T1824 - Revista de Seguros - out/nov/dez de 2003_2003

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REFLEXAO MUDAN^
j'Jo iliUia xu (TEORIA + PKAtICA) X NOVOS VALORES
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o.

Solutes de alta tecnologia para redu^ao de custos e ganhos em qualidade e competitividade

2g FUNENSEG

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42

PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVINGS:

♦ Processamento de documentos de back office:

- Compensa^do bancdria

- Digitaliza^do e processamento de Imagem - Solu0es Imagon

- MIcrofilmagem oflcial de documentos

- Solutes de Correspondente Bancdrio

♦Transa^es eletronlcas - ATPNet:

- Rede Verde-Amarela-RVA

■ Gestdo e operate de redes de auto-atendimento

■ Sistema Integrado de Arrecada^o e Pagamentos - SIAP

- Solutes de Telecom

♦Desenvolvimento de executives e consultorias especializadas

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Um novo m

odelo de gestao comega a ser implantado

CONSUMIDOR Sercontel Telecomunicagoes e exemplo de qualidade

ESTATl'STICAS

Mercado registra crescimento de 22,86% de Janeiro a outubro de 2003 e o saldo das provisoes teenicas atinge R$ 61,9 bilboes

LEIS E NORMAS

Fenaseg participa da comemoragao dos 31 anos do Ajufe

em

EXCELENCIA EM PRE$TA|;A0 DE SERVPS
Sede prdpria da empresa \ lA oi ShOUrtO^ ACAO 8aPA A 2® Conseguro,
seguro
relacionar Com o consumidor
deixa claro que e preciso mudar as estrategias de fazer
e de se
lOQX COffStaCU HEMfaCA K SEOMI oo oz F
IDES Brasil brilha na ultima ^onferencia da
^titeramericana de Empresas de ^eguros,que aconteceu na ^epublica Dominicana ENTREVISTA 0 sociologo italiano Domenico De Masi, que veio ao Brasil para participar da 2® Conseguro, elogia a criatividade do brasileiro SIVIAIS..._ ^ 4 EDITORIAL 44 RAPIDAS 45 BIBLIOTECA 46 PPINIAO Capitalizagao e tema de concoriido workshop na 2® Consegui*o Banking Technology Para mais Informa^esi Via L2 Norte - SGAN - Qd.601 - Modulo L - Brasilia-DF - 70830-010 Telefone:(61)426-8848 - Fax:(61)426-8806 - wwWoOtp.coiii.bT Veja iio
SUA/IARIG
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Federagao
LeiaCap
^ M A A.
Q L mercado e ^ U SOCIEDADE Unibanco AIG Seguros e Previdencia:investimento agoes socials contribui para o desenvolvimento do Pais, formando novos mercados ""tubro • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 REVISTA DE SEGUROS 3

Sinais positives

Reunido no Rio, na 2® Conseguro, no mes de novembro, o mercado segurador brasileiro discutiu o futuro. Em tres dias de trabalhos, cerca de 1000 profissionais do setor tiveram a oportunidade de ouvir — na voz de quem anda sintonizado com as grandes transformagoes de natureza social e economica deste inicio de milenio — o que representa o desafio de crescer nos proximos anos.

Dos debates que tiveram a participagao de representantes das empresas de seguros, resseguros, previdencia privada e capitalizagao, uma certeza pode ser antecipada: a etica e a transparencia nas relagSes de consumo vao determinar as historias de sucesso empresarial no mercado. E ha toda uma cartiiha de novos valores a serem incorporados as rotinas de produgao e comercializagao de nbssos produtos.

Na avaliagao do governo 2003 foi um ano de dificuldades.

E as cartas para 2003 ja estao colocadas: nao ha como fugir a necessidade — mas tambem &s

A Fenaseg

Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao

Diretoria

Presidente: Elisio Ferraz de Campos

Vice-Presidenies: de Souza Avellar Neto. Luiz

Tavares Pereira Filho, Nilton Molina. Olavo Egydio Setubal Junior. Renato Campos Martins Filho, Rubens dos Santos Dias.

P//»fo/»5;Cesar Jorge Saad,Jos6 IsmarAlves Torres. Maurlcio Accioly Neves. Mauro Cesar Batista. Paulo Miguel Marraccini. Santi Cianci e Vilson Ribeiro de Andrade.

Conselho Fiscal

Membrosf/fe//K05;Aparecida Lopes. Jorge Carvalho e Lucio Ant6nio Marques.

5w/a/7tes.'Jos6 Maria SouzaTeixeira Costa e Marivaido Medeiros-

Conselho Consulflvo

Presidente:^oto Elisio Ferraz de Campos

possibilidades — de crescimento. Neste sentido, grupo de trabalho interministerial estuda a questao do mercado de capitais e poupanga de longo prazo, entendidos como instrumentos que podem alavancar o desenvolvimento do pais. E especificamente no que diz respeito a atividade seguradora, o Ministerio da Fazenda vem trabalhando com as instituigSes do mercado uma agenda modernizadora,que passa pela discussao dos aspectos regulatorios.

Ha otimismo em relagao a 2004. Presente a Conseguros, o secretario de Politica Economica, Marcos Lisboa, disse acreditar que a taxa de crescimento do pais podera chegar a 4% em 2004. Para crescer, o Brasil precisa do mercado segurador, que alem de propiciar as familias e ao setor produtivo a protegao necessaria contra os humores variaveis da sorte, e grande formador de poupanga interna. Este e o melhor desafio que a propria condigao de cidadania impoe aos milhares de brasileiros que trabalham na atividade seguradora.

DOMENICO DE MASI

Ofliiniro do trabalho esta nos grupos criativos

Sociologoelogia

Membros £/etfw>s;Ac^cio Rosa de Oueiroz Filho, Bernardo Serrano Lopes,Brian John Guest, Federico Baroglio, FranciscoCaiuby Vidigal. Jayme Brasil Garflnkel. Jorge Est^cio da Silva. Jos6 Am^rico Pe6n de S6.Jos6 Castro de Araujo Rudge,Julio Albuquerque Bierrenbach. Luis Maurette, Luiz CarlosTrabuco Cappi.Luizde Campos Salles, Luiz Henrique S.L.de Vasconcellos. M^rio Jos6 Gonzaga Petrelli, Patrick Larragoiti, Paulo Miguel Marracini, Pedro Pereira de Freitas e Wilson Roberto Levorato.

Membros Natos:Alberto 0. Continentino de Araujo. Antdnio

Tavares C^mara. Casimiro Blanco Gomez,Joao Gilberto Possiede, Miguel Junqueira Pereira. Miicio Novaes de Albuquerque Cavalcanti. Oswaldo Mario Pego de Amorim Azevedo e S6rgio Passold.

REVISIADE SEGUROS

6rgao Informative da Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao - Fenaseg.

PUBLICAQAOINTEGRANTE DO CONVENIO DE IMPRENSA DO MERCOSUL- COPREME. Em conjunto com SIDEMA (Servigo Informativo do Mercado Segurador da Republica Argentina).

EL PRODUCTOR (Publicagao da Associagao de Agentes e Produtores de Seguro da'Republica Oriental do Uruguai) e Jomal dos Seguros(Publicagao do Sindicato dos Corretores de Seguros e de CapitalizagSo do Estado de Sao Paulo).

Conselho Editorial

Presidente:Salvador Cicero

Membros:Geraldo Bolda, Mauro C6sar Batista. Nilton MolinaPaulo Amador, Paulo Marracini. Ren6 Garcia, Ricardo Xavier. Rita de Cassia Batista e Suzana Munhoz.

Edltor-chefe: Angela Cunha(MTb/RJ12.555)

Coordenapao EdHorlal: Editora Prosa Carioca (Tel.: 2237.6549) Jornalista Resp.: Marciade Souza(MTb/RJ 16.305)

Arte: Marii Bibas

Capa: Rejane Schalnberg

Colaboradores: Cecilia Barroso, Cldudio Figueiredo, Cristiane Costa, Denlse Bueno. Jorge Clapp, MSrcIa Alve®' S6rgio Dias.Solange Guimaraes.Suzana Liskauskas. Valtemir

Soares Junior e Renata Victal

Equipe ASCOM: Adriana Beltrao e Valeria Made! ..j^

Escritbrio Fenaseg/Brasflia - SCN/Ouadral/Bloco C- Ed.

-Trade Center-sala 1607

Fotografia: Rosane Bieckerman e Delfim Vieira

Fotolltos: TextMaster

Grdfica: Wal Print

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Redaqdo a Corresponddncia: Assessoria de Comunicags^

Social- Fenaseg - Rua Senador Dantas. 74/12° andar. Centre

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0 criotividode brasileiro e diz que ela e a unico saido para o Pois escopcrda recessdo e do desemprego

trtsTIANE COSTA

Maior especialista mundial em sociologia do trabalho, o ita liano Domenico De Masi foi uma dasestrelasda2''Conseguro,realizada em novembro.0lema oi o futuro. Segundo De Mas,, devemos nos preparar para uma to tal mudanga de paradigmas na for

ma como trabalhamos e apjov tamos nosso tempo livre.0 autor de best-sellers como 0 ocio criativo apioveitou a vinda ao Bia para langar uma revista de management, a Next, e sen ma novo livro, Criatividade e grupos criativos (Sextante). Nele, explica a dinamica secreta do processo criativo e demonstra que os genios podem ser tanto individ^ ais como coletivos. Caberia

empresas reunir pessoas com qualidades tao distintas quanto a fanta sia e a concretude e motiva-las. Um exemplo? 0 carnaval brasileiro. Se nao dispuscsse de uma enorme motivagao,a organizagao de um desfile das escolas de samba exigina um aparato imenso e carfssimo para recriitar, treinar e administrar os luncionarios. "A exuberancia crialiva (Jos desfiles carnavalescos faz com que OS anemicos eventos de moda parisienses paregam pobres ensaios de adoentados", comparou, em entrevista a Revista de Seguros.

▲ 0senhor foi o principal convidado da Conseguro,Conferencia Brasileiro de Seguros,Resseguros,Previdencia Privada e Capitalizagao.De queforma suas propostos audaciosas de incentive d criatividade e flexibiliza^do do cargo liorgria de tralralho podem ser odoptadas a este mercado?

Domenico De IVlasi — Temos que levar em conta que o mundo mudou.Per 200 anos,a economia mundial baseouse na produgao de bens materials, como automoveis. Mas a sociedade pos-industrial evoluiu rapidamente a partirdos anos 50.Numa primeirafase, baseada na produgao de servigos,

Vfrv A EDITORIAL
JOAO ELISIO FERRAZ DE CAMPOS Presidente da Fenoseg
4 REVISTA DE SEGUROS
^ ■■ ^ ^ \ \ " '• j. j , ,
ENTREVISTA A
REVISTA DE SEGUROS 5

como o entretenimento. Na fase seguinte, privilegiando a produgao de informagao. Agora, dedica-se a pro dugao de bens fisicos: a plastica, o fitness,f)orexemplo. Etambemdebens

cidturais: veja o exemplo de Bilbao, naEspanha,umacidadeindustrialque, depois da instalagao do Museu Guggenhein, reformulou-se completamente, e hoje vive principalmente do turismo. Ou de Milao, que se inventou como um eentro de moda e de design.

0 Brasil tambem tem exemplos muito interessantes desse tipo de transformagao. Em Santa Catarina, criou-se o primeiro Bolshoi fora da Russia, com 400 criangas selecionadas em escolas publicas. Percebeu-se que ha urn instinto natural do brasileiro para a danga, que pode serrefinado pelo bale classico. Essas criangas saem da favela e vao direto para o mundo artistico. Nao e como antigamente, que o proletario sonhava evoluirpara burgu✓ es. E outro tipo de mobilidade social.

0 Brasil, em breve,em vez de exportar jogadores de futebol ou pilotos de Formula 1,exportara artistas. For isso, o tema de minha palestra foi o future do trabalho. Ele e um dos assuntos principals de meu novo livro, que na Italia chamou-se Fantasia e concretude. Aqui no Brasil, o titulo e Criatividade e grupos criativos.

A Com 800 pdginas,este livro e considerodo seu trabalho mois ombldoso.0 que ele acrescenta ds teses jd apresentados em 0ocio criotivo, per exemplo,um best seller internacional que,so no Brasil, vendeu 120 mil exemplares?

Domenico De HAosi — Este e certamente meu livro mais importante. Foram 10 anos de trabalho. Nele rein terprete a historia humana a luz da criatividade. Quero entender como inventamos coisas tao fundaraentais quanto a cidade, a arte, a musica e a escola. E nao so as coisas materiais: como o homem criou o alem, o parafso, o purgatorio? E realraente ambicioso porque parto da pre-historia para chegar aos dias de hoje e apontar para o future.

A 0 ultimo capitulo troto especiolmente deste assunto: o futuro do trabalho.0 senhor sugere que o modelo fordista/ taylorista americano de trabalho tende a ser ultrapassado pelo latino. For que?

Domenico De Mas! — Porque as pessoas estao se dando conta de que o modelo atual so leva a frustragao, a competigao desenfreada, a exploragao, ao desemprego e a violencia. Com a recessao mondial, isso ficou hem claro. Temos que nos voltar para o ser humane, para valores como a compaixao, a alegria, o divertimen-

to, o jogo. Em vez de botar o pe no acelerador, temos que desacelerar.

A Suas visitas ao Brasil tem sido constantes,a ponto de haver vdrias referencias ao carnoval e a nossa musica em seu livro.0que o encanta no pals?

Domenico De /lAosi-Ja vim ao Bra sil pelo menos umas 20 vezes nos tiltimos 15anos. Nao perco nenhuma oportunidade.Tenho grandes e geniais anugos aqui, como Oscar Niemeyer e Ivo Pitanguy.Perisso,neste livro,falo muito da criatividade brasileira. Como a Ita lia, o Brasil tem pouca criatividade ci entifica, mas grande criatividade artis tica, que e a criatividade do pobre. A razao e que a arte nao custa nada.Par^ fazer uma cangao,basta um violao. Fbra pintar um quadro,bastam as tintas. Ma® a criatividade cientifica depende dc grandes universidades,baixo indice do analfabetismo e financiamento para ^ pesquisa. Nao pode haver grande peS' quisa cientifica num pais onde ha mui to analfabetismo. No entanto,sabemo® que e um problema ser criativo apena® no piano estetico e nao no cientificoIsso obriga o Brasil a comprar teC nologia dos EUA,do Japao e da Euro' pa,o que aumenta sua divida externa-

A For que os brasileiros se identlficam tanto com suas propostas?

Domenico De Mas!-Creio que uma consonancia entre minhas idei' as e o carater dos brasileiros. Tenb" dito que devemos substituir valox'U® como competigao, poder e rique^^ pelo desejo de tranqiiilidade,de amoi' de convivialidade.Isso tudo requer ritmo mais lento. Sao ideias muil'' afins a cultura brasileira, e a latio^'

em geral. Mas decerto nao soam hem a cultura americana.

A Um dos motivos de sua vinda ao pais e 0lanjamento de uma revista ftalobrasileira,a Next.Qual a sua proposta?

Domenico De Mas! - A Revista Next nasceu na Italia ha cinco anos. Incomodava-me o fato de que giande parte das revistas italianas,e brasileiras tambem, direcionadas ao mundo dos negocios,nao passam de tradugoes da mentalidade empresaiial america na.0objetivo da Next e mostrar como Uma visao altemativa, que privilegie a criatividade,em que o trabalho nao seja visto como um fardo, mas uma possibilidade de realizagao pessoal.E

Uiostrar que essas ideias podem ser aplicadas ao mundo dos negocios,com melliores resultados para patroes,funcionarios e clientes.

A 0Brasil passa por um perlodo de fecessao,com desemprego e o achatamento Malarial.As empresas reduziram seu Pessoal para diminuir os cusfos e aumentar 0competitividade.Num cenario como este, Hindahdespasoporafalarem criatividade?

Domenico DeMosi-Neste cenaHo,a linica salvagao e a criatividade. '^este momento, praticamente OS paises do mundo estao em i"ecessao. Este e o prego de seguir lUodelo de progresso americano. Se Oontinuarmos nesta estrada, estamo fritos. E a lideranga sera sempre de les. Temos que criar nossas proprias ^Iternativas.

4 Se OS brasileiros sao um dos povos mais ^dativos do mundo,por que as empresas liiaslleiras ndo o sdo?

Domenico De Masi - No Brasil ha empresas que usam muita criatividade para crescer no mercado intemo e se posicionar no mercado extemo. Por exemplo,a Embraer,que encontrou um nicho de negocios no mercado de avi5es de pequeno porte.Todo mundo,ate a Italia, compra avioes da Embraer. Outra empresa brasileira bastante criativa e a Rede Globo,que exporta nao apenas telenovelas, mas a cultura, a musica e a mentalidade brasileira.

A Hoje,as empresasexigem do profissional que ele seja totalmente disciplinado,racional,cartesiano e,ao mesmo tempo,exiremamente criativo.E possivel uma combina^ao como esta?

Domenico De Wasi - Uma pessoa que e muito fantasiosa,emotiva e ainda assim muito concreta e racional e um genio.E geniossao muito raros.Pbr isso, precisamos trocai" os gSnios indi viduals pelos genios coletivos. Chamo de genios coletivos os grapos cnativos, que unern pessoas fantasiosas concretas. Se esses dois tipos se juntam a uma lideimiga carismatica, altamente motivada,o resultado e sempre um tra balho genial. Um giande exemplo disso foi a construgao de Brasilia.

Este6om dos pontos mais interessantes

em Criatividade e grupos criativos:a desmistifica^do da figura do genio.0senhor mostra que boa parte dasinven^es humanasforam coletivas e andnimas.

E aponta ainda para a influencia de um ambiente propicio na realiza^do de grandes projetos.De que forma essa ideia pode ser levada para o dia-a-dia das empresas?

Domenico De Mcsi-E precise cri ar um modo distinto de gestao de pes soal,que una estudo,trabalho e lazer.

E isso o que falta ^ empresas brasileiras.0 modelo americano, em que tempo e dinheiro, esta fadado a criar distanciamento e infelicidade.

A Seu trabalho teria sido influenciado por Herbert Marcuse,outer de Erosechrilza^o?

Domenico De Mosi-Certamente.No fundo,todaa criatividade e coletiva.Nao deveriamos escrever Ocio criativo, um livro de Domenico De Masi,mas organizado por Domenico De Masi. E nao so este hvro:A divina comediatambem e organizada,e nao escrita, por Dante. E Romeu e Julieta, por Shakespeare. No meu caso,a ideia de um livro vem de outros livros, da radio, da televisao,das coisas que vivo, das pessoas que encontro. As ideias sao capturadas em toda a parte. Meu livro bebe da fonte de Marcuse, de Aristdteles, de Platao e de muitos outros. 4

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^'Como a Italia, o Brasil tem pouca criatividade cientifica, mas grande criatividade artistica. A razdo
e que a arte nao custa nada''
ib I'( 6 REVISTA DE SE6UR0S OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2fl03
'Traticamente todos os paises estdo em recessdo. E o prejo de seguir
0 modelo americano. Se continuarmos nesta estrada, estamos fritos''
REVISU DE SE6UR0S 7 ''DTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003

CONS^URO consegub^

Se a sociedade ja nao e mais a mesma, por que trabalhar ainda so bre moldes do seculo passado? Esse foi um dos questionamentos que impulsionaram os debates da 2® Conferencia Brasileira de Seguros, Resseguros,Previdencia Privada e Capitalizagao, realizada pela Fenaseg, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, no Hotel Sofitel, Rio de Janeiro. 0 evento deixou claro para o merca do segurador brasileiro que e pre cise mudar as estrategias de fazer seguro e de se relacionar com o consumidor. Incorporar os novos valores e conceitos trazidos pela globalizagao, pela busca da humanizagao nas relagoes de trabalho, pelo Novo Codigo Civil e pelo impositivo da etica e da transparencia, tornou-se imperative.

