T1759 - Revista de Seguros - nov/dez de 1988_1988

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I nseg sinais de 89 L
7a\

OmiNTU

de se decidir por um seffuro dp rSteeSr ^ opcional

" Agora, alem das coberturas de rouho p fnrtn

com locomogao, documentagao, despachantes etc

rsSE"- "«"«r de un.SeSpcS^X^

cXra'St^as Cz$ 5.000.000.00

i^Spk^i:;;:;;;;;;;;;;;;;:;;;^! 'iSfio

vei'culos dfSa Bradesco e extensivo a ja em vigor. Consulte''slu®S^etor''"'°"°''®'

»beZ?s7e%tSo'de auto, OnBIlPBnn

ou procure qualquer depen- BRADESCD denaa do Grupo Bradesco. 5EGUR0S

^'naseg — Fedetagao Nacional das J^mpresas de Seguros Privados e de' ^P'taliaajao

Sergio Augusto Ribeiro, r ."-^'Presidenvc; Alberto Os^valdo s|j"'"'®ntino dd Araujo;2° Vice-PretSri^'b Pizzatto; 1.° Secredos Santos Dias; 2.° SeTes.,'°l ^wgio Silveira Saraiva; 1° 0°!. Claudio Garcia de Rib^ Tesoureiro; Nilton Alberto RabeuX, Antonio Juarez Via,, Eduardo Baptista '^f'l'Domingos,Delio Frei,,^ Pedro Pereira de K{j^^°^®^^aSouzaTeixeiraCosUite- p° ^ntonio Sampaio Moreira Carlo,^""elho P'scal — Efetivos: ['lertne Saint-Manin, Gui^ "'eiro'^^'® Ramos Filho, Jose Silva I-'®"Plentes; Ruy Pereira da da Silvn

K-l'^dtRestN

6rgao de Divulga^ao da Fenaseg

fNDlCE

XIII CONSEG

Um encontro estimulante

Durance a XIII Conseg foram de^cidasj auescoes que afctam 0 dcsenvolvimemo do mercado, Um painel ampio quc sinaliza as nrioridades para_8r)

c'^eiro P°nsavel: S6rgio Augusto ri'^fEx... ^Ubotaj'^'*^'^0: Alberto Lopes fJOres! v;iu. Hi.. Villas Boas Alk KlP"u

-Correa, Cysne,jaguar, Luiz Lo-

TASCOS DE RECREIO

Navegar e seguro

SEGURO-SAUDE

O mercado cm revista ettr,T jaguar. i,uizi.cp pdonca , P®Si Antonio Penteado ^'""1 LCri Mendonga, Alberto R Ol~,? Jomar Pereira da Alexis Cavicchini ce P'^'bes

kj - 'epuL V Franco,Isabella Ar'-aboud®?'^® Jane.Jorge Clapp, V„ ®Cru? i^'.^eo'ta Villares, Liicia Santos,Rose Cintra.

c'^Senad -1^'^eloso Borba

T/2003i „"'as, 74/12.0 andar ^4^0"^2 ^'O 'le Janeiro — RJ °®^^/210-1204 Telex

Wil g

S^p^enado'r^^'^""sotia Ltda. V 20031 °^ntas. 71/404 e 406 .®2i)22^_R>o^de Janeiro-RJ

Editorial:

A'^St-J^Pes

II*- Olt?"°;'^''son Lopes 1

P^Cta-- ^r Nunes.Marcelo Raposol Silv?',^riuardo Barr e Everatdo Gil.

I.-,I." ^cardo Brasil, Gilberto

''^ia S A 'rribuldora Fernando de responsabi- V- ca e exclusiva de seus auto-

^Cgpa; Ogniei Senisc IsOTS/lela:|,43x2,98m

'• rolo! Eduardo Brandio

Vendendo saude

IRB

Em busca da modernidade

PESQUISA

Avaliando as tendencias

SERVigOS :

Delphos: a informagao segura

MESA-REDONDA

A autocntica do mercado

GERENCIA DE RISCOS

Os beneflcios do debate

SECOES

ABERTURA

COMUNICAgAO E MARKETING

RESPONSABILIDADE CIVIL

TRIBUTAgAO

CULTURA E LAZER

Dos archives da Revista de Seguros

ATUALIDADES

SEM FRONTEIRAS

HUMOR

1 A
.K '^A
DE
SEGUROS TO 12 24 26 J8 47 _4 7 _6 30 35 40 42 48 50 3

Seguro indexado

Enfrenta a economia brasileira

a major inflagao ja registrada no cronico processo nacional de instabilidade monetaria. O ano de 1988 inaugurou a inflagao de quatro (!)digitos.

Mais do que sabido, a doen^a inflacionaria corroi e debilica o organismo economico de qualquer pais, porque desorienta e retrai investimentos nas atividades prodativas;e contamina o processo social, com o impacto negativo que tern sobre a distribui(;ao da renda.

Como qualquer outre setor da economia,a atividade seguradora sofre esses percalijos genericos produzidos pela ioflacao. Mas,alem disso, sofre tambem um outro, que Ihe e especi'fico; a distor^ao provocada nas decisoes de compra dos segurados. Estes, pelas dificuldades inerentes ao exercicic de proje^oes inflaciona-

rias, quase sempre sac levados a subestimativas que geram o infra-seguro,istoe,a compra de coberturas em niveis abaixo das necessidades reais.

Pelo menos esse ultimo problema foi resolvido. Ha pouco mais de um ano foi introduzida no mercado na cional a pratica do seguro indexado.

O seguro assim contratado resiste ao desgaste da inflaijao, pelo simples motivo de que a importancia segura dora deixa de ser fixa e nominal, porque convertida em OTN, evoluindo na mesma medida em que varia este titulo. Ocorrendo o acidente (ou sinistro) cobeno pelo seguro, nessa ocasiao a importancia segurada e convertida em cruzados, na base do valor que entao tiver sido aicangado pela OTN.

aiida a carteira de cascos de recreioi' E iima -Oriiij o presidente da 'Uta da Fenascg,Mario j *'jia f 1 i ^ ^Mos' • rider, uma vc^ quo

• ^'stao disponiveis. See 'arcagoes? Seriio pou- mbii ' ^ taxas es:,^^?Qes e podem surgir al^ da carteira de

^ '^Os r^° seguro operado den- Qra »r'"^'tes tecnicos das segura-

seguro pelo publico existe nenhuma portante e que o compradoti^||i^.,^_^tit^j^ de recreio ancorada no ® Resseguros do Brasil, da compra do seguro,comp'^'' --voacgmus uu importancia segurada com Jr.-^asr-p, ^^''mou o departamento maximo e valor dos seus bens ou intef^ ^""'^'mos. No data dessa compra. Em outr^|^^' do excedente as

nduticos pensa seriamente em reestruturar a carteira, estabelecendo novas taxas, como foi feito com a car teira de automoveis. E tambem com a taxa(;ao de cabotagem, com vistas a torna-la mais atual, que passou a ser examinada pela Comissao da Fenaseg em conjunto com corretores e representantes do IRB.

salvamento. A perda total real s6 e considerada ap6s seis meses do desaparecimento do barco e da tripulagao. Tao logo e constatada, pede-se o cancelamento do registro da embar cagao na Capitania dos Portos, ja que OS cascos nao sao numerados (os motores o sac), uma forma de se prevenir contra a chamada pirataria. A perda total construtiva e a que atinge mais de 75% do valor da embarca gao. A cobertura n.° 1 repoe tambem despesas com socorro e salvamento.

vras: quem tiver, por exemP ^rasileiras. apartamento que valha ^ o/^/^ Ihoes comi essa mesma quantia como de Transportes. cia segurada. Tal quantia,ent" 5,, e Responsabilidade Civil de vertida em OTN.tera contra y ^ ttes Aeronauticos, Mario

ifv ,-th at embarca?6es de 3S na data em que o ^^'"^cadas na carteira da Iniprado, fa?a mcluir na onde e o superinten-

A cobertura basica n.° 2 acrescenta o item responsabilidade civil por abalroagao, para cobrir danos causados a outras embarcagoes, em que o segurado se veja obrigado a pagar, por forg-a da lei, prejuizos materiais, lucres cessantes e outras des pesas arbitradas pela autoridade competente. O reembolso total nao excedera 3/d do valor segurado ou do valor da embarcagao, qual seja o manor, diz a circular.

nao ser esta uma car- .ii'fi, ® luc ^^^xas minimas, deixando de - - rtlV Mi rv. - •"•"■uma, uciAaiiuo uc para nao ceder espago as paraabstencaodecomDradeS Writes, -'Nao podemos recu-

Inflagao nao e mais, de guma, como foi no passado.

?ao o resguardo de acomp'i'' V 'fn ^fi fa ■' dit variacoes de valor da OTNInflagao nao e mais, de f' guma, como foi no passado, para abstengao de compra de

Infla^ao, portante, deixou de ser problema nas decisoes de compra de logo

a perda patrimonial?

seja, para a pratica de autO r ^ ^ - - desav.sado e de prejuizo." Por guradordesim_^fi,^^^Sao Tecnica de Seguros de assumir isso a Ocorrendo odano, quem vaireifa^Portes, Cascos e Responsabilia nprn;^ ^ ^Vil A '-n a \) ransportador e AeroDe seguros

"Eu pensei que os mares fossem metis, como pensam os ingleses" diz a letra do compositor Francis Hime. Os brasileiros estao longe de tanta arrogancia; limitaram-se a reproduzir as normas britanicas, o que ja e bastante suficiente. Regulamentado desde 1951 para embarcagoes de grande porte, esse seguro comegou a ser contratado por barcos menores em meados da decada de 60. As condigoes para sua utilizagao, estabelecidas pela circular 1/85 da Susep, sao as mesmas que as das grandes embarcagoes, com excegao do que se refere a avaria grossa, ou seja, carga transportada. Mario Batista faz questao de frisar que pesca nao e considerada darga, e uma classiticagao diferente, que tambem nao se aplica ao seguro em questao. A ressalva se justifica por ser este um dos seguros mais rigidos na obediencia de suas regras.

Existem tres coberturas basicas. A numero I cobre a embarcagao contra a perda total e cases de assistencia e

A cobertura n." 3 e considerada a mais completa, e por isso mesmo sempre recomendada peios correto res, per incluir a chamada avaria par ticular, que sao as perdas parciais, e para a qual existe Iranquia. Nesse item, OS peritos estiio especialmente atentos para identificar se houve (alta de manutengao ou se a embarcagao foi utilizada acima de sua capacidade. E na cobertura de avaria particular

ABERTURA
DE
RECREIO
ou
REVISTA DE SEG

onde a sinistralidade se faz mais aita. Geralmenre sao colisoes com outras embarcai;6es ou com pedras no fundo do mar, objetos jogados a esmo, que daniflcam o helice, cheques com boias ou objetos flutuantes e incendios. A perda total e pequena nesse seguro de recreio, por isso nao e tao deficitario quanto o de cascos.

A circular n.® 1/85 da Susep preve tambem algumas coberturas complementares, que so podem ser contratadas para compietar a cobertura basica. Come a cobertura n.° 4,"que trata de reemboisos, para cobrir despesas que o segurado tenha feito, principaimente com a manutengao do barco. A indeniza^ao so e efetuada em cases de perda total, real ou construtiva,sendo que a importancia segurada nessa apolice nao podera ultrapassar 10% do valor ajustado da embarcagao. A cobertura n.° 5, para as responsabiiidades excedentes.nao se apiica a embarcafoes de recreio, conforme explicou Mario Batista, somente as de iongo curso. A cober tura n.° 6, intitulada valor aumentado, reiine as coberturas 4 e 5 e esta fora de use pelas seguradoras. Ja a cobertura n.® 7 e dedicada apenas a construtores navais, cobrindo prioritariamente riscos de engenharia. A cobertura especial n.® 8, mois conhecida como P&l, e uma complementa^ao da responsabilidade civil em casos de perda de vida, danos pessoais e materials. Seu valor e estabelecido em dolar, nao devendo ultrapas sar US$ 1 milhao,(USS 25 mil por vi da), o que para as embarca<,bes de re creio e suflciente. Navios que queiram uma importancia segurada maior devem negociar nova taxacao com o IRB.

A P&I cobre perda de vida e danos pessoais, danos a objetos fixos ou flutuantes. polui?ao e garantia de rempcao de destrogos, desde que solicitada pelo segurado com adogao de uma taxa adicional de no minimo 0,15%. A cobertura n.° 8 tern taxa anuaJ de 0,275 e franquia de 3% do valor segurado, para os danos mate rials,limitada ao maximo de 7 mil dolares e ao mi'nimo de 700 dolares, equivalentes em cruzados a taxa cambial de venda na data de inicio de seguro.

Escolhida a cobertura, •definir o perimetro de navegagao, fora do qua! o segurado assume seu proprio risco. Associados a clubes ou entidades nauticas recebem desconto no premio, e embarcagoes com comprimento igual ou superior a 15 metres possuem taxas diferenciadas. Coberturas para participagao em.regatas a vela ou concursos de pescaria devem set contratadas isoladamente,sem esquecer que elas so se apiicam a aguas territorials brasileiras. Nao estao ai inclui'das corridas de lanchas, onde o desgaste dos motore^ e acidentes sao freqiientes. Existem tambem coberturas para igamento e colocagao das embarcagoes na agua, basicamente contrata das por clubes e associagoes,mas que podem tambem ser adquiridas individualmente.

A mare dos •negocios

e precise

E MARKETING fntimarketing

daii faz suas observagoes. por exempio, serem os navcgj' res franceses os que mais se presences, dentre outros estran^y ros, naquele cais. Nao se le" onde leu dados que dizem exisunJotpar Pa- • i b.,rco

dois automdyeij

quele pais, observa, para confix"'! suatese.NoBrasi],arealidadeeW|Xepois de varies anos estud.ferente-declara-e com ^ dando e centando colocar em centes med.das do governo tecnicas de w^rkding, que vendo uma retragao no surnro„_ .i , uma vez que as lanchas sao co"y,:-®ncertante que e o autimarkeradas o max.mo do superfluo. J.^.ou,mdhor definindo.o que voexistein empresas de grande ''^Presario.e seus companheiros especialmente de Sao Paulo, 4'''j

'escon '^.01 devem fazer para nao negocios. Quase que umas tao entrando com forga neste competindo diretamente com de boas maneiras e de pos- brasmar,que ha anos hdera soz'" I ^'^Ptesarial, sinonimos de etica mercado de fabncantes. g^'J^ocios e de boa educagao.

Numa lancha de 37 pes ancorada na Marina da Gloria desde 1982, Jose Evilasio Pereira da Costa montou um pequeno escritorio para compra e venda de embarcagoes, e

surgiu basicamente de minha indignagao pes- Moal

Enquanto na Inglaterra esti que 70% dos proprietarios suas embarcag ^^cado "■ecentes ocorrencias no '^''^Pelo ^^'^'''^"drio, no Rio, em oes seguradas forme pubiicou recentement® ' vista no Brasile^s^J.,,;--menusdoisdestacadosexemero nao ultrapassa os 20^ setor cometeram atos de, porqueamaionanaoacreditaw. i.d,- , '"'.cor,, ''^'fadepohdez. A partir guns eventuais passeios mer«'/nir.„ "^ecei a ^ .» Pi '•atr. ' a observar mass atentainvestimento e, principalmen'®' falta de uma maior conscief" da importancia do seguro mente os proprietarios de em^'' goes so procuram o seguro ^ sofrerem algum dano. E ai ^uifPoss^''"^ncia

° chamado capicalismo as pessoas que "" ^ total falta de sensirespeito as rela^l^essoais. Talvez a excesk

que nao respondem'. La fora, causa espanto esta atitude de negligencia, criando, inclusive, um certo clima de desanimo e descredito, pels toda a vez que um executivo de mukinacional tenta negociar com brasilek ros, sabe de antemao o tipo de diticuldade que enconcrara pela frente. De cada 15 chamadas telefonicas. com sorte, tres serao rerornadas. Al gumas pessoas se fazem tao impor tances, que se fosse possivel negocia-las pelo prego que julgam cer, daria para pagar a nossa divida externa.

Tabela de taxas para seguros de embarcaqdes de recreio, operand" Qceanos. rios, lagos e represas (taxas em percentagens ao an"'

r^-v, k - SO se pensar nos brem que cobertura e que nao m /Ok VIS rg- , c ^'t'-^dos financeiros se)a "^otivQ pelo qual alguns cstejam atropelando estejam

j de etiqueta, em "^'^^i^'^'vidade dos lucres. 'v- p Por exempio, que as em- ParticipsS r SeUs r.-^J em regff,4(,^ P'^o^uros e li=.''hag^^'^^ntalmente

e servtgos vtem fungao

rca, e nada pior ^ iit iu instituigoes do que o 'lat'r o com os seus "difesejam eles consumi"^^^edores, associagoes de rensa, autoridades e todos

Curiosamente, as pessoas realmente importantes sao tambem as mais simples e acessiveis. O expresidente Jusceiino, por exempio, ainda nos anos em que atuou como presidente do Conselho do Grupo Denasa (na epoca um dos maiores do pat's), fazia questao absoluta de responder a todos OS que o procurassem. Para isso, montou uma estrucura composta de duas secretarias e um redator, empenbados em encaminhar e dar soiugao as centenas de cartas, ligagoes e contatos pessoais que ocorriam diariamente. Aparentemence, um certo exagero de Jusce iino com este tipo de atitude, pois um homem com o seu prestigio poderia se dar ao luxo de so acolher as chamadas de sua restrita conveniencia. Mas nao. E e por isto que Jusce iino ficara na Historia, nao so pelos meritos conquistados como estadista, mas tambem por aiicudes como estas.

