Ano XIX - Nº 218 - Dezembro 2012

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VIP | Saúde

“Marcas do que se foi...”

Depressão de Fim de Ano

tendem a padecer mais na assimilação de mudanças. Daí podem decorrer não somente a depressão, mas também um aumento do uso de substâncias psicoativas, álcool e outras drogas, aumento de ingestão de massas e doces (alimentos precursores de serotonina) numa tentativa frustrada de aliviar a tristeza. São muitas as nossas buscas... Nem sempre as identificamos. E se não nos conectamos adequadamente com nossos sentimentos, tendemos a aumentá-lo, num ciclo de frustrações. Deste processo mal sucedido, inclusive, resultam alguns suicídios. Importante lembrarmos que a vida é cheia de possibilidades, e que podemos também nos conectarmos com a esperança promovida pelos festejos e buscarmos saídas eficazes para nossos (tão humanos) desafios pessoais. Saldo positivo ou negativo, é nosso. Está ali, esperando o devido encaminhamento. Bons amigos, reflexões, ajuda profissional, mudança de atitudes também estão aí, ofertadas em todas as épocas do ano. Que nosso lado afetivamente saudável possa sempre se conectar com a esperança do espírito natalino, nos renovando a cada dia e promovendo o que há de melhor em nós.

Feliz VOCÊ no Natal!

FOTO | DANIEL TATSCH

A

o som de melodias carregadas de sensibilidade e letras que promovem questionamentos como “Então é Natal, o que você fez?”, confrontamo-nos com os inúmeros apelos consumistas que nos cobram alegria e celebração. Mas...nem sempre nos sentimos assim. Muitas pessoas vivem este clima de festejos em total alegria, movidas pelo espírito cristão, pelo apelo consumista, ou simplesmente porque sintonizaram com a alegria que genuinamente sentem. Quando não nos sentimos internamente felizes, porém, o apelo externo das imagens de felicidade pouco nos impacta, e pode inclusive deixar-nos com a sensação de que todos estão felizes, menos eu, o que aumenta, em muitos casos, a tristeza sentida. O final do calendário nos remete a um balanço afetivo, onde, como num filme, repassamos acontecimentos vividos ao longo do ano. Quando este balanço é negativo, natural que sentimentos de perda, saudades ou fracassos entrem no repertório afetivo. Os quadros de depressão no fim de ano são muito comuns, podendo aparecer, particularmente, entre pessoas que têm vulnerabilidade para aceitar mudanças no ritmo e nas circunstâncias da vida. Personalidades mais rígidas

Valéska Walber Psicóloga CRP 07/06407 Mestre em Psicopatologia Clínica, Especialista em Terapia Sistêmica Breve, Especialista em Psicoterapia Sistêmica de Casais, Famílias e Indivíduos

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