Revista Carruagem - Trabalho de Conclusão de Curso, por Cleydson e Fernanda

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Edição Nº 1, ano 2016

A revista da mulher que dirige

ou pretende dirigir

MULHER AO VOLANTE, CONFIANÇA CONSTANTE! Quem disse que mulher não sabe pilotar carro? Elas pilotam sim e até fazem disso a sua profissão

ASSUMINDO O VOLANTE

Em Sergipe, cresce o número de mulheres habilitadas 1

SEGURO DE CARRO

MULHER NA OFICINA

Tire suas principais dúvidas sobre como fazer o melhor seguro para o seu automóvel

O espaço dito dos homens, ganha um toque feminino


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Sumário Seções 5 | Editorial 6 | Páginas da Vida 11 | Colunista 14 | Perfil Profissional 18 | Direto da Oficina 21 | No Automobilismo 23 | Pegando a Estrada 24 | Ensaio Fotográfico Reportagens 8 | Carro grande ou pequeno? Qual o modelo que as mulheres preferem? 16 | Seguro do carro, por que fazê-lo? Especial 12 | Mulher ao volante, confiança constante!

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EDITORIAL

R

evista de moda, beleza, culinária, dicas do lar, novelas. Quando se fala em revista feminina vários são os títulos para abordar esses e outros assuntos considerados de mulher. Conforme o passar dos anos, a mulher foi mudando seus comportamentos perante a sociedade. Um desses fenômenos é a relação da mulher com o carro, que está cada vez maior. Mas não foram criadas revistas para abordar o tema. Os títulos existentes são voltados para os homens, como se automóvel fosse apenas assunto de homem. Percebendo essa falha, surgiu a ideia de criar uma revista automotiva para o público feminino. Foi assim que nasceu a Carruagem, a revista para as mulheres que dirigem ou pretendem dirigir. Mas por que Carruagem? O nome foi escolhido por ser um veículo que servia como o transporte da elegância na época antiga, antes da própria existência do automóvel. Era a partir das carruagens que as mulheres de classe média e alta exibiam sua elegância e charme para a sociedade. Porém, a mulher inverteu esse papel, ela mesma é que guia o seu destino, a mulher sai do banco traseiro e passa a ser a “motorista”, agora não mais com uma carruagem, mas com o automóvel, o “carro ágil”. E a revista veio suprir essa falta no mercado, para mostrar que carro é assunto de mulher sim. Basta pegar as estatísticas sobre habilitação para perceber o aumento no número de mulheres que estão conseguindo a CNH, em diferentes faixas etárias. E estão dirigindo com propriedade. O que

faz com que aquela frase “mulher no volante perigo constante” não caber nos dias atuais (pelo menos de forma generalizada). O número de mulheres comprando o carro próprio é também um fato a ser considerado. Não é à toa que as fabricantes estão de olho nesse fenômeno na hora de planejar os novos modelos. Outro ponto relevante é que, para muitas delas, dirigir tornou-se mais que diversão ou necessidade, virou profissão. São motoristas de ônibus, vans escolares, táxi, caminhoneiras, moto girls. Espaços que por muito tempo foram considerados apenas de homens. Foram! Hoje é cada vez mais comum a presença delas, competentes tanto quanto eles. E quem disse que lugar de mulher é na cozinha? Nada disso! Lugar de mulher é onde ela quiser, é onde ela sinta-se bem e feliz. Quem disse que ela pilota só fogão?! Não, não e não! Mulher pilota moto, carro, van, ônibus, caminhão. E pilotam muito bem. Carruagem vem ser a amiga da mulher que fala sobre esse mundo automotivo cada vez mais conquistado pelas mulheres. Carruagem quer conversar com as mulheres sobre sua relação com o automóvel, por meio de histórias, dúvidas, conquistas, fotos e fatos. Mais que isso, quer ser um espaço de troca de ideias da revista com a mulher, da mulher com a revista e de mulher para mulher.

Fernanda Sales Diretora de Redação

EXPEDIENTE Fundadores:

Revista criada pelos alunos Cleydson Santos de Lima e Fernanda Sales Silva do curso de Comunicação Social – hab. em Jornalismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS) como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Design e Diagramação:

Diretores de Redação:

Revisão:

Cleydson Santos e Fernanda Sales

Cleydson Santos e Fernanda Sales

Reportagens:

Colaboradores:

Cleydson Santos e Fernanda Sales

Mônica Santana e Alysson Prado

Fotografias:

Impressão:

Cleydson Santos e Fernanda Sales

Thainá Carline

Orientadora:

Michele da Silva Tavares

Casa Digital

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Páginas da Vida

Assumindo o volante

Em Sergipe, cresce o número de mulheres habilitadas. Cada uma delas tem o seu motivo para tirar a CNH

Por Fernanda Sales

A

Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também foi uma conquista para as mulheres. A primeira mulher a tirar a CNH no Brasil foi Maria José Pereira Barboza Lima, em 1932. De lá para cá, muitas outras mulheres tiveram seus motivos pessoais ou profissionais para correr atrás de aprender a dirigir e comprar seu primeiro carro com a habilitação na mão. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe (Detran-SE), em 2015, dos 233.487 condutores cadastrados em Aracaju, 80.922 são do sexo feminino. De acordo com a gerente de Habilitação do Detran-SE, Elisângela Santos, há aumento de mulheres tirando habilitação. E dentre as categorias, a habilitação B (a de carro), é a mais procurada por elas, enquanto que os homens preferem tirar a habilitação AB, que autoriza dirigir tanto a moto como o carro. Quanto a faixa etária feminina, a predominante para iniciar a retirada da CNH é entre 25 e 39 anos. “Apesar dessa predominância por idade, independente da faixa etária, houve um aumento muito grande de mulheres buscando tirar a habilitação. O que mais predomina é a independência que as mulheres têm com carro, de poder fazer o que quiser, ir para onde quiser sem depender de um pai, do esposo ou do irmão”, destaca Elisângela Santos. Os motivos que levam a mulher a buscar uma CNH são os mais variados possíveis. Confira alguns depoimentos recolhidos por Carruagem:

Tereza Cristina Moraes Maynard, 50 anos Bióloga Aracaju – SE

Tirei a carteira de motorista logo que completei 18 anos, gosto muito de dirigir, não fico dependendo de ninguém para me deslocar! Meu pai negociava com automóvel e ganhei um Chevette, em 1984, lembro como hoje...Fazia faculdade!! Dava muita carona aos colegas da UFS, parava no ponto do ônibus da Av. Barão de Maruim e levava meus colegas com frequência! Hoje continuo dirigindo e infelizmente, encarando grandes congestionamentos para chegar em casa, o que com meu Chevette, naquela época, o trânsito era mais tranquilo, pois o número de automóveis era mais reduzido.... Tempos bons!!! Torço para a melhoria do transporte coletivo em nosso país, para que possamos usufruir de melhor qualidade de vida!

Há três anos o meus pais me incentivaram a ter a minha CNH. Criei muitas expectativas, mas não tive uma experiência muito boa durante as minhas aulas práticas, pois o meu instrutor não tinha habilidade e paciência suficientes para me ensinar a dirigir. Muitas pessoas já chegam na autoescola com alguma experiência, mas acho importante que os instrutores saibam lidar com todos os tipos de alunos, principalmente os que nunca dirigiram ou que já sofreram algum problema no trânsito e precisaram entrar na autoescola novamente para superá-lo.