Sugiro aos empresarios bem intencionados, aqueles que realmente queiram tocar os seus negocios com grandeza e ^ignidade, que fiquem atentos a estes pequenos detalhes que envolvem as rotinas de uma empresa, ou seja, a postura das telefonistas e secretarias, a atengao dos boys, a moga do cafezinho, o ascensorista do elevador, o motorista, a sala de espera, o estacionamento para os

visitantes, .i .ipatcnci.i dos luncionarios, o cuidado com a conservagao das instalagoes, a politica de pessoal e a de relagoes humanas, os contatos exrernos. Enftm, uma serie de cuidados que isoladamente podem parecer irrelevances, mas que, somados, fazem com que o antimarketing se sobressaia ao proprio marketing.

Premios a pagar
.(COMUNlCAgAO
pan,cada
Sllva
LANCHAS BARCOS Perimetro de Navegagao VELA VEU/MOTOR Cober turas Assoc. Nao Assoc. Assoc. NSo Assoc. NSo Assoc. Assoc. Atd 40 mllhas 2 3 3s §,2>Ai^ 100 rnllhas 2 3 §. o Sz Ate 300 mllhas 2 3 S 8 a o <At6 500 millias 2 3 Aiem de 500 milhas 2 3 Represas. Lagos Lagoas e Rios 2 3 1,30 1,82 1.43 2.00 0.80 1,04 0.88 1.14 1.10 1,43 1,21 1,57
0
'^e ma ,3" 0,50 1.82 2.54 2.00 2,79 1.12 1.46 1.23 1.60 1.54 2.00 1.69 2,20
0,60 1.00 2,34 3.28 2.57 3,61 1.44 1.87 1.56 2.05 1.98 2,57 2.18 2.83 2.86 4,00 3.15 4.40 1.76 2.29 1,94 2,52 2.42 3.16 2,66 3,46 0.80 1 |33 3,51 4.91 3.66 5.40 2.16 2,81 2.38 3,09 2,97 3.86 3,27 4,24 y
K
1.00 1.67 de, per exempio, nao 'har 1.30 1.82 1.43 2.00 0.80 1,04 0.88 1.14 NOTAS: 1 1.10 1.43 1.21 1,57 ,0.36 V.-'® chamadas telefonicas, ^Pottd >1 1^ •'PClrirl A taxa para a cobertura n,®
REVISTA DE SEGUf'
l^.|,
SEGUROS
direta ou indiretamente
com as empresas.
0.60^,1)^^
correspondencias, lserScalculadaredu2lndo-sedeO,l5%adacobert"'']'c^'^%
Pessoas qiie tentam 1^- ^ntrevistas sao fatos que lariamence nas empresas
com que
o pats )a
"""11, no exterior, de 'terra dos
• 7

O novo R.C. Produtos no Exterior

OInstituco de Resseguros do Brasil submeteu a aprecia?ao da Susep sua nova tarifa de Responsabilidade Civil Produtos no Exte rior. Caso venha-a ser aprovada, eia significara uma alterafao radical no conceito de indenizagao do siniscro, ja que e elaborada em base Clai7is made, ao passo que a tarifa em vigor foi desenvolvida baseada no principio da Occurrence basis.

Antes de mais nada,e importante ficar ciaro que a apoiice de responsabilidade civil, independente da modalidade, e uma apoiice de reembolso destinada a ressarcir o segurado por vaiores que ele seja obrigado a pagar a terceiros, em fungao • de danos sofridos em conseqiiencia de a^oes ou omissoes de sua responsabilidade. Como varias destas indeniza^oes estao previstas em leis maiores, como o Codigo Civil, principalmente os prazos prescricionais para a reclama?ao dos sinistros nao podem ser alterados por um contrato, que e a apoiice de seguros.

O que realmente muda, e a mudan^a e radical, e o conceito da reclamagao e conseqiiente pagamento da indeniza^ao. Ate agora o seguro de responsabiiidade civil de produ tos no exterior previa a indeniza?ao do sinistro pela apoiice que estivesse em vigor na data da sua ocorrencia, ao passo que, pela nova tarifa, a indenizacao passa a ser responsabiii dade da apoiice em vigor na data do aviso do sinistro.

t, evidente que esta mudanga nao vai cobrir todos os evenmais sinis tros ocorridos no passado, nem tao pouco garante cobertura & quem nunca, at6 hoje, contratou seguro para garantir sua responsabiiidade civil pela coiocafao de produtos no mercado internacional. Sendo um contrato, e mais,um contrato de adesao, ou seja, um contrato no qual o

segurado automaticamente aceica o clausulado determinado pela seguradora, ele preve claramenre que o principio da Claims made nao e retroativo, vigorando a partir da emissao da primeira apoiice contratada nesta base. Assim, os sinistros ocorridos ate agora continuam a ser cobertos pelas apolices em vigor, emitidas com o principio da Occurrence basis, e que, e importante lembrar, nao estarao revogados quando da encrada em vigor da tarifa ora submetida a Susep. Uma apoiice emitida em Occur rence basis, como e conhecida no mercado segurador internacional, e aquela que cobre o sinistro ocorrido durance a sua vigencia, dai o nome "base de ocorrencia", e reclamado dentro dos prazos prescricionais previstos na legisiagao e no contrato especifico. Teoricamente, e a cober tura mais justa para o segurador, ja que cada companhia e responsavel pela indenizagao de sinistros ocorri dos apenas durante a vigencia de sua

brasileiras sao anuais. Ora, em i^'^cmomento aconteceu o siniscro?

I 8°queo/r«zer foi comprado,porcoberto pela primeira apoiice, Duito .tempo depois, ja quando ^^Jgorava a segunda? Este exemplo, 'ip dentro da complexidade em sinistros com produtos, '■OmT dificil a regulaciio f^trifa em vigor.

5env 1^"^^^Pecro, atarifa nova,de- base no principio vg] ^ "'^de, e am avan^o indiscutiOS produtos de exbrasileiros em pe de igualifis coberturas oferecidas Hais A fabricados nos paises £uns ^"^^^"volvidos, que desde alPracicamente baniram as base de ocorrencia. °Stltu ^tivas'ndo-as com vantagens signi'"deniza^ao com base

como o nome diz, e a .^^0 indeniza o sinistro avia vigencia da apoiice, "2 a data da ocorrencia te^ ^'^^crior ik emissao da mesdos problemas mais

serios para a indeniza?ao fica auto maticamente resolvido, deixando ao regulador apenas os demais procedimentos do processo regulatorio, ou seja, se realmente houveumsinis tro e, havendo, se e um sinistro co berto. Como ja foi dito, a simples contrata?ao da apoiice de acordo com a nova tarifa nao dara cobertura para o empresario que nao tinha se guro anterior. Sendo um produto novo no mercado brasileiro, e logico que esta apoiice tenhaos seus principios aplicados a partir de sua pri meira emissao, inclusive porque a retroatividade da cobertura estaria beneficiando quem nao fez nada para merece-la, alem de violar o conceito jun'dico de que uma norma so passa a tervigor depois da suapromulga(;ao. Um fato que merece ser citado, e que, apos a contratagao'da primeira apoiice, de-acordo com a nova tarifa, o principio da indenizagao com base na data do aviso, independentemente da data da ocorrencia do sinis tro, podera levar a que uma seguradora indenize sinistros ocorridos du rante a vigencia da apoiice de outra.

E um risco que o mercado correra e que certamente for?ara uma melhor analise do cliente, o que, no nosso entender, e muito saudavel para todos, porque esta melhor analise significa a melhora do nivel cecnico dos corretores e dos seguradores, beneficiando o segurado realmente preocupado com seus riscos e que sempre fez seguro, e obrigando o empre sario mais relapso a tomar providencias serias quanto aos seus procedimentos, sob o risco de nao encontrar uma prote?ao que hoje e quase obrigatoria para quem pretende atuar no mercado mundial.

Esta nova tarifa e um passo impor tante para a modernizagao do mer cado segurador brasileiro, especialmente por introduzir um conceito atual, aplicado em todo o mundo desenvolvido, e que deixa claro que tambem as outras modalidades de cobertura podem ser alteradas. E so querer. •

O autor e consultor de seguros e diretor do Centre de Comercio do Estado de Sao Paulo.

apoiice. Infelizmente, na J realidade e outra, e a teorii| muito da sua eficacia. O sin'^'j^i responsabiiidade civil de P^^,. pode ser de uma complexid^^ maginavel para ser reguladO' meiro ponto extremamente a' ser determinado e a data real ^ dente, uma vez que este pc"^'' ser detectado apenas muito 'f depois. Como exemplo, utf que tenhaas chapas daporta jadas. A ferrugem come^a C pequeno ponto que durante permanece quase invisivel, tando lentamente com o tempo, ate que atinge um ta"^ que chama a aten?ao. VamoS ^ que, ao ser constatada a ferf^* tenham iranscorrido mais d^^ anos desde a data da aquisi^^" aparelho, que, por coincidene'''^ data de inkio da vigencia da ap de Responsabiiidade Civil Prod^ Transcorridos 24meses, foraro tidas duas apolices, porque as REVISTA DE SEG^

QsenpertKD

pletar 15 anos de servipos ftados ao mercado de seguros, isporte man'timo e exploracao petrdieo - a Brasil Salvage iti^^-se da confianpa que soube jconquistar e sente-se gratlficada alto conceito em que 6 tida por seguradores e armadores por tgual, merce de sua capaddade t^cnlca, que se expressa em numeros que traduzem um desempenho consagrador.

21.023 laudos emitidos ..263 c^/ms atendidos

KESPONSABILIDADE CIVIL
anos Sociedade Brasiieira de Vistorias e Inspepoes Rua Mexico, ill - 12? Tel.: (021) 240-0454 - Telex: (21) 23517 e 30034

SEGURO-SAUDE

Vendendo saude

Com a crise da previdencia so cial e OS altos custos da medicina particular, e cada vez mais promissor o crescimento dos programas privados de saiide, nos quais as empresas da chamada medicina de grupo estao na frente disparado, respondendo per 58% da popula^ao coberta. Projeto de circular da Susep — Superintendencia de Seguros Pri-.,, vados, colocado em audiencia piiblica, pode vir a modificar.esse quadro, mas o mercado segurador di verge a respeito.

Ha quem acredite que a nova cir cular e bastante aberta e vem 'desenrolar' a anterior. Outros acham que pode baratear o seguro, enquanto outros ainda pensam que ela nao muda nada e.vem apenas normatizar o que ja existe. No entanto, nota divulgada pela propria Susep garante que o objetivo e tornar o segurosaiide em grupo mais acessivel aos consumidores,ja que a nova sistematlca possibilitara a oferta, pelas seguradoras,de maior numero de pianos, diferenciados em termos de coberturas e premios.

Chamado de Seguro de Reembolso de Despesas de Assistencia Medica e Hospitalar, esse seguro que a Susep tem a pretensao de tor nar mais flexivel e, portanto. mais competitivo — sempre teve, tanto em sua forma individual como de grupo,a caracteristica basica da livre escolha do medico e do hospital, cabendo as seguradoras indenizar diretamente os profissionais ou reembolsar as despesas do segurado.

Sem negar essa caracteristica do seguro-saude, o novo pro'jeto de cir cular faz uma ressalva, no item 12: "Desde que preservada a livre esco lha, poderao as seguradoras estabelecer acordos ou convenios com hospitals ou profissionais da area m^dico-odontologica para facilitar a presta<;ao da assistencia medica e

com seus proprios riscos."E a partir pot for(;a da opera(;ao da Sulaque acompanhamos sempre o ■^etcado, 0 que abre a possibilidade ^ virmos a atuar nesse segmento", "■^vela Oswaldo Mario Azevedo. 0 diretor tecnico da Icau SeguAlfredo del Bianco, embora '^°"siderando bom o projeto de cirtia medida em que deixa as '"Panhias muito a vontade para proprias tarifas, jul° mesmo que anteriormente opi muito confuse, tem uma A radical. Para ele, essa mudar nada, apenas ' iriclu^"^" ° existe, o que era sive um pedido do mercado.

^^tido o que o mercado ja pratide uma necessidade de hospitalar ao segurado."

O presidente da lochpe Seguradora, Julio Bierrenbach, acha que isso pode baratear o seguro, abrindo uma grande perspectiva para o consumidor e para as seguradoras, que ampliarao seu mercado. Para ele, o mecodo da livre escolha absoluta nao tem nada a ver com seguro porque nao tem relagao direta entre o premio recebido pela seguradora e o va lor do sinistrc.

A chamada perda da liberdade de escolha — continua Bierrenbach estabelece, na verdade, um modo de se poder fazer seguro mais barato, motive pelo qual, em sua opiniao, o projeto satisfaz muito, porque basicamente da liberdade de se estabelecerem condi^oes compariveis com o poder aqiiisitivo dos segurados.

Bierrenbach aflrma que sua companhia atua forcemente em segurosaude empresarial, justamente pelo alto custo de saude individual, cuja sinistralidade e aha, principalmente no Rio de Janeiro e em Sao Paulo, code OS medicos e hospitals sao mais caros. Como o ramo individual nao previa diferenga de taxas para as diferentes unidades da federagao — explica ele —, "optamos pelo seguroempresa".

De certa forma, essa opgao contraria a ideia do diretor de planejamento da Sul America Seguros, Os waldo Mario Azevedo, para quem, por causa das limitagoes da circular anterior da Susep, a circular 40, de

agosco de 1984, que regulfl " grupal, as seguradoras rencia ao seguro-saude indi^'

O diretor da Sul Americ^^^| tao"~compUcada a circular '^( que so agora ele acredita podera dar as seguradoras r ^ de competirem em igualdao empresas de medicina de Patenderam 13 milhoesdep^j,

tres tipos de seguros. como o que ja acontece no ramo de vida em grupo, onde um deles e o referente aosgrupos abertos, em que a vincuiagao do segurado ao grupose da pela simples adesao ao respeccivo piano. Com is so, dizele, vai setpermitida umafacilidade maior na operagao, bem como maior massificagao.

Outra sugestao da Comissao — esclarece o diretor da Sul America—e que haja maior abertura para que as seguradoras possam utilizar nao so a tabela do Inamps no pagamento de honorarios medicos e hospitalares, como todas as demais tabelas, prin cipalmente a da AMB — Associagao Medica Brasileira.

Armando Erik de Carvalho —, o relacionamento da seguradora com os prestadores de servigos e muito mais objetivo e dinamico, gerando mais satisfagao e um atendimento melhor aos segurados.

Oswaldo Mario Azevedo, da Sul America, concorda com o presidente da lochpe de que o segurado se beneficia do fato de as seguradoras estarem sujeitas a fiscalizagao da Susep e obrigadas a constituir reservas tecnicas, mas ve, apesar disso, um grande potencial nomercadoporque todo mundo se preocupa com a sau de.

A prova disso e que a 'eni: de mesmo utilizando o sis''lentQ fi '^^^"^bolso para o paga- ^'talar ^ ^°"°rarios medicos e hosque ^fabalha ainda com o che^*^5. 6 hospitals convenia°^ar f, ® ""f^tam seus clienres sem co-

t ^'fiuns pianos ja em funcio-

As seguradoras gostariam igualmente de tornar mais flexiveis os reajustes de pregos, cuja norma — observa ainda o diretor de planejamento da Sul America — esta subordinadaaoCNSP—Conselho Nacional de Seguros Privados, em sua resolugao maior, de julho de 19B4, que reguia o seguro-saude.

O diretor de planejamento da Sul America acha ainda a concorrencia uma coisa muito interessante, mas ressalta que no mercado de saude tem que se ficar muito atenio e ter bastante controle dos custos, que precisam ser reajustados periodicamente. E nao e so por causa da inflagao, mas igualmente pelas novas tecnologias que surgem a cada dia.

na Bradesco Se1987, contra apenas 800 ° Saude-Bradesco para das pelo seguro-saude. res constam de materiapubl' ( das pelo seguro-saude. J e 3^^ ' 9Ue, apesar de set um piano "il^Stal medico-hospitaU" abril ultimo, pelo ^ livre escolha, como excom base em estimativa da jjti Ar^ ^'^®-presidente de produ- Perrin, Forster & Crosby^ 4^^. ^'}do Erik de Carvalho, nao rece consultoria na area I uma lista de referencios. li ^'3 pela seguradora, essa

Na avaliagao de OswaN medicos, hospitals, cliAzevedo, o espirito da novf A laboratorios, esta bastante aberto para Sq «specializados e servigos de que cada companhia lance J qug servem de orientagao duto, uma vez que, ao con 0 '^ar o atendimento. circular 40, nao estabelec A %sj^Jetor Bradesco cambem minimas, que nesta^Itimae Ja o projeto de circular bas'brio, mas acrescenta que fez algumas sugestoes no

„ > torna-lo mais aberto, a detalhes de tratamentos " ffl

A Sul America tem muito pequenas no segn^^ 4 ^ seguro-saude grupal, e 1 America," foVam estudadas operagao emesmoem admi0^y Otnis3^Q Tecnica de Seguros de saude, lembra seu ^ ua, ^ Acidentes Pessoais guradora conta com uma ^ medicos e hospitais crede 1 ^ Provnr-i,>subsidi^ri;'k%: -

er ^do Mario Azevedo r usaode

geradamente altas. Destaca ist; a nao inclusao de franquias 0 aij-uui. rias e amaiorliberalidade e"^ '■'rifj. de torna-lo flexibilidade para a ^ pianos. Essas sugestoes, Sill ^^waldo Mario Azevedo, controlados pela subs.dia.'- ecorda med, que adm.n.stra pianos ^ para outras empresas, as qu-"

Em relagiio a concorrencia, titmbem as opinioes se dividem. O presi dente da lochpe Seguradora, Julio Bierrenbach, adianta que o mercado vai poder mostrar pianos extremamente acraentes e, per isso, concorrer sem receio. Chega ate a afirmar que uma coisa e fazer um seguro com empresas como Bradesco, Itau, lochpe, que sao controladas por autoridades competentes e bem posicionadas no mercado. Outra — res salva Bierrenbach — e fazer seguro com quem nao se conhece, embora faga questao de deixar claro que nunca soube de sinistros que nao tenham sido cumpridos por outras empresas do sistema privado de sau de. De qualquer forma, ele considera que havera aceitagao total dos novos pianos das seguradoras, numaprevisao baseada no que ja aconteceu na iivre escolha.

