T1828 - Revista de Seguros - out/nov/dez de 2004_2004

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■ GeSTAG dE CGNVENiGS E ARRECAdAQOES

■ iREiNAMENTGS E CGNSUllGRiAS ESpECiAllZAdAS

fenasegB'b/ioteca LuizMendon?;

8CAPA

2005 promete ser um iiiarcG na historia do Seguro. As vedetes, segundo executivos, devem ser OS pianos de previdencia

0 OS seguros populares

Q O BALAN^O SOCIAL

U Z. A quarta edigao do Balango Social demonstra que o setor de seguros retomou, via indenizagSes, mais de 34,8 bilhSes para a sociedade em 2003

0 A RESPONSABILIDADE SOCIAL

^ ^ Sindicatos temsido umdos t^dncipais atores de movimentos que '^iiscam conlribuir com o bem comum

^ a melboria da qualidade de vida varies estados brasileiios

CONSUMIDOR

SUMARIO ENTREVISTA

Jose Americo Peon de Sa

COWIPORTAIVIENTO

Mercado discute como formar uma equipe vencedora

1 ^ AUTO-REGUU^AO

PRODUTOS

Companhias de seguros ligadas a bancos investein em produtos de previdencia

PREVIDENCIA

VIA 12 Norte ■ SGAN Q.601 ■ Modulo L 70850.010 ■ BRAsiliA-DF TeL (61) 426.8848 ■ Fax (61) 426.8806 AracaJu ■ BeIem ■ BeIo FioRizoNiE ■ CAMpo GranOe ■ CuRiTibA ■ FToRiANopoliS ■ FortaIeza ■ GoIanIa ■ Manaus ■ Porto AIeqre ■ RecIIe ■ RibEiRAO Preto ■ Rio dE Janeiro ■ SaIvacIor " Sao PauIo ■ TeresIna " UbERlANdiA ■ VItorIa

setor em

2005

E MAIS... 4 EDITORIAL 38 ESTATISTICAS 40 RAPIDAS 4t BIBLIOTECA 42 OPINIAO

26 28 29 30 35 39

Nova tributagao para os pianos de previdencia

ANTIFRAUDE

Susep ciia novaferramenta para ajudar no combate a fraude CERTIFICA^AO

DIGITAL

INTERNACIONAL

Tenaseg firma acordo com a Associagao de Seguros da Alemanba

FUNENSEG

A importancia do setor de Recursos Humanos nas seguradoras

LEIS E NORMAS

1 f. oiucoes (f i Centro Tecnoli^fco da ATP 5. m
Banking Technology W'WW.Aip.COM.bR
comps^' '..A i
A Petrobras investe em seguranga e firma contratos que somam quase US$ 37 milhoes com as principals seguradoras do Brasil e do exterior
SEGURO POPULAR Nova regulamentagao para a protegao de canos usados com mais de cinco anos pode alavancar crescimento do
5 12
I "UTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2004
Seguradoras debat 23
em a etica e a padronizagao das normas
Novo sistema reduz custos e impede fraudes
REVISTA DE SEGUROS 3
0 acumulo de projetos de lei em tramitagao no Congi-esso

As boas perspectivas

Os sinais que antecipam o ano de 2005 sao promissores. Ao longo de 2004ficou evidente que o govemo entende a importancia que o mercado segurador tem assumido dentro do processo de desenvolvimento social e economico do Pais. Tanto e assim que, por iniciativa que contou com o apoio da Superintendencia de Seguros Privados (Susep), chegou-se ao desenho de condigoes regulamentares e institucionais que deverao permitir a camadas mais amplas da populagao o acesso a protegao social que e propiciada pelo seguro.

A aprovagao da Medida Provisoria 209, no final de setembro,foi importante avango. Ao estabelecer no vas regras tribularias para os pianos de previdencia complementar, abriu caminho ao crescimento de produlos como o VGBL e PGBL,estiinulando, sobretudo, as aplicagoes por prazos mais longos. Com isso, ganha o mer cado,o consumidor,e acima de tudo, o Pais,na medida em que a maior permanencia das poupangas nos pianos contratados assegura um processo mais firme de geragao de reservas, canalizaveis para investimentos em ativos que influenciam diretamente o

A▲A Fenaseg

processo de desenvolvimento do Pais.

Tambem integra esse quadro novo de boas expectativas a redugao do lOF sobre os seguros de vida. As empresas,estimuladas por essa iniciati va,diversificam suas prateleiras com produtos que possam, efetivamente, chegar a um numero crescente de familias.0segmento de seguros populares tem tudo para crescer em 2005, tanto mais que a procura por novos nichos de consumidores tem sido acompanhada de consciencia cres cente entre os seguradores da impor tancia das boas praticas corporativas: palavras como treinamento e ouvidoria tem subido de tom dentro das empiesas. A etica,os codigos de conduta e a padronizagao de normas passam a ser, mais do que nunca,um objetivo prioritario no planejamento estrategico das seguradoras.

Tudo isso e muito bom. Sobretu do porque os sinais favoraveis sao confirmados por numeros ja incorridos pela economia brasileira: salta aos olhos que o Pais vem criando as condigoes indispensaveis para um de senvolvimento sustentavel. Nunca foi tao facil acreditar no Pais. 0 merca do segurador sabe disto.

de Capltalizagao

Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e

DIretoria

PKsidenle: Joao Elisio Ferraz de Campos

Ik&^esiientes: Casimiro Blanco Gomez. Luiz Tavares Pereir^ Filho, Njlton Molina, Olavo Egydio Setubal Junior, Oswaldo Mdrio Pego deAmorim Azevedoe Renato Campos Martins FilFoFlavio Bauer, Josd Ismar Alves Torres, Luiz Eduardo Loureiro Veloso, Maurtcio Accioly Neves, Mauro Cesar Batista' Santi Cianci e Vilson Ribeiro de Andrade, Consellio' Rscal

f^srnbnjsEkti/os: Jorge Carvaltio.Lucio Antonio Marques e Marivaido tvledeiros.

S#)b'*s:Jos6 Maria Souza Teixeira Costa,Luiz Pereira de Soars eltiomas Kelly Batt.

Conseltio Consultivo

Presidente: Joao Elisio Ferraz de Campos

Membros Betims: ^cet\o Rosa de Oueiroz Filtio, Antonio Cassio dos Santos, Brian John Quest, Carlos dos Santos, FranciscoCaiubyVidigal, Federico Baroglio,Jayme Brasil Garfinkel,JoshAmerico Pe6nde Sd, Josd CastroAraujo RudS®' JuliodeAlbuquerque Bierrenbach, Luis Emilio Maurette, LuizCarlosTrabucoCappi, Luiz de CamposSalles, MdrioJoo4 Gonzaga Petrelli, PatrickAntonioClaude de Larragoiti Lucoo, Pedro Pereira de Freitas e Pedro Purm Junior.

^^eentmsNsios:Alberto Oswaldo Continentino de Araujo, Antod'f Tavares Camara, JoaoGllberto Possiede, LuizTavares Pereira Filho.MiguelJunqueiraPereira,MucioNovaesdeAlbuquerque Cavalcanti, PauloMiguel MarraccinieSdrgioPassold.

REViSTADE SEGUROS

deSegurosPrivadosedeCapilalizagao-Fenaseg.

PUBLICAQAO INTEGRANTE DOCONVENIO DE IMPRENSADO MERCOSUL-COPREME. Em conjuntocom SIDEMA (Servi?" Informativodo MercadoSeguradorda RepubiicaArgentina)' EL PRODUCTOR (PubbcagaodaAssociagaodeAgentes e ProdutoresdeSeguroda Republica Oriental do Uruguai) eJomai dos Seguros (Publicagao do Smdicato dos Correlora® de Seguros e de Capitalizagao do Estado de Sao Paulo).

Conseflw Edttorial

Presktenie: Salvador Cicero

Umbos: Geraldo Bolda, Mauro Cbsar Batista, Nilton Molina' PauloAmador, Paulo Marracini, Renb Garcia, Ricardo Xavier, Rita de Cassia Batista e Suzana Munhoz.

Etfcr<tiefe: Angela Cunha (MTb/RJ12.555)

Coodenacao EAobI: Editora Prosa (seguros@editoraprosa,corti'' Jnraisia Resp.: Marcia de Souza (MTb/RJ 16.305)

Aite: Marli Bibas

Cgpa: Casa do Client© Coiaboradores; Cecilia Barroso, Claudia Mara, Cristina Guimaraes, DeniseBueno, IranyTeresa.JorgeClapp, Larissa Moraes, MarciaAlves, Nice de Paula, Solange Guimaraes, i Vasconcelos, SoniaAraripeeSuzana Liskaukas

Fdografia: Julio Fernandes, Rosane Bekierman e Obritonev^s llustracSo: Tiburcio BchbASOCM Adriana Beltrao e Valeria Maciel - Escritbrio Fenas^ Brasilia-SCN/Ouadral/BlocoC-Ed. Brasilia-TradeCenter-sala

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As malarias e aiiigos assinados sao de responsabilidade dos autores. As materias publicadas nesta edigSo podem serreproduzidas se identificada a fonie.

DIstribulgdo Gratufta

Meio seculo de entusiasmo

Jos6 Amorico Peon de Sd comemora 50 ones de muito trobolhoegrondesconquistosno mercadoseguradordo Brasil

IRANYTERESA

No dia 8 de novembro de 2004, Jose Aiuerico Peon de Sa completou cinco decadas no mercado segurador. Com otimos motivos para comemorar. Em plena atividade, ele esta afrente do processo de revitalizagaodaDelphos,empiesaquecriou ha37anos. Tambem em 2004,aos 73 anos, foi um dos principais responsaveis, como representantedaFenaseg,pelalegu lamentagao do Seguro Ruial. Esse ex-aspirante a caixeiramilitar, afaslado da vocagao devido a doenga que Ihe roubou a visao do olho esquerdo, tem muitas outras vilorias no curriculo pai'a se orgulhar. Peon de Sa ajudou a instalar todos OS seguros de habilagao, no extinto BNH, participou da normatizagao do FGTS, dirigin o Instituto Brasileiro de Resseguros (hoje, IRB-Brasil Re) e implantou noPals,defonnainslitucionalizada, a terceirizagao do negocio do segu ro. Nesta entrevista, ele fala de sua vasta experiencia no setor.

▲ Afesta peios seus 50 anos no mercado deseguros teve ate outdoors. Qua! foi suo reogdodiantedos homenogens?

Peon - Eu nao sabia de nada. Armaram tudo com minha mulhei; meus filbos, men neto. Foram buscar pessoas com quem convivi ha muitos anos, gente da Ajax, da Companhia de Seguro Agn'cola... Ate a Sandra Cavalcanti, de quem fui assessor atuarial, no Banco Nacional da Habitagao,quandoelaerapresidente. No inicio,fiqueiirritado,porquenaogosto dessas coisas. Depois, gostei.

A Comofoi0seu ingressonomercado segurador?

Peon - Quando sai da Academia Militar das Agulhas Negras, fiz concurso para uma estatal chamada Com panhia Nacional de Seguro Agricola. Fiquei oito anos la e trabalhei na lei que instituiu oSeguroAgricola. Fstava me preparando para fazer Fngenharia, mas me entusiasmei e acabei fazendo Atuaria.

A 0 mesmo entusiasmo que, em 2004, o fez sair vitorioso do luta pela regulamentajdodo SeguroAgn'cola...

Peon - Ha dois problemas muito serios no Seguro Rural; € extremamente caro e, por ser um seguro catas- !>

▲ EDITORIAL
JOAO ELISIOFERRAZDE CAMPOS Presidente da Fenaseg
4 REVISTA DE SEGUROS
6rgaoInformativodaFederagaoNacionaldasEmpresas
n.brt OUTUBRO • NOVEMBRO • OEZEMBRO 200''
JOSE AMERICO PEON DE SA
ENTREVISTA A
"UTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2004 REVISTA de seguros 5

trofico, demanda altos volumes de reserva. Entao,o agricultor nao faz porque nao tem dinheiro e o segurador nao faz porque nao pode, senao compromete a entidade dele, vai acabar tendo que usar recursos de transporte,de vida e o que mais aparecer para pagar Seguro Rural. Estamosfalando,na verdade,de seguro de lavoura, porque os outros,como os de equipamentos agricolas,da para fazer. E preciso que haja subsidio,que o Estado pague uma parte do premio e que, por outro lado, garanta a solvencia da seguradora. Isso nao e privilegio brasileiro. E assim nos Estados Unidos e em todo lugar em que existe Seguro Rural funcionando.

A Como foi 0 companha pelo regulamento^do?

Peon- Desde 1954,existe o fundo de catastrofe, para garantir a solvencia da seguradora, mas nao havia dinheiro suliciente para subsidiar o premio. Os agricultores, os poderes Executivo e Legislativo, as bolsas de valores e os bancos descobriram o Seguro Agilcola e comegaram a discutir o assunto. Ate que apareceram tres ministros da Agricultura dispostos a tratar do tema. Primeiro,o(Francisco)Turra que,com base em um trabalho quefizemos na Fenaseg, criou o subsidio. Quando ele saiu, veio o (Marcus) Pratini de Morais, ainda mais entusiasmado,que fez um projeto de lei. Agora, o (Roberto) Rodrigues

conseguiu,finalmente,aprovar esse negocio. Entao, nao precisa mais de lei. Ou,talvez,de umaso,para tomarofundo de estabilidade mais efetivo.0fundo de catastrofe gerido pelo IRB-Brasil Re ja chegou a ter R$ 180 milhoes. Mas,quando foi necessario pegar o di nheiro la, nao tinha, porque,apesar de OS recursos serem privados, eram contingenciados.Dependendo dalavou ra e da regiao,o Seguro Rural varia de 3% e 11%. A media, de 7%,e extremamente onerosa para o agricultor,Sem contar c[ue seguro e o tipo da coisa que se compra, mas nao se quer receber, porque quando isso acontece e porque a pessoa ou ficou invalida, ou se acidentou, ou perdeu tudo. E e neste momento que voce deve prestar o meIhor servigo e garantir ao sinistrado que, apesar de tudo,ele tem um beneficio.

A E depois da Companhia de Seguro Agricolo?

Peon—Trabalhei na Ajax Corretora de Seguros, depois fundei a Bozano, Simonsen. Nos tres anos e pouco em que fiquei na Ajax,aprendi realmente sobre seguro. A empresa era do Grupo Rocha Miranda. 0 Celso Rocha Mi randa era o homem financeiro do Juscelino Kubitschek. 0 politico era o Renato Archer. Os tres eram muito amigos. Quando o Juscelinojuntou-se com o Jango e com o Lacerda e fizeram a Frente Ampla contra a ditadura

militar, foram cassados. 0 Celso nao foi, porque era Cavalheiro do Imperio Britanico, a rainha Ihe concedeu o titulo de "Sir". Diplomaticamente,nao era possivel cassa-lo. Em compensagao,foram atras de todas as empresas dele. A p^rseguigao polflica foi grande. 0 maior negocio da Ajax era uio seguro com o Banco do Brasil, que sO chama atualmente de Penhor RuralDava um rendimento fantastico. Coio o decreto-lei 73,em 1966,instituind" sorteio para os seguros do governo? sem corretores, a Ajax entrou em p^' rafuso. Sai de la e ajudei a fundar ^ Delphos. Comegamos a fazer coisaS muito parecidas, pois era o que a gef' te sabia fazer. Inclusive a gestao do® seguros do Banco do Brasil sorteados pelas diversas seguradoras. Foi quan' do comegou no Pais a terceirizagao do® negocios do mercado segurador.

A E como foi a experiencia em seguro habitacional?

Ptoh-Comegamos a fazer tamb^i" OS seguros habitacionais e fui convid^' do para ser assessor atuarial do BanC Nacional da Habitagao,em 1964. D®' senvolvemos todos os seguros e fundoS do Sistema Financeiro da Habitaga"' Ajudamos a fazer o Fundo de Caraiit'^ por Tempo de Servigo. A equipe que integrava levou ao Mario Trindad®' diretor do IRB,uma solugao para o pi'"' blema da estabilidade. Dessa discuS' sao surgiu o FCTS. Fomos contratadn® pelo banco para participar de uma da^ comissoes e ficou por nossa conta ^ implantagao da arrecadagao. Os insth tutos de previdencia eram autarquiaS' mas o regime era de capitalizagao. To' dos tinham enormes reservas. Quando

Juscelino Kubitschek resolveu fazer Srasiha, precisava de dinheiro. Olhou _ 3ssim e viu que tinha dinheiro nas re servas. Seria,hoje,o dinheiro do INSS. Passou a mao efez uma lei dizendo:"0 Pstado garantira as reservas dos insti'utos de previdencia". Como o Estado Uao garante coisa nenhuma, comegou ui0 rombo do INSS.Tudo o que esta la em Brasilia e pensao e aposentadoria dos trabalhadores.

A 0que0senhor deslt-:aria como a Principal tronsforma^no do mercado?

Peon — Primeiro, a aberluia da ^Usep. Isso no sentido de ^'heralizagao do mercado,ou seja, da ^iberagao das tarifas. Houve uma '^udanga na estrutura do calculo de •"eservas. Para isso, teve-se que 'eestruturar o piano de contas e co'^egou-se a fazer a contabilizagao por ^Ornpetencia, nao mais por gastos. ^uo parece, mas essas coisas modi^cam a estrutura. E eu participei dis^0 de uma maneira ativa.

A E como foi sua passagem pelo IRB?

Peon-Quando cheguei,estavamos J^ulando de privatizagao, abeiluia do 'Mercado de resseguros, e fizemos o Piano diretor de seguros. Comegamos ^ debater uma porgao de tabus. Isso, 1994. Foi feito um decreto dizen'Jo que os pianos de seguros nao pie'^isavam ser aprovados antecipada'^ente, as seguradoras passai'am a fa^6r sens pianos e mandar diretamente Para a Susep. Agora,a Susep esta mu^ando essa historia,nao sei como,conP'ariando inclusive a regra legal,ja re"^lamei a bega, mas nao adianta. Nao ^stoii a fim de brigar mais.

A Por que a privatizagao do IRB ndo anda?

Peon- Misturaram uma coisa com outra: abertura do mercado de resseguro e existencia do IRB.0 que interessa e que o mercado seja aberto.0 que ja esta legalmente feito, porque a Constituigao foi allerada para permitir isso. Mudou-se um artigo,tirando uma expressao que presumia a existencia de um ressegurador monopolista.A partir dai, subverteram a ordem da coi sas. Ha interesses misturados, que acabam impedindo uma posigao clara. Todos os seguradores brasileirose estrangeiros,certamente-dizem que sao a favor da abertura do mercado. Mas nem sempre existe sinceridade nisso. Fizeram uma lei mal-feita para dar no que deu. Nao com essa intengao, mas, talvez, com certa negligencia. Em 1985, quando eu era diretor do IRB,houve uma reuniao reservada no Copacabana Palace promovida pelo Itamaraty para discutir ate que jionto a abertura iria alterai" a estmtura do mercado. Dissemos que era inevitavel, mas que isso seria benefico. Tudo isso se fez por conta da discussao do Catt,da rodada de Montevideu.0Bra sil precisava definir como iria negociai" o setor de sei vigos, que estava entiando no debate. Os diplomalas nao estavam discutindo se havevia ou nao abertura, mas em quanto tempo ela se daria,em cinco ou dez anos.Em 1995,

comegou a abertura, que nao foi adiante por causa de indefinigoes.

A E a questdo do fechamento de contas?