Thainá Carline, 22 anos Designer Aracaju-SE

Tirei minha habilitação aos 18 anos, mais por insistência do meu pai, que já sabia que isso iria me ajudar muito no dia a dia, que por vontade própria. Ter uma CNH e um carro, que ganhei no mesmo ano que fui habilitada, facilitou muito minha vida porque eu estudava em duas faculdades e nunca conseguia chegar nos horários das aulas e almoçar, além de me dar uma maior autonomia no momento de lazer, já que não dependo de ninguém caso queira voltar para casa ou ir em algum lugar diferente. Dirigir tem suas vantagens, claro, as já citadas são apenas algumas delas, mas também tem muito estresse, por isso só o faço por necessidade, já que enfrentar trânsito e pessoas incosequentes são esforços diários de auto controle que podem acabar com qualquer bom humor.

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Letícia Lobão Curvêlo, 21 anos Estudante Universitária Aracaju-SE

Adriana Matos, 36 anos Autônoma Aracaju-SE

Decidimos que por necessidade de me deslocar com meus filhos, principalmente em necessidades médicas pelo fato do meu esposo trabalhar viajando, eu tinha que ter a CNH. Tive total apoio do esposo e família. Gosto de dirigir, mas só faço isso em uma grande necessidade, até porque meu esposo precisa mais do carro do que eu e por termos um trânsito caótico, gasolina cara e a falta de vagas em estacionamentos, muitas vezes opto pelo transporte público. Mas é muito prazeroso dirigir e ter a sensação de liberdade.


Cícera Márcia Ribeiro, 44 anos Professora Aracaju – SE

Foto: Arquivo Pessoal

Decidir tirar minha habilitação depois do nascimento dos gêmeos. A família cresceu, já não conseguia carona com familiares e amigos. O número de pessoas já era grande e o táxi saía muito caro porque a necessidade era constante. As idas ao pediatra e laboratórios surgiam. Minha filha mais velha, quando pequena, era doentinha. Certo dia, sai com meu irmão. Em dois dias pesquisei e cheguei em casa motorizada. Meu marido quase enfartou, reclamou, me chamou de louca, mas aceitou. Não teve jeito, era só o que restava (risos). Sou habilitada desde 2004. Dirijo porque tenho minhas necessidades, mas tenho o maior prazer em está no volante, se for BR amo mais ainda. Nesses anos possuímos 5 carros sendo os 3 últimos 0km. Considero o carro o rei da casa, pois ainda hoje ele facilita a vida de todos os membros da família de cinco pessoas, seja trabalho, escola, faculdade, passeio, consultas médicas, supermercado. Não me vejo sem ele. Meu carro são meus braços, minhas pernas, tudo na minha vida e na vida da minha família.

Foto: Arquivo Pessoal

Alexandra Brito, 47 anos Jornalista Aracaju – SE

Uma das coisas que eu coloquei na minha cabeça é que eu só ia aprender a dirigir quando eu tivesse um carro. Meu primeiro carro foi um fusca e sou louca por fusca até hoje. Eu tinha 28 anos quando tirei a minha CNH, dei muito ‘amação’ no fusca enquanto aprendia a dirigir. Eu pensei em tirar a carteira de habilitação porque ter um carro ia facilitar muito a minha vida, tanto para o trabalho como para dar assistência a minha mãe, levando ao médico e supermercado. E também para me dar uma maior liberdade com meu esposo, pois nós dividimos a atenção a nossa filha, enquanto eu levo ela para a escola, ele leva para as aulas de inglês e outras atividades. Confesso que não gosto muito de dirigi, não sou fanática, mas o carro é uma necessidade e me dar a sensação de liberdade, pois não preciso depender de ninguém. Uma curiosidade que me marcou muito é que num dia de muita chuva, as ruas alagadas, depois de muita luta e esforço, consegui chegar em casa com meu fusca.

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Carro grande ou pequeno? Qual o modelo que as mulheres preferem?

“M

ulher gosta de carro pequeno!” Quem nunca ouviu essa máxima, que dê a primeira buzinada. De fato, os carros pequenos têm uma certa preferência das mulheres. Mas isso não é uma regra. Nos dias de hoje, os modelos que agradam as mulheres são os mais variados possíveis. Hatch, SUVs, Sedãs, motos. Cada uma escolhe o seu. Carruagem quis saber o porque dessa escolha: Por Cleydson Santos

Marina Lopes, 28 anos

Foto: Arquivo Pessoal

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Foto: Arquivo Pessoal

Nunca fui apaixonada por carros, e se me perguntar marcas de montadoras e nomes de veículos eu com certeza não vou saber. Mas depois que aprendi a dirigir, passei a ter o maior amor pelo meu carro. Pra mim ele representa muita liberdade e independência, e não tem coisa mais prazerosa que isso. Hoje estou no meu segundo veículo, um Ford Ka vermelho (sempre sonhei em ter um carro dessa cor!), e sou cheia de ciúmes com ele. Não permito, por exemplo, que ninguém entre comendo ou bebendo nada, não compro peixe nem qualquer coisa que possa deixar cheiro forte nele, e nem estaciono embaixo de árvores – as aves são cruéis com os carros. E tudo isso vale para mim também! Até para voltar da academia eu tenho um ritual. Espero meia hora após o treino e forro o banco com uma toalha, para garantir que não vai ter suor no meu banco. Para mim, meu carro é mais que um bem. É uma companhia! E se tem uma coisa que me realiza e me satisfaz é dirigir meu carro cantando minhas músicas favoritas bem alto. Só nós dois!

Irma Guanabara, 39 anos

Carro grande é carro de homem! Esse sempre foi meu pensamento na hora de escolher um modelo de carro. Seguindo esse conceito, comprei meu Ford Ka em 2007, que depois foi trocado por um Palio em 2009, e por fim veio o Peugeot 207, em 2012. O dia a dia da mulher é muito agitado, a gente não pode perder tempo procurando aquela vaga grande para estacionar nos mais diversos lugares que temos que percorrer diariamente (trabalho, escola das crianças, cursinho, mercado, padaria, etc). Além disso, em tempos de crise, o veículo menor também trás o benefício de um consumo mais baixo de combustível. Meu marido tem um carro maior, um Jetta, mas eu só utilizo o carro dele em último caso. Pode parecer loucura trocar um Jetta por um 207, não é? Mas eu sou louca por meu Peugeot... Sinto-me muito mais segura quando estou dirigindo o meu carro. Sem falar no charme peculiar de um carro vermelho. Meu 207 vermelho é o “poder”!


Monique Costa, 30 anos

Foto: Arquivo Pessoal

Dividia o carro com meu esposo, já não aguentava mais essa tal ‘divisão de bens’, junto aos estresses diários em um aguardar o outro nas necessidades e obrigações, até que decidimos comprar o meu carro e sanar com esses problemas. Nos apertamos sim, já que a minha ideia era comprar algo que se parecesse comigo. E não é que conseguimos encontrar? O meu fiat 500, conhecido por ‘cinquecento’ não é apenas do meu agrado, como é um modelo que todos me identificam por ele. Na minha opinião, carro tem que ser assim, inteligar-se com seu jeito, estilo e personalidade. Me batizaram até como ‘Penélope Charmosa’... rsrs..eu adorei!! Enfim, há quase dois anos, sou muito satisfeita com a minha escolha e não me vejo sem o meu charmoso ‘carro de boneca’. A única alteração que fiz, foi plotar o teto na cor vinho, já que gosto muito e deu mais um complemento no pequeno notável.

Sentimento de liberdade. É assim que defino a escolha pela moto, que além de ser mais econômica e prática, deve-se ter atenção redobrada. Comprei minha moto com o suor do meu trabalho, e mesmo quando eu puder ter um automóvel, não me desfarei dela, pois é uma paixão. Tenho espírito aventureiro e ela é meu xodó. Gosto de moto alta e, por isso, comprei a Bros 150, preta, pois combina mais com meu estilo.

