T1760 - Revista de Seguros - jan/fev de 1989_1989

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IA<]'=^vzit^iyA fa ANO 70• N? 783• JAN/FEV 89 Verao de 89: pao, amor e esperan^a T, f;: fi-'^-w 1T>!^ , , ,_, :'«■ lyA.-vfriiiii.iwWiii.i f''VtnifWr.'.'' ■'■' i-!'' ''■ .4i,.

S^EBRADESCO PLANO EMPRESA. A

Fa^a como investimento.

Urn investimento seguro e sem riscos. Ali^, contra grandes riscos. Quern garante a saude dos sous empregados e respectivos dependentes sabe que seguranga se traduz em maior motivagao e melhor desempenho profissional.

Fagapor pura visao progressista, sem demagogia.

A modernaadministragao se preocupa em reduzir e manter baixo o"turn-over" E sabido que esse"over"nao da lucro. Melhor e aplicar no Saude BradescoPiano Empresa. Ou seja, na manutengao da forga de trabalho. Em gente que vai comegar a faltar menos,

E,^^"~^edera9ao Nacional

das Seguros Privados e de •"'aliza^ao

6rgao de Divulga^ao da Fenaseg

INDICE

e, consequentemenl?' aumentar a produti^^ udud.iiivesur eiii »>•, • ri

c -

auillCllldJ ap/UULi"- VTo^uiz Claudio Garcia de da^.Investirem«

al humane so dendosparaa

FinalmentajfagalC

uma boa razao soci^' Bradesco Seguf^s^

A maior seguradof^ da America LatinaA unica que pode oferecer um plano especialmente quado as necessida ^ da sua empresa, cO' ' coberturas tanto p^' consultas, comoP^^ exames, internagd^'fisioterapia, com P^ sibilidade de livfe escolha de medic^^ e hospitals.

$mm BRAOEM

SEHZERUM ..PORRWOR naobvcapor fWERNAUSMQ

Procureseu Correto

■'''fito r "^teiro; Nilton Alberto Antonio Ju.irez

.''"ni f Eduardo Baptista ngos. Delio Pedro Pereira de A "^So'JzaTeixeiraCos- f "f; r. '^"tonio Sampaio Moreira ^trl,,^o^elho Fiscal - Efetivos: i Sainc-iMarcin, GuiRamos Filho, Jose "^JorL j Ruy Pereira da 8® da SiUa Pinto. tii'-'rn ®®P"nsavel; Sergio Augusto

Cf, Ev Alberto Lopes Vas Boas-Correa, 5ot,r ?' Alberto Lopes, An- ij t S Alb W'-'idotica, Luiz MenJomar Pereira 8a Savary, Marcio V. RontQ j*^Stl; A Cunha,, Isabella ArCk ^ititfa Lucia S.inta Cruz, han'r Cesar Gomes, Thome, Isabel

ftl %3i LJantas, 74/12,° andar Rio de Janeiro — RJ ^-0046/210.1204 Telex BR.

It t • ^Assessoria Ltda. Oantas, 71/404 c 406

BALANgO 88

Entre as perdas e os ganhos 10

ENTREVISTA

Susep - a resistencia nas crises

A boa performance do IRB 29

RUMOS

Promessas da primavera 37

POSSE

Mais objetividade 37 das comlssoes tecnicas

ELEigOES

Nova diretoria da Fenaseg 38

liV^'ivpf^K Antonio Carlos T. da t^unes 'Ita "Son I (.V"v,j^duardo Barr e Everaldo '^'cardo Brasii, Gilberto 3^^'^''"'"JidoraFernando ^'iniQ^^'^'^dossaoderesponsabiC'xclusiva de seus auto-

^1 ^"luuior Dali Oho SlTehi

SEGUROS

Augusro Ribeiro, Conij.^ f^'idcnte: Alberto Oswaido 2-° Vicetfetin Pizzato; 1." Se- Santos bias; 2.° Silveira Saraiva; 1.°
deSeguros.
r
tiD
SECOES ABERTURA 4 BASTIDORES 5 RESPONSABILIDADE CIVIL 6 PERSPECTIVA ECONOMICA 8 COMUNICAgAO E MARKETING 9 CULTURA E E LAZER 39 ATUALIDADES 42 CONTOS DE REIS 44 INTERNACIONAL 46
Retrospecfiva e Rumos Ruhens dos Son/os Dia.
L
!' Sdlvoclor Doli Maria Anioiiieta e Luiz XVI

Consulta de opiniao

Com este niimero, a Revista de Seguros completa quatro anos de sua nova existencia, a partir, bem entendido,do moraento em que passou a ser editada-pela FenasegNNa verdade, num contexto raais amplo, bem mais provecca e a sua idade, posto que surgiu em julho de 1920, no raiar, portanto, dos rrepidantes anos 20, os roaring twenties de que Fitzgerald foi o cronista maior,e que, entre nos, J. Carlos retratou com o seu tra?o inconfundi'vel. Tempos nervosos,agitados, aqueles em que a humanidade, recem-sai'da de urn conflito de propor^oes mundiais,parecia so pensar em ir a forra dos anos de sofrimenco e privafoes. Vivia-se intensa e perigosamente, com o que grandes e variados eram os riscos, para a gloria e gaudio das seguradoras americanas. Isto no primeiro mundo, porque aqui as coisas eram mais devagar, sobretudo para a incipieme industria de seguros, ainda na infancia da arte. Pois foi justamence nessa epoca que a Revista de Seguros — que daqui a pouco estara comemorando setenta anos de circula^ao ininterrupta—veiodaro seu recado. Feito nada desprezlvel para uma publicagao que se propos corajosamente a "tratar unicamente de todas as questoes relarivas a industria de seguros no Brasil e de quaesquer assumptos economicos e financeiros ou juridicos que digam respeito a mesma industria" — profissao de fe estampada no frontispkio de sua primeira edi^ao. A sua atua^ao exemplar, malgrado os percalgos de uma atividade pioneira — como nos d^ conta os pitorescos relates da sempre atual Contos de Reis — e uma fonte de permanence inspiragao para todos nos.

Mas, neste ano de bicentenario da Revolu^ao Francesa (veja maceria na pagina 46),estanao epropriamente a nossa hist6na. A nossa, isto e, a da

^aticas dos dois turnos

"as-Boas Correa

^ rizola ja era susto bastante conservadores; Brilos dose para arrepiarcabeo estomago e provocar o coletivo, jogando a maioj^_1trista nas funduras do panico.

P^dpices alarmistas %jj ° segundo turno da sucesnum mano a mano e Lula, os dois classifimilagre a esquerda no a 15 de novembro. com o andor. Antes de botar a cuca para Ncq ® parar para pensar um . c a novidade da eleigao com exigencia de maio-

P°dendo e ate devendo

nova Revista de Seguros, bem mais curta e por certo menos grandiloquente, pode, contudo, tarabem ser contada com orguiho. Num periodo marcado por tantos traumas — da morte de Tancredo e da ilusoria euforia do Piano Cruzado a desesperanga e ansiedade dos dias de hoje a despeito de tudo e pour cause, notaveis mudan^as ocorreram no mercado de seguros,testemunhando sua vitalidade. Durante esses quatro anos de instabilidade economica e de crises sucessivas, a.Revista de Seguros, depois de passar por uma completa reformulagao editorial e grafica,conseguiu sobreviver e firmar sua posi5ao. Entretanto, para acompanhar os novos tempos de expansao do mercado e de aperfei^oamento de suas tecnicas de comunicacao, e necessario que o orgao de divulga^ao da Fenaseg retome sua periodicidade mensal e aumente expressivamente sua tiragem. Para tanto, e imprescindlvel contar com o apoio araplo e irrestrito das seguradoras, cuja entidade maxima passa a ter agora uma diretoria de maior representatividade. Apoio, temos plena consciencia, que so e possivel conquistar atraves

dato esquerdista na sucessao do presidenteJose Sarney, Que esta muito proxima, a vista nacurva de meados de novembro.

Engoli'da a paura, feitas as contas, tabelados os numeros, estabelecidas as porcentagens, constata-se que a esquerda ganhou com um pouco menos de 20% dos votos nacionais, avaliados pelas legendas —unico cnterio possivel de aferi?ao.

O centro carpiu derfota com mais de 80% da vota?ao.

de ura melhor conhecimento^^ pensam e querem os iideres ^ It cado em termos de informal vulgagao da instituigao do Que se entenda, sem precof^^^J que zRevistadeSeguros condifoes para crescer quantitativamente e acing'C publicos — como ja faz em P escala — para alem das mercado, conferindo-lhe

cm dois turnos.

O que houve? Apenas que o eleicorado dividiu-se, pulverizou-se e, na reta da chegada, com odio na al ma, definiu-se por candidaturas com propostas mais radicais, mais antigoverno.

murro em faca de ponta. Investir e Insistir era candidato rejeitado e receita de suicidio.

Um mes antes da eleigao, pelas alturas da metade de outubro, o povo apontara os candidates com nuida viabilidade, remetendo o restante para o lixo.

Eniao sera a hora da op^ao. O eleitor sera muito atraldo a definir o veto pela avaliagao do desempenho dos candidates no radio e televisao, especialmente nos programas de pro paganda eleitoral do TRE ou pela identifica?ao ideologica.

IVel ''1, ate 're.

^^'''Pminadopeloexitodo

'mprovavel — nunca im9ue um fenomeno eleito^9^i impressentido, estoure ou mais aspirantes insPrimeiro turno e caia no li '^a para chegar a elei?ao da metade dos votos, em branco e nulos. 'Ids f. ''car com a hipotese . -j . j infoC'^'jl '°S'ca e a li?ao das ulti- gencia e a capacidade de m' jif, V 'Ci^og. p, . ? - 1 . • ^ de ■rtfi f'Por, , ^ra, em 86, com o go- formar opiniao, objetivo P V >lua. m f( q.. ch</i , ,.Sadrf

veiculo de comunicagao o Pmtmj j„.. instancia PMDB deu um passeio O correto ./iO } do questionario que encontfrevista e um passo decisivC^^^,;f'/

Portanto, o que "esta pintando e que a esquerda, com duas candidatu ras, se engalfinhara em briga de morte pela classificagao do engenheiro Leonel de Moura Brizola ou do deputado e lider sindical Luis Inacio Lula da Siiva. Pelo risco do mapa de 88, luta por 20%.

Da banda majoritaria, em desordem, procura-se o candidato viavel, e que todos sabem que nao e mais o doutor Ulysses Guimaraes.

O criterio que prevalecer definira OS flnalistas. O confronto ideologico nao e coisacerta, decretadopelafatalidade do crescimento da esquerda. Nunca se deve colocar de lado a possibilidade do centro recuperar-se nos balances da campanha e classiflcar dois de seus representantes. Campa nha cria e destroi candidaturas. Num piscar de olhos. Por uma palavra azarada ou pela fortuna de resposta na mosca.

De qualquer jeito, o centro tera seu candidato — por direito de matricula ou por escoiha entre os possiveis — e a esquerda tambem, pelos mesmos caminhos.

onacosuculentodafatia 'I ® ora. A esquerda amargou 'eia.

0p'p^^rebanhando com os alia^=1 sentido, de vez que ptopo'"'-'dad''

Nao ha favorite. A iista e longa, junta mais de dez nomes, por enquanto.

senciais para fazermos desta/Oj ^"^ladade 88, na uminstrumentodesuporteefcj^/! t»,.: Qq,,. com perfil nacio-

oportunidade.

numa pnmeira etapa, os ctno em baixa Sarney im- engrandecimento do mercad^' r, sid^Vi f Pcvo com raiva, curtmdo ji'? j-i s^„ ifi guros. Para alcan^ar esse desi "'It, rustra^ c - .r, % ->ao, votou nas pro•rtf'i radicals. A esquerda, naqueremos ouvir as cnticas toes de nossos leitores, nun- mm m,, r\" suirainadiSvel. No seupropri" il 1, Erundma e Ollv.o resse e no da comuoidade col^'J """f todo, saibam .irar proveiw '' 'i 'X, <1° " em grandes mu'["I '^^^oitados, recebidos com o um murro nas fugas, a-iT ^ViK o medo da eleicao de candi-

A afli?ao das lideran^as moderadas — poUticas, empresariais — busca candidates com a ianterna da urgencia ansiosa.

Pois e desperdicio de tempo, de nervos e taivez de dinheiro. Em ter mos: sempre ajuda ajudar um candi dato com presumiveis qualidades.

O que, porem, parece inevitavel e que o candidato centrista emergira da primeira fase da campanha. Ele sera identificado pelo Ibope e pelas demais pesquisas confiavels das tendencias do eieitorado. Imitil dar

A final tera como componente certo o confronto ideologico. O que nao quer dizer que o eleitor embarque na canoa das liderangas. Pode ser que sim. Mas tambem pode ser que o eleitor defina seu veto no segundo turno decisive comparando os flna listas nas atuagdes no radio e televi sao. Como o telespectador ou ouvinte que escolhe seu astro preferido pelo corte do cabelo, a postura, o sorriso, simpatia, a emposta?ao da •voz. Qualidades do artista, nao de presidente da Republica.

Mas, que se ha de fazer? Coisas da democracia. •

^jABERfiiJRA
id"
REVISTA DE ^ DE SEGUROS
O >V

O Piano Verao versao Congresso

Avotasao pelo Congresso das

medidas provisorias baixadas pelo governo raodificou signiflcativamente o desenho do Piano Verao. Como ja era esperado, o Congresso concedeu um abono modesto aos sal^ios para compensar parte da infla5ao de janeiro nao induida na URF, mas nao modificou o calculo dos salarios pela media dos ultimos doze meses. As modificagoes mais profundas foram a rejei?ao das medidas provisorias relacionadas com a privatizagao das empresas estatais e a extin?ao de ministerios, mostrando,destaforma,que tambem reluta em cortar gastos do governo. O sucesso ou o fracasso do Piano Verao dependem, no momento, basicamente da politica monetaria, pe^a-chave, pois um ajuste fiscal imediato, com cortes profundos nos gastos piiblicos, e pouco provavel.

Politica monetaria

e juros reals

O governo,noentanto,nao parece decidido a manter o relativo aperto monetario por um periodo de tempo mais longo,com receic de precipitar uma recessao. A expansao da base monetaria {emissao primaria de moeda) em janeiro situou-se em torno de 30%,na media dos saJdos diarios: o principal fator de expansao foram as operacoes de c^bio. O pequeno deficit de caixa do Tesouro Nacional, da ordem de NC2$ 84 milhoes, em janeiro, foi mais o resultado da 'maquiiagem' do or^amento do que corte real de despesas: o governo havia adiantado despesas para dezembro (o que ocasionou o estouro na base de 50%!)e adiou despesas atrasando o pagamento de fornecedores e mudando a data de pagamento do funcionalismo publlco. Portanto, o governo, ainda, nao fez o necessario ajuste fiscal.

Ha um sinal preocupante de gra-

!^-0 principal litigio entre os tra^sdorese o governo e a reposigao ^'nfla^ao do periodo de 1.° de de^"ibro a 20 de janeiro, quando os foram violentamente remarna expectativa de um congetnto imposto pelo governo. E lie Provavel que,com a amea^a sg geral, seja concedido um reajuste entre 8% a 10%, Pelo r alem do aprovado saijjj °"Sresso; a partir de abril, os P^sariam a ser negociados entre empresas e trabasornp ao governo fixar ^ o valor do salario minimo.

^®8uira uma trajetoria ^os salarios. A midides'"'* 0 anunciada no sera insuficiente, de janeiro, para ^^n^Petitivldade das exporfQ, '^ileiras: ao final de fevereideve promover uma ^ ^ 10%;duranteomesdeS'^verno adotaria reajustes

'^"'roidis' semanais de 3 Politica de minidesvaloriza-

?6es voltaria, em principio, a partir de abril.

Piano Outono?

Com a rejeigao da medida provisoria que privatizava algumas empre sas estatais, o governo perde uma fonte de recursos que reforgaria seu caixa(case fossem feitas todas as privatizagoes planejadas para 1989,isto representaria recursos da ordem de 2% do PIB). Portanto, uma vez que o governo reluta em cortar despesas ou dispensar funcionarios, sera muito dificil cumprir a meta de zerar o deficit publico em 1989. Na hipotese mais otimista(pouco provavel), o governo e o Congresso negociariam um ajuste fiscal em meados deste ano,o 'Piano Outono",que incluiria algum corte de despesa, cor tes em subsidies,e uma reforma tributaria, diminuindo-se aliquotas e cortando-se isengoes do IRPJ.

Finalmente, cabe observar que a inflagao brasileira e, no momento,

um fenomeno basicamente moneta rio, aliado a total falta de credibilidade das autoridades monetarias (observe-se a ausencia do Banco Central no prepare do Piano Verao).

Ela s6 pode ser sanada com uma mudanga radical na condugao da politica monetaria do pais, isto e,acriagao de um Banco Central autonomo do Congresso e do governo,cuja umca e exciusiva fungao seja estabilizar o va lor interno e extemo da moeda nacional. Para isso, o Banco Central deve estar Hvre para praticar a poli tica monetaria que for necessaria a estabilizagao dos pregos. Somente desta forma sera possivel impor disciplina aos gastos do governo e do Congresso e evitar a reprodugao de novos surtos inflacionarios no futu re, bem como a monotona repetigao de pianos heterodoxos para os controlar. •

O autor e engenheiro, doutor em Economia pela EPGE/FGV, pos-doutorado na London School of Economics e consuitor de empresas.

dual afrouxamento da politica monet^ia que ainda nao extravasou para outros ativos, como o ouro e o dolar, porque o piiblico esta ainda avaliando as intengoes do Banco Cen tral. Essa 'lua-de-mel' do Piano devera se estender ate o fim de fevereiro, quando, entao, ficaria clara ao publico a real natureza da politica monetaria.

A politica monetaria, no entanto, nao podera suportar toda a responsabilidade pelo sucesso do Piano Ve rao. Como OS ajustes nos gastos pubiicos, mesmo que venham a ser parcialmente implementados, jaestarao sendo formalizados tarde demais, a administracao dos juros entra em fase critica; nao podem ser baixados agora, mas tambem nao podem ser eievados para um patamar muito acima do ja observado, nem mesmo mantidos no nivel atual por muito tempo. Nas circunstSncias presentes, a dolariza?ao crescente da economia brasileira 6 praticamente Ine vitivel.

Pre^os, saldrios e cambio

A infla^ao de janeiro foi de

36,5%, medida pelo 35,5%, medidapelo INPCde pre?os, isto e, a infla?ao pelo IBGE entre 1.° de ^ ^ 20 de janeiro devera torno de 70%. O tabelame"^^ pouco efeito sobre a evoiu? pre?os daqui por diante. A

de fevereiro deve permanece tervalo de 0% a 5%,devido, palmente, a antecipagao doS tos de pregos pelas empresa^ P ^ primeira quinzena de forma de c^culo adotada O'.

(INPC medio apurado entfC 14.02 sobre o INPC m^dio entre 17.01 e 23.01), desta forma, o indice de fevereiro. A partir de margo, mensais de inflagao deverao p/ centes, devido ao gradual lamento do cambio e saldrios ^ J' de uma politica monetaria que ponha em cheque aume'^''' cessivos de pregos e saldrioS' ^1'

Com relagao aos salaries, desto reajuste concedido pel'' j. gresso para compensar a dife^ ^ entre a URFe oINPC de janeif*'^( devera ser suficiente para demandas por novos reajuste^ ^^

REVISTA DE SEC?^''^ i

Iguais

Sgi ^5^9' Quando abrir voce pode ter uma surpresa depsrad^el.

eases,so mesmo a intuigao para garandr aescolha certa. Sgjj outros nao. Ao optar pelo seguro General!, voce 8q nao esta levando um produto igual aos demais.Porque e^^^Gneralitem 150 anos de experiencia, uma presenga marmais de40 paises,oferece a melhor garantia a todos os alem de assistencia e consultoria tecnica em seguros.

Faca a escolha certa.

PERSPECTIVA ECONOMICA .// m
6
bat tiENEllAU GENERALI seguix)s

Bhopal, um exempio para RC

Recentemente,saiu a sentenfa

da Suprema Corte da fndia condenando a Union Carbide a depositar 470 mllhoes de dolares, a titulo de ressarcimento para as vitimas de Bhopal.

Para quem nao se lembra, em 12 de dezerabro de 1984, a cidade de Bhopal, locallzada na regiao central da India,entrou para a historia como paico da maior tragedia provocada por um acidente envolvendo produtos quimicos em todos os tempos. Em menos de dois dias, mais de 2 mil pessoas foram morras por asfixia, enquanto dos mais de 50 mil feridos, registrados logo apos a catastrofe, a metade estava cega, com as corneas corapletamente destruidas. Uma semana depois, as equipes de salvamento ainda encontravam pessoas vagando pelas ruas em busca de socorro.

O produto quimico que vazou de um dos tanques de a^o inoxidavel da Union Carbide era o isocianato de media, um agente terrivelmente toxico, utilizado na fabrica?ao de de fensives agrkolas. Em contaco com o oxigenio, ele se transforma em gas, reagindo tambem com violencia quando em presenga da agua. Os reservatorios da fabrica tinham armazenadas quantidades do produto capazes de destruir toda e qualquer vida na regiao de Bhopal. Mais de 25 mil toneladas escaparara, enquanto os sistemas de seguran^a emperravam, e os funcionarios da manuten?ao fugiam apavorados. Carregadas pelo vento, nuvens do gas converteram uma area de 40 km em torno da empresa numa enorme camara de extermmio,elirainando,alem dos seres humanos, animals selvagens e domesticos, incluindo-se rebanhos inteiros.

No final, 3.300 pessoas haviam perdido a vida, enquanto mais de 200 mil estavam com a sadde afetada.

MUNICACAd E MARKETING

IJina estrategia premiada

Jom ^'■Pereira da Siiva

Ao determinar o valor da indenizacao em 470 milhoes de dolares, o Supremo Tribunal Indiano colocou fim ao process© principal,que demorou mais de quatro anos, alem de encerrar uma serie de outros processes colaterais, inclusive por homicidio.

Este desastre,sem precedentes na historia da humanidade,e um exem pio claro de que para uma catastrofe ocorrer nao e necessario nenhum acidente nuclear ou uma grande explosao. Um furo pequeno num encanamento enferrujado e mais do que suficiente para causar estragos tao devastadores quanto a Aids.

No Brasil, em grande pane por culpa da crise cronica que nos assola, a qualidade da manuten^ao de instalagoes e equipamentos vem decaindo de modo assustador. A confirmatao disso sao os iniimeros incendios e explosoes noticiados quase todos os dias e que,ate poucos anos,estavam ausentes ou quase ausentes de nossos meios de comunica^ao.

Para que um acidente extremamente s^rio ocorra, nao e precise que o seu causador seja uma fabrica de grande porte,como a Union Car bide. Pelo contrario, € ate mais facil um sinistro ocorrer numa empresa menor,per ela nao ter a mesma capacidade de raanutengao dos grandes conglomerados. Alem disso, um numero cada vez maior de fabricas menores, em funcao do desenvolvi-

'storicamente, os seguros de aha ® acidentes pessoais vi- enfrentando aigumas barreiras nosso pais o controle desses ^ tos pelas autoridades compete'''®,., lej j "^^malconcebidosedistan- - - Perfil cultural brasileiro, ou rela^ao custo, beneficio bw'^j^ssante, e ainda per um pro-

mento cecnologico, vem utili^ produtos inflamaveis ou toxic"' suas linhas de produ^ao. CoiD" >ro notes' muito questionavel {Goiania para nao permitir a ninguem c ^ cer), existe uma maiha amea?ando mais ainda a / -nde d 'tnagem, quase sempre li os habitantes das regioes unidades processadoras estao ladas. Quem sabe exatamente^ tas companhias utilizam ou produtos toxicos ou inflamav" ABC paulista, ou nos subuch' Rio? Muito mais gravCt quert* grau de"^seguran^a adotado p"'' ^\i:\ empresas no manuseio desse^ mentos?