Peon-Isso e problema doIRB,nao tem nada a ver com o mercado segura dor brasileiro. 0 IRB e uma empresa como outra qualquer. 0 resultado do IRB,em 2004,foi extraordinanainente benefico, quase US$ 1 bilhao de re cursos no exterior. Deveria dar um re sultado de R$ 2,25.Ja que e uma enti dade pubhca, nao deveria ter este lu cre todo.So que metade do dinheiro vai para o bolso dos seguradores e a outra metade, paia o INSS. Um dia vai apa recer uma autoridade que dira:"Real mente, o mercado tem de ser aberto" Os ministros da Fazenda, de uma ma neira geral, nao sabem que existe o IRB, a Fenaseg, o Conselho Nacional de Seguridade,a Susep.Isso tudo e pequenininho.Imagine o sujeito com um negocio chamado Banco Central,discu tindojuros,politica cambial,o BNDES o Banco do Brasil, BBTVM,importagao,expoilagao. Na verdade,estou sendo injuslo.0 Marcos Lisboa(secretario de PoKtica Economica do Ministerio da Fazenda)salie. Tem paiticipado muito e este govemo fez uma coisa que nenhum outro fez: reduziu o lOF do seguro de vida de longo prazo. Entao, o govemo estadando muito mais atengao sim,por que o secretario sabe do que se trata. a

"Seguro e o tipo da coisa que se compra, mas ndo se quer recebet E neste momento que devemos prestar o melhor servi^".
f V ' • I» 6 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 200^
'^Este governo fez uma coisa que nenhum outro fez: reduziu o lOF do seguro de vida de longo prazo'^
OtiTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 REVISTA DE SEGUROS 7

As seguradoras, otimistascom

0 crescimento do Pcis, opostam no previdencio e no seguro popular pom oquecer o mercodo

2005UJ

o ano que promete ser inesquecivel

0 ano de 2004 chega ao fim com um bom saldo para o mercado de seguros, previdencia e capitalizagao. Para grande parte dos executivos, o tom de 2005 devera ser de consolidagao dos produtos de previdencia e das apolices populares, assim como OS temas "treinamento e ouvidoria" marcaram 2004 e "corte de custos e ganho operacional" dominaram 2003."Os temas dos anos anteriores serao uma constante busca dos executivos, mas atingir as clas-

'embro,quando foi publicada a Medida Pro\'is6ria 209, com novas regras tributarias Pai-a pianos de previdencia. Ela diferencia o ilue realmente e um investimento de longo Prazo para a aposentadoria,segundo Maurido Accioly, presidente da Real Seguros, do gnipo ABN Amro."Falar de previdenciasem confundir com investimento de curto ou medio prazo e dispai-ado o grande fato do mer cado de seguros de algumas decadas.PGBL c VGBL sao grandes produtos,inovadores^e ^ao fioar imbati'veis com a nova tributagao", cornenta Accioly. A principal medida da MP 209 foi a redugao para 10% do imposto de fenda nos produtos de previdencia pm a quem liantiver a aplicagao num prazo acima de lO anos. "0 govemo tambem respeitou os contratos antigos, o que e uma vitoria e um estimulo para os poupadores,pois elesfleam tiiais confiantes de que serao respeitados , ^crescenta Trabuco.

verificada em 2004 permanecera,com a necessidade de aprimorar a subsci-igao para ter um indice combinado melhor",diz. A busca pela escala e a redugao do custo administrativo continuai-ao sendo perseguidos pelos seguradores."Na era da popularizagao do se guro nao da para aumentar prego", conclui.

A Ttabuco, da Bradesco:

"AOngir as dasses C, D e E 6 um desalio, necessario para tirar o mercado da mesmice"

ses C,DeE e um grande desafio, necess^' rio para tirar o mercado de seguros mesmice", diz Luiz Carlos Trabuco Capp'' presidente da Bradesco Seguros e PrevideH' cia. Para ele, so o aumento da base de cof sumidores vai reduzir a concoirencia pi'®' datoria e os custos administrativos."A p'"'' meira ajuda e melhorar a qualidade da ve'i' da. A segunda o prego. Sao dois itens fui"' damentais para que o setor conquiste uin^ | dimensao mais adequada dentro da econ®' mia brasileira", comenta.

A principal noticia do ano veio em s^"

"0 governo conheceu melhor o setoi e deu todas as armas para as empresas que querem trabalhar com produtos de longo Pi'azo", acrescenta flelio Novaes,vice-pie ^idente executive da SulAmerica Seguros, fissociada ao ING. Para ele, 2004 for um ano de consolidagao."A maturidade e a necessidade de ganhar dinheiro no operacional fizeram as seguradoras selecionarem regi mes, corretores, fornecedoies, paicei , Consumidores e produtos com os quais op i-ar", diz. E isso,segundo ele, trouxe a gra'a surpresa do crescimento, com aume 'anto em vendas como em rentabilidade e queda do indice de sinistralidade.

Mauricio Accioly concorda. "Com certeza 2004 e 2005 trarao boas noticias aos ^cionistas". Como Novaes,ele aciedita que Um dos desafios do mercado em 2005 e a Consolidagao das carteiras. A tendencia

A Novaes, da SulAmerica; "0 govemo deu as aimas para as empresas trabalharem com produtos de longo prazo"

Max Thiermann, presidente da AGE Seguros, aposta em 2005."Alem de intensificar os investimentos nos grandes cen tres urbanos, sera o momento de investir na ampliagao de atuagao regional pois a atividade de seguro esta muito ligada ao desenvolvimento do Pai's.0 reaquecimento da economia esta se refletindo em nosso desempenho,em alguns casos ate superando nossa meta", diz. Novos produtos, servigos e atendimento diferenciado. Estas sao as prioridades de Luiz de Campos Salles, presidente da Itau Seguros."E fundamental paia nos — seguradoras e corretores — fugir do fantasma da 'comoditizagao'. Em lugar de ficar discutindo pregos, precisamos oferecer ao mercado produtos,servigos e aten dimento diferenciados-seguradoras e cor retores, insisto. Se nao fizermos essa reforma crucial, seguiremos no caminho da automutilagao", afirma.

A questao da fraude e outro ponto importante."0 projeto da Fenaseg esta comegando a ser tratado pela giande imprensa e OS convenios com o Judiciario e as delegacias de policia estao ajudando a coinpor os indices preliminares de quantificagao,o que nos faz acreditar que os investimentos de anos comegarao a surtir grandes efeitos em 2005", aposta Accioly.

Acacio Queiroz,que deixou a presidencia da ACE Seguradora em dezembro,apesar de o seguro popular ter o

POPUUR-Segundo

CAPA
'
DENISE BUENO
8 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 200''
▲ Acdoly, da Real Seguros: "PGBL e VGBL sao produtos inoiradoies e vao Hear ImbalMeis com a nova tributagao" A Max Thiermann, presidente da A(^: "0 teaquedmento da economia est^ se refletindo em nosso desempenho"
OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 REVISTA DE SEGUROS 9

comegado a ser vendido em 1999 pela ACE Seguradora em parceria com concessionarias de servigos publicos e TV per assinatura,foi em 2004 que o segmento ganhou o apoio do govemo, por meio do titular da Susep,Rene Garcia."A redugao dolOF para o seguro de vida, a partir de setembro, e uma forte demonstragao de que o govemo tem interesse em apoiar o setor para garantir que as classes mais carentes tambem tenham acesso ao seguro", comenta.

A grande estrela ate agora tem sido o seguro de vida e em 2005 o destaque devera ficar com o seguro de canos antigos. As apolices de vida vendidas por seguradoras ligadas a bancos, que nao sofrem tanto com o alto custo de cobranga bancaria, como os criados em parceria entre cometores com associagoes ou canais altemativos, tem custo abaixo de R$ 10 por mes para uma garantia media de R$ 15 mil. A principal dica do expresidente da ACE Seguradora e pensar no longo prazo. "Para compensar o custo, esse seguro tem de ser vendido de forma diferenciada,pois por ser popular nao comporta uma comissao elevada",explica Queiroz. A ACE Seguradora ja tem mais de 2,5 milhoes residencias seguradas."E pouco quando se ve o universo a ser explorado", acrescenta.

A ACE Seguradora,queja investiu mais de R$ 30 milhoes no segmento popular,distribuira mais 20 milhoes de mala direta nos proximos meses. No entanto, e preciso ter paciencia, pois o retorno vem no longo pra zo."E preciso ter coragem para investir. Os acionistas tem de saber que tera um custo amoi'lizado no mfnimo em tres anos e que o sistema lecnologico precisa de constante atualizagao para que a empresa nao seja consumida por custos administrativos", acrescenta Queiroz.

► WP 209 e as novas regras tributdrias para os pianos de previdencia

► 0 desenvoivimento do seguro de vida

^ A estabilldade economlca no Brasil

Thierry Clandon, presidente da Caixa Seguros, tambem esta animado com o apoio do govemo. "0 empenho do governo em buscar formas de ajudar as seguradoras 3 levar o seguro as pessoas de media e baixa renda e muito positive, principalmente pam a nossa empresa, que tem essas classes como publico alvo", diz. A Caixa focara " seguro residencial em 2005. "Apenas 4%' das familias possuem seguro da casa. NoS' sas pesquisas detectaram que elas tem von' tade de ter o seguro, mas acham que o pi'C go e igual ao de automoveis, representand"

10% do valor do hem. Por isso, trabalhare' mos muito para difundir o produto", diz " presidente da Caixa Seguros.

IMACROECONOMIA — Na economia, o grand® acontecimento de 2004 foi o Brasil fazer n® pazes com o crescimento. "A previsao d® infcio do ano era de crescimento do FIB d® 3% e chegamos ao final com algo enti'®

4,5% e 5%", diz Newton Rosa, economist^ da SulAmericaInvestimentos. Japara200®

as principais noticias serao as pequena® reformas, criando condigoes para o cresci' mento sustentavel para os proximos anos-

IPEA.aindustria,segundograndepartedas ^stimativas, projeta evolugao de 8% em ^004. A massa salarial registra evolugao de 4% e o m'vel de emprego vem apresen'^ndo sucessivos aumentos.

0 cenario externo tambem e animador, apesar dos riscos. As projegoes dos anabsapontam para um crescimento da eco nomia e do-comercio mundiais em 2005 e ^006. Estados Unidos e Japao, alem da ^Uropa, deverao sustentar a rapida expan da Chinae India, hem como trazerbons 'eflexos para a economia do restante da ^sia, America Latina, Europa Central e do Leste. Economia em alta ajudara a manter n petroleo caro. No entanto, um risco e o nomento do banil a palamares superiores nos USS 60 praticados no terceiro trimes^I'e de 2004, que poderia ser causado pelo numento dos conflitos no Oriente Medm ou nm descontrole do crescimento da China.

0 economista da SulAmerica preve Para2005umainflagaode6%,medidapelo

OS DESAFIOS

^ Alavancar

0 seguro popular

^ Incentivaro

seguro de carros antigos

^ Avan^ar no combate d fraude

uma taxa de crescimento compativel com uma economia emergente", diz Wilson Toneto, executivo financeiro da Mapfre. Mesmo com a alta da Selic, que tem um efeito nefasto no investimento naprodugao, alguns setores estao apostando no aumento da demanda, como e o caso do setor de maquinas, com investimento previsto de R$ 4,2 bilhSes em 2004, segundo dados da Associagao Brasileira da Industria de Ma quinas e Equipamentos (Abimaq).

Por isso, o proximo passo do governo e dargarantias de sustentabilidade ao processo. 0 grande no aserdesatado e equacionar a taxa de investimento ao nivel necessario do crescimento para evitar os gargalos de infra-estrutura, que sempre foram responsaveispelocomportamentode"stopandgo'' apresentado pela economia brasileira nos ultimos anos. Ou seja, recuperagSes ciclicas, com consequente retorno da infla gao, seguidas por desaceleragoes. 0 projeto das Parceria Publico Privadas (PPPs) e uma das saidas do govemo.

A Antonio Cdsslo, presidente da Mapfre: "A economia passou ilesa de um prenundo de crise extema"

"Pela primeira vez a economia passo® ilesa de um prenuncio de crise externa'' analisa Antonio Cassio dos Santos, presi' dente da Mapfre Seguros. 0 governo con' seguiu controlar a inflagao num ano de eld' g5es municipals, agindo com independen' cia. Apesar de todas as criticas quando ® Comite de Politica Economica (Cupom) d®' cidiu pelo aumento da taxa basica de j®' ros, a Selic, e na meta de superavit prima' rio, o Pais continuou crescendo. Estimati' vas apontam que o Produto Interno Brut®

(PIB) devera registrar expansao de 4,6%' de acordo com a previsao de setembro d®

JPCA, acreditando que nao ha espago para nlta. "0 BC vai continuar vigilante, man^endo uma politica monetaria conservado•■a. Nao deixara que a inflagao se desloque ^os5,1%",acreditaNewtonRosa.EaSelic

nstai^-ojetadaem 17,75%paraoiniciodo

nno e, em meados do ano, com a inflagao niais dentro da meta, a aposta e de que a 'axa de juro caia para 15,5% ao ano.

0 importante e que o Brasil explore as nondigoes externas favoraveis e avance nas ''eformas microeconomicas. Apesardas ecoPomias estarem relativamente em forma, ha Ptuitos desafios para 2005. E o principal tleles e alcangaro crescimento sustentavel.

''Ill preciso conciliar a manutengao de um Controle rigido da inflagao, com a adogao ^e politicas monetaria e fiscal severas, com

A Newion Rosa, da SiMm^

Investimentos: "0 BC vai continuar com uma politica monetaria conservadora"

A Tonelo, eiecutivo linanceiro da Maptie: "E predso conciliar controle da infla?ao com taxa de crescineito"

A aposta dos execulivos e de que o go vemo sabera aproveitar os cenarios interno e extemo favoraveis para aprofundar as refonnas estruturais necessarias para a continuidadedocrescimento,inclusivecompoli ticas de cortes de gastos e desoneragao tributaria. Este cenario so traz beneficios ao mercado de seguros. As indiistrias precisam de mais cobertiira para incluir os novos maquinarios, aumentamovalordaimportancia seguradadamercadoiia estocadae transpoilada, ba mais conlratagoes e assim mais seguro de vida e de saude, a renda do trabaIhador cresce, hem como sua necessidade de garantir sen patrimonio. "0 ganho e de todos: da sociedade, das empresas e do go vemo",finaliza o presidente da Mapfre. a

.1
10 REVISTA DE SEGUROS
▲ Campos Salles, da Itau; "Precisamos oferecer ao mercado produtos, servigos e aterxllmento dUerendados"
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 200" )■
tUTUBRO • NOVEMBRO DEZEMBRO 2004
2005
REVISTA DE SEGUROS

PROFISSIONAL na medida certa

Em tempos de alto competitividode, o mercodo discute o perfii ideal do executivo e a melhor moneiro de formor umo equipe vencedorc. Vole ate conselhos do tecnico de volei do seie^oo, Bernordinho

SONIAARARIPE

Diante de urn mercado de trabaIho ferozmente competitivo, o execu\ tivo brasileiro precisa, cada vez mais, estar a frente de seus concorrentes, conseguir antever situagoes de oportunidade ou crise e, acima de tudo, saber lidar com as guinadas da economia. Mas qual o tipo de perfil que mais se adapta, nos dias de hoje, a tantas inconslantes? 0 conservador, o moderado ou o mais arrojado?

e movimentos do que ficar a reboque do que vier pela frente. Outros acreditam que um mix de diferentes perfis e uma altemativa interessante para garantir o sucesso da corporagao como um todo.

tecnico de volei Bernardinho, que, fora das qua dras, tomou-se um bem-sueedido consultorde empre®3s, "professor"" da arte de liotivagao de equipe. Ha sempre um aspecto novo *10 que ele tem a dizer.

V I

)

Edua

corridapormaiorcompetitividade.Sot*

o risco, ate mesmo, da empresa n^" sobreviver. As companhias que soube' ram entender e, principalmente, a"' tecipar estas mudangas foram as se destacaram em seus respective® setores. "Foi preciso interpretar a" mudangas", diz Angelo.

Apartirdo exemplode temperamento do campeao ^ernardinho — conhecido dentro e fora das quadras Por impulsionar seusjogadores, mesmo que na cadencia de pux5es de ore'ha e gritos - Bom Angelo cita que e Sempre importante sabercomo dosar ^ formagao de uma equipe. Nao ^dianta ter apenas pessoas com peifis inovadores, arrojadosepio-ativos.

^osto de montar minha equipe com todo tipo de profissional. E preciso tambem contar com aquele que so executae nao se impoitadefazerisso 0 tempo todo, apesar de sex um atividade um pouco mais repetitiva e Pouca criativa. Sem esta misturafica liuitodificiltocarumaempresa",diz presidente.

Comaexperienciadeliderarcom

Um dos mais bem-sucedidos cases do Uiercado de seguros - com um recento langamento de agoes bastante co^

OoiTido na Bolsa de Valores de Sao t'aulo -opresidentedaPortoSeguro, JaymeBrasilGarTinkel,avaliaqueuao

oxiste um so pei"fil ideal parao execu tive. "Tudo depende do segmento de Utuagaodaempresa,domementoedo

grau de evolugao da mesma e dos ceUarios economicos nacionais e mun

OUTUBRO • NOVEMBRO OEZEMBRO 200^

OUTUBRO • NOVEMBRO DEZEMBRO 2004

OPORTUNIDADES E DESAFIOS - Garfinkel

observa que a consolidagao democratica e a estabilizagao do Brasil sao relativamente recentes, se compararmos comoutros parses e potencias que mantem relagSes estreitas com o Pats.

"Ja vivemos momentos de muita instabilidade e alteragao de regras. Mes mo atualmente estamos passando por uma fase de estabelecimento de regulamentagoes por segmento." Assirn, muitas areas de atuagao polrtica e economica ainda precisam de definigoes para se desenvolverem plenameiite. Desta forma, o presidente da Porto Seguro acredita que so puderam sobreviver e se desenvolver ernpresas geridas por executives com flexibilidade, informagoes completas e perceptividade para sabero momento de investir, aguardar; segurar, crtar, conforme as oportunidades e desafios.

Quanto ao sucesso da Porto Seguro, Garfinkel diz que a rentabilidade e decorrente do foco em fazer se guros, o que signifrca saber aceitar o risco, analisar o sinistro e ver todas as possibilidades de prevengao. Assim, com esta otica, e preciso ser conservador. Mas, em contrapartida, a seguradora, segundo Gar finkel, passou a adotar o princtpio de protegao para amparar o segurado, seguido por todo o mercado posteriormente, prestando serrigos e procurando surpreende-lo em suas necessidades continuamente. "So com um certo arrojo e posstvel oferecer tais diferenciais",concluioexecutivo, que gosta sempre de ouvir todos os parceiros do negocio, de diretores a corretores para incrementar o processo de troca de ideias.

REVISTA DE SEGUROS 13

, )■ <■ ». ; I-
A Revista de Seguros ouviu diferentes profissionais, tanto do mercado segurador e de previdencia quanto de outros segmentos, alem de consultores financeiros e especialistas de Recursos Humanos voltados para gestao de carreiras. A maioria avalia que, apesardas nuances de cada tipo de atividade, ainda e melhor aniscar e es tar a frente de tendencias 12 REViSTA DE SEGUROS
Eduardo Bom Angelo, presidente da Brasilprev, lembra que nos ultimos 20 anos o Pais passou por grandes mudangas, talvez ate mais do que em dois seculos. Isso se refletiu muito no mundo corporativo, que precisou embarcarna
rdo Bom Angelo, da Brasilprev, que aposta na diversificagao: conversas com 0 tecnico Bernardlnho
CONSELHOS DE BERNARDINHO - Houv^ uma corrida por funcionarios, espe' cialmente para compora diregao, q^^ tivessem atitude empreeH' dedora. Bom Angelo defef de, porem, que nao e possJ' vel imaginar um time vea' cedor apenas com profisSi' onais com o mesmo peifi'' "E preciso diversificar, cO' mo no futebol, com esped' alistas na defesa, no mei" de campo e no ataque. Oi*' em outras palavras, perfil conservador, modern" do e arrojado." 0 presidefl' te da Brasilprev apreci^ muito as conversas com ^
A Helde
r Molina, presidente da Mongeral: olhar atento para as experiencias de mercados mais evoluidos ▲ Ana Paula Dias, consuKora do Gmpo Catho: valorizagao maior do executivo com perfil de vendedor diais. 0 melhorperfil e oexecutivo que sabe 0 momento de ser conservador, moderado ou arrojado", avalia.
0 consultor de seguros Julio AvellarNettocitaaPortoSegurocomo um bomcase para discutireste tema. Ele lembra que a atividade segura dora por si soja e muito conservadora na formagao de reservas e na tentativa de se preparar para os sinistros. Mas, nada mais importante do que ser, nos dias de hoje, pro-ativo, com grande capacidade inovadora, voltado sempre para a frente. "Quem cria produtos, iiiova e vislumbra nichos acaba se destacando. Uma em presahoje,inclusiveumaseguradora, nao pode perder tempo, esperando que o mercado a impulsione. E i>

precise ter agao e descobrir boas oportunidades."

Uma mistura de um pouco de agressividade com o perfil moderado e, na avaliagao de Helder Molina, presidente da Mongeral, o ide al. "Hoje nao e possivel ser reativo,ficar esperando algo acontecer para partir para a agao. Diante das mudangas economicas e de um forte processo de consolidagao,as empresas jamais podem parar. Isso se reflete na vida dos executivos. E precise ser sempre proativo, capaz de partir para cima,sem medo de enfrentar os problemas."