Foto: Arquivo Pessoal

Daniela Cabral, 31 anos

Bianca Natália, 32 anos

Ter um automóvel facilita muito na realização de tarefas e compromissos do dia a dia. Sem o carro, em algumas ocasiões seria impossível chegar a tempo. Já tive carro hatch, mas atualmente uso um sedã, o Cobalt (GM). Fiz o teste drive na época da compra e me apaixonei pelo incrível espaço interno, o enorme bagageiro, o silêncio com os vidros fechados e as conexões de mídia (pen drive, celular, etc). O espaço também é muito vantajoso em viagens com a família. Tenho parentes idosos e também prezo por seu conforto. Particularmente não gosto de enfeites. Cílios (rsrs), adesivos, bonecos... Nada. Também não gosto de aromas artificiais. Prefiro não ingerir ou manter alimentos no veículo para que ele fique com cheiro de “nada” mesmo. Confesso que meu marido é mais ligado na questão do “timing” da lavagem. Ele que leva para lavar. Em resumo, estou muito satisfeita com meu (nosso) carro.

Patrícia Ribeiro Rocha, 44 anos

Dirijo há mais de 22 anos. Carro para mim, além de ser uma necessidade básica, é uma das melhores terapias. Sempre tive curiosidades de conhecer os lançamentos de carros. Já dirigi do fusca ao SW4 e Pajero, todos com seu encanto e peculiaridade, obviamente. Hoje, na minha casa, temos duas categorias de carro: um Sedã e outro SUV. Se me perguntar qual dos dois gosto mais, certamente me deixaria em dúvida, porém, o carro mais alto, grande, é o que me dar uma sensação maior de estabilidade, conforto, requinte e por que não ousadia? (risos) Dirigir para mim é uma arte de aprender a conviver com as diversidades, emoções e surpresas. Ah! Também dirijo o Cerato e o IX35.

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NA ESTRADA DA HISTÓRIA

Por Cleydson Santos

O

Foto: Divulgação

1891 Santos Dumont traz o primeiro carro ao Brasil, um Peugeot.

Foto: Divulgação

1908 O norte-americano Henry Ford lança o Ford T. Em 25 anos de fabricação, o modelo de Ford alcançou a marca de 16 milhões de unidades vendidas. Também em 1908, o engenheiro Cláudio Bonadei construiu o primeiro carro do Brasil, usando peças de segunda mão.

1936 O Fusca é criado na Alemanha. Pequeno, simpático e mais barato, o 10

1976 As Crises do petróleo na década de 1970, mudaram o cenário automotivo. Carros menores e novas fontes de combustíveis foram desenvolvidas. A Fiat foi a pioneira com um modelo movido a álcool, o 147. 1991 O Fiat Uno Mille inaugura a era do carro popular. Com o modelo, a montadora italiana atinge a liderança de vendas. 1997 A Ford lança o Ka. O modelo indica a tendência de carros menores que os populares para serem utilizados nas

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

1958 O Fusca começa a ser produzido no Brasil. Sua produção é interrompida em 1986, retomada em 1993 e em 1996 foi encerrada de forma definitiva.

1999 O New Beetle é apresentado pela Volkswagen numa tentativa de mexer com o mercado. O veículo, chamado de novo Fusca, virou mania nos Estados Unidos.

2002 O designretrô tornou-se o principal atrativo da primeira década dos anos 2000, modelos como a versão 2002 do Ford Thunderbird e o Mercedes SLR Mclaren representam bem esta tendência. Foto: Divulgação

1886 Gottlieb Daimler criou um motor com maior potência e o adaptou em uma carroça com quatro rodas.

1940 A partir desta década, o design dos automóveis passaram por uma profunda transformação. O teto rígido passou a ser adorado pela maioria dos fabricantes e os para-lamas se uniram à lataria.

grandes cidades.

2008 As novas leis de emissões mais uma vez obrigaram o setor automotivo a apertar os cintos, fabricantes americanos como a Tesla e a Fisker apresentam modelos movidos a energia elétrica e motores plug-in com tecnologias híbridas de combustão e eletricidade. Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

1885 Carl Benz criou um motor movido a gasolina e o instalou na parte de trás de um triciclo, sendo considerado o primeiro automóvel do mundo.

carro da Volkswagen conquistou milhões de fãs, tornando-se o carro mais popular que o mundo já conheceu.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

automóvel, meio de transporte mais utilizado no mundo, tem em sua história muitas controvérsias e atos de obstinação. A indústria automobilística tornou-se a mais poderosa do século XX, movimentando bilhões de dólares anualmente. Mas nem sempre foi assim. Para alcançar esse status, muitas pessoas trabalharam nessa criação a partir de 1771, quando o francês Nicolas-Joseph Cugnot criou um veículo de três rodas movido a vapor. Já em 1885 e 1886, os alemães Carl Benz e Gottlieb Daimler, respectivamente, desenvolveram motores à gasolina, sendo pioneiros na utilização desse tipo de combustível. O modelo de Daimler foi aperfeiçoado pelos franceses Emile Levassor e René Panhard. Anos depois, numa visão comercial do norte-americano Henry Ford, os automóveis passam a ser fabricados em série e popularizados nos Estados Unidos. Segundo a ideia de Ford, ao produzir carros em grande quantidade e sem luxo, poderia vendê-los por valores mais baixos. Conheça um pouco mais a história do automóvel no Brasil e no mundo.

2015 Google, Mercedes e Porsche desenvolvem modelos elétricos sem a necessidade do condutor, os carros autônomos prometem ser o novo capítulo do mundo automotivo.


Colunista

SABER, AUTORIDADE E PODER: desigualdade de recursos e oportunidades na sociedade brasileira de hoje

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uando fui convidada para escrever sobre as questões de gênero hoje, pensei imediatamente numa frase que deu início a minha caminhada pelos estudos feministas (Ligth, com patrocínio da Zero Call) da filosofa francesa Simone de Beauvoir no seu livro “O Segundo Sexo” Vol.II: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. ” E da minha querida informante-chave – Mariazinha - durante as pesquisas de campo em assentamentos rurais, em que ela dizia: “Nós mulheres não queremos igualdade na força e sim nos direitos. ”Sim, porque é por isso que lutamos, por direitos e contra os preconceitos. Há no cotidiano, pactos e negociações sociais e políticas – implícitas e ou explícitas – entre distintos atores e atrizes, grupos e coletividades. Nós mulheres, tradicionalmente subordinadas, devido a posição na divisão sexual do trabalho e nas relações desiguais na divisão dos recursos, responsabilidades, atributos, capacidades, privilégios e poder. Destaque para a exclusão dos corpos, famílias ou identidades sexuais associadas ao feminino. Quais as consequências desta divisão sexual do trabalho e de oportunidades? Sabemos que o mercado de trabalho continua organizado por sexo, o que influencia no preço da mão-de-obra e na oferta desigual de oportunidades. O trabalho importante e o salário principal são vistos como sendo dos homens e serve como justificativa para as diferenças simbólicas e nas desiguais relações de poder. A ideia de oposição entre os sexos, colocada desde a antiguidades por filósofos como Aristóteles, assinala macho (seco, quente, fogo, positivo) e a fêmea (úmida, fria, água, negativa). Nos estudos antropológicos, há uma clara exposição das relações entre homens e mulheres que demonstram não existir um modelo universal sobre a identidade masculina ou feminina em referência ao sexo social. No entanto pode-se afirmar que, nas mais diversas culturas, o homem é dominante. Este seria um dos atributos universais