O merito maior da 2^ Consegu-

pela Fenaseg, mobilizou cerca de mil pessoas em torno de palestrase workshops com

economica e deixou cloro para o mercado segurador que e precise incorporar novos conceitos, mudondo a forma de relacionamento com 0 consumidor

ro nao foi o de ter mobilizado ufH publico de cerca de 1000 pessoa® em torno de cinco palestras e 3^ workshops tecnicos, que envolveraiA um elenco de 180 pessoas — entr^ palestrantes, coordenadores mesa e debatedores. Ou de ter tra' zido ao convivio do evento a exp®' riencia de personalidades da are^ economica e academica, do jorna' lismo e da sociologia. Tudo iss^ contou e muito. Mas o que teve graf de peso na contabilidade dos orga' nizadores foi o fato de a Consegur^ ter propiciado ao mercado segur^' dor um momento memoravel de nergia entre quem decide e quef'' faz nas empresas do setor. Pouca'' vezes, num encontro dessa dime'' sao, empresarios e sens funcioO^ rios puderam,juntos, debater, ao^ lisar e refletir sobre toda sorte dificuldades e necessidades do negocio.

0 presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos, na segao inaugural da conferencia,chamou a atengao dos presentes para a necessidade de se fazer uma profunda rellexao do momento atual e das perspectivas que acenam paia o m cado segurador nos proximos anos. "2003 foi um ano dificd para a economia brasileira ,avaliou.0se tario de Polftica Economica, Mar cos Lisboa, que participou da so eUidade de abertura, endossou as Palavras de Joao Elisio. Mas, tran qUilizou:"A taxa de crescimento o Eaispoderachegara4%em2004 .

Segundo Marcos Lisboa, o GoVerno montou um grupo de trabalho interministerial para estudai a que *^50 do mercado de capitals e pou Panga de longo prazo. Em relagao setor de seguros, disse que o Ministerio da Fazenda ja esta tra•lalhando junto com o mercado se

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gurador para definir uma agenda de trabalho para discutir diversas questbes regulatorias. A jornalista Miriam Leitao tambem mostrou-se otimista em rela gao a 2004.0linico problema,considerou, 6 que nada garante que o mesmo ritmo de crescimento conti nue em 2005 e 2006. Miriam defendeu a inclusao social na pauta do desenvolvimento sustentavel do Brasil, ressaltando que, no ambito da microcconomia, existem ainda muitas dilvidas a serem esclarecidas. Para a comentarista da Rede Globo, 0 aumento de renda da populagao ^ primordial para que haja real crescimento do setor. E foi para promover esse aumento que o presidente Lulafoi eleito'Membrou.

Na esfera governamental do se tor de acordo com o superintendente da'Susep, ReuS Garcia, a meta e justamente essa: realizai- a revolu-

▲ A partir da esquertia '1 tl Wagner Nanneli(Anapp),lidio Duarte(IRB), Marcos Lisboa (secrettriodePolftica Economica),Joao Elisio Ferraz (Fenaseg),Rene Garcia (Susep)e Armando Vergillo (Fenacor):debates fundamentais sobre o mercado seguradorbraslleiro

gao microeconomica do mercado de seguros. Rene Garcia dividiu a mesa de abertura com o presidente do IRB Brasil Re,Lfdio Duarte,o pre sidente da Fenacor, Armando Vergilio dos Santos Junior, e o vice-presidente da Anapp, Wagner Nannetti Dias."E precise que a contribuigao de cada parte seja um somatorio positive e que se promova a modernidade do setor atraves de uma gestao mais transparente e eficienle", sugeriu o superintendente. Mas e preciso avangar mais nessa transformagao, conforme aconselhou especialistas que nao militam na atividade seguradora, mas entendern da alma humana.0 publicitario Nizan Guanaes,o escritor Zuenir Ventura e o sociologo italiano Domenico De Masi foram unSnimes em suas observagoes: o mundo do trabalho precisa de um novo paradigma.

FOTOS: ROSEANE BIEKERMEN E DELFIM VIEIRA
ANGELA CUNHA
A 2° Conseguro, organizada
personolidadesdadrea
REVISTADE SEGUROS OMBRO-NOVEMBRO-DEZEMBRO 201)3 I REVISTA DE SEGUROS 9 OllTiiRpn unufMRpn -nF/FMBRO 2003

Tudo pronto para a grande arrancada

Otimismo.0sentimento que vetn predominando no Brasil nas ultimas semanas norteou tambem a 2" Conferencia Brasileira de Seguros, Resseguros,Previdencia Privada e Capitalizayao(Conseguro),realizada entre 24 e 26 de novembro,no Rio. E nao e pa ra menos.0 risco Brasil, que mede a confianga dos investidores estrangeiros de que o Pais vai honrar suas dividas, baixou de 500 pontos no final de novembro,atingindo sua menor marca desde 1998.Antes da eleigao presidencial,iniciada em outubro de 2002,o indice chegou a registrar 2.400 pontos.

"O Brasil passou por uma das piores crises macroeconomica dos ulti-

mos anos,castigado pela inflagao alta e fuga de capitais. Mas conseguimos colocar os indices nos eixos. Inflagao, juros e risco Brasil estao em queda", garantiu o secretario de Politica Economica do govemo, Marcos de Barros Lisboa,durante o discurso de abertura do evento,que reuniu mais de mil participantes. "Apostamos na retomada dos investimentos e crescimento sustentado da economia brasileira, condigao vital para estimular os mercados de capitais, de credito, de seguro e de previdencia", acrescentou ale.

REFLEXAO - Para o presidente da Fenaseg, Joao Elisio Eerraz de Cam pos, o momento e de reflexao sobre as perspectivas do mercado de segu-

A Para Hello Zylbertajn, apesar da ousadia mostrada na reforma,governo enfrentarA deficit de R$ 76 bilhdes na previdencia

CONSEGUftO

ros nos proximos anos. Ele mostrou preocupagao com o desempenho do setor neste ano."0 Brasilja nao ocupa mais o primeiro lugar no ranking de seguros dos paises latino-americanos. Foi superado pelo Mexico") disse. Enquanto a participagao da atividade seguradora no PIB dos pai ses desenvolvidos situa-se entre 6% e 10%, no Brasil ela nao ultrapassa 3%.0 consumo per capita de segu ros no Pais e de apenas US$ 64, eiu comparagao a US$ 961 na Europa o de US$ 3 mil nos Estados Unidos. "Perdemos ate mesmo para a Argen tina que, apesar de toda a crise quo vem passando,consume US$ 190 pof capita em seguros",disse durante seU discurso na palestra "Mercado do Seguros-Uma visao do mercado sob o enfoque privado e do govemo".

A estagnagao do setor, segundo Joao Elisio, deve-se em parte a criso que o Brasil enfrentou e em parte 3 morosidade que o Estado vem demonstrando para desatar nos cmciais pai'^ o setor. "Ha dez anos a privatizagao do seguro de acidente de trabalho e ^ abertura do mercado de resseguro® ocupam a pauta das discussoes parlamentares." No entanto, ele elogiou oS

INSS e com OS servidores publicos.

De acordo com ele, que coordena a pesquisa Reforma da Previden cia para a Inclusao Social e Promogao da Igualdade, o teto de R$ 2,4 mil e muito acirna do adotado por qualquer pais que tenha um regime distributive e se torna irreal para um pais como o Brasil,que tern um siste ma concentrador de renda.Para se ter uma ideia, a relagao entre o teto da previdencia e a renda media da populagao no Reino Unido e de 20%; na Franga,de 50%;nos EUA,de60%; na Espanha, de 140%.

Awiiriam Leitao:ap6s Indices positives, bataiha agora6por resultado a longo prazo avangos da politica econoniica e d Reforma da Previdencia."Tanto quanto OS seguradores, o Brasil necessita do fortalecimento da PrevidSncia Pnvada, na medida em que atua como sistema de foimagao de poupanga de longo prazo e garantidora de bem-estar social", disse Joao Elisio.

Para Helio Zylbertajn, professor da Universidade de Sao Paulo e exdirigentedaFipe/USRoempenhodo presidente Lula 6 impressionanle. "Nenhum outro fez algo tao audacioso",disse durante a palestra'Impactos Economicos da Refoima da Pre videncia". Mas alertou: "Apesar a ousadia de Lula, os pontos a serem alterados estao muito aquem de a iviar a pressao nas despesas do go verno". A expectativa do deficit da previdencia para 2003,segundo d dos do estudo de Zylbertajn,e de quas R$76 bilboes com os aposentados do

ta (Anapp) e tambem diretor da Itaii Vida e Prerddencia.

CREDIBILIDADE — Essa situagao transforma a credibilidade nunia palavrachave."0 setor precisa reconquistar a confianga do consumidorcom a pou panga de longo prazo", disse Lisboa, frisando que isso traria um publico maior para o setor de previdencia. 'Para isso precisamos ter regras estaveis e uma regulamentagao mais modema",retmcou Joao Elisio, pre sidente da Fenaseg.

Apesar do novo teto da previden cia oficial cobiir cerca de 95% da populagSo econoiTiicsmente aliva, a iniciativa privada acredita que ha um nicho de investidores em potencial a ser conquistado."Nas palestras que fago em todo0 Brasil,a percepgao das pessoas e de que outras refonrias virao, com redugao de beneficios e aurnento das contribuigoes. Elas buscam criar suas proprias poupangas pois nao acreditam no govemo", disse Osvaldo do Nascimerrto,presidente da Associagao Nacionalde Pr-evidencia Privada Aber-

A entidade enviou ao govemo urn estudo sobre as necessidades do setor. Entre as medidas prioritarias para alavancar o seu desenvolvimento es tao alleragoes na legislagao do resseguro - foi solicitada a transferencia para a Susep da regulagao e fisccilizagao das operagoes de resseguro alem da abertura do mercado de resseguros,e tambem a criagao de bene ficios fiscais para estimular'a poupan ga de longo prazo."Algumas ja foram atendidas pelo govemo.Em doze anos que estou a frente da Fenaseg,e a piitneira vez que fomos chamados pela

A Palestra de Marcos Lisboa: secretAiio de Politica Econdmica do governo anuncia que aposta agora d no crescimento sustentado

CONSEGURO
DENISEBUENO
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niiTiiRiin • NnvFMRen • dezembro 2003 ji OUTUBRO • NOVEMBRO • OEZEMBRO 2003 REVISTA DE SEGUROS U

CONSEGURO

equipe economica para discutir sobre a poKtica de investimentos," disse.

Rene Garcia, titular da SuperintendenciadeSeguros Privados (Susep), um ardoroso defensor da auto-regulamentagao das seguradoras, tambem propoe alteragoes nas normas. "A macroeconoinia da a diregao, mas sao as micromudangas que tomam a economia sustentavel", salientou. Para Garcia, o principal objetivo da Susep e criar meeanismos que deem maior protegao aos consumidores,^como tornar a divulgagao dos balangos das empresas do setor mais transparentes; melhorar procedimentos de avabagao de riscos assumidos pelas companhias; blindaras reservas e garantir a integridade dos contratos.

MASSIFICA^AO — Paralelamente as medidas do governo para manter a economia no rumo certo e aos esforgos do mercado segurador para conquistar OS consumidores, abre-se uma nova fase de desafios. "Todos os indicadores mostram acerto do governo nas poUticas adotadas desde o inicio

da gestao Lula. Taxa de juros, inflagao e risco Brasil em ritmo de queda, aliados a uma retomada do crescimento industrial", disse Miriam Leitao, comentarista da Rede Globo, em sua palestra "Perspectivas Politicas e Economicas do Atual Governo". Para ela, "falta agora garantir esse desempenho mais no longo prazo. E isso so se dara com o aumento da renda da populagao, motivo principal pelo qual o presidente foi eleito".

E e aqui que esta a grande expectativa do setor. "A inclusao social e o caminho para o desenvolvimento do mercado de seguros no Brasil, possibilitando que esse produto possa ser mais consumido pelo cidadao brasi-

▲ Para Rene Garcia, maior protegao aos consumidores 6 requisite importante para consolidar crescimento

leiro. Se isso ocorrer, poderemos ver ate 100% do PIB ser segurado", afirmou Luiz Carlos Trabuco Cappi, pre sidente da Bradesco Seguros e coordenador da mesa do painel.

Parao Nizan Guanaes, que proferiuapalestra"MarketingdeSeguros' > o grande desafio das seguradoras e vender um produto que nao e de pri' meira necessidade para quem aparentemente nao esta interessado. Alem, ® claro, de distribuir produtos na base da piramide social, para as classes de renda mais baixa. "0 mercado deve' ria tomar algumas aulas com os evaO' gelicos. Ou seja: sermaisdidaticopaT^ criar uma cultura de seguros utilizaO' do a palavra, o conhecimento e a doU' trinagao, sem ser chato. E precise eO' tender o ser humane", disse GuanaeS-

Joao Elisio concorda. "Precis^' mos criar meeanismos para driblar ^ quedade rendada populagao e afruS' tragao com a abertura do mercado resseguros e da regulamentagao llexibilizagao do Seguro de Acideiit® de Trabalho e reverter esse o de eS' tagnagao. E uma oferta maior de pf®' dutos vai contribuir paia o nosso creS' cimento e tambem paradivulgara gao social do nosso setor."

devera ser construida atraves de co nhecimento e doutrinagao.

Os que lidam com a alma humana enxergam mais longe e, po isso, muitos acreditam, conseguem estar sempre a frente da propria modernidade. 0 publicitario Nizan Guanaes e o socidlogo itahano Domenico De Masi confirmaram essa crenga em suas apresen goes. Os dois deixaram mensagens importantesqueajudaraoosprofissionais do mercado a refletir meIhor sobre suas atividades e objetivos. Eles mostraram para a plateia que, para ser bem-suced.do,eprecisemudarOSparadigmas,

ser diferente, porque "ser comum e arriscado

Nessa mudanga de rumo, uma dasprioridades,naavaliagaodop blicitario, e a comunicagao. Segundo ele, a comunicagao do mercado seguradorcomoconsumidordoseculo XXI nao se sustenta mais com o modelo vigente. Ao solido e serio tiereado segurador biasileiro, a liou, falta didatismo para ciiaru Cultura de seguros no Pais. E es

Para se fazer entender hoje, segundo Nizan, e precise que a comu nicagao seja objetiva, disciplinada, horizontal, cientificae monitorada per pesquisa. "Voce deve ter uma relagaoamorosacomoconsumidor.Houve umamudangadevalores. Asociedade de hoje e a sociedade do agora. E preciso criar uma imagem para o future,masnaosepodeserchato.Tem queseprojetaramodernidade.Epre cisoentenderoserhumano", afinnou, acrescentandoapergunta: "comoven der para quem, a priori, nao esta in teressado?". Buscarumcaminhoproprio e diferenciado e um dos conseIhosdopublicitarioparaquemdeseja se destacar no mercado.

Nizan contou que temsidotestemunhadoquantoasempresasdosetor de seguros tgm se esforgado para acompanhai-oritmodasmudangasem curso no mundo eno Brasil,ligadas, principalmente, as nogoes de bemestar e de um future mais tranqiiilo.

Mas, ponderou, isso so nao basta. Ele explieou que as pessoas nao eompram mais pelo mesmos motives que ate pouco tempo compravam, embora continuem a ter as mesmas necessidades. Dai a importancia de se descobrir quem, hoje, decide a compra numa familia, para, depois, criar no vas formas de encanlar o consumidor. "Investirem marketing, empropagan da, e fundamental. E nao venham com esse papo de que a verba acabou. Pode ser qualquer verba, mas anunciem", recomendou. Nizan ressaltou ainda que a "propaganda e o negocio da alma" e que sem compreender a alma humana e as suas transformagoes sera dificil avangar neste novo seculo.

Mudangas tambem foram defendidas pelo autor da controvertida teoria do ocio criativo, o sociologo Domenico De Masi. Superar a concoiTencia, afinnou em sua apresentagao, nao significa trabalhar mais e exaustivamcnte, mas sim ter mais e inovadoras ideias que levem a con-

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StOij.RO
▲Joao Bisio; Brasil perdeu parao Mexicoo primeiro lugarno ranking dosseguros JumoT
12 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 Tf
Novas ideias para ser mais feliz e eficiente
ANOELA cunha
OUTUBRO NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003
AEpi^e^teruitiarelagSoamorosacomoconsumidor,explicaopublicitarioGuanaes REVISTA DE SEGUROS 13
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quista de novas formas de executar as tarefas.E para isso,sugeriu,e pre cise mudar o paradigma do mundo do trabalho, qua em plane seculo XXI, ainda se baseia nas relagoes construidas pela Revolugao Industrial.

Para o sociologo, o trabalho dos executivos esta se tornando cada vez mais repetitive, cansativo e tedioso. Alem disso,as empresas ain da usam regras herdadas de uma outra era."0 cartao de ponto e uma delas",exemplificou. A pi:oposta de Domenico De Masi e que a produtividade, nas empresas, seja motivada pelo trabalho inteleetual, e que este seja uma constante e nao circunstancia na vida das pessoas. Dessa forma, explicou, nao haveria mais fronteira entre o espago pessoal e o profissional, tampouco horarios pre-determinados. Etiea, confiabilidade, emotividade,subjetividade, estetica, qualidade de vida sao alguns dos conceitos que regem o trabalho criativo.

NOVOS CONCEITOS

Sem medo de desafios

Conceitos e desafios surgem a cada dia no mercado segurador. Encontrar a melhor forma de enfrentalos, a fim de sustentar o crescimento do setor, e tarefa urgente. Alguns dos desafios, come a regulamentagao da arbitragem, a etica e responsabilidade social e ainda a auto-regulamentagao,queja vem sendo sugerida pelo superintendente da Susep, Rene Garcia, ha 10 anos,foram debatidos durante a 2® Conferencia Brasileira de Seguros, Resseguros,Previdencia Privada e Capitalizagao-Conseguro.

ARBITRAGEM PODE DESAFOGAR JUDICIARIO

porgao e de um para cada sete mil habitantes. Precisamos estimular a arbitragem", diz Jeronimo.

Nos Estados Unidos, a arbitra gem,existente desde 1924,e utilizada com maior freqiiencia. 0 problema, segundo o advogado John Rooney, proprietario do escritorio Jones Walker, na Florida, e que tamb6m atua como arbitro nas questoes de seguro,e que la a lei e regulamentada pelos estados,o que causa constantes conflitos entre seguradoras n segurados quando as apolices saO assinadas em determinado estado e o sinistro acontece em outro.

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reguladora, vinculada a Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao(Fenaseg), que elabore regras de conduta e, ao mesmo tempo, fiscalize a aplicagao das mesmas.

APara o socidlogo De Masi,empresasdevem esquecer retinas herdadas do s6culo XIX

— No painel de arbitragem, o procurador federal Jeronimo dos Santos, destacou que os meios alternatives de resolugao de conflitos sao a unica for ma de desafogar ojudiciario brasileiro. Dados do Supremo Tribunal Fede ral(STF)revelam que, no ano passado, OS 11 ministros do STF julgaram 171.980 casos, uma media de 85 decis5es diarias. "Isso e justiga com rolo compressor. Os juizes estao assoberbados de trabalho. No Brasil, existe um juiz para cada 26 mil habitantes,enquanto que na Franga a pro-

Rooney contou que em um caso recente, apesar de um hospital e d® uma seguradora terem se submetido ^ arbitragem para solucionar uma desavenga, causada por custos excessivos com um acidente de transito, a Cort^ Suprema na Florida decidiu que a ai' bitragem nao era constitucional. "N^ Florida,algumas apolices precisam aprovagao do estado e nenhum coH' trato pode conter uma clausula obit' gatoria de arbitragem. La,se entend^ que quando ha cobertura nao se pod^ resolver os problemas por meio de af bitragem.Tudo em nome do direito dn consumidor", explicou Rooney.