Helder Molina afirma que e pre cise assumir riscos, mas da dicas importantes para a dificil bora da tomada de decisoes. A primeira e se posicionar diante de pesquisas previamente realizadas. A outra e sempre acreditar nofeeling. Per ultimo, mas nao menos importante, o presidente da Mongeral recomenda que e bom olhar as experiencias de mercados

mais evoluidos. "Acabei de voltar de um perfodo sabatico de seis meses nos Estados Unidos.Sei que sera muito util para a minha carreira", conta.

A especialista em Recursos Humanos.Ana Paula Dias,consultora do Grupo Catho, chama a atengao para um fate eada vez mais verdadeiro em diferentes segmentos. Quem tem o perfil de vendedor e hoje o profissional mais valorizado pelo mercado de trabalho. De acordo com pesquisa recem-concluida pela Catho,com base

na analise dos ultimos quatros anos e meio Pesquisa Salarial para des cobrir que area na empresa traz melhor remuneragao para os executivos, 3 resposta foi bem clara: o segmento comercial, coin 40,5%. Portanto, um bom vendedor e bastante valo rizado. Em segundo lugaT esta 0 responsavel peD area de sistemas, com 38,7% e informatica com 38,49%.Todos na frente do executivo de finangas, marketing,io' dustrial e de recursos humanos.E con' firma que o peifil pro-ativo, aiTojado e 0 mais procurado."Nao e dificil entender OS molivos. As empresas buscam profissionais que tenham espiH' to de equipe, sejam dinamicos e te nham iniciativa. Com um mercado tao competitivo,muitas companhias se orgulham de terem qualidade. Mas e pre cise buscar um diferencial, algo quO chame a atengao,do piiblico. E bonS executivos fazem toda a diferenga."

A ARTE DE VENDER E A MAIS BEM-REMUNERADA NAS EMPRESAS

Uma analise dos ultimos quatro anos e meio da Pesquisa Salarial do Grupo Catho revelou dados sobre qual area na empresa traz melhor remuneragao.Anallsando a evolugao dos salarios nos ultimos quatro anose meio foi constatado que a area comercial foi a que mais teve aumentossalariais,enquanto que a area de recursos humanosfoi a pior area,com menos aumento.Segue tabela da porcentagem de aumento da remuneragao da Grande Sao Paulo para as diversas areas:

A consultora da Catho adverte, no ^ntanto, que dificilmente um prolissional conservador, timido e sem peifil Comercial consegue se tornar um bom Vendedorda noite para o dia, como um passe de magica. Este perfil, segundo cla, praticamente ja nasce, ou nao. Com cadapessoaepode serdesenvol^ido, ou nao, ao longo de sua vidaprofissional. "A pior coisa e fingir que e ^Iguem diferente de seu perfil verda deiro. Esta argumentagao falsa pode durar ate um mes, mas como toda Companhia testa o profissional duian'e algum tempo, perceberaque, napiadca, ele nao e o que procura demonshar", diz Ana Paula, recomendando ®empre cursos e especializagao pio^ssional para os executivos.

Mas nao e so o perfil de vende dor que deve prevalecer. Um bom CXecutivo hoje precisa sabei se Posicionartambem diante da realidade financeira e estar preparado paia Cnfreutar oscilagoes briiscas do mer cado de capitais. "Ter a nogao exado mundo das finangas e ''luito importante. Um exe cutive nao se laz apenas por ^Ongar projetos sensaciohais. E precise tambem ter ^ certeza que essas ideias tornem viaveis do ponto de vista de retorno financei•"o", ensina Miguel Ribeiro de Oliveira, da consultoria

Hibeiro de Oliveira e exPresidente da Associagao Nacional dos Executivos de f'inangas (Anefac).

Do mesmo jeito que re-

comenda aos investidores ter cautela e nunca colocar "todos os ovos em uma mesma cesta", o economista Luis Carlos Ewald, professor da Fundagao Getulio Vargas do Rio, tambem sugere que a mesma regra seja seguida na hora da gestao de caireiras. "0 perfil anojado e o mais procurado pelas em presas. Mas e sempre bom ter tam bem profissionais conseiwadores, que saibam pesaros pros e contras de cada situagao. Muitas guinadas inovadoras podem acabarcolocando emriscotodo 0 negocio. E preciso ter tambem aquela pessoa que sabera sempre ponderar OS contras de cada decisao", observa Ewald, autor do livro Sobrou. dinheiro! (Editora Bertrand).

Na avaliagao do vice-presidente da Associagao Comercial do Rio de Janeiro, Antenor Banos Leal, diretor tambem do gioipo Pena Branca, e muito importante se pieparar para o mer cado de trabalho. "Nada vale mais do que a qualificagao. Um profissional bem preparado tem muito mais capar *

cidade para enfrentar os desafios de cadadia. Quando coinecei atrabalhar, haquase40anos,ganhavapontoquem sabia ingles fluente. Hoje, este idioma. e pi6-ic(jLusito, assim como conhecimento de infomiatica. Acredito realmente que existe um perfil melhor para cada tipo de empresa."

Mas quem confia que leruma duzia de best-sellers de auto-ajuda empresarial e se especializar em modelos estrangeiros de gestao de carreiras pode resolver o problema dos de safios diarios, ai vai um conselho do experiente publicitario Lula Vieira.

Acostumadoalidai-comdiferentesperfis de executivos no seu trabalho, Vi eira adverte que nada mais ultrapassado do que seguir estes padroes. "E um modismocompletamentedecadente. Cadapessoadeve se destacarpelo o que tem de mais autentico. Se e um conservador;que sejao meUiorconser vador do seu segmento. E muito mais sincero e original, do que ficar a vida todafingindoseralguemmuitoaiioja-

® modemo. Essas coisas sempre soain falsas."

Jk 0 experiente publicltario Lula Vieira; "cada um deve se destacar pelo que tem de mais autentico"

G publicitario avalia que ha uma grande busca atualmenteporesta esposta sobre qual o melhorper fil. E nem mesmo especialistas no assunlo de gestao de caireiras sao capazes de dara respostafinal. "Muito simples. Porque naoexiste, nesle assunlo como em tanlosoulros, umaveirfadeunicae absoluta. Cada um de ve seguiro seufeeling.'' 4

A Luis(^os Ewald, da FGV: "muitas gulnadas Inovadoras podem acabar colocando em risco todo 0 negocio"
COMERCIAL SISTEMAS INFORMATICA FINANQAS MARKBING INDUSTRIAL REC. HUMANOS 40,5% 38,7% 38,4% 36,5% 36,0% 34,8% 34,2% i i i ^ "\; i ■" ' •' »* ]4 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004
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at um embriao de auto-regulamentaSao com estatutos de boas praticas, itias dai a elaboragao de um codigo ainda ha todo um processo ,pondera Renato Campos.

No ramo de automoveis, o piocesso comegou a andar. Medidas de carater regulatorio vem sendo implantadas desde 2001. Uma das mais imPortantes e a padronizagao dos critedos para definir o perfil do motorista, ^sado na hora de calcular o premio. Cada seguradora entrava com um tipo de perfil, o que causava muitos problemas. Criamos ate um glossario para unifonnizar termos usados nos questionarios", explica Ricaido

em debate

NICE DE PAULA

0 mercado segurador brasileiro esta discutindo propostas que podem levar a elaboragao de um codigo de etica e a auto-regulamentagao do setor. 0 processo comegou no inicio de 2004,quando a Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalizagao (Fenaseg) criou um grupo de trabalho para tratar do tema. Em fevereiro de 2004,o presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos, enviou cartas as empre sas, convocando-as a participar das discussoes. Em seguida, a Federagao realizou uma pesquisa entre as segu radoras para saber o que ja existe em lermos de auto-regulagao, quantas e

quais companhias possuem um codi go de etica e outros servigos especiais de atendimento ao consumidor.

0gi-upo de trabalho se debmgou sobre os codigos de etica de outras entidades, como o Conar (Conselho de Auto-Regularnentagao do Merca do Publicitario),a Anbid (Associagao Nacional dos Bancos de Investimentos) e a Anapp (Associagao Nacional da Previdencia Privada),alem de tro car experiencias com as seguradoras do Chile,que acabaram de implantar um sistema de auto-regulagao. "Estamos em fase de discussao", diz Benato Campos, vice-presidente da Fenaseg."Um codigo de etica e um projeto de auto-regulamentagao sao ideias para serem melhor desenvol-

vidas no ambito do mercado".

0 debate conlinua, mas ja come' ga a render frutos. Foram produzidoS documenlos de orientagao que,embo' ra nao tenbam o peso de um codigO' estao direcionados para um cenario de auto-regulagao.Sao eles: Guia de BooS Prdticas Corporativas para Redugdo e Prevengdo de Fraudes; Guia de Bo(P Prdticas Atuariais; Guia de Boas Prdti' cas Corporativas para Coberturas d^ Riscos Pessoais; Guia de Boas Prdticas Corporativas — Seguro Auto; Guia ds Boas Prdticas Corporativas — SegurO RC;Guia de BoasPrdticas Corporativas —Seguro Habitacional. Alem disso,est^ pronta uma minuta do que pode vir 3 ser 0 codigo de etica e auto-regulagao do mercado segurador."A Fenaseg tern

guradoras e aumenta a satisfagao do consumidor",diz Xavier.

Xavier,diretor de Automovel e Assunlos Institucionais da Fenaseg. Os avan 5os nao param por at. Esta quase pronto um banco com mais de 500 Perguntas que as seguradoras pode>'ao utilizar na definigao dos critenos para o perfil."0 banco nao vai lou bar a criatividade do mercado. As questoes estao M e cada empresa far4 sua propria combinagao",diz Xavier.

Um dos objetivos das medidas adotadas pela area de automoveis e a garantia do bonus para clientes que saem de uma seguradora para outra. Rara isso,a Fenaseg criou uma classificagao dos bonus, dividindo-os em categorias A,B,C."Nao estamosfalando em padronizar o valor oferecido, nias sim em padronizar a classe e garantir o direito ao bonus entre uma empresa e outra. Isso nao tira a competitividade entre ascompaniiias de seguius.Aocontrario,estimula. A classificagao pei mi te a migragao das pessoas entie as se-

Outro alvo das mudangas e a area contabil. Estao sendo estudadas me didas paia dar mais Iransparencia as informagoes financeiras. "Queremos assegurar que os analistas olhem o balango das empresas e tenham clareza sobre o resultado das operagoes.E um movimento que se alinha com o proposito das diretorias tecnicas de adotar normas de carater auto-regulatorio", afirma o diretor da Fenaseg. Xavier,no entanto,faz questao de frisar que nada e imposto as empresas,tudo e feito por adesao. As medidas funcionam como orientagoes da Fenaseg. Ao contrario do que geralmente acontece com os codigos de auto-regulamentagao, nao sao previstas punigbes para quem infringir as regras.

0 economista Rene Garcia, titu lar da Superintendencia de Seguros

Privados(Susep),e um dos entusiastas do processo de auto-regulamen tagao. Ele lembra que partiu da pro pria Susep a iniciativa de retomar a discussao sobre o assunto. 0 tema, ha mais de 10 anos,foi objeto de um estudo encomendado pela Fenaseg ao especialista em Direito Societario Nelson Eizerick, intitulado Autoregulagao no Mercado de Seguros. "0 melhor regulamento e aquele feito pelo proprio mercado, porque e uma criagao de instaneias coletivas. Senao, fica o mercado de um lado e o orgao regulador de outro",diz Garcia. Na opiniao do superintendente da Susep,a conseqiiencia natural da medida sera o aumento da eficiencia regulatoria, como aconteceu em ou tros paises. A auto-regulamentagao melhora a govemanga coiporativa,cria uma cooperagao do mercado com o orgao regulador. 0 mercado faz autoregulamentagao para se proteger; por que aumenta a confianga e a transparencia, cna mais seguranga para o consumidor e o mercado cresce", diz Um bom exemplo de pratica bem sucedida e o da Associagao Na cional de Bancos de Investimentos (Anbid)em relagao a certificagao dos funcionarios. Para melhorar o padrao de informagoes e aumentar a confi anga dos consumidores, os bancos decidiram qualificar os funcionarios que trabalham com fundos de inves timentos e criaram um Codigo de Auto-Regulagao para Certificagao Continuada. Acabaram se antecipando a uma exiggncia feita, mais tarde, pelo Banco Central. o

AUTO-REGUU
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Seguradoras estudam a ado^ao de um codigo de conduta e a padroniza^ao das normas
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0UTU8R0 • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004
OUTUBRO • NOVEMBRO -OEZEMBRO 2004
6^ ^ Renato Campos, da Fenaseg; "A auto-regulagao s6 sera adotada se puder conter praticas Inadequadas"
REVISTA DE SEGUROS 17

Hoje, existe um progi^ama para OS funcionarios que atendem investidores qualificados que ja certificou 5,5 mil profissionais e outro voltado para quem atua em agendas bancarias. Este ultimoja treinou 13 milfun cionarios. A meta e chegar a 50 mil, ate 2007. No total, o programa conta com adesao de 136 instituigoes, entre bancos,corretoras e assets."Qual a razao do sucesso do programa de certificagao da Anbid? E que ele foi totalmente concebido, montado, estruturado, alterado pelo proprio mercado bancdio, ou seja, tudo foi construfdo em conjunto com os bancos", diz Marcos Jacobina, superintendente de Auto-Regulagao e Certificagao da Anbid.

0 presidente do Conselho Nacional de Auto-Regulamentagao Publicitaria (Conar), Gilberto Leifert, endossa a tese dos beneficios da autoregulagao. 0 mercado de propagan da aprovou sen codigo em 1978 e, dois anos depois,foi criado o conse lho encarregado de garantir o cumprimento das normas. Desde entao,ja foram analisados 4.500 processes. "Tudo e feito de forma a privilegiar a rapidez e a simplicidade das decisoes. As recomendagoes das Camaras tem sido cumpridas normalmente, mesmo quando implicam em suspender a veiculagao de um aniincio", explica o presidente do Conar.

Quando uma denuncia contra uma campanha e apresentada ao con selho — por empresa associada, autoridade publica ou por consumidores — instaura-se um processo etico. 0

conselheiro relator perante o conse lho de etica pode ser um profissional da area de propaganda ou,ainda, um representante dos consumidores. An tes do parecer, o anuncio e defendido por sens responsaveis, em duas instancias."0surgimento do Conar coincidiu com um periodo de extraordinario desenvolvimento e amadurecimento da atividade publicitaria no Brasil. Nao considero que se trate de acaso. Havia censura a publicidade e o empenho da industria foi trilhar o caminho da liberdade, antecipandose no respeito aos direitos do consumidor. Os ganhos sao imensos e marcam profundamente a atividade",avalia Gilberto Leifert.

Elogios a parte, as seguradoras, principais interessadas no tema,man-

tem uma postura atenta e cautelosa. "0 mercado fica sempre assim, coino observador, mas esta comegando a se conscientizar, porque esta e uma tendencia no mundo inteiro. A auto-regU' lamentagao minimiza conflitos e, no Brasil, reduzira a carga regulatoria' j diz Ricardo Xavier. Para Osvaldo Nascimento,presidente da Associagao Nacional da Previdencia Privada(Anapp)» entidade que possui um codigo de eti ca para suas associadas, "a auto-regulamentagao e um passo importante? que reflete o amadurecimento do mer cado", mas depende muito da participagao das empresas.

No ambito da previdencia, ele destaca a atuagao da Anapp,via autoregulamentagao, no desenvolvimento de produtos que mudaram o mercado: o Piano Gei'ador de Beneficios Livres (PGBL)e o Vida Gerador de Benefici os Livres (VGBL). "Para um progra ma de auto-regulagao ser hem sucedi-

GRAS PARA PROTEGER EMPRESAS E ClIENTES

A minuta do Codigo de Elica e AutoRegulagao do Mercado Segurador reune,de acordo com o proprio documento,"o conjunto de normase principios a que osetor decidiu sujeitar-se,voluntariamente,com objetivo de propiciarseu desenvolvimento,em harmoniacom os principios da liberdade,de iniciativa, da livre concorrencia e boa-fe,que devem existir entre as empresas e entre estase sous clientes". Veja algumas das principais regras:

► Asempresasseguradorasdeverao pautar-sepelospadroesdeetica, sobretudo noquediz respeitoa integridade,amoralidade,aclarezade posigoes,asrelagoesjustaseaboa-fe

nas relagoescomerciais, com vistas a motivaro respeito e a confianga do publicoemgeral.

► Saoeticamentecondenaveis praticas comerciais coercitivas e desleais, abusode poderem situagoes conjunturais, tanto na relagao das empresas entre si, como na relagao das empresascom oconsumidorfinal.

>■ Eobjetivo desse codigo assegurar quetodososque compram produtos oferecidos pelo mercadosegurador sejam esclarecidos sobre ostermos e condigoesdaapolice, possibilitando assim umaescolhainformadasobre0 quee maisadequado paraeles.

► Os consumidores precisamestar cientes do codigoedo que elefornece

do, as empresas devem atuarjunto a ®uas associagoes de fonna ativa, para que OS temas de interesse comum pos Sam ser tratados de maneira estruturada", ensina Nascimento.

Renato Campos destaca que a tiredidanao seraadotada pelas empre sas gratuitamente. "Ningu6m vai fa^erauto-regulameiitagao poiqueSbo

nito, ate porque isso exige um pioces So, custa caro. As empresas so vao adotar as normas se elas seiTirem para conterpraticas inadequadas, que acabam indo contra o mercado como um todo. So vejo auto-regulagao em areas que interessem as empresas. Algo que possaprotegeromercadodeagoes indesejaveisdoconcorrente. Naodapara

quandocompramseguros. Adicionalmente,osseguradosdevem estarcientesdosmecanismospara reclamagaoem vigorparaatende-los nassituagoes nasquaistenham sido prejudicados.

^ As seguradorasdevem informara seusclientesdeformaclarae inequivocaascaracteristicasdos produtosoferecidos,emespeciala extensaodascoberturaseas limitagoesimpostaspelasclausulas restritivas.

Nadivulgagaode produtos de segurosnao poderaoserincluidas informagoesdiferentesdasquefigurem nosdocumentos(contratos,manualdo segurado).

auto-regulamentartudo", afirma.

Exatamente por isso, o vice-presidente da Fenaseg acredita que o modelo mais adequado e hem diferente do chileno, pais onde as seguradoras adotaram um codigo unico e generico para ser aplicado a todos os produtos. Pessoalmente, Campos prefere umpro cesso segmentado, com codigos mais especificos e diferenciados por areas de produto, a exemplo do que foi adotado no Brasil pela Anbid.

Rene Garcia, da Susep, enumera tres pontos pelos quais "gostaria mui to" que as empresas aderissem aautoregulamentagao: transparencia contabil, pratica de concoiTencia desleal e avaliagao de risco. "Em concorrencia

desleal entram propaganda e procedimentos nao muito adequados. Na avaliagao de risco, estou falando da criagaodeumrattingparaasempre sas, com criterios fixados pelo pro prio mercado. Nao que ele elabore o ratting, mas que defina criterios de avaliagao a serem seguidos por to dos OS que forem fazer isso", diz Otimista com os avangos. o superintendentedaSusepnaovegrandes diliculdades no processo que pode levarosetoraauto-regulagao. "Dojeito que o mercado no Brasil e concentrado, para que sejam aplicados es ses parametros, basta as grandes se guradoras adotarem que as outras acompanham", pontifica. 4

IT-
A Marcos Jacobina (adma) comemora o sucesso do programa de certiflcagao da Anbid e Rene Garcia (a dir.), da Susep, aplaude os avangos do processo de auto-regulamentagdo do mercado segurador
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OUTUBRO NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 REVISTA DE SEGUROS 19

rar um documento com as principals ocorrencias, visando diminuir a incidencia desses eventos.

Sindicatosdasseguradoras

assumem o papel de contribuir parauma sociedade mais justa

O problema e de TODOS

em varies estados brasileiros

Cresce a cada dia a participagao das seguradoras em agoes de responsabilidade social. Muito mais que filantropia ou benemerencia, o conceito de responsabilidade social e uma nova maneira de conduzir os negocios em que as empresas assumem a parceria ou a co-responsabilidade pelo desenvolvimento social da comunidade em que atuam e da sociedade em geral. A atuagao das companhias nesta area tambem vem sendo potencializada pela partici-: pagao cada vez maior dos Sindicatos das Seguradoras. Em diversos estados do Pais,OS sindicatos tern sido os principais atores de movimentos que buscam contribuir com o bem comum e a melhoria da qualidade de vida de todos.