E evidence que nenhum ijfi garantir opera?6es clandesti" em desacordo com alegisla^"^jfij e bom lembrar que logo apo^ iciiiuiat 4UC *»r gt'

^tigencia de reciprocidade '^tto desses fatores, um ^Pecto inibia a compra do ^ gigantesca carga burol9§^ ®ntro desse quadro que, em Qi^^tedicard resolveu lan?ar o de Seguros, procurando estrategicos e usando '''fcii(^^^ente o cadastro de seus Ute '■otno veiculo. Foi o sufi^8(3 que, a partir dai, e ate ^®S'strasse um crescimento e de 53% nos seguros de Scirl dente de Bhopal, quando seeSPjil entes pessoais. lavam somas na casa dos bili'® ^ o resultado da didolares, uma das informafd"® ^ marketing da empresa serviu para evitar que a bide sofresse outros pre)UizO ^ certeza da existencia de urn®"'' de Responsabilidade Civil.

Nossos empresarios nao B muito de ouvir falar em nheiro com seguros. Em atitude vem da tradi^ao brasi'^ permitir que o causador de escape impune de qualquer " j, nagao. Todavia, a jurispr" vem mudando esta situagao, " punidade ja nao e a regra. j-

Seria poUtica sensata dos tes das empresas instaladas nO P 5 contratagao de apolices que g^ sem riscos que, sem seguro. t mente quebrariam suas comP^ pelo valor das indenizagoes.

E o fut dele

decldiu, em 1987, aperfeigoar o pro duto, eliminando seus aspectos burocraticos e langando um seguro descompiicado, pre-aprovado, acessivel ao mercado consumidor aque se destinava. O resultado foi que o numero de apolices vendidas cresceu 377%, saltando de 13 mil para 62 rail. Ja no final do ano passado, as vendas atin•giram mais de 83 mil apolices, apresentando, tambem, um crescimento de valores 242% acima da inflagao, O pulo foi grande, passando de USS 1.604 milhoes, em 86, para USS 5,478 milhoes, em outubro de 88. Bssa magnifica performance deu a Credicard um premio extra, alem dos resultados financeiros, que foi o Marketing Best, instituido no Brasil pela Madia e Associados e pela editora Referencia, responsavel pelas revistasPropaganda e Marketing, com o objetivo de reconhecer os trabaIhos mais significativos de .marke ting realizados no pais. Como foi este caso. •

RESPONSABILIDADE CIVIL
uro s? 'I* O
REVISTA DE Sf ^ de seguros ■■A-: I
autor e consultor de seg". , diretor do Centro de Comef"'®'] Estado de Sao Paulo.

Entre as perdas e os ganhos

A imagem do dragao foi a sfmbolo mais forte do anoquepassou.Porumlado,a figura deste ser mitologico remete ao horoscopo chines; por outro , a nada mitologica figura da inflagao brasileira. Se a crenga chinesa afirma que oano do dragao e marcado por contrastes, por grandes acontecimentos, por reviravoltas pessoais e coletivas, a economia brasileira assegura que urn ano de inflagao draconiana e uma tendencia seria a recessao

desempenho do mercado de seguros, por exempio, esta fortemence associado aos numeros da inflagao. "Embora ela seja uma consequencia, e quem nos atinge mais de perto", assegura o presidente da Interamericana, Hamilton Chichierchio da Silva, para quem a inflacao "e o resultado de uma politica economica totalraente desastrada, gastando mais do que arrecadando, tendo que expandir de maneira violenta a base monetaria".

O resultado e que o consumidor perde poder aquisitivo, e isto tern reflexos imp, diatos no mercado de segu ros,"principalmente aqui no Brasil, onde o seguro e um produto ainda nao prioritario em termos de consume".

"Cora rela?ao aos efeitos das altas taxas inflacionarias, o mercado nao sofreu mais pelo fato de a indexagao ja estar em vigor, Senao continuaria a haver injusticas muito grandes com os segurados, que nao teriam a cobertura do seu patrira6nio

valorizada na mesma proporfao da inflagao. A indexa^ao garantiu aos segurados beneficios significativos",diz o diretor tecnico da Safra Seguradora, Hamilton Cohn.

Mesmo com a inflagao alta, 88 foi o ano de se veneer este grande inimigo do setor de seguros, acredita o diretor de operagoes da Boavista-Itatiaia, Fernando Anto nio Pereira da Silva. "A indexagao ja vem sendo usada desde 87,mas foi em 88 que ela entrou em pleno vigor, e o mercado terminou se defendendo bem. Um desgaste muito grande que havia no passado eram as infindaveis discussoes sobre indexagao que as seguradoras tinham com as corretoras e OS segurados. A pessoa fazia o seguro de sua residencia, e por mais que fizesse Uma atualizagao atraves de endosso ou da compra de clausulas antigas de atualizagao, em geral estes mecanismos nunca acompanhavam a inflagao. O que normaimente ocorria e que na

hora do resgate a importancia segurada era muito infe rior aos pregos de mercado. Isso mudou, agora temos o inverso." Fernando chega a achar que a indexagao foi decisiva para o setor ser mais bem visto: "A indexagao resgatou a boa imagem do mercado, impediu que continuasse o desgaste, sendo, portanto, o principal ponto do ano passado, porque houve a recuperagao da imagem do setor. Nao sou um homem de marketing, mas acredito que e funda mental manter a imagem do setor."

"O ano de 88 foi de adaptagao das companhias de se guros a otenizagao,o que foi feito com muito sucesso", lembra Dario Ferreira Guarita Filho,diretor presidente da Finasa Seguradora. "O impactomaior da otenizagao foi na constituigao das reservas tecnicas das seguradoras, com repercussao muito grande no resultado. Entao, hoje, temos as empresas muito mais fortes em termos de reservas tecni cas."

Cuem tambem concorda com a importancia da inde xagao e o presidente da Fenaseg, Sergio Ribeiro, que encerra seu mandate agora em abril. "Nao ter seguros indexados e condena-los a vida curta." No que e completado por Hamilton Chi chierchio: "No seguro de automoveis,- por exempio, se nao fosse aindexagao,nao sei como terlamos sobrevivido. Haveria corrosao do valor segurado, para quem

comprou, e do premio ^ franquia para as nhias."

Nem tudo sao flores

Se a inflagao foi ao .de<; controlada com a m"-' .-j. )de o mesmo nao se po do desempenho do me ^ segurador. "O mem® ^ ji, seguros e um economia do Brasile oito nao foi um ® crescimento poucasforam as segu

® progresso significativo alCado nos liltimos 12 meses, fe®dooanode 1988 com umsaldo fttte; m torn. ame nte favoravel." Assim relatorio apresentado pelo '^ros heOlios

compoe o convenio de seDPVAT.Trocando por miisso significa, quanto. aos ct^. , ^rrecadados, que houve um real de 121.98%.em reioy V^^^-Er^quanto 1987acumuQfj.^^'^niios na ordem de 3.953.999

^^88 encerrou com premios ^ 8.776.925 OTNs.

foi ^P^odugao anua! de bilhetes

relagao ao saldo apresentado no exercicio de 87 (927.422 OTNs), houve um incremento real de 224,88%.

As indenizagoes alcangaram a marca de 2.094.736 OTNs, apresentando um crescimento real de 93,16%. Aumentou, portanto, menos que os premios, que se elevaram 121,98%, descontada a inflagao. Ao todo foram registrados 20.990 bilhe tes sinistrados, envolvendo indeni zagoes a 25.971 vitimas de acidentes de transito ou seus beneficiarios. Desse total, 7.600 eram. mototistas, 7.700 passageirose OS quase 10.700. pedestres. Sendo que e na categoria 10, onde se incluem as motocicletas, que se da a maior siniscralidade.

'Moo 2 total, chegando a 3, um recorde historico, 'i? em 20,74% aprodugao que conseguiram um^^ de posigao no mere® " de

verdade, foi um ano nomia e atividade dora sem brilhos nhum ganho de vimento, no sentido^^ pansao- da atividade

(10.849.518 bilhetes) e foi do que a melhor marca ,1 -- M—■ -

•^angada, em 1985, quando (.^''oduzidos 11.391.766bilheisso, o total de creditos igi — pelo convenio em 88 W, ^1-829.589 OTNs, repre-

^ ®^^vagao real de 176,09% tencia o vice-presid®*|^^J'^|

^C)i'Iv, ^esma rubrica em 87. O um Intercontinental j^, ra, Helio Rocha

1^0k"° aindaaapresentar v.... % ^tante positivo de 2.92Q.261 acha que nao mento de negdcioSi mos reals, mesmo lizemindicesdifere"' ./

^9uivalente a 24,69% das reou 33,27% se a compa^om o total de premios. Em medir a atividade. seguradoras ganhos, mas todos ganhos de capital, investimentos, 0®°

No item que toca as .despesas operacionais, o relatorio afirma que o conjunto"(incluindo a aquisigao de formularios DUT, assessoria, processamento e os custos da propria Fenaseg) alcangou 876.546 OTNs, contra gastos de 525.955 OTNs no exercicio anterior. O aumento real foi de 66,66%, enquanto os premios cresceram 121,98%. Em relagao ao valor dos premios arrecadados, as despesas operacionais representaram 9,99%, percentuai menor que o encontrado na media do mercado se gurador de modo geral.

Para o secretario geral do conve nio DPVAT,Jose Sant'Annada Silva

Neto, c fato mais importante no ano foi a integragao do IPVA com o DUT. Para 89, esta integragao se data em dez estados: Santa Catarina, Parana, Rio deJaneiro, Espirito San to, Pernambuco, Minas Gerais, Goias, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Maranhao. Em 1990, o convenio pretende integrar o estado de Sao Paulo, onde calculase estar concentrada quase 50% da frota national, estimada atualmente em 18 milhoes de veiculos. A razao para o nao ingresso de Sao Paulo neste sistema e simples; o Detran nao tinha como emitir o DUT nos tres primeiros meses do ano para acompanhar o calendario do IPVA. Outro dado bastante favoravel do ano foi o resultado da cartilha ediiada em setembro, que motivou um grande numero de consultas. "Foi impressionante", diz Sant'Anna. Cerca de duas mil consultas por cartas, alem das realizadas por telefone, pessoalmente e ate por telex, uma surpresa para eles, ja que em nenhum lugar o codigo foi colocado disponlvel.

Porem, o que o secret^io geral faz questao de destacar e que para o recebimento das indenizagSes nao e necessario a intermediagao de procuradores. "Eles cobram no minimo 20% e demoram trinta dias para pagar. Ouando nao somem com o dinheiro..."

- ^ta t ® "laioria dos se- ^''^s^^^deriu aindexagao, ^Qfji .^®dorescomegaram seus valores em ^ fi) g'^^^is reais que em cj Perda em termos .^^^(^ento real nao ic«u uBu

ragao continua. Pensando como Rocha, o diretor c". da Commercial Brasil Seguradora P®

cado como um todo nao foi bem no ano passado e apresentou queda real de 8% em relagao a 1987 (medido pelo IGP-DI da Fundagao Getiilio Vargas). A Paulista, em 1988, perdeu posigoes no ®'do no sentido de ranking das empresas por terem perdido arrecadagao de premios.

\ Pelo contrario, in- com queda real de 10,5%, V 'd ® os^egurados fize- passando de 11.° para 12.°

"A meu ver, o comportou de um® ondearecessaofoioP ^ .......... v Tivemos um cres^i^i Jedio da inflagao. olf/-, I'nU' ff) Vi. J -

•• 5 passaiiuvj uc 1.1. 1^.

5 i' Seguros dentro produg

."

milton Chichierchio acredi ta, como HelioRocha, que o resultado patrimonial das empresas foi bom. Ja para Ronaldo Santos de Oliveira, tambem as aplicagoes de ca pital foram afetadas. "Com uma instabilidade em ter mos de niveis monetarios, nos tivemos que buscar as melhores alternativas possi- cuiviiimiv«

uma operagao com uma taxa menor que a do ano, menor que a mensal, obviamente ha perdas, principalmente quando os compromissos estao em OTN, que foi o que aconteceu no ano pas sado, com a indexagao. Se voce nao consegue que seus premios tenham a mesma corregao da OTN, isso es- LOIlCgaU Ua ISSO CSde lugar na classificagao geral veis para a remuneragao do boga uma perda financeira. 'If. menor que o in do mercado Pao da fladonario e por ^nhia Paulista de Se-

mantem esta

raciocmio: "

O mer-

negativo, pelo alto n--_ - ..'.fiC, tros fatores. SafmoS j' Joao Francisco BorCosta, Piano Cruzado que V ^ certo. Face4premiss® ^ REVISTADE se'®

Admitindo que 88 nao foi um ano bom em termos de evolugao de premios, com a relagao premios arrecadados/formagao do Produto Interne Bruto caindo, Ha-

capital. Isso foi muito dificii, e acredito que a maioria das empresas tenha tido um grande baque, pois, em determinados mementos, a taxa inflaclon^ia oscilou muito. E quando se fecha

ortanto, eu diria que em termos financciros, opera cionais e comerciais, 88 foi um ano muito dificii."

O raclocinio de Hamilton Cohn e semelhante. "Em 1988, o mercado foi tumul-

BALANC088 a 4i'
10
Um ano recorde para o DPVAT
'^'^A DESEGUROS
i
"11

Segundo Hamilton Chichierchio,nao fosse a indexacao nosegurodeautomoveis,a carteira teria se abalado

Offshore: Enchova indenlzada

Foi preciso esperar quatro anos para ver concluidas as negociagoes entre o Instituro deResseguros do Brasil (IRB) e a Petrobras sobre um pacote de seguros envolvendo os bens de produgao offshore.

Pelo acordo selado em novembro de 87, ficam segurados bens avaliados em USS 4.5 bilhoes, cabendo a estatal do petroleo o pagamento de um premio anual de USS 10.2 milhoes divididos em seis parcelas de USS I.7 milhao.

O contrato em vigor nao determina apenas o seguro das sere plataformas fixas de produ?ao (Cherne I e II. Namorado I e II, Enchova, Pampa e Garoupa), situadas na Bacia de Campos e avalladas em USS 3,2 bi lhoes. Tambem contam com coberturas 12 sistemas flutuantes de produgao, no valor de USS 782,2 mi lhoes, alem de outras 49 plataformas de produ^ao espalhadas em todo o territorio nacional, no valor de USS 519,6 milhoes. De um total de 96 seguradoras nacionais que atuam no mercado brasileiro, 92 estao envolvidas na opera?ao e, individualmente.elasparticipamcommenosde 1% do valor total da indenizatao. As companhias nacionais respondem

tuado, com custo de aquisi?ao alrissimo. Nosso objetivo, obviamente, e obter resultados e garantir o seguro de nossos cliences. Per isso tivemos uma poli'tica caucelosa, e a nossa prudencia vingou. Foi urn penodo de descontos fabulosos. A indexagao ajudou o mercado, mas mexeu com os resultados,porque temos que fazer previsoes." Para sua companhia, a Safra Seguradora,ele garante que o ano passado teve seus bons momentos.

"Em que pese toda a nossa cautela,foi um ano bom para COS. Apesar de termos registrado um desempenho infe rior ao de mercado. no one

pela cobertura de US$ 12 milhoes, estando o restante ressegurados pelo IRB no exterior, nuraa opera^ao em que estao envolvidas cenrenas de seguradoras internacionais.

Por conta do seguro assinado em 87, a Petrobras se livrou de um enorme susto. Era abril de 88, exatamente no dia 24, a plataforma de Enchova incendiou-se e, durante trinta dias, miihares de seus coraponentes foram consumidos pelo fogo, restando apenas as jaquetas (pernas de sustenta?ao)eodeck. Osprejuizos foram calcuiados em US$ 325 mi lhoes.

Considerado utp dos maiores sinistros ja registrados em materia de plataforma fixa de produ?ao, o mer cado segurador brasileiro teve uma participa^ao ti'mida no pagamento do seguro a Petrobf^. Do total de USS 325 milhoes devidos a estatal, o IRB pagou USS 4,6 milhoes, o grupo B^erindus USS 527,3 mil, e USS 8 milhoes ficaram a cargo de -92 empresas do setor, em coras mais ou menos iguais.

As resseguradoras internacionais atenta Eva Ferreira, chefe da divisao de Riscos de Petrdleo do IRB, financiaram a maior parte do sinistro. Fo

se refere a arrecada?80^ premios, o balan?o ^ oferecer um bora result*'' Isso porque a compafll''.' recusou, dia a dia, a par das loucuras do do, mesmo com pe participa^ao."

Sanidade.

"Dentro da loucura o Brasil",diz o preside® j Fenaseg,Sergio RibeiC'^ usarmos a OTN coifl" ■0^'^ rametro para medir^ cado segurador, cado segurador, j em 88, um crescimeflt" sitivo de 20%. Se g garmos o IGP, rnnfMr itm /•I'iacr

ram pagos por elas cerca 311.8,milhoes, com destaqueP^ mercado londrino,- que por 70% da fatia que cabe 3® externo. Em seguida vieram dos Unidos, Alemanha, FraoC®' e Japao, Aoreconhecer aPecrobr^ mais imponante cliente ^^c' de Eva afirraa, aind^' sinistro de Enchova respopd^^^f fechamento das operacoes panhia5 seguradoras no c{ carteira disP^ sjiii Segundo ela, 88, de USS 22 milhoes, um reduzido pela metade em de^" cia do acidente.

g' idalid^it ^ seguro. Hoje, conta ela, alem j tatal, estao envolvidas, na o .f empresas de prospec^ao supply etc. Ela informa, que, por causa do acidente. J pressao das seguradoras nais para que o premio do ^ fosse aumemado. No entaotO' a apolice firmada no exterior lidadeparadois anos, aeventO^j sibilidade de aumento so ocorrer em renovagoes fucura^' d' que, por ora, ainda vigora o firmado em fins de 87. %

UMPEQUENO PROeiEMA.

CODISEG

DE DIVULGACAO INSTITUCIONAL DO SEGURO SEGUROGARANTE

Ao mesmo tempo, no enta^^ ^ do admite que o seguro assinaOj^jjii|^ Petrobrds foi de vital imp'''^^imF^ j para dinamizar essa mo -12 REVISTA DE /
O seguro nao evita problemas. Mas ajuda na hora que aparece algum. Nessas horas e otimo conhecer 0 Silva. Um corretor de segu ros, profissional qualificado, um amigo. O Silva, alem de conhecer bem 0 seu trabalho, da toda a assistencla de que o cliente preclsa. E a melhor maneira de manter seu cliente e conqulstar mais seguros. Lembre do Silva.
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Sobrevoando os sinistros

Ainda sem dispor de dados definitivos sobre a performance da carteira de seguros aeronauticos, numeros preiiminares comprovam que 1988 foi urn ano superavitariq para as seguradoras que aperam com essa modalidade de seguro. Pelos menos e o que afianga Francisco Aldenqr,chefe da Divisao de Seguros Aeronauticos, do Instiruco de Resseguros do Brasil (IRB).

Pelos seus calculos, os premios da carteira atingiram cerca de USS 55 milhoes no ano passado. No mesmo penodo,foram pagos, pelo mercado nacional, em indenizafoes de sinis tros,cerca de USS 23 milhoes,sehdo que o indice de ocorrencia oscilou entre 60 e 70%. Apesar disso, eie lembra que os resultados devem ser considerados moderados, ja que as operadoras de seguros tern grandes despesas administrativas.

Aldenor esclarece ainda que o premjo da carteira cobre diversas •modalidades de riscos, desde Responsabilidade Civii(RC) de pessoas •ou de produtos ate perdas totais dos aparelhos. Hoje, perto de mil aeronaves dispoem de diversas modalidades de seguro, sendo que, no ano passado, as empresas aereas obtiveram suas coberturas com taxas bastante competitivas: "O mercado internacional estava bastantero/r, havia grande concorrencia entre as seguradoras mundiais. Isso facilitou um crescimento do seguro aeronautico

gativo de 8%. Na verdade, nosso crescimento economico esta estagnado ha nove anos, sendo que, nos liltimos tres, ele foi praticamente zero. E dificil estabelecer se foi bom ou ruim. Em termos estatisticos, foi um ano morno. Nogeral, foi um ano positivo."

"Em 88, acho que a grande vitoria do mercado foi a busca do fortalecimento que estava perdido ha muitos anos, que foi per-

no Brasil, estando grande parte com cobertura no exterior", explica.

Apesar dos graves acidentes aereos ocorridos em 88, no mundo, corao a expiosao de uma bomba num Jumbo da Pan Am, na Escocia, as vesperas do Natal, onde morreram 259 pessoas, Aldenor entende que o mercado segurador internacionaJ devera continuar operando com ta xas competitivas. Mesmo com a - queda de dois avioes Boeing ja nos dois primeiros meses deste ano, a tendencia e que,na renovaeao do se guro,as taxas mantenham-se em bai^xa.

■^'^cidentes com tres ou quatro Boeing sao facilmente suportaveis pc-lo mercado segurador internacional", afirma ele. "No ano passado, mesmo havendo acidentes graves; com perdas totais de aeronaves e vidas, a taxa nao se recuperou. E e pouco proyavel que ocorra uma alta no mercado agora. Mesmoas empre sas cujas frotas apresentaram coeficiente de sinistro acimade 100% deverao obter cobeauras mais favoraveis", preve o chefe da Divisao de Seguros Aeronauticos do IRB.

Inumeras medidas de seguran^a, como a inspecao dos avioes Boeing ou a implantacao de radar anticolisoes OS TCAS II — em aeronaves com mais de 30 passageiros, podem influenciar na manuten^ao das taxas de seguro em niveis mais competitivos. "O segurador", atenta ele, "sem-

pre ve com bons olhos medid^ visem a reduzir os riscos de tes."

Com relafao aos sinistros dos no Brasil, lembra que asio^* zafoes pagas dispunham, em de cobertura externa, o que'bc'' ciou as seguradoras, ja que ac»fy nao dispoe de grandes recursosA sinistro de maior propor?ao consumir o premio de um ano ro ^

Entre os sinistros regis"^ cita a perda parcial de um eing 737-200, da Trans brasil.

rida em fins em 87, em Belo

zonte, cuja indeniza^ao US$ 15 milhoes, e as perdas dois helicopteros, com vitimas'^^^ Os casos sao tipicos de respo^'^^rf dade civil e preveem nao so o mento de indenizagoes as das vi'timas como tambem " naves.

Incluem-scainda, nos casoS a®®! nistros registrados, a queda jato no aeroporto Santos deumtaxiaereo, um turbo-he^'j,;}

de ecMttigair, em Sao Pedro da ambos comvi'timas fatais. ^ ocorrerara alguns casos de cimentodeavioesdepequeoo^^ em regioes fronteiri^as do pm^' de haver outros sinistros dencia. Jt>

Aldenor informa que o gff-. mento de roubo de avioes de fronteira comega a preocUP /f seguradoras, ja que as aerona^^^JI tao avaliadas, ein media, 600 a US$ 800 mi)

seg, recolhidos entre 86 se guradoras, o volume de premios arrecadados atingiu

A6p^\' disso vem sempre " Ainda que tenha maior liberaeao do s^' /

C2$ 774 bilhoes, o que le- cinco primeiros grOP^y vou a federacao a estimar o guradores represe^V voyme global de arrecada- 49% dos premios

Ronaido Santos de OTN foram feitos em ate ^l^eira,e adiferengaentre dez vezes. Ha uma demora ^tmios efetivamente co- substancial no recebimento tados e aqueles emitidos. dos premios. Se for feita a ^receita dos premios co- contabiliza?ao dos premios Carteiras e 0 espelho da em- efetivamente cobrados, a Trabalhamos ate o fe- companhia recebe uma De acordo com os dados ^^^ento do balanfo com parte destespremios emum fornecidos pela Fenaseg, o j Premios cobrados ate 31 ano e a outrn parte no ano melhor desempenho em J ^^embro. Com isso, em seguinte, frutodeumaflexi- termosdecrescimentoficou j^os de receita, a maioria bilizagao maior de fracio- comoDPVAT,queteveum Cf^j^^^Presas tera um deno aspecto de cobrados. Com o

namento. Antes, tinhamos financiamento, contabilizatODrados. Com o vamos como uma receita a do fracionamento vista, e o segurado pagava o temos muitos came em banco. Com o ^ que OS seguros em Piano Cruzado, houveo fra-

.'^^bitacional: 9no negro

Ao ^ de um ano em que os.se^'n-iej^^'^^dutivos apresentaram cresCii(, j Pfsticamente zero, a infla-

•in. e ultrapassou os setorialmente, a industria civil, um dos mais des'Jf, do mercado segura^ mostras de reaqueci- 1^? '^^tteira de seguro habitafugiu a regra e obteve um resultados em 88.