AlAVANCA 00 MERCAOO- Uuliaa.^ teriais reciclados e problemas socials e os progresses produtos ou servigos de paise. t„cnol6gicos nao podem resolve-los. utilizam mao-de-obra m anti po ^.idadaos e empresastemos que parecer detalhes, quan «^ fazer nossa parte". bem OS clientes, mas nao s . ' Para Carlos Eduardo Mori ate mesmo os investidores dao pre • • diretor da Itau Seguros, o ferencia As a^Oes de empresas^,« dar possuem algum tipo de a i ^ nrimeiro passo,na adogao de um cial. Estas e outras questoes forai de etica. "Somos conhecidos 1 'TTfipfl 0 lies'" abordadas no paine como sem coragao,como pessoas que ponsabilidade Socia , que g.j^abalham com letras miiidas e isso como palestrante o pro ^^^^ar. Melhorando nosso Pontificia Universidade Lato ^^^p^rtamento ^ico,vamos vercres(PUC), Nelson Janot Mannho. resultados financeiros".

Segundo o professor,a impor cia de se discutir as questoes eticas ^ qa AUTO-REGULAMENTAde uma empresa cresce em to o ^ gtica nas atividades seguramundo e o mercado segurador eve fundamental ficar atento e acompanhar esta ten- gggo de auto-regulamentagao dencia."Devemosterconscignciade Eizink, da que precisamos reparar o mal causa , ^ Veiga Advogados,"ha doaoutro. Asolidariedadeeajusti- i gllJtv . na sociedade uma demanda muito ga devem prevalecer sobre a nqueza uonteudo". Para suprir a e o poder",afirmou Janot. jlmanda,ele acredita ser necessa-

Na opiniao de Jean-Pau ^ jg uma entidade autoSchweizer, presidente da Swiss R

0 modelo ideal de auto-regula mentagao citado por Eizirik deve buscar 0 aumento da eficiencia do mer cado,a livre concorrencia,a protegao dos consumidores e das proprias instituigoes. Entre as vantagens, destacam-se os fatos das normas serem baseadas em conteudos eticos e se adaptarem com mais agilidade as mudangas do mercado. Para garantir o rigor na aplicagao de sangoes, ele acredi ta ser necessario ainda uma supervisao govemamental.

Como exemplo de sucesso de auto-regulamentagao,ele citou o Conselho de auto-regulamentagao publicitaria(CONAR),entidade nao-govemamental que regulamenta o mercado e visa impedir publicidade enganosa ou abusiva."Quando criaram o CONAR algumas agendas de publicidade reclamaram, mas hoje nao ha uma que nao respeite as regias impostas. A so ciedade saiu ganhando e o nivel das propagandas e os investimentos feitos foram elevados".Para a advogada Vera Carvalhq Pinto, da Stroeter, Royster e Ohno Advogados, o Pais coixe o risco da auto-regulamentagao ser feita por meio de lei, o que seria ruim para o mercado. Ela acredita que a industria nao tem o que temer."0 mercado est4 capacitado para se aiito-regulamentai; As seguradoras so precisam se reunir e criar normas 6tieas".

CONS^URO
14 REVISTA DE SEGUROS
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RENATAVICTAL
OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 200^ J,
REVISTA DE SEGUROS IS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003

A melhor maneira de se prevemr

0 risco e a principal materiaprima do setor de seguros. E,como tal, precisa ser bem burilado, para qua o produto final(no caso, o atendimento de boa qualidade ao consumidor e o resultado operacional positivo para a seguradora)seja plenamente satisfatorio. Essa questao foi o foco de debates em pelo menos dois workshops durante a 2® Conseguro. No primeiro deles, discutiu-se a questao da subscrigao de riscos. Na outra, a evolugao do seguro multirisco.

Coube ao executivo da Factory Mutual,Luis Althoff,realizar pales tra sobre o tema "Subscrigao de Ris cos — Metodologias, Tendencias e Desafios", tendo como debatedores Henrique de Oliveira, da Swiss Re; Marcelo Homburger, da Aon; e Fernando Conforto, da Liberty Paulista, em mesa coordenada pelo presidente da Generali do Brasil, Federico Baroglio.

Segundo o palestrante, o futuro pode ser perfeitamente influenciado.

de investidores por melhores resulta dos e, de outro lado, dos analistas e agencias reguladoras pelo aumento das reservas. Esse quadro, acentuou o palestrante, certamente causara impacto nos resultados de varias empresas intemacionais em 2003.

QUANIOlWENOS MELHOR

0 aprinioramento dos servigos e o oferecimento de novas cobertuias.

▲ Luiz Althoff, executivo da Factory Mutual; palestra em defesa do modelo quantitativo para reduzir os custos do resseguro

desde que se aposte mais nas ferramentas disponibilizadas pela engenbaria e,particularmente, pelo gerenciamento do risco.

Ele defendeu tambem a adogao do modelo quantitativo, que permite maior retengao do risco,reduzindo os custos de resseguro, alem de ser menos susceptfvel as condigoes do mercado. Outra vantagem e que esse modelo gera condigoes apropriadas para que a maioria dos sinistros seja evitada. As desvantagens seriam o alto custo de engenharia e a necessidade de se adotar um processo mais elaborado, o que requer mais tempo.

Luis Althoff assinalou ainda que, desde 1997, o setor vem acumulando"pessimos resultados" no exterior, sendo que nos ultimos 18 meses, as agoes de varias seguradoras cairam de 50% a 80%. Existe uma pressao

Ja Nelson Vieira de Souza, exe cutivo da Tokio Marine, abordou o tema "A Evolugao do Seguro de Multirisco no Brasil". Nesse painel, atuaram como debatedores Matias de Avila, da Liberty Paulista; Jacques Bergman,da Itau; e Rosemary Brode Herzka, da Real. Na coordenagao, Luiz Valderrama,da Chubb do BrasilSegundo o palestrante, um dos desafios das empresas do setor tero sido conquistar o segurado. Nesse contexto, o seguro multirisco, que cobre varios riscos em uma unica apolice,cumpre papel preponderante. 0 consumidor, por sua vez, verO buscando ampliar e diversificar suaS coberturas e, ao mesmo tempo, re duzir o custo do seguro. De acordo com Nelson de Souza, o segurado compara muitas vezes o prego serf levar em consideragao as condigoeS de cobertura.

Na avaliagao do palestrante* existem varios pontos para reflexao* tais como o fato de existir ressegurador unico, a franquia resseguro ser inadequada, nao ha' ver uma conformidade nas agrava' goes de riscos e descontos e, alg^^' mas vezes, a oferta de cobertura® inadequadas.0resultado, assinalo^^ Nelson de Souza, acaba ficand" abaixo da expectativa.

Combate a fraude na busca pela qualidade

SERGIO DIAS

Segundo os dados do Balango Social, publicado pela Fenaseg, mercado devolveu a sociedade brasileira R$ 18,428 bilboes em sinis tros pagos. A cifra demonstia a i portancia da atividade de seguros na preservagao da riqueza nacional e como o bom atendimento no mome to necessario pode trazer confianga e satisfagao ao seguiado.

Em sua palestra sobre regu agao desinistro, Carlos Roberto de Zoppa, da Axis Brasil,dissequeamelhorfoima de uma seguradora demonstia,elici6nciaenomomentoemqueosinistro ocorre. "0 segurado conhece a qualidade do servigo da companhiana horadosinistro.Pai-aoclienteestceo

rnomento efetivo do recebimento do servigo contratado", afirmou, ressatando que as seguradoras que nao rem eficientes no momento do sinistro provavelmente perderao o cliente. egundo o executivo, a regulagao de nistro deve ser aproveitada para a cmpresas aperfeigoarem os proce e atenderem melhor seus clientes,

Um dos males que assolam o Pais e tambem motivo de preocupagao para 0 mercado; as fraudes. 0 assunto mereceu destaque na 2" Conseguro, sendo tema do discurso de abertura do presidente da Fenaseg,Joao Elisio Feiraz de Campos."0combate afrau de interessa tanto as seguradoras como ao consumidor.Toda a socieda de e vitima junto com o mercado segurador, na medida em que a fraude se constitui num dos mais poderosos elementos de financiamento de outras atividades criminosas ,disse o dirigente,ressaltando que a Fenaseg esta implantando o Piano Integrado de Prevengao e Redugao de Fraudes, com investimentos previstos de R$ 6 miIhoesja no primeiro ano.

PREJUIZOS- Embora nao se conhega com exatidao o impacto economico das fraudes sobre o setor, estima-se que entre 10% e 15% dos sinistros pagos embutem algum tipo de procedimento iUcito,o que significa que osprejmzosem2002 fiearam entre

R$ 1,8 bilhao e RS 2,8 bilboes. 0 diretor da Secretaria Nacional de Seguranga Piiblica, Zaqueu Teixeira,foi o palestrante do workshop sobre "Fraudes em Seguros"."E iraportante a constante troca de informagoes entre as seguradoras para coibir a agao de fraudadores", afir mou Teixeira, que sugeriu uma parceria entre as companbias e o setor publico para melhorar o nivel de informagSes e punir os criminosos. Teixeira informou que a Secretaria Nacional de Seguranga Publica estuda a criagao de um documento de Identidade Nacional, o que poderia minimizar as fraudes."Muitos frauda dores possuem varias identidades em estados difei'cntes onde aplicara os mesmos golpcs. Por isso e importante a criagao de um documento unico de identidade",explicou.

Em sua apresentagao,o vice-presidente da Itau Seguros, Marcelo Blay, mostrou uma simulagao sobre OS efeitos da redugao da fraude no ramo Automovel. Segundo o estudo, a redugao de 30% das fraudes diminuiria o premio medio dos atuais R$ 996,00 para R$ 811,00, o que permitiria o aumento da frota segurada e geraria uma receita extra anual de R$ 662 milhbes em premios.

AZaaueuTeixeiraidocumentonadonal

0 painel sobre fraude teve como coordenador de mesa o presidente do Sindicato das Seguradoras de Sao Fbulo, Casimiro Blanco Gomes,e contou com a participagao de Sergio Luiz Duque Estrada,da Fenaseg, Marcelo Blay, da Itau Seguros, e Mauiieio Accioly Neves, da Real Seguros

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CONSEG.!!!?
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REVISTA DE SEGUROS 17 OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 mm

Autos e agronegocios tem campo para crescer

A 2^ Conseguro deixou claro para o publico presente o quanto podem ser estimulantes os desafios que o mercado de seguros tera pela frente se realmente quiser atingir um novo patamar. A esse proposito, vale a pena destacar as discussoes em tomo de tres questoes mais relevantes: o desaiio de crescimento na earteira de automoveis, o porque de o ramo de Responsabilidade Civil nao ser melbor desenvolvido no Brasil e os problemas e perspectivas do seguro no agronegocio.

Nao por acaso, o workshop que discutiu OS rumos do seguro de au tomoveis foi um dos que atrairam maior atengao da parte dos inscritos na 2® Conseguro. Numa sala de reuniao lotada, o debate teve como ponto alto a pesquisa apresentada pelo palestrante Luiz Alberto Pomaroie,executivo da Porto Seguro e presidente da Comissao de Automovel,a respeito da relagao entre a frota circulante e a frota segurada em todas as regioes do pais.

0 levantamento mostrou que, em media,34% da frota brasileira esta coberta. Dos 24,3 milhoes de veiculos rodando pelas ruas e es-

tradas do pais, apenas 8,2 milhoes contam com a garantia do seguro.

Como era de se esperar, Rio de Janeiro e Sao Paulo,que,nao por aca so, sao estados com grandes indices de sinistralidade,ostentaram percentuais elevados.A surpresa maior,contudo,foi o indice apurado em Brasilia: "No Distrito Federal, 45% da frota circulante esta segurada. No Rio,esse percentual baixa para 44% e, no estado de Sao Paulo,fica em 43%",revelou Luiz Pomaroie.

A pesquisa mostra que ha nicbos de mercado a serem explorados na earteira de veiculos. Em alguns esta dos, como Ceara e Goias, por exem-

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plo, apenas 19% da frota circulante conta com a cobertura do seguro. Mesmo em Minas Gerais, que e o segundo maior PIB do Brasil e terceiro maior mercado na atividade de segu ros, essa relagao nao passa dos 24%Reduzidos tambem sao os indices apurados no Sul do Pais, nos quais a relagao entre frota circulante e frota segurada gira em tomo dos 28%.

Luiz Pomaroie falou ainda da importancia dos questionarios de avaliagao de riscos (perfil). Pessoalmente, ele se diz contrario a padronizagao desses questionarios, mas ve possibilidade de o mercado utilizar terminologias iguais."0 importante e nao tirar a criatividade das empresas na elaboragao das perguntas", aconselhouOutros pontos destacados por ele foram o papel da Central de Bonus? classificado como um importante instrumento de controle da earteira, e 3 necessidade de uma melbor divulga' gao das clausulas adicionais.

Entre os debatedores dess® workshop estava o vice-presidente d^ SulAmeriea e da Fenaseg, Julio de Souza Avellar. Segundo ele, a cartel' ra de automoveis nao cresceu eif 2003, mas ha a expectativa de dia®

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melhores no proximo ano. a curva ascendente",observou. Elefrisou ain da que o ramo de veiculos continua sendo a principal earteira do mere do e provavelmente continuala assim por um algum tempo,ate pelo fato de representar dois tergos da remune gao do corretor de seguros. oprodu to e bom e os pregos sao adequados , enfatizou.

Para Julio Avellar e preciso ape nas resolver algumas questoes, como 0 destino dos salvados e das autopegas, o que poderia ser solucionado com a abertura de uma empresa de desmoutequelivesseorespaldodasautonda-

des publicas. Aldm de Luiz Po.narole e Julio Avellar,participaram desM painelMari.aldoMedeiros,daMa..t.n.a,

e Cesar Torres, da Bradesco, como debaledores, e Wilson Levorato, na coordenagao da mesa. Ja no morfa/^op que teve como tema central o ramo de Responsabili de Civil,0 palestrante Walter Antonio

Polido,da Munchener do Brasil Servigos Tecnicos, disse estai convicto aumento da demanda por esse tipo de cobertura no pais.Segundo ele,ern ra ja exista uma quantidade razo^w de produtos disponiveis no mei

2002,o que representa um incremen to da ordem de 311%. Em 2003, de Janeiro a agosto,as empresas que operam nesse ramo Ja haviam faturado algo em tomo de R$ 199,2 milhoes.

brasileiro, dentro dessa earteira ha espago para muito mais,inclusive com o apoio de grupos estrangeiros que tern maior experiencia nesse segmento.

CENARIO JURIDICO-Walter Polido,considerado um dos maiores especialistas do ramo de Responsabilidade Ci vil no Brasil, com larga experiencia acumulada no periodo em que trabaIhou no IRB Brasil Re,afirmou ainda que 0 fato de o cendrio juridico vir passando por mudangas,como registro de penas bem mais severas para quem causa danos a lerceiros,sejam materiais ou pessoais,vai influenciar tambem no incremento daquela modalidade de seguro. A tendencia sera reforgada pelas novas responsabilidades estabelecidas no novo C6digo Ci vil, em vigor desde Janeiro.

0palestrante comprovou,atraves de tabelas,que tanto a demandaquan to a taxa de sinistralidade na earteira de responsabilidade civil vein cres cendo progressivamente nos dltunos ojtoanos.Segundo OS dados apresen-

raclns nor Walter Polido,o volume de prgmios apurados nessa modalidade Lseguro passoudeRS68,1 milhoes

pai-a Rl 280,4 milhSes entre 1995 a

Ainda de acordo com Polido, a sinistralidade apurada na earteira de responsabilidade civil chegou a 55% nos oito primeiros meses deste ano. Esse percentual esta abaixo dos 71% registrados em 2002, mas e bem maior que a taxa computada em 1995, de 30%.

Participaram como debatedores desse workshop Margareth Freitas,da Ace Seguradora, e Jose Ferreira das Neves,da zVlfa Seguros. A coordena gao ficou sob a responsabilidade de Santi Cianci, da Generali do Brasil, presidente da Comissao de Respon sabilidade Civil da Fenaseg.

Os mmos do seguro para o setor de agionegocios foram debatidos em workshop que teve como palestrante Adriano Azevedo Filho,da Esalq.Se gundo ele,as perspectivas sao as me lhores possiveis nessa modalidade, ate porque o setor mral e o segmento que tem apresentado as melhores performances na economia brasilei ra. Contudo,Azevedo Filho assinalou que ainda existem alguns obstaculos, como a falla de garantia de apoio govemamental atravCs da oferta de siibT sidio a contratagao do seguro, como ocorre no mercado internacional.

Desse painel,alcm do jialestiante, participaram os executivos Geraldo Mafia, Andreas Rohm e Rogerio de Castro, alem do coordenador da mesa, Jose Americo Peon de Sa.

CONSEGURO
CESA^
18 REVISTA DE SEGUROS
AEstudo apresentado por Pomaroie mostra que so34%da frota do Pais est^ coberta
1. , " ' ' r' ' 1'^ , '.I . , L , OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003
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MGURO A Walter Polido:earteira de Responsabilidade Civil aumentou 311%entre 1995a 2002
OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003
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Mudan^as para melhorar o desempenho

SOLANGE GUIMARAES

As projegoes de crescimento para o mercado segurador estao sendo ajustadas para baixo (15,9% em 2003 e 12,1% em 2004). Calculase uma perda potencial de R$ 640 milhoes no resultado das seguradoras no segundo semestre deste ano. Alem disso, o setor registra cresci mento de sinistralidade — de 59% em 1995 para 68% em junho de 2003 e das ocorrencias de fraude estimadas em 15% das indenizagoes pagas (algo em torno de R$ 2,2 bilhoes).

Na analise feita por Sergio Moreno, diretor de Insurance Pratice da KPMG Auditores Independentes, durante a 2" Conseguro, o resultado economico desfavoravel em 2003 aliado a mudangas no ambiente competitivo estao causando serios impactos para o mercado segurador e os desafios impostos as empresas que atuam neste mercado devem continuar. 0 principal deles diz respeito a gestao do negocio.

Recente pesquisa da KPMG sobre gestao estrategica operacional mostra que apesar de 80% das seguradoras afirmarem que possuem pro-

cesso formal de planejamento estrategico, 46% delas tambem afirmam que nao existe integragao entre a estrategia e a agao na empresa. Menos de 10% das seguradoras utilizam os indicadores de tendencias considerados no sistema deBalancedScorecard. E 65% das companhias ainda utili zam planilhas para projegoes e acompanhamento orgamentario. Poucas sao as empresas (apenas 8% do universo entrevistado) que fazem uso de sistemas especializados para gerenciamento estrategico e operacional, tambem chamado de Business Performance Management.

"0 setor de seguros se apoia firmemente em informagoes e indicado res e se caracteriza por longos atrasos entre o momento em que as decisoes sao tomadas e o instante em que OS resultados coirespondentes ocorrem. Desta forma e fundamental utilizar uma combinagao de indicadores de tendencia e ocorrencia que megam o desempenho das unidades de nego cio", afirmou Moreno.