Sem deixar de reconhecer a forga '* dos concorrentes entre as empresas de medicina de grupo, o vice-presidente da Bradesco Seguros acha tambem que isso nao e um fator preocupante, pois a apolice de seguro grupal e muito mais abrangente, por ter sua base fundamentada na livre escolha. Por outre lado — reforga

E justamente nesse ponto que o diretor tecnico da Itau Seguros, Al fredo del Bianco, questiona a validade da carteira para o mercado. "O seguro-saude nao e bom para o mer cado segurador porque os pregos de saiide sobem dia-a-dia, e nos nao temos controle sobre eles. Ja na medi cina de grupo e diferente, e, se estivessemos nesse caso, poderiamos fa zer nossos pregos", desabafa.

Alfredo del Bianco nao considera, contudo, ser essa uma aspiragao do mercado, uma vez que al nao seria seguro. Por tudo isso, adverte ser muito dificil concorrer com a medi cina de grupo, que e completamente diferente do seguro. E enfatiza; "Nos nao prestamos assistencia medica e sim financeira, e e isso que todo mundo confunde."

Para a Bradesco Seguros e dificil afirmar se esse mercado e rendoso ou perigoso, mas e certamente de mais facil controle. Jiilio Bierren bach, da lochpe, entende que peri goso mesmo e a livre escolha, que nao permite prever a sinistralidade, mas lembra que riscos existem em todas as areas. Uma coisa, porem, e consenso entre os empresarios; um controle maior por parte da Susep e uma medida justa e necessaria. •

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REVISTA DE SEGUROS
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guradoras ficariam barradas na operagao do resseguro. Que desregulagao e essa? Onde fica a liberdade de mercado?

Em busca da modernidade

Comentario de Ronaldo do Valle Simoes scbre materia publicada na R.S. n.o 781

Aproveito,nestes comentarios,

o ti'tulo usado por Jose Fucs em sua reportagem publicada na ul tima edi^ao d!iReiistadeSegi/ros\uma reportagem variada nos cemas e nos entrevistados. Detenho-me, porem, num daqueJes temas: o monopolio do resseguro.

Para Luis Campos Salles, o IRB comete o pecado de nao ser artesanai na sua acividade de ressegurador, ao deixar de talhar-pianos sob medida para uma cliencela que estaria avida per libertar-se da padronizagao. Entretanto, h.i dois anos, atraves da cir cular PRESI-O22/86,0 IRB vem oferecendo pianos dessa natureza ao mercado.

Armando Erik de Carvalho, da mesma forma que Campos Sailes, entende que o IRB nao inibe a criatividade, a moderniza<;ao e 0 desenvolvimento do mercado. Penso que estao certos. Se eles me permitem, darei aqui alguns exemplos bastante expressivos, extraidos dos facos.

No ramo DPVAT,que prescinde do resseguro,o IRB entrou a pedido do proprio mercado, e por interesse politico deste, para conter a concorrencia predatoria e ser um repassador de recursos. O seguro ia de mal a pior, e a tabua de salvaqao encontrada pelo mercado foi a montagem de um convenio para retirar aquele ramo da economia de mercado e do regime de livre concorrencia.

No ramo Vida, a presen<;a do res seguro e tao-somente simbolica, praticamence nao existe. No entanto, esse ramo ja foi 0 primeiro no ran king nacionai,com uma fatiade459f na receita global de premios do mer cado, hoje reduzida a 18%. E, mais do que qualquer outro ramo, ele e

propicio ao exercicio tanto da criatividade quanto da agressividade, no marketing proprio. E por que declinou o ramo Vida no Brasil? Ja vimos que nao foi por causa do resseguro.

do resseguro para atrapalhari ° cado segurador brasiieiro vef xando escapar para outros mere

E o seguro-saude? O decrs n.° 73/66 tornou-o privative presas seguradoras, classified" como atividade distinta •^"4 'opinioes ha consenso num exercida por instituigoes de » ''^dl ^ nue.J V r.._ ""^""'caga eA ''a

0 iRg de gamento, ou seja, aquela ' ;'0r. tornandl va ser o unico ao com o exteA hospital proprio. presta assist'' uma clientela fechada. O fato ^ ° •' 'Orm.., "tas nmguem cias para o mercado inter a,ora ess. demand, ia estd Te^Lt gemomcas maos alheias. K Ca. ^'^ais do TR R • ?

investimentos."

A infla^ao,se foi uma das causas,nao foi a linica. O mercado de seguros, por razao que desconhe^o, nao investiu para se modernizar nesse ra mo, e boa parte da clientela em potencial voltou-se para outros mercados. Repetindo analise feita na minha conferencia na XIII Conseg,nenhum ramo de seguro tern a capacidade do ramo Vida para acumular re cursos. Nos paises desenvoividos, o seguro de vida e responsavel por 40% da receita global de premios do mercado e responde por 80% dos investimentos. E e esse rico fiiao que,embora nao tendo o monopbiio

Luis Campos Salles que ^ monopolio arrapalha, que a , de ho'e resseguradores concorrentes >rior 1; as seguradoras sem a opoftU"'> %clo mutto importante de comparar pregos. Mas naO^ '7^ economia naciorece ate onde vai a diferenga err, , ,. gos nos resseguros propofC'"/ w .^^tros r,^ ^ Paulo LeaodeMouraJr. prefef'^.f ° o monopolio do IRB fique res% e oligopohzanm. ^ de pequenas uma atuagao passiva

"A reserva de mercado e a participagao de capltais estrangeiros sac duas questoes que nao poderao ser omitidas na futura lei complementar prevista pela Constituigao de 88."

Em 1987, OS premios de seguros totalizaram CzS 109,1 bilhoes. Desse mercado maior, os conglome rados bancarios seriam banidos, passando a se contentar com outro bem menor, o de CzS 19 bilhoes, que pertence ao resseguro, incluldas as re trocessoes ao pais e ao exterior. Esse esquema, impregnado de artificialismo, pode ser reivindicado ou proposto em nome da economia de mer cado e da desregulagao?

Per ultimo, cabe dizer que nas entrevistas que ora comento, foram omitidas duas questoes fundamentais; a reserva de mercado e a participagao de capitals estrangeiros. Mas essas duas questoes nao poderao ser omitidas na futura lei complementar prevista pela Constituigao de 88. O consumidor brasiieiro podera ou nao comprar seguros no exterior? Se nao puder, tera pelo menos a oportunidade de compra-los de seguradoras estrangeiras que aqui venham ase estabelecer? Pretende-se, la fora, que o GATT seja tambem instrumento da liberdade no setor de servigos. E a Constituigao de 88 admite a participagao de capitals estrangeiros em empresas seguradoras. Liberdade e bom para todos?

,ou seja,^ W > 1 locagao de resseguros no Essa opiniao e compartilhad^ ». P c ^ n,. otegido consumidor im

■^Spajj^^^'^adoras; 2) que, em ou Francisco Caiuby Vidigal

bf.„. ^'^supremacia do interesse y ^Ue a const 11m dprall-.p.- n/^ An.rf\^^ i w *^>'5 f^^olvencia de um.deralhe: no mercado dom^ ( ^itr, ^olida o resseguro seria operado de ^ demais no propresas de conElomeradni? ban'- i ti„ j ''^'^'^rsos para cobrir os

uma segupresas de conglomerados ban'^%. 'los ''^cm'sos para cob ixariam de ser segurad i; . ^cJo ^ segurados. Mas vr'"®da ' que deixariam transformando-se em resseg'' ras.

que, 'Consumidor e uma ressed^a^ assume oonus dainscl^csseguradora. 7*^ tPe —'-©"'auuia, COnStlrecursos do seu

retrocessoes ao hrpr,.,l'^^®''"o, gera operagoes cu- erg_ ecia u^icitt^ucs cucorrespondem em mer>. mdris J j:

dos premios de segurosdiresponsabilidades 'lid^j^'-"das e 3% para as respontransferidas ao mercado ii bj. "Cional. M 'Og. '^Urg propostoporLeao de ® Vidigal, o IRB nao iria disDe seguros

putar sua fatia de 9% com ressegura dores domesticos, mas deles simplesmente apanhar as sobras que Ihe fossem transferidas, certamente na faixa de menos premios e maior risco. As ameagadoras 'pontas', portanto. No future, mais uma estatal deficitaria, pelo pecado, dirac, de ser es tatal.

O mais curioso, entretanto, e a pregagao da liberdade, ao mesmo tempo que se pretende que ela seja estrangulada era dels pontos; 1) os conglomerados bancarios, privados de opgao, ficariam confinados a operagao de resseguro; 2) as demais se-

Finalizando, repito o que afirmei em minha conferencia na XIII Con-

seg:

"Nos paises em desenvolvimento, a reserva de mercado e vital para a industria do seguro. Mas esse mecanismo perde sentido e esvazia-se de objetivo, se nao tiver o suporte de um esquema interne de resseguro que Ihe de capacidade para absorver negocios e recursos dentro das fronteiras economicas nadonais. Os dois mecanismos se completam, necessariamente se articulam e atuam em conjunto. Reserva de mercado 6 ins trumento politico que tem eficacia e justificagao, quando dele resulta o atendimento da procura nacionai pela oferta interna e nao pela externa." •

IRB
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// f Por que declinou o ramo Vida no Brasil? Nos paises desenvoividos, ele e responsavel por 40% da receita global de premios* do mercado e responde por 80% dos
REVISTA DE SEQ
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R-onaido do Valle Simoes e economista e presidente do IRB.

*co|i a cc^boracao de Angela SQbjfl

O sucesso da Xlll Conseg — Conferencia Brasileira de Seguros Privados e de Capitalizagao

patrocin'adapela Fenaseg e realizada entre as dias 7e 9de novembro,no Rio deJaneiro, reforgou a ideia de que esta cidade serve bem coma capital das atividades de seguro do pais. Assim lembrou o proprio governador do estado, Wellington Moreira Franco, no discurso de abertura dos trabalhos, que levaram ao HotelRio Palace cerca de400profissionais do setor.

Durante tres dias, o mercado segurador debateu questoes importances para odesenvolvimento de sua atividade e, principalmente, a tao discutida desregulagao, que, na avaiia(;ao do superintendence da Susep—Superintendencia de Seguros Privados , Joao Regis Ricardo dos Santos, vem sendo conduzida com suporte em amplo debate com a comunidade, envolvendo tanto seguradores quanto corretores.

Em seu discurso, Regis enumerou as recentes conquistas, tais como a libera^ao das comissoes de corretagem; a eiimina^ao dos limites mi'niraos dos ativos garantidores das reservas tecnicas, exceto para aplica?6es em a^oes; maior flexibiiidade das operagoes de seguros de vida em

grupo; autoriza^^ao para concessao de desconto nos seguros de incendio e lucros cessantes deles proveniences; e a aboli^ao das exigencias de reemlssao de apolices nos seguros de automoveis.

Alem dessas inova(;6es — acrescenta Regis —, o mercado obteve ainda a altera(;ao dos criterios de constituicao das reservas tecnicas, a introducao da indexa^ao nos contratos de seguro, e outras mudan<;as, como a promovida recentemente pelo Conselho Nacionai de Seguros Privados (CNSP) nos capitals minimos das sociedades seguradoras.

Eies evolufram com essa medida, passando do valor correspondence a USS 50 mil para cerca de USS 10,5 milhoes—para qualquer seguradora

'Silv^ ^ coordena^ao de Ch'nio OS rertexos da nova te sp,,. sobre o setor I, ^ros. J

^^Pectos focalizados foi o

•■'l^'Pod ° regionalizagao,'"iposta pelo artigo 22 aos estados legislarein sobre autorizados por assim, a que opere em vida e ramos eie^,|ao ordena que a fiscalizatares em codas as regioes do P^i no ambito federal. As conseqiiencias da alteraC ^ forma, a qucstao pamercado e e, nas pa-

Segueia, convidados especiais para a A vez do marketing

rem que incorporara numeros do todo ou de parte do seguro social.

Por tudo isso, para tornar homogeneas as compara^oes ioternacionais, a proposta do Codiseg e que se passe a valer do conceito e calculo dos coeficientes de elasticidade. Ou seja, elasticidade dos premios de se guros em relagao a elasticidade de uma variavel macroeconomica, como o PIB. Isso significa a rela^ao entre os crescimentos percentuais dos premios de seguros e os do PIB.

O diretor executivo do Codiseg sugeriu tambem a criagao de programas de intercambios tecnicooperacionais, para que os padroes de referenda para a sociedade segura dora brasileira sejam obtidos em es truturas de paises dinamicos, onde as taxas de crescimento de premios vem superando as de crescimento global da economia.

palestra do professor Sergio Op des,queadefendeubrilhantef^'^

^pi '^tpo^"j^®®'oes espi salientando o fato de que "derabilidade". na sociedade uma mencalidade citucional, que necessita set cu'' e apllcada da melhor maneim P vel. Ao contrario dele, o deP';' federal Guilherme Afif Dofi'' tentou mostrar em todo o se^' curso porque a Conscituinte nossa ordem economica e soc'*'' sua opiniao, basicamence a urn cesso e nao a um avan<;o.

Ainda que o deputado mingospensequeaConstituii.'^^;

"uma uniao nos slogans do pasS'' nao uma visao do Brasil do fi'b conforme suas palavras, a imp" cia do assunto nao passou desp^ bida aos organizadores da XlH seg, ao convocarem um grup", trabalbo composto per advogi' REViSTA DE SEG^'

Pela colocagao do presidente do IRB passa, no entanco, outra ideia fortemente presence na XIII Con seg, como saida para o mercado se-' gurador; o marketing.-Essis foi, em sintese, a resposta que nos trouxe o publicitario frances Jacques Segueia; "Temos que aprender a vender, conhecer o consumidor, e isto nao e o que o segurador sabe fazer realmente bem." Foi tambem o que receitou o diretor executive do Codiseg— Cornice de Divulgaijaolnstitucional do Seguro Marco Antonio Moreira Leite.

Moreira Leite acha fundamental que se confira a atuagao da Coreia do Sul.Japao, Chile e Venezuela —pai ses com taxa superior a 2% — e mesmo daqueles que superam 1.5%, principalmente se nossa inten^ao e " queimar etapas.

de

capital minimo das seguradof''^ rao, na opiniao de Regis, ^ ""'o de R^^^^'dentedolRB—Instimaiorespecializacaocomotain 51^^^ j ^seguros do Brasil , Roregionahzacao da atividade f ^aiig simoes, "urn princiros do pais — outro topico ba^ discut.do, ate como fruto de I i % orientada pelas difetigo da nova Constkuicao Fed S que identifique e A Constituigao foi, alias, j^^^^^'dades locais, antes X,? Qu ^''^nsformem em proble- ,ic',r'«in. questQ especiflcas

k. ri„ a as conquistas "•ercado

Para Moreira Leite, marketing e a receita, "e nossa ultima resposta ao desafio do crescimento" — tema in clusive de sua palestra. Ele ere que antes de ser um conjunto de tecnicas, marketing e uma questao de atitude, de posi?ao era relavao ao consumi dor, cujas necessidades devem ser encaradas como prioritarias, seja qual for o ramo de negocio.

Depois de prestar comas da atua?ao do Codiseg em seu pouco mais que um ano de vida, seu diretor executivo lembrou que e precise muito cuidado na coraparagao do desempenho do setor segurador nacionai com as performances de outros paises, quando se utiiiza o parterre da reia^ao premi^g/PIB, muito comum no mercado.

Com base nos estudos que vem realizando, o Codiseg verificou nao serem conhecidas em pormenores, nas estatfsticas dos principals pai'ses, as estruturas dos tipos componentes de seguros. No entanto, as elevadas caxas observadas em alguns deles suge-

Finalmente, lembrando a existencia de um universe de 750 a 900 mil pessoas ligadas direta ou'indiretamente a grande familia corporativa da industria nacionai de seguros,

Marco Antonio Moreira Leite declara que o desenvolviraento do mercado passara por mudan?a de opinioes. .Cuebra de tabus. Para isso, e precise nao so transformar atitudes

Sergio Bermudes defende a mentalidade constitucionalque surge na sociedade brasileira...

XIII CONSEG
Moreira Franco e Jacques Xlll Conseg Sub
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SEGUROS
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...ja 0 deputado Guilherme Afif critica a Constituigao como"uma, uniao nos slogans do passado" e comportamentos do consumidor, mas frence ao consumidor.

A experiencia que vem de fora

O publicitario frances Jacques Seguela, embora nao seja um bomem do ramo de seguros, acredita que o maior problema do mercado segurador e comum em^odos os paises: trata-se da questao da imagem. No caso brasileiro, aponta ainda mais dois empecilhos ao seu desenvolvimento: a tutela do Estado, tirando sua competitividade, e a infla^ao galopante. Nesse contexco, julga que,se antes o seguro tinha de transmitir tranquilidade, hoje precisa apresetitar dlversidade.

Em entrevista coletiva, ele nao escondeu, no entanto, que o investimento do mercado segurador Fran ces na sua especialidade —•o marke ting— e pequeno,e nao chega a \%

do facuramenco do setor,que esta em torno de USS 40 bilboes. Apesar dos progresses que tern ocorrido, Seguela admite que o seguro e um dos produtos mais caros na Europa.