'®^ta "III ano negro para as y seguradoras que modalidade de segudisso sao os numeros dido R Institute de Ressegu(IRB) sobre o compor° "^^rcado no ultimo ano. , as indenizagoes mercado totalizaram CzS arrecada-

cionamento, e a pratica continuou com os seguros indexados."

268,72 bilhoes, contra CzS 33,98 bilhoes em dezembro de 87, o que representou um crescimento percentual de 0,8%, segundo o IGP, e de 25,8%, pela OTN.

crescimento real, pelo IGP, de 90,5%, e, pela OTN, de 129,5%. Em rela^ao ao vo lume de premios arrecada dos, a pole position e de automoveis/RCF, com NCzS

Na avaliag^ de Celeb do Espirito Santo, diretordeoperagoes daSasse, seguradora vinculada. a Caixa Economica Federal, e para quern 88 e encaradb como "o climax de perdas suportaveis pelo mercado segura dor", alguns fatores conjugados respondem pelo mau desempenho da carteira habitacional.

A seu vet, a alta inflacionaria, os desajustes existentes entre os indexadores das taxas dos premios e dos sinistros, efeitos ainda da 'industria da invalidez permanente' (primeiro item entre os casos de indenizagoes) e um aumento real da sinistralidade sao, de saida, fatores responsaveis pelos resultados negativos das com panhias seguradoras.

Para cada seguradora, entretanto, esse aspecto vaxiou um pouco. "Entre nossas caneiras de melhor desem penho em 88, destaco as de vida e automovel, que de vem apresentar crescimento real de 15% no ano, bem acima da media do merca do", diz Hamilton Cohn, da Safra. "Mas a caneira de au-

nhias envolvidas em sinistros nao e dada nenhuma redugao, cabendo a elas financiar a divida integralment?.

Outro fator que veio a conturbar o mercado do seguro habitacional foi o fato de nao ter sido mantido o Stop loss apos a extingao do BNH, em 86, o que forgou as companhias a banca-. rem totalmente os casos de sinistros.

"Entre 87 e 88, o sisteraa viu-se obrigado a financiar os sinistros integralmente, ja que a Caixa Economical' nao admitiu manter o mecanismo de protegao do premio das companhias" — afianga o diretor de operagoes da Sasse.

y premio da carteira de s^ta^i ^dhoes. Com isso, o deficit atingiu CzS 9.6 bilhoes, indice de sinistralidade

A escalada inflacionaria, segundo ele, teve participagao vital no desequilibrio de receitas e despesas da carteira habitacional. Recorda ele que, enquanto a taxagao do premio esta atrelada a prestagao dos mutuarios, OS sinistros foram corrlgidos pela OTN plena, o que responde pelo rombo de caixa das seguradoras.

792,5 bilhoes. ^am46%.DessescinC'^fl.'

7Z enquanto em 8?

Odiretordeoperates da pos, apenas um nao tA Boavista-Itatiaia teme. en- ga^aocom bancos.

t) dos prejulzos, coube ao ^'i.tante de CzS 3,1 bilhoes

^^'do de sinistros, exatos

^®tcado. O restante foi re"t empresas li'deres e co-seque responderam, individe

didonesses ultimos anospor causa da infla?ao, pela criaCao de um decreto-lei que estabeleceu normas inconcebiveis para o mercado livre. Se analisarmos sob o ponto de vista numerico, o volume de premios deve ter chegado aos Cz$ 800 biIhoes. Nao houve uma altera^ao substancial na parte m ativa das companhias" fala ^ o-Pela concentrafao centrafao de premios I' •' Fernando Antonio Pereira houvrevolucan^ ^ Positivaparao merca^^'/ com parcelas iguais da Silva. De acordo com OS do pois o questao que Iqjy^Plementando, assim, o vadadosdivulgadospelaPena- cprr,n j ^ ®<^abou na leitura dos dados ^ das indeniza^oes de 88. seconcentrando,eoreflexo. arrecadacao de pretnio^'J

Por conta disso, ele afirma que os grandes beneficiados com essa politica foram os agentes financeiros, agraciados com saldos devedores otenizados, que Ihes garantiram fantasticos lucros. Para ilustrar seu arguraeoto, Caleb afirma que, en quanto OS agentes financeiros oferecem um desconto de at6 25% ao mutuario que decide quitar de vez seu debito no SFH, no caso das compa-

O retorno do Stop loss, reivindicado hd tempos, so ocorreu em de zembro ultimo. O decreto-lei 7682,, aprovado pelo Congresso, instituiu & Fundo de Compensagao de Varia'-s. goes Salariais (FCVS), que facultaas companhias o direito de limitar o pagamento de sinistros em 90% da re ceita total" da carteira do premio. Alem da lei 7682, outra medida favoravel para o seguro de habitagao foi o aumento de 45.6% nas taxas de premio, autorizado pela Susep em outubro. Antes disso, as seguradoras ameagavam, inclusive, por fim a essa modalidade de seguro, por causa do brutal aumento de sinistros. A situagao estava tao critica que o IRB recorreu ao Fundo Rural, onde alocou recursos ao mercado para evitar inadimplencia por parte das segurado ras. O reajuste de taxas oxigeaou o desempenho das companhias.

piiiiiiiTiiipmiipii)p wiipii iiH ■am

14
REVISTA DE SE^^ , ^ OE SEGUROS
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Vida em baixa

Os ramos de seguros de vida e acidetites pessoais registraram, em 1988, desempenho inferior ao do mercado como urn todo. Foram os dois ramos que riveram desenvolvimento inferior a todos os demais. O seguro de acidentes pessoais cresceu, em termos nominais, 406,1%, enquanto o seguro de vida t&ye um incremenco de 498,5% ante um crescimento nominaJ do mercado de 621,8% no ano passado. Esse resulcado representa um crescimento real negative de35,5% e23,7%,respectivamente.

''' Segundoopresidentedacomissao recnica de vida, acidentes pessoais-e saude da Federa(;ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza^ao (Fenaseg) e consultor de riscos pessoais da Itau Seguros, Abaete Ary Machado, essa queda se insere no contexto geral do seguro no Brasil, cnde ainda e considerado

um produto descartavel,rhesmo para a classe media-alta. No Brasil, numa situagao de crise, afirma Abaete, o seguro, que deveria ser ainda mais necessario para cobrir evenruais perdas,acaba sendo o'bode expiatorio'.

Alem disso, explica o presidente da comissao tecnica da Fenaseg, boa parte dos segurados que mantiveram seus seguros de vida e acidentes pes soais em 1988 nao reajustaram as importancias seguradas na mesma propor?ao da inflagao, principalmente os seguros de vjda em grupo contratados por empresas. Na realidade, o capital segurado acabou caindo. "Com uma infla^ao grande, as pessoas procuram primeiro cancelar.aqueles gastos que consideram

Abaete diz que a 'conco| predatoria' entre as empress ramos tambem influiu no re obtido em 1988. Ele criticaac^ sao indiscriminada de descool taxas irreais praticada pelo meta

"De uma forma geral, ha um; desconhecimento sobre segt"®l vida no mercado, no sentido J'j mada de decisoes com base eff forma^oes estan'sticas", diz]

"Morrer todo mundo vai, isso' to. E um risco absolutamente 9' So nao se sabe quando. E e is^^j confunde quern decide",

Para reverter esse probiein8|^ ete sugere, entre outras uma melhor conceitua?ao de,| vas tecnicas e uma melhor fi'S superfluos", justifica. Hoje, 90' dos cerca de 12 milhoes de seguros de vida sao apolices de vida em gru po. "(,^uem tern seguro de vida indi vidual nao vai cancelar, e a tendencia e o segurado manter o valor de cobertura,,mas esse segmento nao vai influir no total", acrescenta Abaete.

tomovel para pessoa fisica frotas de empresas. A Safra nao 6 o forte da empresa. e uma seguradora voltada Nosso forte ^ o seguro de para o segmento de ataca-

eao por parte da SuperinteO^l de Seguros Privados (Susep)- j 1 serva deve ser vista em , risco e nao do premio", a^rf'' . posso dar o seguro de gra?a, i nho de'fazer reservas, porqtJ'^^ tac indeniza^ao/premio est^ cendo cada vez mais, devido 50s cada vez menores."

do." Ha algumas diferenfas tambem na Finasa, segundo Dario Ferreira Guarita FiIho. 'Tivemos um cresci mento real de 1,6%, bem acima da media do mercado, que ficou em 8% negativos. Em incendio, crescemos 651% nominais contra 567% do mercado. Em automovel tambem tivemos um bom desempenho, com um crescimento de 736% nominais diante dos 656% do setor."

Todavia, Joao Francisco Borges da Costa,da Paulista de Seguros, acredita que houve, em 1988, uma raudan^a de perfil do mercado.

"A carteira de automovel tornou-se disparada a me lhor carteira, com uma grande disputa entre as companhias por participagao neste segmento. A Pau lista, no entanto, resolveu, por uma postura de cautela,

nO"; ,e^1

Pamcary evita ^sensco ^apenas17segundos.

premios arrecadado® di Paulista, percentuid passou para 22% em' •_ Segundo o dire^*^

tomar uma posi?ao tido inverso ao do Decidimos, por urnS tao de exposifio que a carteira de aut" nao poderia ter uma pa?ao maior que 25^"? tal de premios pela empresa. Bm carteira de automd^^.i presentava 32% do ^ produ^ao da Paulist®'^j.i' decisao foi conseque'^ uma visao a longo nao apenas imed"*. como ocorreu com ^ parte das companbi^j_ empresa achava que ^ haver um choque 0^ .i| nomia, como acaboU rendoe,comooramO tomovel 6 um ramo j risco, resolvemos enX^f. carteira." Borges da

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"Em 88 nao houve crescimento expressive e poucas seguradoras ganharam posiqao no mercado", diz H^Iio Rocha
16
/ REVISTA DE if-
^'lentes
[^d^^^'Sso
Matriz;(010E9) R. FlorSncio de Abreu,623 - Luz - Sfio Paulo - blrelex 11.24947 PAMY BH -11.24946 PAMC BR - Telefone(011)229-7B77 ■»
Pamcary

diz que, "se dvessemos optado por,pelo menos,renovar a frota segurada em 1987,tenamos uma carteira de automovel representando nada menos que 45% do total de premios arrecadado pela Paulista". E conclui que nenhum ramo de alto risco pode representar 45% dofaturamento de uma companhia.

Ele acrescenta que o seguro de automovel eum seguro de varejo."A PaUljsta prefere atuar nos ramos de. atacado, na prote^ao a grandes riscos industrials. No ramo de incendio, por exemplo, acompanhamos o crescimenco do mercado. E no ramo de vida crescemos bem acima da media — a Paulista cresceu 709% no ramo de vida e o mercado 498,5%. No ramo de acidentes pessoais foi a mesma coisa. O mercado como um todo cresceu 406% em termos nominais e a Paulista cresceu 584,5%." '

O total da receita de pre mios cobrados durante 1988 pela Interamericana foi de CzS 11 bilhoes, representando um aumento real de

aproximadamente 3%,com

base no IGP-DI medio.

"Nosso grupo devera regis trar um aumento em sua participafao no mercado de 1,22% para cerca de 1,38% em 1988", diz seu presidente, Hamilton Chichierchio.

"Nosso resultado final antes do imposto de renda foi CzS 2,1 bilhoes, representando um aumento real de 266% em rela^ao a 1987. Depois do imposto de renda, este valor ficou em CzS 1,2 biIhao." Segundo Chichier chio,o ramo que apresentou a meihor performance em terraos de crescimento no ano passado foi o de segurc de sadde, com um total de premio de Cz$ 1,9 bilhao e 186% de aumento real, o

que ievou a Interamericana a ocupar a quarta posicao neste tipo de seguro. "O ramo que representou a maior participa^ao em nossa carteira condnuou sendo o de incendio, com um vo lume de premios da ordem de CzS 2,3 bilhoes."

"Houve uma concentragao tambem no ramo de au tomovel", diz Fernando An tonio Pereira da Silva, que explica esta participagao maior riao tanto pela quantidade de carros segurados mas sim pelo, aumento real de valores."O mercado corrigiu o aumento de premios, antes feito trimestralmente. Estes numeros -refletem, portanto, muito mais um aumento de prego que um crescimento de frota segu rada, a qual provavelmente diminuiu em,fungao do prego." Atualmente, o ramo de automovel mais RC e RCF contabiliza 35% do mercado segurador. Em contrapartida, Ronaldo Santos de Oliveira indica que a carteira com o pior desempenho foi a de transportes, pois, alem das faturas serem mensais, pagas de acordo com o movimento, ha uma evasao de premios desta apolice para RC do transportador.

"Automovel assumiu a lideranga", confirma Helio Rocha,"nao pelo seu desenvolvimento, mas pela falta de desenvolvimento dos demais produtos. O ramo de incendio e lucros cessantes foi afetado pelos mecanismos ditados pelo governo, causando encolhimento de receitas." Ele acredita que particuiarmente a circulai 22, ainda de 87, achatou a carteira.

Heran^a de 87.

"Em relagao aos aspectos mercadol6gicos, no sentido tecnico, 88 se destacou dos

^.'^'-ichierchio, que tern su- capitulo do Sistema Finan- dente do Sindicato dos Cor- em 89. O caso da retroces- '^^8^«fiesafaz;r paraaconti- ceiro Nacional.criaum des- retores de Se^os do R.o ®

""'(iade doprocessodedes- taque; de um lado o que e de Janeiro, Ndson Garrido. Aprovada pelo IRB no fmal "E importante sistemafinanceiro,deoutro, "Estamos trabalhando pela de 88, sua forga so podera y°controle do mercado o que se entende por segu- instituigao do seguro-am- ^l^feitoatravesdemargens ro,capitalizagao e previden- pliagao, moralizagao,expan- longo deste ano. Ela repre- solvencia e nao do con- cia privada". Resta ainda es- sao." Ele advene, entretan- senta o co-seguro agilizado desenvolvimento perar pela lei complemen- - nmhUma seno. entre as empresas , afirma do sao." Ele advene, entretanto, para um problema serio, entre as empresas Sergio Ribeiro ^''odutos e das tarifas."

ddo neste sen-

'dvW j ° exercicio da 'faze seguradora, "Vai solidez maior em nijj f situagao patrimoempresas". diz o

Em termosfin|nceiros,operacionais e comercials. um anb dincii,e as apiicagoes foram afetadas, avalia Ronaldo Oliveira

tar, que deve ser promulgada este ano, e definira areas de atuagao para cada um destes segraentos.

A Consdtuigao alterou o mercado, pois, segundo Hamilton Cohn, "houve

que devera, em sua visao, aflorar em pouco tempo."E a falta de elementos com capacidade tecnica para trabaIhar dentro das seguradoras. Existe um despreparo de mao-de-obra muito grande, uma desqualificagao do elemento tecnico. E apesar

, que acres centa ja terem side formados quatro grupos, totalizando 32 empresas, o que representa "um grande avango operacional". "Nao se imagina um mercado equilibrado funcionando sem retrocessao preferencial."

■ficS.bene demais anos", na opiniao de Helio Rocha, "pelo fato de o mercado brasileiro de segu- seguro transparentC' 'y ros ter se aproximado mais aspectodaetica, aco^ dos padroes internacionais lizagao se tornou mais de competitividade e desre- Ha quern discorde gulagao, comegando pelos pontodevista,eveja® efeitos das transparencias lar 22 como provoca^ i-O ■0

extremamente unica maneira

uma diminuigao de venda de -nte da Interamerica- seguros pelos conglomeraw^faumaoxigenagaodo dosbancarios;daianossare- de existirem algumas pes■ien- garante o presi- formulagao no sentido de soas trabalhando em relagao maior abenura para o mer cado de corretores." Hoje, a Safra tem umS diretoria voltada exclusivamente para os

■eajg ' Siirante o presi estj ^Eenaseg, que alia a Ps]j ®dida outra, tomada ^®®nib\eia Nacional que determi-

''VgQj da carta patente.

^ ®cesso esta mais lifiver dinheiro e estimuladaspelacircular22, uma grande confu^^js^' que e de 87, mas cujos efei- mercado se resseo"^ tos desaguaram em 88." Pu- normas, porque hou^ pfl' blicada em fins de 87, pela distorgao", infom^^.^gj/^ Susep, esta circular mexia naldo dos Santos ^'pj/ nos polemicos descontos "As companhias ^ Jo^ rainistrados pelas segurado- comoatuar, cada ras a seus clientes em segu- fazia do jeito que ros de incendio. "A circular coraisso,aliadoaioA^^^i' 22 talvez seja a mola desse ta, as comissoes che^ •• processo de aperfeigo- patamares inegocia"®' amento do mercado", frisa Se a circular 22 Helio Rocha. "Ela trouxe tinua causando transpar^ncia ao mercado", nao se pode dizer o ^ confirma Fernando Antonio darepercussaodaat^^firt'''

corretores.

"Se voce olhar para tr^, para uns quatro ou cinco ,V^^fiapodese estabe- anos, vera que o corretor S^j, praticamente nao conseguia

^'beiro lembra a sentar a mesma mesa que o [V Constitui- segurador. Hoje existe um 'o ^''^'^Igada em outu- dialogo franco, aberto, dos e que "apesar de corretores com seguradoseguro dentro do res", reconhece o presi-

a isto — a Funenseg tem criado cursos, por ramos, para nivel tecnico — e pre cise que as seguradoras se

unam e passem a descobrir outros meios para o desen volvimento de cursos, treinamentos etc."

Presente para 89.

Para 89, o Codiseg tam bem deve expandir suaatua gao. Criado em 87, dedicado a pesquisa e ao conhecimento do mercado, so agora ele esta adquirindo a maturidade parasuaatuagao. "Em 89, o Codiseg pega velocidade e comegara campanhas promocionais", fala Sergio Ribeiro, na expectativa de Embora ja existissem em que c ano que vivemos 88, e ate mesmo antes do possa ser considerado de ano passado, alguns fatores crescimento economico real estao prontos para crescer para o setor. • A

^dministragao do equilfbrio

'•'g t>r desde que assumiu a da Federagao Nae cj®"^P^®sas de SegurosPri- N ^^§6 ^ ^®P"alizagao (Fenaseg), ' ®empre foi a de realizar •ti, Cot, ''fi^^fagao dentro da logica

PereiradaSilva. "Acomer- Susep."ASuperinte^^.j^gi^ ciahzagao de seguros, antes persistiu na linha de - — x mouv... de seu aparecimento, e nos gao, que tambem P° i fimidez,eimpossivel ao primeirosmomentosdepois chamar de desregulav^j^^i Ribeirodeixarde

Conferencia Brasileira de Seguros

namentals e at6 com o publico consumidor. "Nao havia uniao", resume ele, "enilo como poderiam acontecer reunioes, conferencias, encontros?"

° trabalho efeti:ii5f CL *'^®fiito que meu pen'odo 'A* * direiro quanto cada um es- mudaram a postura tava recebendo. Atraves da cionai para uma posfi^^ji'' circular 22, as coisas ficaram cooperagao com o mais Claras. Foi uma medida mercado", ajunta

^ colaborou para que a ^ ^tadora voltasse a discutir

REVISTA DE seG^ i. SEGUROS

'*1 '^*^ainento desse esforgo foi, a realizagao da XIII k

Privados e de Capitalizagao (Conseg), em novembro de 1988, no Rio de Janeiro. Havia seis anos que a Conseg nao era realizada "por varias razoes", fala S^gio Ribeiro, reticente, mas em seguida concordando que existia mesmo um afastamento no se tor. "Houve dentro do mercado se gurador uma distancia dos varies segmentos, que nao sei exatamente avaliar porque aconteceu." O fato 6 que o dialogo, na classe, escava dificultado, terminando por afetar tam bem o relacionamento dos seguradores com corretores, 6rgaos gover-

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Por este motivo. da implantada, era feita de mercado segurador"uma forma um pouco nebu- Sergio Ribeiro. "Nos' losa. O mercado nao sabia timos anos, o IRB e ^ c,,^t^^ble^as".diz.
Norteado pela vontade de reconduzir o mercado segurador ao diilogo, Sergio Ribeiro teve, no princlpio,que lutarcontraalgunsrangos de distanciamento que por anos delimltaram posigoes no setor. "Eu me lembro que em uma das minhas primeiras reunioes como presidente da Fenaseg, estfavamos discutindo um assunco, e precisavamos chegar a uma conclusao. Alguem, entao, se

levantou e, dirigindo-se a raim, perguncou: — 'Sergio, qual e a opiniao da Sul America em relajao a isso? Ora,embora parricipe da Sul Ameri ca, naquele momento eu nao estava como representante de nenhuma seguradora. E foi o que respondi: 'Aqui, quem esta falando e o presidente da Fenaseg, nao um porta-voz da seguradora tal. Se alguem quiser saber a opiniao da Sul America, tem que ir perguntar, ao presidente da companhia.' Nunca mais ouvi uenhuma pergunra deste estilo", conta, ele.

Essas praticas levam Sergio Ribeiro a afirmar que, "com certeza, aumentarao o di^ogo entre o mercado", depois da sua administra^ao. Ele se baseia na nova diretoria da entidade, empossada em abril deste ano, "cuja composi?ao demonstra a p^ticipafao de todos os segmentos do setor", em um clara evidencia de que ha, arualmente, alem de uma vontade de participagao maior que ha tres anos arras, um equilibrio no mercado segurador. Sergio acredita de maneira tao intensa nessa afirmajao que chega a definir sua gestao como a "administra^ao do equili brio".

Se seu interesse maior foi aumentar o dialogo no setor, o presidente da Fenaseg tambem nao poderia deixar de lado a ligagao com o outro lado do seguro — o consumidor. Sua atua?ao foi decisiva para a cria^ao do Comite de Divulga^ao Institucional do Seguro (Codiseg), integrado por representantes da Fenaseg, da Federagao National dos Corretores (Fenacor), e ainda IRB e Susep, e cujo objetivo e exatamente tornar o se guro mais conhecido do grande pubiico, para que este perceba que uma apolice nao e um gasto, mas um investimento. Primeiro presidente do Codiseg, implantado em 87, Sergio Ribeiro acha que agora, em 88, o Comitd, defKjis de ter realizado varias pesquisas para conhecer o mer cado e sua composigao segmentiria, esta pronto para as campanhas de televisao, as propagandas etc. Sua contribui9ao, entretanto, ate o momen to, nao pode ser nem um pouco desprezada — o Codiseg tem sido urn instrumento de desbravamento do

Srasil Salvage 'nformatizada

potencial do seguro. O ultimo trabaIho efetivado pelo Comite foi o "Balango macroeconomico social do se guro", que destrincha todo o alcance do produto seguro. inclusive sua inser?ao na sociedade brasileira.

A proxima iniciativa do Codiseg, na opiniao de Sergio Ribeiro, sera tornar comparaveis as porcentagens de participa^ao do seguro no Pro duto Interne Bruto de varies paises. "Temos que saber em que paises esta participaeao e grande e em quais nao e; quais as possibilidades de cresciraento e qual o processo que conduz a isto; quais os crit^rios de medi?^ etc. Isso pode trazer perspectivas novas para o mercado segurador brasileiro, no sentido de aprendermos com a experiencia internacional."

Extremamente modesto, Sergio Ribeiro acha que estas foram as maiores realizagoes de sua gestao. Nao podem deixar de ser mencionadas, porem, as batalhas no campo do seguro habitacional e da previdSncia privada. Mas para este economista formado pela Faculdade National de Ciencias Econ6micas da Universidade do Brasil (atual Faculdade de Economia e Administra^ao da Universidade Federal do Rio de Janei ro), com 39 anos de trabalho, o grande responsavel pelo exito dasua

Uma gestao em promover a dos problemas da administra^ao for o moment"^ rico."Minha posse coincidin co periodo muito bom,de grand tacoes no mercado."