Para quem vive no dia-a-dia das seguradoras esta necessidade e clara. "Cada vez mais a solvencia deve serdesvinculada dos aspectos formais

que a Susep estabelece e estar mais proxima dos aspectos de gestao", avaliou o diretor da Vera Cruz Seguradora, Wilson Toneto. "Se nao temos um diagnostico preciso dos riscos ficamos vulneraveis. De um lado, precisamos ampliar a margem tecnica e de outro o consumidor nao esta disposto a pagar por isso. 0 desafio e encontrar a ferramenta certa que responda a todas estas variaveis."

De fato, oBusiness Intelligence se firmou como um processo estrategi' CO dentro das empresas, visto o aumento constante no volume de infor magoes geradas e da dinamicidade do mercado. "Ferramentas como EIS (Executive Information System)) Balanced Scorecard e ate DataMining tem sido o diferencial competitive no mercado de hoje", disse o especialista da Relacional Consultoria e Sis' temas, Fabricio Oliveira.

"0 desafio e melhorar o resulta do operacional. Em 2004 estamos estimando uma perda de R$ 1,2 bi pela queda da taxa de juros. E muito facil aumentar prego mas quem fizer isso vai vender menos. 0 cobertor o curto", afirmou o executive da Bradesco Seguros, Samuel Monteiro doS

nre- de forma a determinar nafrente qual SantosJunior. Paraeleomercaco ^ ^ necessidacisa parar de separar o resu a nanceiro do operaciona . ^ estabelecer o calculo das reser- dessecomprarequipameritosme ic das seguradoras a luz parafazer/iedgenaarea esau e, metodo", sugeriu o diretor da faria. Mas e impossivel porque a ark

xagao e grande. E por isso que o tem de serfinanceiroenos te

mosdebrigarparaqueogoveino J mais flexfvel."

sugeriu o diretor da BrasilPrev Seguros, Jorge Luiz Schmitt-PiyiTi- "As formulas se mostram inadequadas e nao significam que as seguradoras estejam com as reservas bam dimensionadas."

A modernizagao dos m^odos de gestaoeavaliagaotantopoi pai ^ jg^jjOLOGlADAINFORMA^O- Todoexeorgaosreguladoresquantodentro^ as jndustriafinanceiraemais copias companhias esta na ginda da industria de seguros deve dia. No caso da gestao gtengaoamfonnagao."AailrAsset Liability Management (AL y Tecnologia da decretou o fim das fonnulas atuau p^^iatradicionais. "0 setor nao l.a a sintetizaumapreocupagao mais com fbrmulas e sim com nio^ captar,manteregerenciar losfinanceiros",informouoconsu ^ informagoes neda Tillinghast-Towers Pernn, o ei ^ negbcio. Westenberger. "Elespermitemaco ^ Fenaseg em conjunto com a paragao probabilisticados pnncipais ^^ .^^.g^^i^gndoum parametros da operagao, tais como, deverd mortalidade,inflagao,cancelamentos, ^ necessidade de se co- taxadejuros,rentabilidadedosinves hccermelhorosetor."0tral.alhoque

timentos e valor dos ativos.

Edison Arisa Pereira, da me Waterhouse Coopers concordou. ALMdaoportunidadeparaadaptaras

variaveis ao cendrio real das coisas.

guradoras. "No passado quando a Superintendencia iniciou a cobranga de dados ao mercado, a resistencia era muito grande porque as grandes em presas nao queriam repassar informa goes consideradas estrategicas. Hoje a dificuldade e das pequenas compa nhias que nao tem estrutura para disponibilizar estas informagoes."

Do ponto de vista darelagao com o cliente, a implantagao do TI nas companhias aindaresvala em problemas arcaicos como o preenchimento de formularies. "A dificuldade que percebo e a de qualificagao da base, ou seja, ntimero de CPF errado, falta de enderego, dados cadastrais incorapletos", disse a gerente executiva do Grupo Caixa, Monica Mioto.

Para o executive da Brasilvefculos, Luiz Sanson, para ter a visao do cliente 6 necessario uma base unica e atualizada de dados. "Temos descoberto varias informagoes faltantes atraves dos nossos canais alternatives, como o call center, por exemplo, e um trabalho de. formiguinha", afirmou.

0 proximo passo em se tratando de TI e levar o eoneeito para a govemanga corporativa das segurado ras. 0 assunto comegou a ser levantado agora e, pelo interesse dos participantes, deveiA estar em destaque na 3® Conseguro. "De maneira realista, apenas algumas seguradora.s ligadas a grupos estrangeiros e por exigencia da matriz estao tratando de governanga em Tl, como mercado estamos no principio do prineipio", afirmou Paulo Franco, da Liliertv.

CONSEGURO
■GESTACP
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OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2003
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2003
g Fenasegestafazendo estade^parabens", cornentou o diretorda Susep, DariiloSilva,leritbrandorjuehouveuma mudangadeposturaporpartedasse
REVISIA DE SEGUROS 2)

Do eterno corretor a tecnologia digital

0 presidente da Federagao Nacional dos Corretores de Seguros Privados, de Capitalizagao e de Previdencia Privada (Fenacor), Armando Vergilio, enfatizou a importancia da atividade de corretagem na sua pales tradurante o painel sobre "Intermediagao de Seguros". De acordo com ele, 05 corretores foram responsaveis por cerca de 80% dos R$ 30,1 bilhoes produzidos pelo mercado em 2002.

0 dirigente afirmou que os 63 mil corretores - entre pessoas ffsicas e empresas corretoras — geram cerca de 180 mil empregos diretos e estao presentes em 3 mil municipios brasileiros. Vergilio pregou a uniao entre cor retores e seguradores para a elaboragao de produtos de acordo com as necessidades dos consumidores: "As seguradoras e os corretores devem desenyolverprodutosconjuntamentepara

que possamos atender a demanda dos clientes". Rodolfo Spielmann, da Bain 6 Company, tambemdestacouaimpor tancia do dialogo entre as companhias e OS corretores. "0 bom dialogo gera

mais negocios para ambos e maior satisfagao para o consumidor", ressaltou.

Com o objetivo de popularizar o seguro, ArmandoVergilio afirmou que a Fenacor defendera a criagao de cooperativas de corretores — o que hoje e proibido. Segundo ele, esse tipo de associagao permitira que os corre tores operem com produtos massificados, nos quais os valores dos premios, e conseqiientemente das cot miss5es, sao muito baixos.

0 vice-presidente executivo da SulAmerica Seguros, Helio Novaes, acredita que falta aos corretores iniciativa para apresentar novos produtos aos clientes. Segundo pesquisa realizada entre 1,7 milhao de clientes e 37 mil corretores ligados a SulAmerica, a grande maioria dos corretores opera com um unicoproduto, sendo que 57% so comercializam apolices para automoveis. Outros 28% vendem apenas seguro saude e 10% so seguros de vida. "E preciso diversificai' a carteira de produtos para expandir os nego cios e atender melhor as necessidades do cliente."

COMERCIO ELETRONICO - 0 mercado esta estudando formas de garantir a eficiencia e expandir o comercio eletronico de seguros. No painel dedicado ao tema, Maria Tereza Aarao, da Certising, falou sobre os beneficios da certificagao digital, enfatizando suas caracteristicas: sigilo, conhecimento de quem esta fazendo o negocio, conhecimento de que a transagao e nao repudiavel e que es ta legalmente garantida. Os debatedores trataram da certificagao sob os aspectos tecnicos e juridicos.

Alem de beneficios como rapidez na transagao, redugao dos custos e expansao do mercado potencial, outra vantagem, segundo Osvaldo do Nascimento, presidente da Anapp, seria a redugao das fraudes.

AMariaTereza,

Segundo o advogado Jose Henri que Barbosa Lima Neto, em relagao as operagoes de seguro, ainda nao e possivel utilizar o meio eletronico integralmente (em todas as etapas da contratagao) por forga da Circular Susep 74/99 que, em seu artigo nono, estabelece que as empresas deverao manter em seus arquivos os originals on copias microfilmadas dos contratos e que o armazenamento dos documentos em qualquer meio de gravagao eletronica ou magnetica e permitido apenas para efeitos da fiscalizagao da Susep. 0 diretor da Fenaseg, Horacio Cata Preta, esclareceu que ja houve a recomendagao no sentido de que a comissao da Fenaseg responsavel pela area estude o problema da questao documen tal no mercado segurador.

0 incremento do acesso ao financiamento imobiliaiio tern sido uma das bandeiras mais defendi dos do Governo Lula, depois do combate a fome. Segundo o dire tor tecnico da Companhia de Se guros do Estado de Sao Paulo (Cosesp), Geraldo Mafra, o sCoU ro habitacional vem para consolidar essa inddstria, fornecendoIhe garantias e servindo como um dos seus pilares de desenvolvimento. "Aldm disso, ele protege a sociedade, preservando os bens, as pessoas e as operagoes dito envolvidas no piocesso, se durante a palestra Seguro Habitacional - Consolidando a Industria Imobilidria, Protegendo a Sociedade e Fomentando o Emprego".

Para Mafra, existe umatendencia cada vez maior de especiaiizagao nesse mercado, em fungao crescente migragao das cartel do Sistema Financeiro Habitaciona (SFH) parao Extra-SFH,principa -

tralidade no SFH estava em 79,7%, contra 24,8% do Extra-SFH. Em 2002, passou, respectivamente, para 80% e 33,5%, segundo dados da Susep", disse.

mente nos ultimos anos. "So para ilustrar esse movimento, em 1995, 0 volume de preniios arrecadados do SFH totalizou R$ 644 milhoes, enquanto do Extra-SFH ficou na casa dos R$ 15,5 milhoes. H nos dltimos dois anos, o quadro mudou e, em 2002, os premios arrecada dos no SFH somaram R$ 443,3 milhoes, enquanto que no ExtraSFH atingiram R$ 333,4 milhoes", exemplificuu.

COBERTURAS DIVERSIFICADAS - Como resultado da migragao das carteiras do antigo Sistema Financeiro Habitacional para o novo, o representante da Cosesp destaca o in cremento das apolices do ExtraSFH, com a oferta de seguro com premios menores, e a adaptagao nas condigSes contratuais do Ex tra-SFH paraacolheras operagoes jnigradas do SFH.

Mafra destacou que a sinistralidadenosegurohabitacionaldo

SFHmantemIndicesaltos,secomparado ao da carteira do ExtraSFH. "Em 1995,0 I'ndice desmis-

Alem disso, o diretor tecnico da Cosesp ressaltou que as estatisticas mostram que a participagao das seguradoras nos premios ganhos das carteiras do SFH e do Extra-SFH esta concentrada nas maos das quatro primeiras empre sas do setor. "No SFH, este mdice de concentragao aumentou de 66,77%, em 1995, para 87,57%, em 2002. Ja no Extra-SFH, o mo vimento foi ao contrario: houve uma redugao de 96,09%, em 1995, para 86,99%, em 2002", comentou.

Mafra chamou atengao para os contratos de gaveta. "Os contratos particulares entre compradores de imoveis e a figura do engavetador, sem o envolvimerito da instituigao financeira e da seguradora, representam um grande problema para o setor. Em caso de falecimento do proprietArio original, quem iecebera a indenizagao?", observou. Ele defendeu uma maior integragao das informagSes entre a seguradora, os estipulantes e os subestipulantes para tornar a carteira menos vulner4vel.

Participarara como debatedores desse painel: Alvaro Arantes Sobrinho, da Caixa Seguros; Anto nio Carlos Gongalves Silva, da Delphos; c Jose Gongalves Pereira, daABEClP

CONSEGURO
SERGIO BIAS , V. W ■' L'' * _ '/
daCertising,vevantagens no com^rcio eletronico na Area de seguros
22 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO OEZEMBRO 2003
(IfABiTACAt Setor cresce com estimulo do governo
^
CONSEGURO
AGeraldo Mafra (Cosesp): oseguro habitadonalconsolidaaindustriadahabitat CECILIA BARROSO
REViSTA DE SEGUROS 23 OUTUBRO • NOVEMBRO DEZEMBRO 2003

As muitas habilidades

para veneer no mercado

0 profissional do future tern de ser muito mais do que um excelente politico, um bom negociador e falar varias Imguas. Ele tem de ser bora ouvinte; ter forte capacidade de comunicagao; habilidade de construir relacionamentos e formar aliangas; ser muito tolerante em ambientes ambiguos; ter um profundo conhecimento do negocio; ter uma visao ampla e livre de ideias pre-concebidas; solidos conhecimentos de taticas de negociagoes; saber adequar rapidamente a expectativa a realidade; e muita, muita habilidade para assumir riscos. "E mais. Ser apaixonado por inovagoes", disse Allison Midleton, executiva daLife Office Management Association (Loma), em sua palestra "Educagao - Formagao do Novo Pro fissional de Seguros".

Segundo Allison, a globalizagao exige muitos atributos dos executivos. "Quem nao tiveressas habilidades, em cinco anos nao sobrevive como exeeutivo no mercado", alertou. As afirmagSes da executiva tem base empes-

quisas feitas pela Loma, uma associagao intemacional de empresas de se guros especializada na formagao e aperfeigoamento profissional, fundada em 1924, nos Estados Unidos, com CEOs das principals seguradoras do mundo. "Um ambiente de muita competigao, volatilidade e incerteza nos mercados toma essas qualidades primordiais para as empresas. Segundo OS entrevistados, faltam profissionais treinados e capacitados no setor, que tenham todos esses atributos", disse.

De acordo com uma pesquisa, citada por ela, da consultoria PricewaterhouseCoopers, que ouviu mais de 1 mil CEOs de 43 parses, os principals pontos avaliados pelos exe cutivos na bora da contratagao de pro fissionais, alem de todos aqueles ja citados, sao credibilidade, espirito empreendedor e construgao de consenso na tomada de decisoes.

Tem de ter tambem um estomago deferroparatoleraras mudangas gastronomicas exigidas pela globali zagao. Ah! Tem tambem de praticar esportes para manter o equilfbrio fisico e mental.

ATUARIO: A GALINHA DOS OVOS DE OURO - 0 atuario, que ate pouco tempo atrds era tido como um burocrata debrugado em numeros que

pouco cram utilizados, passou a ser a galinha dos ovos de ouro para as seguradoras de parses desenvolvidos. No Brasil, a valorizagao do atuario vein acontecendo, mas num ritmo mais lento, segundo Paulo Eerreira, executivo da Towers Perrin e membro do Instituto Brasileiro de Atuaria.

A palestra "Atuario do Euturo A Revolugao nos Modelos Atuariais de Projegoes Einanceiras", proferida por Eerreira, chamou a atengao dos participantes por abordar um assunto novo para a realidade brasileira. "0 atuario trabalhava apenas considerando o passivo e agora ele tem de fazer os seus calculos usando o ativo da companhia e isso requer uma mudanga muito grande na rotina do profissional, alem de sofisticados 5q/izi;are5", alertou EerreiraSegundo ele, nos parses mais desenvolvidos, com taxa de juros real proxima a zero, esse models atuarial ja e praticado. No Brasib que tem uma das mais altas taxas do mundo, mesmo com a reeomeO' dagao do atuario de uma determi' nada taxa de risco, a seguradora pode se dar ao luxo de praticar urU prego comercial e nao tecnico, pois o retorno financeiro obtido com as aplicagoes permite tal pratica.

CONSEGURO PROFISSKJRaL DOlUTURO r.f^
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AAexecutiva Allison Midleton: 6 fundamental ser umapaixonadopor Inova^es
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O** \\^ CONSE ,v A ^.v /sr hjtA CONSEGURO Capital"za?6o: realidade nos \ores brasileiros ' I aniadurecimento das companhias e consumidores Cenario econdmico estavei, ^ fenomeno da poupan^a alternativa dispostos a pooparformam o p6gina 3 24 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 mois: . sobre os Debatedoresf ^^.^kshop isultod ^ercodo res pdHinci 2 Helio Portocarrero analisa a contribu^ao social do segmento pagina 4
Publicagao do Comissoo de Copitolizocoo do ° Empresas de Seguros Privodose de Capilalizosoo - „ Fenaseg

TRANSPARENCIA PRODUZ COMPRA CONSCIENTE

DO CONSUMIDOR

Excelente oportuxiidade de divulgar a importmcia e os beneficios do mercado de capitalizagao, alem de seguros e previdencia, a Conseguro traz em sua segunda •edigao a proposta de estreitar o relacionamento entre os nomes mais expressivos do setoi; especialistas intemacionais, entidades da area financeiia e consumidor Realizada em 2000, a primeira Conseguro promoveu esta qjroximagao e, de acordo com as empresas de capitalizagao, teve uma avaliagao muito positiva, promovendo a divulgagao dos produtos e setor nos ultimos anos. Em 2003, espera-se um resultado ainda mais impactante para o mercado.

Iniciativas, como a promogao de um evento deste porte,juntamente com os esforgos de informagao e transparencia ao publico impulsionarao o continuo ciescimen-

to do mercado, visando tambem um processo gradativo de amadurecimento e mudanga no comportamento do consumidoc Como fruto deste relacionamento empresa-cliente, e possivel perceber que os consumidores adquirem os produtos de capitalizagao de modo consciente. Outre dado significativo e o aumento do penodo m^o de permanencia dos clientes nos titulos de capitabzagao.

A conibinagao da estabilidade economica e dos esforgos na manutengao da transparencia do setor fez com que as empresas alcangassem os patamares de receita atuais. Assim, a capitalizagao tomouse uma importante geradora de recursos para a poupanga intema do pafs, acumulando reservas superiores a R$ 8 bilhSes que,aplicados em titulos da divida publica, reduzem esse deficit Vive-se no Brasil, portanto,um olimo momentojma espelbar esse resultado positivo: a capitalizagao contribui

rAPlTALIZACAO EINDICADA COMO ALTERNATIVA de POUPANgV NA CONSEGURO

Com o auditorio replete, o Woiksbop de Capitalizagao foi, com certeza, um dos mais concorridos da 2 Conseguro (Conferencia BrasUeua de beguros, Resseguros, Previdencia Pnvada e Capitalizagao). Realizado no dia 24 de novembro, no Rio de Janeiro, o encontro 1^ vou ao pfiblico um panorama complete do cenario economico brasileiro e acenou comoacapitalizagao podeserinsenda nesse contexto. Estiveram a fi^nte desse panic t&nicoajomalistaAnaPaulaPadrao,que fe.aabertu«como.ema"ftW*

Rogerio Estevao, diretor de produtos a vorejo do Unibonco para o pais e consumidor A Conseguro e o apice desse panorama e atingira nao somente as pessoasja envolvidas no setor como tambem transmitira conhecimentos sobre OS produtos, sen fimcionamento e politica. Tudo isso com linguagem sim ples, evitando termos tecnicos para maior entendimento do publico.

OTIMISMO E A PALAVRA DO MOMENTO

A participagao da copitclizogdo no 2° Conseguro deixou um sentimento positivo nos participontes em relogdo a prosperidade do setor e da economia brasileira. Para materiolizar essa expectativo, confiro oboixo os depoimentos dos integrantes da mesa debatedora do Workshop, presidida por Poulo Assungdo de Souso, presidente da Brasilcap Capitalizagao.

"A Conferencia renovou OS esforgos do mercado em desmistificor a ideia dos titulos de capitaliza gaocomoinvestimento ou jogo. Percebeu-se que o setortem muito a crescer, contribuindo para o reforgo na poupanga interna do pais e aos recursos individuais, principalmente, para quem nao tem o habito de poupar. Destaco a opiniao do economista Robefto Macedo de que os sorteios na capitalizagao sao apenas uma forma de recompensaro poupador."