da masculinidade uma vez que em quase todas as culturas o homem tinha o poder sobre a mulher. Como um mosaico que se forma à soma de cada peça diferente que a ele se acresce, o cotidiano das relações de trabalho e gênero são plurais e as políticas públicas pouco tem somado a incorporar as mulheres nos espaços públicos e nas atividades produtivas e reconhecidas, deixando de lado suas experiências, demandas e alternativas. Com efeito, as mulheres seguem enfrentando obstáculos para acessar posições de liderança institucional, política e de autoridade pública. As regras e normas têm papel preponderante nas desiguais relações entre Estado, mercado e família. Relações nas quais se sustenta à ordem de gênero e poder. Necessário destacar a existência de esferas e níveis diferenciados de poder. Diferenças estas que são estruturais e definidoras de cada papel na sociedade. A dimensão de poder que a categoria gênero encerra como campo privilegiado de poder, constitui um campo primário no interior do qual, ou por meio do qual, o poder é articulado. As concepções de poder, embutidas no conceito de gênero, chamam a atenção para a complexidade das relações estabelecidas entre homens e mulheres que representam muito mais do que apenas uma relação entre dominante e dominado. O momento atual abre espaços para a criação de normas que regulem a interação entre atores e atrizes de maneira mais equitativa. A igualdade de gênero vai muito além da igualdade de oportunidades. Ela exige a participação das mulheres nos processos de transformação das regras básicas, hierárquicas e práticas das instituições públicas. É necessário articular governabilidade e equidade de gênero sempre articulados com interesses mais gerais da democracia e da governabilidade democrática. Isso permitirá que, nos processos de mudança e criação de novas instituições, se inclua a análise de gênero. Profª.Drª.Mônica C. S. Santana Cientista Social Departamento de Ciências Sociais/DCS/UFS

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Especial

MULHER AO VOLANTE, CONFIANÇA CONSTANTE! Quem disse que mulher não sabe pilotar carro? Elas pilotam sim e até fazem disso a sua profissão

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ão é uma tarefa fácil ser mulher, esposa, mãe, e além de tudo isso, ainda ser motorista. Apesar dessa frase ser comum para muitas mulheres, que acabam dirigindo por obrigação, existem aquelas mulheres que saíram do banco de passageiros, que deixaram de lado o medo e que Foto: Fernanda Sales

Por Cleydson Santos e Fernanda Sales

ainda hoje) foram considerados de homens, mas que com a perseverança e força de vontade de muitas mulheres, atualmente estão se tornando algo ‘natural’ para muitos homens e para a própria sociedade. Antes, as mulheres que eram consideradas apenas “dona Maria” ou “donas de casa”, hoje já estão

tornarem profissionais do volante. A história de Maria é de uma verdadeira guerreira, pois foi para São Paulo em busca de oportunidades de emprego, começou a trabalhar como cobradora de ônibus e, assim que surgiu uma oportunidade para motorista, decidiu logo tirar a habilitação para trabalhar nesse ramo.

Maria é uma das poucas mulheres que trabalham como motorista de ônibus coletivo em Aracaju.

hoje são profissionais do volante. É cada vez mais comum mulheres trabalhando como motoristas, seja com o próprio carro, com veículos de empresas ou em serviços relacionados ao automóvel. São motoristas de transporte escolar, de ônibus, taxistas, caminhoneiras, dentre outras profissões. Trabalhos que durante muito tempo (e 12

virando “donas da rua”, elas mandam e desmandam no trânsito, trabalham e são respeitadas pelo que fazem. São reconhecidas como ótimas motoristas e sabem dar valor a esse reconhecimento. Como é o caso da motorista de ônibus Maria Gomes da Silva, uma das tantas Marias que estão dirigindo muito bem, obrigada!, ao ponto de se

Na época, em 2008, ela não tinha habilitação ainda, nem carro sabia dirigir, sua primeira experiência já foi dirigindo ônibus. “Passei um tempo em São Paulo e depois decidi voltar para minha terra onde fui criada, em Maruim. E depois que voltei para Sergipe, consegui outra oportunidade como motorista em Aracaju, e já trabalho há dois anos


e meio como motorista aqui”, afirma Maria. Atualmente, Maria é umas das poucas (e bote poucas nisso!) mulheres que atuam como motorista de transporte coletivo na capital sergipana. E não é uma tarefa fácil para ela, que precisa deixar sua filha em Maruim com a família, acordar todos os dias 4h da manhã, para exercer a profissão que tanto ama. “Minha família nunca foi contra, todos admiram o que eu faço. Hoje eu sou separada e tenho uma filha, ela fica muito tempo sem mim porque estou aqui trabalhando, mas também aceita o que eu faço”, explica. Maria ressalta que nunca se sentiu prejudicada por ser mulher no meio de tantos homens nessa profissão. Pelo contrário, ela diz que todos que a conhecem admiram seu trabalho. “Todos eles são meus amigos e as cobradoras e cobradores também. Eu procuro trabalhar sempre com perfeição, sei dirigir muito bem, mas peço sempre a Deus para eu ser melhor do que já sou, pois trabalho me colocando no lugar de todos os passageiros, para transportá-los com segurança. As pessoas que pegam ônibus comigo me admiram e já peguei amizade com muita gente”, diz a motorista.

Maria é uma mulher que se orgulha por ter conquistado esse espaço e admira outras mulheres que também buscam realizar seus sonhos e procurar oportunidades nessas profissões. “Para as mulheres que ficarem sabendo de mim e do meu trabalho, que procurem se espelhar em mim e em outras como eu, em termos de dedicação, de atenção com os passageiros. Eu peço a Deus sempre o discernimento para fazer a coisa certa. É isso que eu tenho a dizer para essas mulheres guerreiras que buscam também essas profissões”, esclarece Maria. Outra profissão que as mulheres estão conquistando espaço é como taxista. Em Aracaju, de acordo com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), atualmente, dos 2.089 profissionais taxistas cadastrados, 16 são mulheres. Uma delas é Valdenice de Jesus Pereira, que trabalha como taxista há três anos e meio. Na época, ela já tinha habilitação e juntou a necessidade com a vontade de trabalhar dirigindo, que é o ela mais gosta de fazer. “Eu comecei a trabalhar com o táxi por gostar mesmo de dirigir. Mas a oportunidade chegou quando eu precisei ajudar meu marido, porque ele começou

Foto: Fernanda Sales

a ficar com problemas de saúde e nós entramos em um acordo para que eu ajudasse ele no táxi. Ele aceitou e eu tirei a capacitação que é exigida para ser taxista e aí comecei a trabalhar”, informa. Valdenice explica ainda que é apenas um carro para os dois trabalharem, ele pela manhã e ela durante a tarde, pois de manhã ela também faz um curso técnico na área da saúde.

Atualmente, dos 2.089 profissionais taxistas cadastrados em Aracaju, 16 são mulheres.

Em nenhum momento a família dela foi contra na decisão de ser taxista. Valdenice nota que hoje há mais mulheres procurando a profissão de taxista, mas reconhece que o número ainda é muito menor que o de homens. “Eu acho que em todas as áreas se as mulheres buscarem determinação e for adiante aí realmente existiria muito mais mulheres nessa profissão. O que eu acho é que falta força de vontade para as mulheres buscarem seus objetivos. Meus clientes quando entram no táxi se surpreendem quando veem que é uma mulher, mas a maioria por alegria, fazem uma festa e eu me sinto elogiada e alegre quando as pessoas me estimulam e parabenizam meu trabalho”, diz Valdenice. Outro fato interessante da taxista é que ela não utiliza o carro para dirigir apenas nas horas de trabalho. Nos passeios com os filhos e o marido, é ela que sempre vai dirigindo. “Já virou uma rotina. Estou tão acostumada que vou logo entrando no banco do motorista para seguirmos viagem”, salienta.

