operadores adotaram massivamente a fibra ótica como tecnologia para a plataforma de ultra banda larga. Números apresentados por Eduardo Jedruch, presidente da Fiber Broadband Association para a América Latina, durante o Fiber Connect Latam 2019, realizado em março, em São Paulo, apontam que Brasil e México respondem por 70% do mercado de FTTH, enquanto na Argentina o mercado ainda está decolando. Jedruch enfatizou que as operadoras estão levando a transformação de infraestrutura de maneira eficiente, com

o desenvolvimento da fibra ótica. “A região segue sendo emergente em FTTH, a penetração melhorou muito, mas ainda há muito a fazer, e as previsões de crescimento são muito boas. No entanto, para manter estes níveis de crescimento, são necessários aspectos regulatórios, novas arquiteturas e tecnologias”, disse. No Brasil, quase 20% dos acessos de banda larga fixa são feitos por meio de fibra ótica, segundo estudo recente divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ainda que cabos metálicos (41,9% de market share em 2018) e cabos coaxiais (30,6%) liderem como tecnologias mais usadas, a fibra está, desde 2016, em franco crescimento

Desafios dos pequenos prestadores de SCM Um dos responsáveis pela expansão da fibra ótica no Brasil têm sido os pequenos prestadores de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). No entanto, as pequenas e médias operadoras de telecomunicações enfrentam vários desafios, envolvendo desde questões administrativas até regulatórias e burocráticas. De acordo com o atual vice-presidente da Abranet, Eduardo Parajo, 2018 encerrou com mais de 9 mil pequenas/médias operadoras. “Temos um mercado bastante carente e, por isto, os pequenos operadores cresceram. Eles começaram de forma muito simples. Por isto, destaco a necessidade desse pessoal buscar a profissionalização das empresas”, ressaltou. Há desafios relacionados tanto à profissionalização, seja administrativa, financeira, contábil ou técnica, quanto às

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abranet.org.br abril / maio / junho 2019

questões regulatórias. “Temos um excesso de obrigações, de burocracia, de complexidade dos processos e fiscalização. Há necessidade de desregulamentação, porque as obrigações são desproporcionais comparadas ao tamanho das empresas. Uma multinacional tem as mesmas obrigações que uma pequena”, disse Parajo. A diminuição da quantidade de regulação necessária para as empresas não é pleito apenas dos pequenos prestadores, mas do mercado todo, lembrou Parajo. Outro ponto levantado pelo vice-presidente da Abranet está relacionado à tributação. “A carga tributária é alta e complexa. São 5 mil normas tributárias. Há necessidade de reforma tributária, porque precisamos de um ambiente mais favorável aos empreende-


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