Rita Batista, presidente da Comissao de Capitalizogcio da Fenaseg

"£ necessario destacar tres aspectos vh/idos hoje pelosetor. Opn'meirotrata da fundamental participagao das empresas na criagao do Codigo de Etica para dar continuidade ao processo de transparencia. Outro panto e a modernizagao dos produtos,em constante evolugao. Porfim,sua significativa fungao social, no que diz respeito ao uso das reservas e tambem por oferecer um caminho para que muitos brasileiros consigam poupar seus recursos."

"Temos a forte perspectiva de que 2004 sera um ano melhor, inclusive, com o crescimento da balango comercial. Alem disso, a capitalizagao estd muito proximo da massa da populagao brasileira, ou seja, ha um grande mer cado potencial a ser explorado. Assim, a figura do corretor ocena como umo tendencia na comercializagao, ja que tem a disposigao um excelente produto financeiro."

longo pi»orf'.eoKonomisIa Roberto Macedo abo.

dou"A cap.lalieas5o como oportuiodade poupanga de m^o prazo". Emsuaa.oBasiio.Mace*d»

ttcou que o desertvoldaKmB do lllib® o poupar uma quantia meute d um doe ponlos poe^os do^

, at n ser poupado nao deve =ei o percentual a se p" .,„ine sinr osaldoplnnejarnieUiorooigamento.

Impact© no resgate

De acoido eom o econon^^t^'^ criagao desse compmniisso poss . magao de recursos que, depois dos serao investidos. Dai sua com a imagem conceitual do se refere a compani-lo a tipos e mentos. "Defimtivamente, a ^ nao e um investimento. Pode-se classified o titulo como lun produto fiiianceno que ram ao final de mn penodo a 4"^^" podera, dai sim, ser investida, poi plo, na compra de imoveis, veiculos o

consume em geial', avaliou o especialista. Para alcangar esse objetivo, o consu midor precisa entender a impoitmicia da peniianeneia no piano. "As coiitribuigoes mensais,ja inseridas no planejamento domestico, nao fazem diferenga, mas o re sultado final sim. E no momento do resgate que sentimos o impacto da capitaliza gao no bolso", comentou Macedo. Toda essa visao faz com que o produto seja consumido per um piiblico foimado basicamente por poupadores indisciplmados, apostadores contumazes ou ocasionais e paia quem precisa programar gastos ou investimentos em determinadas epocas do ano.

A recompensa

Nessa analise, o economista posicionou o quesito sorteio, um forte apelo liidico da capitalizagao,como"uma maneim encontrada de lecompeasar o pou pador". Alem disso, acrescentou:"quando se fala em sorteio, muitos relaeionam os titulos com alguin tipo de jogo, o que nao nrocede.Esopararepensarqualjogoiestitui o valor aplicado". Como sugestao as companbias para estreitai- o relacionaniento com OS clientes, Macerlo apontou a elaboragao de extratos mensais para que os consimiidoies possam acompaiihar os muneros sorteados c avisos de prazos de venoi-

com isso", completou.

A peiBiiectiva de cicscmiento do mercado de capitalizagao para 2003 e de 10% com uma receita em tonio de R$,

S7 bilboes- Sobre a evolugao do segmen' palesUante confimiou uma expansao

um b»rt aim-

7* l»lo cicKimento ecaiomco

Roberto Macedo e professor da Econo.nio do Universidode de Sao Poulo (USP) e Mackenzie, com Mestrado e Doutorado pela Universidode de Harvard, e tamb6m pesquisador da FIPE-USP e habilitado pelo Institute Brasileiro de Certificagao de Plancjodores Financeiros.

gao niaior de bens de coiisuiiio e dc pro dutos populaies como a capitalizagao. Ha ainda uma vertente nao explorada riue sao OS conetores como canal de venda. Se eles passarem a comercializai' de fonna mais intensa os titulos terao run aimiento de volume em suas caiteiras,o que refletira tambem to mercado", rktfiniu Macedo. 0 economista finalizou sua apresentagao avaliando as transfomiagoes da sociedade brasileira. Segundo ele, a crescente expansao do niimero dc idosos no pais, por exemplo, tem capacidade deimpulsionarosetor"0aumento da expectativa dc vida neste pubbco gera a uecessidaiie de se poupar mais para o consume fiituro. Com isso, o mercado tem muito a crescer", coiicluiu.

AEDITORIAL
Edmilson Gamo da Silva, diretor da Coixa Capitalizagao e Caixa Vida e Previdencia S/A
WORKSHOP A
Jose Luiz Florippes Lima, diretor de produgdo da Sul America Capitalizagao S/A
Essetaorvaiaoencourtoda"--^ dapopulasaoe,rtavalia,.uelh.r.ml^ en,rm,Kla,conam.».po..pa"^ ^Pcisoqueaspe»oaap.rc_cbamque«
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TITULOS DE CAPITALIZA^AO E POUPAN^A FINANCEIRA

0 mercado de titulos de capitalizagao tem demonstrado grande capacidade de crescimento nos ultimos anos, mas vem, ainda, encontrando criticas qua proveem de incompreensao de seu mecanismo es pecial e da motivagao da procura de seus produtos. 0 tftulo de capitalizagao e um instrumento financeiro, de particular sucesso no Brasil, qua reiine em suas caracteristicas um elemento de risco evidente: a participagao em sorteio, com uma operagao elementar de poupanga, em tudo semelhante a tradicional caderneta.

Para seus consumidores, ale se apresenta como produto conjunto, em cuja demanda podem combinar-se motivagoes de busca de risco e de poupar.

Em Economia, as pessoas sao classificadas, do ponto de vista de sua atilude, como tendo preferencia pelo risco ou aversao a ele. Toda atividade humana contem elementos de risco e, na realidade, se em alguma sociedade se pudesse observar total ausencia de gosto pelo risco, provavelmente nao se poderia obter progresso economico, ja que nao haveria nenhuma propensao a inovagao.

0 jogo e uma atividade que tende a ser objeto de reprovagao moral, mesmo nas sociedades em que suas formas mais reprimidas sao legalmente aceitas. Esta atitude tem funcionalidade social, em virtude da possibilidade de ruina, com todos os efeitos negativos sobre a vida pessoal e familiar. A caracteristica de produto conjunto, propria do titulo de capitalizagao, afasta a possibilidade

de ruma, porque e, intrinsecamente, um instrumento de poupanga financeira. A disponibilidade destes titulos atrai para a poupanga pessoas que normalmente nao estariam realizando aplicagoes financeiras, com resultados macroeconomicos beneficos, ja que acrescem ao total de oferta de credito na economia. Esta macrovirtude dos titulos de capitalizagao e de extrema importancia para a compreensao de se'u papel social: na ausencia deles ocorreria uma queda no total de poupanga financeira disponivel na economia. Para boa parte das pessoas que aplicam nestes titulos, o produto substituto nao seria um instrumento de pou panga financeira.

Ha, ainda, dois aspectos entrelagados que tem de ser levados em conta no entendimento da fungao so cial dos titulos de capitalizagao. 0 primeiro e seu papel na formagao de uma carteira, porque se conjuga com outros instrumentos, permitindo ao seu detentor flexibilidade na determinagao do risco global desejado, mesmo que nao queira, ou nao possa, aplicar em instrumentos de renda variavel. 0 segundo tem a ver com a economia de escala na oferta de pro dutos financeiros. Ai encontram-se ganhos administrativos em escala e de risco. E tambem, jxir causa da existencia de economias de escala que nas aplicagoes financeiras normalmente sao exigidos valores minimos, que pixlem ser impeditivos paia pequenos poupadores. Os titulos de capitalizagao constituem a foima de apbcagao que admite os menores valores minimos observados em todo o sistema financeiro nacional.Isto se deve, naturalmente, a suas caiacteristicas es{leciais, que possibUitam a colocagao em

massa de titulos de pequeno valor indivi dual. Este mercado, nao so traz a poupan ga pessoas que nao teriam motivagao para poupar, como permite que pessoas com menor disponibilidade liquida possam ter acesso a produtos financeiros.

So que essa realidade mudou.As taxas estao em queda.As companhias tem de ganhar dinheiro com a operagao sem depender tanto do financei ro. "Com isso, o atuario passa a ser mais requisitado e a ter uma impor tancia crucial para as companhias , disse. Segundo Ferreira, o mercado brasileiro esta correndo um serio ris co per nao usar as projegoes finan ceiras."0 produto mais conservador que as seguradoras vendem no longo prazo,o PGBL Corporative, apresenta um serio risco para elas no medio prazo. Basta fazer os calculos corretos, utilizando o ativo, para comprovar isso", alertou.

Hello Portocarrero ® economisto, ex-superitendente da S.USEP (Superintendendo de Seguros Privodos) e eX' secretdrlo de Previdencio Com' plementar do MPAS (Ministed" do Previdencio Social)-

LEI/H£p

Nockxxjl das Emptesasde Seguros Rivadosede CQpitalizat;aoProieto Grdfico, Redo^Oo e Edi^flo: Fron Press Assess^ rio de Imprenso - Alomedo Santos, 2.441 Conj. 11 Cerqd®' C6sar CEP 01419-002 Soo Poulo / SP Tel.:(11) 3064-45/^ franpress@fronpress.com br Gerdncia de Atendimento: Fronk Rog6no n\ Reportogens 6 Edi^ao: Andr6 Rafael Furtodo (MTb 28. Ediqfio de Arte: Micliele Verbose Fofos; Divutga^oo / Rosone Bekiermon ^ Tirogeni: 5.000 exemplores / Distribui<;6o: O Jornol Leio um encorte do Revislo de Seguros do FENASEG Em caso de duvidos, crfticos ou sugestoes,entre em confato P® e-mails relacionados abaixo: Frank Rog6rio •frank@franpress.com.br

Andr6 Rofoel Furtado - ondrefgHronpress.com.br

Emprescs portidponles do Comissoo de Copitalizoqao do FENA5

APLUB CopilalizaQao S.A., Brodesco Capitalizotjao S.A,, Brosi Capitolizoqoo S.A., Coixo Capitoiizoqao S.A., Capitoliza Emp^ de Capitolizacao S.A., HSBC Capitolizaqoo S.A., Icotu Capitoiizaqao S.A., Itou Copltoiizoqao S.A., Lideronqo Cap''®' gdo S.A., Real CopHaiizoqao S.A., Sul Am6rica Copitalizaqoo Valor Copilolizaqao S.A., Unibonco Componfiio de Capilo''^®^

Hoje ha cerca de 800 atuarios no Brasil. "Temos mais de 1,2 mil inscritos no IBA, mas muitos nao atuam na profissao . Sao 12 univer sidades. Outras duas estao previstas para 2004, totalizando 14 instituigoes que oferecem cursos para a for magao do atuario. A partir de 2005, segundo Ferreira, os profissionais terao a obrigatoriedade de fazer um exame de qualificagao para atuar na Area."Isso mostra a importancia do atuario para garantir os direitos do consumidorem investimentos delon go prazo",finalizou.

Os debatedores desses dois workshops foram Claudio Contador, da Funenseg; Fernanda Chaves, da UFRJ; Kaizo Beltrao, do IBGE; Luiz Ernesto Both,da Cia. de Segu ros Previdencia do Sul; Luiz Makoto Sakamoto, da Yasuda Seguros, e Sinval Chaves de Oliveira, da Generali do Brasil.

Vida, Transporte, Credito e Garantia

No Brasil, o grande incremento do ramo Vida - inegavelmente a vedete do nosso mercado-foi impulsionado pelo surgimento,em 2002,do Vida Gerador de Beneficios Livres (VGBL)."As estatisticas mostram que o mercado potencial para este produ to e para os seguros resgataveis e muito elastico: vai de 11 milhoes a 34 milhoes,dependendo do target de cada operador", disse Antonio Cassio dos Santos, diretor-presidente da Mapfre-Vera Cruz Vida e Previdencia, durante sua palestra na 2"Conseguro.

Alem disso,lembra o executivo, existem 12,3 milhoes de pessoas que declaram imposto de renda no Bra sil. Deste total, 4,1 milhoes necessitam de diferimento tributdrio, pois optam pelo modelo completo de declaragao, simbolizando o mercado potencial de previdencia com beneficio fiscal sobre aporte. Com base nos dados do IB de 2001, ele estima que o mercado potencial de pre videncia com diferimento tributario (PGBL, PRGP, PAGP) e de R$ 20 bilhoes/ano. "Ainda ha espago para ser triplicado no que diz respeito a previdencia individual",disse.

Para Cassio, que tragou um paralelo entre os mercados brasileiro e americano, a experiencia daquele pafs oferece subsfdios para avaliarmos o que pode estimular ou inibir a expansao destes produtos. Segundo ele,a industria de seguro de Vida (in clusive fundos abertos ou fechados de previdencia) nos EUA totalizou, em 2002, 396 milhoes de apolices e certificados vigentes e responde per 80% do total de reservas de seguros constituidas, com valor acumulado em R$ 2,4 trilhoes. Essas reservas, somadas aosfundos financeiros para fins previdenciarios(que nao sao se guros),totalizam US$ 10 trilhoes,ou 110% do PIB daquele pafs.

Apesar de aberto e competitive, o mercado americano caracteriza-se pela tendencia a concentragao. Alem disso, ha segundo ele uma claia segregagao por famflia de produtos, pennitindo regulamentagao adequada paia cada um;farto aeesso aos operadores de resseguro; incentives fis cals sobre as eontribuigoes e pesadas penalizagoes para resgates no ciuto e medio prazo.

No Brasil, ele aposta que a expansao da industria de Vida vai se dar pela venda de produtos

▲ ARTIGO
PRODUTOS
EM EXPIfNSAO
CECILIA BARROSO
PUBLICAgAO DA COMISSAO DE CAPITALIZAgAO DA fenase^ i OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 REVISTA DB SEGUROS 25

CONSEGURO

mais abrangentes, como os de protegao financeira, de riscos preferenciais em vida, com cobertura adequada e prego juste; na criagao de um produto nao excessivamente padronizado de vida na linha universal life, alem dos produtos existentes de Previdencia (VRGP, VAGP, VGBL,PGBL).

Para Antonio Cassio, a variedade dos produtos oferecidos e a pesada penalizagao para resgates de curto e medio prazos contribuiram para a expansao desse mercado nos EUA.

"Os produtos brasileiros ainda trazem um vies de curto prazo travestido de poupanga de longo prazo. A principio, per razoes estrategicas que visavam a expansao desse mercado, a medida era necessaria. Mas se nao for corrigida a tempo podera prejudicar o future do setor", destacou.

ALEI E 0 SEGURO TRANSPORTE -0 novo Codigo Civil trouxe mudangas significativas na vida do cidadao mas, para o mercado segurador brasileiro, apenas tornou claras algumas questoes que pareciam confusas na bora de pagar o sinistro; de quem e o prejuizo de fate. "A principio, o transportador da carga e sempre o responsavel, ou seja, sua culpa esta presumida,jd que ele assumiu o risco do contrato. Mas nem sempre essa afirrnagao e verdadeira", destacou o socio-diretor do escritorio J. Arman do Batista Advogados Associados, Jose Armando da Gloria Batista. 0 advogado lembra que o novo Codigo determina o dever de zelar

enifxs dizcr qHc o d«9 iXordo com «« tsco, cofteiqt)

Cenario internacional

A Antonio C^sslo,da Mapfre-Vera Cruz, comparou o ramo Vida no Brasll e nos EUA

pela guarda e entrega da mercadoria. "Ocorre que o mesmo Codigo isenta , o transportador desta responsabilidade per ocasiao de alguns eventos ti des como de forga maior e case fortuito", destacou, durante a palestra "Transporte a Luz do Novo Codigo Civil". Para ele, a grande virtude do novo Codigo esta no fate de consolidar entendimentos consagrados no mercado, como a responsabilidade objetiva do transportador e a equiparagao deste ao depositario, excluindo apenas eventos em case de forga maior e em case fortuito. "Compete as seguradoras o ajustamento as no vas interpretagoes", afirmou Batista.

CARTEIRAS DE CREDITO - Para o presidente da Aurea Seguradora de Creditos e Garantias,Jos^ Americo Peon de Sa, o mercado brasileiro ainda esta aprendendo a atuar no ramo das carteiras de credito. "Precisamos estar convictos de que esse e um lon go processo de aprendizado e de que o setor simboliza riscos vultosos, caso nao seja bem administrado. Se houver menor duvida de que o tomador nao tem condigoes de cumprir o contrato,cabe a seguradora nao aceitar o risco", observou. A boa

noticia e que o IRB Brasil Resseguros acaba de aumentar o limite de retengao, por tomador, de R$ 34,5 milhSes para R$ 50 milhoes.

Apesar de ser um negocio complexo, o seguro de credito pode tornar-se rentavel se bem administrado, insistiu tambem a palestrante mexicana Micaela Cojocaru, responsavel pelas operagoes de Credito e Garantia da Munich Re para o Mexico, America do Sul, Portugal e Espanha. Para a especialista,"a carteira exige que a seguradora esteja sempre atenta e faga investimentos constantes em know-how e sistemas de tecnologia da informagao pois,se for gerida de maneira incorreta, pode ocasionar perdas potenciais irreparaveis, podendo levar a insolvencia da operadora."

Atuaram como debatedores

nesses paineis: Arlindo da Conceigao Simoes Filho, da AGE Brasil Seguros; Atilio Simonete, da Marsh Corretora de Seguros; Ileana Maria Iglesias T. Moura,da Centauro Segu radora; Luis Claudio G. Barretto, da UBF-Garantias & Seguros; Marcelo Gongalves,da Assurant; Renato Russo,da SulAmerica Seguros;Thaddeus Ogden Burr,da Metropolitan Life Se guros e Previdencia Privada.

vive novas tendencias

Como outros paises resolveram problemas que hoje tiram o sono do segurador brasileiro?0interesse em torno dessa questao fez com que as palestras com a participagao de exe cutivos vindos do exterior estives sem entre as mais prestigiadas da 2 Conseguro. A curiosidade mais pre mente era sobre a situagao do mer cado de resseguro depois dos atentados de 11 de setembro e das ulti mas catastrofes naturals. Uma infor magao importante para 25% do mer cado nacional que depende de res seguro para suas operagoes.

Tambem havia o interesse em conhecer mais detalhadamente o sistema de saude privado nos Estados Unidos e como a Argentina fez a reforma do sen Seguro Acidentes de Trabalho,duas questbes que no Bra sil sao sinonimo de polemica e insatisfagao. "A experiencia de outros paises serve como orientagao", afir mou o gerente geral da QBE Aseguradora de Riesgos de Trabajo, de Buenos Aires, Jose Sojo, ressalvando porem que "na maioria dos casos esta experiencia nao e aplicavel e.

por isso, o aprendizado local e fun damental." Enquanto prosseguimos com a nossa cartilha, nao custa dar uma olhada no modo como os outros paises fizeram suas ligoes de casa.

0 CASO DOS EUA -0 mercado privado americano de saude movimenta mais de US$ 1 trilhao. Deste total, o segmento de pianos de saude, que passa por um periodo de concentragao, representa cerca de US^ 390 bi lboes. Segundo Herbert Gongalves, diretor da Booz Allen Hamilton, as dez maiores companhias detem 55% do mercado, mas esta economia de

escala nao e bem absorvida pelo setor, principalmente em razao da dificuldade em operar em multiples mercados e da escalada dos custos medicos.