A despeito das dificuldades economicas do Brasil, o publicitario, que esteve aqui pela primeira vez ha 30 anos, diz que sente a presenfa de sangue novo — pressagio de riqueza de anianha. E, sobretudo, alegria de viver, que garante ser um dos tesouros da sobrevivencia. Mas nao nos poupou ao dizer que o pais da felicidade e tambem o pais da desordem.

Em meio a inumeras piadas e a apresenta^ao de filmes publicitarios premiados — inclusive o que fechou a ultima campanha vitoriosa de Mit terrand, concando era 90 segundos a histDria da Franca —,Jacques Seguela brindou o publico segurador com alguns ensinamentos, pois acre dita que as regras publicitarias, tanto quanto as economicas e as de moral,sao as mesmas em todos os paises.

Embora muito atento, o auditorio nem sempre levou a serio os dez mandamentos ou 'planetas', como classificou-os Seguela, que questionaram desde o conceito de modernidade ate o do apego ao poder por parte das pessoas mais velhas, que nao abrem caminho aos jovens. Nessa questao,o publicitario frances lembrou que o Brasil tem dez anos de vantagem com rela(;ao a Europa: enquanto la um europeu em dois tem menos de trinta anos, aqui um brasi leiro em dois tem menos de vinte.

Seguela falou ainda sobre as virtudes do individualismo, que deve transformar seguradores em aprendizes consumidores; sobre a necessiRonaldo Simoes(ao cent ro),do IRB,defende uma poli'tica de marketing orientada pelas diferenqas regionais

fslar sobre o papel regulador do Es'*^0, a concorrencia livre e a globalido seguro, ele contou que, no pais,a chave esta na confianqa do publico e num ambiente regulador iusto.

, Corcoran explicou que e.ssa garane tudo e que nos Estados Unidos ^5 tem certeza disso. "Se uma comP^hia fica insolvente, assumimos a I^^^POnsabilidade" — diz ele, lem,'ando tambem que o pais tem um etna de advertencia antecipada, quando uma companhia demura sinistros, cla recebe a vifcB 1 gastos da cntidade 'am americana sao pages pelo ® ^^gurador, que paga inclusive ^^^'lorias.

4

O publicitario frances Jacques ' Seguela lembra que o fundamental e ter ideias, logicas ou nao...

1983,0 mercado segurador

deve ser usada como arma dec ate mesmo-seguro, e ate so' ilogicidade. m''.

Se para o publicitario pl^ fundamental e ter ideias, nao'^ tando se logicas ou niio, ja tende que sao elas, e nao o P®' que fazem o mundo, acredi'^.^ ainda no sonho, pelo que seguradores: "— Senhores, me sonhar",o que significa dar ' fir guro uma imagem menos mais amisTosa.

ri5^

Da mesma forma,sugeriup' poesia — duas imagens pouc'' / vencionais no mercado seguf^ ,/ como componentes de uma ^ gia de venda, que precisa .'0^ .'

no seu entender, ser mais no sentido de correr mais nao apenas segurar contra o

Para Jacques Seguela e preCcar fogo' nas ideias e ser ment'^ ,(? servador. Numa sociedade ^ doxos e num pais rao jovem. j "voces tem ideias tao arcaicas

Os Estados Unidos, pais quebem na opiniao de Seguela, xou fascinar pela modernidad'-'" rendo o risco de ser devorado il' botizado, assim como o Brasu-^lf veram tambem presences a Conseg, atraves do superintend de seguros do estado de Nova que, James Corcoran. Convoca'- ^

Uni g ■ maior liberdade implico

Clinic Silva, presidente da ct"" .pts da Conseg,coordenou um grup analisou os reflexes da nova Ca [ dade que cem o segurador de comet^ou a ser desregu mundode ser mais comerciante^^j^ , .eetc— ber ir atras do consumidor que, segundo ele, os latinos ^ no sangue;sobre a sensualida

u de responsabilidade

Corcoran. Na questao dos CQ^i,j^.^l«mencares, por exemplo, ^as rj- que tarifas muito regula""'^ressavam ao consumidor. °''"sim, as autoridades ameriem ferramemas para niio ...para um auditorio atento aos seus bem humorados conselhos

8''Upos de trabalho

'5tn g^'^Srupos de trabalho se reunias palestras da XI11 objetivo foi buscar res'^s fi 'Jma otimizacao das gesfi, ■ na gestao tecnica e a 'ceiras, questionara regulaNo

zada de franquias no seguro indus trial; maior liberdade para operagoes de incendio pelo limite maximo de indeniza^ao; cria(;ao de produtos de responsabiiid.tde civil facultative a segundo risco; produtos sem limite de importancia segurada; implantaqao de seguros de saiide a segundo risco e outras sugestoes.

Ainda em termos.de comercializa(jiio, prop6s-se a criai;ao institucionaf'^'^iia]- qapitiilizaqao numa ecotambem buscaram achar alt ■r H' de comercializa^ participa^ao do Es- b^^^qguros especiais. As con- <^1 sb, ^ ^ muitas. a coraercializa(;-ao, foi , ''l«r ^ J* importancia de se estij,'-''"t?ao tanto de seguradoras V '^'-adas como das regionais, Ci Wfj nesse ultimo caso, a '^qgionalizada e a abercura ou

le seguradoras atuais qma. Outra sugestao foi a

"Iq uma comissao tecnica de

utos, com participa<;ao do seguradores e corretodivuigagiio automdtica em ^ tj, ^'evistas dos orgaos declasse ^•■qado.

Ja as empresas de capitalizacao pretendem inicialmente a isencao de imposto de renda na fonte sobre as aplica(;6es das suas provisoes tecnicas e a transferencia para o CNSP da normatizaqao da cobercura tecnica, junto com as seguradoras e as companhias de previdcncia privada. A fungao e hoje exercida pelo ConseIho Monetario Nacionai (CMN).

Pleiceiam tambem um tratamento fiscal diferenciado, em relat^ao ao imposto de renda sobre ap[icac;6es e ao Finsocial e PIS, reivindicando

nesse caso o mesmo tratamento concedido as empresas de previdencia privada. Mais: a abertura ilos controles sobre a aplicagao das provisoes tecnicas, eliminando os percentuais minimos, e que o mercado de capitaliza^ao tenha um representante permanente no CNSP.

O grupo que estudou a proposta de otimizacao da gestao financeira chegou ao consenso de que as em presas precisam se estruturar paratazer frente a nova realidade do mer cado segurador. E isso tanto em questoes de orcamentos como de pianos de comas e balances. Uuerem ainda que a Fenaseg promova uma melhor caracterizacao do co-seguro, para possibilitar o acompanhamento sistemacicode emissiio e cobrancade credito pclas lideres.

Implaniacao da OTN fiscal e extincao da obrigatoriedade de cobertura com acoes foram tambem consideradas nos estudos, que elaboraram minuciosas propostas para os segu ros de credito a exportacao, rural, dc riscos nucleares e habitacional.

li
REVISTA DE SEG'
DE SEGUROS 17 ix...

deixar que elas baixera demasiadamente — explica Corcoran. No caso de uma interferencia, como na questao das taxas, o regulador tem que explicar isso ao publico, como afirma o superintendente de seguros de Nova lorque, admitindo contudo nao ser facil. Integrante da mesa de debates, o assessor economico da Fenaseg, Luis Mendon^a, acrescenta que nos Estados Unidos, apesar da regulagao, sabe-se que a guerra de raxas e tremenda, enquanto na Inglaterra — pais qnde o seguro e mais livfe —,o consumi<^or bricanico oprou pei^Ksistema de c6bertura de taxas padronizadas.

Efeitos da Constituigao no mercado de seguros

Um item do artigo 7° da Constituigao Federal — o XXVIII — abriu a possibilidade de explora^ao de um seguro de responsabilidade civil do empregador por culpa leve ou grave, nao cumulativa com a indeniza^ao por acidenre de trabalho. Essa foi uma das conclusoes a que chegou o grupo de trabalho liderado pelo advogado Clinio Silva, resuliante de tres encontros,um raes antes da XIII Conseg, com mais sete representantes de sua classe.

Um desses representantes, Vilson Ribeiro de Andrade, advogado do grupo Bamerindus Seguros, acha que as expectativas sao favoraveis para a nagao, de um modo geral, desde que bem aplicada a lei. No caso do seguro de responsabilidade civil, houve umagrande abertura,em sua opiniao, que favoreceu ao empregado e deu ao empregador a obriga?ao de contratar, alem do seguro de acidente do trabalho ligado a Previdencia Social, uma apolice de res ponsabilidade civil.

No entanto, o advogado do grupo Bamerindus acha que ainda nao se pode saber ao certo qua! o alcance das leis. Outra questao levantada, a extin?ao do CNSP — o artigo 22, VII, da nova Constituigao disoiplina OS poderes normativos do CNSP ao dispor que cabe privativamente a Uniao legislar sobre a politica de se guros —,tem, pela lei, um prazo de 180 dias para acontecer. Mas mesrao esse prazo pode ser estendido, por 18

periodo definido pela lei — explica Vilson.

Um outro aspecto, que Vilson caracterizou como um onus para o mercado,resulta do item II do artigo 155, que estabelece o pagamenio de um adicional de 5% de imposto,aser cobrado pelo estado onde a seguradora tiver sua sede. Segundo o advo gado da Bamerindus, isso incidira sobre todo e qualquer lucro fi nanceiro, sendo portanto um onus nao so para empresas mas tambem para pessoas fisicas, onde tiverem sede.

C^uanto ao probiema da regionali.za?ao — a nova Constituicao,atraves do artigo 22, inciso VII e paragrafo unico, abre a possibilidade aos esta dos de legislarem sobre seguros, desde que autorizados por lei com"ple^ntar. Vilson Ribeiro de An drade nao sabe se sera um ponto favoravel e acha que ludo vai depender de como a legisla<;ao vai prcceder.

O grupo, composto tambem por Jose Eduardo Cavalcanti de Albu querque, Luis Felipe Pellon, Luis Tavares Pereira Filho, Manoel Fernandes de Rezende Netto, Orlando Vicente Pereira e Ricardo Bechara Santos, ressalvou, entre outros aspectos,o fato de a concessao de autoriza?ao para funcionamento de seguradoras deixar de ser discricionaria e passar a ser automatica, desde que atenda aos requisites iegais. Tam bem a carta patente deixou de existir, como um bem por si so negociavel, gramas ao artigo 192, em seu para grafo I.®.

A Susep ja esta estudando um projeto de lei regulamentando o artigo

O superintendente de seguros de Nova lorque,James Corcoran, revela que o segredo esta na conflan^a do publico

192 da Constituigao brasileira, que diz respeito ao mercado seg« dor. Essa informa^ao foi dada

proprio superintendente da entj de, Joao Regis Ricardo dos Sanj em debate realizado na XIII Consonde Ihe foi indagado se era af? de uma completa reforma no sisi^' de seguros, regido ate hoje pof creto baixado ha 22 anos — 0 creto 73Embora admitindo quetal re(off\ independe da Susep e que o deC^ taivez atribua ao CNSP poderes hoje nao ihe seriam atribuidos, nao o critica totalmente, mas corda que ja esteja ultrapassadoqualquer forma,lembra que no ^ do artigo 192 da Constitui?ao> ' ^ impoe a reforma do sistema fina"'' ro,a atividade de seguros precis^ repensada,com a imposi^ao deli'' lu^ao de inscituigoes.

O superintendente da SuseP acredita que o mercado seg tenha p"erdido-o trem do des^" vimento e pondera que o decf^'^ tambem nao se excedeu no af^^ rismo, ao delegar poderes de ^ za^ao a Susep,que se preocup'' possibilidade de ma utilizafiio". nheiro publico. "(^''uando Susep" — lembra Regis cessos levavam um ano; hoje, nos manifestarmos em 60 ■ companhia comega a agir. Tud" e um esfor?o no caminho da deS"^ lagao".

A intengao do superintended Susep foi mostrar a important' uma competiflo regulada que. v advertiu, evite uma competi^d*^ datoria.Em sua visao,o mercad" y ^ hoje num processo o tornara mais competitive mente. Na opiniao de Regis

la competi^d'^ :ao,omercadd

o de raudan^''y;a^^%^ ompetitivo

prio barateamento na obrent^^^d cartas patentes, que passou d^ aos(fetalhes, - --- - -d''i>''}W^^f^^«se-seguroeaquele 3,5 milhoes para USS 1,5 mudara a configurat^ao do rsTrl""?"''""" -

OS grupos. a 0,fazseguro mesmo.Por Kegis negou ser seu prop^^^

retirada de cobrant^a de premi'^^,r' rede bancaria e reagiu a indag<ui^'' 5':

auditorio sobre o monopoiio f*"

gurador do IRB. Mas mesmo tindo nao ser a pessoa mais luiuo nao ser a pessoa mais para responder a questao, def^"^ i "f.

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lias esperam maior com os convenios de 4~i Drefprpnrisil avalia

estrategica da manu-

i^specto monopolista do Tajjjo'° resseguro externo. CotijQ Ponto de vista tecnico e outros, acha que o IRB deve se manter.

^0 entanto,a pussibilidade Cado aiternativo no merfo] e essa possibilidade por Regis, que ve, no |egu '^'^Onvivencia pacifica de resprivados nacionais e o ° ^^sseguro interne. A retro^Sctij-.^'^^^^'^^ncial mencionada no *^Qes Ronaldo do Valle SijRg niostra da sensibilidade ^ite A ^ntender do superinten- Ospj.^'Susep.

ecos do interesse das sobre esse assunto ja esfazendo sentir, desde

aplique ao seguro de incendio comum, seu desdobramento foi sugerido, e, cm resposta, o diretor operacional do Insticuto, Luis Aives, informou ja ter sido estudada a viabilidade de se voltar ao passado e ter a retrocessao ramo-a-ramo. Depois de excluir a hipotese, por considera-ia nao ideal, o IRB analisa no momento como expor menos as seguradoras, nos parametros da retrocessao.

A situagao do mercado

Embora nao fosse uma novidade para o mercado, o presidente do IRB, Ronaldo do Valle Simoes, aproveitou o plenario da Xlll Conseg para anunciar a implantagao do piano de retrocessao preferencial, cujo esquema operative havia sido aprovado uma semana antes. Apro veitou a oportunidade para fazer tambem uma reflexao sobre o desempenho do seguro brasileiro que, de um volume de premios da ordem de USS 231 milhoes em 1945, passou para USS 2,8 bilhoes em 1987 o que da um crescimento real de 6% ao ano, em taxa acumulada.

nho pela inflagao.

Ainda assim — continua o presi dente do IRB — cairam suas posigoes no ranking mundtal e na relagao premio/PlB, fruto, no primeiro caso, do ritmo mais acelerado do cresci mento de outros mercados e do que Ronaldo do Valle Simoes considera ate mais importante: as distorgoes que provocam nas estatisticas comportamentos diferentes das taxas de inflagao e seus efeitos sobre as taxas de cambio.

Em relagao ao PIB, a queda e explicada pelo presidente do IRB como resultado nao so de questoes macroeconomicas, mas reconhecendo que o mercado segurador bra sileiro perdeu espagos, por sua culpa ou nao.

A ligao que fica — segundo Valle Simoes — e de que o mercado precisa set mais agil e mais agressivo na defesa e ocupagao de seus espagos. Maior abertura para o ingresso de novos participantes ja existe, como atesta o superintendente da Susep, que se deu ao trabalho de fazer um exercicio de futurologia, prevendo uma mudanga substancial no seu perfil. As novas tecnologias certamente ocuparao um lugar de destaque nesse contexto.

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^^guradoras apresentaram \ ^ ao IRB pgj. ^ aprova^ao de de retrocessao «av. 1 vvi nil ^ Simoes — ocasiao securlt^rla. S j '^iretor de operagoes da ifl^i '■ ■^I'thur Santos, apresentou .if r\ fi« e voce e transportador, i aPamcaryevia'LilizeaM.

operagao e absolutamente j garantida pela devida cobe'^

Valle Simoes considerou excelente esse desempenho, nas circunstancias e condigoes em que se realizou, lembrando que o patrimonio li quido global do mercado suplantou em quase 50% o volume de premios em 1987, enquanto em 1945equivalia apenas a metade desse volume. Nesse meio tempo, o mercado experimentou um boom, nos anos 70 — no rastro da economia —, para depois cair, recuperando-se novamente em 1986 e 1987, apesar do impulse ga-

Jacques Seguela, o destaque internacional da Conseg, falando do que mais sabe fazer — marketing —, sugeriu que os securitarios falem mais com as palavras do coragao que com as da cabega. Entre mandamentos e criticas nem sempre sutis ao Brasil, insisiiu na necessidade da criagao de uma personalidade para o seguro umslogan, uma marca. Cue ela esteja em vigor na XIV Conseg. •

deste sistema em sua emp'^^ ....1^1,^11 ra ISM t oud tSI 'K e S ^^0^ "-^Pacidade de retengao de e voce embarca suas carg^

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'^^"^idade — avalia Arthur uma vez que o volume da
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a proposta inicial do IRB e
23
Sergio Ribeiro, rccompensado com o resultado da Xlll Con.seg, acerta com Hamilcar Pizzatto

Avaliando as tendencias

A eliminacao da carta patcntc e a exigenda de urn capital minimo bem superior ao atmil aumentarao a participa^ao das grandes seguradoras no m^tcado, de acordo com 68,8% das respostas a pesquisa produzida pela Federai;ao,Nacional de Seguros Privados e de Capitaliza?ao (Fenaseg) e co-patrocinada peia Arthur Andersen, feita durante a XIII Conseg, no Rio. Trezentos e quinze questionarios foram .distribui'dos, retornando apenas 27% de les, o que forneceu aos pesquisadores 85 respostas. Ao todo,eram vinte perguntas, divididas em 140 itens, que abordavam tres assuntos chaves: a estrutura do mercado brasileiro de seguros, as estrategias de negocio e a gerencia e organiza^ao das seguradoras. A ideia do projeto e anunciar tendencias e perspectivas do setor a iuz da atual conjuntura poilticoeconomica brasiieira.