0 bom desempenho dos Sindica

tos das Seguradoras nesta area se explica pela propria caracteristica da atividade seguradora, conforme demonstra o presidente do Sindesesc, Sergio Passold. "As atividades de seguros,previdencia e capitalizagao tern

j:A Mucio Novaes (centre) na assinatura do convenio para cessao de liiiMuinas digitals aos agentes de trSnsito: alian?a pioneira em Recife

como principal objetivo dar paz de espirito e tranqiiilidade as pessoas. Elas possibilitam o planejamento de um fu ture melhor, preservando renda, emprego, saude e o patrimonio de seus consumidores. E natural que as pes soas desejem proteger o que ja conquistaram ou mesmo garantir um futuro mais seguro para seus filhos e suas familias. Da mesma forma, as empre sas do setor tambem desejam uma so ciedade mais justa, mais equilibrada

e que de oportunidades para todos."

Passold lembra que em 2002,43 empresas e cinco sindicatos desenvolveram diversas agoes sociais, realizando um investimento total supe rior a R$ 70 milhSes. "Sao valoi'cs significativos que indicam o esforgo do setor no exercicio de sua respon sabilidade social", afirma.

De la para ca a participagao dos Sindicatos das Seguradoras expandiu ainda mais englobando agoes na area

da saude,da educagao,da seguranga publica e meio ambiente.

DISQUE-DENUNCIA - Em Sao Paulo, o Sindicato das Seguradoras faz parte ha cinco anos da diretoria do Instituto Sao Paulo contra a Violencia entidade que opera o Disque-Deniincia e atua em diversos projetos como o Abrace o Seu Bairro,o Fonim Metropolitano de Seguranga Pilblica e a Rede Nacional de Observatorios de Direitos Humanos.0Disque-Denuncia recebeu no primeiro semestie de 2004 420 mil ligagoes. Nos primeifos sete meses do ano conseguiu solucionar 13 mil denuncias.Junlamente com outras agoes promovidas pelo govemo, ele e responsavel pela ledugao da sinistralidade em algumas regioes do estado,como o ABC,o que e um ganho para as seguradoras, mas o volume maior de casos resolvidos referem-se a maus-tratos, trafico de entorpecentes e homicidios, o que afeta toda a sociedade.

"Quando o Institute foi ideali-

zado so o nosso sindicato e a Febraban estavam dispostos a participar", relembra o presidente do Sindicato das Seguradoras de Sao Paulo,Paulo Marracini."Hoje a entidade tambem envolve a Fiesp e a Fecomercio. A receptividade no nos so setor foi tao surpreendente que algumas seguradoras tambem participam por conta propria."

Tambem na area da seguranga publica, o Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais doou recentemente um gravador telefonico digital para a Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veiculos.0 aparelho reduziu a morosidade e aumentou a seguranga da populagao. No sistema antigo, por fitas cassete, a transcrigao das conversas telefonicas entre as quadrilhas demorava ate um ano para ser feita.

Agora a transcrigao e automatica,o que agiliza processos e prisoes.

Para o proximo ano, o sindicato estuda uma parceria entre a Comissao Tecnica de Automovel e a Delegacia de Furtos e Roubos para elabo-

Em Peniambuco, o Sindicato das Seguradoras,Sincor,o Detran e o BataUiao de Policiamento de Transito assinaram um convenio para a cessao de 15 maquinas fotogralicas digitais que serao utibzadas pelos agentes de tran sito paia a realizagao de Boletins de Ocoixencia em acidentes sem vitiinas na regiao metropolitana de Recife. Os agentes de transito participarao de um curso de capacitagao ministrado pela Funenseg. As folos vac beneficiar os condutores de veiculos em caso de eventuais agoes judiciais que sejam movidas entre os envolvidos para o ressarciinento de danos materials. Almn de garantir mais fluidez ao trafego local."Peniambuco e o primeiro estado no Pals a realizar esse tipo de convenio entre entidades privadas e poder publico, a fim de equipar OS,agentes de transito,facilitando o trabalho deles e beneficiando a po pulagao de modo geral porque os bo letins de oconencia serao elaborados defonna mais completa",afinna o pre sidente do Sindiseg, Mucio Novaes.

AMIGOS DO SEGURO- Na aiea de Educa gao para o trabalho o Sindiseg-PE e paiceiro do Sincor no Progiama Amigo do Seguro,capitaneado pela Funenseg. Com o apoio das principais empresas do mercado de seguixisdoestado,o pmgiama da oportunidade ajovens de bai xarenda,tiualificando-os para o ingresso no mercado de seguros.

A mesma ideia loi adotada pelo t>

RESPONSABILIDADE SOCIAL
SOLANGE GUIMARAES
20 REVISTA DE SEGUROS
Scnhor cmpri-sarlor Descubra novos lalentos, contrata eslagiar/^p.^o c|f, No Parana, o Sindiseg ap6ia o Programa Amigo do Seguro: jovens de baixa renda gantiam qualificaGao para trabalhar
OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEM6R0 2004
OUTUBRO • NOVEMBRO • OEZEMBRO 2004
REVISTA DE SEGUROS 21

Sindicalo ajuda a manter cursos em parceria com os Defensores' ^iii

da Tena: preocupapao ecologica com a bela cidade do Rio ii—m,"'

Sindicato das Seguradoras do Parana, que acaba de formar a primeira turma de 29 alunos. Os meninos e meninas que cursam o 2° grau na rede publica de Curitiba receberam uma formaQao basica em seguros e estao capacitados para futures eslagios em seguradoras e eoiretoras. 0 projelo envolveu o Centre de Integragao Empresa-Escola (CIEE) e o escritorio regional da Funenseg,o Sincor.0curse foi realizado pelo Clube da Luluzinha, um grupo tecnico que reiine as muIheres que trabalham no mercado segurador do estado.

Os estudantes aprenderam teoria geral de seguro,seguro de vida, previdencia complementar, seguro de automoveis, seguro saude, seguro de ramos diversos e tiveram palestras sobre etica profissional e motivagao pessoal e profissional. Agora o sindi cato busca inseri-los no mercado de trabalho."Acreditamos que e uma for ma desses alunos conhecerem o que pode ser uma futura profissao e colaborar no desenvolvimento de suas capacidades",analisa o presidente do Sindiseg-PR,JoaoGilberto Po.ssiede.

DEFENSORES DA TERRA-Trabalho tambem esta entre as agoes socials desenvolvidas pelo Sindicato de Santa Catarina. Juntamente com algumas seguradoras, a entidade doa mensalmente materiais recicMveis parao movimentoJustiga, Trabalho e Cidadania do Presidio de Blumenau.0volume de papeis doados para a reciclagem supera a marca de 10toneladas/ano.Em2002 o sin

dicato doou duas fabricas de artefatos de cimento para as unidades de Blumenau eSao Bento doSuldo Cerene eumafalmcade pranchasdesurfe para o Greta. Para as duas entidades, Cerene e Greta,que atendem dependentes de drogas, as fabricas possibibtam a terapiaocupacionaldos in ternes e, para muitos, uma formagao profissional. Tambem representam uma importantefontederecursos para custear parte dos internamentos

E ha dez anos o Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro patrocina programas de conscientizagao ambiental e promove agoes de defesa do meio ambiente, por meio do convenio com a Associagao Defensores da Teira. A ONG ministra cursos gratuitos de formagao ecologica abertos a comunidade,organiza ciclos de palestras e campanhas,como a OKU ABO de Educagao Ambiental para Afrodescendentes,os Abragos Ecoldgicos as Unidades de Consei'vagao,a SOS Rios e as campanha Praias Limpas.0jomal e os atos publicos organizados pela ONG tambem recebern o apoio do sindicato que,assim,bus ca melhorar a qualidade de vida da populagao carioca e preservar o belissimo Rio de Janeiro.

A maioria dos sindicatos procura promover agoes para que a sociedade conhega melhor a atividade seguradora e aprenda a evitar situagoes de risco. E grande a quantidade de cursos e campanhas por segurang^ no transito e redugao de acidentes. Mais que reduzir a sinistralidade, n que se procura e aumentar a expectativa de vida saudavel e feliz. Gornu diz o presidente do Sindiseg-PE' Mucio Novaes,"nao podemos niai® esperar que o Governo seja respoO' savel por tudo. Cada segmento teiu que colaborar no que puder".

tnhasdo Agasalhoe NatalSemFome P arecolherroupas.alimentosebrinqiefcparaascnansasassistidas

ginas 4 e 5

Mcdalidacles

Sao OS seguradores assuming" o compromisso de adogao e dissO' minagao de valores, atitudes, coiU' porlainentos e procedimentos mai® positives dos pontos-de-vista eticU' social e ambiental. >

Consuntidor mpretsas

E mais:

Rene Qarcia avalia o impacto das mudan^as do setor P6gina

Formadores de opiniao apoiam a classifka^ao dos ti'tulos

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WQ I^IC
No KioGrande do Sul,„Si„di„„„ das Seguradoras"adow a creche da AeaocacaoJardiradosCoqueiraacem
22 REVISTA DE SEGUROS
iEGMENTA^AO E ^ PALAVRA-CHAVE^RA ^ FUTURO DA C^TAMZA^AO
Publicagdo da Comissao de CapitolizoQao do Federojao Nodonal dos Empresos de Seguros Privados e de CapitaNzaQoo - /AFonaseg
EDigAO ESPECIAL
OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 20"''
3 '''
v.'u V. P6gina 7

SETOR QUER ESCLARECIMENTO PARA O CLIENTE

SILVANA FERLINE

Ao completar 75 anos no pais, o mercado de capitalizagao inova com produtos e estrategias para atingir, a cada dia, um nuinero maior de clientes.

0 setor, por meio da Coraissao de Capitalizagao da Fenaseg (Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalizagao), ha tempos demonstra a pi'eocupagao em deixar sens tftulos mais transparenles e de facil entendimento. A iniciativa de uma pesquisa para posicionamento dos produtos e de extrema importancia para o segmento e veio cumprir um papel fundamental: ouvir o consumidor final.

0 resultado, alem de melhor posicionar o mercado, sera um excelente instrumento para estudo, analise e ajustes no negocio de capitalizagao.

Uma das primeiras necessidades apresentadas e a categoriza^ao dos ti-

tulos. Hoje, eles estao divididos em financeiro, popular, de incentivo e compra programada. A intengao e, por meio de legislagao especifica, torna-los mais flexiveis para atender melhor a clientela de forma segmentada.

Outro item importante detectado e a dificuldade de entendimento, pelo cliente, da terminologia tecnica utilizada, demonsti'ando que e necessario readequar as condi^-oes gerais, tornando-as mais simples e compreensiveis para o publico. Desta forma, a ciescente expectativa do consumi dor hrasileiro em conhecer e entender melhor o que adquire sera atendida.

A divulgagao e as campanhas de midia dos produtos de capitalizagao tendem a se tornar mais agressivas para atingir os diversos nichos de mercado envolvidos, buscando com isso extra-

MERCADO PREPARA MUDAN^COMo AUXILIO

DO CONSUMIDOR

Pesquisa inedita e desenvolvida para aprimorar as regras dos titulos de capitaiizagao e conhecer melhor as necessidades de seu publico

Silvana Ferline e gerente senior de capitalizaqao do HSBC polai OS limites da base de clientes das instituigoes financeiras. Essas mudangas, que devem comegar no proximo ano, trazem expecta' tiva de erescimento para o mercad" e aproximam cada vez mais o consuifi' dor das companhias do setor.

CAPITALIZA^AO FAZ ANIVERSARIO E COME^A 2005 OTIMISTA

Em 1850,o Frances Paul Viget, entao diretor de uma cooperativa de mineiros, idealizou um sisterna baseado em contribuigoes mensais, visando a constituigao de capital garantido, page no final de prazo previamente estipulado ou, antecipadamente, atraves de sorteio. Esse sisterna, chamado capitalizagao, ganhou forga na Franga, no seculo XX, e logo se espalhou para os paises da America Latina.

No Brasil, chegou em 1929 atraves da Sul

America Capitaiizagao S/A, mas apenas tres anos mais tarde e (|ue foi autorizado o funcionamento das sociedades de capitaiizagao atraves do decreto n" 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, que estabelecc o seguinte: "as unicas sociedades c[ue poderao usar o nome capitaiizagao serao as que,autorizadas

pelo Govemo,tiverem por objetivo oferecer ao pubhco, de acordo com pianos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constitui gao de um capital mmimo perfeitamente determinado em cada piano e pago em moeda con-ente, em um prazo maximo indicado no dito piano, a pessoa que subscrever ou possuir um titulo, segundo clausulas e regras aprovadas e mencionadas no mesmo titulo".

Nos anos 40,grande parte das reservas tecnicas foi destinada a construgao civil especialmente a projetos habitacionais. Ja se contava com 17 companhias localizadas entre Rio de Janeiro,Sao Paulo e Porto Alegre

Cmn 0 acelerado aumento da inOagao na ecada de .50, a capitaiizagao se mostrava pouco in.eressante para a populagao. Um

dos problemas identificados foi a necessi' dacle da inclusao de clausulas para atuali' zagao de valores,o que era inviavel na epo' ca. Isso se deu ate meados dos anos 60' quando foi institihda a conegao monetari^' Nos anos80,apareceram seis novos congl"' merados financeiros, sobreviventes dos di hceis anos 50 e 60. Esse foi o principio da retomada do mercado, que ganhou forS'^ nos anos 90 com a estabilizagao da nioeda"Hoje, completando 75 anos no pafs, capitaiizagao amadureceu e prepara mii' dangas significativas, principalmente, e'^ relagao a segmentagao e regias dos proda' tos. Coin isso, e esperado um expressi^" erescimento do mercado para os pioxin'as anos , diz Rita Batista, presidente da Uo niissao de Capitaiizagao da Fenaseg.

Desde que comegou sens negocios no Brasil, o mercado de capitaiizagao sempre buscou a transparencia e a proximidade com sens cli entes. Este ano, para intensificar essa rela gao,a Comissao de Capitalizqgao da Fenaseg, com apoio da Susep (Superinlendencia de Seguros Privados),encomendou ao Instituto GERR do Rio de Janeiro, uma pesquisa para saber qual o entendimento da populagao sobre o conceito e funcionamento dos titulos de capitaiizagao.

Para comentar sobre os resultados da pesquisa e mudangas previstas para o mercado,o Leia Cap enlrevistou Rene Garcia,superinleiidente da Susep:

Qual a importancia da capitaiizagao no pais neste momento em que sao completados 75 anos?

Os tftulos de capitaiizagao sao uma forma de captagao de poupanga popular e tern apresenlado um aumento significativo no volume de vendas nos ullimos anos,decorrente tanlo da estabilizagao da moeda, quanto de regras mais claras na sua comercializagao. Soinase a isso a oferta de produtos diferenciados, tornando-os mais atraentes para os consuinidores.0erescimento das resei"vas dos titulos representa uma parcela importante dos lecursos destinados a polftica de investimentos do Governo Federal.

Diante dos resultados obtidos com a pes quisa, o que se pode esperar do merca do a parlir de agora?

Apesar de se observar uma melhoria gradual na comercializagao dos produtos,ficou clara a necessidade de uma maior transparencia lias inforinagoes oferecidas aos consumidores. Ainda que todos os produtos disponibiliza-

dos estejam adequados a legislagao espe cifica, esse resultado mostra que as infor inagoes que chegam aos clientes sao insuficientes ou nao sao totalmente claras para um complete entendimento do produto. Espera-se que o mercado,cujo objetivo princi pal deve ser a satisfagao de sens clientes promova as alteragoes necessarias nas infor inagoes relativas aos sens produtos ou crie novas maneiras de prestar esses esclarecimentos de forma a assegurar um nivel de entendimento satisfatorio.

A pesquisa revelou a necessidade da segmentagao. 0 que isso representa? Embora os tftulos de capitaiizagao tenliain a mesma estiutura e estejam subordinados a igual legislagao, a variedade de opgoes em sua comercializagao acabou criando giupos diferenciados. Numa primeira classificagao,pode-se agiupa-los em: produtos de caiater financeiro,os voltados para a aquisigao de bens,produtos de apelo popular,e tf tulos usados como incentivo na comercia lizagao de outros bens e/ou sei-vigos. A seg mentagao permitira criar inforinagoes especfficas para cada grupo com objetivo de propiciar um melhor entendimento sobre a proposta de cada segmento.Como resultado, OS consumidorcs saberao que se trata de tf tulos de capitaiizagao, mas com enfoques (liferentes e,de posse desses dados,poderao adquirir os produtos que melhor atendam suas aspiragoes.

Houve surpresa em relagao aos resul tados obtidos?

Em pane. Nao e diffeil eiitender o desconhecimento dos produtos nos grupos de nfio consumidorcs, pois a divulgagao dos tftulos de capitaiizagao na mfdia nao e expressiva logo,o nfvel de conheciinento nao e elevado.Contudo,quando se trata dos grupos consumidores,chega a ser suipreendente o nfvel de desconheciniento apresentado,o que leva ^ conclusao de que nao adiaiita concentrai-

esforgos na apresentagao dos produtos, estabelecendo inforinagoes precisas, se essas infoiuiagoes nao sao compreendidas pelos consumidorcs ou, muito pior, nao sao passadas a eles no momento da aquisigao.

Quais as mudangas previstas?

Novamente em conjunto com as empresas do setor,a Susep estuda propostas de reformulagao das normas especfficas em vigo^ de forma a possibilitar maior flexibilidade na elaboragao e oferta de produtos, lornando-os mais atraentes para o publico-alvo. Essa reformulagao tera como direUazes basicas o aumento da credibilidade e da transparencia na comercializagao dos tftulos.

Quais as perspectivas para o segmen to em relagao ao proximo ano? A Susep,em conjunto com o mercado,ira li-abalhar na oferta de uma maior quanti- dade de tftulos atrativos ao pequeno e medio consumidorcs,com foco principal na poupanga popular.Cada empresa,a parn- de suas peculiaridades, como estraegia empresarial,publico-alvo,entre oulosfatores,deve procurai-definir e identific^roportunidades ainda naoexploradas.

▲ EDITORIAL
"iib
L ENTREViSTA
.JJBLICAgAO DA cON\,SSAO DE CAPITALIZ^AO^^ FENASEg,^ PUBLlCAgAO DA COMISSAO DE CAPlTALlZAgAO DA FENASE^
Rene Garcia ^^f^perlntendente do Susep

SEGMENTA^AO GERA MAIS TRANSPARENCIA E C

Regras especificas buscam esclarecsT

Com a ampliasao do mercado de capitalizagao no Brasil, varios tipos de titulos tem surgido para todas as classes e pdblicos. For meio da proposta de segmentagao, o setor pode ser dividido em quatro categorias: incentivo, compra programada, popular e fmanceiro. Dentro dessa d.visao, as empresas tem langado seus produtos, sendo que uma mesma coinpanhia pode chegar a ter titulos direcionados a mais de uma modalidade. Para entender melhor esse panorama o Leia Cap entrevistou representantes de algumas empresas da Comissao de Capitalizagao para contar um pouco mais'sobre o objetivo de cada segmento.

Incentivo

Os titulos de capitalizagao dessa categoria tem como objetivo promover a venda de outros produtos, por isso fogem um pouco da sua configuragao original, ja que geralmente sao utilizados para alavancar operagoes das companhias e estimular a adimplencia dos clientes.

"Por ter como atrativo o aspecto do sorteio, uma formula que funciona e chama a atengao dos latino-americanos, essa categoria nao apresenta um publico especifico, ja que depende do tipo de produto que e ofertado. Na medida em que a capitalizagao desenvolva mais o sorteio de bens, o titulo de incentivo tera um papel mais re- te '

levante. A explicagao seria o fato do pagamento do sor teio ser feito com 0 produtq, e nao em dinheiro, o que o torna mais atraente", explic^ Oswaldo Nascimento, diretor de vida e previdenr

IBILIDADE PARA A EXPANSAO DOS NEGOCiOS

^tivos de cadaproduto e modalidade

Popular

cia do Itau. Quando se fala na aproximagao com' o consumidor,_Rozallah Saninm diretor

de capitalizagao do Unibanco, afiiTOa que a comunicagao e a pala- ] vra-chave no ne-I gocio de capitalizagao. "Os clien tes devem saber quais as vantagens e modalidade de capitali zagao para comprar o titulo mais adequado para suas necessidades. A pesquisa encomendada pela Fenaseg forneceu para as empresas de ca-

^ P'tahzagao otimos insights dos

^.chentes. Todo o material levantado devera funcionar co010 um diiver de mudangas no segmento de capitalizagao durante o ano de 2005", observa o executivo.