Para controlar os custos com medicamentos, internagoes e servigos hospitalares, durante a decada de 90 o mercado fez uso do managed care. 0 metodo foi eficiente por al guns anos mas ja nao consegue cen ter a escalada dos custos, em torno de 10% ao ano, e o maior poder de barganha dos prestadores e da industria farmaceutica."Os hospitais ganharam forga em relagao aos pianos de saude, que passaram a ser vistos de forma negativa pela opiniao publica ,disse Gongalves.

Reagindo aos custos crescentes, OS empregadores tem buscado au mentar a participagao dos funciondrios. A previsao e de que chegue a 41% em 2005",estimou Gongalves, avaliando que o mercado vive agora um momento de transigao, em que o modelo focado no controle de custos comega a ser substitindo por modelos que transferem maior responsa bilidade ao consumidor (como o de contribuigao definida, por exemplo).

^ot.ange guimaraes
AO argentino Jose Sojofalou sobre o Seguro de Acidentes de Trabalho em seu Pais
26 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 REVISTA DE SEGUROS 27

"Mais recentemente as grandes empresas tem procurado recuperar pre50 em detrimento do crescimento das carteiras."

Ha uma grande preocupagao nos Estados Unidos em criar legislagao que suporte e facilite o acesso de pequenas empresas (entre dois e 50 funcionarios). A maioria destas leis trata do estabelecimento de bandas de prego. Ja o segmento industrial e de grandes empresas e regulado pelas leis de mercado.

UMEXEMPLO ARGENTINO-A experiencia argentina confirma o que os seguradores brasileiros nao se cansam de repetir ao governo federal: a administragao privada do seguro Acidentes de Trabalho tem impacto po sitive na prevengao e reduz o numero de acidentes nas empresas. No pais vizinho, a reforma do sistema; de Acidentes de Trabalho ocorrida em 1996 baixou a ocorrencia de sinistros de morte de 148,1 por miIhao de expostos para 87,7 em 2001.

A ideia do governo, segundo Jose Sojo,da QBE,era reduzir os encargos trabalhistas para poder incrementar a competitividade dos produtos argentinos em um perfodo de profundas transformagoes na economia do Pais. No sistema anterior nao havia incentivo a prevengao nem registro historico de sinistralidade e para receber sua indenizagao 0 trabalhador acidentado tinha de recorrer a Justiga fomentando uma"industria do litigio" formada por advogados,julzes e outros intermediaries.

"No langamento do sistema, 44 seguradoras queriam participar e estimava-se que o mercado seria de US$ 1,5 bilhao de dolares",relembra Sojo. Porem, uma guerra de pregos entre as companhias reduziu o mercado para US$ 500 milbSes."A concorrencia foi muito maior que a esperada e ate seguradoras que tinbam expertise no negocio desprezaram os calculos atuariais para fazer premie."

Depois da febre inicial, o mer cado freou. Atualmente 24 compa nhias atuam no segmento Aciden tes de Trabalho a as dez maiores detem 85% dos premies.0 princi pal canal de distribuigao e 0 corretor, responsavel por 73% dos negocios. Houve uma queda na freqiiencia total dos sinistros apesar do aumento das doengas ocupacionais, mas 0 resultado tecnico das seguradoras foi fortemente afetado nos ultimos anos" pela crise economica e a elevada inadimplencia: de 1998 para ca, o resultado tecnico so saiu do vermelho em 2001.

RESSEGURO — No mercado intemacional, o ambiente e fraco para as resseguradoras.0capital esta em depreciagao, os ratings estao em downgrading, muitas resseguradoras estao saindo do negocio e o relomo sobre investimentos nao compensa os baixos resultados de underwriting. De acordo com Keith Shroyer, executive da XL Latin American, a queda dramatica do mercado de agoes nos ulti mos cinco anos gerou perdas para os

investimentos em agoes feitos por se guradoras e resseguradoras.Em 2002, as perdas das companhias americanas e europeias de nao-vida chegaram a US$ 129,2 bilhSes.

"As perdas desde 2000 chegam a US$ 200 bilboes e devem ser acrescidos ai mais US$ 50 bilboes de perdas provenientes do 11 de Setembro", disse Shroyer, ressaltando que, ao mesmo tempo em que ocorria o processo de redugao da capacidade de underwriting das resseguradoras, novas companhias entravam no mercado injetando algo em torno de US$ 30 bilboes, a mai oria vinda das Bejmudas. "0 mer cado das Bermudas, que comegou pouco depois de 1990, tornou-se o centro do resseguro do mundo. Hou ve epoca em que eles tinbam capacidade para receber 35% do resse guro mundial."Para Shroyer,nos proximos tres anos nao devera haver uma queda significativa no prego do resseguro porque nao ha possibilidade de grande crescimento dos retornos de investimentos.

Foram debatedores nesses paineis: Alfredo Fernandes de Larrrea, da Roma Seguradora; Antonio Pentado Mendonga, jornalista; Daniel Melnik, da Converium Servigos Tecnicos; Joao Alceu Amoro so Lina, da Sul America Seguros; Jose Leonico de Andrade Feitosa,da ANS; Luiz Eduardo Pereira de Lucena, do IRB-Brasil Re; Paulo Cesar Pereira dos Reis, da Transatlantic Re; e Ricardo Saad Affonso, da Bradesco Saude. h

GALERIA DE FDTOS

Eles ajudaram a fazer 0 SUCESSO DO EVENTO

COORDENADORES DE MESA

1. Jorge Estacio da Silva, Levorato, Vera Cruz Prudential do Bras!! Seguradora

2. Oswaldo M^rlo de Azevedo, Sindlcato das Seguradoras do RJ

3. Acacio Rosa de Queiroz Rosa, ACE Seguradora

4. Federico Baroglio, General! do Bras!!

5. Alberto Oswaldo Continentino de Araujo, Sindlcato das Seguradoras de MG

6. Wilson Roberto

7. Renato Campos, MInas Brasll

8. Nllton Molina, Icatu Hartford

9. Brian John Guest, HSBC

10. Miguel Junqueira Pereira, Sindlcato das Seguradoras do RS

11. Mario Petrel!!, Icatu Hartford

12. SantI ClancI, General! do Brasll

M CONS^URO 'it t ,l)v'' i - > T. i »
28 REViSTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003
f j:.' 'xJiyifev. REVISTA DE SEGUROS 29 A
W«RtNCIA8RA

13. Patrick Larragoiti, SulAmerica Seguros e Miriam Leitao, TV Globo

14. Mucio Novaes, Sindicato das Seguradoras de PE

15. Jayme Brasil Garfinkel, Porto Seguro

16. Julio Bierrenbach, Real Previdencia e Seguros

17. Mauro Cesar Batista, Seguradora Roma

18. Cesar Augusto Dias Torres, Bradesco Seguros

19. Joao Gilberto

Possiede, Sindicato das Seguradoras do PR

20. Julio Aveilar, SulAmerica Seguros

21. Aiessandro Luis Jarzynski, QBE Brasil Seguros

22. Pedro Pereira de Freitas, America Life

23. Hello Novaes, SulAmerica Seguros

24. Casimiro Blanco Gomez, Sindicato das Seguradoras de SP

25. Luis Fernando Mathieu Valderrama, Chubb do Brasil

26. Thomas Kelly Batt, Royal SunAlliance

27. Paulo Marracini, AGF Brasil Seguros

28. Luis Tlrabuco Cappi, Bradesco Seguros e Domenico De Masi, socl6logo Italiano

29. Luiz Tavares Pereira Filho, Bradesco Seguros

30. Jo3o Francisco Borges da Costa,

Hannover International Seguros

31. Marco Antonio Rossi, Bradesco Vida e Previdencia

32. Marcos Pessoa de Queiros Falcao, icatu Hartford

33. Paulo Assunpao de Souza, BrasilCap

34. Jos6 Am6rico Pe6n de S^, Aurea Seguros

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30 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 | nOVEMBRO • DEZEMBRO 2003
REVISTA DE SEGUROS 31

Particma^ao HISTORICA

0 Brasil se destaca na ultima Conferencia do Federa^ao intercmericana de Emprescs de Seguros

0 Brasil marcou expressiva presenga na XXIX Conferencia Hemisferica de Seguros da Federagao Interamericana das Empresas de Se guros, realizada de 26 a 29 de outubro, em Punta Cana, na Republica Dominicana. Pela primeira vez,0 mercado segurador brasileiro participou do evento com mais de 30 representantes de seguradoras, Fenaseg, Funenseg, IRB-Brasil Re,escritorio de representagao de resseguradores, corretores de resseguro, reguladores de sinistros e consultores. Numa relagao de 36 paises, o Brasil foi o 5° da America Latina, juntamente com a Guatemala, e o 10" do continente americano a enviar o maior numero de representantes.

0 outro ponto alto da participagao do Brasil na Conferencia foi a atuagao de Jayme Brasil Garfinkel, presidente da Porto Seguro

sobre os desafios enfrentados pelo Pais para crescer. Para complementar o contexto, contou um pouco da historia do seguro no Brasil. Depois, entao abordou o tema de sua apresentagao, que teve como "case" a atuagao da Porto Seguro, uma das mais bem-sucedidas em presas brasileiras especializadas em auto.

Isso, inclusive, motivou encontros do presidente da Fenaseg Joao Elisio Ferraz de Campos e do superintendente da Susep Rene Gar cia com representantes desses pai ses,com a finalidade de melhor conhecer a sistematica por eles adotada. Tambem foi de grande proveito a palestra sobre os processos de resolugao de conflitos, em es pecial a defensoria/ouvidoria do consumidor, proferida pelo presi dente da AIDA, Carlos Ignacio Jaramillo, tema que tem sido intensamente discutido no Brasil, jun tamente com a Susep.

/A d presidente da Fenaseg, Joao Elislo, cumprimenta o secretario geral da Fides, Jose Luiz Moncada

nhar de perto essa evolugao", diz Joao Elisio.

Durante a Assembleia Geral bouve ainda eleigao da nova diretoria da Fides. Juan Manuel Pena, presidente da Associagao das Seguradoras do Peru, e o novo presi dente e Jose Luis Moncada Rodri guez o novo secretario geral. Foi tambem escolbido o local da proxima conferencia: Caracas, na Ve nezuela.

Cia de Seguros, palestrante que representou o mercado segurador bra sileiro.0executive arrebatou a plateia com palestra,irretocavel, sobre "Administragao de uma companbia de seguros com forte carteira no ramo de automovel".

Jayme Garfinkel apresentou um retrato economico do Brasil durante o periodo entre 1970 e

2002. Ele discorreu sobre a infla-

A conferencia apresentou ao todo nove palestras. Uma que chamou especial atengao dos brasileiros foi a que focalizou os temas regulagao,fiscalizagao e desenvolvimento dos mercados de seguros, apresentada por Manuel Aguilera, presidente do Comite Executivo da lAIS (International Association of Insurance Supervisors). 0 relato do expositor sobre o trabalho desenvolvido nos varios mercados do gao e OS seus reflexos na economia brasileira, particularmente no ambito da Fides evidenciou que o mercado segurador, sobre os pla- Brasil, no que se refere a questao nos adotados no Pais para veneer da auto-regulagao, esta alinbado a escalada inflacionaria e tambem com a experiencia internacional.

A grande procura pelas reunioes de negocios e pela exposigao de produtos e servigos que aconteceram ao longo dos quatro dias da conferencia tambem serviram de termometro para evidenciar uma outra tendencia: a de que cresce, a muito rapidamente, en tre OS profissionais de seguros, a preocupagao em intensificar o relacionamento dos diversos agentes dos mercados, a fim de se buscar e ampliar conhecimentos e recursos tecnologicos. Na avaliagao do presidente da Fenaseg, a Fides, mais uma vez, promoveu importante e necessaria troca de ideias e experiencias num merca do cada vez mais globalizado.

Globalizagao, alias, e um tema que, em 2004, a Fenaseg passara a cuidar mais de perto. 0 Brasil foi indicado, pela Assembleia Geral da Fides, realizada durante o evento, para assumir o Comite

Tecnico de Globalizagao da entidade. "Estamos assumindo esse comite dispostos a participar ativamente dos processos de negociagoes internacionais no ambito da Alca, do Mercosul e da Organizagao Mundial do Comercio. A glo balizagao e um processo inexoravel que exerce grande influencia no comportamento dos mercados. Dai 0 nosso interesse em acompa-

Com a mudanga da diretoria, terminou o mandato de Oswaldo Mario de Azevedo como vice-presidente da Fides e presidente da Regiao Sul, cargos que passaram a ser ocupados pelo presidente da Associagao de Seguradores do Chile, Mikel Uriarte Plazaola.

A PARTICIPAQAO DO BRASiL

Alem dos presidentes do Sindicato de Seguradoras de Minas Gerais,Alberto Oswaldo Contlnentino de Araujo; da Bahia, Antonio Tavares Camara; do Parana. Joao Gllberto Posslede; de Pernambuco, Muclo Novaes; e do Rio de Janeiro, Oswaldo Mario de Azeve do, representaram o Brasil na XXIX Conferencia da Fides os segulntes particlpantes'

•AkmalWajlh -PWS Brasil

•Andrew Brown -Cunningham Undsey

• Carlos Alberto Caputo - XL Re Latin

America Ltda

•Carlos Alberto Protasio-Orypaba

Carlos Eduardo Lago-BradescoSeguros

•CesarAugusto DIasTorres- BradescoSeguros

• Edward Fife-Willls

• Eliseu AugustodeOliveira- Funenseg

•Federico Barogllo-Generalido Brasil

Francisco Pinho-Aon Re Brasil

•Joao Batista Barbara- Hearther Lambert Brasil

•JoaoCarlosGahyva-UAIC-iRB/Nova lorque

•JorgeCaminha-GuyCarpenter

•Jose Luiz Motta - Real Prev eSeguros

Jose RubensAlonso- KPMG

• Leila Pontes- Ass.de Eventose

Publlcagoes/Fenaseg

■LuisPauloMontelro-CEOdaPWSBrasil

LuizEduardoPereiradeLucena-IRB-BrasllRe

•MargoBlack-HeartherLambertBrasil

MariadaGloriaFaria-Fenaseg

MariaElenaBidino-Fenaseg

•PauloMiguelMarraccini-AGFBrasilSeguros

•PauloPereiiaReis-TransatlanticReBrasil

PeterGeraudeau PWSBrasil

•ReneGarcia-Susep

SuzanaMunhozdaRocha-Fenaseg

'5 •r FIDES
AROUIVO FIDES SUZANA LISKAUSKAS
Feo^Bbion Interamericana de Empresas de Seguros
32 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 OUTUBRO • NOVEIWBRO DEZEMBRO 2003 REVISTA DE SEGUROS 33

O mercado de seguros nos paises anfitrioes

Anfitria da XXIX Conferencia

Hemisferica de Seguros da Federagao Interamericana das Empresas de seguros, realizada de 26 a 29 de outubro, em Punta Cana, a Repiiblica Dominicana tem apresentado um bom desempenho no setor de segu ros. Ate julho deste ano, o mercado teve um crescimento de 29,03%, enquanto a inflagao no mesmo periodo ficou em 24,7%. Em 2002, a expansao do setor no mercado nacional foi de 24,1% em relagao ao ano anterior, este aumento se deveu, sobretudo, a uma redugao nos custos de exportagao, o que foi suficiente para compensar os gastos a mais impulsionados pelo custo do Resseguro e Sinistralidade.

Apesar do bom desempenho no primeiro semestre de 2003, o mer cado segurador da Republica Domi nicana assistiu a episodios significativos no periodo que promoveram impactos no setor como a quebra do Banco Intercontinental,segunda instituigao privada mais importante do sistema financeiro do pais. For conta disso,a Intercontinental de Segu ros, empresa que ocupava o terceiro lugar no ranking de prSmios,tambem saiu do cendrio. Mas o Banco Nacional de Cr6dito foi adquirido pelo grupo Leon Jim^nes, empresa com

mais de cem anos de tradigao no pais, enquanto a maioria das agSes do Banco Mercantil passou a ser controlada pelo Republic Bank Limited de Trinidad y Tobago.

Outro fato relevante para o mer cado de seguros da Republica Do minicana em 2003 esta relacionado as varias resolugoes para a adequagao da Lei 146.02, que a Superintendencia de Seguros da Republica Dominicana emitiu. Uma delas estabelece um aumento significativo no limite de Responsabilidade Civil de Automovel, que passou de seis mil pesos para 100 mil pesos, o que representa um aumento de cerca de US$ 3 mil.

A proxima Conferencia Hemis ferica Fides esta marcada para 2005,em Caracas, Venezuela, onde a situagao do mercado segurador em 2002 foi bem diferente do cenario exibido pela Republica Dominicana. Em 2002,0 segmento de seguros na Venezuela teve uma queda real de 6,56%. Apesar de haver um cresci mento nominal de 1,98 milhao de bolivares, total arrecadado pelo se tor em 2001, para 2,46 milhoes em 2002, a inflagao no mesmo periodo foi de 31,18%, o que determinou a retragao do setor. Se a analise levar em conta a moeda americana,a que-

da passa a ser de 32,67%, ja que, em 2001, o mercado representou um total de US$ 2,613 milhoes e, em 2002, esta soma passou para US$ 1,759 milhao. Com relagao ao total de premios em 2002, o mercado venezuelano reteve 77,63%, mdice que ficou 4,96 pontos percentuais abaixo do ano anterior.

No mercado venezuelano atuam 49 seguradoras. As 15 primeiras do ranking sao responsaveis pelos 82,9% do total de premios arrecadados, ficando as 34 restantes com 17,10%. Em 2002, as quatro resseguradoras venezuelanas aceitaram premios no valor de US$ 33 milhoes, enquanto no ano anterior este valor ficou em US$ 45 milhoes. Em dolares, houve uma diminuigao de 26%, mas se a mesma comparagao for feita na moeda local, registra-se, entao, um aumento de 37% entre 2001 e 2002. Vale ressaltar que o resseguro aceito pelas empresas locals vem diminuindo gradualmente em termos percentuais nos ultimos cinco anos, passando de 13,23%, registrado em 1998, para 8,5% em 2002. Trata-se do percentual mais baixo de toda a historia do resseguro venezuelano.

Os ramos de automovel e saude (individual e grupo) tiveram umaparticipagao de 64,1% no mercado to-

tal de seguros da Venezuela em 2002. Porem, com relagao ao ano anterior, foi registrado um decrescimo. Em 2001, os dois ramos representaram 68,85% do setor. Toda esta retragao esta diretamente ligada ao aumento da inflagao do periodo, que ficou em 31,18% durante 2002. Com relagao aos gastos e custos de administragao, em termos percentuais, houve um aumento de 15,04% para 16,09% entre 2001 e 2002. Os cus tos de aquisigao cairam de 13,9% em 2001 para 12,98% em 2002, sendo que os gastos combinados representaram 20,08% do total de pre mios arrecadados. ^

Presidente:Juan Manuel Pena,presidentedaLaPositivaSeguroseResseguros,Chile.

Secret^rioGeral:JoseLuisMoncadaRodriguez, presidentedaCamaraHondurenha deAsseguradoras, Honduras.

ComissaoRegionaldoCentroeCaribe: LeonelArguello Ramirez, presidenteda MetropolitanaCiadeSeguros, Nicaragua.

Raisesintegrantes: PortoRico, Honduras,Panama, ElSalvador, Republica Dominicana, NicaraguaeGuatemala.

ComissaoRegionalAndina:AlfonsoIbanez,presidentedaLavitaliciaSegurose ReasegurosdeVida, Bolivia.

Paises integrantes: Bolivia, Colombia, Equador, Peru eVenezuela.

ComissaoRegionalDelSur: MikaelUriarte,presidentedaCiaGeneralesCruzDel Sur, Chile.

Paises integrantes: Brasil,Argentina, Paraguai, Uruguai eChile.