Dos partidpantes da Conseg que responderam ao questionario, 78,8% eram representantes de seguradoras, e apenas 6,2% corretores.

O que nao impediu que as duas categorias pregassem a necessidade de uma interacio maior e previssem que a participacao dos corretores de se guros crescera (65% das respostas indicaram esta tendencia), o mesmo ocorrendo com as corretoras de bancos, segundo 46,3% das respostas.

Por outro lado, nao houve consenso com rela^ao ao fortalecimento ou nao das seguradoras ligadas a bancos. Cuarenta e oito por cento das respostas indicaram como provavel (ou muito provavel) o fortalecimen to, enquanto 38,8% disseram ser improvavel este fenomeno. O^numero de seguradoras, todavia, deve crescer,de acordo com as estimativas de 63.8%, Em rela?ao ao capita! estrangeiro, 37,5% das respostas tonsideraram que, nos proximos dois anos, a sua

participacao no capital das empresas nacionais devera aumentar, sem assumir, encretanto, o controle das mesmas. Vinte e oito por cento indi caram expectativas de que o capital estrangeiro nao tenha sua participaCao incrementada. O aumento da presenca do capital externo se dara, de acordo com 16,3%, atraves da ^ abertura ou da aquisicao de novas -empresas, enquanto 12,5%esperam que "o-capital estrangeiro assuma o controle do capital de empresas na cionais.

O volume de vendas do mercado de seguros em relatao ao Produto Interno Bruto (PIB) devera aumentar ligeiramente(dos aruais 0,8% ate urn maximo de 1,2%). sem considerar a Previdencia Social e os fundos de pensao,disseram 65% das respostas. Dez por cento manifestaram expectadva de incremento deste valor para alem de 1,2%. De um modo geral, 75% das respostas indicaram que o mercado espera um aumento do vo lume de vendas em relacio ao PIB,o que simboliza uma participai,"ao maior e mais representativa na economia nacional.

As razoes para este crescimento, entretanto, nao ficaram claras pela pesquisa. A divulgacao do seguro foi apontada por 35% das respostas, a conjuntura economica por 21,3%,a distribui^ao de renda per 20% e ou-

Mwssaode descontos, disseram 80%. ^ altos custos de angaria(,ao sao 'Pontados por 76,3%., enquanto •3% consideram os altos custos "?'n'strativos como ameacadores. alta de atratividade do negocio ^2° nos ganhos, segundo '^ das respostas, ou oferece ^0 risco a eies, de acordo com "■5%.

dera a crescer (86,3% das respokas); a maioria das companhias ter-.t um sistema unico de emissao de apolice para todos os ramos, responderam 81,3%. Grande parte das empresas tera sistemas de apoio a decisao com ligacao entre micro e computador de grande porte (88,8%), e tambem acesso a dados externos (IRB, Susep e outras entidades).

tros 20% nao responderam a gunta.

Ainda falando da estrutura : mercado, o segmento de maior cimento nos proximos dois a' anos sera o de seguradoras de guia porte ligadas a conglomerados fi"' ceiros: foi o que apontou o nario,com 32,5% das respostas i" iirtiiu, 3.1,j'/c aas resposi,'.'- r

D de maior expressao contidetr^ odeauto-RCF,seguido den e incendio, uma tendesenha ba muito e "este manter. Os premios aumentarao, apontaram Sen. ° ® respostas. O preco dos Ptiiici- - "lassa, todavia, sera o '^"ncihal c — cando esta tendencia. As segura^ suc,; ''"or na decisao dos con'^1 Ses,.. na opiniao de 76,3%. ras independentes, de grande tiveram 12,5%; as independence^ pequeno porte alcan^aram ^ 12,5%, e as de pequeno porte das a conglomerados finance''

Entre as in6va<;6es que P'' surgir nestes dois anos, 68,8'>^ jj respostas indicaram o pagamenc®^ premio por cartao de credito uma nova alternativa oferecidC' sejada por 63,8% dos que ram a pesquisa. O teUtnaf' tambem alcan^ou bom Ind'C aceita^ao (72,5% das respo.stii^' 76,3% de grau de desejabi!'<3'' Uma unica apolice combinand^^,)! rias coberturas individuals sef' ji) novo service oferecido, 87,5% das respostas, e e desel'^^^i por 85% dos respondentes. ^ do teleprocessamento na emiss^® analises e bem visto por 86,-3'^^' sera efetivado, segundo 81,39^A lucratividade das empresi'^^j, guradoras e ameacada pela exC^ concorrencia na tarifacao e m'

retn cento apontaram, potendencia nao se veri0 '>cguros industrials. coii^Q ° informatica apareceu certeza na decada de 90. '^^^^guradoras disporao de portateis para uso de '^rtia j. de inspetores de seguro, ^MOria prolissional que ten-

A segmentacao do mercado foi apontada como estrategia competitiva por 75% das respostas, assim como aregionalizacao (67,5%), odlrecionamento para determinados produtos (76,3%) e a competicao por qualidade (87,5%).

A preocupacao com a formacao proFissional deve ganhar mais significacao; 86,3% das respostas afirmam que a capacitacao nas funcoes da area tecnica de seguros devera crescer em importancia. As segura doras admitem que os niveis salariais deverao aumentar, para atrair e reter pessoal qualificado, enfrentando a concorrencia, de acordo com 85% das respostas. A descentralizacao dentro das companhias, porem.

ainda e um assunto delicado. "Desejada", de acordo com a mtiioria das respostas, ela varia de caso para caso — estabelecimento de tarifas, 56,3%; entrada/aceitacao de propostas, 73,8%; consulta a dados e valores das ap61ices, 80%; alteracoes de dados e valores, 68,8%; processamento da cobranca de premios, 57,5%; e pagamento de comissoes, 60%.

Em linhas gerais, o setor espera um crescimento pequeno, que sera advindo, em grande pane, das mudangas na legislacao e da manutencao do programa de desregulamentacao do mercado, efetivado pela Susep (que aumentara, de acordo com 86,3% das respostas). O IRB mantera o monop6Iio do seguro (65%). A entrada de novas seguradoras e esperada, como se pode deduzir, mas de forma lenta e gradual. A informa tica sera um dos pilares dos prbximos dez anos, o que em muito contribuira para uma melhor adequa(,'ao profissional. O otimismo marca a espera dos anos 90 no mercado segurador.

^omIrato.Osegurosemmisterio.

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O grande seguro da pequena c m4diaempt««.

PFSQUISA
24

Foram eles, alias, seus socios fundadores,logo seguidos porJose Carlos de Menezes, que responde hoje 5^'a vice-presidencia administrativa ^financeira da Delphos. Cada um,a ^®Umodo,tern um pouco de historia para contar.

historia da Delphos

. ® tuna forma geral, tudo que esf relacionado a area tecnica e do ramo de seguros • a estruturaqao tecnico-atuarial "ova apolice de seguro ate o vi/^®°''^tnenco do dia-a-dia — e ati^ e da Delphos. Mas,para chegar ^56*^^ ^ empresa com Qyjj^^^Pfegados e um patrimonio Hce^do bilhoes, ofere- seus services a todas as segudo mercado brasileiro r, ^oisa aconteceu.

No centre de projetos sao ekborados os dados que alimenta^o

A mostra paralela que correu a reboque dos trabalhos da Kill Conseg, em novembro ultimo no ha 21 anos para atuarjunto ao mercado segurador brasileiro Essa empresa e a Detphos Servicos

a^dZZ'A ' "^'.^sora mostrarmuito maiscom a deasao que anuncia: esta abrindo seu capital

Segundo o presidente do Conselho de Administra^ao da Delphos,Jose Americo Peon de Sa,a empresa pretende lancar, ja em Ja neiro do proximo ano, 401.981.872 a^oes preferenciais e 120.594.562 ordinarias, ao custo unicario de 0,0025 OTN, captando assim CzS 6,5 bdhoes. A proposta da Delphos e de que sejam subscriras 100% das agoes preferenciais, no valor de Cz$ 5 bilhoes, e 60% das ordinarias, valendo CzS 1,5 bilhao.

A revela(;ao foi feita durance a segunda conven^ao da Delphos vcste ano, que reuniu cinqiienta de seus principals executives no Hotel Bucsky-Mar, na praia de Gragoata, em Niter6i, para definir urn novo piano estrategico para o proximo bienio.

Peon de Sa reconhece que a pretensao da Delphos e de que suas a?oes fiquem, de preferencia, em maos do mercado segurador e revela que o objetivo da abertura de capital e investir fundamentalmente na area de teleinformatica,com enfase espe cial na microinformatica, e expandir suas opera?6es aiem do mercado se gurador, . O momento atual tem tudo a ver com a decisao estrategica da empre sa, como admire Peon de Sa, sugenndo que a mudani^a pela qua! atravessa o mercado segurador possui grandes^expectativas de desenvolvimento a partir de uma reestruCurasao do propno mercado. No caso especifico da Delphos — ele conta —,essa reestrutura?ao passa pela abertura o capital, que vai permitir a utiliza-

?ao de cecnologias de ponca

No entender da diregao da AC< A A ^ f U _ ^

sa, esse e o melhor caminho Pj redu^ao dos cusros operaciona'^ mercado, com o consequent^ mento de sua eficiencia — comP.^^, o presidente da diretoria exec^d x Jayme da Silva Menezes. Os .. acionistas possuem hoje 73%'^^ pital da Delphos — ate entao ^ empresa tipicamente familiar. Peon de Sa comunica que a em Janeiro, abre seu capital jando mvestir em tecnofogia de P

<\d,j,-^,'^^^'dente do Conselho de de Jose Americo Peon da^^^'''t^lta a utilizar a palavra mulembrar como tudo co' Comaedigaododecreto-lei de novembro de 1966, o segurador foi completaCrisg t.^^®^truturado.

^ em meioauma ess P°r grandes alteragoes.

^ie 5 ®Poca apareceram os seguros em que se situavam os hifji Seguros de massa(de penhor de habita^ao) e foi nesse mo"^tie nasceu a Delphos."

"•'Os r ^tios por formagao,os dois s6'^titop.l^^dadores vinham de uma corfazia administragao dos de massa e, com sua desesluncaram-se para criar, Je 1967, a empresa que kg ^'o_de 1967, .. ^ -i— abrindo seu capital. "A °s e produto do decreto 73, P^tis ^j'^heleceu que o seguro de governo seria passivel de ;— acrescenta o vice-presiadministrative e financeiro. K ^rlos de Menezes. 'Jesf)tlij' ue o inicio, contudo, houve dificuldades, porque as segu> * a ko ^^^tendidas pelapequenapresservigos, que hoje se enka ^ ®titre as dez maiores compa'k "^cionais privadas de informasegundo Peon de Sa, Pfp ®ncia para a contratagio de emK "-sas - |!)k como a sua de seguros

penhor rural do Banco do Brasii, tinhaapenas a matriz,no Rio de Janei ro, e um departamento no Rio Grande do Sul — complementa Jose Carlos de Menezes. As sucursais,porem, impuseram-se rapidamente para atender as seguradoras lideres do seguro de credito do SFH, e a Delphos, entao, se estendeu pelo pais.

Segundo Jayme Menezes, sua empresa antecipa-se a expansao que a liberdade economica trara ao mercado, para melhor servi-lo

Alem do mais — continua o presi dente do Conselho de Administragao —, havia o desafio de montar uma estrutura de massa que atendesse a todo o territorio nacional.

Sem falar que os seguros do Sistema Financeiro de Habitagao(SFH)eram um desafio ate para o pais, pois se propunha a dar casa propria ao trabaIhador.

Se hoje a Delphos cobre o territo rio nacional com suas vinte sucursais espalhadas pelo Brasii, quando surgiu, para adrainistrar os seguros de

"A Delphose produto dodecreto-lei 73,de 1966,que estabeleceu que oseguro de bens do governo seria passivel de sorteio", lembra

Do comego — quando sua unica cliente era a Companhia Boavista de Seguros — ate os dias atuais,em que atende a todo o mercado segurador com suas 95 companhias, atraves da Fenaseg e do seguro DPVAT,a em presa teve momentos importances. Como quando surgiu a apolice compreensiva do BNH, em junho de 1968,em que foi novamente contratada pela lideranga,solidificando sua imagem — lembra Jose Carlos de Menezes.

"Foi dificil mas estimulante e gratificante, porque no fim tivemos os se guros atendidos por um sistema na cional,em todo o pais, quer era relagao a todas as agendas do Banco do Brasii, quer em relagao aos agentes fmanceiros de habitagao e seus mutuarios segurados" — orgulha-se Pe6n de Sa.

SERVICOS
26
r
n »s
De pequena prestadora de servigos a uma das dez maiores companhias nacionais privadas de informiitica

Agora, coin a nova fase iniciada pela abercura de capital, o projero e oferecer ao mercado todos os servi ces institucionais por ele demandados, atraves da formafao de um grande banco de dados. Segundo Peon de Sa, isso permitira a analise esratistica atuarial dos riscos, de mode aprover o mercado de estiidos tarifarios e de novas coberturas,que serao extremamente importantes no mercado Iivre\e competitive que se avizinha.

Os reflexes da no^av^onstitui?^b

Para o presidente da diretoria executiva da Delphos, Jayme da Silva Menezes, a nova Constitui^ao esta nos permitindo comecar a experimentar o gosto da iiberdade poiitica, que,em seu entender, e irma gemea da iiberdade economica. Com isso, vamos ter certamente uma nova estrutura no mercado segurador, que implica maior quantidade de seguradoras, maior expansao da participaCao no FIB, maior valor do premio per capita etc.

Portanto, este e o memento ideal para as seguradoras^se unirem e cria-

'VV

"A Delphos desenvolveu um sistema de administragao de creditos imobiliarios voltado para o SFH, unico em seu nivel", conta Heraclito de Freitas

rera uma nova lei para a atividade de •seguros. O prazo de 180 dias que Ihes-foi^ado a partir da promulga?ao da Constituicao ja entrou em contagem regressiva, e Jayme da Silva Menezes acha que sua empresa pode colaborar nisso como prestadora de " servigos que e. Seu trabalho, no entanto, nao se iiraita a isso. "Temos um programa para trazer cecnologia para o Brasil porque achamos que a unica maneira de continuar sobrevivendo e pro-

gredindo e incorporando tecnol de ponta para dar as seguradoras vicos de melhor qualidade, mais ratos e aitamente responsaveii' acrescenta ele.

Reforcando sua tese, o preside'''^ da diretoria executiva da Delp^f recorda que, um pouco ant^s 1970,OS Estados Unidos fizeram""^ estudo,publicado na revista Fort"*' na cencativa de saber como seria ciedadeamericanaem I990.Essef; tudo concluiu que, no future, 2^ do PIB americano serao proveoi^ tes da pesca,agricultura, minerafS'^' da indiistria de transformaffio- T Mais ainda, que 75% do PI^^ originarao da presta^ao de serviC^' i' sendo metade d a compra venda de informacoes. A realid*' de hoje mostra que as previsbes^^ tavara corretas — deduz Jayme Silva Menezes. Transportando para o Brasil e, mais especificame"^ te, para sua empresa,ele garantc estao no caminho certo.

O marketing da empresa

de dados abriga a memoria do 'Or «ti[i que com exclusividade, jdo-se da informatica como Prejij® ""esistencia — conta o vice^5 marketing, Heraclito Correa. Movimentando ''e de enorme de papeis, volmaneira acentuada

i Ct,

empresa, juntamente com a atualizaCao tecnologica, tendo a seguinte linha poiitica; melhorar as condicoes ambientais e desenvolver as lideranCas que compoem seu quadro gerencial.

sessoramento para a alta administra cao dessas empresas, no sentido de terem excelente qualidade de gerenciamento dos seus riscos.

, ha "Os anos, para a area de mi^Onj^'^'^ora opere basicamente 'Pimentos de grande porte. j para manter o nivel de

seus services, vem de''taj ®ndo pesquisas nas duas oferecer opcoes de assesao mercado e, com isso, ?^®^icar-setambem^tecno^ Ponta, atraves da microinde "^odaviafpara equipamen- \Ql^®''3nde porte, a Delphos de^ sistema de administra'■'"editos imobiliarios voltado ^^gentes do SFH, que consi""'Cq eficaz e, em seu nivel, niercado.

'P'cros, esta desenvolvendo fSo' ^P^'cativos em software, tais ^'^"^^mas de aplicacao na area das empresas, na adminis^ rik de , ,, ^ria de riscos e de avaliacoes, sistemas integrados de ^ ramos eiementares evida ''fjf.^Po, diversificando assim seu na area de informatica. vice-presidente de marke'■'^d ^sJpbos, o segredo do seu e basicamente a area de re..'fl ^ humanos, que vem crescendo ^^fj^'^^^lidade, num ambiente mo® criativo. Segundo ele, esse 'do o principal investimento da 'STa DE SEGUROS

Imagem ja consolidada torna a Delphos apta a participar sempre de novas oporcunidades, em relacao ao decreto 93.871, de dezembro de 1986, que estabeleceu a figura do administrador de seguros para 6rgaos da administracao publica direta ou indireta. Nesse sentldo — orguIha-se Heraclito de Freitas Correa —, a Delphos se coloca como uma empresa com mais de vinte anos de experiencia em seguros como o do SFH, do Sistema Nacional de Credito Rural e da Comissao de Financiamento da Producao.