Mesmo com tanta modesd^^^jcir gio Ribeiro nao esconde seU ^ ^j, lo, que certamente e 1964 a 1967 foi diretor da 6- ft Amortizafoes do Ministeri" |/ zenda, orgao responsavel ,j^ eamento das Obrlgagoes do T i' National; foi membro do trabalho que elaborou a lei 1965,achamadaLei doMC^® ,.^1 Capitais, que vigora ate hop ambos os cargos, fui convidd i entao minisiro da Fazenda, Gouveiade Bulhoes",fazqd^f^ I ressaitar. De 1966 a 1967, meiro gerente da Divida i cfV Banco Central; de 1967 a pou a vice-presidencia do gf nanceiro Unibanco; de 197^ ^ retornou ao Banco Cenrralt g ^ retor do mercado de capita'^'^ 1979 em diante entrou paf^ America Seguros. Ate 86, ^' mulava a vice-presidencia conselho administrative do ^ Com a Fenaseg,passou a ser /; membro do conselho, continuara a ter depois de quando termina seu mandate ' tidade. ^

^ uando surgiu no mercado,em 1973, para servir de apoio ^ "^tioras nacionais que operam maritimo — alem de orienJf^i^t^onselhar os segurados — a Salvage atendeu a 14 cases de tiei ^nvolvendo navies de bantiQ^ '''^'leira. Ate o ano passado,o de casos, totalizando os si, . .^nos de atua^ao da emprea 13.263 sinistros vistotatn,. ^'^"dos eraitidos. SeconsidesilSgj 9"e,areosurgimentodaBra'i^tor' tarefa era delegada a 'Or .^""es estrangeiros, pode-se teprgj®'deia da importancia que ela e representara para o "lais j^'y^ento da industria e de^oj ^ "dss navais do pais. «S ^odo S,es s OS dados relatives a sao Q

passiveis de acesso

%Como parte do processo de 9litj de empresa,o que fade seguradoras, se^^ospropriosperitos. Alem fapidez de acesso — ante^ coleta era realizada masenviadaaos seguradores — os dados arma'^^computadorestaomenos

. "asicamente uma empresa ^^dora j .'tiat' services, e nossa mvisa a melhorar ainda ,^5 ^^®ndimento", explica Peride Vasconcellos, pre- da empresa, ele proprio um do processo e de seus re.'^alQj dentro da Brasil Salvage.

, parte dasSalvage associations

t>o mundo todo jd con^ agiliza^ao proporcionada 1^1 ^^Putadores. A Brasil Salvanao segue o mesmo I d® suas congeneres internaA rela^ao da empresa brasias seguradoras nacionais atividades man'timas e ex'^ente diferente", coloca Peri"arbeito de Vasconcellos.

"Nossa rela^ao com essas segurado ras tem um cunho muito mais direto e constante, uma vez que relativamente poucas operam 0tamo de cascos no Brasil, e a maior parte delas e composta de acionistas da empresa. No mercado internacional da-se o oposto — ha rauitas seguradoras operando nesse ramo, o que torna menos constante a reiagao com a empresa de peritagem,dada a pulveriza^ao do mercado."

A informatiza?ao da Brasil Salvage vai permitir uma melhor aferi?ao da distribuifao de custos e frequencias de sinistros maritiracs, por tipos de avarias. Isso, por sua vez,dara ensejo a estudos mais detalhados e possibilitara a seguradores e a segurados avaliagoes tecnicas e comerciais mais completas. Somada a informatizacao a microfilmagem de todos os documentos referentes aos varies proces ses com que a empresa ja conta ha um ano, pode-se trabalhar de forma muito mais segura em qualquer dos segmentos ligados ao seguro de embarcagoes — sustentam os responsaveis pela Brasil Salvage. Fica facil, per exemplo, atualizar as reservas dos sinistros a serem liquidados, assim como fazer um ievantamento complete da situagao dos sinistros pendentes. O processo de liquidagao de sinistros ganha maior eficiencia e agilidade, ja que o acesso a informafoes como custos de pe?as, materials e embarca^es — e, futuramente, tamb6m de mao-de-obra — estao registrados na mem6ria dos dois microcomputadores instalados pela

empresa e manejados por profissionais do ramo especialmenie treioados para essa fun^ao. Esse processo permite a comparagao de custos em diversas epocas — desde 1973 ate hoje — e em diversos pontos do mundo. A partir das compara?6es dos dados fornecidos, as decisoes podem ser tomadas sem perda -de tempo e com uma margem de acerto muito maior.

A agilidade na obten^ao de dados sobre a freqiiencia e o custo dos acidentes com embarcagoes,suas causas mais comuns e os prejuizos decorrentes, torna tambem mais agil a analise da quaj se originam medidas preventivas mais eficazes. Seguradores e segurados ja nao precisam esperar que as informagoes Ihes cheguem as maos — eles podem busca-las sempre que delas necessitem. Todos os tipos de sinistros acompanhados pela Brasil Salvage,era todos os casos registrados ate hoje, encontram-se a disposigao dos interessados. Desde as avarias de maquinas, encalhe e avaria no fundo, leme e heiice, despesas de assistencia e salvamento,incendio, colisao e abalroamento, ate os danos causados por mau tempo.

Dados importantes, como a evolu^ao dos custos das pe^as e mate rials nos diversos mercados reparadores do mundo tambem estao sendo colocados no computador para use na aprovagao de custos de reparos.

Daqui a pouco tempo, as informa^oes poderao chegar ainda mais rapidamente, via fac-simile. •

20
j^ERITAGEM
REVISTA DE
'SYa '^DE SEGUHOS
21

1988- atos e fatos

Um ano, sem duvida, movimentado para o mercado segurador. Nao fosse pelo grande numerodemodificagoes mtrodu2idas pelo poder exe cutive,o seria pela realizagao daXIlI Conferencia Brasileira de Seguros Privados e de Capitallza^ao,apos um longo intervale de seis anos. E, senem tudo correu ao agrado de seguradores, corretores e segurados, a expectativa que fica para 1989 e de acertos, ajustes e negoclos solidamente firmados.

Janeiro

• Comeca a vigorar a gestao do Fundo de Compensagao de Variafoes Salariais (FCVS) pelo Ministerio da Habita^ao. Urbanismo e Meio Ambiente, antes administrado pelo Banco Central.

• O seguro de cascos fica, no minimo,40% mais barato para os armadores que operam na regiao amazonica. Circular da Susep reduz as taxas das tres coberturas b^icas e estende seus beneficios as embarca^oes nao classificadas, por um periodo expe rimental de dois anos. Cria tambem a cobertura complementar denominada Desembolso. Esta e a primelra vez que o mercado segurador cede no jogo de interesses do ciclo pre;o elevado — anti-sele?ao — pre?o elevado, tornando esta raodalidade

f?

acessivel a mais de duzentas embarcagoes que navegam nos rios da Amazonia.

Fevereiro

• As importancias seguradas e os premios do seguro DPVAT passam a ser corrigidos mensal e automaticamente,com base no indice da OTN. Com isso, o CNSP pretende raanter o equUibrio do seguro e impedir a gradual desvaloriza?ao da importancia segurada.

Mar^o

• O Limite OperacionaJ (LO) das seguradoras passa a ser convertido em OTN,para que fique ajustado a real situa?ao economico-financeira da entidade.

• Para conferir maior transparencia ao mercado segurador,e instituido o Formulario de Informa^oes Periodicas, reestruturando a sistematica no envio de informa?6es a Susep. O conjunto de formularios consolida OS quadros demonstratives, referentes asitua?ao economico-financeira dados cadastrais e informa?6es operacionais. Podem ser remetidos tam bem disquetes para microcomputadores.

• As demonstrasoes financeiras das sociedades seguradoras passam a ser

corrigidas pela corre^ao mone^ j ^ no minimo,ao final de cada tn® ^ tre. Uma copia deve ser reine" Susep, na mesma data de sua

• O valor da indenizacao de coberto pelo seguro DPVAT, « ^ media do seguro. ^^ep e o Banco Central fir-

em OTNs,passa a ser converti"^" cruzados, na data de seu gamento. As despesas de assis' medica e suplementares, pela cobertura e comprovad^ pagas pelo segurado, serao '""C jo. das de acordo com o limits Com esta medida, a Susep mais uma vez, manter o equ'ub seguro e impedir a gradual des^ zagao da imponancia segurad^^^pi'

• As sociedades de seguro, talizagao e de previdencia ^^,>5 passam a ter a totalidade obriga^oes constituidas at6 a tagao de sua liquida?ao corrigidas monetariamente, a variagao da OTN. Nos liquidatorios em curso, a monetaria e aplicada soment^ , tir da vigencia deste decreto- ^

• OctavioJoseMillietassofue sidencia da Federa?ao Nacio" .^i' Corretores de Seguros e de ^aP zagao (Fenacor).

Male

E aprovado o repasse de P

seguro obrigatorio de veipara custear a maj^^^^ministrativa da Susep. O ret[.f, da ordem de 3,8% sobre a ar-

Sus

^'^"^^uio para desenvolver 'ifini na area de fiscalizagao, ■It promover o intercambio Vd Em funcao deste ^srao instalados em ambas as ^^rminais de computado" '"terligar informa?6es sobre ^Psnho economico-financei^rQj^''3cionaldas empresas de se- "^^Pitalizagao e de previ- f- '^''•Vada aberta e das ifistituij '•^ceiras.

devem atribuir a diretores a fungao de re„ f'dblicas com a Susep, para

informa^oes solicitadas ^^9uia sobre as atividades de ^ atendiraento ao publi-

aos 53 anos, de insuficiencia cardiaca. Delio Dias presidia o Sindicato das Empresas de Seguros Privados e de Capitaiiza?ao no EstadodoRio de Janeiro, cargo que passou a ser ocupado per Wolney Rocha Braune.

• Alem das demonstra^oes finan ceiras, as sociedades seguradoras de vem elaborat e publicar, a cada semestre, demonstragoes contabeis complementares. A Susep pretende garantir maior consistencia e uniformidade aos procedimentos e criterios adotados pelas sociedades se guradoras, inclusive quanto a plena observancia dos principios contabeis geralmente aceitos, em especial no tocante ao regime de competencia.

• O seguro automovel tem sua renovasao simplificada. A Susepaboliu as exigencias de reemissao de apolices, minimizando os custos. A me dida e extensivaao DPVAT, quando contratado em conjunto com o se guro automovel.

Setembro

bonifica^ao, desconto, taxa unica e taxaespecial. O IRB acompanharaas condi^oes da tarifa^ao.

Outubro

Central faculta a aplica- XA-aj ^^cursosgarantidoresdas re-

^ entidades fechadas de privada, sociedades se-

^°^'®dades de capitaliza^ 5^riv j abertas de previden- j em»letras de cambio de ii de k u °^cos comerciais, emiti-

''to

• MocIifica?6es do poder executive alteram o Fundo de Compensa?ao de Varia^oes Salariais, sendo seus recursos destinados a garantir o equilibrio do seguro habitacional do Sistema Financeiro da Habitagao, permanentemente e a nivei nacional. O IRB passa a encaminhar mensalmente ao gesior do FCVS a prestaqao de contas e, sempre que solicitado, informa?oes sobre indeniza?6es pagas e premios recebidos.

• Novoregulamentoparaaconcessao de beneficios tarifarios indivi duals no seguro incendio e instituido pela Susep. A nova regulamentagao preve quatro tipos de beneficios:

• O CNSP resolve que o capital so cial de sociedade seguradora autorizada a operar nos grupamentos de seguros dos ramos elementares, de' vida e pianos de peculio e rendas de previdenciaprivadaaberta,emtodas as regioes do pais, nao poderaser in ferior ao valor correspondentc a 1.200.000 OTNs. Este capital mi nimo seraconstituidodeuma parcela fixa, para atuar em determinados grupamentos de seguros, e de par cela variavel, para operar em cada uma das regioes do pais. As parcelas fixas dos seguros de ramos elementa res e dos seguros de vida e plahos de peculio e rendas de previdencia privadaaberta e de 100 mil OTNs cada. A sociedade seguradora em funcionamento devera apresentar, no prazo minimodeclnco anos,capital e reservas no montante necess^io a adequar-se ao novo capital minimo exigido.

• O CNSP atribui competencia a Susep para aprovar os pedidos das sociedades seguradoras para operarem com bilhetes. Com isso, fica simplificada a contrata^ao dos segu ros, facilitando sua comercializa^ao pclos corretores e reduzindo as des pesas administrativas das segurado ras.

• Decreto reestrutura a Susep, transformando-a em autarquia espe cial, sob a forma de colegiado e com certa autonorala administrativa e financeira.

• E dado inicio ao recadastramento

^RETROSPECTIVA
\ P
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'•ho
]''dde^^'^P^hias
REVISTA DE SEW
* As^
^ SEGUROS
^correnda de operagoes de como cau^ao de
Delio Ben-Sussan Dias,
23

de corretores de seguros dos ramos elementares, vida, capicalizagao e pianos previdenciarios, atraves dos Formularies de Unifica^ao do C6digo de Corretores. O corretor que nao se cadastrar ate o dia 30.12.88 somente podera faze-lo junto a Fenacor. A partir de 01.01,89, nao poderao ser efetuados os pagamentos relatives a comissoes de corretagem aos profissionais que nao tiverem providenciado seu recadastramento.

• As taxas de premio relativas a cobertura compreensiva especial do seguro habitacional do Sistema Financeiro de Habita?ao fleam elevadas em 45,6%, de modo a possibilitar seu reequilibrio economico.

• Seis meses depois do incendio que destruiu a pla1;aforma de Enchova,amaior daBaciade Campos,a Petrobrds e indenizada em US$ 330 milhoes, ficando inclusive com os salvados (jaquetas e deck). A panicipa?fc de resseguradores estrangeirosfoide 95,8%,o que possibilitou a entrada de divisas no pais da ordem de US$ 311.309.071.0IRB bancou US$ 4,8 milhoes e as empresas seguradoras,atraves do seguro direto e da retrocessao interna, responderam por US$ 8.890.929. Os d^bitos estao integraimente saldados, dentro e fora do pais.

• OConselhoNacionaldeTransito cria exigfencias mals rigidas para o licenciamento de carros, estabelecendo que o Certificado de Registro e Licenciamento de Velculos so tera validade com o seguro DPVAT pago, O vefculo que estiver circulando com 0 motorista portando o referido certificado sem a quitacao do seguro nao estarS devidamente licenciado.

CONSIIG

Novembro

• Seguradores realizam, atraves da Fenaseg — apos um hiato de seis anos —,a XIII Conferencia Brasileira de Seguros Privados e de Capicaliza^ao, sob o tema "Desenvolvimehtode Mercado Brasileiro de Se guros: o Papel da Jniciativa Privada e o do Estado". O evento, alem de promover o dialogo entre os varies segmentos da atividade de seguros, debate e aprova uma serie de sugestoes de ordem tecnica e poli'tica. Da Conseg surge a proposta consensual de encaminhar ao Congresso Nacional um anteprojero unico,elaborado por represetitantes das diversas areas do mercado,adequando o sistema de seguros a nova Constituigao.

• Ronaldo do Valle Simoes, presidente do IRB,anunciaoficialmente, durante a realizagao da XIII Conseg, a implanta^ao da retrocessao preferencial. A medida, uma formula alternativa do co-seguro simplificado abrange imcialmente o ramo do se guro dejincendio comum.

Dezembro

• Anormaparaconstitui^aodasreservas tecnicas das sociedades segu- rador^ sofre altera?6es em sua for mula de cilculo. Passara a tomar por base o total de premios captados,recebidos ou nao. redundando em au-

M 06 sf- f"™,' AtS

OFOGONAO WiANDEMiDIAOU PEQUEN^j

ficafacultadaaindexacao

COS de seguros com base na01 cal, nao se aplicando aos tratados em moeda DPVAT,habitacional, reembols despesas de assistencia hospitalares e aqueles com proprios de indexa^ao. , .pt

• O seguro de reembolso de • sas de assistencia medica talar tern suas operagoes das, possibjlitando as condi^oes de competitividadC' lugao da Susep cria linhas g deverao nortear a reaiidade de a guro e, principalmente, aos segurados a proximidade modelo ideal de operatoes-

• O mercado fica dotado de nismos que asseguram a ^d"^ ^ao dos seguros dos orgaos sujeitos a sorteio prestado presas independentes e dasl Sem criar reservas

• Desejando minimizar a condi^oes das operagoes de a Susep concedeu autonomi^^ terios utilizados pelas segur^d® gji? confec^ao dos bilhetes e jpiJ'' namento do premio do viduai de acidentes pessoaiSt P tindo a plurianuaiidade.

• O Senado Federal altera lei que trata da transferene' FGVS do Banco Central nist^rio da Habita^io, Urbaf® Meio Ambiente.

corre?ao monetaria nos dTllT' o ® atuais in- de infla^ao, tornou-se necessdno^adotar prazos ainda mais curtos ae incidencia dos reajustes.Por isso.

• O Banco Central altera a que trata da aplica^ao dos r®'" garantidores das reservas das sociedades seguradoras, dades de capitalizagao e eo^' abertas de previdencia priv^d^'^ tocante aos direitos credit6r'''^-f^' sultantes de fracionamento d®

mios de seguros.

Em materia de acidentes, tamanho nao e docuntenfo. A unica solufoo e confrofor um born seguroe encarar com seriedode os problemos de segurongo do empresa.

Voi longe o tempo em que se fozia seguro em troco de outros servigos ou de credito. Seguro e negdcio serio,que deveser tratodo por gente especiolizodo, otuoiizodo, com tecnicos modernos.

A Vera Cruz monfem umo eguipe de tecnicos e engenneiros de si'sfemos de protegdoe eontrole de perdos. Sdo e/es que compdem OS seguros industriois de umo empreso, nunco sem antes onolisor e estudor os minimos defoIhes,em tudo que se relacione com os atividodes do empreso.

E isto e feito pora grondes, medios e pequenos Clientes.Porque,voltamos a repetir, seguro e segurongo sdo questdes de mentalidode.

Exf/o do seu corretor que consulte o Vera Cruz. Lembre-se que seu tama nho ndo e importante poro o fogo.

PARA A VERA CR efSa Vera Cruz

mM Seguros e Previd&ncta Privada

24
^ REVISTA DE 0W--W'I 9 z
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Central de Atendlmenta:(01 7) 54S-4470/4471

VOCtESTA MUnOMAIS

A Revista de Seguros cumprimenta e pede passagem

Caro Leitor,

Para caprichar cada vez rpais na escolha dos temas e na apresentagao dos destaques que fazem a noticia, a comissao de frente da RGvist3. cte SGgufos conta com o seu julgarnento. Basta preencher o questionario e remete-lo pelo Correio. Nao e preciso selar.

Muito obrigado

Editor

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banerj SBGSUB®®^"^ SorSfh ^^sde sua famiHa^a ° ^^'ste de muito niaior^ bancos do pais e uma aornwla®®"® negocios,com a seguranca de P^ique tranqiiilo aSvn% ^Hprme nos servigos. ^ ^ p . ® ^ ®sta muito mais seguro. ^'ores informagSes consulte o seu corretor ou a BanerjSeg»'"^' a 'U^iM MAISCUHMHDO DE VKK'i rn
V. J*-' nPJi I 1- vVrA AI • I'vn'..
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O que acha da Revista de Seguros?

(a) Considera a Revista de Seguros uma publicagao dirigida exdusivamente ao mercado segurador?

□ Sim □ Nao CH Nao sei

(b) E de opiniao que deveria abordar mais ou menos assuntos especificos de seguros.

n Mais im Menos CH Nao sei

1.

'''

□ Sim □ Nao LH Nao sei

='>-"8encia a revista, in.eressandc

(d) Acha que a revista deveria se restrlngir a assuntos de seguros?

DSim n Nao EH Nao sei

(e) Que outros assuntos desegurosgostariadevertratadcs na;?ewsfa deSeguros:

(f) Que segoes gostaria de verampiiadas ou reduzidas-

2. Qualidade de impresi

3. Pagina^ao

4. Tipologia

5. Fotos

6. llustragoes/charges

7. Estilo redacional

(g) O que le em primeiro lugar na Revista de Seguros?

(h)Nasuaopiniao, qua) devesera periodicidade? □ Mensa/ □ airnestral

Dezeroadez,quaisas nofas que atribui asdiferentes

1- Abertura

2. Perspectiva Economtca

3. Bastidores (Politica)

4. Comunicagao &Marketing

5. 4 Ventos (Atualidades)

6. Centos de Rels (Arquivos da RS)

7. Cultura & Lazer

8. Cr6nica doSeguro (A. PenteadoMendonca)

9. Tributacao (Fernando Cicero Velloso)

10. Sem Fronteiras (Internacional)

11. Humor (jaguar)

12. Matirias de seguros (reportagens, entrevistas etc.

sefoes e materias da revista

de
Ela e: Sim Nao Nao Confiavel □ □ □ ^oticiosa □ □ □ Objetiva □ □ □ Oinamica □ D D ^detica □ □ □ ^"Perficial □ □ □ ^'spersiva □ □ □ ^'^ndario de evgntos 'nf •Tu" loes Humanas ^ffTiatjca ■'smo Ca:'^bonomia ^'ornoblllsmo & sugestoes Grande interesse □ □ □ □ □ □ Coino ve outros aspectos da Revista de Seguros?
a Revista
Seguros.
Apresentagao grafica
OS leitores da Revista < Pouco Interesse □ □ □ □ □ □ MuUo bom Bom Sotrivel □ D □ □ □ □ □ □ □ a □ □ Q □ □ □ □ □ □ □ □ Seguros? leitor '^^®o/atividade % K ocupa * r. superior ^rs de espedaliza?&o k sua faixa de renda mensal? h '^^$1,000 Nr b. .000 a 3.000 Vi ® 5.000 NCz$5.000
I

€ARTA

^nodalidade de seguros

e aqueie que opatrimonio, Q? aos(fetalhes,

azseguro mesmo.Per

inteiro. A tecnologia em seguros lochpe,associada a total harmoma com OS corretores,e responsavel pelo seguro-seguro. Alias,0corretore pe^afimdamental na confecQaode um Bom seguro.Ele e a seguradora se complementam. Alem disso,os profissionais da lochpe sac altamente especializados.cuidando de cada caso individualmente. Thdos tern

Ipoder de decisao. Vocefala com quern decide efazseguros com muita dedica^ao einteresse. F^zendoumi

arrependido. nbc Comoata o quase-seguro com tecnologia. lochpe Seguradora. Nao deixe escapar este nome.

Coleoqui ISR — 52-0905/05 UPPRESVARGAS DR/RJ
Selar
Per FERNANDO CHINAGLIA DISTRIBUIDORA S.A. 20.299 Rio de Janeiro — RJ Dobre aqui :o5ajdpu3 It • 'V V,1 •' "i itiiVOIMBHOR SEGURO taniinpqUEH*DPHXAESCAHUtWAIIA. B
RESPOSTA COMERCIAL Nao 6 Necessdrio
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IDCHPE 5EGURHDDHH 5.H. OO em h 'Ih^.^olieadas; Massey Perkins S.A.'Induslria de MAquinasAgrlcolas Ideal S.A.•Edisa-Elelroiiica Digital S.A.•Tesis InformStica S.A.• ^'ituipfiosPinaneeirasIochDe'Irmaos lochpe S.A. Industria e Exportacao •lochpePrevidencia Pi'ivada S.A.•llcwlclt Packard doBrasiIS.A. •''tuigoes Financeiras lochpe•Irmaos lochpe Exportagao•lochpe Previdenci

A Delphos e como a vtda,como uma simbiose perfeita, natu-' ral e constante entre o fotor hu mane e a fecnologio. Porficipa otivamente do sociedode, contribuindo, de forma quase ononima, com a mais alto tecnolo-

gia e conhecimentos acumulodos durante sua existencio.

