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Consumidores Fugirem De Golpes

Atualmente, é praticamente impossível encontrar uma pessoa ou empresa que viva à parte do mundo on-line. O mundo conectado traz muitos benefícios, mas também muitos riscos.

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Fato é que todo mundo conhece histórias de golpes que envolvem esse ambiente.

Todo cuidado é importante para empresas, afinal, por anos seguidos os ataques por ransomware, que permitem sequestrar dados de pessoas físicas e jurídicas, batem recordes, e o Brasil é o 5º principal país alvo dessa invasão.

Para combater isso, é preciso prevenção. Deixar para correr atrás do prejuízo se torna muito oneroso e, na maior parte das vezes, não possibilita retornos efetivos do que se perdeu, o que deixa as vítimas com os custos do golpe e a desconfiança e os medos futuros.

Ponto relevante é que formas de prevenção existem, mas é preciso conhecimento e até investimentos, por isso a necessidade de divisão entre ações para empresas e para pessoas físicas.

Confira dicas de prevenção aos golpes.

“Existem caminhos para se prevenir ou mesmo evitar que essas tentativas se consolidem. O primeiro passo é o conhecimento sobre as fraudes e o compartilhamento de informações sobre tentativas e técnicas. Quanto mais pessoas souberem das formas, menor será o impacto. Lembrando que é fundamental registrar um Boletim de Ocorrência para que as autoridades também tomem providências”, explica Afonso Morais, sócio-fundador e CEO da Morais Advogados Associados e especialista em recuperação de crédito e fraudes digitais.

Para auxiliar nessa prevenção, Afonso Morais fez um detalh amento das principais ações para se proteger de golpes.

1. Controle a emoção e a curiosidade nas mensagens digitais, pois os criminosos sabem como atrair suas vítimas. Eles sabem trabalhar com a emoção ou o medo dos consumidores. Assim, duvide de qualquer mensagem recebida. Antes de tudo, cheque se o que foi recebido é realmente de alguém de confiança e evite clicar em links desconhecidos.

2. Tenha senhas aleatórias e não repetidas. O cuidado com senhas é primordial. Elas devem ser difíceis e mesclar números, letras e algoritmos. Também é importante não utilizar uma única senha para tudo que precisar e trocá-las com frequência.

3. Fique atento com e-commerces e sites desconhecidos. Por mais que a oferta seja muito boa, tenha atenção e pesquise se o endereço do site no qual realizará a compra realmente é a empresa com a qual você negocia. Muitos golpistas clonam sites, e as páginas costumam ficar idênticas aos sites oficiais.

4. Tenha cuidado com contato de instituições financeiras e órgãos governamentais. Esses órgãos muito dificilmente farão contatos por canais não oficiais. Desconfie de mensagens e telefonemas desses órgãos. Caso desconfie de um contato, desligue ou encerre a ligação e tente atendimento pelo número oficial por outro aparelho telefônico.

5. Fique atento às suas redes sociais — essas são ótimas áreas para iniciar golpes. Isso ocorre desde criminosos investigando o perfil para saber rotinas e usar imagens para golpes, até mesmo perfis falsos ou sequestrados que são usados para venda de produtos ou contatos pedindo dinheiro.

6. Use cartão digital. Esse cartão está presente em diversas instituições financeiras e, geralmente, é disponibilizado via aplicativos bancários. O recurso conta com funções específicas para as compras on-line e contribui para diminuir os riscos de fraudes e golpes.

7. Dê preferência às chaves aleatórias para receber Pix. A facilidade do Pix esconde armadilhas, pois muitas pessoas, para não se esquecerem, colocam como chaves do Pix CPF, telefone ou e-mail, não se atentando que, muitas vezes, estão passando dados pessoais para desconhecidos.

8. Não use redes públicas para operações financeiras. Para economizar os planos de smartphones, as pessoas se conectam em redes Wi-Fi de locais que não sabem a segurança, o que é um grande risco. Só acesse essas redes se elas forem confiáveis, principalmente para transações econômicas.

9. Não salve seu cartão em lojas digitais para compras futuras, esse é mais um simplificador que traz riscos. Ao salvar os dados do cartão e a senha em aparelhos, eles podem vazar em caso de hackers e acesso de desconhecidos, sendo utilizados indevidamente.

10. Limpe os dados de seu celular para levar ao conserto. Na verdade, o ideal é que sempre limpe os dados da memória de seus aparelhos, mas isso deve ser potencializado ao deixar o aparelho no conserto, por exemplo. Essa dica vale para todas as ferramentas eletrônicas.

Empresas

Para a corporação, é importante reforçar a importância da segurança da informação e da cibersegurança. Ambas visam garantir que as informações com as quais a empresa trabalha sejam utilizadas apenas por pessoas autorizadas e de maneira segura.

A cibersegurança abrange softwares, hardwares e redes, cuidando, portanto, da infraestrutura da empresa, de modo que ela não fique vulnerável a ataques cibernéticos. Isso protege os dados da empresa, principalmente por meio de ações inteligentes e de resultados.

“É preciso que as empresas possuam um conjunto de procedimentos adotados para proteger sistemas, redes, programas, equipamentos e dados de invasões que possam causar algum tipo de dano. A segurança da informação é voltada para a proteção de todos os dados da empresa, inclusive os físicos, como informações escritas”, analisa Carol Lagoa, sócia da Witec IT Solutions.

Por conta disso, várias medidas são necessárias. Confira algumas delas.

1. Defina normas para transportar computadores e equipamentos de trabalho, bem como para acessar a rede de forma remota.

2. Crie uma política forte de troca de senhas, garantindo que os colaboradores escolham senhas complexas, de forma a dificultar o acesso aos dados da empresa.

3. Estabeleça uma política de segurança interna com regras específicas para armazenamento e compartilhamento de informações.

4. Atualize softwares com frequência. Manter os sistemas desatualizados deixa os dados de sua empresa vulneráveis a falhas. Então, perca um tempinho e não ignore essa demanda. Quando os softwares solicitarem atualizações, faça isso imediatamente, evitando que a empresa seja surpreendida por eventuais ataques cibernéticos.

5. Use a criptografia. Não existe a possibilidade de abordar o tema desconsiderando a criptografia. Afinal, ela auxilia na proteção de