Compra ornaramadM

Os titulos dessa categoria ofereceoi ao consumidor uma maneira simp'®''' e facil de programar a compra de um bem. Voltado principalmente pai'U a® classes B e C, esse produto tem eO' mo foco o cliente que tem a dispo'ii' bilidade de resenmr um pouco de di' nheiro no final do mes. Aplicando uiua detemiinada cjuantia, ele pode, depu' is de um periodo, adquirir o que sonhava, como um carro ou uma ca^a e, com esse estimulo, o empenho oa' poupar e maior.

Com valores reduzidos para a a quisigao de um titulo e Premios atraentes, esse Segmento demonstra ex pressive numero na ventla de seus produtos. A tiodalidade popular pertiite que o consumidor •Je menor poder aquisibvo tenha acesso a oPortunidade de guardar •Jinheiro e concorrer a premios.

! Como o alvo desse produto sao as t^lasses C e D, Ryvo M. Santos,

Financeiro

gerente de produtos de capitalizagao da Caixa Capitali zagao, explica que 'esse piiblico precisa de uma comunicagao direta, sim ples e objetiva, o que reforga o conceito desse tipo de titulo, centrado na chance de coneorrer a pre mios atrativos e ainda reeeber parte ou todo o valor guardado", comenta.

Para Ronaldo rente ope-

racional da sucursal do Rio de Janeiro da Lideranga Capitalizagao, "a segmen tagao devera contribuir para uma melhora na identificagao dos diversos titulos existentes no mer cado, alem de ser , lima importante ferramenta para manter a trajetoria de crescimento que o segjmento devera apiesentar para os proximos anos avalia.

A segmentagao e o primeiro pus^a paia esclarecer o consumidor. Espa ramos que, com novas regras, o fata ramento do mercado dobre nos pib'"' mos cinco anos, ja que ficara ma'® facil para o consumidor entender a objetivo de -si

renda bem diversa e a procu•"a por produtos tem crescido Sragas a evolugao da tecnologia ® 0 aumento da divulgagao.

Ao busear um titulo da modali'lade financeira, o consumidor 4uer uma forma alternativa de I^Uardar dinheiro de maneira Iprogramada, bicorporando valor do pafemento do ti'alo a sen orSainento menjj^al de despe■^as. Alem dis^0, ha o apelo

tlestinado principalmente a cor•■entistas dos bancos, o publico leste segmento tem uma faixa cada produ to", explica Sergio Diuana, vicepresidente executivo da Sul America' Capitaliza-, gao.

Labes, dretor

de sorteio, que serve tambem como instrumento para disciplinar o habito de poupar", e o que explica Norton Gla- i;lies

geral da Bradesco Capitalizagao.

$iCom um portfolio variado, a modalidade chama a atengao de quem opta pela compra de um titulo. Priscilla Chiavelli, superintendente de capitalizagao do Santander, conta que "ha produtos para clientes interessados em concorrer a muitos premios e tambem para aqueles que utilizam os titulos de capitalizagao como forma de se disciplinar para guardar di nheiro e realizar um soniio, mas tambem nao abrern mao de c;oncorrer a sorteios

nesse periodo".

Ao entender o que e um titulo de capita gaoesuascaracteristicas,oclienteganln COI langa paia adquirir o produto >»n.a.se toL-A grande vautage™ d' dado financeira e funcionarcom,

-".natruinemodisciplinadoremoli™

Kj para o clijonte juntar reI'ursos ,eoqut -lafirina Josie An. J tonjo Maia Pi. Ineiro, gerente 1 de mercados e muj Pwlutos da Bra- s.leap. A chance desse consumidor se, piemiado em sorteios periodicos anter^ipa a realuagao de sonhos e a eoncretizagao de projetos de vida", conclui Pineiro.

i" MERCADO
^
COMISSAO DE CAPITALIZAgAO DA FENASE<^^PUBLICAgAo cOMiSSAO DE CAPITALIZAgAO DA FENASEG

DETEC ABRE G\MINHO PARA OS NOVOS RUMOS

DO SEGMENTO

Para o proximo ano, com base nos resultados da pesquisa divulgada pela Fenaseg sobre a visao do consumidor em relagao aos titulos de capitalizagao, mudangas estao sendo planejadas para as suas regras de funcionamento. A ideia e trazer mais transparencia e confiabilidade ao produto e quem cuidara diretamente disso e o Departamento Tecnico Atuarial da Susep (Detec). Area que tem fungao de fazer a analise e aprovagao dos produtos de capitalizagao, alem de elaborar normas e fornecer respostas a consultas feitas por clientes, 6rgaos publicos e sociedades de capitalizagao.

Os resultados mostraram um grande desconhecimento dos produtos por parte dos consumidores, o que demonstra informagao mal transmitida no mo-

Edson Donega coordena a Gerencia de Bens, Responsabitidade e Capitalizagdo da Susep mento da aquisigao."0 Delec preve que haja mudangas na comercializagao dos titulos, desde que nao sejam observadas irregularidades em relagao as normas vigentes. Isto porque a legislagao emitida pela Susep aten-

VENDA DE QUALIDADE SE DESTACA COMO FATOR FUNDAMENTAL NA RELA^AO CLIENTE E EMPRESA

de ao previsto no Codigo de Defesa do Consumidor e outros normativos", conta Edson Donegal coordenador da Gerencia de BenSi Responsabilidade e Capitaii' zagao da Susep.

Feito isso, eabera a Susep analisar as propostas de alteragoes de clausulas e definigoes dos regulamentos que tornem os pi"0' dutos mais transparentes, pet' mitindo um entendimento comple' to por parte do publico-alvo. Es' sas mudangas, que tem como objetivo principal trazer regras eS' pecificas para cada produto e modalidade,'vem sanar as di' ficuldades enconti'adas pelos cH' entes quanlo a compreensao da sistematica dos titulos de capitalizagao.

INTEGRA^AO DE AREAS TECNICAS E IMPORTANTE PARA DiNAMIZAR AS ALTERAGOES DOS TITULOS

Utn dos principals motives para as "ludangas nas regras dos titulos de Capitalizagao e beneficiar o consu"tidor e ajuda-lo a entender, de mo"lo geral, o que e o produto. 'Centre os problemas encontrados, c diferenciagao entre cada tipo de '•tulo e apontada como uma das cau^as para a confusao e a inconipreCfisao. "Ninguem sabe a diferenga ''e tipos, marcas e termos contra'^lais e e ohrigagao que essa infor''lagao seja esclarecida no inomen'a da compra", e o que diz a jorna'•sta Nadja Sampaio, autora do reCein-langado Guia de Defesa do Con^Uinidor.

percepgao do cliente em relagao

aos produtos e fundamental para o mer cado detectar as falhas e tornar possiveis as transformagoes. Hoje, com a popularizagao, os titulos de capitalizagao nao sao mais vistos como um carne de mensalidades, mas sim como uma poupanga programada.

Em fungao de uma maior divulgagao, ja se nota uma diminuigao quanto ao nuniero de reclamagoes referentes a produtos de capitalizagao nos orgaos de defesa do consumidor e na imprensa, mas ainda e preciso mais para mudar a impressao que muitos brasileiros tem de que estao perdendo ao adquirirein um titiilo.

Patricia Polo, jonialista especializada em defesa do consumidor, coiicorda que o

produto nao e um vilao. "A obrigagao de quitar mensalidades e, para muitas familias, a unica inaneira de se conseguir algum bem no futuro. 0 brasileiro, de modo geral, nao e poupador, nao guarda dinheiro. A capitalizagao pode ser, sim, uma maneira eficiente de se reforgar o habito de poupar. Desde que, quando da venda, sejam esclarecidas corretamente suas caracteristicas, vantagens e desvantagens", afirma. Ao mapear o mercado para saber suas necessidades foi dado o primeiro passo para a refomulagao em busca de uma melhoria. "E preciso decifrar os termos tecnicos contratuais para torna-los mais acessiveis ao publico que compoe esse mercado", conclui Patricia.

REFORMULAGAO DAS REGRAS E NECESSARIA PARA REFORG^ACONFIANGA NO PRODUTO

ccomo o Atuarial e de Teenologia. Dentre as varias agoes promovidas pelo Subgrupo de Contadores neste ano, destaca-se a proposta de alte■asao f„,muUri„3 de 50es periddicas da Suaep, buacando simplificar e dar mais clareza is agoes.

Segundo Joao Guarda, coordenador do bubgrupo de Contadores, "para 2005 a equ.pe devera continuar a se reunir regularmente, sempre com a pro- P sta e prover a Susep e o mercado de capitalizagao das melhores prati-

>nlabeis, propondo e efetuando

^justes necessarios de forma a qualificar cada vez mais os proxi-

ssos do segmento", coinct^' ta o executivo.

Mbano Gongalves, consullor de seguros, palestrante e professor da Punenseg (Fimdagdo EscolaNaciofial de Seguros) comenta suas impressoes sobre os resultados obtidos com a pesquisa e possiveis mu dangas no mercado de capitaliza gao. Acompanhe no texto a seguir:

'A pesquisa, encomendada pela Fe naseg sobre a visibilidade do setor de capitalizagao, apresenta algutias informagoes que merecem •"egistro, ja que entrevistou portadores de titulos de capitalizagao, Hao portadores e formadores de opiniao.

lizados por corretores de seguros, en tre outros, contribui para confundir o consumidor final sobre, verdadeirainente, o que seja comprar um titulo de capitalizagao e qual sua finalidade. E, por esta razao, este segmento devera sofrer mudangas substanciais em sua estrutura, como aconteceu tambein com a previdencia complementar. Hoje podemos afirmar que existem duas linhas basicas de produ tos; VGBLs e PGBLs. A capitalizagao oferecera titulos voltados a aciimulagao de capital, on com o foco mais especifico no componente Itidico do sorteio.

pessoal da imprensa pude notar que houve um aumento na simpatia e aceitagao sobre o conceito de que o tituo, uma vez entendida sua logica, auxil>_a o portador no processo de educaSao financeira. Alguns jornalistas passaiam a escrever materias neste sent'flo e aos poucos o publico vai perceber que este produto podera ajudar a aumentar o numero de poupadores renitentes.

Joao

Para agilizar e acompanhar as alte ' com outros subgrupos da Fenas mos pa ragoes contabeis e fiscais propostas pela Susep, a Comissao de Capitalizagao da Fenaseg conta com a ajuda do Subgrupo de Contadores de Capitalizagao, coinposta por representantes das principals companhias do mercado.0 objetivo dessa equipe e participar das discussoes com a Susep sobre a legislagao e procedimentos inerentes a atividade. Alem da analise de problemas conta beis do setor e a apresentagao de solugoes que sejam de interesse tanto da Susep, quanto da Cornissao, o grupo nao se atem somente ao uni verse das normas contabeis, mas tambem interage direla e efetivainente

A grande variedade de produtos de capitalizagao oferecida por banCos, balcoes em supermercados, Agenda de correios, comercia-

Houve uma ligeira melliora na visibi lidade da capitalizagao no que diz respeito aos formadores de opiniao, mais especificamente aos jornalistas.

As vezes em que fui enlrevistado pelo

As sociedades de capitalizagaoque compoem este segmento deveriam criar campanhas institucionais para tornar o if. tulodecapitalizagaomais conhecido pe lo publico em geral, s(5 assim abririam espago e ampliariam os volumes glo- bais de receitas. As empresas deveni comegar a deixar de olliar unicamente para sua arvore e passar a tomar conta com mais carinho da floresta".

r MERCADO▲
Guarda e coordenadof Subgrupo de Contadores ^ Capitalizagao da Fenos^^
COMISSAO DE CAPITALIZAgAO DA FENASEG DA COMISSAO DE CAPITALIZAgAO DA FENASEG

PRODUTOS A

ECONOMISTA APONTA O CRESCIMENTO DO HABITO DE POUPAR

DOS BRASILEIROS

Aos poucos OS brasileiros adquirem a consciencia sobre a importancia do habito de poupar e comegam a encarar a poupanga como forma de tei; no futuro,uma estabilidade financeira,ou mesmo umaaltemativa para realizarum sonho de consumo. Essa visao lem beneficiado o mercado e o Govemo esta olimistaem relagao ao crescimenlo da poupanga intema. Jose Ferreira Savoia,economista e professor da Universidade de Sao Paulo (USP),comenta sobre esse momento econoinico vivido pelo pais.

Como podemos classificar a poupanga interna brasileira?

Toda economia desenvolvida conta com uma base solida de poupanga intema, pois todos os parses em desenvolvimento necessitam de recursos peiTOanenles que Cnanciem sens investimentos, como geragao de empregos e manutengao dasaiide das empresas.Com um bom nfvel da poupanga intema o pais se toma menos vulneravel ao mercado financeiro inlemacional, ou seja, diminuira sua dependencia do capital extemo.0govemo brasileijx)esta otimista e espera fechar o ano com aumento nos i-ecursos, o que e uma boa garantia para o mercado em 2005.

Qual a sua visao da poupanga popular?

Quando falamos em poupanga popular temos a impressao de que ela e destinada somente a classe favorecida, mas qualquer pessoa pode ter uma poupanga, o que e inuito importante para a estabilidade financeira. As pessoas com uma renda mais elevada poupain pensando em adquirir casas,carros ou bens que realizem seus sonhos, enquanto as de renda mais baixa guaidam dinheiro para coisas maissimples,mas que, ao mesmo tempo, sao necessarias no seu cotidiano.

Qual a importancia dos brasileiros aprenderem a poupar?

Podemos considerar como poupanga popular as cademelas de poupanga,os titulos de capitalizagao, mas para estimular o habito de poupar sao necess^'os incentivos.0produto de capita-

lizagao,por exemplo,tem um incentive ludico que e o sorteio,em que a pessoa poupa com a esperanga de ganhar um premio muito maior. Os instmmentos que acompanham incentivos sao bons pai^a a populagao de baixa renda,porque eles aprendem a guardar dinheiro.E importante o brasileiro pou pareisso deveria acontecerdesde a mais tenia idade de educagao,como no Japao,onde as pessoas sao ensinadas a poupar desde a infancia e,em conseqiiencia,o pais tem uma das maiores poupangas internas do mundo. 0brasileiro deve pensar que tendo uma pou panga tera um complemento paia a aposentadoria e nao ficara dependendo so mente do govemo.

AAPOSTA para 2005

Quando a produgao e as vendas de carros novos creseem, aumenta o volume de seguro auto. "Apesarde estarbavendo crescimento da produgao, 30% dos carros sao exportados. 0mercadodesegurossofreosreflexosdaestagnagao domercadointemodecarrosnovos",diz. Eleconclui que 2004 foi um ano ruim para o setor em fungao da sinistralidade alta. "Em 2005, a sinistralidade deve cair via aumento de pregos dos seguros."

Vida e Previdencia devem se destacar no cesta bdsica de seguros com o engajamento dascomponhiasligadosa bancos

Paia compensaraaltade pregos sera importante o de senvolvimentodenovosprodutosquepenetremnosegmento de mercado que ainda nao compra. Caso o crescimento da economia sejaacompanbado de uma recuperagao da renda dapopulagao,omercadodeveserbeneficiado.Easvendas de Vida e Previdencia devem apresentar taxas de cresci mento ainda mais significativas que a media.

'"'^^ileiro que ele esta fazendo o brasileiro voltar a poupa^'

Jose Ferreira Savoio e economista da USP mento do desemprego e crises economic^' Logo apos a criagao do Piano Real bouve uif ganho de renda e a poupanga cresceu,o p aumentou a quantidade de instrumentos ^ deve° p'oupar?

°'' """■ '5""' • ™a visao a respeito dos vam.ee„s„a«aPavesdo,„.d„,m,s de oapi.aliaasSo?

'"I"""""P»- Os trudos de c.pildisas5o, porte«ni Loaeveoh'"r"""

plementaraaposentadoria,ou seja, tertranqiiilidade e estabilidade.

Quem e o publico que ja tem esse ha bito?

estaosendooferecidos. Aspessoasquebu® cam esses produtos tem expectativas rentes e, por isso, antes de adquirir, e o® cessariaumaavaliagaocriteriosadarelaS^'" custo X beneCcio,ja que existem vaiios !0' Hoie o habitpv rl» a ^ nenelicio, ja que existem vainos ro^rs'IcWsderd'"

gaoaindaemaiorn I ^ dosparaensinarapoupai-poi;decerta

Issoporauenosulti ® obrigaremapessoaapagarumamensalida'^'^' de

CapitalaoQoo

-FENASEG

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AmericaCopitalizagaoSA UnlbonrnC ^ontonderCapitalizasaoS.A-/ ogooi.A., Un,bancoCompanfnodeCopitolizagao,ValorCapitolizagaoS.A..

0 engajamento das companhias de seguros ligadas a bancosnodesenvolvimentodenovosprodutosdeVidae Previ denciadevepromoverumcrescimentonasvendasdestesegftiento em 2005. De acordo com o socio-diretor da G5 Solu tions,PauloBotti,paraveneerodesafiodemelhorarodesempenho, insalisfatorio ha dois anos, as seguradoras vao apostar no desenvolvimento de produtos para as faixas de renda cjue ainda nao sao compradoras de seguros. Ihra Botti, as Vendas devem aumentarprincipalmente na area banoaiia.

Os destaques em 2005 serao, segundo Botti, produtos tnais baratos nos segmentos residencia, autotnoveis e responsabilidadecivil. Ascobertutas de assistencia sao cada vez mais importantespai-aovarejo",diz. 0desenvolvimento de eanais dedistribuigaopara estes novos pro dutos serao o grande desafio do proximo ano.

Apesardo imciodaretomadaeconomica em 2004 e da expectativa de crescimento daeconomia no anoquevein, ainda nao bouVe recomposigao darendadas familias. Esta estagnagao compromete a expansao do mer cado segurador. Outro gaigalo apontadopelo consultor diz respeito ao setor automotivo. E que as vendas de seguros para automoveis flutuam junto com a industria automotiva.

CONSUMIDOR - O planejador financeiro da consultoria Personal Finance Planning, Louis Frankenberg, tambem destaca a questao da restrigao orgamentaria na bora de se optar por um seguro. "Ele so e feito quando outras necessidades basicas, como alimentagao e moradia, ja foramatendidas",dizFrankenberg. Deacordocomocon sultor, acesta basica de seguros 2005 deve serconsiderada no planejamento financeiro das familias "0 mais imp„„a„,e 6 „ seguro saude, que deveria «r page pelo goveruo. E reeomeudado para quem ,em cnangas e idosos", diz. Ele destaca a im portancia de um seguro vida "coletivo ou ^dividualparapaisquesepreocupamcom a educagao de seus filbos". Para quem tem umorgamentomaisfolgado,Frankenbergsugere o seguro educagao.

APrevidenciaPrivadadeveserumaopSaoavaliadaporquem tem mais de 35 anos Umseguiocontraincendioeimportantepara quem tem imovel proprio, mas nao precisa mcluiroterreno",diz.Alemdisso,temose guro auto. "Se uma familia faz todos estes seguros, que sao importantes, nao resta orSamento. Eprecisopriorizardentrodos conceitos e valores de cadafamilia", conclui. a

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OPINIAO
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FRISTINA BORGES GUIMARAES
PUBLICAQAO DA COMISSAO DE CAPITALIZAQAO DA FENA^^^
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RIVISTA DE SEGUROS 23

A ALAVANCA do mercado

Mudan^as nas regras de prote^ao de carros com mais de cinco ones de use podem impulsionar crescimento do setor em 2005

SOLANGE VASCONCELOS

0 mercado de seguro de automoveis podera,em 2005,apresentar um novo ciclo de crescimento.0 diretor da Superintendencia de Seguros Privados (Susep), Neival Rodrigues Freitas, anunciou que esta em preparayao uma minuta de circular,que sera discutida com o mercado, com o objetivo de delinir uma regulamentagao para o seguro popular de carros usados. "Esperamos com isso atender aos segurados que nao tem acesso ao produto em razao dos elevados custos",destaca. A intengao e baixar o premio pago para 10% a 15% do valor segurado.

0 presidente da Comissao de Se guro de Automoveis da Fenaseg, Luiz Pomarole,considera bem-vinda a iniciativa, confirmando a existencia de carros usados que nao sao segurados em razao dos pregos pouco atrativos. Para reverter esta situagao, a entidade encaminhou medidas a Susep, tais como: a queda na alfquota de lOF incidenles sobre os premios, a permis-

sao para o uso de pegas usadas em colisbes e a simplificagao na emissao e proposta das apolices.

Pomarole aponta como essenciais para o barateamento do segu ro popular a redugao do lOF e a permissao pelas seguradoras de uso de pegas usadas em substituigao as no vas em colisoes."0 conserto de um carro com maior tempo de uso chega a quase 60% do valor do bem", diz o executive. A indenizagao de uma batida de um carro novo sai, muitas vezes, pelo mesmo valor de um carro mais velho,ja que a reposig-ao de pegas e mais dificil. A Su sep determina as seguradoras substitufrem pegas danificadas por pe gas novas, proibindo a troca por pegas usadas.