ComissaoRegionalDel Norte: PilarGonzalezdeFrutos,Union Espaholade

EntidadesAsseguradoras e Reaseguradoras(Unespa), Espanha.

Paises integrantes: EUA, Espanha, Portugal e Mexico.

Seja voce tambem um amigo do seguro.

A FUNENSEG, em parceria com o Centre de Inteeracan S^ur?^ (CIEE), desenvolve o programa Amigo do Uma agao de responsabilidade social, criada oara riar ?endl""S^16 e'20'S a de baixa mMieemSifasplblS • °

Mais do que um proieto ar-o,., perspective de vida para io'vens dp tnHn ^ chance de terem acesso a nr^a

^^^°' part^^oardessp interesseemconhecermelhore evenha sertamh' acesse 0 sitewwvv.funenseg.org.br evenhasertambem um amigodoseguro.

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34 REVISTA DE SEGUROS
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OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2003
r 1 ao 1
pragrama AMIGO do
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Central de atendimento 0300 25 33 22 Vww.funenseg.org.br ^FUNENSEG WW FUNDACAO ESCOLA M NAtlONAL DE SEGUROS nr\ nnACil
oportunidadesdomercadodeseguros.^^^

Hoje exclmdos,amanh^lientes

Seguindo o verdadeiro conceito de Responsabilidade Social, 0 Unibanco AIG Seguros

e Previdencia mantem urn bem organizado progroma de a^oes socials qua visa nao

apenas beneficiar institui^50s assistenciais, comotambem participar do desenvolvimento social do Pois,formondo

novos mercodos

MARCIAALVES

0 que ha 10 anos eratn apenas agoes sociais esporadicas e pontuais promovidas por alguns funcionarios da Unibanco AIG Seguros e Previden cia, cresceu, tomou forma e, com o apoio e o engajamento da empresa, acabou transformando-se num amplo programa social que, apenas neste ano somou investimentos de aproximadamente R$ 2 milhoes. Hoje, no rol de entidades assistenciais atendidas pela seguradora, constam nomes tradicionais como o Institute Brasileiro de Controle do Cancer (IBCC), Associagao de Pais e Amigos de Ex-

panha custeada pela seguradora ganhou todas as midias, apresentando estrelas do quilate de Luana Piovani, Gisele Biindchen, Debora Bloch e muitas outras, vestindo a camiseta com famoso simbolo do IBCC.

cepcionais (Apae), Sociedade Brasileira de Parkinson e muitas outras.

Embora o IBCC nao lidere a lista das entidades que mais investimen tos recebem da Unibanco, certamente e a de maior destaque. Ha seis anos, uma parceria entre a segurado ra e o instituto resultou no desenvol vimento de um seguro de acidentes pessoais exclusive para mulheres,que garante as despesas com o tratamento de diversos tipos de canceres femininos. Parte do faturamento que a empresa obtem com a venda do se guro e revertida ao IBCC.Para divulgar o produto e os conceitos de prevengao ao cancer de mama,uma cam-

Alem de dotar uma verba orgamentaria para apoiar projetos desenvolvidos por essas instituigoes, a se guradora tambem conta com um pro grama de assistencia social interno que,por iniciativa e recursos dos proprios funcionarios,promove inumeras ag5es sociais. "Eles arcam com os custos e definem as frentes de trabaIho. Nos fornecemos apenas o suporte ,diz o diretor de Pessoa Fisica da Unibanco,Marcelo Zalcberg. Bastante organizado,o trabalho dessas equipes obedece a uma programagao anual, em que datas e locais sao previamente definidos. Durante pelo menos quatro meses por ano, o pessoal voluntario se reveza em atividades variadas, tais como pintura de creches, passeio com criangas, visita a asilos, aulas etc. Tambem duas vezes por ano, conforme Zalcberg, todo o conglomerado Unibanco,incluindo a se guradora,se envolve em grandes campanhas de doagao de agasalhos e de alimentos para os mais necessitados.

Ha dois anos, uma campanha memoravel uniu o banco e a segura dora no proposito de estimular a ven da de produtos de seguro e de previ

dencia. Nas agencias,os gerentes que atingissem determinada meta poderiam indicar uma entidade carente para receber doagoes em alimentos.0 resultado foi a entrega de cerca de nove mil toneladas de alimentos a 150 en tidades. "Estamos o tempo todo praticando ag5es sociais", diz o diretor. "Em qualquer epoca do ano, havera sempre algum trabalho sendo realizado nessa area."

FORMANDO MERCADOS - Sem meias-palavras, Zalcberg e bastante pragmatico quando afirma que "o lucro e o objetivo final", mesrao quan do a empresa esta praticando sua Responsabilidade Social.

"Ate porque",explica,"se nao tivermos lucro, nao teremos como implementar ag5es sociais . Para ele, empresa socialmente responsavel e aquela que conduz os negocios de tal forma que se torna parceira e eo-responsavel pelo desenvol vimento social. Por seu raciocmio, as agoes sociais tem retomo muito mai or que apenas o reforgo de imagem da empresa. A seu ver, essas iniciativas sao responsaveis pela formagao e conquista de novos mercados.

Gisele Biindchen,Luana Piovani, Debora Bloch e o ator Luiz Fernando Guimaraes: estrelas a service da bem-sucedida campanha de preven^ao ao cancer de mama promovida pela seguradora

equilibrado, que, no futuro, sera o nosso alvo", analisa.

Zalcberg observa que entre as companhias de seguros, muitas ale-^ gam que nao desenvolvem produtos para camadas de baixa renda porque elas nao conhecem seguro."Mas nos tambem nao as conhecemos", admite.Para ele,as empresas preeisam tencriando um mercado competitive e tar se aproximar desse publico, sa-

"De certa forma,estamos colaborando com a sobrevivencia, inclusao social e crescimento das pessoas.

bei suas necessidades,anseios e suas prioridades. "Temos um pais com luais de 150 milhoes de pessoas e enormes deficiencias. Se pudermos ajuda-los a ter melhor educagao,saude, alimentagao e acesso a informaQao, em contrapartida estaremos investindo em nosso proprio futuro, pois,

1^ na frente,eles serao os consumidores de nossos produtos",conclui. ▲

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Novo modelo de gestao na Funenseg

Cria^ao de uma Universidade para formar profissionais no setor de seguros e uma das metas prioritdrias da Funda^ao

SERGIO BIAS

A Funenseg comegou a implementar este ano um novo modelo de gestao. 0 alicerce deste processo de reformulagao nao esta na mudanga do quadro pessoal da Fundagao, mas sim no estabelecimento de novas diretrizes que tem como base sete objetivos principals que estao interligados: maior independencia financeira;intemacionalizagao; criagao de uma Universi dade Corporativa; consolidagao da Funenseg como centro de pesquisas; maior integragao com instituigoes regionais de seguros; e racionalizagao de processes para reduzir custos.

Funenseg para o proximo ano e a cria gao de uma Universidade Corporativa.

"Ja esta na bora de o mercado ter uma universidade que forme profissionais para atuar no setor de seguros".0 exe cutivo explicou que o curso oferecido sera de graduagao em Ciencia do Seguro e tera tres anos de duragao. A previsao e de que a primeira turma seja aberta no segundo semestre do proximo ano.

Vera Cruz e indicado para membro do Conselho Consultivo da Funenseg,Wil son Levorato, retomaram da viagem de trabalho a Europa com muitas novidades na mala.Em doze dias,foram visitadas dez instituigoes,de quatro diferentes parses (Portugal, Espanha, Franga e Italia), e realizadas mais de sessenta boras de reunioes. Como resultado,tres novos conveniosforam assinados e outros estao em avangado estagio de negociagao.

Os executives tambem participaram como palestrantes do"IV Congresso Nacional de Direito dos Seguros",que aconteceu em Lisboa. Em Portugal,fo ram firmados dois acordos de cooperagao tecnica, com as universidades de Coimbra e Lusiada. Havera imediata troca de publicagSes e de material de ensino e,a partir de 2004,as atividades comegarao a ser desenvolvidas.

0 diretor executivo da Funenseg, Ciaudio Contador, ressaltou a importancia de a Funenseg aumentar os recursos financeiros proprios para que as metas e desafios da instituigao sejam alcangados. "Estamos trabaIhando para ampliar as receitas oriundas da nossa atividade para nao ficarmos dependenles do repasse do DPVAT".

Segundo Contador, uma das metas prioritarias da

A Ciaudi

PARCERIAS INTERNACIONAIS - A internacionalizagao,um dos pilares do novo modelo,esta em fase de consolidagao. No mes de novembro,o presidente da Funenseg, Armando Vergilio dos San tos Junior, o diretor executivo, Ciau dio Contador,e o presidente da Mapfre

o Contador:

e Importante aumentar

OS recursos proprios da Fundagao

Outro convenio de cooperagao foi assinado na Espanha,com a.Fundaci6n MapfreEstudios.Esta previstointercambio de material de curses, ementas e demais informagSes tecnicas, alem da elaboragao de cronograma de atividades conjuntas para o proximo ano. Na passagem pela Franga,executives da Fede ration Frangaise des Societes d'Assurances,daEcole Nationale d'Assurances (ENASS)e da Commission Technique de TENAss receberam modelo de conve nio, que esta sendo analisado.

A viagem terminou na Italia,onde OS representantes brasileiros puderam conbecer a experiencia da Generali, de Roma,e do Generali Group School, de Mogliano Veneto, na formagao do profissional de seguro. a

Thomas Streiff e sua equipe sac especialistas em identificar riscos ambientais - de causas naturais ou provocados peio homem - e desenvolver estrateglas sustentaveis para lidar com eles. A Swiss Re foi uma das primeiras a reconhecer o impacto potencial de mudancas do clima na industria de servigos financeiros e desenvolver metodos eficazes para gerenciar esse risco. Combinando expertise e solidez financeira,a Swiss Re oferece solugoes sob medida para reduzir a exposigao de sua empresa e proteger seus resultados, garantindo seguranga diante das incertezas do clima. www.swissre.com

Expertise you can build on. Swiss Re

i '«! A FUNENSEG
i:
v-J. ST
Roseggletscher, Engadin,Suiga Thomas Streiff, Especialista em Sustentabilidade,Swiss Re
38 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 III

Do risco a QUALIDADE

Patrimonio segurado

da telefonico Sercomtel

e de RS 135 milhoes

VALTEMIR SPARES JUNIOR

Ja houve um tempo no Pais em que ter uma linha telefonica era algo demorado e caro — uma condigao que uma parcela dos brasileiros so se viu livre depois da privatizagao do sistema Telebras. Porem, para a populagao de Londrina, a terceira maior cidade da regiao Sul do Pais com 500 mil habitantes, no Norte do Parana, OS servigos de telefonia nunca foram um problema. Pelo contrario, os londrinenses sempre se orgulharam de nao ter percalgos para falar ao telefone,pois eles tinbam a sua prdpria companhia: a Sercomtel Telecomunicagoes S.A. Surgida em 1964 sob a tutela do poder municipal, hoje e a unica operadora publica do Pais,funcionando como uma empresa de economia mista-55% de suas agoes pertencem ao municipio e o restante a Copel (Companhia Paranaense de Energia Eletrica).

E foi pensando no prestigio conquistado junto aos assinantes em 35 anos de operagao-a primeira central entrou em funcionamento em 1968e que a Sercomtel resolveu implantar um programa de gerenciamento de ris co. "A boa imagem da empresa foi constiTJida pela qualidade dos servigos prestados e tambem por nunca ter tido um evento grave. Mas nao dava so para ficar com a fama. Precisavamos pensar num futuro com consistencia", conta Jussara Castro e Silva, a executiva que estara a frente da recem-criada area de Seguros e Prevengao de Perdas e Riseos. Em novembro, comegou o processo com a instalagao intema do Comite Integral de Riseos e com a realizagao de um seminario para o staff da companhia sobre riseos no setor das telecomunicagSes. "E um trabalho longo e de mudanga de cultura, mas o fato da alta administragao estar comprometida demonstra a importancia dessa area", avalia.

A agao que sera feita na compa nhia, na opiniao de Jussara, futuramente sera mais um elemento a compor o conceito de qualidade, eomo e hoje tecnologia, atendimento e infraestrutura. A logica disso e que, minimizando e corrigindo fatores que um

dia virariam sinistros, a empresa es tara mais bem preparada a oferecer servigos com eficiencia. Tanto que a primeira fase do programa, que con ta com a consultoria da AGE Brasil Seguros, visa rastrear os fatores de riseos, avaliar os seus graus e indicar as medidas de prevengao nos diferentes setores operacionais da Sercomtel. 0 foco agora e com os riseos acidentais, mas vamos evoluir ate chegar na avaliagao das incertezas, que estao relacionadas as tomadas de decisSes da cupula", explicaA preocupagao com perigos controlaveis, no caso da Sercomtel,tam

bem significa um fator de sobrevivencia no mercado. Como e uma concessionaria da Uniao, sua atuagao e regida pelas normas ditadas pela Agenda Nacional de Telecomunicagoes - Anatel -, que se nao cumpridas podem retardar o desenvolviraento economico da empresa."Nunca tivemos um dano de grande monta que prejudicasse a companhia ou algum dos seus clientes. Mas ninguem esta livre disso e e preciso prevenir",ressalta Jussara. Hoje, a Sercomtel e a operadora de telefonia fixa e celular para Londrina e outros tres municfpios vizinhos, alem de ter a autoriza-

gao para operar em mais 95 cidades paranaenses. 0 sen faturamento em 2002 foi de R$ 225 milhSes,contando com 240.600 linhas em funciona mento e outros 4 mil telefones publicos. A empresa ainda atua nos segmentos de TV a cabo, internet e call center,e possui 632funcionarios.

CONCORRENCIA PUBLICA - 0 controle da agencia reguladora tambem se faz presente no proprio ato da concessao. A Anatel exige da Sercom tel a contratagao de diferentes apolices de seguros para que possa prestar servigos de telecomunica-

goes. Assim, anualmente, a empre sa, via concorrencia publica, contrata seguros dos ramos de responsabilidade civil geral, riseos operacionais e lucros eessantes, responsabilidade civil facultativa (automoveis),riseos diversos(equipamentos e roubo de valores) e garantia. Este ultimo e fundamental, pois esta relacionado ao cumprimento de metas da Anatel, como a universalizagao dos servigos telefonicos", explica Jussara. Como o processo de licitagao permite a renovagao com a seguradora vencedora, OS contratos podem ter validade de dois anos, o que nao acontece caso for verificado, na renovagao, um aumento acima dos pregos de mercado. Neste ano todas as apolices estao eoncentradas na AGE Brasil e representam um premio de R$ 400 mil para coberturas de cerca de RS 125 milhoes. Ja o seguro de vida dos funcionarios e feito atraves da Fundagao Sercomtel, como forma de eonseguir melhores pre gos no mercado segurador.

Para Jussara, o programa de gerenciamento de risco que esta em curso trara grande vantagera ao pro cesso de contratagao de seguros. Ela acredita que, debelados os focos de nscos,serao criadas as condigoes neeessarias para afonnulagao de editais de concorrencia mais precisos,refletindo em economia para a empresa. E para as seguradoras tambem ser^ vantajoso, pois estaremos tendo uma taxa de risco menor do que temos hoje",conclui. ^

CONSUMIDOR
!
ISercomtel Telecomunlca^dcs,em Londrina, unIca operacora pdblica do Pals, garante eficiencia nos seus servigos com o programa de gerenciamento de risco: correciio de fatores que um dla virarlam sinlstro
40 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 QUTUBRO • NOVEMBRO • DEZEMBRO 2003 REVISTA DE SEGUROS 41

Mercadocresce22,86%de | Os 31 anos da AJUFE janeiro a outubro de 2003

Fenaseg participa de encontro de juizes no momento de discussao da Reforma do Judicidrio

Aatividadedeseguros registrou urn cumento de 22J6% em rela^do go mesmo periodo de 2002, de 16,62% em capitoliza^do e de 32,09% em previdencia oberta

0 saldo das provisoes tecnicas do mercado segurador alcangou o valor de R$ 61,9 bilhoes, registrando um crescimento de 37,3% em relagao ao mesmo peri odo do ano passado, devendo ser destacado o cresci mento das provisoes tecnicas do segmento de seguro, em 57,8%, face o desempenho da carteira do seguro de vida, com enfase nos produtos em regime de capitalizagao, do segmento de previdencia em 32,0% e da capitalizagao em 17,4%. A

0 desempenho individualdas segmentos deseguro, previdencia compiementaraberta e capitaiizaqao esta disponivei nositeda Fenaseg www.fenaseg.org.br.

PREIVIIO DE SEGUROS (JAN/OUT DE 2003)

A Fenaseg compareceu ao XX Encontro Nacional dos Juizes Federais do Brasil realizado nos dias 26 a 29 de novembro em Florianopolis. Comemorava-se durante o evento os 31 anos de criagao da Ajufe - Associagao dos Juizes Federais do Brasil, que a todos abriga e representa.

OUTUBRO 2002/2003)

JiZHT

CompSem ainda a Ajufe como associados voluntaries, como de resto todos os outros, ministros do Supremo Tribunal Federal e minis tros do Superior Tribunal de Justiga. Importa reconhecer na Ajufe o espago privilegiado da discus sao de alguns temas contidos na denominagao generica de "Refor ma do Judiciario", tema provavel da pauta do Congresso Nacional em 2004.

E notavel sen papel organizador nesse processo. Dele dao testemunho a cobertura que a imprensa dispensa as suas agoes bem como as publicagoes que edita. Para alem dos foros academicos, e na Ajufe que se trava a batalha pela desejada convergencia entre OS dois grandes principles basicos do fazer Justiga: a seguranga e a efetividade.

E em nome do adensamento

da efetividade, o principio que quer a Justiga que nao falha porque nao tarda, que os juizes comegam a assumir, a partir das possibilidades da Constituigao ja reguladas per lei, o risco de fazer uma Justiga que falha, exatamente porque nao tarda. Ou seja, comega-se a limitar a aplicagao do principio da seguranga. Deeisoes que produzem justiga de maneira efetiva nao convivem com a lentidao, a morosidade mesmo, caracteristica da prestagao jurisdicional segura entre nos.

As fases classicas do processo - o conhecimento e a execugao -

=enaseg

Nacion-a! das En >rivados e dc Ct

passam a se confundir pela pratica generalizada das antecipagoes de tutela. £ como se a blindagem protetora da seguranga que se busca durante o conhecimento exauriente fosse quebrada pela invasao das liminares executorias, conducentes da efetividade almejada.

Quase como decorrencia as vias recursais serao encurtadas e revistas as competencias de suas instancias.

Na compatibilizagao, dificil mas necessaria, dos principios apenais aparentemente contraditorios, da seguranga e da efetivi dade, vai se construindo um novo direito processual. A formagao de regras processuais de novo tipo e de fundamental importancia para quem, como os seguradores, continuarao a expressar suas obrigagoes por contratos, formais ou nao, classicos ou apenas de adesao, mas sempre sujeitos, em principio, a eventual crivo jurisdicional.