Valdenice de Jesus: taxista há mais de três anos 13


Perfil Profissional Foto: Fernanda Sales

TIA NENA:

Motorista de transporte escolar

E

ra uma quinta-feira, véspera de feriado da Semana Santa, um dia em que Cloraci Santos, mais conhecida como Tia Nena, não estava trabalhando. Ela estava na porta, limpando a varanda da casa para nos receber e cuidando do seu primeiro neto. Chegamos cedo, antes do horário marcado para entrevista. Não foi difícil encontrar a casa dela, pois de cara nos deparamos com a Van Escolar na porta. Iniciando nossa conversa, Tia Nena nos conta como começou a trabalhar nesse ramo, transportando crianças diariamente para as escolas de Aracaju. “Já tem quase 20 anos que trabalho como motorista de transporte escolar. Tudo começou numa brincadeira, quando meu sobrinho perguntou se eu queria comprar um transporte escolar, pois tinha um rapaz vendendo uma Towner com ponto e tudo. Eu resolvi acei14

Por Cleydson Santos e Fernanda Sales

tar, comprei, comecei a trabalhar e até hoje estou nessa profissão. Antes disso eu dirigia, mas não era para trabalho, só tirei a habilitação B com 25 anos, e quando decidi trabalhar com transporte escolar, passei para a categoria D, que também pode dirigir ônibus”, afirmou a motorista. Uma peculiaridade dessa profissional, é que em nenhum momento se sentiu desestimulada para trabalhar como motorista, pois a família e os amigos sempre estiveram do seu lado dando o apoio necessário. “Eu sempre tive apoio da minha família, principalmente do meu esposo, dos meus filhos e do meu sobrinho. Ninguém foi contra, todos gostam do que eu faço e até Deus me dá vida e saúde, eu continuo nessa profissão”. Mas o transporte escolar não foi o seu único emprego, antes disso, ela trabalhou em farmácia e

supermercado. “Eu trabalhei em comércio e fiquei um tempo parada. Foi nesse tempo que veio essa oportunidade e decidi trabalhar por conta própria”. Transportar crianças não é uma tarefa fácil, ainda mais de idades diferentes. É preciso atenção ao volante e também estar sempre dando uma olhadinha no que os pequenos estão fazendo. É por isso que Nena nunca trabalha sozinha, já contratou outras mulheres para ajudá-la com as crianças e, atualmente, é o seu filho caçula que a acompanha todos os dias para tomar conta da criançada. Segundo a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), dos 250 motoristas cadastrados no transporte escolar, 73 são mulheres. Nena escolheu essa profissão por dois motivos: adora dirigir e gosta muito de crianças. Desde


o início ela nos conta que sempre foi um trabalho agradável, não se arrepende de nada e jamais sofreu preconceitos. “Em nenhum momento sofri preconceito de outros profissionais da área, pois até os homens de carro comum e motorista de ônibus quando me vê dirigindo acha bonito, dá jogo de luz ou buzina para eu passar na frente. Nunca sofri com isso. Temos até um grupo de mulheres motoristas de transporte escolar, conheço muitas que são minhas amigas”, conta a motorista. “As mães das crianças confiam mais nas mulheres, o cuidado que nós temos com as crianças é maior. Às vezes, quando as mães procuram o transporte escolar vão logo atrás das que são mulheres”. Essa afirmação de Tia Nena, de que as mães procuram mais mulheres no transporte escolar, é confirmada por Ana Rita Sales, mãe de Stephanie Sales de 11 anos, que quando precisou contratar o serviço de transporte escolar, consultou algumas pessoas que indicaram a Tia Nena. “Quando eu vi Tia Nena gostei dela de cara, o jeito dela parece de uma mãezona e todos gostam dela na primeira vez que a vê. Já tem sete anos que ela leva Stephanie para a escola e eu fico totalmente segura. Ela dirige direitinho, nunca ouvi dizer que ela dirigiu em alta velocidade com as crianças no carro”, afirmou a mãe, destacando que não pretende tirar a filha do transporte, ao menos que ela mude de escola e Tia Nena não faça o roteiro. Pensamento compartilhado por Stephanie: “Eu também não quero mudar de transporte. Tia Nena é muito boa com a gente. É divertido o trajeto até a escola e ela cuida muito bem de nós”, disse Stephanie. A admiração de Ana Rita por Nena aumentou quando, certa vez, num dia de muita chuva, o carro ficou preso num alagamento. Nesse dia, Nena não atendia a ligação das mães porque sua preocupação era de tirar as crianças do trans-

porte com segurança. “Ela desceu do carro e começou a pedir socorro. Com a ajuda de outras pessoas tirou as crianças e colocou num lugar seguro. Ela não se preocupou com o carro em momento nenhum, a preocupação era com as crianças. Depois, ela arrumou outro carro e levou cada um para casa com

não, eu quero ir com tia Nena’”, conta Sérgio aos risos. Com tantos anos de profissão, Tia Nena se orgulha ao ver muitas de suas “crianças” hoje já estarem formadas ou se formando, como é o caso da estudante de Biomedicina Eloíza Matos, que já não pode mais ser levada por Nena porque Foto: Fernanda Sales

Quando Sérgio diz que vai levar as filhas na escola, elas respondem: “não painho, eu quero ir com tia Nena”

segurança”. Segundo Ana, o episódio marcou tanto que até hoje a própria Stephanie lembra como foi. “A atitude que ela teve e ainda tem com as crianças poucos têm”, lembra a mãe. Mas não são só as mães que admiram Tia Nena. Os pais também se orgulham quando o assunto é o transporte de suas filhas. Sérgio Cunha, pai das meninas Alice e Maria Clara, é um deles. Ele nos conta que tem muita confiança nela. “Gosto muito da atenção e carinho que Nena tem com minhas filhas, inclusive, elas adoram o transporte e o tratamento que recebem de tia Nena. Tem dias que eu digo que vou levar elas na escola e minha filha caçula já começa logo a reclamar, me dizendo: ‘não painho, eu não quero ir com o senhor

está na faculdade. “Eu gostava demais de andar com tia Nena. Ela tinha uma paciência incrível com todos e era muito carinhosa. Eu andei com ela por muito tempo e só parei por causa da faculdade, que não passa pelo roteiro dela. Se passasse, com certeza ela ainda estaria me levando”, explica a estudante. E quando chegam as férias o sentimento de Tia Nena é um só. “Fico com saudade deles, doida para que volte logo, fico dentro de casa angustiada, nervosa e estressada, doida para chegar logo o dia de voltar, pois já sou acostumada a ficar muito tempo na rua. Aí fico agoniada dentro de casa”, finalizou.

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Reportagem

Seguro do carro, por que fazê-lo?

Por Cleydson Santos e Fernanda Sales

Q

uando alguém bate o carro ou tem o veículo tro do seguro (obrigatório), ou microsseguros, que roubado, ouve logo a seguinte pergunta: tá podem ou não ser contratadas. São as coberturas no seguro? Se a resposta for sim, bate a adicionais, somadas ao questionário de avaliação de sensação de alívio, porém, se vier a negativa, a cara risco e o modelo do carro que vão determinar o valor é de preocupação e lamento. Seguro de carro é uma a ser pago pelo seguro. coisa primordial para quem tem um automóvel e deUm fator essencial é que o cliente, independente seja cobri-lo, ou seja, ter a garantia de tranquilida- de ser homem ou mulher, seja bem orientado quande por saber que o bem será recomposto de forma to ao produto que ele adquiriu, neste caso, o segutotal ou parcial, a depender do ro. Isto é, o corretor precisa fato ocorrido. As vantagens de O custo do seguro para mulheres é orientar o segurado para que contratar um seguro para o seu qualquer problema que vecarro são muitas. “As pessoas menor em relação ao dos homens, nha a ocorrer o segurado saientendem seguro como única graças à diferenças comportamentais ba como proceder sozinho, e exclusivamente bateu o carro contando com o suporte do inerentes ao sexo, e ter o carro concertado. Isso é corretor de seguros em caso legal, é perfeito. O seguro também é para isso. Mas de dúvidas. “A partir do momento que as pessoas o seguro também é para lhe dar tranquilidade de dei- são bem orientadas, elas não vão ter dúvida do que xar o carro em algum lugar e saber que seu bem será fazer quando precisarem acionar o seguro. Desde o recomposto não só num roubo, como numa colisão”, momento da contratação, o seguro é do cliente, por explica o corretor de seguros Fábio Brito. isso ele mesmo tem que dar entrada quando precisar. Mas, qual o procedimento correto na hora de con- Se tiver problemas, dificuldades ou dúvidas, pode entratar um seguro? O primeiro passo é procurar um trar em contato com o corretor e ele vai ajudar com corretor de seguros, que vai lhe dar as devidas orien- certeza”, salienta Fábio. tações e, a partir de suas necessidades, personalizar Maria do Carmo Monteiro, cliente de Fábio há o seguro. Uma boa consultoria evita que o cliente pa- mais de 10 anos, reconhece a importância do corretor gue por coberturas que não precisa ou que compre orientar bem os segurados, pois isso passa seguranplanos insuficientes para o seu perfil. “O seguro por ça na hora que necessitar acionar o seguro. “Quansi só é vantajoso em todos os sentidos. Porém, quan- do precisei acionar o do o cliente senta para conversar com o corretor e seguro, tomei a p er s ona liza, ele vê cada item iniciativa por do seguro e o que é me-