Atuando com mois de' 95 clientes, so no mercodo segurodor, a Delphos desenvolve servicos no area de teieinformatlca, com enfase especial na mlcroin-

A resistencia nas crises

oP^ formatica, expondindo racoes olem desse merco

A alto capacidade d® ^ tacao e atuaiizocao, assin^ Je a modernidode confi^^ pgl' seus projetos, fozem phos, um investimento

o proprio governo que o iovj~. ^^■■-se empenhado em uma

^ acaboxi! Assim a quase totalidade dos brasileiros des'fs 1988. Ano em que fatomas principaJmente in(ijj ^oniaram-se para torna-lo um ® Pconomico. A tal ponto mesmo de o Piano CruVe,,.';'^'''^pletar o seu terceiro ani«fOu daquela tentativa fracas^Piano Verao. Mas se o con^intemperies economicas "Utijg' para o cidadao brasilelro, ^foi ogoverno,tampouco

"io •wj ^ OS variados segmentos da Alguns, porem — seja "^iap^^^'^^rammais jogodeclntura.

'^Sjk da maior criatividade, Kf I' porque — conseguiram raenos ilesos do poucos privilegiados ^ industria de seguros, ®"'P®'>ho foi superior ao es^Qt proprio mercado seguS dizer do superintendente Joao Regis Ricardo dos a A despeito de tratar-se de pQr muito sensivel ao da politica'macronotadamente ao comda infla^ao, o setor y""'® b

Pa estar prepa- tAe^ resistir a crise."

It mar^o, a Susep had H 'Vq ^ companhias seguradoras, ^ 1988. Como nesse bloco ^ ^ ,'^as as maiores segurado- 3°®° Regis sentiu-se k P^a antecipar a taxa de setor em rela^ao V ^P'oxlmadamente 9"® conclusao nao ^ ^ divulgadapela Ijj^t ®'paraquemosresultados do ^freram um decrescimo em ^^^comparagao com 1987. NeV duas entidades, contudo,

cendio e lucres cessantes provenien tes de incendio", sublinha.

A grande animagao deJoao Regis, contudo, fica por conta do que esta por vir este ano. Mais especificamente no que se refere a reguiamenta?ao do artigo 192 da Constituicao, a ser aprovada pelo Congresso Nacional, e que preve a criagao de um novo Sistema National de Seguros Privados. "Ou seja, pelaprimeiravez admite-se que a industria de seguros e um subslstema dentro do sistema financeiro national, e que possui caracteristicas bastante peculiares'", anima-se. "Trata-se de uma oport' :nidade historica, e tanto a Sustp quanto as demais entidades, emprssas, hem como profissionais Ugados a este mercado tem o dever de nao deixar passar em branco."

errou em seus calculos. Explica-se: enquanto a Fenaseg baseou-se no IGP para deflacionar os resultados de que dispunha, a Susep preferiu servir-se da OTN.

De qualquer forma,Joao Regis enfatiza sua convic^ao de que, no ano passado, o mercado de seguros ultrapassou as proprias expectativas, tanto em receita quanto em rentabiiidade. Ele admire que para isso contribuiu, e muito, o fato de a corre?ao monetaria ter sido incorporada ao mercado segurador. Segundo ele, 90% da carteira de automoveis estao indexados. E, como e sabido, esta e, historicamente, acarteira que carreia maior volume de premios.

Outro fator positive apontado peio superintendente da Susep foi a liberagao significativa na flxa^ao das tarifas nas areas de seguros de auto moveis, incendio, lucres cessantes provenientes de incendio e seguros de vida. "Foi especialmente importante para o setor a autoriza^ao do desconto para os seguros contra in

De infcio, a Susep promoveu uma serie de reunioes com o objetivo de discutlr e diagnosticar os principals problemas que afligem o setor. Dessas reunioes surgiu um anteprojeto, que foi submetido a audiencia publica, vindo a se enriquecer com criticas e sugestoes, de modo a tornar-se um projeto definicivo, para entao ser encamiiihado ao ministro da Fazenda que, por sua vez, devera encaminhalo ao poder executive.

Desse anteprojeto constam alguns topicos que certamente serao aprovados pelos demais representantes do setor e, possivelmente, deverlo mexer no funcionamento do mer cado a medio e longo prazo. Para comecar, a Susep propoe o aumento do capital mmlmo das seguradoras, que atualmente e de US$ 50 mil, para nada menos do que o equivalente a US$ 7,4 milhoes. O prazo para a adaptagao progressiva a esse novo patamar minimo e de cinco anos.Joao Regis adianta que cercade 30% a 40% das seguradoras (o que significa dizer cerca de 35 empresas, uma vez que o pals possui 96 compa-

O FUTURO NO PRESENTE ~1 ENTREVISTA
SERVigOS TECNICOS ■y ww I bWlllWN./W MATRIZ; Rio de Janeiro - Roq Itapiru 1249 Tol 279 01:00 ti «■. Manaos/234.3025-Fortolezo/244.0055-Lf/224572?'^^ '221-9121 -Belem/ Hotonte/224.3096-Brasilia/223.1296-GoBnia/2246437 t -Sao Lois/ Gra„de/3B4.551,.Caia66/624.,37,-Pas^X"t^J?J2)?SKy^p,Si^
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'^de seguros
Joao Regis dos Santos
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nhias seguradoras) nao dispoem do capital mmimo que a Susep esra propondo. Por outre lado mantem-se o limite de 30% de participagao do ca pital estrangeiro nas companhias se guradoras. Alem disso, o anteprojeto preve a possibiiidade de regionaliiatao das seguradoras, e, ate raesmo, de uma posterior especiallzagao. Dito de outra maneira: se aceitas as sugestoes pelo Congresso Nacional, breve o pals podera contar com seguradoras especializadas tapsomeate em seguros de vida, ou se-

guros de automoveis, e assim por dlante.

O prato de resistencia do anteprojeto da Susep,contudo,e a proposta da criapao do Fundo de Garantia de Credito. 'Trata-se de um instrumento existente em quase todos os palses, pelo qual o segurado ceni a garantia de receber os beneficios por que pagou", explica Joao Regis."A forma como isso sera feito ainda esta em discussao." Tudo isso, segundo ele, devera fortalecer a imagem do produto seguro junto ao publico, e,

A boa performance do IRB

Nos seus cinqiienta anos de existencia, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) conheceu no ano passado a sua melhor performance financeira: um lucro de nada menos de NCz|29,2 milhoes. E isto apesar de ter registrado deficit tanto nas operapoes de resseguro internas — algo em torno dos NCzS 6,5 milhoes quanco nas operapoes externas,onde o deficit chegou a NCzS 36 milhoes.

O que garantiu o bom resultado final de 1988, no depoimento do presidente do Instituto, Ronaldo do Valle Simoes, foram os investimentos no mercado financeiro, que renderam qualquer coisa perto de NCz$ 505 milhoes."Uma quantiamais que suficiente para cobrir os deficits e todos OS demais encargos da entidade, fais como a conta da correpao monetaria dos valores patrimoniais, o resultado administrative e os ajustes do resultado operacional", explica,"depois do que verificou-se um lucro bruto de aproximadamente NCz$ 42 milhoes."

Ap6s o Imposto de Renda e a provisao para o Finsocial, restou o lucro liquido, do qual NCz$ 2,8 milhoes foram distribui'dos como dividendos aos acionistas, e os NCz$ 26,4 miIhoes restantes destinaram-se a engrossar a reserva de lucro que,incorporada ao patrimonio liquido do' IRB, elevou-o para NCz$ 242 mi-

certamente, incrementar os RUMOS ClOS.

Quanto ao futuro mais imedia'O cud ou seja,o correr deste ano,que. c indica, nao devera ser menos tuado do que o foi 1988 —Jo®® gis nao mostra grande preocup®?^

"De fato, se vier um periodo de retrain' cessao, o mercado ira se concede,"mas nao o farameno^ quadro for de hiperinfla^ao- ' resto, como foi dito, o setor ) • frentai" 'vou ter resistencia para en ses", conclui.

'^romessas da primavera

Viilares Vlanna

•Ihoes."Um patrimonio que hoje representa tres vezes o volume de premios de resseguros retidos", orguIha-se Ronaldo Simoes. "Uma rela9ao que se traduz em um indice de solvencia altamente satisfatorio e enquadrado dentro dos mais exigentes padroes internacionais."

Outro motive de orgulho para o presidente da entidade deveu-se ao fato de o patrimbnio liquido do IRB em 1988 ter-se mantido no raesmo patamar dos dois ultimos anos, em moeda constante, apesar dos portentosos saltos inflacionarios verificados

no ano passado. O setor , segurador, por^''' da deixou de sofrer as agruras q

ano, que se fizeram sentir atividade de resseguros. Uj^d plo: a receita de premios ,a<. e res'e ^ f. I®' , da ordem de NCzS 1 ',,(1^^ ros, ua uiuciii ue Ihoes, no ambito interno, s«i'' nos de 3% em termos reais"um crescimento aparente> teria acontecido se recomP"'

ceita de 1987 dos desconco'^ concedidos aos premios de ros, a titulo de incentive ^ eao de seguros indexados Ronaldo Simoes. 0^^

e vice-versa. O que acontecera em 1989?

® 9uem ache que o compor-

ano de eleigao e em plena vigencia de um cho.^^condmico — o terceiro, alias, num curto espago de ^Po — paQ 50 pode saber o que vai acontecer com a J■ '^^rnia brasileira; e o mercado segurador nao esta ao desenrolar dos acontecimentos. Ou, como }J.'^ Um executivo do proprio mercado: a experiencia que quando a economia vai bem o seguro vai fo.,.

h ^Penderfundamentalmente do Produto Interno aponta o diretor Sep Companhia Paulista Francisco Borges E, sob esse ponto de vista, \ 5^^^">05 ser otimistas" — diz que um menor do PIB, fruto do pacote ''i. '^0 apelidado de Piano Ve- "•V:ai

^^mentar a perda do merca-

'Ore

^(.1. 'ate■COS Costa espera efeitos < In - carteiras de automoas duas maiores, que numeros de em numeros de no-

da estrategia do Piano — e boa para quem tem fluxo de cabca positivo, como ele garante ser o caso das com panhias de seguro, que podem aproveitar esse momento. Dessa vez e Foglietti quem concorda, admitindo afinal que sua companhia' esta tentando repor as perdas da segunda quinzena de janeiro.

A questao tem mais dois lados. De certa forma, o diretor de operagoes da Ajax Companhia Nacional de Se guros, Caspar Luis Machado, tam bem acredita que o mercado va se re gular naturalmente, porque essa tem sido a constante. Partindo do prindpio que os juros financeiros nao ficarao eternamente altos e nao trarao, portanto, a mesma perspectiva, ele preve ajustes e, conseqiientemente, mais juizo por parte das companhias na contrata^ao do seguro.

Felice Foglietti considera que o mer cado nao sofrera maiores perdas com 0 que chamou de 'tempestade de verao'

§5 2 ""^sult

El

ado das seguradoras

Mais: os premios de retr montaram a NCzS 75,3 "Ora, a receita liquida dente a reten^aopropriado de Resseguros foi inferior a premios de seguros diretos dados no pai's", exalta-se- .^o De qualquer forma, ValleSimoesnaosemostraP ta. E tern seus raotivos. gumenta, "a expressao tanto do IRB quanto das ® seguradoras, tem sido o chave no desempenho de to aC'. tema para a absor?lo de dentro dopais. Um desemP^''^i5 j( cepcional, uma vez que as Perdas exterior tem ficado histori^^ cet,(\Sv.

guros como aconte- "1, Ufa

V^«as ^ 'ii, cli, tie se

-'e revela nao estar vendo, ^'P'o, um impacto maior nas o £lano Crurado, em Pregos estavam desatualiza1(1

35% e 19% do to- ®^ios, respectivamente. Sua ^ cautela v' sera bom. K ^li[ .^^"Presidente de marketing M^gji"^erica Seguros, Felice Manao e tao incisivo e deX^^ificildi:izer que o Piano va abaixo de 4% dos premios ros diretos do mercado ^

^ SEGUROS

criado mecanismos contra a inflapao, seja nas coberturas para oi segurados, seja nos premios, seja nos sinistros. Parece pensar da mesma forma o vice-presidente de produ^ao da Bradesco Seguros, Armando Erik de Carvalho, que tambem nao se mostra muito apreensivo.

Com duas semanas de Piano Verao, Armando Erik de Carvalho nao via grandes mudan?as no comportamento das seguradoras. "Percebo preocupa^ao da parte de todos, mas nao vejo nisso nenhuma conseqiiencia pratica" — ressalva. Lembra ainda que a alta das taxas de juros — parte

Pelo seu raciodnio, o mercado vai ter que conter sua expectativa de renda patrimonial e ser mais competente nas vendas e no service, alem de mais criativo, para aumentar sua participa^ao no PIB. E isso certa mente vai influir no crescimento projetado para este ano que, se gundo ele, era de 59%, em termos reais:—proje^ao feita depois da 13-^ Conseg, em novembro, baseada num mercado mais livre, com menos participa^ao do Estado. Para o diretor de opera^oes da Ajax, o Piano Verio veio apenas segurar um pouco o crescimento, que ele ainda acredita sera um crescimento real de 30%. Os corretores de seguros, porem, estao extremamente preocupados com o que esta acontecendo.

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IRB
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Ronaldo do VaJJe Simoes
y^J^sntodomercadodesegu-
para este REVISTA DE
afirma que o mercado, ou 'ir, ® pessoa fisica, nao terao e digeriram rapidamedidas depois do que j ^u como "tempestade de veporque o mercado ja havia
Na visao dos corretores, o mer cado esta completamente perdido e repetindo o que aconteceu no Piano Cruzado — ninguem sabe como contratar seguros. O argumento e do presidente da Federacao Nacional dos Corretores de Seguros e Capitaliza^ao (Fenacor) Octavio Jose Mil-

A responsabilidade civilizada

O seguro de re.sponsabilidade civil do empregador foi ressuscitado,gra mas a nova Constituigao. Ou gra?as a uma simples troca de palavras. Ou ainda de conceitos, como bem esclarece o consulcor juridico da Fenaseg e do Sindicato das Empresas de Seguros do Rio deJaneiro,Ricardo Bechara Santos. ^

Ocorre que, ate entao, uma sumula do Supremo Tribunal Federal (STF) impedia que um empregado acidentado pleiteasse uma indeniza?ao maior na justi^a comum pelos danos pessoais sofridos no trabalho, exceto havendo dolo ou culpa grave por pane do empregador. Mas como poderia al^em provar que houve premedica?ao no acidente?

Dificilmente se conseguia provar isso — explica Bechara Santos — fazendo com que aquele seguro perdesse a sua razao de ser, pois era,em tese, um seguro sem riscos. E isso

liet, que denuncia: depois da decreta?ao do Piano Verao e a circular editada pela Susep sobre o assunto, a correcao monetaria de janeiro foi expurgada dos contratos vigentes na ^poca.

Milliet, que preside tambem o conselho de administra^ao do Comite de Divulga?ao Institucional do Seguro (Codiseg) e o Sindicato dos Corretores de Seguros e de Capicaiiza^ao do Estado de Sao Paulo(Sincoseg),conclui que isso representa uma perda minima de 36%. que corresponde avariacao do IGP de janeiro quando a OTN ficou congelada em NCr$ 6,17. Essa perda ira para os segurados — diz ele — refletindo-se nas indeniza^oes e trazendo descredito ao setor.

Apesar de ser uma incognita o fu ture da inflacao, para Armando Erik de Carvalho, da Bradesco, a curto prazo, ela for?osamente diminui, o que e bom para o pais e para a inddstria de seguros. Isso nao significa, contudo,que sera eiiminada—avalia ele — o que sugere a necessidade de

certamente comprometia a imagem do segurador, ja que nao seria Ucito receber um premio que nao correspondesse a sua garantia — completa.

Bechara Santos, tambem superintendente iuridico da Generali, lembra ainda que dolo e culpa grave sao cldusulas excludentes nas apolices, o que por si so sentenciava a inviabiiidade de se operar aquele seguro.

Agora, as coisas mudaram, pois o novo texto constitucional jaadmite a indeniza^ao complementar quando incorrer dolo ou apenas culpa, mesmo que levissima.

A expiicagao dada peio consultor juridico da Fenaseg para a mudan^a de conceitos encontra sua logica nos tempos atuais. Segundo ele, quern acaba estabelecendo o conceito de culpa sao sempre os tribunals, nocando-se, porem, que a culpa e entendida como um erro de conduta, um desvio da normalidade no agir ou abster-se.

Dai, conclu! Bechara Santos: "Como o conceito de normalidade no agir do ser humano varia de

utiliza?^ de algum mecanismo de indexagao.

Ate o momento, em relagao aos contratos em vigencia, as seguradoras estao usando o I'ndice de Precos ao Consumidor (IPG), mas, daqui

tempo em tempo, de iugarpaf*' gar, tal como modismo,tambe®fl sas marolas vao se transfornian°® conceitos de culpa."

Para o consultor, o brasileiro vai agora se ver subffl®'|ao risco, considerando os seguro obrigatorio de acident"^ . trabalho e o amplo espectro pode se constituir uma indeo' . por responsabilidade civil, 3 direito comum. Bechara plica que esse direito leva inclusive, os ganhos do ' sua faixa etaria, sobrevida cargo que ocupaetc.,alem de'' indenizaveis como dano roon" tico, lucre cessante e outrosA conciusao do consulcor) ^ e de que o empregador deixar de reaiizar nenhuif' seguros. Furtando-se ao segj^ gatorio,sefaraauco-segurad risco, ate os limites das a

de iniimeros outros, desde '^oficiais,como acontece na maio'® iios mercados do mundo, onde

menor.

^^par Luis Machado, da Ajax, tifabe: Histe, tOlti

espera que as companhias se mas informa que, mesmo Pfe9os momentaneamente con""i OS contratos supenores a ^®tadias japodemserfeitos com l^specie de protegao. No seu ^0 ^ deVeria serfeita ^sempenho da caderneta de

poupanga ou das Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

O fato e que, em meio a uma multlplicldade de indices, ninguem sabe direito como corrigir as importancias seguradas nem como cobrar o pre mie relative a essa corregao — advertem OS corretores. O presidente da Fenacor diz que uma ideia, mais do que a de se utiiizar o IPC,e criar uma raoeda especial para o seguro, indexada a variagao desse indice. Se isso nao for feito, prossegue, as segura-

^^''os cessantes: atualizar a cartelra

t jJq mercado de segup a premios,6 oriundo guro de lucros cessantes e um 'ces de lucres cessantes, as ifj chegaiii nem a 5% da car"ad exemplo. Esta ^o e independente de culpa. Se Fena.seg alizar o outro, facultative e suscitado, sera tambem au rador de um risco incalcula"

para a frente, ninguem bem."O que nao e possive jjjii venha a ter uma infinidade xadores" — observa o dente de produgao da referindo-se ao fato de aos ^ novos ser permitida a ^ clausula de corregao mone^® OS indices que as segurado^ Iherem. ^

nciusoes que constam da , ,,j ^ncomendada pela Fena.seg '^if^j^^'Ptesa de consultoria,com o <letectar os motives pejy ? modalidade de seguro encontrou receptividade • De posse do trabalho, a nova administragao, i^'ta^ ^tivar e desenvoiver esta *5Ue, na opiniao do econo^3 coordenou a pesquisa, e ^ social para o acionista e ^Ofg^'^Ptesa, alem de seus fornejQfg^.'.'^'stribuidores e comerciali-

doras terao um acumulo de emissao de endossos de notas de seguros tao grande,que inviabilizara seu proprio sistema de emissao de apolices. Outra coosequencia detectada por Octavio Milliet como decorrencia do Piano Verao e no campo da comercializagao, princlpalmente quanto ao fracionamento do premio. Sua apreensao tem dois motives. Primeiro, porque nao se sabe o que acontecera daqui para a frente. Segundo, por causa de uma circular do IRB, edi-

nessa realidade que entramos", explica.

seguro total de fluxo de caixa, mas seu nome inibe o consumidor. Pelo nome, pa rece que ele so garante os lucros,que na verdade compoem apenas de 5 a 10% da margem total global, que inclui'receitas variaveis, mais custos variaveis, mais a margem para cobrir custos fixes e cujo residue e o lucro".

Menos expectativa de renda patri monial e mais competencia nas vendas e services,com liberdade,e o que preve Caspar Machado

Por enquanto, as compa" 5 tao contratando seus cruzados novos,masaSul A jji ^ certamente todas as dema'^'^^ci^ cluiu clausula que garante do contrato, se novo indexa recer. "Acho que a readaP^^ novos contratos sera facilparece claro que dentro da ea consumidor existe ainda a tiva de inflagao futura. mercado vai ter que tos atrelados a algum indite lisa seu vice-presidente , ting.

A Felice Maria Foglietti, ^ apresenta como um bom i embora admita a possibil''^ /

Sr. na primeira quinzena de ^0 de 1988, a pesquisa des^ primeira regulamenta^®6uro de lucres cessantes •yVta quando so era aplicado j.^^'^ercial. Nove anos mais ^'0 ^^^^ndido ao setor indusentao,houve pequenas que fizeram desta carteira parado no tempo", ^'edade como um todo ainda ojinenso sentido so".tcros cessantes", diz o coor^ do trabalho, que acredita dos fundamentos para esta de percepgao e o nome do iV q,'Segundo ele,esta dencminaindica com clareza o que a ® pode cobrir. "A rigor, o se

O coordenador do trabalho lerabra que, nos Estados Unidos,este seguro teve melhor sorte ao ser batizado. "La ele e conhecido como Business Interruption Insurance, ou seja, se guro de interrupgao de negocios", o que,em sua visao,funciona de forma mais adequada, ja que o objetivo da carteira e formular uma apolice que abranja o proprio negocio do segurado."Em caso de sinistro, esta tudo garantido — pagamentos de funcionarios, de fornecedores, de financiamentos, de dividas. O seguro pode ate cumprir corapromissos contratuais."

O coordenador da pesquisa sobre lucros cessantes valeu-se de uma instrumentagao pouco usual em economia, para radiografar a situagao desta carteira: a tecnica conhecida como anaiise marginal, que cem uma forte conotagao 'macroectinomicosocial' e nao se vale de demonstrativos contabeis e de lucros brutos. Ela opera, portanto, com o somatorio das linhas de produgao de uma empresa, extraindo sua margem bruta. "A separagao das margens permite ura jogo, um entrelagamento, e e

O emprego da anaiise marginal permitiu a descoberta de que6% das pequenas e medias empresas tern se- ' guros de lucros cessantes, ao passo / que este mimero cai nas grandes em- ■ presas, que acham que nao tem que segurar o lucro."A carteira tem que ser mais bem propagada para ter me lhor penetragao", defende o coorde nador da pesquisa. O mercado con sumidor deciara que o seguro e caro, mas ele contra-ataca que "e caro por-& que ninguem faz, ha um baixo coefi-iiR ciente de sinistraiidade, em torno de* 10%,sendo que os valores dos sinis-r tros estao baixos e defasados,e ainda,' existe falta de prepare no sistema de venda".

E nesse ponto que ele levanta uma diivida: sera que os corretores estao preparados para uma renovagao do seguro de lucros cessantes? "Com esta pesquisa,a Fenaseg vai poder estabelecer um dialogo tecnico-operacional entre o segurado,o seguro e o futuro, raunida da anaiise marginal". Ele teme, porem, que os corretores nao penetrem no mesmo processo. "Sera uma nova instrumentagao e um novo enfoque, um enfoque social da comunidade em relagao ao seguro", complementa, afirmando que a essencia do trabalho e "proper uma revisao filosofica", tanto a ni'vel da ana iise economica quanto do ponco de vista de seguridade. "Lucros cessan tes e o grande seguro soc'al, e a sociedade precisa ser acordada para isto".

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/
"^•^inftagao, maior ou
REVISTA OE St
A DE SEGUROS 33

tada em fevereiro, que reduz drasticamente o prazo de recolhimento do resseguro. Se antes .esse prazo era parcelado,entre 105e I35diasapartir dadata de recebimento do premio pela seguradora, agora ele pode set ate em uma linica parcela e com pen'odo de recolhimento reduzido.

Nesse caso ficaram os seguros vultosos de incendio (os maiores do Brasil, conforme Milliet) e os ramos de lucros cessantes,tumultos e riscos de engenharia.