NORMAS- Nao existe ainda a disposigao do orgao regidador em aceitar esta proposta. Na formatagao da mmuta do seguro popular, a Susep pretende incluir a cobertura de co^ ao soniente por indenizagao integral(perda total), nao estendendo a

segurados pagariam por um seguro que tivesse uma cobertura equivalente a um percentual do valor do bem,no caso de perda total",explica Rodrigues Freitas. Ele entende que isso e uma forma de prevengao se as seguradoras considerarem carros mais vellios sujeitos a um risco maior de fraudes. "Ainda que as Seguradoras nao reponham integialttiente o valor,o segurado poderia,com a perda parcial, receber uma inde nizagao que Ihe permitisse dar uma entrada em outro bem",explica.

cobertura parcial. Rodrigues Freitas reconhece serem maiores os gastos corn a cobertura parcial por conta de repO' sigao de pegas novas nos sinistros, mas admite que a alteragao disto e invia^®^ a curto prazo.

permissao para uso de pega^ usadas esbarra na legalidade. "Is'" tem de ser feito com muito cuidado para nao incentivar o roubo de autO' moveis para a utilizagao de pegas usa' das , adverte Rodrigues Freitas? complementando a dificuldade de s® saber a origem dessas pegas vendid"® em mercados paralelos. Na sua aval*' agao,seria necessario criar uma infra' estrutura de certificagao e legalizaga" de pegas usadas. "Precisamos saber tambem se isso nao compromete aS regras do Codigo de Defesa do ConsU' midor", acrescenta.

Na minuta da circular,o orgao re' gulador estara dando liberdade as se' guradoras para negociarem com os sen^ clientes um percentual do valor do bem? ou, se preferirem, do valor total. "0®

Para Pomarole, esta iniciativa e timida do ponto de vista de alavancagem na venda do seguro popular. "Nao e novidade para o mercado opefar com um percentual do valor do bem na formalizagao do contrato , fessalta. As seguradoras, diz ele, ja acordam hoje com os seus clientes Um percentual do valor do bem em fungao do estado de conservagao do Carro. "A Susep nao impoe regra de Se contratar uma apolice em que o bem segurado deva ser fixado em l00% da tabela da Fipe (instituto de pesquisa que afere pregos)", afirma. Estas variagoes decorrem de um carfo ser bem ou mal conservado, o que podera elevar ou baixar o prego se gurado em razao da Fipe.

iMPLEMENTAqAO-Na audiencia publica, a Fenaseg continuara defenden do a permissao para o uso de pe-

A Nelva Rodrigues, da Susep: petmlssAo para uso de pegas usadas esbarra na legalidade

gas usadas. Pomarole acredita ser viavel a implementagao de um mer cado paralelo legalizado de pegas usadas. De acordo com ele,existem muitos caiTos nao segurados (70% da frota) que sofrem perda total e estao nos patios. Alem disso,os proprios leiloes das seguradoras podem ser outro canal de suprimento destas pegas. "A Susep,junto com orgaos do governo, tem condigSes de criar mecanismos de fiscalizagao para garantir a origem destas pe gas", reforga, destacando que na Europa e normal o uso de pegas recondicionadas pelas seguradoras.

"Mesmo no Brasil, os consumidores sem seguro vao buscar no mer cado paralelo estas pegas quando batem seus carros", acrescenta.

A Susep tambem pretende negociar junto com o governo a redu gao do lOF e esta propensa a qualificar como seguro popular os car ros a partir de cinco anos de uso.

"Nas estatisticas sobre o setor,constatamos decrescimo de venda de se guro a partir de canos com cinco anos de uso",diz Rodrigues Freitas.

"0 percentual pas-

sa a ser mais gntante com car ros de oito anos de uso."

A minuta de circular

tambem abordara a opgao pela cobertu ra de valor determinado,excluindo a de valorreferenciado."Consideramos aconselliavel as seguradoras nao operarem, nestes casos, com a cobertura com va lor referenciado (toma como base a ta bela da Fipe),porque gera distorgSes de pregos em fungao da pequena amostra", ressalva o diretor da Susep. Neste pon to, a Fenaseg concorda.

AVAN^O-A simplificagao e a padronizagao dos contratos de seguros tam bem constarao da minuta."Essa sim plificagao somada a certificagao digi tal dara grande agilidade no processo de contratagao, ao mesmo tempo em que se reduzirao os custos operacionais",enfatiza Rodrigues Freitas.0 presidente da Comissao da Fenaseg afirma que medidas desse tipo representam um avango e descontos de 5% nos contratos, mas enfatiza "que elas sozmhas nao sao suficientes para promover o salto nas vendas e a redugao expressiva de pregos".

Embora terminem 2004 com crescimento maior nas vendas de se guros de automoveis por conta da recuperagao da econornia, as segurado ras vislumbram alvo maior: atrair os 18 milboes de carros seguraveis. De acordo com os calculos da Fenaseg, existem hoje 36 milboes de veiculos em circulagao,dos quais9 milboes sao segurados e 18 milboes com potencial paraserein segurados. A regulamentagao do seguro popular para carros usados,entendem a Susep e a Fenaseg pode ser uma oportunidade para este patamar ser alcangado.

I.SEGURO POPULAR
24 REVISTA DE SEGUROS I* , , I'
A Pomarole: redugao de lOF e uso de pe<as usadcis sao fundamentais para baratear segi"®
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Esquentando OSMOIORES

Mercado, otimista, se prepara para trabaihar com a nova tributo^ao poro os pianos de previdencio

CECILIA BARROSO

A partir de janeiro de 2005, OS pianos de previdencia complementar e os seguros de vida com cobertura por sobrevivencia, como e o caso do Vida Gerador de Beneffcio Livre (VGBL), serao tributados em escala decrescente. Islo quer dizer qua o participante que permanecer menos tempo no piano ira pagar mais imposto de renda na fonte do que aquele que contribuir por cerca de cinco anos.

A Lapponi, da Sul America: investimento para se adaptar ^ regras

PROTE^AO-Segundo o Gerente de Produto da Area de Previdencia da Sul America,Andre Lapponi, a medida visa premiar os participantes que veem na previdencia complementar uma protegao para o futuro. 'Quem adquire um produto como este, pensa em conquistar uma aposentadoria mais segura la na frente. Esta ideia vai de encontro ao pensamento do Governo que e o de incentivar afonnagao de poupanga intema de longo prazo", afinna.

Na pralica, a nova legislaQao funciona da seguinte forma: quern efetuar resgates, no periodo igual ou inferior a dois anos, pagara 35% de IB enquanto que,quem resgatar apos um prazo de acumulagao superior a dez anos, descontara apenas 10%. A tributagao e decrescente e varia de 35% a 10%. A notlcia foi recebida com euforia pelo mercado segurador, que espera alavancar as vendas dos produtos de previdencia.

em treinamento da forga de vendas e daCentraldeAtendimento. Hoje, 70% das reservas de previdenciaprovemde pianos individuals e 30% de coletivos.

TREINAMENTO — 0 viee-presidente da Unibanco-AIGVida e Previdencia, An tonio Trindade, garantiu que, tao logo o Govemo sinalize com a versao final da medida provisoria (MP 209), a empre sa vai langai' uma nova familia de pro dutos. "Ate o memento ja elaborarnos umscript para a Central de Atendimen to, com objetivo de preslar os primei' ros esclaiecimentos sobre o assunto' destaca. "Em seguida, vamos ti'einar nosso canal de vendas, que vai dos gerentes de agendas ao consultor de beneficios."Atualmente,60%dospianos de previdencia da empresa sfio corporativos e 40% individuals.

tambemapostano treinamentodaCen tral de Atendimento e dos coiretores como foiTTia de esclarecer pontos con fuses da MP 209. "Eles sempre foram nossa interface direta com o cliente e nao vamos mudar nossa estrategia de rnarketing no mercado em fungao da novalegislagao." Segundo Elizabeth, a empresasempreincentivouapraticada venda consultiva (jue a venda de um piano de previdencia exige.

AINDA E CEDO PARA SE PENSAR EM CAMPANHA?

HA QUEM ACHE QUE NAG

campanhas para surpreender e atrair consumidores no proximoano.

Lapponilembra que aSul America ja esta se adequando as no vas regras."Estamos consolidando nosso sistema de forma que ele processe,ao mesmo tempo, os pianos antigos e os atuais", diz. Alem disso,aempresaesta confeccionando material itnpresso,a ser distribuido junto a meacomercial,cor•■elores e participantes.

Semfalarnoinvestimento

A Bizabeth Noronha, da Icatu: piano tern que ser estudado caso a caso

Atuando como companhia independentenomercado,aIcatuHartfor'i Seguros esta investindo em mudangas no sistema, visando toma-lo mais fl®' xivel para receber os novos planoS"Tern muita gente que esta prestes ^ se aposentar e nao vai querer migi'^' do modelo atual para o de tiibutagno decrescente, ja que isl^ implica em portabilidadeCada piano vai ter que sei estudado caso a caso, acordo comoperfil do ch' ente", avalia a gerente d® Produto da seguradorS' Elizabeth Noronha. Com reservas de pr®' videncia oriundas 52% pianos individuals e 48% de empresariais, a Icatn

ADEQUA^AO - A Brasilprev tambem recebeu a MP com entusiasino, mas esta aguardando sua versaofinalpara definir melhor sua estrategia de comunicagao com os atuais e possiveis clientes. "Estamos ansiosos para que este processo tenha um desfeclio rapido, pois 99,5% da nossa forga de Vendas vem das agendas do Banco do Brasil", explica o diretor Comer cial Adjunto, Geraldo Magela. Ele acrescenta que a seguradora ja esta investindo na adequagao do sistema. Hoje, 85% da arrecadagao da segu radora sao oriundos de pianos indivi duals e 15% de corporative.

0 diretorexecutive da MapfreVi da e Previdencia, Carlos Alberto Gadia BaiTeto, afirma que a seguradora Vem se preparando para se adequar a MP 209 desde o segundo trimestre desteano. "Jaesperavamos que o Go verno sinalizasse com novidades no setor, pois as mudangas tiverarn ininio com a politica de funcionamento dos fundos de investimento", lembra.

CONCEITOS - A nova folheteria da em presa esta pronta paia ser adequada e

0 ano de 2005 promete boa briga no mercadode previdencia privadaaberta. Estamos nos referindoaumadisputa, cuja principal arma devera ser a criatividade, aliada, logico, aoutrosfatores importantes como prego e prestagao de servigos. Aindaque o compasso seja de espera (ateofechamento desta edigao a MP 209 ainda nao havia sido transformada em lei) e as seguradoras admitam que, por isso, qualqueragao efetivade marketing nesse sentidoseria prematura, e imposslvel naose imaginar que, aessaaltura, ascabegas pensantes dasareasde marketing e publicidadeja naoestejam saindofumacinha, bolando

aguarda, apenas, que o Govemo esclarega algumas duvidas do mercado.

"Assim que possivel, vamos reforgar OS conceitos basicos da nova legisla gao junto aos corretores e parceiros comerciais", revela. Do total dos pia nos previdenciarios da empresa, 70% sao corporativos e 30% individuals.

Ja 0 gerente Comercial de Previ denciadaPortoSeguro, HeilorOhara, destacou que, por ser uma segurado ra independente no mercado, a em

AUnibancoAIGSeguros, porexempio,resolveuateseadiantaraonovoambienteemqueospianosdeprevidenciapri vadaseraocomercializados.Aseguradora investiunumcomercialbemhumorado, queveiculoudurantetodomesdeoutubro na RedeGlobo-comdireitoaestreiano programa"Fantastico", noscinemasdo grupoLuiz SeverianoRibeiroeemalguns veiculosdecomunicagaoimpressos.0anuncio,intitulado"0Medico", foi produzido pelaequipe daAlmapp BBDO, comaideiademostrar,demaneiraleveedivertida,quefazerumpianode previdenciaprivadapodesermuitosim plesparaquemoptapelaUnibancoAIG. EtevenoelencooimpagavelcasalUni banco:MiguelFalabellaeDeborahBloch.

presa sempre viu aprevidenciapriva da como urn negocio focado em protegao. "A MP veio reforgar este con cetto e mostrar que o corretor de se guros precisa ter esse produto na sua prateleira", diz. Porserumaoperadora pequena na area, a Porto esta em fase de estudo e compreensao inlerna dalegislagao. "Nao ha necessidadede saircomumprodutonovologo noim'ciode 2005. E preciso digerir primeiro as mudangas", conclui. a

A PREVIDENCIA
26 REVISTA DE SEGUROS
V Se o seu banco nSo sabe explicar Previdencia mude para o Unibanco. •» nia-/■ vrfejrr V?.EV\9ENCiA >l58Ut?€6L
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CONTROLE permanente

Susep elabora sistema de controle que torna obrigatorio o registro de apolices, endossos e cosseguros, a come^ar pelo ramo garantia

0 mercado tera mais uma ferramenta para ajudar no combate a fraude.

CERTIFICAGAO DIGITAL ▲

milhoes de apolices de seguros e en dossos a cada ano. Com o novo siste ma, as apolices serao numeradas em seqiiencia nos respectivos ramos.

Nas ondas da INTERNET

Estudos mostram que novo sistema reduz custos, impede froudes e crio merccdos

Trata-se de um novo sis tema de registro de apoli ces, endossos e cosseguros,em estudo na Susep. Segundo o diretor d ▲ JoM Marcelo, da

a autarquia,Joao Marce

0diretor responsavel pelo cumprimento das obrigagoes estabelecidas e garantir o acesso direto da autarquia as posigoes de registro. Se forem descumpridas essas obrigagSes,alem das penalidades aplicaveis aos diretores, administradores e conselheiros, a seguradora estara sujeita a multa diaria.

lo dos Santos, o principal susep: mais seguranga objetivo desta iniciativa e inibir eventuais agoes irregulares,tais Joao Marcelo assinala que o mercomo a emissao de apolicesfrias,prin- cado tera "total libeidade" para esco cipalmente no ramo garantia. Ele Iher a camara de custodia na quabseacrescenta que o sistema vai permitir rao registrados as apolices,endossos e um controle melhor do mercado, es- operagoes de cossegmo.0 prazo para ,7: "R^'-^yoes ae cossegmo.0 prazo para pecalmente com a possibilidade dese implementagao total do sistema sera "bater as informagoes"com o registro definido em comurn aeordo com o mer^ das operagoes de cosseguro. ^^^o.Apnmeiracarteiraaseratingida

A Reso usao 1J4/04 do Conae- pela no™. a do seguro ga«„,ia, Iho Naconald.Seguros Pnvados lor- em funsao de algon.aa dendncias de na Ob,igaldno o registro das apblieea, emissao de apolices frias. •■Ouemmos endos^s e dos cosseguros em con- evitardanos a imagemdoLr E o laspropnasdemsUmgoesderegistro, consumidor tera mais seguranca"

custodia e de liquidagao financeira. acentu in, ! i o a . daSusep revelam que, A seguradora devera indicar a Susep alualmente -r-j . F cmnenie, sao emitidas cerca de 60

Joao Marcelo adverte que as emissoes somente serao autorizadas apos o registro na instituigao de cus todia e no momento em que se confii' marque a empresa contratadapelaH' der para resseguro ou cosseguro aceitou o risco repassado. Ele comenta ainda a possibilidade de adogao das apolices escriturais, que ficam disponiveis publicamente. Segundo Joao Marcelo, esse tipo de apolice barateia OS custos de emissao e sua guarda a bem mais simples. "Se a Susep for provocada pelo mercado, podemos pensar nisso no futuro", comenta.

0 diretor da Fenaseg Horacia Cata Preta nao ve o registro de apoli' ce com bons olhos. Segundo ele, a principal problema e o elevado custa para a sua implantagao. "A Cetip (Ca mara de Custodia e Liquidagao) noS informou que somente o desenho deS' te sistema pode custar algo em torna de US$ 10 milhoes", diz. Ele sugei'® que a autarquia analise um pouca maisaquestao parasaberseoregisti'a das apolices vai, de fato, beneficial" a mercado. "Na verdade, ha um probfo' ma localizado na apolice do segui'a garantia", assinala. Para o diretor Fenaseg, seria possivel buscar urna solugao domestica" no ramo garaU' tia, sem recorrer ao Cetip, que, se gundo Horacio Cata Preta, nem est^ adequadamentepreparadoparaassU' mil-essanovaatribuigao. "ACetipted^ que comegar do zero", observa. ^

0 mercado de seguros vai ultrapassar uma barreira cultural e tecnologica ao passar a contar com a certificagao digital nas relagoes entre as empresas do setor, os coiretores, os 6rgaos reguladores e os consumidores. AdefinigaoedeRicardoPereiraAguia, coordenador da Comissao de Estudos daFenaseg,quefoi criadacom oobje tivo de analisar esta materia e de apresentar propostas para viabilizaro projeto. Segundo ele, o "ganho sera absurdo",principalmentenoquedizrespeitoaintegridadeeasegurangatotal das informagoes. "E muito importante para todos nos do mercado acentua Ricardo Aguia, citando como outras vantagens a maior rapidez na conclusao do negocio pela internet, a redugao dos custos nas operagoes e a expansao do mercado potencial.

A certificagao digital foi regulaUientada pela Susep, atraves da Circu lar n° 277, publicada no Diario Oficial do dia 30 de novembro de 2004.

pecialmente no que se refere a cer tificagao dos correntistas. As mesmas certificagoes eventualmente poderao serutilizadasparaaconti:atagaodeapo lices de seguros, titulos de capitalizagao ou pianos de previdencia privada aberta, uma vez que o piiblico, em Hnhas gerais, e o mesmo.

Ricardo Aguia adianta que, no piimeiro momento, serao definidas as alividades que podem sercertificadas narelagaoentreo mercadoeaSusep. 0passo seguinte sera a ulihzagao deste instrumento para aprimorar o processo de troca de infonnagoes e o relacionamento entre as empresas do setor e os corretores de seguros. "Depois disso, veremos como utilizara certificagao tambem no relacionamento com os segurados, inclusive no momento da efetivagao do negocio. Essa etapa deve licar emstand by por algum tempo, pois o custo e muito alto e nao ha um volu me ou massa que ojustifique esse gasto porenquanto", diz Aguia.

Ele acrescenta queja no primeiro semestre de 200.5 sera possivel pleitear a certi ficagao nas relagoes en tire as empresas e a Su sep. No final do ano se ria implementada a segunda etapa (relagao com OS corretores) e, em 2006, o processo chegariaaos segurados. Aguia admiteapossibilidadede

0 mercado vir a ser beneficiado pelo fato de os bancos estarem na dianteira neste processo, es-

A, Ricardo Aguia comanda OS estudos da Fenaseg: "o ganho,sera absurdo"

Aguiaobservaaindaqueoproces so sera totalmente seguro, com o respaldo do ICP (Infraestrutura em Chaves Publicas), mantida pelo Institute Tecnologico de Infomiagao (ITT), or gan ligado diretamente a Presidencia da Republica. "Esse processo conta com o apoio do Govemo. A estimativa e ade que acriptografialevaria de 20 a 30 anos para decodificar essa chave", estima Ricardo Aguia. Ele acreditatambemqueacertificagaodigital vai terreflexosdiretos e significativos sobre o comercio eletronico de apoli cesdeseguros,dostitulos decapitalizagaoedospianosdeprevidenciapri vada, ajudando a viabilizar esse tipo decanalparadistribuigaodeprodutos do mercado. Outrafungaoimpor tante sera a de tornar bem mais dificil a agao das quadrilhas especializadas em fraudes con traasempresasde segu ro. Isso porque, entre outras razoes, havera muito mais privacidade nas transagoes, com o cartao com chip dispensandoaassinatiua,oque impede eventuaistentativas de fraudes. A

ANTIFRAUDE
JORGE CLAPP
(■■y V
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REVISTA DE SEGUROS 29

INTERCAMBIO com o mundo

Fenaseg participa de missoes no exterior e firmo ocordo de coopem^oo com a Associo^ao de Seguros do Alemonho

Trocar experiencias e adquirir conhecimentos. Com estes objetivos, re^^^-presentairtesTeiiaseg participaram,em outubro e novembro^^ missoes internacionais noTDnenteMedio,na Europa e na America Central. Um dos tranfos dessas viagens foi a celebragao de um acordo de cooperagao com a German Insurance Association (GIA).