Ainda nessa linha, presta servicos de analise de riscos, coberturas e premios; regulacao de sinistros e criacao de sistemas de processamento de dados adequados as necessidades de cada cliente, alem do as-

Durante os trabalhos daXIII Conseg, a Delphos esteve demonstrando seus produtos, atraves da teleinformatica, entre os quais o projeto — ja em funcionamento — da C^ara de Corapensacao de Co-seguros; o Sites (Sistema de Tesouraria), resultado de anos de aperfeicoamento no desenvolvimento de sistemas administrativos, e o Sistema de Vida em Grupo e Acidentes Pessoais Conjugado.

Os participantes da Conferencia puderam ver tambem, on-line, como funciona o Sistema de Provisao de Riscos Nao Expirados (PRNE) e a rede de informacoes montada para o apoio do seguro de DPVAT. Em fase final de desenvolvimento, a Delphos expos ainda o seu novo sistema para OS agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupanca e Emprestimo e Cohabs. «

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Unidade de fitas do CPD CPD A fitoceca possui um cofre de seguranca contra sinistros
A Delphos.em toda a sua prestou servigos ao mercado seg^ ^ ih REVISTA DE SEGUfl
Uma empresa com 656 empregados e um patrimonio liquido de CzS2 5 bilhoes

E como fica o meu imposto?

APresidencia da Republica enviou ao Congresso Nacional, em nome da simplificafao, projeco alterando a legislagao do Imposco de Renda para o ano^base de 89' Relativamente aos^contribuintes assalariados com uma unica fonre pagadora,as inova^oes podem ser assim resumidas: (a)o pagamento do imposto passa aser mensal e definitir vo, nao mais sendo necessaria a apresenra^ao da declara5ao anuai de rendimentos; (b) mensalmente, o im posto sera descontado por apenas duas aliquotas: 10 ou 25%, para os que receberem por mes de 61 a 199 OTNs e mais de 200 OTNs mensais, respectivamenre; e {c)os abatimentos e dedugoes sao eliminados,sendo substicuidos por parceias fixas de redugaodebOa 144 OTNs para os que forem tributados pelas aliquotas de 10 ou 25%,como visto no item "b"

supra.

Cumpre ressaltar que para aqueles que auferem exclusivamente rendimentos do trabalho de uma unica fonte pagadora, e inquestionavel que, no tocance aos mesmos, ocorre umaredugaodacarga tributaria. A situa^ao dos contribuintes com mais de uma fonte pagadora e mais complexa e sera objeto de um proximo trabalho.

Todavia, no que diz respeito a carga tributaria global dos contribuintes em questao, e premature conciuir pela redugao da carga tributaria, especialmente se considerarmos que em razao da major abrangencia dada a defini(;ao dos fatos que fazem nascer a obrigacao de pagar imposto, fica dificil qualquer simula^ao.

Com efeito,nos termos do proieto apresentado, qualquer rendimento auferido e passivel de tributa^ao, desde que flque apurada a ocorrencia delucro.Desta forma,em ocorrendo a hipotese, o lucro deve ser somado aos rendimentos do trabalho, para a

determinar o total do imposto arecoIher no mes. Admite-se que a diferenga de imposto assim apurada possa ser recolhida no ano seguinte, juntamente com a apresenta^ao da Deciara^ao Anual de Ajuste, que, nestes casos, sera de apresenta^ao obrigatoria.

Fica claro,portanto, que apesar de dispensados da declara^ao anual de •fendimentos, havendo outros rendime-ntos tributaveis sera necessaria a apresenta?ao desta declaragao de ajuste, cujo'modelito'ainda serdpublicado, quando o projeto for aprovado. Da mesma forma,e em decorrencia desta 'pseudo-simplifica^ao', todos OS contribuintes do.imposto deverao apresentar anuaimente uma deciara^ao de bens, informando os respectivos custos de aquisigao em OTNs,pelos seus valores historicos.

Evidentemente, em nome da simplifica?ao, algumas distor^oes podem ser detectadas desde ja. Uma

VOaESTA MimOMAIS

justificaraatributafao^^

delas diz respeito a se deix.u" siderar as caracten'sticas pessof^^ cada contribuinte na determi"''* do imposto a ser page mensalme"^j Desta forma, apesar de um buinte ter esposa e dois filhos, aluguel e ter despesas de ensinosera descontado do mesmo que seu colega de trabalho, deste ser solteiro e residir em im" ■" proprio. A outra se refere a disP dade na tributacao dos rendiF^"; de trabalho em rela?ao aos reP; mentos de capital, pela qual, ; contribuintes auferircm o lente a 500 OTNs no mes, o cebe rendimentos do trabalho P, 89 OTNs, e o que recebe rendi''^ tos do capital so pagara 15 OT Aspecco mais relevante, ^ diz respeito a nova conceitua^aO quiloque

sinais extehores de riqueza, of j didaem que, dependendodaF"'" ^ dos criterios a serem utilizadoS' derao acabar dando margem a goes e exigencias absolutameo'^ « merarias e arbitrarias, o que ^ ocupante, ainda mais quando tamos que ogoverno, para o perfil de suas contas em 89, P*"^J riu aumentar as receitas, entre originadas de exigencias fiscai^- jj vez de reduzir despesas, como C'' se esperar.

De qualquer forma, e no pe coisas estao, o que importa e como ficara o Imposto de Rend^' qui a r^enos de trinta dias, um*' .j,que osVongressistas, naquilo j,. teressava a eles,- resolveram o P'y blema; pura e simplesmente, do''_(i ram os seus vencimentos para 9^''^ ,i desconto na fonte nao reduzis^"^ nivel de rendimentos isentos ^ i ceb lam ate entao.

Fernando Cicero Vfltoso e gado e professor de Direito Trib'^''' rio.

Todos nos lutamos muito para conseguir nossos proprios bens. So que agora nao e preciso lutar tanto para mante-los.

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3b L1« . Fq
REVISTA DE SEGLlf''
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alguem makcuidando de voa

Naeconomia ocidental 0Brasilocupa aoitava posicao. Em matmade seguros,nao esta nem entre OS 20.

Ha 50 anos a Bamerindus Seguros tenta mudar esse quadra.

Enquanto nos paises industrializados o mercado de seguros movimenta at€ 7% do PIB, no Brasil esse numero nao chega a 1%.E certo que problemas economicosimpedem pessoas de fazer seguro. Mas e um fate tambem que muitas pessoas que podem fazer seguro nao fazem. Porque acham que ter seguro nao e importante. Ou poique nao percebem que o seguro e o unico investlmento que existe contra qualquer imp^evisto. Para mudar essa mentalidade,a Bamerindus

Seguros vem trabalhando como nunca. Desenvolvendo serviQos cada vez mais mod^^ eacessiveis.Valorizando oprofissionalde E ao mesmo tempo investlndo para que todo mundo perceba aimport^cia do seguro.

Trabalhando assim, a Bamerindus Segi^ , colabora para que o mercado de seguros creS^* muitoerapido.Jdqueparteda economiabmsyjr trabalha em ritmo de Primeiro Mundo,o me^'' de seguros nao pode ficar no Terceito.

II
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Desde a sua fundaQao, em 1870, a AlianQa da Bahia se dedicou integralmente a uma unica atividade: seguros. E para manter o sucesso.durante todo esse tempo num mercado dinamico como o brasileiro e precise muita agilidade.

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'««A.Lopes

Ipanema e Leblon se tornaram bairros de projegao internacional justamente por exalarem um fluido prazer por suas praias e modismos, artistas e galerias,que lans'am na vida cultural do pais uma estimulante lassidao 'deitada em berco esplendido'.

ARTES ASTICAS Um seguro

Oer • fiOs[ , e o tema chave da exa Joao Fortes Engenha0 no stand de vendas para do Edificio Gilberto 'lea no Leblon. A coletatem como curadoro i^rte Wilson Coutinho,que 0 evento sob os auspicios de ''''do o hedonismo. Pelo o prazer e visto como 'o, Unico, individual e imediaOs e fim da vida moral. I^ro ^'''ibalhos se comprimem pra'do' numrr(7Ht/-galeria instacanteiro de obras,emoldupredio em febril consK '"O A '^ntro de um estilo que se ^^miar de pos-moderno. Os ''iti-'^nados para essa mostra foram dentro da gigantesca coleifh 1^ Gilberto Chateau"^difj '^ne agora tera seu nome em Merecidamente. Pode-se ..'•er ^ "1?^ que toda essa construgao eroV remete a curiosos paralelos Nw ^'To do Leblon, cada vez mais ,'oso e inchado, com suas esqui1iq. ''^saciaveis, e bares, vitrines e es, ii^oes, onde cada metro qua*•'81 ndquire um charme todoespese levar a vida; incluindo-se t(j 'Os tiroteios entre quadrilhas de

Na exposiow desfilam geraijbes (dos anos 20 aos 80) e estilos que tentam captar ou desvendar o fascinio esquivo do prazer amoroso, que nos envolve a todos, a cada instante, como uma teia invisivel de surpresas e espasmos, de significados e sentidos. Para esse prazer, nao ha institui^oes ou molduras que consigam reter o enigma insondavel que anima e mesmo subvene coda a constru(;ao amorosa da nossa babel ocidental.

Para esse deus, cujo rosto c\ao podemos ver, resta aos artistas de todas as epocas tecerem mementos e posieoes, facecas ou sutilezas, dentro da ansiedade em fixar, capturar o que e incaptutiWel, fluido, e que sempre nos escapa pelos dedos; como um riso num rosto.

Para esse prazer nao ha seguro, apenas nos sentimos seguros pelo prazer, dentro do puro misterio, como marionetes mudas e sedentas, embaixo do leneol, da arte, na sua busca infindavel em desnudar o corpo do tempo que nos tece em outros corpos e visoes, nesta nossa passagem pela vida.

CULTURA e lazer
prazer
DE SEGUROS
Di Cavalcanti. Grafite s/papel.S/data E.B.
35
Antonio Dias. Colagem s/tecido. 1963 Cicero Dias. Aquarela s/papel. 1930

Com as mudanijas reeentes deflagradas pela Perestroika, o retrato frio e distante das Repiiblicas Sovieticas vai, aos poucos, se desfazeh'do. A cortina levantada nao so desvenda OS diafanos cenarios do teatro de Bolshoi, ela torna mais m'tida uma historia secular vivida em suntuosos palacios e catedrais, morada da nobreza czarista.

Da fundagao daxi^ade de M^cou em 1147 ao reinado""de Nicolaull.o Kremlin nao deixou de sofrer mudan^as. As altera^oes na sua arquitetura e os tesouros adquiridos pela monarquia revelam as origens e as influencias sofridas pelo grande imperio asiatico,cujo patrimonio arti'scico e mostrado em tres capitals sul-americanas — Buenos Aires,Sao Paulo e Rio de Janeiro — atraves de iniciativa da Fundagao Copasa e do Ministerio da Cultura da Uniao Sovietica, que autorizou a vinda de 149 pe?as do acervo pertencente ao Museu do Kremlin. Sao vestimentas eclesiasticas e civis dos s^cuios XVI e XVII, armas do final do sec. XVI ao Xix', arreios e acessorios de gala de 1600e pe^as de ourivesaria russa e ocidehtal do sec. XVI ao sec. XX,cujo valor historico e inquestionavei, na medida em que sao o espelho da vida do povo russo. das suas tradi^oes e da evolugao de sua arte.

Situado praticamente no centro do imperio e no cruzamento das rotas comerciais, o centro do poderio russo viu seu artesanato e comercio se desenvolverem ao longo dos tem pos. A unifica?ao dos estados em torno de Moscou (sec. XV) atraiu para o Kremlin artesaos, arquitetos, escultores e ourives talentosos, e aquela area de 28 hectares, rodeada por uma muralha, foi se transformando num gradioso conjunto arquitetonico composto de diversos monumentos civis e religiosos, dos quais o principal e a Catedral da Rus sia. Destacam-se ainda a Igreja da Anuncia^ao, a dos Arcanjos, a da Consagra^ao, o Palacio do Patriarca' e a Catedral dos Doze Ap6stoios. A funda<ao de Sao Petersburgo

por Pedro, o Grande, no inicio do sec. XVI11 roubaao Kremlin os mais habeis artesaos e a importancia de centro artistico. As suas famosas oficinas — Oficina dos Artesaos, as especializadas na produ<;ao de arreios e acessorios para carruagens, a Camara de Roupa de Cama e as Camaras de Ouro e Prata —,cada uma delas com sua finalidade especifica, sao entao unidas a Camara de Armas, passando a constituir a Camara Estatal de Ar mas, transformada em Museu do Kremlin em 1806, onde se abrigam os tesouros adquiridos durante secuios.

As pe?p selecionadas para esta mostra revelam a criatividade e o engenho dos artesaos russos, nos traba, Ihos em metal, esmalre, bordados a ourq, prata e perolas,e no uso de pedras preciosas, alem das sedas, damascos, veludos e tafetas importados de Bizancio, Italia, Espanha, Franca, Turquia, Ira e China, ate antes do sec. XVIil, quando ainda inexistia a tecelagem russa.

Diversas influencias e'strangeiras se manifestaram no artesanato e na ourivesaria russa, principalmente a bizantina, que perdurou um longo tempo. Os len^os bordados sao um exemplo, particularmente o que representa Cristo no Santo Sepulcro, de fins de t500. em tecido italiano! fios de prata dourada e seda, perolas e pedras preciosas. Do conjunto de armas e armaduras vindos da Camara de Armas, raerece destaque uma pe^a de grande valor historico; uma cota de maiha de ferro que pertenceu

Costura e bordado. Sec.XVl

Enfeite para mesa.Sec.XVII

ao czar Boris Godunov. Cadau"'? suas malhas tern gravada a ins^ "Deus esta conosco, que esteja contra".

Os artesaos dos distantes tambem surpreendiam com dinarias criagoes,como a foihi' j, bre, forjada e gravada ^ Bushnev.em 1829. Represen'"' , toda nitidez. o Forte de tiado e tornado pelas tropas lau I ho ano anterior. j

Presentes da aristocracia geira tambem se juntaram p do Kremlin. Da Turquia vieP* gumas das ricas armaduras e As selas, estribos, chicotes ^ rios, confeccionados em veludoepedraspreciosassao''^ i fantastica suntuosidade, gosto da corte russa. A alema de Ausburg esta pre-sC'^ enfeite de mesa doado pC XII, rei da Suecia, a Pedro,° de. Trata-se de um guerreif ^ lo, fundido em prata, dourado.

Pneoclassicismo frances tambem '"■ge a producao russa em fins do StC-XVlli

Dua 9"^^' "O entanto, conti- ^ ^manter um estilo bem proprio Kenvoltura dos ourives, os quais asa imagina(,ao e fantasia, emOs mais diversos materials

'•'erde e a mala^xtraidos dos Urais.

"^Ostra da historia do Krem'lurante os me.ses de nof dezembro no Paijo ImpePtiv Com apoio de entidades Argentina, URSS, Brasil p Peru, a Funda^iio ^Pitajj .^'"^^onde levar para outras 'a|, acervo historico-cultucomo objetivo unico

^ America Latina dessa k "''a ha tanto tempo escondi-

nutos para as quatro da manha.

O dia nasceu e as ruas se povoaram, conta a cronica. Em frente a casa do Cosme Velho, movimento de carros e pessoas, medicos, agentes funerarios, empregados federals. Antes de escurecer o morto deveria estar pronto para ser velado no saiao da sua Academia. Na tarde seguinte, as cal?adas cheias viram passar o corcejo. Num caixao de luxo, encomenda do governo, Machado desfilou para os curiosos, riimo ao jazigo de Carolina de Assis (sua dedicada companheira por mais de 30 anos), no Cemiterio Sao Joao Batista. Ao pe da sepultura, Rui Barbosa (1849-1923) enalteceu as virtudes do homem e do escritor.

mentava nao rer filhos — porque temia cransmitir nao "o legado da nossa raiseria", mas a tragedia de sua doen^a, que o carinho da letrada portu guesa Carolina ajudava a suportar. Levou uma vida regrada, perturbada sobretudo pela epilepsia. Pela manha trabaJhava e lia. A noice cumpria o expediente na repartigao. A noite fazia visicas ou trocava ideias com a cara-metade, de maos dadas como namorados.

Algo

^0 que ninguem se lembra oada mesmo. Passaram nada mesmo. '^rancas nuvens os 80 anos "io fundador e parrono da Brasileira de Letras. E ',.'^9 5'^ 9oe desta honorifica ini^ fambem acusado como au'eumas obras-primas do rol^^crito em linguaportuguesa.

'ado do Assis morreu de maapos cinco mescs de dores e anos de soHdao. Pergun; oe se nao queria fazer vir um f'j^' E ele, que nao entrava na Osde o dia de seu casamento, 'W'^^ou com dificuldade, porque \ 'iulceradalhedoia: "Nao. Isso hipocrisia." Era 29 de se'i| o, 19O8. Faltavam quinze miDE SEQUROS

Nas semanas seguintes, os jornais imprimiram colunas de prantos e elogios. Nos clubes literarios as homenagens se multiplicaram. Nas salas de auia os professores tratavam de explicar o motive de tamanha comoi;ao. E, desde entao, criticos e estudiosos dedicam-se a investiga^ao minuciosa da vida e obra do brilhance falecido. Seus livros seriam traduzidos para vdrios idiomas e ganhariam a admiragao de europeus e americanos. Ainda em vida fora famoso entre OS Portugueses e os argentinos que, em 1902, traduziram suas Memorias postumas de Bras Cubas e o louvaram como o maior escritor do Brasil. Depois de sua morte, os primeiros a descobri-lo foram os italianos (1928), que o difundiram para a Alemanha e dali para o resto da Europa.