Segundo o presidente da Fenacor,, isso faz com que as seguradoras nao possam fracionar o premio em mais de quatro vezes, e vai diminuir a produ^ao de premio destas e dos correcores. "Mais uma vez se toma uma decisao em detrimento do segurado" — lamenta ele.

Do lado das seguradoras, ha duvidas tambem em relagao aos efeitos do Piano no balan?o das empresas. E o que acusa o vice-presidente executivo da seguradora Porto Seguro, Jayme Brasil Garfinkel. Ele diz que, como OS ativos nao seriam mais corrigidos monetariamente, haveria uma reducao da capacidade de retengao das companhias, proporcional aos seus ativos. A medida provisoria 38, de 3 de fevereiro, estabeleceu esta corregao, sem indicar, contudo, um indexador.

Isso acontece justamente num ano em que o mercado segurador passa a adotar um novo piano de contas,que vai permitir demonstrafoes financeiras mais corretas, no entender do vi ce-presidente de produ?ao da Bradesco. O novo piano,que a Bradesco Seguros adota desde Janeiro mas que algumas companhias so usarao a partir do segundo semestre, determina que 0 premio seja contabilizado durante a vigencia do seguro,o que an tes era feito quando o dinheiro entrava.

De qualquer forma, o presidente da Fenacor faz ainda mais um alerta:

O reflexo do congelamento de preCos e a eventual queda nos juros poderao colocar em situa^ao extreraamente dificil as seguradoras que andavam concedendo descontos absurdos, atraves da circular 22/87 da Susep. No primeiro sinistro vioiemo que tiverem, vao para o ar todas as

fao para operar com tarifas propn®' e com capacidade efetiva de Cao e taxagao de riscos,alemdosa contos tecnicos, ele acreditaser^ a linica forma de reduzir (aplicagao da circular 22).

Enquanto as entidades dp cado segurador desenvolvem^ dos para definir um projeto que responda ao artigo 192 da ^ titui?ao Federal, a Fenacor lerar o processc. Ela esta vendo um mandado de junto ao Supremo Tribunal . (STF),pedindo que ele Congresso a edipao da lei mentar imediatamente.

des de Carvaiho,em relacao a ques tao da desindexacao.

Para uma infla^o nao eliminada, "nao e possivel que se venha a ter uma inilnidade de indexadores", adverte Armando Erik

reservas dessas companhias" — sentencia Milliet.

Essa circular, que permite que as empresas deem descontos nos ramos de incendio e lucros cessantes dele decorrentes, tambem sofre restri96es por parte de Armando Erik de Carvaiho,da Bradesco,que critica os niveis de comerciaiiza^ao. Para ele, esses niveis estavam numa escalada naosadia,que naoeboaparaaindustria, O vice-presidente de produgao da Bradesco diz que os pre^os nao esta vam compativeis com a estrutura de custos das empresas e que estava havendo .uma concorrencia exagerada nos niveis de comissionamento e desconto. E o Piano Verao e, para ele, uma oportunidade de se repensar isso, de ver se o mercado esta no caminho certo,o que nao considera.

Ainda assim, Armando Erik de Carvaiho nao ere que haja mudan^as fundamentals nessa area, opiniao cqmpartilhada por Felice Maria Foglietti, da Sul America, para quem nada muda,"salvo que por tres meses estaremos congeiados".

Menos drastico,o diretor da Ajax, Caspar Luis Machado,entende que o desconto e um desagio no pre^o de tarifa,reconhecido pelas autoridades e assumido pela industria, para ser aplicado dentro de um programa tecnico. E, pelo menos enquanto as companhias nao conseguem habilita-

A alternativa sugerida cor e de que, caso isso nao STF, na forma que a le' „it 1 c ^ examine o texto constitucion seu parecer, que passa a set P jj(, tro para a legislagao 1^ Os corretores esperam 4^^ , traga modernidade ao mercaUof vel de orgahizagao-, de urn m

Na pratica,Octavio Mill'®' Ofi'

sua classe deseja nao somen'® mais soltas, com rela?aodade e funcionamento do ji)' como tambem uma inger®'' nima por parte do governo raente,a veda?ao dos bancos rem nessa area. g

O grupo Sul America, ^ utna de suas sete empresas de seguros associada ao considera esse um canal imP mas nao vital, pois vend® 209/ do total do seu plica Felice Maria Foglief''; uiiia pratica de comerciaH^^^ seguradora independente ele, frisando que o mesmo e que o consumid"' centro da questao e tenha sua liberdade de escolha.

O vice-presidente demaf"

Sul America acha dificil sera a lei, embora a Gonstit" pareca taxativa nesse asp®-^ entende que os bancos tiv®''.AO, - I !•

CcO, papel importante na distn^- j dif^usao do seguro,e nao ^'S®" i/ distrib''. critica. Para Foglietti, a criti®® algumas praticas pouco ^ que criaram condicoes inibid livre escolha. ^

das tentativas do governo ao j'ltuir 0 Piano Verao foi acabar ^'oteniza^ao da economia. De '°queseviaeraaOTN tomando do cruzado, ate nas transa^^is banais,correndo o risco de a primeira moeda nacionai. .'^guro, ela indexava nao so preL ^'nistros como era o fator de dos balances das empresas, lie a correcao monetaria ininstituida para as demons^^financeiras das seguradoras a ® 51 de dezembro do ano pas-

^ medida provisoria 32,o go®Cabou cora,as dqas coisas de . reitituindoi porem, a dos balances logo a seguir, ® qualquer forma,leva omer^SUrador a ter que se organizar ^nte."So vendo a que niveis a ^ai chegar" — diz o diretor "^^^^tamento de controle eco" da Susep, Rogerio Marcon-

forma ligada a banco,a ^f'ca, na pessoa do seu vicede marketing, e contra o [^''•'11^ ^ de cartorio, que determina t'^de comercializar, quem nao

^ i^^^'^'^uanto isso,o presidente do ° das Empresas de Seguros ^iiulo quer apenas alguma uo tamanho dos oligopo(^'ti^^'^do que deve haver uma lei evitar abuses do poder ^ d ® qtie um setor avance na

V Bradesco Seguros V 'ih ^ havera mudancas estrutu'"tantes no processo de co'^^?ao — admire seu vicejjg producao. Reconheclima ie restricoes, Ar'^''ikde Carvaiho espera.conA qUe ele se limite a determina-

tos, como acontece no

internacional, em que os , Podem vender seguros nos jAi., ^'da, saiide e capitalizacao.

Para os contratos com clausula em OTN (a principal carteira do merca do, a de automoveis, estava quase 100% indexada), passou a valer a variacao do IPG a partir da data do con gelamento — explica Rogerio de Carvaiho. Mas se o sinistro ocorreu antes, a indexacao vai ser paga pela OTN congeiada de NCzS 6,17.

Outra hipotese e levantada pelo diretor da Susep; se o sinistro veio apos o congelamento, o que sera considerado e a OTN de NCz$ 6.17 mais a variacao do IPG registrada en tre primeiro de fevereiro e a data da ocorrencia. Para os novos contratos, a Susep estipula,em circular de 26 de janeiro, que eles poderao conter clausula de atualizacao monetaria,livremente pactuada entre as partes, desde que o prazo de vigencia seja superior a noventa dias.

Ha ainda outro aspecto. Se os se guros nao eram indexados,sera tablitada a import^cia segurada pelo fator de conversao de cruzado velho para novo, da data do sinistro.

Segundo o diretor da Susep, os beheficios da indexacao foram muitos, e o segurado tinha a certeza de receber o valor da indenizacao corrigido, que podia ser de 100% — ele garante —,dependendo do bem que estava sendo segurado. Nesse aspec to, afirma que a OTN atendia plenamente as aspiracoes do mercado. No que toca a correcao dos balanCos,extinta pela medida 32 do Piano Verao e restituida logo depois pela de n.® 38,Rogerio de Carvaiho e de opiniao que, mesmo com niveis baixos de inflacao, e imponante que se tenha um parametro que a leve em consideracao nas demonstragoes financeiras. Para ele, tirou-se antes apenas o termometro para nao se ver a temperatura do doente, embora febre pudesse existir.

As pressoes do merc^b finan-sv ceiro acabaram trazendo de volta O: ; fim do artigo 185 dalei 6404/76 — di lei das S.A. —,que determina a cor^^j regao monetaria do ativo permanente e do patrimonio liquido da^ companhias,com base nos indices de desvalorizagao da moeda nacionai.

tern seus percentuais delimitados por lei.

Quanto a assistencia medica, Gar finkel sustenta tambem que as em^ presas vinculadas ao Ministerio da Previdencia tem maior liberdade de atuagao que as seguradoras, sob o controle da pasta da Fazenda. "Estamos competindo no mesmo merca do, so que temos regras muito mais rigidas de atuagao e operagoes de venda mais controladas" — afirma, desejando ainda que as seguradoras pudessem deter o controle de em presas de outros setores.

Como no Piano Cruzado, o mercado esta desorientado e ninguem sabe como contratar seguros, avaiia Octa

portantes lembradas por Jayme Gar finkel, do Sindicato das Empresas de Seguros de Sao Paulo. Ele acredita ser essa uma oportunidade para as seguradoras lutarem por mais espago e diminuigao das restrigoes a sua atuagao,como ocorre, por exemplo, no caso das reservas tecnicas, que

O vice-presidente de marketing da Sul America acha que o mercado esta teraporariamente lento, numa pausa que reflete a sua maturidade. Ja o presidente do Sindicato das Empre sas de Seguros e de Capitalizagao de Sao Paulo nao teme o congelamento e sim OS dias em que as empresas fl eam paradas, esperando a definig'ao das regras do jogo.

Sao dois pontos de vista mas, na verdade, o setor vem encontrando

34
^OTN ''^posta
\>lvida
.x,a
V
essa questao mais po-
REVISTA DE
4 SEGUROS
' ainda outras posigoes im-
35

dificuldaides ha algum tempo em rela^ao aos reajustes de tarifas que precisa fazer em sua principal carteira a de automoveis. Esses reajustes,feitos para proteger a indiistria de seguros dos niveis incrivelmente altos das pe^as de reposigao, tornam assicn mesmo os pregos dos premios incompensaveis, assegura o diretor da Ajax, Gaspar Luis Machado. Isso se verifica mais nos mercados de grande risco,como Rio deJaneiro e Sao Paulo,diz ele,onde os premios

de algumas marcas chegam a atlngir 15% da importancia segurada, enquanto teoricamente deveriam custar 7,5% do valor do veiculo. E mesmo b prograraa de calculos a partir do carro usado tem mostrado um resultado bem superior aos 7,5%.

A solu^ao apresentada pelb diretor da Ajax passa por um maior controle de.precos das pe?as de repositao ou um convenio entre as companhias de seguro e esses fornecedores, que poderiam resultar em pra-

C)s complementos da lei

As tao esperadas definigoes da le.gislagao para o mercado de seguros, com a promulga^ao da nova Consti.tuipao brasileira,em 5 de outubro do ano passado, ainda devem demorar.

Isto porque a Assembleia Nacional Constituinte incluiu a area de segu•ros'no ambito do Sistema Financeiro Nacional, cujas atribuicoes e extensao deverao ser estabelecidas me,,diante lei complementar. Esta e a prijineira conclusao apontada por Luiz '^avares Pereira Filho, diretor da ■f'^radescb Seguros, um dos partici-

3>aQtes do grupo de trabalho convo|:ado pelo Comite Organizador da Conseg, para estudar as mudan^as legislativas no setor provocadas

Aela nova realidade constitucionaJ.

jSegundo ele, enquanco a lei com^felementar nao foreditada, permane'Cem validas as leis que tratam da atijvidadedeseguros—o decreto-lei 73 aparte do Cbdigo Civil que trata do ontrato de seguros —, salvo aspec ts conflitantes com o escabelecido a Conscituigao.

De acordo com as Disposigoes ransitbrias, a contar de 5 de outuro, o Congresso Nacional tem 180 las para estabelecer a lei compleentar relativa ao Sistema Finan:eiro Nacional, que Luiz Tavares ;credita ditara as atribuifoes de banOS, inscitui^oes financeiras e seguadoras. "Algumas conclusoes ja po em ser tiradas, a parcir do que diz o exto constitucional. Ele definiu a istSncia de um 6rg^ nficiat fiscal, ue corresponde a Susep, e de um

tica de pre^os bem inferiores ,^| teira de automoveis. Alie-seaiss" tarifas diferenciadas pela uti guardados veiculos — oquep Gaspar Luis Machado o caifl' inevitavel para baratear o seguro. • ^

OdiretordaAjaxinforrns'l" „ em licita^ao publica a pernussa que o ramo vida opere Nesse caso, o IRB sairia do ro, ate os limites da comp3" estivesse operando.

^^pliareobjetivaraparticipa-

orgiio oficial ressegurador, que cor responde ao IRB", revela o diretor da Bradesco Seguros. "A Constituifao tarabem deixou claro queaautoriza^ao parafuncionamento das seguradoras — a carta patente — e inegociavel e sera concedida sem onus a todos que tenham condi?6es economicas, tbcnicas e de idoneidade."

Luiz Pereini tambem deduz que o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) perdera os poderes normativos de que hoje dispoe, devendo ser transformado em orgao consultivo ou mesmo ser extinto. Isto porque o artigo 22, VII. afirma que "compere privacivamente a Uniao legislar sobre polftica de crediro, c^bio, seguros c transferencia de valores". Pelo seu entendimento, devera ser criada uma forma de as questoes tbcnicas da area de seguros serem levadas a quern possa regulamenta-las, uma especie de conselho consultivo. Apos os 180 dias estipulados, o artigo 25 das Disposi^oes

Transitorias revoga a delega^ao ao poder executivo de ter asao referente a determina?ao normativa. Com isto, caso nao seja liberada lei complementar, a Susep perde seus poderes normativos, a menos que o prazo de seis meses seja prorrogado

A Constituifao enfatizaaprote^ao ao consumldor, acredita Luiz Tava res. "A legisla<;ao que deve ser edi tada a parcir dela (a infraconstitucional) tera como principio bisico esta tutela." Outra defmi^ao impor-

re Mas Luiz Tavares

sP

tante, em sua visao, quanto a intervengao dominio economico. de seguros, a legislacao cria^ao de seguradoras e de seguros que tenham tas principals orgaos ,^qoi verno, ou melhor, que sej^^, ladas por entidades estata'Spostal^ 5

e a do M •Hoje

das coraissoes tecnicas ^5 ^ pelas seguradoras junto ^ representa$ao e, Kj^'^ente, junto ao Sindicato ^QjP^esas de Seguros Privados e no Estado de Sao sse e um dos objetivos do 'ita(jJ^^'dente do sindicato das sePaulo,Jayme Brasil que tomou posse no dia em concorrida ceri-

Para Um mandate de tres 1989 a 1992. mecanismos que podem gj'^^J^ontribui?ao, como as coafirma Garfinkel, executivo da Porto \ Quetenhammenos gente e recomenda,

"6: grande preocupa^ao elaboragao da lei ela que vai atentar para as a que poderao ser exercidas P jgr OS profissionais do merca guros, tendo por reference* joj j cipios de protegao ao nao-interven?ao do Estad'^ tor." Ele nao acredita que -

de •dst,

veratrataremprofundidadc^

tratos de seguros, que pelo menos em sua parte P no Codigo Civil. "Os coo^ vem ficar reservados a leS'® dinaria."

a",/;

O importante, em sua jjcy esfor^oconjuntoqueom^*^ sfP'V fazendo, no sentido de piy um trabalho de consenso

pleito de 14 de fevereiro; \ da Pederagao Nacional ./fet, '•9,rs ° (Fenacor), Octavio Mil-

•=•—' .^f'-'^iK ue Mattos; o ex-presidente

posse de Garfinkel, ape- ^la^^^^dias apos a implantacao ^i?- ^®tao, transformou aceriC verdadeira 'assembleia' N executives das comSeguros e das principais ^ do setor para discuriros t, Piano Verao na indiistria presentes o Vj, dQ do Institute de Ressegu- "fasil (IRB), Ronaldo do o titular da Superin'C Si, V Ici * uluiai ud executivo. "A ideia e ^ projeto de lei conjunto J, tagao no Congresso reflita as necessidades e os P vista do mercado de segufO®' sentido, cada entidade lhando em anteprojetos \ para posterlormente agrup^'^, um s6 lexto, que traduza ^ goes esperadas pelo setor.

i de Seguros Privados (SuV ^®-dgis Ricardo dos Santos; da Fenaseg, Sergio Au' eiro; Rubens dos Santos Se elegeria presidente da de Seguros e de Ca5^^1dente da Associagao Na■f' Companhias de Seguros, .\L^di das Seguradoras de Sao

^lavio Cezar do Nascimen ^^os, SEGUROS

Reunibes improvisadas nos corredores do salao; o superintendente da Susep confidenciando com o expresidente do Banco Central, Fer nando Milliet (hoje voltando as atividades de sua corretora); esse foi o clima predominance naposse do pre sidente do sindicato das seguradoras paulistas. Foi uma excelente oportunidade para os segmentos do mer cado discutirem e buscarem solugoes para as mudangas do Piano Verao no setor, como o fim da indexagao, uma antiga reivindicagao, finalmente praticada, e agora, temporariamente, suspensa. "Vamos procurar fazer do sindicato um lugar onde as companhias conversem", diz Garfinkel. "Agora, por exemplo, o que est4 em discussao e a adaptagao do setor ao Piano Verao", acrescenta. Garfinkel e o mais jovem presi dente do sindicato das seguradoras de Sao Paulo. Com 42 anos, atua no mercado de seguros desde 1981, seguindo a carreira de seu pai, que era diretor da Atlantica Boavista ate ad-

quirir a Porto Seguro, em 1972. A nova diretoria do Sindicato das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao do Estado de Sao Pau lo, para o bienio 1989-1992, esta assim constituida: efetivos-. Jayme Bra sil Garfinkel (Pono Seguro Cia. de Seguros Gerais); Joao Julio Proenga (Noroeste Seguradora S.A.); Fran cisco Caiuby Vidigal (A Maritima Cia. de Seguros Gerais); Pedro Pe reira -de Freitas (Multiplic Segura dora S.A.); Acacio Rosa de Queiroz Filho (Cigna Seguradora S.A.); Ga briel Portella Fagundes Filho (Sul America T.M.A. Cia. de Seguros); Sergio Carlos Faggion (Indiana Cia. de Seguros Gerais); suplentes: Fer nandoExpedictoGuerra(SantaCruz Seguros S.A.); Olavo Egydio Setubal Junior (Itaii Seguros S.A.); Joao Francisco S. Borgfes da Costa (Cia Paulista de Seguros); Joao Gilberto Possiede (Bamerindus Cia. de Segu ros); Clelio Rogerio Loris (York shire - Corcocado Cia. de Seguros); Antero FerreiraJunior (Finasa Segu radora S.A.); Sergio Ramos (Ame rica Latina Cia. de Seguros); conselho fiscal — efetivos: Humberto Felice Junior (Boavista - Itatiaia Cia. de Seguros);Jose Castro Araujo Rudge (Nacional Cia. de Seguros); Ryuia Toita (Concbrdia Cia. de Seguros); suplentes: Joao Bosco de Castro (Cia. Internacional de Seguros); Roberto da Silva Ramos Junior (Panamericana de Seguros S.A.); delegados representantes — efetivos: Jayme Brasil Garfinkel (Porto Seguro Cia. de Se guros Gerais); Edvaldo Cerqueira de Souza (Skandia-Bradesco Cia. Brasileirade Seguros);i«/'/e«tet,- Francisco Caiuby Vidigal (A Maritima Cia. de Seguros Gerais); Jiilio de Albuquer que Bierrenbach (lochpe Segura dora S.A.).

1 /»
^ais objetividade das '^ornissoes tecnicas
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REVISTA
Jaime Garfinkel
• 37

ELEICOES

Nova diretoria da Fenaseg

Maior representatividade do mercado

AFedera?ao

Nacional das Empresas de Seguros Privados e de CapitaiiEa(;ao (Fenaseg) ja elegeu a diretoria que devera conduzir a entidade no trienio 1989-1992. A nova diretoria, escolhida a partir de chapa linica articulada pelos principals executivos das seguradoras, sera presidida pelo diretor executivo da Itaii Seguros, Rubens dos Santos Dias, que ja ocupou o cargo de vice-presidente do sindicato das seguradoras de,Sao Paulb durante dois mandatos consecutivos (1983-1989), e diretor secretario da Fenaseg na atual gestao, vice-presidente da Associagao Na cional das Companhias de Seguros,e membro do Conselho Fiscal do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Ele sera o primeiro presidente de Sao Paulo da Fenaseg.

Aeleigaofoireaiizadanodia l4de fevereiro peio conselho de representantes da Fenaseg, composto pe los presidentes de sindicatos das se guradoras de Sao Paulo, Rio de Ja neiro. Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Para ng

Como informa o presidente eleito, foi realizada uma alteracao nos cstatutos da Fenaseg, aprovada em 6 de dezembro de 1988, para viabilizar a composi^'ao da chapa linica a eleicjao da entidade. Uma das principals modificagoes foi a extingao dos cargos preestabelecidos na diretoria antes de sua eleii^ao. Agora, somente apos a elei^ao da diretoria e que as fungbes a serem ocupadas pelos seus mcmbros serao determinadas. "Uuis fazer uma chapa de consenso onde todos OS scgmenros do mercado estivessem representaJos", esclarece Santos Dias, Outra alteraijao iraportante nos estatutos da Fenaseg foi a criaijao do conselho consultivo, que nao e elei to, mas indicado pelo presidente da entidade,que sera,tambem,seu pre-

namicas e objecivas; 4) desenV um sistema de comunicacao permita o acesso imediato c* P as informa^oes sobre tentes no banco de dados, ptii OS seus aspectos relatives a economica que a Fenaseg '"'■'f

sidente, Esse conselho tera, no minirao, nove raembros e, no maximo, doze, incluindo o presidente. Para comp6-lo, deverao ser convidadas figuras representativas e de dedsao do mercado. "Vai ser um forum de debates de alto nivel", diz Santos Dias.

Uma das prioridades do novo pre sidente vai ser trabalhar pela regulamentaijao do setor de seguros no pais, para adapta-lo a nova Constituivao. Santos Dias destaca, ainda, outras prioridades de seu mandato a frente da Fenaseg: 1) dar continuidade ao process© de informaciza^ao do orgao, para atendef ^ necessidades internas c do mercado segurador, estreitando os vi'nculos existen ces junto a Susep na utilizaijao do respectivo banco de dados; 2)forta-' lecer a representa^ao da Fenaseg junto aos orgaos publicos, assim como de entidades semelhantes, tais como: Federa^ao de Bancos, de Industrias, do Comercio e de Consumidores, visando a uma melhor transparencia do seguro em nosso pais; 3)rever a atua^ao das comissoes tecnicas para adequa-las as necessidades do mercado, tornando-as di-

A nova diretoria da Fen assim composta: presideiilidos Santos Dias (Itaii vice-presideiites: Alberto Continentino de Araujo olii" nhia de Seguros Minas dio AfifDomingos (lndiaf>^^j^j(J'| nhia de Seguros Gerais)i Baptista Viaiina (-Bradesco S.A.); Hamilcar Pizzatto dus Companhia de Seguros)' jpii'" ton Chichierchio da Silva ricana Companhia de pg(C'', rais); Miguel Junqueira^^,j^,ii'' (Companhia de Seguros do Su{)\dtretores: Adolpb^ Filho (Ajax Companhia jijil'', Seguros); Antonio §,A, Marinho (Banorte Segura''®

Ivan Gon^alves Passos Companhia Nacional de Nilton Alberto Ribeiro ' {in Companhia de Seguros). fi , Baptista Pereira de (Companhia Paulista de Sergio Sylvio (Companhia de Seguros ^ P- ii' Terrestres Phenix de Sergio Timm (Vera Cruz S.A.); conselho fiscal:^

, ARTES diASTICAS

Oali - Midas, 8®nlo ou bufao?