Segundo o presidente da Fenaseg, Joao Elisio Feiraz de Campos,que viajou em companhia do superintendente da Susep, Rene Garcia, para conhecer a experiencia dos mercados da londrino e alemao, a GIA ja mantdm acordos de cooperagao com associagoes semelhantes a lenaseg no resto do mundo."Qs integrantes da entidade alema se identificaram muito com o trabalho desenvolvido pela Fenaseg e propuseram 0 acordo a fim de conhecer OS principais problemas do setor no Brasil", comenta.

Eles visitai-am assedes(j da Association of British Iiife London Undei-wiiter Center(LUC);do International Undei-wiiting Association, do Chartered Insurance Institute (C1I)> e da Munich Re. Para o presidente da Fenaseg, a expeiiencia tecnica desta ressegurada e motive de orgulbo pai'a a industria do seguro, e tamhem de in" centivo em busca de apiimoramento.

Em Berlim, j)bao Elisio e Rene Garcia comprovaram a eficiencia das experiencias de ouvidoria.0 mercado segurador alemao criou uma Central de Atendimento ao Segurado cjue e destinada a atender reclamagoes dos clientes e funciona de fonna independente daAssociagao. Uma das piincipaisfungoes politicas da GIA e neuti'alizar a tendencia de adotai- regras do mercado fmanceiro no mercado seguradoi;e um trabalho constante para convencer os reguladores que se tratam de atividades economicas bastante distintas.

Joao Elisio trouxe,da Alemanha, uma colegao de livros didaticos, sobre OS seguintes temas: aspectos le* gais e regulatorio; operagbes de se guros; administragao de sinistros; subscrigao de riscos; e seguros de auto,de residencia e de saude. Essas publicagoes estao a disposigao na Bi' blioteca da Fenaseg, que pretende obter a devida autorizagao para viabilizar a tradugao das mesmas.

A atuagao da Alemanha no mer cado segurador tamhem foi um dos destaques da 9"Reuniao Intemacional daS Associagoes de Seguradoras (IMIA International Meeting of Insurance j^Qcjajions), realizada ein utubro^a Jordania. D®

acordfreedi Ricardo Xavien diretor institucional

Fenaseg, os representante® da Alemanha destacarani' nesse encontro,a impleinen" tagao da figura do ombuds man na federagao das segr'' radoras alemaes e as queS" toes que estao influencim^' do no mercado de previd®'^

cia e saude.

Volker Henke e Axel Wehling

"Os representantes

maes deixaram claro qn® '

adesao das seguradoras a atuagao do ombudsman e facultativa, porem as decisoes tomadas por ele devem ser acatadas pelo mercado. Do ponto de vista do segurado, a fungao do ombudsman e aconselhar e informal" quando nao ha cobertura , detalha Xavier. 0 diretor da Fenaseg conta que, na Jordania, os representantes do setor de seguros alemao comentaram que a ofeita de um servigo de aconselhamento gratuito a populagao e uma tendencia tamhem nos pafses escandinavos, onde as informagoes sobre os produtos mais adequados a cada perfil de consumidor sao passadas por telefone ou prospectos.

Para Ricardo Xavier, quando a Fenaseg participa de eventos inter"nacionais do setor; ha sempre um grande ganho."Ficamos cientes das principais discussoes do mercado no mundo e dos problemas enfrentados em cada pars, que,em alguns casos,sao muito semeIhantes a nossa realidade. Aofazermos contato com representantes do mundo inteiro, temos a oportunidade de descobrir novos caminlros pai-a situagoes peculiares do setor", comenta Xavier.

Durante a reuniao da IMIA, a atuagao dos orgaos supervisores de seguros e a sua excessiva regulagao foi uma reclamagao unanime. Xavier diz que o representante do Comite Eu-

I'^'Jndacao Escola Nacional de Seguros(Funenseg) e uma instituigao de ,'^ino e pesquisa, que atua ha mais de 33 anos na dlsseminagao do ^uro no Brasil.

^habilita e qualifica profissionais para o mercado de seguros,atraves de ^ modelo de educagao continuada,que engloba cursos de habilitagao de I'^retores de seguros, cursos tecnicos, de pos-graduagao, MBA s ."Paratorios para exames nacionais e internacionais,entre outros. f

i^sente em 14 cidades brasileiras, a Escola tambem chega aos lugares % remotos, atraves do ensino a distancia, uma modalidade que nao fihece barreiras e que viaja com o conhecimento por todo o Pais, 'Pocratizando o saber!

Jsse www.funenseg.org.br e descubra porque a Funenseg e Prencia no ensino do seguro e reconheclda como a Escola de 'durosdo Brasil!

ropeu de Seguros frisou a sobrecarga num mercado em que as mudangas regulatorias sao constantes, gerando um aummitp_de.S£guros obrigatorios.

Ainda na Jordania,na primeira semana de outubrofa^renaseg integrou a XI Conferencia da Associagao Internacional de Supervisores de Seguros (lAIS), na posigao de observador.

INa remiiao da Comissao da Regiio Sul da FIDES,em San Juan,Porto Rico, regulagao de seguros e fraude foram destaques na pauta do encontro,no qual houve uma grande discussao com relagao ao fomento de mecanismos para diminuir a inteiferencia dos govemos nas atividades privadas. a

INTERNACIONAL
^ pre
sidente da Fenaseg,Joao BIsio(d esq.), e o superintendente a Susep, Rene Garcia (a dir.), com os dirigentes da Associagao e Seguradoras da Alemanha
30 REVISTA DE SEGUROS
OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO ''

SAINDODASO•Jl'l

Balan^o Social evidencia importancio estrategico do setor de seguros poro o sociedode, revelando quo openos em 2003 retornorom a coletividode por meio de indenizo^oes mais de RS 34,8 bilhOes

O outro lado do seguro qua sociedade pouco conhece

MARCIAALVES

A imagem do setor de seguros transmitida pela midia, especialmente nos ultimos anos, apos o expressive crescimento experimentado, e a de urn segmentoforte,pujanteedegrandecapacidade arrecadadora. Embora verdadeiras, as noticias veiculadas na imprensa sobre recordes de faturaihento e de crescimento deixam na sombraum outroladodoseguro, taorealquanto as cifras que aparentemente engordam os caixas das empresas de seguros. Esse outrolado - que preservariquezas, pro tege patrimonios, gera poupanga e assegura beneficios em caso de infortunio - , ainda e pouco conhecido pela sociedade. Mas, nao por muito tempo, pelomenosnoquedependerdaFenaseg.

A entidade acaba de divulgar a quarta edigao do BalangoSocial de Se guros, Previdenciae Capitalizagao, referente a 2003, que traduz em numeros o volume de recursos anual que o setor de seguros devolve a sociedade.

Preparado pela consultoiia G. Tagbavini, o balango apresenta dados consolidados sobre receitas e custos das em presas do setor — 118 companhias de seguros, 70 empre.sas de previdencia complementaraberta e 1.5 de capitali-

zagao-, revelando que em 2003 o mercadodevolveu asociedade algoemtorno de Rf 34,8 bilboes, volume 18% maior que em 2002. Conforme o ba lango, esses recursos foram divididos em; R$ 18,2 biUibesdirecionadosapreservagaodariquezasegurada (sinistros liquidos); R$ 11,1 bilhbesparaopagamento de beneficios, resgates e remuneragao complementar aos pianos previdenciarios; e R$ 5,5 bilboes destinados ao pagamento dos titulos resgatados e sorteados e tambem a remuneragaode poupangada capitalizagao.

Para explicar o que esse montante represents, a consultora de econornia e professora da Fundagao Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco Roxo, traga alguns paralelos com OS recursos orgamentarios executados pelo Governo em 2003 e tambem com OS custos de outros segmentos. Pelas suas conlas, OS R$ 34,8 bi lboes que retomaram a populagaoporinteimedio do setor de segu ros seriam suficientes para pagac quase 134 mil aposentados, con-

siderando o patamarde um salario mi" nimo (R| 260,00). Ela conclui ainda que essevolume tambem corresponde a mais de 70% de toda a verba executada pelo Govemo na area social em 2003, e a mais de 80% de todos os recursos investidos nas pastas da educagao e saude nesse periodo.

Ainda comparando, Virene Roxo diz que essa quantia transferida a soci' edade seria suficiente para custeai" ^ construgao de 1,74 miDiao de resideH' ciaspopulares,supiindoquase30%do atual deficit de liabitagao de 6 milhoes de domicilios; ou erguer mais de 43,^ mil creches; ou beneliciar 40 milhoeS de familias por um ano com o pagO' mento do Bolsa Familia, programs do Govemo que destinJi R$ 73,00 a populago'' carente; ou, ainda, foi"' necer mais de 18 mi' llroes de cestas basicas porum ano ^faixas de baixa renda.

Separando desse volume a parcela de R$ 5,6 bilboes, coJ" respondente as inde' nizaynes revertido® do paia a preservagao' saiide da populago''

(que inclui seguro saude e assistencia medics do DPVAT), a economists con clui que esse valorrepresents21% de todos os gastos da Uniao na area da saude em 2003. Vale frisar que esses recursos foram destinados pelo mercado de seguros para propiciai* mais de 86,5 milhoes de procedimentos medicos, sendo 19 milhoes de consultas medicas, 47 milhoes de exames, 17 milhSes de outros procedimentos e

2milhoesdeintemagSeshospitalares,

estas ultimas responsaveis por49,4% dos custos totais de todos os procedi mentos. Na ponta lapis, da receita da carteira de saiide em 2003, cerca de R$ 6,6 bilhoes, 95% foram devolvidos a propria sociedade em forma de atendimento medico.

0 consume de seguros tambem aumentou em 2003, quandoforamrealizados cei'ca 102,5 milhoes de contratos, volume 25% maior que no ano an terior, mantendo a proporgao de uma apolicepaiaaproximadamentedoisbrasileiros. No total, esses contratos garantiram uma riqueza segurada da ordem de R$ 17,8 trilhoes, quase 0 dobro do que foi alcangado em 2002, que chegou a R| 9,21 triihiies. Para a pro fessora da FGV, "esse resultado demonstra que o seguro estadeixando de

ser encarado pela populagao como um artigo de luxo". Baseada nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatistica (IBGE) que indicam umaquedade 14% narendado brasileiro em 2003, ela observa que, em um cenario ruim, com baixo desempenhodaeconomiaequedaderen da dapopulagao, o seguro cresceu", o que demonstra, a seu ver, "muita criatividade e competencia do setor".

EXPANSAO DA PREVIDENCIA- Em 2003, a previdenciacomplementarabertaapresentou um volume de reservas acumuladas da ordem de R$ 34,6 bilhoes, quase30%amaisquenoanoanterior! Asreceitasbrutasdecontribuigoessomaram R$ 7,7 bilhSes, sendo que as companhias de seguros responderam por94%dessemontante,doqual,cer cadeR$4,2bilhoes (54,5%)foidestinadoaformagaodereservasdo PGBL Enti-ebeneficioseresgatespagosomercadoUansferiuasociedadealgoemtornode R| 5,1 bilhoes, querefletem um incrementode25%emrelagaoa2002, contemplando quase 1,7 milhao de beneficim-ios. Ja a poupanga aciuniiladapelacapitalizagaonesseniesmope riodoatingiuR$7,5bilhoes,pelosquais foram garantidos 318,7 milhoes deo

'' ',T '•■ BAUNCO SOCIAL
32 REVISTA DE SEGUROS
OUTUBRO NOVEMBRO • DEZEMBRO 200'' CUSTO DE PRESERVAGAO DA SAUDE OUTROS PROCEDIMENTOS R$ 951,0 M CONSULTAS MEDICAS R$ 655,9 M INTERNAgOES HOSPITALARES R$ 2.775,0 M ii. r f EXAMES CL NICOS R$ 1.230,3 M RECEITA BRUTA DE CONTRIBUI0ES -TIRO DE PLANO PREVIDENCIARIO OUTROS PIANOS M = milhOes de reais
OUTUBRO • NOVEMBRO DEZEMBRO 2004 T RRVISTA DE SEGUROS 33

TROCANDO EM MIUDQS. Em2003,osetordeseguros

devolveu d sociedade em forma deindenizQ^oescercode

RS 34,8

Esse valor serio suficiente poro custeor:

s Umanodecestasbasicaspara ISmiihoes defamilias (R$160,00cadacesta);

1,74 milhao de casas populares (R$20.000,00cadaresidencia); .mm W:.

40 milhdes de Bolsa-Familia porano(R$73,00cada);

43,5 mil creches ou escolas (F^SOO mil a unidade);

134 mil aposentadorias (F?$260,00cada);

80% dasveriDasaplicadaspeioGovemo em EducagaoeSaude(R$14,6bllhoes e R$26,7 bilboes,respectivamente);

70% da verba investida pelo Governo naareasocial(R$48,5 bilboes).

titulos. Entre tftulos sorteados (5,4%) e resgatados (94,6%), o mercado pagou R|4,7 bilhoes.

CRESCIMENTO EXPRESSIVO—Embora a economia tenha andado a passes lenlos em 2003,o mercado de seguros nao acompanhou o mesmo ritmo e conseguiu ultxapassar na linba de chegada diversos outros segmentos considerados fortes. Os dados do balango confirmain essa boa performance, revelando que a atividade gerou o equivalente a R$66 bilhoes entre recursos acumulados em poupanga e resei-vas,22% mais do que em 2002, batendo na marca de 4,4% de participagao no PIE. Alias, o proprio FIB naquele periodo deu sinais de enfraquecimento ao apresentar uma queda 0,22% em relagao ao ano ante rior. Segundo Virene Roxo, descontando a inflagao (IPCA), o setor de segu ros apresentou, ainda,um crescimento real de receita da ordem de 11%."Algo bastante expressive",em sua avaliagao, considerando o desempenho de outi'os setores,come a industria,que apresen tou queda de 0,15% na mesma epoca, ou a agiopecuaria,cujo crescimento recorde nao ultrapassou os 5%.

Uma outra soma consideravel cerca de R$ 3,7 bilhbes — tambem retomou a sociedade em 2003, por meio de impostos pages pelo setor de seguros ao Tesouro Nacional. Segun do calculos de Virene Roxo,esse montante equivale a0,6% do superavit fis cal do Govemo no ano passado, que foi de R$ 66,5 bilhoes. Apenas com o Imposto sobre Operagoes Financeiras (lOF)sobre os premios de seguros, o

RH e fundamental

Cerca de 70 profissionais de Re cursos Humanos das principals seguradoras do Pals paiTiciparam do hncontro de RH das Seguradoras - Coma siia equipepodefazer diferenga no mer' cada de seguros, promovido pela Fundagao Escola Nacional de Seguros (Funenseg), no dia 28 de outubro,em Sao Paulo. Os especialistas discutiram cstrategias de desenvolvimento de noVos talentos, motivagao de equipe,os desafios de atingir metas, custos de pessoal, certificagao de funcionaiios c a importancia de uma ai'ea de RH.

Um dos pontos altos do encon tro, segundo Paola Casado, gerente

executiva da Funenseg, foi o painel Certificagao dos Funciondrios das Se guradoras", que contou com a parti cipagao de Maria Helena Monteiro, da SulAmerica, de Alberto Sarzedo, da Alianga do Brasil, e de Nelson Le Cocq,da Funenseg.Os expositores dis cutiram o papel da Funenseg no treinamento dos funcionarios das empresas de seguros, ate mesmo naquelas que realizam treinamentos proprios.

"A Funenseg,atraves desta iniciativa pioneira, deixa de ser apenas uma prestadora de seiAugos e toma-se uma agente de mudangas no setor, provocando debates e Irocas de informagoes entre os grandes players do mer cado", diz a gerente executiva.

mercado arcou com mais de R| 1,6 bilhao,0 que representa cerca de 37*^ de tudo o que a Uniao arrecadou corn esse tributo no ano passado. Somadas as contribuigSes ao Programa de Integragao Social(PIS)e a Contribui' gao para o Financiamento da Segii' ridade Social (Cofins), cuja receita ^ destinada as areas de saiide, assisteH' cia e previdencia social, a atividade de seguros foi responsavel por mais de meio bilhao de reals do total. -A

Mesa de profissionais no Encontro de RH das Seguradoras-. discussM sobre o papel da Funenseg

Os outros temas abordadosforam: Custo de pessoal no atual cendrio da legislagdo brasileira, comandado por Geraldo Luiz Martins,superintendente de relagSes sindicais do Grupo Itau; 0porque de uma area de recursos hu manos estrategica,com Cassia Gonlaro, gerente de RH da Editora Abril;Desafiopara o atingimento de metas: Como mensurar e avaliar as metas,apresentado por Cristiano Zakhour e Ricardo Villaga, da AgeMcia; Motivagao da equipe: Responsabilidade de quern?, com Mario Ressol e Regina Bonfim, da ADVB Rio; Desenvolver os talentos - Um desafio constarUe: Uma abordagem comportamental, conduzido por Anna Zaharov, da Contexto.

0encontro teve apoio da Fenaseg, da Associagao Nacional da Previden cia Privada(Anapp),da Editora Cam pus e do Jomal do Commercio, e patrocmio da Novezala,especializada em selegao e desenvolvimento de profis sionais, e da empresa de infonnatica i2S, voltada paia o setor de seguros.

Segundo Maria Cecilia Soares, gerente de mercado da Funenseg, a avaliagao do encontro foi positiva e o objetivo atingido:"A troca de experiencias e de geragao de contatos era um dos nossos objetivos. Tivemos a possibihdade de promover a interagao de grupos de trabalbo de uma area es trategica dentro das seguradoras como e o RH." A pioxima edigao do evento devera ser realizada em 2005 para que se possa discutir novos pon tos de interesse da area que e o verdadeiro instrumento de integragao organizacional das empresas. ^

I r ^ ''f //.
34 REVISTA DE SEGUROS
POUPAN^A ACUMULADA (R$ 7.508,8 M)
AGAMENTO MENSAL PAGAMENT UNICO IMPOSTOS E CONTRIBUI0ES PAGOS AO GOVERNO(RS 3.729,2 M) PIS CPMF R$91,4M R$ 248,6 M 2.5% CSLL OUTROS COFINS M = MILHOES DE REAIS IRRF R$ 299,4 M
'',r A. ' I. I 1 y 4- FUNENSEG A
'Especialistas debatem em encontro a importancia das 'estrctegias do setor de Recursos Humonos nos segurodoros
CLAUDIA MARA
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OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 200^ OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 .i REVISTA DE SEGUROS 35

CONSUMIDOR

Para proteger seu valioso patrimonio, a gigante Petrobras investe em seguran^a e firma contratos qua somam quase USS 37 milhoes com as mais importantes seguradoras do Brasil e do exterior

^PRINCIPAL CLIEN do mercado de

Maior empresa do Pafs, segundo ranking recem-divulgado pela Fundagao Getulio Vargas, e reconhecida intemacionalmente per sua excelencia tecnica e profissional, a Petrobras e, tambem, a cliente niimero 1 do mer cado segurador nacional, com um patrimonio segurado de US$ 26,6 bi lboes,este ano. Para garantir bens tao diveisos e valiosos quanto platafonnas de produgao de petroleo, navios, cargas e sondas de perfuragao, a empre sa fechou contratos que somam qnase US$37 milhoes.0valor e tao alto que sequer pode ser todo ressegurado pelo Institute de Resseguros do Brasil (IRB).Este ano,apenas 51% dos con tratos da Petrobrasforam ressegurados no Pais. Companhias intemacionais assumiram a outra parcela do risco.

Por firmar contratos tao vultosos, a estatal nao pode operar com uma unica seguradora."Trabalhamos com as principais empresas nacionais e

intemacionais", diz o gerente de Seguros, Luiz Octavio de Mello. Estao na lista: Bradesco Seguros, Itau Seguros,Sul America, Unibanco AIG e Generali,entre outras.Segundo MeUo, em 2005,a Petrobras provavelmente gastara um pouco mais com seguros do que em 2004. "Os ultimos furacoes nos Estados Unidos frearam a tendencia de queda nos pregos.E possivel que eles subam um pouco. Alem disso, como o patrimonio da companhia cresce a cada ano, devemos ter mais bens a segurar",explica. Um'de les e a nova plataforma P-43. Ela vai tirar da P-40 o posto de equipamento com o seguro mais alto da empresa. Pelos calculos da propria Petrobras, o seguro da P-43 custara entre US$ 700 milhoes a US$800 milhoes,con tra OS US$ 600 milhoes da P-40.