Tanca atengao seria pouca. O cricico Antonio Candido o reconhece: "Podemos imaginar o que ceria acontecido se a obra de Machado tivesse sido conhecida fora do Brasil num memento em que os mais famosos pracicantes do romance, no universo das iiteraturas latinas, eram homens como Anatole France e Paul Bourget, Antonio Fti^azzaro e Emiie Zo la, que, salvo o ultimo, envelheceram irremediavelmence e nada mais significam para o nosso tempo." Ma chado, sempre jovem, signitica muito.

Ao contrario de Bras Cubas. Ma chado conquistou a gloria e o amor, tinha amigos e discipulos. e so la-

A loucura, ao lado das questoes da duvida, do bem e do mal ou da definigao da personalidade — suas tormentas e temas constantes — tinham destine certo; acriagao literaria. E es ta, plena de divagagoes, prima pelo humor fine e permanence. O fiiosofo Hobbes (1588- 1679) considera como uma das fontes do humor a superioridade de espectador perante o objeto do riso. Para Alexandre Bain (1818-1903), n^ e a superioridade que provoca o riso, mas uma certa simpatia que liga o espectador ao ob jeto. Machado fundiu as duas atitudes: riu (ou sorriu) com indiferenga e piedade ao mesmo tempo.

Escrevendo sobre adulteries, mortes, sadisraos, alienagoes, nao se demora em cenas chocantes. A sobriedade e a sutileza sao caractErisricas suas. Ele prefere sugerir a declarar. Sua produgao acredita na arte como salvagao, uma forma de veneer a angustia gerada pela conteraplagao dos vacs esforgos humanos. Assim como coloca na boca de Bras Cubas, "estou farto de filosofias que nao levain a coisa nenhuma", ele escolhe para o autor posrumo dedicar pragmaticamente o romance "ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadaver". Provocagoes do bruxo.

Tesouros do Kremlin
I.A.
Qo
Machado
fr-37

A autocntica do mercado

Epossi'vel que nenhurn oucro

setor da economia tenha feito, em pubtico, uma autocntica tao franca quanto a r^alizada por se^radoras, corretoras e 6rgaos governamentais, como a Supefintendencia de Seguros Privados(Susep)e o Instituro de Resseguros do Brasil(IRE), esta semana, durame mesa-redonda promovida ^elojornal do Commercio para debater os rumos do mercado de seguros apos a vigencia da nova Constitui^ao.

Surpreendentemente, tudo come?ou quando o superintendence da Susep, Joao Regis Ricardo dos San tos, que critica a excessiva interferencia do governo no setor, passou um pito nas seguradoras por terem promovido sua' cartelizagao, tornando o prefo do seguro do automovel "extremamente caro". "Cinco companhias detem 60% dos premios, e as outras 90 disputam zero virgula ponto percentual, colocando-se no mercado como meras corre toras do IRB. Pelo menos 40 com panhias neste pais nao sao segurado ras", informou Joao Regis.

E com toda razao. Para fazer o se guro de um Voyage 83,inciuindo as coberturas do incendio e roubo,responsabiiidade civil e acidentes pessoais,as companhias estao cob.ando, no Rio,25% do valor do automovel. Assim,em quatro anos o cliente tera pago a seguradora o prego de um outro Voyage 83."Acho o seguro brasileiro um dos mais caros do mundo", disse o socio diretor da York S.A Corretagens, Arthur Candal da Fonseca.

A autocritica, porem, nao parou por ai. O vice-presidente da Bradesco Seguros, Armando Erik de Carvaiho, admitiu que a empresa 'pode ter induzido o consumidor a erro" quando langou seu seguro-

saiide, anunciando que o "medico e seu,o hospital e seu,a conta e nossa".

De fato, reconhece o executivo, "essa nao era a verdade inteira, pois a . conta era nossa dentro de determinadas condigoes".

Porsua vez,o diretor executivo do Comite de Divulgagao Institucional ^ do Seguro {Codiseg). Marco Anto" nio^Moreira Leite, advertiu que nao pode fazer magica, pois a propagan da, para ter sucesso,"tern que mostrar a verdade, e, para isso,sera pre cise meihorar o seguro como produto, e tambem a prestagao de servigos". Ja o vice-presidente da Yorkshire-Corcovado Cia. de Segu ros, Ronald Simpson, reconheceu que o p'roduto seguro tem baixa credibilidade perante o consumidor, porque alguns deles foram impostos obrigatoriamente, e tambem devido ao prego eievado.

De sua parte,as corretoras admitiram que sao muito pouco profissionais; que nunca se preocuparam em ouvir OS consumidores; e que a obrigatoriedade de se fazer seguro atraves de um corretor e uma falacia.

"Nem corretoras nem seguradoras tiver'am criatividade suficiente para levar o mercado a frente", reconhe ceu ainda o presidehte da Federagao Nacional das Corretoras (Fenacor), Octavio Jose Milliet.

O resultado disso tudo e que,apesar de ser a oitava economia do mun do, o Brasil amarga o 40.® lugar do ranking mondial dos seguros, com seu mercado estagnado ha vinte anos em cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Per isso, o presidente da Sul America Seguros, Rony Cas tro de Oliveira Lyrio, pieiteou, juntamente com o presidente da Fede ragao Nacional das Seguradoras (Fenaseg), Sergio Augusto Ribeiro, permissao para que a iniciativa pri-

Hos entrarao no mercado em seis ®5Ses — 0 que deixou perplexo o ^ffsidente da Sul America (a mais e segunda empresa do mer^ Q interno), Rony Castro de Oii— Oue barbaridade! aiiiou_ ao ouvir a previsao do su.'"fendente da Susep, loao Regis dos Santos.

vada abocanhe uma parte do ^ cado ora em poder da Previd^' Social, bem como para voltar^® rar o seguro de acidente de tra No mes passado, as seguf'*''^ estavam cobrando, no Rio, Cz^ , mil pelo seguro de um Voyfg^' avaliado em CzS 1,6 miihaOcluindo as coberturas de incefl^''' roubo e de responsabilidade acidentes pessoais (Cz$ 200 n' cada uma). Isso significa que 1 fizer o seguro durante quatro tera pago^o prego de oucro V' 83 as seguradoras.E nao ha esca. ria. Um pequeno grupo de co^ nhias cartelizou o setor, impo" pregos, ou seja, nao ha queO' por menos. O resultado do caro e que o Brasil,apesar de sef" ( tava economia do mundo, 40.^ posigao no ranking mund'' seguro,com suas 95 companh'^^^j^ putando um volume de prem'*^^^ teima era se manter,ao longo d timos 20 anos,oscilando em tor 1% do Produto Interno Brutonas sete grupos detem 600 premios, e em sete ramos estaO centrados quase 80% da prod' nacional.

Os problemas do seguro braS''. ; nao param por ai'. Na segund^-' passada, quando oJornal do Co"' do realizou sua 72.° Mesa-Red"''^^ para debater"O Mercado de . Pos-Constituinte — A modern'^''^ do mercado", o que se viu fo' verdadeira — e ate sadia — auO' tica do setor, na tentativa de arr"'^ meios que propiciem o deslan^b^ seguro,no momento em que o f'P carta patente vai abrir o mor^ ^ para quem nele quiser arriscaf V capital. A expectativa da Sup^^j! tendencia de Seguros PrivadoS' sep)e de que vinte novos grupoS P

Ptgj- ® lue o prego e caro, emem ^ sutoridades concordaram ^ empresas e os corretores

nao estao oferecendo ao consumidor o produto adequado, sem sequer ouvi-los sobre suas necessidades; que OS corretores, ou grande parte deles, nao estao suficientemenre preparados e nao protegem adequadamente o consumidor, enfim, sao pouco profissionais; que falta inicia tiva e criatividade do setor; que ha uma excessiva burocracia e um controle asflxiante do governo sobre a atividade; e ate mesmo — pasmem!

— que a propaganda do seguro, se nao e inteiramente mentirosa, pelo menos nao diz toda a verdade, induzindo o consumidor a equivocos. Ou seja, na hora de cobrar o seguro, "nao era bem assim". Uma clausula la no contrato, em letrinhas bem miudas, restringia esta ou aquela cobertura. E o pagamento, este sempre demora "ura pouquinho".

Nao acreditam? Pois vejam so;

Autocritica 1: "CJuando nos langamos o seguro-saiide Bradesco, ha tres anos e meio, o tema da nossa campanha era o medico e seu,o hos pital e seu, a conta e nossa. Ora,isto tudo era verdade, mas nao a verdade inteira. Em outras palavras, essa conta era nossa dentro de determinadas condigoes. Entao, e um apelo de propaganda simpatico,quer dizer, forte, mas que pode induzir o con sumidor a erro."(Armando Erik de Carvaiho, vice-presidente executivo de Produgao da Seguro Bradesco).

Autocritica 2: "A divulgagao, para ter sucesso,tem que ser a divul gagao da verdade. Nessalinha nosestamos convencidos de que existem de fato problemas de imagem do produto. Nos nao podemos fazer magica." (Marco Antonio Moreira Leite, diretor executivo do Codiseg — Comite de Divulgagao Institucio nal do Seguro).

Autocritica 3: "Nos temos que cuidar, antes de mais nada, da nossa propria casa. Primeiro, nos somos muito pouco profissionais; segundo, nao tratamos do seguro de forma gerencial..."(Paulo Leao de Moura Ju nior, diretor da Power Administragao Tecnica e Corretagem de Segu ros).

Autocritica 4: "Nem corretores 1 nem seguradores tiveram ate o pre sence momento uma dose de criati vidade suficiente para levar esse mercado a frente." (Octavio Jose Milliet, presidente da Federagao Na cional dos Corretores de Seguros Fenacor).

Autocritica 5;"Eu acho o seguro brasileiro um dos mais caros do mundo."(Arthur Sampaio Candal da Fonseca, socio diretor da York S.A. Corretagens, Administragao e Servigos de Seguros). •

(Trecho da materia publicada no Jornaldo Cornmerdo de 11/12 dezembro de 1988.

Coordenagao — Victor Zappi Texto —Joao Penido)

MESA-REDONDAtfC'
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REVISTA DE SEGOP
-dk de Carvaiho
de seguros
Marco Antonio Moreira Paulo Leao de Moura Junior Octavio Jos£ Millie!
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O SEGURO NO BRASIL

CONTOS DE REIS

Spectator

palavriados de tarimba, desap. parecem as joias.., Como,se era a mesma gente! Sim,era a mesma gente. Mas genfe em formagdo com virtu des civicas e moraes em inicio de cristalizagdo.

Mais umseculode luz accesa, mais um seculo de catalise imperiol, e o process© cristallizatorio se operaria completo.

Consolidar-se-iam os costumes; eniibrar-se-ia o caracter.

Para esta obra moderadora, organizadora, cristallizadora, ninguem mais capaz do que Pe dro Segundo; nenhuma forma de governo melhor do que sua monarchia.

D. PEDRO SEGUNDO

A 2de Dezembro nasceu, a S de Dezembro falleceu D, Pedro II-_ Quem foi este homem que noo deixou lembrangas neste paiz? Apenas urn imperador... Um imperador que reinou ape nas durante 58 annos. Tyranno? Despotico? Equiparavel a qualquer facinora coroado? Ndo. Apenas a Marco Aureiio.

A velha dynastia bragantina alcon^ou com ele esse apogeu de valor mental e moral qua id brilhou em Roma, na familia Antonma, com o advento de Marco Autelio. So Id. nesse penodo feliz da vida romana, e que se nos depara o sosia moral de Pedro 11.

A sua funcgdo no formar d nacionalidade brasQeira ndo esta hem estudada. Era um ponio fixo, era uma coisa seria um corpo como os ha na natureza, dolado de for^a catalitica.

Agia pela presen^a.

O facto de existir na cuspide da sociedade um symbolo vivo e activodaHonestidade, doEqui- librio, da Moderagdo, da Honra e do Dever bastava para inocular no paiz em forma^ao o virus das melhores virtudes civicas, O juizera honesto, se ndo por injuncgoes da propria consclencia. pela presenga da Honesli-

dade no ihrono. O politico visava o bem publico se ndo por determinismo de virtudes pessoaes,pela influencia catalitica da virtude imperial. As minorias respiravam. a opposigdo possibiiizova-se; o chefe permanente das opposigdes estova no throno. A justiga era um fac to: havia no throno um juiz su premo e incorruptivel. O peculalario, o deftaudodor, o politico negocista, o juiz venal, o soldado covarde.o funccionario relapso, o mdo cidadao, emfim e mdo por forga de pendores congeniaes passava, muitas vezes, a vida inteira sem incidir num so deslise. A natureza o propellia ao crime, ao abuse, d extorsdo, d violencia. d iniquidade — mas soffreava as redeas aos mdos instincfos a simples presenga da Equidade e da Jus tiga no throne,

Pedro Segundo era a luz do baile.

, Muita hatmonia, respeito ds damas, polidez de maneiras, joias d'arte sobre os consolos, dando o conjunto uma impressao genetica de apuradissima cultura social.

Extinguiu-se a luz. As senhoras sentem-se logo apalpadas trocam-se tabefes, ouvem-se

mascaras: — "Enfin seiJ'

O"Alagoas"levova^'^

luz importune, a luz qu® ' fova. E comegou a anno que ha trinta verte o paiz. ^ Que diverte, mos nena.

Oue envenena e O que havia de crys'® social dissolve-se. vol® tado de gelea. gs' Succedem-se na seen"^ tores, gingam-se as ^ titudes, murmuram-s® ' mas mensagens, ree® eternas promessas.

Mas sobrevem, inopinada, a republica.

Idealistas inintelligentes, emparceiradoscom a traigdoe a inconsciencia da forgo bruta, substabelecem-se numa procuragdo falsae destrdem a obrade Pedro Segundo "em nome da Nagdo".

A nagdo ndo reage, inhibida pela surpresa, a tambem porque Ihe acenara logo com um programma de maravilhas, especie de paraizo na terra.

E sempre assim. Ndo variam com a longitude nem com a lati tude OS processes psychologicos de assalto ao poder.

Aqui, assaltado o poder e conquistados as posigoes houv^m gerol arrancar de

h n

regente D. lodo, de '''onte da invasdo das tropes do general Jl, tarde Duque de e^j 'ransferiu a sede da pore 0 Brasil, eaporIjjjj expediu a 28 de ® ds 1808,' a carta regia <h OS portos brasileiros

1 24 ®xtrangeiro.

® Fevereiro seguinte oarta regia auctoride uma compa'Pi com o nome de ^^de W o o acfo do Conde da "^utubro, o principe ^Uft,jj''®'orizando afundagdo companhia, deConceito Publico".

trangeira auctorizada a lunccionar no Brasil ioi a "Garantia", da cidade do Porto. (1862).

Em 1855, foram approvados os eslatutos da companhia de se guros de vida — "Tranquilidade".

Eslas emprezas desoppareceram, De 1864emdiantecomegarart> a vir agendas deoutras companhias extrangeiras. Das companhias nacionaes mais aniigas, podemos citar:

Argos Fluminense (Rio)

1845.

UM CASO DE SEGURO NA

Garantia (Rio)— 1868.

Phenix Pernambucana (Reci fe) — 1870.

Ailionga da Bahia (Bahia)

——: ING1A,TERRA =

O povo, cansado e lorto de uma palhaceit^^i^ tuida da minina origin^'pf cochila nos Nem applaude nem o®® ^ dorme, e sonha... ■* Ndo infervem pora r® "basta", porque sesent® lafinosocomoos acto®®®^ histado, de norte a lamuria a sua desgro?" envergonhado o que P®'

O Brasil e uma nag^"iru"

Ou refazer, jd que des alicerces da primeif" seria. Cortado o fio ® natural, baralhados jdi' riaes, dispensados os uii>p«snsaao5 ^ onestos e habeis, das as suas rendos, ° de hoje vive de umo ova; aluguel da cons^'

Cornpanhias eram •- ■-unipar'■rJ^doBahla. 'u?ao de 5 de Maio de ], °^'2ou fundar-; V: ^nsiro ,-. ,. 1029 auctorizada a .Mm. ^ciedadedeSegu-

companhia ex-

1870.

Coniianga (Rio) — 1872.

Previdente (Rio) — 1872. Nos ramos de vida e accidentes de trabalho e pessoaes ha fortes e boas companhias, salientando-se entre as principaes a "Sul America" e a "Equitativa", ombas com s^e no Rio de Janeiro.

Entre nos causa admiragdo o facto de uma companhia de se guros reclamar a appHcagdo rigorosadas suas clausulas, na liquidagaodos sinistros. Agora, na Inglaterra, paiz classico do seguro, ocorre o seguinte facto, que nos e noliciodo por um telegramma d'aili: Londres. 28 (U. P.) — "Uma Iriste consequencia do mallogrado raid do aviador Hinchclffe e senhorita Mackay loi a noticia hoje publicada de que a viuva desse infeliz piloto ficdra em gronde miseria, apezar do S0u esposo haver feito um se guro no valor de cincoenta mil dollars.

Soube-se agora que essa apolice que fora adquirida por Miss Mackay, ndo se reiere a voos

transaflanticos, mas e um sim ples seguro contra voos de experiencia.

Miss tlackcy enthusiasmada dero carta branca a Hinchcliffe para que elle comprasse quantos machlnismos julgasse ne cessaries ao exito do voo ate a um maximo de 25.000 dollars e ainda ihe pagcva um ordenado mensal de quinhentos dollars. O assumpto serd tratado por Lord Inchape, pae de Miss Mackay, que seachadevoltado Egypto, em companhia de sua esposa".

'I'endo um seguro contra os riscos de voos sobre a terra, o voo transatlantico constitue um risco diverse e a companhia ndo e obrigada d indemnisagdo.