Eu'soK, fP^^sentava uma conferenj ^ fiumina?ao das manchas YW e do rosto", no 12,° Estetica, em Barcelo1977, quando fui interpresidente da mesa diSalvador Dali, por te'S^^'^^convidavaairaParispara "^^nchas senis. vS " ^ depois, no Hotel "^tde

ele se hospedava, fui •N seu secretario, numa ®norme suite, Dali apa- me e perguntou: Cima, seu "•llj fazer o tratamento

i/eScgam. Descendente de alemaes e Italianos, mora ha anos na cidade raineira de Sao Louren?o, num palacete, hoje transformado em Fundagao Cima's. All mantem um horto medi cinal, unindo estudos de Fitologia a Estetica Humana, sendo ainda psicologo e professor de Educa^ao Fisica e Naturalismo, com metodos desenvolvidos por ele proprio. Seu pequeno castelo fica dentro do perimetro magnetico latitude norte/sul, 22 graus, do Tropico de Capricornio, cujas vibra?6es sac tao intensas que podem ser sentidas por quaiquer pessoa. Hoje,grande parte dos turistas busca, aiem das aguas milagrosas de sete fontes hidrominerais, o magnetismo da regiao, mais sentido no obelisco em frente ao templo da Sociedade Brasileira de Eubiose, colocado numa praga que forma uma mandala. Tambem ha a chamada Montanha Sagrada, onde nao se pode construir nada. La, as vibragoes sac muito maiores, e curas acontecem normalmente. Sao explicadas pela Fisica. A magnetizagao coloca em equilibrio as desarmonias do organismo desgastado.

A ideia do Museu Dali nasceu numa conversa do fotografo Meliton Casals (Meli, na foto) com o artista Oswaldo Teixeira

quadros (reprodugoes assinadas) e fotos ineditas de Salvador Dali, Gala e amigos, em diversos momentos da vida do casal. Entre os quadros, destaca-se "El Pan", a unica reprcdugao sobre tela existente no mundo. O original faz parte da colegao particu lar de Dali. A Colegao Sagrada, com posta por cinco quadros, onde se destacam "O Cristo de Sao Joao da Cruz" e a "Madona de Port-Lligat", foi assinada e oferecida a Cima pelo pintor.

^ maos! " Ele ^ ss maos e, com ar de es^rlarou; "Estas manchas ormar em quadros daliEu ^'rou-me as costas e suSUei° o Que fazer, como SS r 'ugarlFoi quando o se- C't "l^areceu

Porem, nao sao as plantas nem os tratamentos de beleza que hoje sao o orgulho do professor Cima. Seu orgulho maior e ter, na AmericaLatina, a maiorgaleria de arte particular com

Gala era mais velha dez anos que ele. O pintor, literalmente, enfeitigou-a quando raspou as axilas, pintou-as de azul, multicoloriu-se e es-

■J sii Companhia de Seg^roS de S/A); E — Julio Bierrenbach (lochpeS.A.); S — Hamilton (Safra Scguradora S.A.); ^

Antonio Pereira da Companhia de Seguros); aquim Antonio Borges

,f. .If. seguinte. Dali tinha marcada com a AnQ Maxim's. No diaseguino secretario

° pintor estava a

° Meurice.

>1 e me pediu para Sergio Correa Vianna (C" A

i, 9^ ""lega o

Companhia de Seguros).

38
Rubens dos Santos Dias
RA E LAZER
REVISTA DE 5^^ A •SEGUROS -rtenaciiisi 'itSj.'-XJ-:
Nl? deferencia, disse-me N ^ento era para Gala,
'\^
V
sua
professor Elias ''"evistaconcedida^Rewr/t? JA
39 IV.
Elias Cima, responsavel pela Fundagao Cima's, e orgulhoso proprietArlo de uma galeriade reprodugoes assinadas porDali e de uma original, e inedita no Brasil, colegao de fotos do mestre

fregou no corpo e cabelos oleo de peixe e excremento de carneiros. Glorioso! exclamou Gala,dando um bye-bye definitivo ao marido, Paul Eluard, poeta frances do movimento surrealista. Viveu com Dali 52 anos.Foimae,irma,esposa,amante,genial divulgadora e gerente de marketing do artista. Era bonita, extremamenre sensual, muito inteligente, adorava peies, perolas, diamantes, ouro. So a ela Dali ouvia e obedecia,como uma crianca. Ele nao ligava para dinheiro. Foi Gala quern introjetou nele o amor pelo euro, a tal ponto que-se considerava tao ou mais Midas que o proprio Midas;"O que eu toco vira ouro!" Gala foi toda uma agencia de publicidadeparaDali. Aprovaeque, quando ela morreu, em 82, Dali entrou em decadencia fisica, foi vi'tima de um incendio em seu castelo, ficando muito queimado,enfrentou o escandalo das telas falsas. Ele assinava telas e papeis era branco,e tiravam partido disso. Como sempre, Dali chocou a opiniao publica: ora dizia serem suas as telas, era negavaas. Isto levou museus,galerias, colecionadores e marchands ao desespero. Seu prestigio caiu muito.

Gala foi, ainda, comenta Cima, enquanto observa o trabalho de dois microcomputadores,a incentivadora de tudo o que Dali escreveu, inclu sive do seu "Metodo paranoico-critico", onde o autor inventou e demonstrou que um artista obtinha resultados sublimes pela simula^ao controlada e Iiicida da doen^a men tal, visto que a paranoia e um delirio de interpreta?ao com estrutura racional. Gramas a isso,o pintor via duplos significados nas coisas. Assim Dali definia a pintura: "Fotografia a mao,as cores da irracionalidade concreta e do mundo imaginario geral."

Cima descreve Dali como dono de rara hipercriatividade: fazia quatro, cinco coisas ao mesmo tempo. Pintava, esculpia, brigava, atendia gente, telefone, assistentes, voltava ao guadro, a escultura...

Indagado sobre os habitos do casal, o professor responde que G«ia era vaidosa, narcisista, como Dali, sexy. Dali era o maximo da excentricidade. Dormiam em alas separadas. Ambos tinham plena liberdade,rela-

5ao aberta,sendo que a liberdade de Gala era maior. Dali dedicava a maior parte do dia a produgao arti'stica. Sua casa, situada numa praia defronte aos rochedos do Cabo Creus, era fonte permanente de inspiracao para ele, que, exph'cita ou -veladamente, pintava o mar e os rochedos que amava como fundo de seus quadros. — A casa, dentro,e um labirinto incrivel! Lembra, por fora, uma caixa acdscica, e nao creio ser possivel enquadra-la em qualquer estilo arquitetonico a nao ser o estilo daliniano.

,— No estudio,.continua Cima, OS grandes paineis passavam por uma fenda no assoalho, a propor?ao que secavam, e descia um novo espa?o branco. Numa saia, ombaixo, eram enroiados ate serem emoldurados Todo esse trabalho era artesanal. Ha telas especiais, como o retrato de Abraham Lincoln (Cima aponta um quadro na parede), que voce precisa olhar com um binoculo ao contrmo ou estar em determinada posi?ao, olhos semicerrados, para perceberIhe agenialidade; Dali pintara o presidente americano, usando Gala nua para compor-lhe o rosto! Gala foi sua musa, sua unica paixao e, praticamente, sua linica modelo.

-Cima comenta o movimento sur realista, destacando os grandes amigos do pintor; Andre Breton, pai do surrealismo — movimento que pretendia harmonizar o social, o politi co,o religiose, o artistico e o econo-

eJ' tct"^ prf realmente amava o ouro. iff* ouro era a busca maior dos (aludia a Alquimia). O ouro e OS banqueiros sumos Entretanto, nao foram talistas que separaram alismo. Foram motives de litica, quando passou a P'""'" franquista e monarquistaBuhuel fez com ^ (55 primas do cinema em tod pos;Le chien andalou e t climax da cinematografia Brigou com_ um dos amigos, Garcia Lofca,aqd^ C - - -»dc' de homossexuai. Mais 'se sabe ^

essa ocasiao, nao se sabe rompe com a irma

por ela continuar mantd'^^^^jfJ^ amizade que a ligava ao j.

luz. Lorca escrevia paraado-j-r "Responde,e se teu ze-lhe que nao seja vagdb seus desenhos me <> cebe a amizade mais carid ^ amigo et bobout, Federico p del Casino, 31/Granadacarta, o trecho: "Adeus.K/i uiP

O Ursinho mandou-rdd contando-me nao sei jd Marquina. Dentro de poUC

Da Cole^ao Sagrada, os destaques "O Cristo de Sao Joao da Cruz", a "Madona de Port-Lligat", a "Santa Ceia", "Cristo dos Cubos", "Corpus Hipercubos", alem de um estudo do Cristo de Sao Joao da Cruz, sao as vedetes da Galeria. "Toureiro alucinogeno" e outra beleza.

A^

Aenga/tf. (Grifo nosso).

® "^ue Iho digas... Escreveteu irtnao esta pintando. fotos. Nao queres? Relembran^a e o carinho \ — Federico."

Na. e inseparavel bengala ^ ]• ^ I^ali seria o obieto falico i- 'Sar oI'lJajw- ''nconscientemente, os '80s? A verdade e que a eti^"trealista expulsou Dali do em 1939. Ele acusava a 3tQs^^do e espalhou aos quatro Lorca era homossexuai e 5 Ncq grande paixao...

V ''b ^ ^?Lem que o artista foi po- Nifi^Ndsta, teorico, modelista, Va-,.®'^uimador de fe'stas, ven-

V feirance. Louco,ge- ij Scij^^^tico, divino, sao' alguns

Ote que marcaram, para V do notario Salvador g '• Itie vaticinou, na decada a monarquia na Espatarde, o menino catalao, LNg ?lldemaiode 1904,com

V ^ C) ^ Salvador Felipe Jacinto 'jiNs recebe do rei Juan 'C de rf ^^P^tha o titulo de marV y Pubol. Gostava de ■'!Nica com extravagancia, t'Lida servida em seus cas^ champagne rosee, feito para Gala e ele, vinhedps do castelo de Figueras.

Inquirido sobre o prato favorito do pintor, conhecido como extravagante gourmet, Cima responde. Tanto podiam ser as costeletas de porco que ele pintava sobre os ombros de Gala, como moscas! Dali era o imprevisivel em pessoa. Tinha pai xao por moscas, borboletas e formigas. Elas aparecem na maioria dos seus quadros! Uma vez disse; "Se voce river uma ferida e sobre ela pousarumamoscavarejeira, oprazer que voce sentira ao ser sugado sera dezvezes maiorque umorgasmo!!!."

O que e chocante para nos era naturalissimo em Dali!

Cima esteve algumas vezes em casa do artista, levado pelo seu fotografo particular, Melli, de quem e muitoamigo. Paraoresponsavel pela Fundapao Cima's, o surrealismo perde um genio, as artes plasticas, seu bruxo maior, o rei do paradoxo. Mas 0 surrealismo continuara mesmo sem Dali. Basta olhar a vida com olhos dalineanos! O surrealismo eo nossocotidiano, e o nossomundo em ritmo apocaliptico! Dali conseguiu mais do que rimar, harmonizar democracia com monarquia, anar-

Gala de Dali

quia, pejorativa e no sentido lato, economia, capitalismo e sovinice, industria, arte, poesia, enfim o que todos OS surrealistas sonharam fazer e nao conseguiram, juntos ou separados. A morte o fez mais vivo. As emo^oes, ele continuara a passar. A diGculdade e que jamais teremos um novo Dali!

O professor Cima encerra a entrevista fazendo um convite a todos.os amantes da arte para visitarem a Ga leria Salvador Dali, em Sao Louren<;o. O hotel Primus, que ha tempo conta com uma galeria de arte, e o hotel Brasil proraoveram, com a Funda?ao Cima's, a"SemanaDalineana", de 4 a 11 de mar^o. •

\

por Dali e oferecida a ele.

^ SEQUROS

40
Cristo de Sao Joao da Cruz
mico. Depois, vieram Picasso, ' Magritte, o dinamarques J'." Stirsky, Giacometti, Freud, Bun^ Garcia Lorca,Tristan Tzara e o Rompe relagoes com Paul Elu ^ momento em que Ihe posa Elena Dianakova, que ria famosacom o nome deG ^ ton cria um anagrama "Avida Dollars", de que logo tira partido, aAnaM^^'^>j
Madona
^ d ^^®La de receber do fotof ^^vador Dali mais de du^ galeria conta com V''h preciosas reprodu- uma c6pia do zodiaco ^dopQj.j5^jgQfgj.gj.idaaeie.
Maria Celia Negreiros

Underwriter

O BB acusado!

O presidente da Fenacor, Occavio Jose Milliet, promove,em'seu nome, urn mandado de seguran^i contra a BB Corretora de Seguros, pertencc-nte ao Banco do Brasil. Esse mandado esta sendo examinado em segunda inscancia na Justigi Federal e rem duas razoes de set,segundo Mil liet.

Em primeiro lugar, por se tratar de corretora ligada a capital do governo,o que e proibido por resoiu?ao do CNSP e reafirmado por medida provisoria, aprovada em 1988 pelo Congresso Nacional. Em segundo,por ser uma corretora ligada a uma seguradora (Brasileiro/Iraquiana), cujo capital em a^oes preferenciais e lOOCV detido pelo Banco do Brasil, que detem

ainda 50% dasordinarias(com direito a "veto).

Esta segunda liga^ao tambem e ilegal, tanto pelo exame da lei federal 4^4164,que regulamentou a profissao de^corretor de seguros, quanto pelo decfeto-lei 73/66, que dispoe sobre o sistema nacional de seguros privados. Ambas impedem lej^lmente o exerci'cio da corretagem de seguros por pessoas ou empresas ligadas a companhias de seguros.

Embora existam muitas compa nhias nesse particular, Milliet justifica a movimentagao dos corretores pelo faco de essa ser uma empresa no va, criada em 1988. ano do nascimento da nova Constitui^ao.

guro *0 FACS

Vera Cruz Seguradora S/A

r

Clube Empresa Vida Total

langa

ia' iiiff'

O Clube Empresarial de lan^ou, em janeiro, o .oi Total, atraves do qual pode ® , aufs" tratado o maior capital segde '"'I

Brasil para as coberturas natural, morte acidental c por acidente — CzS 400 do

Faz parte do markecmS ^51 produto, capaz de atrair to madas da poputagao, a cional para assistencia de tuita para urgencias em gem. A garantia para a ap'"' ^ do Vida Total e feita pof des seguradoras que Nao bastasse tal cacife,0 presarial montou um esqo massifica^ao das vendas de ^ em todo o terricorio nacioO I A

^Oube dos Executives esta com .'""^defac-simileemopera^ao. vantagem do Facs, para o Executives, seus corretolr^jj^^"''ados,reside no fate de que necessaries para liqui'^sinisttos,entre outros,bem 'ilk)

'N:P^Postas de segurb com ne-, d •ki) e ^r. aceita^ao imediata, pode qualquer lugar ''^cebidos no mesmo ins:felc

*'tin ^'^^cutivos.ti'aro, da agiliza?ao na co-

reclamar sinistro

Seguros, piomodalidades de "^ercado brasileiro,como • para a constru^ao civil. decorrentes de ma,q uinas e muicos outros.

extraordinario con-

munica^ao com o mercado como um todo.

O envio de documentos via Facs e extremamente simples,similar a uma ligagilo telefonica, E aqueles que nao possuem um Facs em sua empresa ou escritorio podem contar com as agendas de Correio e postos telefonicos, varies ja aparelhados, para o envio de documenros via Facs.

O numero do Facs do Clube dos Executives e: (Oil) 255-1550.

O engenheiro Ivo Falcone, 39 anos, que durante os dois ultimos anos dirigiu aregional RiodeJaneiro da Vera Cruz Seguradora — e aumentou a participa?ao dessa regiao de 6,7% para 11% no faturamento global da empresa —, acaba de assumiraregional Sao Paulo. Cora isso,a dire?ao doRio passaa ficar sob aresponsabilidadede Claudio Araujo, 35 anos, tambem engenheiro especializado em seguros industrlais.

O objetivo de ambos e implementar ainda mais a participaeao da Vera Cruz no mercado, o que acontecera principalmente atraves da criagao de uma estrutura de comercializa?ao capacitada a prestar services personalizados e que atue hos diversos ca nals de distribui^ao. A palavra-chave desta estrategia e atendimento agil e simpUficado que auxilie o corretor e, conseqiientemente, o proprio clietite da Vera Cruz.

O

IBGR se alia

O IBGR — Institute Brasileiro de Gerencia de Riscos — informa que, desde janeiro, passa a ser parte integrante do Itsemap do Brasil Ltda. Institute Tecnologico Mapfre de Seguran^a e Engenharia Ambiental,de propriedade da Fundagao Mapfre, que e uma entidade privada sem fins lucrativos sediada em Madri, Espanha.

A referida integragao, representada por um capital inicia! da ordem de um milhao de dolares, impiifara uma consideravel ampliagao das atividades que vem sendo descnvolvidas pelos dois institutos junto ^em presas brasileiras.

A curto prazo,sera implementado

0 Laboratorio de Higiene Ambiental

(em convenio com a Faculdade de Engenharia Industrial — FEI), bem como incrementadas. as atividades nas areas de gerencia de riscos e se guros, seguran^a e higiene do trabaIho, meio ambiente, prote^ao contra incendios, seguran^a e confiabilidade de processes, atraves de serviyos de consultoria e assessoria, cur ses e seminaries, publicagoes e audiovisuais.

Com este novo empreendimento, a Funda^ao Mapfre consolida no Brasil a sua filosofia de difundir e fomentar a?6es de preven?ao e controle de riscos, dando mais uma parcela de contribui^ao para o desenvolvimento tecnologico dessas areas em nosso pai's.

A coordena^ao cornoft^'' marketing para este lan?tt- .5,-^ a cargo de Joao Alberto j, Paulo Nathan WarchavskVtrelam no mercado de vida apbs trajetbria plotta j frente da Golden Cross. ^ x • EiTtP,-' vos diretores do Clube t de Seguros pretendem ' periencia que tiveram 0^4 -i die''' presa de assistencia meo CO' J coordenaram um esquernit'dos mais bem sucedidos tamberri no Paraguai.

^ ''tsa agiiizar e desburoJit)^a^j^'^°t:esso de uma eventual f^sultou de um trabaSe ^ meticuloso,para cada ^ detalhes sobre .'t, '^^'dencias que um segu^ ^dotar, a quem procu- e que documentos ^tiando ocorrer um sinis-

Estamos seguros de que este foIheto sera um excelente instrumento para o publico em geral e acreditamos que os leitores devam ser informados sobre a existencia desta publicagao bastante util, cujos exemplares poderao ser pedidos gratuitamente em qualquer escritorio da Interamericana no Brasil.

Formado em engenharia civil e de seguran^a e bacharel em administragao, Ivo Falcone esta na Vera Cruz ha 12 anos. Ja Claudio Araujo e-engenheiro civil com especializagao em seguros no College ofInsurance dos Estados Unidos e esta ha 14 anos no mercado de seguros.

Onfiatiga Companhia de

'it,- yirnunica que alterou sua para Confianga Seguros Gerais, atra-

'' >■

REVISTA DE se® 1 ''oe .l SEGUROS

Assim, a Companhia reroma seu nome original, de tradigao e conccito eievados, ela que foi fundada em 1872.

43 •t>v.

QUATRO VENTOS k/vi-
42
_°terecer aos consumidode seguros um > de que e o Guia para Sinistro. GUIA HtCLAI.UCAO ISTHO
O lancamento do segun'' ^ tal,em Sao Paulo,inauguf';'^ jji J la?6es do micleo comerc'^ presa na capital, a rua 7 .f/C 386, 2,° andar. Ari Gorne® presidente do Clube lou sobre o produto e as •t . y.
^Perintendencia de Sfcguque abre no mercado de 'Susep) c devidamente vida, carente de inovag(5e' /v'iV'Ai Junta Comercial d e apresentadas pelo Vida
Inobstante, o controle acionario permanece com o GBOEX — Gremio Beneficente, a maior entidade de previdencia privada do pals. Claudio Araujo

CONTOS DE REIS

SPEaATOR 192',

'OIVIIVliJIVilOAPOS

LER FAZ MAL A VISTA E AO CEREBRO

Os commerciantes bioeileU ros. em geral, tem horror d leitura.Aqueles que ossignam revistos commerciaes o fozem poia attendei a pedidos, mas s6 passam a vista por ©Has ligeiramente. Outros nem sequer as abrem,entretanto. babam-sede gozodeantede umadescompostura de um jomdl vermelho ou perdem boras em ouvir e contor anecdotas picantes.

Dahi. o" atrazo, a ignorancia em que vegetam. Jd foi um dogma no commercio portuguez, que a leitura faz mal, e isto iicou...

Os povos mais adeantados no commercio e na industria sdo povos que Iwm. Nada se faz impiricamente.

Na AJlemanha, alem dos institutos commerciaes e das escolas proitsaionaes, ha uma escoia de seguradores, como a Franga tem uma escola de holeleiroa, e escolas de cozlnha.

Dado o desenvolvlmento que vae tendo o seguro no Brasil e o levantamento do nivel intellec tual dos directores de companhios. a unica flevisfa que etuste dessa especialidade de-

via ser muito lida. entretanto, ndb o 6. Os proprios directores deviam tomal-a accessivel aos seus funccionorios, para que tivessem umas tinturos da theoria do seguid. das suas regras legaes e do que se tem decidido sobre os seus vaiios assumptos. Ndo se lembram disto, porem. Osagenciadoresdesegurossdo incopazes de contratar com conhecimento de causa. Tudo se faz a esmo, estupidamente, e dahi prejuizos para os seguradose duvidascom as segurado.ras. Se uns e outros conhecessem alguma eoisa, muitas divergencias seriam evitadas e a profissao seria mais suavemente exercida.

VINTENS CHO

S'lifi'ssasseisiassaaut

fftBsgiaspgepjFpyi^-

COUSA^S PRATICAS

"Vamos fazer uma apolice'M

'•IJidfl . e total o numero

°9®nles de seguros

® ^uaiem um contrac^ ®«steumatechnicaper-

W ^^'cenaria de garihar amiude,a fechar

''Ksi seguro, por dizendo, muito

^ '®cto6 a quantia, ssso 'esolvem pelo teexpedite e

muitas vezes ali-

esses lie ''^^iodos, no suppo'ozer um seguro sWj^P'otico comofechar

jj '■ Qevia cuidar me-

muitas vezes, sem quantia expressa para elles.

Ao agente consciencioso cumpre, pois, pedir vistas das apolices existentes, sempre que um seguro novo pioposto, (ndo dizemos seguro pedido), for de notureza tal que possa dor margem a possiveis collisdes.

— "Vamos fazer uma apolicel"—eaexpressdoconiqueira dos seguradores syntheticos, quando melhor seria dizerem: "Vamos redigir a sua minuta."

Ndo se pode pintorum quadro a oleo sem o previo esbogo do desenho, tombem ndo se comprehende "enchei uma apolice" sem primeiio armaro esqueleto da proposla.

Mal sabe, entretanto. o descuidado representante, que somma copiosa de energia se peide naquellas "facilidades"!

Ganhom tempo mas perdem tudo mais.

O agente que ao tomar um se guro, perguntasse ao cliente: 'lEstdo beni ieitas as suas apoli ces?" — "A redacgdo detlas estd perfeitamente unifonne?"

Por que o seguro e olhado com desconfianga? Porque quasi toda a gente o desconhece e principolmente porque quasi todas as companhias sdo mesqulnhos no emprego de meios adequados d propaganda dos seus principios e ate d defesa dos interesses collectives, mental dessa gente basta dizer achor quem as defenda. quem que ao sahir esta flevisfa o di- trabalhe para ellas, de graga. rector de uma companhia disse No momento de pagar, se encoao seu gerente que ella ndo o in- ihem como caramujos.

Para se avaliar a indolencia

teressaval Uma outra compa- As classes octivas do Brasil nhia. alids rica, nunca Ihe deu Precisam estar em constant© vium annuncio e a propria assig- Silancia contra a Politico e o natura d choradal Pisco.,Os induslriaes formoram

Uma empresa que receia Centre poderoso,que os deavariar-se com 25$000 e positl- ^®nde e propugna pelos seus invamente uma miseria, uma Istesses. As despesas vultosas

grande e indecente miseria!

dOOJ T0C2

que foz no Congresso (I) e na imprensa sdo rateadas por todos OSassoclados, de accordocom a sua importancia. Vd se fazer al guma coisa pelo Seguro! Mesquinharia e nada mais; entre tanto, esaa mesma gente verle contos de rdis em indemnisagoes indevidas, principolmente se o segurado e rico ou importante e deve ser adulado!