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cont a própria. Mas, quando tive dúvidas, liguei para meu corretor e ele sempre se colocou a disposição para esclarecê-las”, afirma Maria. Alguns fatores contribuem na variação do valor do seguro, como idade e sexo. Jovens pagam mais caro porque estatísticas de acidentes são altas para motoristas de até 25 anos. Quanto ao sexo, as mulheres, por serem (na teoria) mais cautelosas enquanto dirigem, costumam pagar menos, porém isso vai depender também do perfil da mulher. “ O custo do seguro para mulheres é menor em relação ao dos homens, graças à diferenças compor-

Ilustração: Freepik

lhor pra você e o que não é. É isso que vai dar o preço dele”, explica o corretor. O seguro básico de carro garante cobertura do bem em caso de roubo, colisão e incêndio. É a partir dele que o cliente pode fazer a personalização, acrescentando coberturas adicionais, como carro reserva, quilometragem, danos materiais para terceiros, entre outros. Essas coberturas adicionais são seguros den-


tamentais inerentes ao sexo”, explica Érico Melo, diretor-presidente do Sindicato dos Corretores de Sergipe (Sincor-SE). De acordo com o presidente do Sincor-SE, cerca de 41% dos seguros de automóveis contratados por pessoas físicas são de mulheres e esse número vem aumentando nos últimos anos. “Tanto que algumas seguradoras criaram produtos específicos para o sexo feminino”, ressalta. Com base da Superintendência de Seguros Privados (Susep), existem registrados mais de 30 mil apólices contratadas para pessoas do sexo feminino.

Seguro DPVAT

O Seguro DPVAT – Danos Pessoais Causados por V e í - c u l o s Automotores de Via Terrestre – cobre vidas no trânsito. Sua finalidade é assegurar a indenização às vítimas de um acidente causado por veículo automotor em vias terrestres, seja o motorista, o passageiro ou o pedestre. O DPVAT indeniza por morte (R$ 13,5 mil por vítima) ou por invalidez permanente (até R$ 13,5 mil, de acordo com a gravidade) e reembolsa despesas comprovadas com atendimento médico-hospitalar (R$ 2,7 mil por vítima). Criado em 1974 por lei federal, o Seguro DPVAT deve ser pago anualmente pelos proprietários de veículos, com a primeira parcela do IPVA. É essa obrigatoriedade que garante, em todo território nacional, o pagamento da indenização a motoristas, passageiros ou pedestres vítimas de acidentes. Como solicitar a indenização O procedimento é simples, gratuito e não exige a contratação de intermediários. Para saber qual o local mais próximo para dar entrada na documentação e obter mais informações sobre o DPVAT, consulte o site www.dpvatseguro.com.br.

Dicionário do seguro: Entenda alguns termos usados no seguro de carros:

A

gravação de Risco: Define um risco que se tornou mais grave quando da contratação do seguro. Pode, se constatado no sinistro, levar à recusa do processo pela seguradora. Caso, por exemplo, de um veículo com suspensão rebaixada ou fora das especificações originais definidas pelo fabricante. Análise de risco: Estudo técnico realizado pela seguradora para determinar condições e preços apropriados para aceitar um seguro, com base na avaliação dos riscos envolvidos. Apólice: Contrato firmado entre a seguradora e o cliente. Descreve o bem segurado, a cobertura e as garantias contratadas.

B

ônus: Desconto concedido ao segurado na renovação da apólice, por ter apresentado experiência satisfatória ao segurador.

C

obertura Básica: É aquela relacionada diretamente ao veículo (casco). Destina-se ao reembolso de danos ao veículo

segurado e na qual podem ser agregadas coberturas adicionais, acessórias ou suplementares, quando for o caso. Cobertura Adicional: Aquela na qual o segurador admite, mediante inclusão na apólice, e pagamento de prêmio adicional para riscos não previstos nas condições gerais ou especiais.

D

ano Corporal: Causado a pessoa, atropelamento,

etc. Dano Material: Causado pelo segurado a outros veículos, muros, postes, portões, placas de rodovias, etc.

I

ndenização Integral (Perda Total): É caracterizada quando os prejuízos provocados por um sinistro tornam inviáveis economicamente a reparação do veículo. Essa situação ocorre quando os custos de reparação são superiores a 75% do limite máximo de indenização, ou seja, o valor segurado do carro.

P

rêmio: É a soma em dinheiro paga pelo segurado ao segurador para que este assuma a responsabilidade de um determinado risco.

O valor do seguro vai depender dos seguintes fatores:

- Colisão, incêndio, roubo e furto

- Questionário de avaliação de risco - Modelo do carro - Coberturas adicionais contratadas

Coberturas opcionais (adicionais): - Danos materiais; danos corporais; objetos transportados; danos morais; morte (por ocupante); invalidez (por ocupante); vidros; carro reserva; assistência 24h (guincho)

Seguro Básico: Garante cobertura do bem em caso de:

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Direto da Oficina

Mulher na Oficina: o espaço dito dos homens ganha um toque feminino Muitas mulheres estão conquistando seu espaço nas oficinas de automóveis e buscando ser um diferencial num meio considerado masculino

Q

uebrar paradigmas. Essa é a proposta do Projeto Lugar de Mulher é na Oficina, desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), sob a coordenação da professora Alessandra Góis L. de Azevedo. Tudo começou há dois anos, com o objetivo de atrair e estimular as alunas das Engenharias, principalmente do curso de Engenharia Mecânica, a colocarem em prática os seus aprendizados acadêmicos, a fim de qualificar engenheiras capazes de trabalhar em qualquer ambiente, desde oficina a grandes empresas. “Teve uma chamada do CNPQ, que era justamente para chamar mulheres para a engenharia, que era ‘Meninas na Ciência’. Eu escrevi o projeto com essa ideia de tratar das meninas que estavam cursando engenharia mecânica e consegui trazer meninas do segundo grau também para participar”, explica a professora, idealizadora do projeto. A participação é espontânea. O projeto trabalha a parte da inclusão da mulher na engenharia e seu comportamento como engenheira, de modo que ela saiba se expressar, dar ordem sem ser agressiva, aprender a organizar o tempo e atender as necessidades do projeto. As meninas envolvidas nesse projeto de extensão estão distribuídas em três equipes: Escuderia UFSAE (construção de um veículo tipo Fórmula), Equipe Araras Aerodesign (construção de um aeromodelo rádio-controlado) e a Equipe SERBAJA (construção de um veículo Baja). A disciplina e o com18