Convem participar desses de bates. A aproximagao com a Aju fe certamente facilitara o cumprimento, neste mundo em transformagao e o Direito com ele, de mais essa tarefa de ajustamento a realidades novas. ▲

'T'• A ESTATISTICAS ■i}. LEIS E NORMAS
ACIDENTES PESSOAIS INCENDIO 7% RISCOS DIVERSOS 1 HABITACIONAL 2% TRANSPORTE 2% DEMAIS RAMOS 7% DPVAT 4% SAUDE AUTO 24% VIDA 30% ARRECADA^AO (JANEIRO A OUTUBRO
PROVISOES TECNICAS (COIVIPARATIVO
35,000,000 30,000,000 25,000,000 20,000,000 15,000,000 10,000,000 5,000,000 0 R$Mil HJan-Out 2002 ■ Jan-Out 2003 li rp o rn o ILD Tjeg 0 2 lo S 1 W o £» § i cvj r- CO
2002/2003)
SEGUROS' CAPnALIZAQAO^ PREV. ABERTA^ 35,000,000 Outubro 2002 Outubro 2003 30,000,000 25,000,000 20,000,000 15,000,000 10,000,000 5,000,000 SEGUROS CAPITALIZAQAG PREV. ABERTA 1) PrimiodeSeguros = PremioEmitido + CosseguroAceito - Cosseguro Cedido - Canceiamento - Restituiqao ■ Descontos 42 REVISTA DE SEGUROS 2) Receita com TltulosdeCapitaiizaqao 3) Contribuiqdes PrevidencHrias
OUTUBRO • NOVEYBRO • DEZEMBRO 2003
Fonte: SUSEP e ANS JOSE ARNALDO ROSSI *
OUTUBRO • NOVEMBRO DEZEMBRO 2003
A Gloria Faria, assessora juridica da Fenaseg, e o presldente da Ajufe, Paulo Sergio Domingues: entidade que reune juizes federals, Gomemora 31 anos e discute a Reforma do Judiciario
REVISTA DE SEGUROS 43
♦Consultor da Fenaseg

PROJETO CENTENARIO

A AGF Brasil Seguros,subsidiaria brasileira do Grupo AUianz,aproveita sua participaQao no I Forum Europeu para antecipar irrformagoes do Projeto Centendrio. Composto por diversas agoes, a companhia esta destiAGF Seguros nando mais de R$ 10 milhoes para o projeto. Tres camP^'^^®®®P6cfficasjaestaodefinidas para o proximo ano: ^Campanha Safari dePremies—Uma campanha de incentivo aos corretores, com o premio uma viagem para a Africa do Sul e hospedagem no unico hotel seis estrelas do mundo,o The Palace ofThe Lost City.

► Campanhapubiicitdria-Varias pegas de divulgagao ja estao sendo desenvolvidas

► Eventos- A AGFja esta trabalhando nas diversas festas em comemoragao do centenario, que acontecerao nas prineipais cidades brasileiras.

TECNOLOGIA

Amaistradicionalempresadetecnologiaparaseguros,aDelphos,quecompletou 36anos,emmaio,promoveumareformulagaocompleta,incrementaseusnegociosedesenvolveumprodutonovo,deconcepgaoarrojada, quedeveraprovocarumaverdadeirarevolugaonomercado.Trata-sedo/4u7bta/,ferramentaquecoordenadiversasatividadesnummesmoprocessoderacionalizagaoeotimizagao,queestasendooferecidaasseguradoras.0que maissedestacanoprodutoeapartetecnica,aliadaaobomresuitadofinanceiro."ADelphos talvezsejaaempresaquemaisdesenvolveuprocessesdeterceirizagaoparaasseguradoras", orgulha-seopresidenteJoseAmericoPeondeSa,umadascabegasmaiscoroadasdosetor.

PARA ELAS

APortoSeguroSegurosiangou umdosmaiscompletospianos desegurodevida voltadoas necessidadesdas mulheres.

0PortoSeguro VidaMais Mulheroierecevantagens exclusivas relacionadasa um dos maiores riscosasaudeda mulher: 0cancer.Casoseja diagnosticadoqualquertipode ; cancer, exceto0de pele, 0 segurogaranteumaindenizagao de50%detodoocapital segurado,valorquepodeser utilizadodaformaqueacliente acharmaisadequado.0piano tambemofereceapossibilidade deobterumasegundaopiniao medica.apartirdo encam nhamentodosexamesa algunsdosmaisrenomados especialistasdaareanoBrasil.

SEGURO CLASSE A

A Tokio Marine Seguradora e a DaimlerChrysler Coiretora de Seguros criaram o Mercedes Seguros Classe A, um seguro feito sob medida para os proprietarios deste modelo. Em caso de sinistros com perda total, o seguro disponibiliza uma verba para cobertura de despesas emergenciais de ate R$ 825,00. Alem disso, se este tipo de sinistro ocorrerdentro de um prazo de seis meses, o segurado recebe o valor correspondente ao veiculo zero quilometro, de acordo com a tabela da Fipe. Em caso de sinistro,nao necessariamente com perda total, o cliente do Mercedes Seguros Classe A tem a sua disposigao um carro reserva sem custos adicionais. Servigos de assistencia 24 bo ras, guincho e meio de transporte alternative sao mais algumas das vantagens oferecidas.

UNU NOVA ERA PARA 0

SEGURO NA ECONOMIA

A Associagao Internacional para o Estudo do Mercado de Seguros no Contexto Economico ou, mais resumidamente, Associagao de Genebra, e uma extraordinaiia organizagao internacional, formada por no maximo 80 grandes executives das prin eipais companhias de seguro do mundo. Seu principal objetivo e pesquisara importancia crescente das atividades do mercado de seguros em todos os setores da economia, identificando ten dencias e aspectos estrategicos que influenciam o mercado de seguros, ou nos quais o seguro tem papel fundamental. Paralelamente, a Associagao de Genebra desenvolve e estimula iniciativas para a evolugao - em termos economicos e culturais - do gerenciamento de risco e previsao de incertezas na economia moderna.

A entidade atua ainda como um forum para os mais altos executives do mercado de seguros. Um espago no qual e possivel trocar ideias e discutir questoes estrategicas. A AssociagSo e tambem catalisadora de desenvolvimentoem umcenariode mudangas semprecedentes, como o da industria do seguro, buscando definir o verdadeiro papel da atividade na evolugao da econo -lia moderna.

AAssociagao de Genebrafoi fundada por iniciativa de um comite formado em Paris, em 22 setembro de 1971, e cujaAssembleia Constituinte, reunida em 27 de fevereiro de 1973 na mesma cidade,ocupou avizinhanga do La Paternelle (hoje, pertencente aoGrupoAXA).

0 primeiro documento destinado aos membros daAssociagaofoi emitido por seu presidente, Raymond Barre, em 1974, definindo claramente sens objetivos, que eram: AAssociagaodeGenebrafoifundadaparaofeecer conliibuigao genuina ao progresso do seguro, atraves de estudos objetivos sobreainterdependencia entie o ambiente economico e a atividade do seguro, assumindo que:

- Para atingir seu objetivo, a Associagao de Genebia deve reforgar o papel do seguro na economia e na sociedade moderna. Em um cenario no qual a demanda per seguranga vein aumentando progressivan.ente, 6 do interesse de todos promover a uniao para enfrentamento dos riscos gerados por um mundo em constante mudanga.

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44 REVISTA DE SEGUROS
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2003
PATRICK M. LIEDTKE*

0 design da logomarca desenvolvida para a Associagao da Genebra reforga sua prioridade em manter o foco em duas principais areas; a microeconomica,na qual o mercado de seguros busca gerenciar o risco de clientes dos mais variados setores, e a macroecononomica, que lida com as incertezas da economia global. Em sens 30 anos de atuagao, a Associagao de Genebra tem esses como sens objetivos principais, estabelecendo uma interface entre as duas areas atraves de varies tipos de atividades de pesquisa.

Atualmente, a Associagao possui 80 membros (sen limite maximo), em o continentes, 10 funcionarios em Genebra e cerca de 12 colaboradores regulares de pes quisa per todo o mundo. Alem disso, a Associagao reune 300 a 400 especialistas de diversas areas ligadas ao seguro e gerenciamento de risco, e administra mais de 10 mil contatos em todo o mundo em diversas parcerias per ela criadas.

UMA VISAO GERAL SOBRE 30 ANOS DE ATlVfDADES

A descrigao das atividades abaixo, realizadas pela Associagao de Genebra em seus 30 anos de existencia, sao o melhor exemplo da extraordinaria energia de seus membros. De 1973 a 2003, a Associagao:

- Organizou 2.340 entrevistas de pelo menos 1 bora de duragao sobre seus varios estudos com: industrias e companhias de seguros, universidades e centros de pes quisa, instituigoes financeiras e organizagoes de ge renciamento de risco.

- Promoveu 232 encontros (seminarios, conferencias etc) para um total de 9 mil participantes e 330 uni versidades contatadas.

-Publicou 137 artigos na imprensa de Genebra.

-Editou 265"Etudes & Dossiers",criando uma serie de impresses.

- Emitiu 560 publicagoes de variados tipos.

-Esteve diretamente envolvida na publicagao de 38 livros.

- Forneceu informagao a mais de 10 mil pessoas sobre economia e seguros.

- Concedeu ou negociou pesquisas com 189 pes soas e entregou 21 premios Ernst Meyers.

- Promoveu 585 paleslras proferidas em nome da Associagao (por seus Presidentes, Secretarios Gerais e Lideres dos Programas de Pesquisa).

Organizou uma biblioteca especializada em ris

co, incertezas na economia e mercado de seguros.

— Criou o site www.GenevaA5sociation.org,centro de informagSes na internet sobre todas as atividades da As sociagao.

- Criou o site www.HuebnerGeneva.org,receptor de informagoes para pesquisadores e academicos do mer cado de seguros.

DIRE^AO DO FUTURO

A Associagao de Genebra obteve grande desenvolvimento durante os quatro anos de presidencia de Walter Kielholz(1999-2003),que ate recentemente foi CEO da Swiss Re e hoje preside a Credit Suisse. Durante a gestao de Kielholz, a composigao de membros da As sociagao foi fortalecida fora da Europa,sua base historica. Sob comando de Patrick M. Liedtke, Secretario Geral desde 2001, a organizagao intema e os mecanismos de pesquisa foram desenvolvidos ao extremo e adaptados a demanda recebida por uma organizagao global a caminho do seculo 21.

EG QUE ESl/iPORVIR?

A Associagao continua firme na sua diretriz para o futuro. Os sistemas de pesquisa serao cada vez mais apurados e ajustados as mais recentes demandas de um mundo em velocidade de desenvolvimento jamais vista, no qual o seguro assume posigao central. Os esforgos para ampliar a comunicagao entre as interfaces tambem serao continuados, assim como 0 acompanhamento do trabalho de pesquisa caminhara lado a lado com o mundo empresarial e a sociedade. A Associagao de Genebra acompanhara a extraordinaria viagem do mercado de seguros ao futuro atraves da pesquisa,abertura de novos horizontes, discussao do papel do geren ciamento de risco eficiente e solugoes de seguros(incluindo suas limitagoes!), unindo pesquisadores de areas diferentes,academicos e profissionais de seguros.E continuard a auxiliar e estimular outras organizagoes do genero e mantera tambem sua ampla produgao de livros, estudos, artigos e demais publicagoes impressas e eletronicas. A gestao de seu novo Presidente, Henri de Castries, CEO do Grupo AXA,contemplara todos esses aspectos, sempre, como de costume, em parceria com outras organizagoes de prestigio como a FENASEG e os membros brasileiros da propria Associagao.

lavagsm dedinhelro

Oduvaldo Donnini

Editora Metodo,2002

229 paginas

Os autores ressaltam a importancia do direito de informar e do ser informado, dando enfase a liberdade de expressao e manifestagao de pensamento e a liberdade de imprensa.Salientam,ainda,a questao da responsabilidade civil do jomalista e da imprensa por veiculagao de informagao falsa, por ofensa a honra, a imagem-retrato ou imagem-atributo de alguem, que geram indenizagao por dano moral e patrimonial.

LAVAGEM DE DINHEIRO; A TIPICIDADE DO CRIME ANTECEDENTE

AntonioSergioA.de Moraes Pitombo

Editora RevistadosTribunais 2003

213 paginas

Apresentaanovalegislagaocomenfaseparareparagao da seguranga e a certezajuridica do sistema. Na lei brasileira destacam-se tres pontos relevantes: a) o tipo da lavagem ou ocultagaode bens; b) assenta-se aindependencia da apreciagao judicial do crime de lavagem; c) prop6e-se que a possibilidade de crimes de "lavagem dedinheiro"dedenunciasejainstituidaapenascomindicios suficientes da existencia do crime antecedente.

GUIAVALOR ECONOMICO DE SEGUROS: PESSOARSICAE BENS

Janes Rocha

EditoraGlobe, 2003

198 paginas

Guia pratico e objetivo que auxilia 0 consumidor a entender o assunto. Apresenta uma linguagem bastante acessivel pra quem visa entender os conceitos e tipos de seguros existentes. E uma excelente leitura que proporciona visao geral do tema.

0 VALOR DA REPARAQAO MORAL MIrnaCianci

EditoraSaraiva, 2003

313 paginas

A finalidade do estudo e definir o valor do dano moral baseadonaexperienciajurisdicionalenoscriteriosdoutrinarios. 0 trabalho aqui desenvolvido efintodaanaUse de mais de40obrasdoutrinaiiasedeaproximadamenteduasmildecisoesjudiciaisproferidasjjeloSupremoTribunaldeJustiga. .org.br

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Geral e Diretor de Gerer^ciamento da Associaqao de Genebra.
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Antonio Sergio A. deMoraesPitombo
t OUTUBRO NOVEMBRO -OEZEMBRO 2003 REVISTA DE SEGUROS 4<i

Jornolista e especialisfa em Seguros e Previdencia

A

var vantagem. E essa percepgao equivocada acaba tendo reflexos in clusive nojudiciario, que invariavelmentejulgacontraas companhias de seguros, mais porpreconceitodo que por respeito ao texto da lei.

Conseguro

e o setor

Entre as frases fantasticas criadas pelo folclore esportivo nacional, poucas se comparam a preciosidade que diz que "uma coisa 6 uma coisa e outra coisa e outra coisa". No entanto, ela serve como uma luva peira retratar a realidade da atividade seguradora nacional. Em verdade, nenhuma outra atividade economica brasileira consegue passar uma imagem tao diferente de si mesma comoo setorde seguros.

So por isso a realizagao da Consegurojdseriaimportante. Poder discutir e tentar entender as razoes que levam a atividade a se comunicar mal e um passo para mudar esse quadroquefazcomqueasseguradoras sejam colocadas entre as empresas menos confiaveisdopais,deacordocomumapesquisadeopiniaoapresentada recentemente.

As seguradoras pagam mais de 99% dos seus sinistros sem qualquer problema e no entanto apopulagaonao sabe disso, ou melhor, acha que nao, ded a desconfianga apontadapelapes

quisa. Ora, se elas cumprem suaparte no contrato, por que a imensa maioriadopovo brasileiro acha que nao?

A resposta nao e simples e exige uma retrospectiva do desenvolvimento do seguro no Brasil, ao longo de varias decadas, quando a atividade ainda nao tinha alcangado o grau de maturidade atual e quando realmente era comum termos funcionarios imaginando que eram policiais e os segurados terriveis bandidos, permanentemente dispostos a dar um golpe em cima da seguradora.

Faz tempo que esta situagao mudou, como mudou o perfil do risco nacional. Por muito tempo, os riscos empresariais foram os mais importantes. Depois esse quadro se alterou dramaticameiite, com os seguros individuais sendo os principais respons^veis pelo crescimento da atividade ao longo dos anos 90.

Todavia, apercepgaopopular6 de que seguro continuasendo um negocio onde so as seguradoras pretendem le-

A Segunda Conseguro teve o merito de discutir com franqueza estas questoes. Para tanto foram convidadas inclusive pessoas de outros setores para serem palestrantes ou debatedores e discutirem com os profissionais da area o que acontece, como acontece e o que pode serfeito para dar mais transparencia a um negocio que e inteiramente baseado napromessa lutura de fazer alguma coi sa escrita num pedago de papel.

Os resultadosja surgiram durante o proprio evento, mas ainda vao se prolongar durante varios meses, num salutar - ainda que incomodo-questionamentopessoal de cada um dos participantes do congresso, que tiveram a oportunidade de discutir ou de escutar as discussoes sobre os temas mais urgentes e mais sensiveis para uma atividade que emprega milhares de pessoas, que incrementa o desenvolvimentodepequenas empresas, que aumentaarendafamiliare que principalmente protege o patrimoniodos segurados, ou seja, parte do patrimonio da nagao, garantindo ao Pais a poupanga interna necessaria a que pequenos empreendedores nao percam tudo, em fungaodeumsinistroqueIhes cau se prejuizos de monta.

Dois seculos

G R A F I C A

Desde 1795, a American BankNote Corporation vem escrevendo uma historia de sucesso consagrando-se como uma empresa de qualidade, seguranga, tecnoiogia e integridade Mais do cue issn uma empresa que se consolidou no penodo da chamada Construgao da America oarticioandr ativamente da evolugao economica daquele pals. ' mq'/uc

0 grupo acumulou uma vasta experiencia em seguranga documental, atuando nos sedmentns grafico, de identificagao, certificagao digital e prestagao de servigos, oferecendo solucoes seus clientes: Nesses 200 anos, a American BankNote Corporation criou competencia e e£el/nria nn

AmevicO'n BankNote

0 relacionamento da American BankNote com o Brasil vem desde 1B^7 nn^r,ri^ encarregada de imprlmir o papel-moeda do Imperlo. Uma relagao que vem se mantendn seculo e melo, dentro da mais absoluta confianga e credibllldade. mantendo, em quase ur

A vinda para o Brasil, em 1993, e fruto de urna estrategia de expansao do grupo qua esrnlhen mmr-"- —*1 conqulstarnovolmer'cados ur^nass\ ousado para uma corporagao que durante 192 anos centrou tu atividades nos^ Estados Unldos. A American BankNotl To Brasf con inuidade a estrategia de expansao implementada peSholdIZ realizando novas aquisigoes e parcerias. A/esses dez anos a eTSe! diversificou sua linha de produtos e servigos, tornandose fjder nn. segmentos de impresses de seguranga, identificagao e candT Combinando diversificagao e afinidades de produtos e servimc a empresa criou um concelto de solugao personaliTT Tn representantes em praticamente todos os TtTT brSiJrT. a American BankNote dispoe de postos avanTdnV cS tecnoiogia eletrdnica de digitalizagao e personalizagao.

segumTaTTSj'TTT''^''^

^ exper/enc/a em impressos a oitaaa para a protegao de documentos ou servigor,

Parque industrial

A American BankNote dispde do maiorparque grafico de seeuranra da America Latina, absorvendo um corpo de 2000 funcSios distribuidos por tres modernas unldades fabris e 24 siteTde pnn localizados em 11 unidades da Federagao. ®

No Rio de Janeiro, alem da matriz, estao instaladas as fabricas de documentos de seguranga e cartoes telefdnicos, e ainda o Ste Centml de Captura e Personalizagao Eletrdnica de Dados e Imogens Em Sao Paulo, emumamoderna unidadefabril, construidaespecllcarnemeSra a sua atividade-fim, estao a grafica geral, a impressao eletrdnica o cartao inteligente (smart card) e o Bureau de Personalizaran Fm

Erechim, no Rio Grande do Sul, funciona a maiorplanta fabril decartdTs

Plasticos da America Latina, homologada pelas ouatm nTJT fandeiraB-Visa.Amax MasterCardecremcarT%r^fJ;i,STA

produzir 100 milhoes de cartoes por ano. Fav,iuaue para Matriz e Fabrics Rio Rua Peter Lund, 146 Sao Cristovao

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Tel.: (21) 2585-9118

Fax; (21) 2580-3096

CEP 06428-000

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46 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO NOVEHABRO • DEZEMBRO 2003
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Fonte: Relatorio de Certifica^ao CESVI
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