A falta de intelllgencia faz com que algumaa compafihias tenham desattengoes e ridicularias com pessoas em condigoes de Ihes fazer bastante mal.

Ha dole annos, uma dessos mal aventuradas empresas, tendo de pagar uma contribuigdo de avaria gtossa a um senador (por signal advogado de companhias de seguros, no nor-

te) niarcou tres gamento e na bora ndo era encontrado " Um outro senad"

seguros de vida. u"'V cou no liquldagdo troto dessa noturez®^io^f terrestre, que combi" lorda indemnisagdO'

to, comtudondofe®" " ^

to, forgando-o a P® vengdo iudiciaria' ^0 Um iuiz do Supr®-"

exerceuantesaadV^

cedo roubado ds j"* nos manifestou xaa contra a mes"'® Ora, a segurador^'^jg t que a)usta o ^ ser prompta em t® contraiio e a imp®"^ d® . quesignificafallenf' -1. J segundo o criteri® O seguro tem '' ltS

to [J'uma estreiteza de deiramente depl®' *, mol do que bem Ih® certas proticas. N® ^ ^ cangulnho o diab® 'rintens, diz o ditad®' A A mesquinhez ^ cessosdeconcorreoC .1 que devora uma® progiesso de ®"'^''g,})®VV nhias: o excessiv® jg® / bolsa na justa e ^ retribuigdo dos ®® Ihes sdo prestado®' W ndo d de molde a ^ feigdo sympathicd ®^, J de^cagoes e confW^ ifv

diVer—,

que o ''"em ser feito com o e meticuloso pois so assim se nas litqueixou de uma^

9cq„ ""t seguro e meditOT-

S °

^ J'Oia °® "0*0 V 'de-' .'"^smo ofastada

Seria a sua preCC* excesso de errada tigdo das verbas "'v-io aas ver NestesLS'SS^Pa^hial ^0 ''oao proponents

caucraria que em cer- '08 d

^e tomando o sefioe e mercadorias.

O bom agente ndo deve dizer ao segurado sendo; "Vamos redigir a sua minuta". Nesta expressdo estamos preparando o onimo e a boa vontade do cliente parase fazerum seguro bem fei to, pois. o cliente ird formular a sua pioposta com todos os detaIhes do objecto a segurar, sua situagdo, distrlbuigdo de verbas, participagdo de outros Companhias e o total dos segu ros, submettendo essa minuta aonossoestudo. quando, entdo, retocaiemos. se preciso, dondo-lhe forma. completondo-Ihe nas defficiencias, appondo-lhe OS carimbos e passando, finaimente, a limpo, para obtermos a >necessaria assignatura. E impossivel que um seguro feito deste modo possa dor margem a aborrecimentos futures. Mas serd assim que todos trabalham?

"Ndo haverd alguma anomalia no seguro do seu negocio?"

certo, despertaria no "freguez" uma boa impressdo; e o resultado seria ser esse agente olha do, logo, de um modo particularmente sympathico, pela prova de probidade profissional e zelo que estava dando com taes perguntas.

As apolices seriam amavelmente apresentados e elle pres-

taiia, primeiro d sua "Compa nhia", depots ao Segurado e de resto a si mesmo, um valloso servigo, porque, sendo necessario, fomeceria o agente ao segu rado todas as instrucgoes, com as quaes este soUcitaria ds Companhias a uniformizagdo regular, por endosso dos textos, gorantias e taxas porventura dispaies naquelles instrumentos, como G participagdo eguol das seguradoras, nos itens do seguro. sede outro modo fossea sua posigdo.

"Vamos redigirq sua minuta" e nunca:

"Vamos fazer uma ctpolice." Ao redigir a minuta temos o tempo que ao encher da apolice jd ialto. para acertar, suggerir, explicar, concertar e discutii, mesmo porque, em seguro como em muitas outros cousos da vida, emaiscertodiscutirnoprlncipio que no fim. Grande numero de contendds em 'Xiquidogoes" provem de pontos duvidosos, para os quaes nenhumo das paries concorreu de md-fe, mas que foram causa involuntaiia, pela iacilidode com que disseram: "Va mos fazer uma opolicel"

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REVISTA DE
45
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Repensando a. R^olugao

Os franceses continuam 'republicanos' — mas o simboJo de sua liberdade perdeu um pouco do bnlho

P fn julho de 1889, mais de 19 ^ mil prefeitos franceses foram a Paris para participar de um banquete com o presidente da Republica Sadi Carnot. A torre Eiffel, recentemente conclui'da, dominava a palsagem da capital. Uma exposicao mundial atraiu centenas de milhares de vlsitantes a Cidade Luz, Eles fo ram saudar uma nova era de tecnologia em expansao. assim como comemorar o primeiro cencenario da revolu^ao que mudou a face da nacao,da Europae do raundo.So faltou um pouco mais de autoconfianca. A Terceira Republica da Franga tinha 18 anos, Acabava de aborcar um golpe articulado por um general po pular, autoritario — Georges Boulanger. Embora suntuosos, os festejos do centenario foram um tanto tensos e por demais auto-afirmativos.

Agora,a Franga celebra o bicentenario da revolugao. A (,'uinra Repu blica e uma saudavel balzaqueana(31

anos)segura de si. Nao pesam sobre ela ameagas de quaiquer quadrante. Contudo, OS espiricos nao estao totalmente desarmados. As velhas certezas da esquerda e da direita se desgastaram com o tempo. Alguns fran ceses acham que a revolugao abriu uma caixa de Pandora de males ate entao insuspeitados, como a iuta de classes e a diradura.das massas. Segundo recentes pesquisas, os colegiais franceses nao sabem quase nada ^/^speito da revolugao. Seus pais iiao tern muita certeza sobre o real significado do levante. Naturalmente, quase todos os franceses sao 'republicanos'. Ate o Conde de Paris, que seria hoje o rei da Franga,se a monarquia nao tivesse sido abolida em 1792, descreve a primeira fase da revolugao como'positiva'. Maurice Barres, o candente teorico do nacionalismo frances de direita entre as duas guerras,rejeitou a maioria das teses da revolugao,mas enalteceu os feitos dos exercitos re-

A tomada da Bastilha em 14 dejulho de 1789

volucionarios e a sua missao por a hegemonia francesa no Europa. Jean-Marie Le Pen- jj, xenofobo do Partido da cidnal, de extrema direita, contra a acusagao de tea .jf porque aceita "a republica e <

i tevolugao como inspiradora "^liberdade. Na Uniao Sovietimodelou conscientemente t'olchevique do Partido Soj^mocrata Russo segundo a miy j'^obina da Convengao Naciofts' Ditadores sanguinaNicolau Ceausescu, da pacrocinarao esce ano sesobre o irnpacto da DeclaDireitos do Homem. Na novas nagoes a beira da homenagem ao esde uma revolugao ^ reforgar 0 monoda escravidao humana. ^5|^'^^'Canos recordarao com qu' Simon Bolivar eJose de tituigoes". Mas a revolufa y^ attm invocaram a rebeliao

Partido Comunista Frances jf este ano e muito diference d gao que os sccialistas OS gaullistas agora aceitam, rente ainda da que a , da Franga nao chega a adrnit'^ servas.

Robespierre(1758-1794)

^ emancipar do jugo co- ^Panhol.

^ria

^ to deslindar , '"fu

dugao do imposto de riqueza, Mit terrand tornou-se um personagem algo remoto, avuncular, cujo princi pal objetivo parece ser manter a unidade e a harmonia da Franga, duramente conquistadas e talvez ligeiramente artificials.

Nao e tao simples

C^' ^

Em fins do seculo Xl^' aldeia condenava a t obras. Por sua vez, o propagava uma 'doutrina/ na' que misturava libera" clericalismo e socialism^ partes iguais. A pobti<^ Jl"" acompanhava as mesmas t jjc ••

sa 7 —-""^^ensa- etifg , revolugao e sim^Cjiig r ®*^lara-la fora de moda. ^ Frangois Furet, atualda 'lustre historiador V^iuif'^^^olugao. Num pequeno 'j)X ^ ^^atado, intitulado/wrcriisi'- ^ publicado em 'que misturava liberal ;c<n -J'^f'tmou que a revolugao >riralKmnP«nr!di.smO i-Xg ExplicOU que, SX^^^^Cao.de 1789a 1968,os X a ® OS politicos eram definirem consoante ,V|75q ^ ®tn relagao ao penodo simples. A partir de 191^ .41^^.

Hoje em dia, as coisas na ~ a' • a francesa passou a identifi'^ ^ 11^^, lugao Francesa de 1789,'^® lugao Sovietica. De acord^^^ conceituado historiadornistas sequestraram a no .5S3 (fiO P'''. fj gao". Agora que o marxis prestigio junto sa, a imagem de 1789 deu um pouco do seu bril ao movimento de LeninlU® ' oricos chegam a afirmar gsp'/\ trinas de Rousseau e conduziram necessariarnP^^^, tarismo de esquerda e de

^ Toda historia revolu'1 ^etih ^ historia parti- referencia a Robespodia ser inocente Pgj^.^^almente, sustenta Fuque alimenraram a ®®^^o morrendo. As J ''e ^ Sorias'direita' e'esquerVX^.f^^oIugao vulgarizou, foxX-'^'das por outras mais

de Furet e falacioso.

uma presidencia forte e um parlamento igualmente forte, funciona a concento,a despeito de sua aparente falta de logica. O Partido Socialista, majoritario, afastou-se decisivamente do marxismo, optando por uma forma pragmatica de social-democracia. A polirica do pais e prag matica, e a Igreja vive numa confortavel, embora relativa, paz com o Es tado.

Esse consenso nacional, no entanto, as vezes parece vulneravel. Em 1982, 0 governo socialista de Fran gois Mitterrand resoiveu acabar com OS subsidios de 16% das escolas francesas ainda em maos da Igreja, mas teve que recuar quando multidoes de pais catolicos, lideradas por uma hierarquia militante, protestaram contra a medida. Ainda o ano passado, Le Pen demonstrou que uma campanha agressiva de direita, antiiibertaria, conseguiu atrair 14% do voto popular para a presidencia. Malgrado ocasionais rachaduras no consenso, a Franga que se prepara para comemorar o fim da monarquia e o nascimento da democracia esta mais unida, mais tranqiiilae mais poliricamente madura do que nunca.

O bicencenario de Mitterrand foi penosamente concebido como um ato de reconciliagao nacional. Abordara os primeiros e euforicos estagios da revolugao, antes da execugao de Luis X'VI e de sua familia, antes do Terror ou do faustoso Diretorio, antes da guerra fratricida em 'Vendee ou da perda de mais de um milhao de vidas francesas nos campos de bataIha europeus. "A contribuigao por excelencia da revolugao foi a Declaragao dos Direitos do Homem", declara Robert Badinter, amigo mtimo de Mitterrand e presidente da suprema corte de justigadaFranga. "E a principal coisa que temos que co memorar, e e o que faremos." A enfase sera em 1789 e nao 1793. Nao e per acaso que a maior parte das coi sas de que OS Franceses gostam de relembrar aconteceu na primeira data. A guilhotina atingiu 0 auge de sua atividade na segunda.

O lado feio

^ ho tange a Franga. A ^'^os entre uma esquerda e uma direita e autoritaria de fato ^A Italia, que jto JlL ." ^or outro lado,a Constinapoleonica com o propo',^, ^ Republica da Franj /l\ V. '"^aKei ar um novo estado - n^'

estigmatizou o seculo. ^0

fermo manifesto entre

Todos OS quatro presidentes da (,■•01013 Republica — Charles de Gaulle, Georges Pompidou, 'Valery Giscard d'Estaing e agora Mitterrand — foram unificadores, o que os Fran ceses, chamam de rassembleurs. Depois de se eieger numaplataformade nacionaiizagoes por atacado e intro-

i Danton (1759-1794) 47

SEM FRONTEIRAS M
n
Arligo de Scott Sullivan. Nes^i&k]20ib2/89 1 Traduzido e adaptado por AlBdrto Lopes
46
->p'^"»favordaliberdade,ao!u-
•S
Fora da Franga, a conf'' menor. A Italia, oue P- . revistadE i ^Seguros
Em alguns setores, Ha quem se oponha a encenagao de um espetacuio de adeus ao que foi, sob todos os aspectos, uma epoca profundamente violenta e desagregadora. Jean-Noel

Jeanneney, o jovem historiador que Mitterrand escolheu para organizar o bicentenario, comenta: "Nao posso concordat com os que afirmara que a Declaragao dos Direitos do Homem e toda a historia. A revolu?ao foi um acontecimento por demais importante para que se rente esconder o seu lado feio." E Michel Vivelle, pro fessor marxista da Sorbonne, que coordena as atividades academlcas do bicentenario,quem diz que e"desonesto cortar em fatias a revolugao como se fosse uma salsicha. Robes pierre e tao imponaote quanto La fayette".

Vinhos e buques

Naturalmente,e claro,as festividades publicas acentuarao o positivo,e, ao fim e ao cabo,o bicentenario sera um grande sucesso. Por todo o pais, grandes e pequenas cidades dao os ultimos retoques em feiras e exposi?6es locais, algumas bastante sofisticadas. Fabricas de lembran?as e novidades produzem a mancheias bu ques de seda tricolores, as mais diversas pe^as de porcelanarawr culotte e ate miniaturas de guilhotinas. Isto sem falar nos vinhos especialmente engarrafados e rotulados para a ocasiao. La pelo fim do ano, mais de oitocentos livros sobre a epoca terao safdo das impressoras,e quase outros lantos seminarios e simposios terao sido realizados em mais de sessenta pai'ses. Por enquanto, e chique, em Paris, dizer que o bicentenario esta

meio devagar."Mas isto vai mudar", 'gara^nte Jeanneney,"a medida que o ano fdr avan^ando.Ja e enorme o entusiasmo nas provmcias."

Nenhum acontecimento da histo ria mundial foi estudado com tanta miniicia e por tantos eminentes eruditos quanto a Revolu^ao Francesa. Entretanto, a despeito da massa de informa^ao disponivel, nao ha, ao menos, uma interpreta^ao universalmente aceita de como a revolu^ao come^ou. Historiadores apontam suas origens em causas especificamente francesas: a exaustao do Tesouro Nacional, a safra desastrosa de 1788, a influencia de pensadores do Iluminismo, tais como Voltaire, Rousseau, Diderot e Montesquieu, Todavia, muitos scholars americanos e ingleses entendem que ela faz parte de um fenomeno 'atiantico' muito mais ampio: uma serie de levantes contra .o despotism© monarquico que irrompeu inicialmente nos Paises Baixos e nas colonias americanas, contagion a Franja e alastrou-se pela Belgica, Sui^a e Europa Ocidental. Mesmo o ponto alto inquestionavel da revoiugao — a Declara^ao dos Di reitos do Homem — foi buscar sua inspira^ao no estrangeirb, na Declara^ao da Independencia Americana e na Constituicao da Comunidade da Virginia.

Admitindo-se que haja uma ver sa© 'padrao' daRevolu^ao Francesa, ela e a ministrada nos ultimos cem anos pela Sorbonne e reproduzida nos compendios escolares. Registra que 1789 assistiu k ascensao de uma

^fevoiugao que os modernos hiswes descrevem e um evento ^ "^0. mais complexo e ambiguo pretendem alguns. Como ^^Tocqueville antecipou em ^revolugao e vista atualmente ^"lais Um capitulo da longa his'^entralizacao do poder na Robespierre e Napoleao a obra de constru^ao da Henrique IV e LuirXIV L ''^cram no seu tempo.Longe ^ para melhorar as con^ ^''Hadotrabalhador.arevo,"0u a propriedade privada

burguesia industrial que impaciente com a inefici®" privilegios injustificados tema feudal arcaico. Para aP® f reivindicagoes, a classe mou uma alianga pouco c®''

inalienavel. A Constitui■'Pr Republica estabele- l'o(li comoqualificagao \g ao veto ou a elegibili-. uma das peu iegislacao revolu•tio todas as formas de as>3,„ ^^ondmica, inclusive os j '^^balhistas.

quecer e que o naeionalismo alemao, o italiano e o espanhol foram provocados tanto por oposigdo a politica francesa quanto por mimetismo.

De todos OS grandes conceitos que aRevolu^ao Francesa legou aos seculos XIX e XX, o mais difundido e possivelmente o mais permanente e a no^ao de estado-nagao. Em 1789, o mundo era um quebra-cabe?a de co lonias e protetorados baseados na for^a. Poucas decadas depois de 1789, grande parte da America do Sul libertou-se do dominio espanhol. A paixao pela independencialevou a Aiemanha e a Italia a se unirem para afirmar suas identidades nacionais. A grande onda de descolonizagao que se seguiu a SegundaGuerraMundial apoiou-se ideologicamente nos principios de 1789.

gumento particularmente valido. A verdade e que amonarquiaarcaicada Franca, sua aristocracia de parasitas e sua hierarquia catolica, em grande parte obscurantista, nao estavam preparadas para entregar o poder ao Terceiro Estado e muito menos ao 'povo'.

o'^ concep^oes mais erro^ revolucao e a ideia de daplebe deFans, u ieu^, ^ uma Franfa atraficadopelM circunstanc.^ A „ fato e cess.dade de ^ contrao res.o da Europe / ^ „p,„. qne representava i' '."^Pttria franceaa. Na verdagao dentrodapropriarra' jj) L vqk Qua3etodasr--^J-i«»' '«ardouesseproces-

como proletariadourbanO® te. A revolugao foi-se vez mais radical e os seus " .5? ^ , ram cedendo « crescentes / ^ ,%r da plebe de Paris. O Terror !isK^.^'r^rlustrializada. O fato e francesa Quaaetod»essas \°hoia„ do professor daSorram derrubadas OU serial' j.\ .nerp. r-u j ladas pelo rrabalho de hi'fXSVo, ' «"> ''P' /-V f.=.,daJ r'Qsfs ^^antijacobinoSi recentes. O regime f®" eaa.rv.- = -a,. - - - - iCntreOS regime Franceses da revolugao, mm o antes de 1789; A ^ Pl.ttp ^ queliderouarevolugaon® ^ grande parte de fruto da ,1 Ji. -il'/ .V^li de historiadores

^cia industrial do seculo cO' j/,\ de tendenciacon•'Rf

Na 1780, a Franca se l'C e,, quando muito, numa sito^^/ industrial, e os herois da ^ ^ _v..ifv 'i ^ ^ J ° direito a universa- eram na sua maioria ohs'^^^ „oi gados, jornalistas e merciantes. Nao foram os P cidades que demoliram aa maa existentes, mas sim as

A Revolu?ao Francesa foi tao rica em significado simbolico que e capaz de justificar os sistemas sociais e politicos mais contraditorios. Este ano, a revolu^ao que instituiu os Direitos do Homem sera festejada no Chile e na Nicaragua, da mesma forma que na Albania e na Bulgaria. Os liberais horaenagearao Lafayette e Mirabeau. Os socialistas lembrar-se-ao da generosidade do cientista - revolucionario Condorcet, da eloqiiencia dos girondinos, de Brissot e de Vergniaud. Os radicais citarao Ro bespierre e Saint-Just. Os conservadores, como sempre fizeram, evocarao a dignidade do rei balofo e estiipido ao subir o cadafalso e a coragem alucinada de Charlotte "Corday ao apunhalar o corafao de Marat. Terao todos razao, pois, se mais nao foi, a Revolu^ao Francesa tera sido oacontecimento mais di'spar e contraditoric a que a humanidade ja assistiu.

Em que pesem toda sua incoerencia e derramamento de sangue — e apesar de seu malogro final — a Revolugao Francesa continua sendo o divisor de aguas entre o 'antigo re gime' e o mundo que chamamos 'moderno'. Ela marcou a historia do mundo. As questoes que levantou continuam vitais. Como qualquer governo pode equilibrar os direitos do individuo com os da sociedade como um todo? Como podem homens livres se autogovernarem sem se submeterem a tirania de uma maioria numerica? O que e, afinal, a verdadeira liberdade? Mais do que qualquer outra coisa, a Revolu^ao permanece como uma imagem irresistivel da luta do homem para ser livre.. Os acordes vibrantes da MarseIhesa, a Declaraeao dos Direitos do Homem, a retorica terra a terra de Danton, o farisaismo ensandecido de Robespierre, os exercitos esfarrapados da republica — tudo isso traz de volta com for^a evocativa o predestinado, aindaque imperfeito, brado de liberdade que ate mesmo um reacionario como Hegel reconheceu ser "uma soberba alvorada da Europa" e da humanidade. •

^ rriovimentos libe

9ao foi uraa resposta a ain®^,-

a ° inicio, os franceses i"'^ revolugao como um r da humanidade e cV'j p.. ba da Franca. Corretarai.s niip reais. O Terror atingiu o

. :? poisqueastropasfrancesa®^*V^|^]/^'iSl^erg^^'^^dasde 1830

y A ^ movimenrfis lihe p

rals que ^ monarquias da Europa

e 1840.

sorte daguerranabatalh^"

A sangrenta repressao /I'f! ocorreu depois de ter sido I'ti a resistencia anti-revoluc''''^ .s queladrea. /

REVISTA

»•

9Ue OS movimentos so'■'h i^^^'^nistas que domina- d^'jd'i'ylti do seculo XIX derivaram de Rousseau, Robes^beuf, O que parecem esseguros

A liberdade e uma conquista perigosa. No mundo moderno, a violencia tern sido frequentemente a condifao para a mudanga politica, e a Revolu^ao Francesa passou a ser o paradigma dessa viclencia. Desde que Burke escreveu suas acidas Reflexoes sobre a Revoluido na Franga, quando o levante frances contava apenas poucos meses, cn'ticos de diversas nuan^as dizem que a Franca, como a Ingiaterra, poderiam ter to rnado um caminho mais pacifico para chegar a democracia. Nao e um ar-

48 >3 A RCHK >1A R S E 1 i DES SVH JjfF£N.4SS JiIPsATR£S Frer^t fAtunon ft/"' r»A |_^nstru9ao na^ao
Marat(1743-1793)
t7^^POu7oTrTdkaliragaOd^
49
Seu inventor. Dr. Guiiiotin, morreu guilhotinado

Pisamos na bola

A piada e antiga, do tempo em que nas reda?6es dos jornais se batiam os textos epi velhas e baruIhentas remingtons, e ainda nao se ouvira falar em minicomputadores, bi^ tes, disquetes e que tais..

Conta-se que,nao dispondo de fotos oem da vitima nem dos suspeiros e tampouco do local de um crime tenebroso ocorrido nesta cidade, o secretario da reda^ao pensou duas vezes e tacou na primeira pagina do vespertino uma foto do marechal Floriano Peixoto com a seguinte legenda;"O glorioso Marechal de Fer-

ro, cuja praca foi palco do infausro acontecimento."

Nao e bem o nosso caso, em que, felizmente, nao chegou a ocorrer uma tragedia. De qualquer forma, nao iriamos dar uma de Aiatola, botando a premio a cabega do indigitado 'criminoso' pela ofensa comerida. Seria ferir os nossos principios eticos e morals e negar a tradigao do 'br^ileiro cordial'. Preferimos ate nao publicar a sua loto, conseguida num esfofgo de reportagem, para poupa-lo da execra?ao publica. Mas nao podemos deixar de reconhecer

que pisamos na bola ao inforff^ incorretamente na iegenda foto do encerramento da at seg — mareria de capa de a05 tima edi^ao — que o pro*' clave teria Porto Alegre s?

O presidente do sindicato guradoras do Parana, DrPizzatto, nosso amigo da dus e incentivador ros desde a primeira hora qu6 perdoe. Como penitenciai^ 5 ff

foto-legenda com que parar a nossa faJha involnn^ ^

'-a.

Cataratas do Igua^u, no estado do Parana,em cujo deslumbrante cenario sct9 realizada a XIV Conseg, em data a ser confirmadA-

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