Por Cleydson Santos e Fernanda Sales

promisso é um ponto chave, uma vez que os veículos têm prazo para ficarem prontos e todos têm que conciliar o projeto com o próprio curso, ou seja, com a sua grade curricular. Competições Esses veículos participam de uma competição estudantil organizada pela Society of Automotive Engineers (SAE, também conhecida como SAE International). Cada um deles é avaliado, desde a con-

equipes que obtiverem as melhores pontuações na soma geral das provas poderão representar o país nas competições da SAE International nos EUA. “Infelizmente ainda existe o mito de que mulher não pode trabalhar numa área tão pesada, mas elas fazem tudo, realizam corte de chapa, mexem com serra, furadeira. Todas passam por treinamento e com esse projeto eu consegui encantar as meninas para um lado que normalmente elas não enxergavam tanto”, destaca AlesFoto: Cleydson Santos

Professora Alessandra e alunas do projeto.

cepção técnica (projeto, relatórios de engenharia e inspeção técnica de segurança) até a viabilidade comercial (relatório de custos e apresentação do produto, patrocínio, etc). Além disso, os veículos passam por provas dinâmicas, onde as equipes que atenderem a todas as normas de segurança podem participar da prova de corrida, no caso do veículo tipo Fórmula, prova de voo no aeromodelo ou prova de enduro, no carro tipo Baja. Ao final da competição, as duas

sandra. O projeto também tem a participação de homens, que atuam em conjunto com as mulheres para quebrar o preconceito e a discriminação. “As mulheres trabalham aqui como líderes. Cada equipe tem três meninos e elas coordenam. Elas têm voz ativa dentro do projeto, mas também escutam as ideias deles”, ressalta com orgulho a professora. A aluna de Engenharia Mecânica e integrante do projeto, Fer-


pai, porque quem esse é meu sono.” E não é que deu sabe, eu como certo! Ela foi contratada e, mesmo filha, ele melho- sob desconfiança de alguns, trarasse e também balhou durante oito anos na muljá ganhava um tinacional, sendo a única mulher dinheirinho. En- mecânica. Nesse período, passou tão eu fui para a por várias especializações. oficina e comecei Após trabalhar em grandes ema gostar. Quando presas, Paula decidiu que era hora eu vi já estava de investir em um negócio próprio. trocando peça, “Comecei a fazer meus bicos na fechando câm- oficina com meu pai e o que eu bio”, conta a me- ganhava era muito mais do que na cânica. Aos 15 empresa. Pedi demissão e comecei As meninas trabalham exatamente como os meninos e anos, Paula teve a investir em mim mesmo”, afircom a mesma capacidade a oportunidade ma. Há cinco anos, quando veio a de fazer um curso aposentadoria do pai, assumiu a nanda Fontenelle, afirma que se de especialização na área, mas um oficina com a ajuda do irmão. Hoje interessou em participar do projeto detalhe a fez desistir. “Quando eu ela conta com uma boa clientela, para buscar conhecimento além da cheguei na porta do curso eu vol- tanto de homens como de mulhesala de aula, entendendo como funtei, porque só tinha homem”, ex- res, que confiam em seu trabalho. ciona cada componente mecânico na prática. Além de desenvolver di- plica, hoje aos risos. Após o perí- Quando questionada se já sofreu versas habilidades que não teria na odo de trabalho na oficina do pai, algum tipo de preconceito por parte dos cliensala de aula que preparam para o Paula foi em busca Eu quero é meter a mão na tes, a mecânica de novos desafios mercado de trabalho. “Apesar de graxa! Se for para ficar senta- surpreende na muitas pessoas se impressionarem e aprendizados. Em dinha eu não quero. O que eu resposta. “No com isso, acho que é a sociedade uma das entrevistas quero mesmo é ficar na oficina, início eu sofri que faz com que as meninas pen- de emprego que ela pois esse é meu sonho. muito preconsem que não têm capacidade. Vejo foi com uma amiga, a falta de especeito, princique esse projeto está dando resulcialização pesou e Paula ficou de palmente das próprias mulheres, tado porque as meninas trabalham exatamente como os meninos e fora. Mas ela não se deixou abater. por incrível que pareça. Com os Em uma nova entrevista, foi logo homens não tive muito problema. com a mesma capacidade. Queremos que todos percebam dizendo o que sabia fazer e o que Mas isso foi só no início. Nada disque mulher pode sim está nessa buscava. “Eu quero é meter a mão so me fez desistir do meu sonho, área, pode está trabalhando sim na graxa! Se for para ficar senta- pois eu não desisto nunca!”, finadinha eu não quero. O que eu que- liza. em oficinas”, destaca. ro mesmo é ficar na oficina, pois Paradigma quebrado Foto: Cleydson Santos Não é só dentro da universidade que esses paradigmas estão sendo quebrados. Prova disso são as mulheres que colocam a mão na graxa nas oficinas mecânicas da vida, provando que a oficina é sim lugar para mulher e que mecânica de carro não é apenas assunto de homem. Ana Paula Mota é um bom exemplo disso. Tudo começou na oficina do pai quando ela ainda tinha 12 anos. Segundo Paula, como o pai era muito bruto, os ajudantes que ele contratava só ficavam por uma semana. “Eu falei para minha mãe que iria ajudar meu Nada de escritório. Seu sonho era a oficina Foto: Cleydson Santos

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Na autopeças Assim como o lugar de mulher é na oficina, existem mulheres que também trabalham em lojas de autopeças. Uma delas é Maria Telma de Andrade, que é sócia ( junto com

18 anos. “Não sinto dificuldade nenhuma com meu trabalho. Eu gosto de ter aproximação com o cliente e acho gratificante trabalhar com isso. No caso das mulheres, também tenho uma clientela

Foto: Fernanda Sales

cânica. “Às vezes, o carro não quer funcionar e ela não sabe o que é, pode ser uma bateria ou uma vela do carro precisando trocar. Mas também tem outras mulheres que têm experiência, que sabem explicar o defeito do carro. Elas entendem o que eu estou fazendo no carro delas”, finaliza.

Dúvidas mecânicas Para as mulheres que tem dúvidas sobre algumas peças e seu funcionamento, Carruagem consultou um mecânico para explicar uma peça comum, mas que gera dúvida: Maria Telma é sócia do marido numa autopeças, trabalhando no atendimento aos clientes

o marido) de uma revendedora de muito boa e por ser uma mulher peças e de montagem de veículos. no atendimento, acabo passando Enquanto ele cuida da parte admi- segurança e tranquilidade para o nistrativa e financeira, ela trabalha público feminino que procura a auna parte de vendas, passando in- topeça”, ressalta Maria Telma. Quem confirma que sente conformações para clientes sobre valores e funcionalidade das peças. fiança quando há mulher na oficiMas não é só isso. Maria Telma na é a advogada Ellen Passos. Pela também acompanha o trabalho primeira vez, ela levou o carro sozinha para conserde seus funcionários, que Há um número crescente de tar, pois, segundo na maioria são mulheres vindo às oficinas en- ela, a família ainda tem receio dela ser homens. “Meu tendendo da parte mecânica. enganada. “Vou f uncionário mais novo na parte da montagem sempre com meu pai ou meu estem quatro anos de serviço. Mas poso. Dessa vez, tive que resolver tem funcionário homem aqui com tudo sozinha, mas eu fiquei aqui 10, 12 anos de trabalho e minha tranquilamente, porque quando vi relação com eles é tranquila, nunca que tinha mulher, já me senti mais reclamaram nada por eu ser uma tranquila”, destaca a cliente. O mecânico Willian Vasconce‘chefe’ mulher. É tanto que há dois anos contratei outra mulher pra me los, afirma que muitas mulheres ajudar aqui na loja e todos também chegam nas oficinas sem entender o problema do carro e que é prea respeitam”, informa. Quanto aos clientes homens, ciso que o mecânico seja paciente Maria Telma também não ver pre- para explicar qual o defeito. Porém, conceito por ser uma mulher tra- ele reconhece que há um número balhando nessa área, que ela já crescente de mulheres vindo às conhece muito bem, pois atua há oficinas entendendo da parte me-

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Velas de ignição As velas de ignição são os componentes responsáveis pela queima do combustível, quando este está dentro das câmaras de combustão. Elas têm vida útil e devem ser inspecionadas ou trocadas pelo mecânico a cada 10.000 km na maioria dos veículos nacionais. Inspecioná-las periodicamente pode dar muitas informações sobre o estado geral do motor, pois dependendo do estado, as velas indicam defeitos que podem comprometer outros componentes do carro e evitar até mesmo um consumo excessivo de combustível. Quanto custa? O preço de uma vela de ignição varia de acordo com a marca do produto. Geralmente os preços tradicionais de velas estão entre R$ 20 e R$ 60.