Todos OS anos, a gerencia de Se guros da Petrobras, que faz parte da gerencia executiva de Planejamento Financeiio e Gestao de Riscos, organiza road shows nos mercados onde a com-

panhia atua,para mostrar as principal® seguradoras intemacionais as agoes empresa para reduzir riscos de acidentes."E um trabalho fundamental pai'^ negociannos bem nossos contratos",di^ Mello. A Petrobras tambem passa inspegoes periodicas de risco, realiz^' das por seus resseguradores no mundoEles fazem diagnosticos e recomenda' goes que sao incorporadas aos procc dimentos de seguranga da companhia-

AIMPORTANCIA DOS SEGUROS-0acidente da P-36,em 2001,foi um grande tratt' ma.Por problemas tecnicos, a platafoi"' ma afimdou na Bacia de Campos, prO' vocando a morte de 11 pessoas e gi^' ves danos a imagem da Petiobras. Ma^' como a plataforma tinha seguro,ao m®' nos o prejuizo financeiro pode ser rernC' diado.Mais um exemplo da import^cia dos seguros para a companhia."E faU' damentala garantia de que,na eventua' hdade de um sinistro, a empresa tef^ como repor o bem atingido.0 acidef'® da P-36 nos fez perder um ativo avalia'

doem US$500milhoes.Masa Petrobras nao licou com o prejuizo. Recebeu o Seguro e logo pode recompor o investiniento", diz Luiz Octavio de MeUo.

Segundo ele,o acidente nao chega a ser um divisor de aguas na empresa. "No ano anterior, tinha acontecido um vazamento serio num oleoduto da Baia de Guanabara e a companliia ja havia decidido reformular drasticamente sua politica de Saude,Meio Ambiente eSe guranga(SMS).Em margo de 2000,foi langado o Programa de Excelencia em Gestao Ambiental e Seguranga Operacional,cpie ficou conhecido como Pegaso, com investimentos de US$ 1 bilhao em ties anos", diz.O progiama, que teve como objetivo reduzir emissoes, residues e efluentes e aprimorar a prevengao e o controle de acidentes, equipaiou a Petrobras^ melhores em presas intemacionais.

REDU^AODOSPREMIOS-0 esforgo surtiu efeito.0 numero de acidentes despencou,assim como o volume de vazainen-

antes do acidente da P-36, mas baixaram consideravelmente. No ano passado, a mesma apolice caiu para USS 16,90 milboes e,este ano, recuou ain da mais, para USS 13,02 milhoes.

Dona de platafonnas, navios e outros bens supervaliosos, a Petrobras tem um patrimonio segurado de US$ 26 bilhoes

tos. A Taxa de Ereqiiencia de Acidentes com Afastamento(TFCA)passou de 4,2 (por milliao de homens-horas de exposigao ao risco) em 1999, antes da implantagao do progi-ama, para 1,2 em 2003. Este ano, deve fechar em 1,05.

A redugao dos vazamentos foi ainda mais impressionante.Em 2000,primeiro ano do programa, o volume foi de 5.983 m''. Em 2001, caiu pai-a 2.619 m^.No ano seguinte,a cifraja foi insignificante, 197 m'', e em 2003,276 m^.

0 premio da apolice de Riscos de Petroleo, que segura as plataformas, havia saltado de US|2,77 milhoes,em 2000, para US$ 30,01 milhoes em 2001 - quase 11 vezes mais. 0 mer cado ja estava "pesado", como dizem OS especialislas, e piorou apos o atentado as toires gemeas do World Trade Center, em 11 de setembro, nos Esta dos Unidos. Em 2002, os pregos atingiram o pico. A apolice de Riscos de Petroleo chegou a US$ 30,85 milhoes.

De la para ca, os valores vem deelinando. Ainda nao relomaram aos de

As duas maiores apblices da esta tal sao as de Riscos de Petroleo e de Riscos Operacionais. O valor dessa ul tima,que cobre todos os equipamentos da companhia em terra,este ano,foi de USS 12,22 rmlhoes. A Petrobras possui ainda apolices de Responsabilidade Civil, Cascos e Maritimos (que co bre prejuizos afrota),Transpoite(segura a movimentagao de cargas) e D&O (Directors and Officers, que cobre o patrimonio pessoal de altos executives, caso venham a ser responsabilizados por danos a empresa).

Uma das estrategias da companhia para gastar menos e elevar o valor da franquia de suas apolices."Considerando seu porte financeiro e os pesados investimentos que realizou,a Petrobras, a exemplo das empresas petroliferas de porte semelhante ao seu, vem optando por reter uma parcela crescente de seu nsco",resume o gerente de Seguros da estatal.Segundo Mello,esta e,tambem, umaforma de mostrar ao mercado que a companhia tem confianga no resultado de seusinvestimentos.Afranquia da apolice de Riscos de Petroleo, per exemplo,aumentou de US$6,5 miUioes, em 2001,para US$ 20 milhoes,a partir de 2002. Com isso, o valor dos sinistros caiu,pois a companhia aciona a seguradora apenas em casos de aciden tes de porte razoavel. Tanto em 2003 como neste ano,nao houve sinistros nas principals apolices da companhia. 4

T-- ..M'
LARISSA MORAES
36 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2"°^ OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 REVISTA DE SEGUROS 37

0 setor de Seguros registrou o desempenho mais expressive do periodo: 20,54%

NAS MARES em dez meses d

as leis

De Janeiro a cutubro de 2004,o mercado arrecadou R$ 48,1 bilboes.0 crescimento foi de 16,98% em relagao ao mesmo periodo de 2003, quando o faturamento foi de R$ 41,1 bilboes. 0 setor de Seguros cresceu 20,54%, o de capitalizagao 10,66% e o de previdencia aberta 4,75%. As provisoes tecnicas do mercado segurador registraram crescimento de 32,79%.Destaque para o segmento de seguro,em 55,37%,com arrecadagao de R$ 32,1 bilboes contra R$ 20,7 bilboes do ano anterior. 0 estudo da Fenaseg e baseado nos niimeros da Susep e da Agencia Nacional de Saude Suplementar(ANS). A

0desempenho individual das segmentos de seguro,previdencia aberta e capitalizagao esta disponivelno site da Fenaseg www.fenaseg.org.br

PREMIO DE SEGUROS (JAN/OUT DE 2004)

Que a produgao legislativa brasileira e vasta,exagerada e muitas vezes ! inadequada,ja e do conbecimento de todos. Que a burocracia e a insegurangajmidicacobramseuquinhaono prego Brasil" tambem nao ba como negai; Entretanto, passa quase invisivel para 0 cidadao comum e, ate mesmo para a maioria dos profissionais do Direito, o tamanbo deste exagero.

0 Jornal do Commercio de 3 de dezembro traz materia em que se afir fna que "s&o editados no Pens 37nor rnas tributdriaspor dia"e que,desde a promulgagao da Constituigao fede ral de 1988, "jd foram editadas 3.315.947 normas para reger a vida dos cidaddos brasileiros .

No que tange o mercado segurador, a enxunada de leis e normas se gue o padrao prolifero. Existem hoje em tramitagao no Congi'esso Nacional, ai entendidos Camara dos Deputados ; e Senado, 371 (trezentos e setenta e um) projetos de lei que, de uma ou outra forma, tratam de materia de se' guros, exceto do seguro saude.

Se formos nos ater ao setor de seguro saude ai entao e mesmo uma

0 setor de seguros ocumulo 371 projetos de lei em tromito^ao no Congresso,sem contor a area de saude, que atingiu a marca de 1166 projetos

festa. Somente no ano legislativo de 2004 foram apresentados 128 (cento e vinte e oito) projetos de lei tratando de assuntos relatives a saude, 112 (cento e doze) na Camara dos Depu tados e 16 (dezesseis) no Senado.

Permanecem em tramitagao 1166 (mil cento e sessenta e seis) projetos. Mas como tudo tem um lado posi tive este, para o seguro, foi a promul gagao do decreto n°5.172 em 6 de agosto que,alterando o paragrafo 1° do ai't. 22 do Decreto n°4.494/02, baixou a aliquota do lOF incidente sobre o pre mio de seguro de vida e congeneres de

Tudo tem um lado positivo. Para o seguro, foi a promulgoGdo

7% para 4% a partir de 01.09.2004, para 2% a partir de 01.09.2005 e zero a partir de 01.09.2006.

Tambem digna de nota,a Medida Provisoria n°209 de 26 de agosto,recem transformada no PLV - Projeto de conversao em Lei - n°56,que disp5e sobre a tributagao dos pianos de beneficios de carater previdenciario, no sentido de criar um novo modelo tributario que privilegia a poupanga de longo prazo e, certamente, influenciara positivamente o panorama do mercado de pianos de carater previdenciario, vindo ao encontro de sugestSes feitas pela a Fenaseg a Secietaria de Polrtica Economica.

Navegando em mares muitas ve zes turbulentos,ha que se estar atento as muitas iniciativas legislativas que, embora crivadas pela boa vontade, muitas vezes distorcem o insti tute do seguro para criar obrigagoes e produtos inviaveis ou extremamente afastados da tecnica, que na verdade nao trazem beneficio algum ao mercado e nem mesmo ao consumidor, nestes tempos alvo primeiro da atengao do legislador. ^

- : -"" v. , " i- '"V- ''^ '"• ■■ A ESTATISTICAS •-.W'H'' t ' V /// : i t'y» T * ' "••,*.?," " l'-;: )k. '( ' V : t 1
TRANSPORTES 3,28% HABITACIONAL 1,76% DPVAT ACIDENTES 3;83% PESSOAIS 2,45% PATRIMONIAL 8.11% RISCOS RESPONSABILIDADES FINANCEIROS 0,88% CREDITO/ RISCOS ESPEClAlS 0,85% / 0>43% CASCOS 1,15% RURAL 0,59% OUTROS 0,00%
ARRECADAGAO (JANEIRO A CUTUBRO 2003/2004) SAUDE 17,32% VIDA 35,32% autom6vel 23,49% PROVISOES TECNICAS (COMPARATIVO OUTUBRO
40.000,000 35.000.000 30.000.000 25,000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0 R$Mil Jan-Out 2003 Jan-Out 2004 SEGUROS' CAPUALIZAQACy
ABERTA3 45.000.000 40.000.00035.000.000 30.000.000 25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.0000 R$Mil Outubro 2003 Outubro 2004
CAPITALIZACAO
2003/2004)
prev
SEGUROS
PREV. ABERTA
1)Premio de Seguros = Premio Emitido + Cosseguro Aceito - Cosseguro Cedido - Cancelamento - Restituigao - Descontos 2)Receita com Titulos de Capitalizagao 3)Contribuigdes Previdenciarias Fonte: SUSEP e ANS MARIA DA GLORIA FARIA*
u
6
baixou
aliquota do lOF sobre o premio de seguro de vida - n
do decreto 5.172 em
de agosto que
a
LEIS E NORMAS
38 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 qUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004
REVISTA DE SEGUROS 39
*Assessora juridica da Fenaseg

FENASEG EM PARCERIA COM A RECEITA FEDERAL

A Fenaseg assinou um convenio de cooperagao tecnica com a Secretaria da Receita Federal, no dia 29 de novembro,em Brasdia. A Receita vai fomecer OS dados de pessoas fisicas e juridicas para que a Fenaseg controle a fraude nos seguros. A Fenaseg ira disponibilizar os dados e o sistema do Projeto Fronteiras, permitindo que a Receita amplie seu projeto de seguranga aduaneira para o combate ao contrabando e a evasao de divisas.

Trata-se do terceiro convenio que a Fenaseg firma com orgaos do Go-

'•MvJiill;

vemo Federal para colocar,a disposigao das autoridades,informagoes do Projeto Fronteira. Os outros dois foram, atraves do Denatran, com os Ministerio da Justiga e das Cidades.0Projeto Fronteiras foi idealizado pela Fenaseg e empresas seguradoras.Trata-se de um equipamento que le as placas dos carros com uma iecnologia avangada, permitindo uma margem de eftciencia na leitura de 9.5%.

COMBATE A FRAUDE funan B StEBBB icml

A cidade de Sao Paulo ja conta com um disque denuncia contra a fraude em seguros. 0 servigo comegou a funcionar em dezembro de 2004, atraves do convenio firmado entre a Fenaseg e o Institute Sao Paulo contra a Violencia. As denuncias podem ser feitas pelos telefones 11-3772-7373 oil 0800-156312. No Rio de Janeiro, o lelefone e 21-2253-1177. 0 servigo faz parte das agSes do Piano Inlegrado de Prevengao e Reduga" aFraudeemSeguros, queestasendoimplantadopelaFenaseg.

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GUILHERME DE FREITAS LEITE

Bacharel em Administrasfio de Empresas, Coordenador de Projefos de Sistemos, HSBC Seguros (BrDsil)S/A

Nas entrelinhas da lei

PREVIDENCIA PRIVADA - Lei da Previdencia Complementar Comentada JeronimoJesusdosSantos

Editora Rio deJaneiro

HOMENAGEMAO IRB E A SUSEP

Emnomedomercado,aFenaseg homenageou o superintendente da Susep, ReneGarcia,eopresidentedo IRB-Brasil Re,LidioDuarte,duranteo tradicionalalmogodefinaldeanocom dirigentesdasempresasfiliadas."TemosumdiaiogomuitobomcomoIRB ecomaSusep. Eimportanteternesses orgaos pessoasqueentendam o mercadoetambemafungaopublica", afirmou opresidentedaFenaseg,Joao ElisioFerrazdeCampos,quefezum balangodoano.Segundoele,2004foi 0anodatransformagao.Alemdasconquistasobtidaspelomercado,houve tambem o im'ciodostrabalhospara aperfeigoaraestruturadaorganizagao representativadosetordeseguros,previdenciaprivadaecapitalizagao.

A Fenaseg recebeu sinal verde doseuConselhoConsultivopara,em 2005,contratarumaconsultoriapara lazerumestudosobreacriagaode umaConfederagao.0grupoquevai

acompanhar o processo eformado porCasimiro Blanco Gomez (Porto Seguro), Jose Ismar Alves Torres (Brasilcap), LuizTavares (Bradesco Seguros), Mucio Novaes (Sindicato das Seguradoras de Pernambuco), Nilton Molina, (Icatu-Harford Segu ros), Oswaldo Mario Azevedo (SulAmericaSeguros), Paulo Miguel MarraccinI, (SindicatodasSegurado ras de Sao Paulo), Pedro Pereira de Freitas, (American Life Cia. de Segu ros), Renato Campos(SBCE) e Ser gio Passold (SindicatodasSegurado ras de Santa Catarina).

Estae mais uma contribuigao do Dr. JeronimoJesus dos Santos ao segmentodeSegurosePrevidencia. ProcuradorFederaldo RiodeJaneiio, Di. Jeronimoe tambem professordaFundagao Escola Nacional de Seguros, autor do livro "Meios alternativos de solugao de conflitos: efeitos sociais, economicos ejuridicos no seguio, res seguro,previdenciaecapitalizagao , langadoem2003pelaFunenseg,ede diversos artigos publicados em revistas do setor jundico, seguros, lesse guro, previdencia complementar e capitalizagao.

A obra subdivide-se em um bieve historico da previdencia no Brasil, sua evolugao, e examina a lei n° 109.

Jerdnimo Jesus dos Santos

Lei da Pievldencia Complementar Comentada

Aleitura completa deste livro sem duvida6

reconiendadaptuaquernpretendeobterumavisaoconceitualsobre

Previdencia Privada, conhecendo sua

evolugao no Brasil. Entretanto a aplicagao mais critica desta obra sera a de se colocar como guia de referenda a diversos segmentos profissionais. Na area academica semra no preparo tecnico de estudantes, professores, mestres e doutores do direito e da econo mia, pois alem de seu rico conteudo, coloca a disposigao uma extensa lista de20paginas emais de 1(X) obras como referencia bibliografica. No ramo securitmio e previdenciaiio, sera usado como um manual para os coiretores de seguros de vida, pianos de beneficios, executivos, dirigentes e empregados de areas tecnicas ejuridicas de se guradoras e entidades abertas de previdencias privadas, agentes piiblicos e servidores dos orgaos reguladores. No Direito, nao ha duvidas que se trata de umaobraa serincorporada na doutrina ao reunir orientagoes jurispmdenciais do SupretnoTribunal Federal, Superior Tribunal de Justiga e demais tribunais e oferecer estudos de oases e decisoes dosorgaos colegiadoscompetentespara julgai; em seaia administrativa, a materia previdenciaiia.

OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 20"'' OUTUBRO NOVEMBRO • DEZEMBRO 2004 REVISTA DE SEGUROS 41

;* V,. RAPIDAS
OBRITONEWS
PROJETO
PRONTEIRAB
'
40 REVISTA DE SEGUROS
®'■'"punidade BIBLIOTE
Previdencia Privada
0 momenta bistorico do Brasilfaz com que esta obra seja realmente importante. A previdencia privada no Pais e relativamente nova e com re gime complementar a previdencia social. A lei 109 do ano de 2001 im-
pos uma revisao completa na pre videncia privada, definindo parametros de operagao, obrigagoes e direitos de ambas as partes e permi tindo assim que este setor estrategico para a economia nacional tenha um desenvolvimento na velocidade do mercado e ao mesmo tempo garanta protegaoaoscontribuintes doregime.
Acesse a Biblioteca no site www.lenaseg.org.br

Jornalista e especialisfa em Seguros e Previdencia

E agora Jose?

2004 foi um ano curioso para a atividade seguradora nacional. Enquanto os resultados industrials pioraram, o faturamento cresceu. Mas esta analise esta distorcida pelos pia nos de previdencia privada aberta, que, mais uma vez, foram o carrochefe deste crescimento, ainda que nem sempre usados com sua finalidade especifica.

As razoes para isso passam pelo alto indice de desemprego nas regioes Sul e Sudeste, tradicionalmente as grandes consumidoras de seguros no Pai's. Quando se pensa que 42% dos domicilios da regiao Sudeste tem um I'ndice de 1,3 desempregado,fica facil entender porque e tao dificil, para nao dizer complexa,a expansao dos seguros populares.

Por outro lado,algumas agSes positivas podem ser colocadas como contraponto a dificuldade do setorem abastecer as camadas mais carentes da populagao com produtos capazes de fazer frente a suas necessidades de protegao.

Entre elas,a primeira e mais imporlante e sem duvida nenhuma a consciencia da necessidade de uma

tanto em relagao aos produtos existentes, como em relagao a produ tos que Ihe parecem importantes serem disponibilizados.

Aqui vale frisar que esta havendo um certo exagero, ate certo ponto normal, por parte da autarquia em relagao as seguradoras e aos procedimentos que a maioria delas adota,desde o desenvolvimento de novos produtos, ate

maior transparencia no trato com sens clientes. Transparencia nao so das seguiadoras, mas tambem dos corretoles de seguros,que,indubitavelmente, estao melhorando sua qualificagao profissional, o que e uma vantagem impoitante para as seguradoras que ja tem o conceito de parcerias de

longo prazo em vez da simples remuneragao mais alta para atrair seus parceiros.

Tambem de se notar o esforgo do mercado para minimizar as fraudes e o irnpacto que elas tern no custo das apolices dos

bons segurados que sao, no final, quem paga a conta.

quanto a liquidagao dos sinistros. Se por um lado nao tem sentido uma liquidagao demorar aleni do razoavel e ser complicada por pedidos sem objetividade, por outro, a liquidagao criteriosa de um sinistro e uma exigencia indispensavel para que a seguradora tenha uma gestao

eompetente. Alem disso', a SUSEP esta descendo a detalhes que nao tem razao de ser, alem de estar pretendendo definir conceitos que extrapo1am suas atribuigbes le gals.

Enfim, como se ve, o setor nteressante observar que estas esta dinamico e pode crescer, inagoes acontecem ao mesmo tempo em elusive com os seguros populares, que aSUSEPse coloca deforma mais no ano que vem. Mas para que isso a eita e mais evidente em relagao aos acontega e impoitante que o bom seguiados,enfatizando a importancia senso seja a tonica dominante,em e um atendimento mais adequado, todos os momentos.

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ANTONIO PENTEADO MENDONqA
"0 setor pode crescer em 2005. Mas para que isso aconteja e impoitante que o bom senso seja a tonica dominante.^'
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42 REVISTA DE SEGUROS qi c'lrrr n' OUTUBRO • NOVEMBRO • OEZEMBRO 2004 n
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Espelho de Cli6nt6S
* reflexo da AmericanBiuiicJXfol xno-jsi arte grafia t f /Xntcj'it BankNotE iPre-impressao l(cria^ao e editora^ao) Impressao Personalizagao Acabamento Manuseio e log! Impresses institucionais & Comercials • impresses de seguran^a (CNH, Cheques, Carteira de ident Tickets, Seles)• Persenaliza^ae • Cartoes (Magnetice - Smart - Indutive - Scratch eff - RFID). SP(55 11)4772 7800 RJ (55 21) 3212 7000 - 0800 212383 www.abnc.cem.br
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