No Automobilismo

Inspiração nas pistas da Stock Car Bia Figueiredo é a única mulher na principal categoria do automobilismo brasileiro

Por Cleydson Santos

Foto: StockCar/Vicar

Desde 2014, Bia dis­p uta a Stock Car Brasil, principal categoria do automobilismo na­cional.

Ú

nica piloto da principal categoria do automobilismo brasileiro, a Stock Car, a paulista Bia Figueiredo é considerada um exemplo para as meninas que desejam ingressar no mundo masculino do automobilismo e em qualquer setor corporativo onde os homens predominam não apenas por estarem em maior número, mas por ganharem maiores salários e melhores oportunidades. “O automobilismo é um dos poucos esportes em que homens e mulheres competem juntos. É uma modalidade que exige força e resistência, mas nada que possa dar vantagem física ao homem. A questão é estar quase sozinha num universo muito predominantemente masculino, e às vezes, machista. Mas acho que essa convivência só me fez amadurecer pessoal e profissionalmente”, ressaltou Bia, primeira mulher no mundo a vencer uma corrida de Fórmula Renault, primeira a vencer na Indy Lights e

única brasileira a correr numa categoria top do automobilismo mundial, a Fórmula Indy. “Uso meu espaço para mostrar à meninas e mulheres que é possível alcançar seus objetivos com foco e determinação, independentemente de gênero, e particularmente no automobilismo para ajudar a quebrar um pouco a cultura que associa carro a homem. Muitas vezes, numa família, um menino faz 18 anos, tira a carteira de motorista e ganha carro, enquanto a menina espera...”, completou a piloto. Com passagens marcantes pelo kart e também pela Fórmula 3 Sul-Americana, F-Renault Brasil e A1-GP, a brasileira focou os planos de sua carreira nos Estados Unidos, onde manteve-se até 2013. No automobilismo norte americano correu a temporada 2008 na Indy Lights e ganhou o prêmio de estreante do ano. No ano seguinte, ven-

ceu duas provas na categoria, em Nashville e Iowa, e se tornou a única mulher a triunfar na Indy. Em 2010 subiu para a categoria principal. Desde 2014, Bia disputa a Stock Car Brasil, principal categoria do automobilismo nacional. Foto: Arquivo Pessoal


Foto: StockCar/Vicar

Próximas Corridas da Stock*: 22 de Maio: Goiânia 1 – Autódromo Internacional de Goiânia 5 de junho: Santa Cruz do Sul (RS) – Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul 26 de Junho: Tarumã (RS) – Autódromo Internacional de Tarumã

Bia Figueiredo nos Boxes da sua equipe

17 de Julho: Cascavel (PR) - Autódromo Zilmar Beux

Carreira:

11 de Setembro: Interlagos (SP) - Corrida do Milhão** – Autódromo José Carlos Pace **Vencedor da corrida ganha um prêmio de R$ 1 milhão

2015 / 2016 - Stock Car Brasil 2010 / 2013 - IndyCar Series 2009 – Firestone Indy Lights 2008 – Firestone Indy Lights 6 podiums – St Peterburg, Iowa Speedway, Watkins Glen, Nashville, Infineon, Chicagoland Uma Vitória – Nashville 2007 – A1 GP 2006 – South American Formula 3

25 de Setembro: Londrina (PR) - Autódromo de Londrina 16 de Outubro: Brasília (DF) – Autódromo Nelson Piquet 6 de Novembro: Goiânia 2 – Autódromo Internacional de Goiânia 20 de Novembro: Curvelo (MG) – Circuito dos Cristais

2004 / 2005 - Formula Renault Brazil

11 de Dezembro: Interlagos (SP) – Autódromo José Carlos Pace

2003 – Karting 2001 / 2002 - Karting Prêmio Capacete de Ouro – Melhor Motorista do Brasil

*Canais que transmitem a Stock Car Brasil: Globo (TV Aberta) e SporTV (Canal Fechado)

2000 - Karting Cat. B Prêmio Capacete de Ouro da Revista Racing - Melhor condutora brasileira 1994 / 1999 - Karting Cadet Jr

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Foto: StockCar/Vicar

Bia Figueiredo “voando” nas pistas da Stock


Pegando a Estrada

Orla Pôr do Sol: um bom lugar para pegar o seu carro e passear

Por Fernanda Sales

Foto: Alysson Prado

A

revista Carruagem selecionou a Orla Pôr do Sol como um bom lugar para você passear com a família e os amigos, ou em um momento romântico com seu parceiro. Localizada à beira do rio Vaza Barris na região do Mosqueiro, a Orla do Pôr do Sol é considerada um dos mais belos cartões postais da capital sergipana, onde você pode contemplar esse maravilhoso fenômeno da natureza, que é o pôr do sol. A Orla possui um calçadão de 600 metros de extensão com diversos equipamentos e atrativos turísticos. Foto: Alysson Prado

Aos sábados, acontece o projeto Pôr do Sol de Aracaju, com apresentações culturais, música ao vivo e feirinha de artesanato. Então, o que você está esperando para pegar seu carro rumo a este paraíso? Você não vai se arrepender! Como chegar: A principal via de acesso é pela Avenida Melício Machado, mas, se preferir sentir a brisa do mar à caminho da Orla Pôr do Sol, você pode ir pela Rodovia José Sarney. Carruagem Recomenda Para você que gosta de aplicativos que facilita a sua vida de forma rápida e precisa, Carruagem selecionou alguns que podem ser úteis para o seu carro e seu dia a dia:

Shazam Ouviu aquela música no rádio do seu carro e quer saber quem canta ou o nome dela? O Shazam, literalmente, ouve um trecho da música e busca na internet nome, intérprete e até dá o link para o videoclipe no 23

Youtube, se houver. Grátis para todos os smartphones.

Carrorama O aplicativo permite ao usuário controlar todos os gastos com o carro. Ele gera planilhas sobre uso de combustível e frequência de manutenções, e ainda avisa quando estiver perto do prazo de uma troca de óleo, por exemplo. Ele ainda pode dizer quando o seguro vai vencer, a hora de pagar o IPVA e de levar o carro para a revisão do Detran. Gratuito para telefones Android.

Onde Parei? Quem nunca saiu de algum lugar e passou pelo desespero — ainda que por um milésimo de segundo — de não se lembrar onde havia estacionado o carro? Com o Onde Parei, esse problema se torna coisa do passado: o app memoriza o local onde você parou e você ainda pode programar um alarme para te lembrar do local algum tempo depois — essencial para não passar do tempo do rotativo.


Ensaio Fotogrรกfico

Foto: Fernanda Sales

Foto: Fernanda Sales

Foto: Fernanda Sales

Foto: Arquivo Pessoal Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

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Ensaio Fotogrรกfico Foto: Cleydson Santos

Foto: Cleydson Santos

Foto: Fernanda Sales

Foto: Stock Car/Vicar

Foto: Fernanda Sales

Foto: Fernanda Sales

Foto: Stock Car/Vicar

Foto: Fernanda Sales

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ESPAÇO PARA ANÚNCIO

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ESPAÇO PARA ANÚNCIO

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