AywVWfVVVVtANVWJVWww W.V.'A'.'.WA'.'.'Ai.i.TT

SEGUROS BIZARROS

Os americanos ndo sdo os detentores de todos os "records" mundiaes, como muita gente pensa. Sabe-se que, entie elles, e possivel fazer-se seguros con tra o incendio, o roubo, o divorcio, a perfeigdo da voz, das pernas, contra o nascimento de surdos-mudos, cegos e estropiados, bem como prever todas as eventual idades ainda as mais estranhos e inconcebiveis, Entrelanto ate agora elles ndo se lembraram de crear um se guro especial contra as notas de banco que pudessem ser falsificodas...

Foi no Hespanha que tiveram essa originalissima idea. Ha pouco tempo, com elfeito, um habil falsario pozem circulogdo um numero tdo consideravel de notes de cem pesetas, que o pu

blico iicou alarmado. Essas no tas falsas eram tdo bem acabadas que ndo se poderiam distinguir facilmente das verdadeiras.

Uma sociedade hespanhola poz entdo em pratica esta medida original; Offereceu-se, medianle um premio de 1%, a segurar os possuidores de notas bancarias- As que Ihe fossem apresenladas e Ihe parecessem aufhenticas, a empreza as ga rantia e recebia a commissdode uma peseta. Se, porventura, fossem em seguida reconhecidas como falsas, a companhia reemboisaria o segurado integralmenle.

Esta iniciativa conquistou, porece, o mais franco successo, e deixou os americanos num chinello...

^o^archivos da Revisfa de Seguros
40
-i ,-f J J:O MELHOR NO MUNOO DE SEGUROS REVISTA DE SEU O
QU£ \A£^ PLLO MLNDQ
41

Quatro ventos

Underwriter

Como reduzir a sinistralidade da carteira de automoveis

Diretores, gerenres e encarregados tecnicos de seguros, auditores, analistas e executives da area financeira estao convidados para um seminario sobre auditoria de seguros na carteira de automoveis.

Para reduzira sinistralidade da car teira de automoveis em uma seguradora, um bom programa de auditoria interna pode representar uma eficiente forma de a^ao. No entanto, os programas de auditoria, por serem abrangeotes, nem sempre sao suficientes para solucionar probiemas de fraude na carteira de automoveis. E precise um procedimento de audito ria especificamente voltado para se guros, onde a fraude represenra boa parte da sinistralidade.

O seminario em pauta te.m por objetivo levar aos participantes procedimentos espedficos e praticos de auditoria que permitam intensa troca de experiencia dos participantes com OS palestrantes, e que ja obtiveram significativos resultados de redu^ao. na sinistralidade da carteira de auto moveis de seguradoras com expressiva participa^ao de mercado.

O responsavel pela coordenaeao do seminario e Rafael Ribeiro do Valle, diretor executivo da Monvalle. Rafael e coordenador dos cursos de Administragao de Seguros do Programa de Educa^ao Continuada para Executives da Fundagao Getulio Vargas. E formado em administraijao de empresas, com pos-graduacao e mestrado pela FGV. Especializou-se em Surety Bonds na INA — Insurance Company of North America (Grupo Cigna de Phila delphia — USA),

Na triiha do euro

O seminario sera realizado em Sao Paulo,de 18 a 19de janeiro de 1989, no Holiday Inn Crowne Plaza Hotel. As inscri^oes deverao ser feitas pelos segumtes telefones: (011)228-3717

— ""229-7982 — 912-7003 e 912-7241,sendo que, no periodo de 19/12/88 a 06/01/89 so estarao sendo atendidos os telefones 912-7003 e 912-7241.

O custo sera de 59 OTNs por participante pelos dois dias, ou 54 OTNs caso haja mais de um participante da mesma empresa. Neste custo estao incluidos o material didatico, almo^o e estacionamento.

O programa consta dos seguintes assuntos: — Principals aspectos do Sistema Nacional de Seguros Privados (SNCP); — Diagnostico atual e panorama da carteira de seguros de automoveis; — Sistema de informa?6es gerenciais: Instruraentos para controlar as opera^oes da carteira de automoveis (tecnica e sinistros); Como reduzir custos diretos e indiretos; — Indicadores que determinam a necessidade de revisao nos procedimentos atuais; Como detectar indicios de fraudes; — Anaiise da estrutura do departamento de sinis tros; — Como detectar pontos falhos no fluxo de liquidacao de sinistros;

Anaiise de caso: Uma experiencia positiva na reduijao da sinistralidade na carteira de automoveis; — A automagao e a microinformatica a servi^o da melhoria nos resultados de carteira de automoveis; — Forma^ao de grupos de trabalho: Anaiise de situaijoes reais e exame das alternativas mais adequadas para solucionar OS probiemas formulados.

Mudangas tiolRB

cupulaagitam o Insde Resseguros do Brasil. Pri™^iro foi a transferencia do ex-chefe

de Cascos Mariti® Aeronauticos da entidade, Mesquita, para a subsidia[j em Nova lorque. Comenlue o envio de Hamilton Mes0 OS EUA foi um premio a dr,^®^'Wcao c competencia a frente ^P'Ttamento que chefiava, onH(jj^?^'''sive, bateu um recorde 4' pagamento de um ressede Jcj^ grandes proporcjoes — o que destruiu a plataforma icrj ^ova lorque, entretanto, ele fun(;ao importantissima; o mercado norte-america"at jj ''OS maiores do mundo,e cap'il, ^^''O'as experiencias para o Bra"liegjj?'''"'ente quando parece ter o momento da decolagem ^ rcado segurador brasileiro.

rriudanga ocorreu na Dire'itig^^.^Peragoes Internacionais.O

Uma boa noticia para as ^ de previdencia privada. , Central autorizou a essas eo" aplica<rao de ate 15% doS J referentes a garantia de suas' em cadernetas de poupafl^' disso, todas as entidades dencia privada estao liber-''/ investir uma parte desse i)i' em coniratos de compra para recebimento futuro, I iu"

empresas de mineracao do De acordo com o diretor Central para a area de Capitals, Keyler Carvalho autorizaciio concedida tambem sera estendida as j) abertas de previdencia mesmo fundos de pensiio. ele, a entidade podera asseg''^^/ recebimento do ouro ou mento da caderneta de pouP'' j,i'| que sempre rende 0,5% acif^'",/ fla^ao, mensalmente — a dade dos recursos de seus dos.

Numeros do mercado

Ap6s expetimeniar uma ligeira recuperagao(3%,em termos reals)em agosco, o mercado segurador brasi leiro voltou a registrar uma queda em seu faturamento, no mes de setembro. Segundo estatistica da Fenaseg,se comparado com o mesmo pe riodo do exercicio anterior, o vo lume de premios captados pelas companhias foi 0,3% menor.

Foram ouvidas 82 seguradoras, representando 96,41% do mercado, as quais informaram ter obtido, de janeiro a setembro de 88, o montante equivalente a CzS 368,7 biIhoes em premios. Setorialmente, todos OS ramos de seguros revelaram p.raticamente a mesma tendencia dc queda,com excegsio dos seguros de autombveis que registraram um otimo resultado e impediram uma performance ainda pior do mercado no pen'odo em quescao.

que jae a quinta carteira do mercado, com uma fatia da ordem de 4,2%.

Nos nove primeiros meses do ano,o ramo obteve um crescimento real de 56,7%,considerado excepcional por todo o mercado.

Em contrapartida, o seguro de transportes — nacional e internacional — experimentou um declinio de 17,2% de janeiro a setembro de 88, enquanto o ramo de acidentes pessoais registrou queda de 30,5% no pe riodo. O seguro de vida, terceira maior receita do mercado, tambem nao apresentou boa performance e decresceu algo em torno de 20%.

Uma boa surpresa foi o resultado apresentado pelo seguro habitacional, um ramo tradicionaimente problematico, que experimentou uma ligeira queda de 0,8%. A segunda maior carteira do mercado segurador. brasileiro,o ramo de incendio, regis trou um resuUiido razoavel,em vista dos demais,com liraa queda de 2,2% reals.

'^Poi do cargo, Sergio Viola, iRu de servi()os presiados > deixou a entidade para in'niciativa privada. A saida ^'ola foi aceita, e lamentaSj. 0 presidente do Institute de ''all j.^le S" 3 i^^.'O'bes, que,para o lugar vago, interinitmente Orlando da Rocha, que vinha exerI'er ^ do Departamento de j Internacionais.

-Os do Brasil, Ronaldo do

De acotdo com a Fenaseg, nao fosse o crescimento real de 11,3% e de 99,3% que os ramos de automo veis e DPVAT obtiveram, respecti.vamente, nos nove primeiros meses do ano, a queda do faturamento do setor chegaria ao patamar de 1,4%, em setembro, ao inves dos 0,3% registrados. Vale dizer que o seguro de autombveis representa 35,2% do mercado, enquanto o DPVAT responde por uma fatia de 2,3%.

Alem disso, foi importante tam bem o rendimento do seguro-saude,

% Viola manifestava seu de'rocar o IRB pela iniciativa ^ desde o tempo em que a pretlNe u instituto era exercida por "ilario Gouveia,ex-secretario ''r^j^^^rida do Rio deJaneiro e atual '3f ®ntedo Banerj. Valeacrescen"ntes dessas modificacoes, que Sergio Viola deixava a de Operagoes Internacio\'0 cargo era ocupado interina^ J por Hamilton Mesquita. Com \(^^'da dos dois, e possivel que uma mudanga nos pianos do 'p. 6m se tratando de operacoes ex''as.

Os meritos da Susep

A diregao da Susep nao tern do que se queixar quanto ao futuro do brgao.

Apbs a transformagao da superintendencia em autarquia espe cial, com razoavel dose de independencia econbmico-flnanceira, as perspectivas para o prbximo exerci cio sac animadoras e atenderao aos desejos dos diretores da Susep de forma satisfatbria.

O deflator utilizado pela Fenaseg para a veriflcagao da queda de 0,3% no mes de setembro foi o IGP da Fundagao Getiilio Vargas. Caso a en tidade optasse pela variagao da OTN,o resultado seria bem meihor, com um crescimento real da ordem de 21% nos nove primeiros meses do ano, se comparado com o resul tado apresentado no mesmo periodo do exercicio de 1987.

Alem dos recursos adicionais do Tesouro Nacional, da ordem de 157 mil OTNs — a serem liberados no prbximo ano —, a Susep tera ainda, aportes da iniciativa privada (via se guradoras), relatives aos premios do DPVAT. Uma conquista que a Comissao de Valores Mobiliarios (CVM) vem tentando ha tempos, com relagao a empresas do mercado de capitals, sem sucesso.

SB lATUALIDADES
42
REVISTA OE
^'^spartamento
•^ISTA
DE SEGUROS
43

O ranking europeu

rentavel,sendo 681 delas nacionais e 209 sucursais ou agencias de segura doras de outras nagoes.

Para quern gosta de estadsticas, a Holanda e, na Europa, o pais onde existe maior numero de companhias seguradoras. Sao 890 empresas atuando em um mercado altamente

Aids em

pauta

A Aids ja come^aa ter repercussao no mercado segurador. Pelo menos no entender do presidence da companhia seguradora espanhota Mapfre Vida S/A, Juan Layos Rubio, para quern as empresas do setor terao que adotar brevemente algumas medidas, a fim de impedir o aumemo de sinistros no" ramo de seguro de vida, em conseqiiencia da doeh^a.

Encre as medidas sugeridas pelo empresario espanlioi esta a exigencia de um teste HIV, para decectar' a presenga do virus da doenga nos ca ses em que o valor da cobertura for suspeito, ou seja, acima da media verificada pelo mercado. Outra proposta feita pelo segurador espanhol foi a de se adequarem os quesrionarios preenchidos peios segur^idos. Ele acha que entre as perguntas deveriam constar algumas com referencia aos habiros sexuais do ciiente, alem da feitura de um perfil com plete do segurado.

"O sc-u peso aumencou nos iilti-

A segunda coiocagao pertence ao Reino Unido,com 848 companhias, sendo 684 inteiramente nacionais e 164 sucursais de empresas estrangeiras. A Aiemanha tambem possui um poderoso mercado segurador,representado por 763 companhias, 651 delas inteiramente nacionais e 112 sucursais degrupos internacionais. A Espanha (com 608 seguradoras, sendo 574 nacionais e 34 sob controie estrangeiro) e a Franga (512 empresas, sendo 348 nacionais e 39 estrangeiras) completam o quadro dos principals mercados seguradores da Europa.

Um detalhe curioso e que, entre OS paises membros do Mercado Comum Europeu, apenas a Grecia nao possui sequer uraa seguradora, quer

seja nacional ou mesmo ageoo^' empresas estrangeiras. O fO®'" segurador de Portugal caini'f® pouco significativo. La atua®' mente 47 companhias,sendo 2^' , cionais e 25 estrangeiras. . esse motivo varias empresas br^ ras estejam planejando entrar mercado,pensando,principa^"^^"! na unificagao da Europa, a 1992.

Vale dizer ainda que, em mundiais, o grande mercado guros se encontra nos Estados dos, onde operam 5.744 nhias, todas elas de capital mente norte-americano. turno, o Japao possui somen'^ empresas seguradoras (numer"1,, ticamente identico ao do sendo 46 nacionais e 54 sucufS^^^ de controle acionario de estf**"' ros.

Prezado leitor,

Dando cumprimento ao seu piano de expansao, a Revista de Seguros, conforme comunicamos na ultima edigao, passa a ser distribuida—apartirdeste numero — atraves de assinaturas anuais.

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mos anos? Faz ou ja fez uso de drogas? Por qual motivo? Essas pergun tas sao algumas que poderiam ser incluidas no questionario, para que a empresa tenha um perfil complete do novo clience",afirmouJuan Layos Rubio.

O segurador espanhol quer ainda que, nos casos suspeitos, seja aplicado um questionario complementar, indagando ao segurado se ele pertence a algum grupo de risco ou se teve relagoes sexuais com uma pessoa que possa estar contaminada pelo virus da Aids.

Revelou ainda que a emprc®^ Ji' l gida por ele foi a unica segurado^. mercado espanhol a adotar de prevengao contra um crescimento de sinistralidade ramo Vida, em consequent'' j,ii Aids. A seguradora ainda nao ^ conveniente,contudo,elevar o? COS das tarifas por esse motivoAs propostas do president^ 1 Mapfre Vida S/A foram feitas ""wi Encontro Nacional de SeguroS a Pessoas, reaiizado recentementC . Sao Paulo, dentro do painel K ^ um desafio".

SIM,desejo receber6edi^oes da Revista de Seguros,por um ano, aopregode Cz$ 2.000,00

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Endere^o.

Cidade.

EstadoBairro_ _CEP. .Telefone.

44
s
DJ -—T'—»»
REVISTA DE SEGUP''
ZZ Assinatura

?|ncia de Os beneficios do debate Via Cunha

"Cada uma reage de uma maneira distinta face a problemas semelhantes", comenta, acrescentando que reunioes dessa natureza ajudara a construir o perfil desse setor do mer cado.

Sorteio facultativo

primeira vez um assunto -6ur relevante no cenario do W ^'"asileiro foi alvo de uma inmais profunda. Durante 1, 2 e 3 de novembro pascercadesetenraempresases^ft>i em Sao Paulo no I Brasileiro de GerendaRiscos e Seguros em EmQ ^ Estatais. ^fif^j^^'ttinario funcionou como um '^e troca de ideias, informaexperiencias profissionais, 'Iqj '"'^e proposta de seu organizajVi ^^^ocia?ao Brasileira de GeRiscos (ABGR). Muito se ''^1 discordou e sugeriu. No fi^gllrv... 1 \ ^S'Jniasconclusoes e umacerte\r) ^^minario se revelou de ral ir %/^J'^portante que passa para o 'I'id- anual do mercado consuseguros, e nao se abre mao ^l>i» periodicas nas grandes entre os executivos. A ideia L '■^diza^ao partiu do resulrado enconcro de trabalho, no \k ,^S, com profissionais de 15 \ estatais brasileiras, reaiizado deste ano, onde foram con\ diversos assuntos polemi- ^ ordem domestica.

foram amplamente nestes tres dias: Gerencia fa Decisao de Absorver ou "^sferir Riscos, O Seguro, Asses^'STA DE SEGUROS

soria de Corretores e/ou Administradora de Seguros e A Seguradora, sendo que cada um deles foi desmembrado segundo os focos de interesse que surgiram, chegando, no to tal, a significativa soma de trinta topicos.

Um dos coordenadores do encontro, Moacyr Inocente, gerente de se guros do BNDES e professor de administracao financeira da faculdade Candido Mendes, no Rio, acha que o saldo foi bastante positivo. Dentre as vantagens proporcionadas pelo intercambio, ele aponta como uma das mais importances o conhecimento de como agir nas empresas estatais em relagao a seus riscos, na avaliagao e principalmente na decisao de transferi-los ou nao para a seguradora.

Ha razoes de sobra para Moacyr enuraerar uma lista de beneficios tra^dos pelo seminario, mas tres sao, indiscutivelmente, impares; o co nhecimento das diferentes politicas administrativas do seguro adotadas nas estatais, %integragao das empre sas governamentais entre si e com o setor privado, e o consenso a que se chegou sobre a questao do sorteio para a escolha de seguradora.

O gerente conta que ficou surpreso com as disparidades de procedimento existentes nas diversas em presas que estiveram em Sao Paulo.

Estabelecido o fim da obrigatoriedade do sistema de sorteio nas em presas piiblicas criadas por lei, pode optar por ele apenas a empresa que o achar convenience. Segundo os participances do seminario, este seria o caminho mais adequado para resolver a insatisfagao que a atual medida vem causando a um pequeno grupo de estatais, ainda atrelado ao sorteio, pois a maioria dessas empresas usufrui, ja ha dois anos, da liberdade de poder escolher as seguradoras, obtendo, pela livre concorrSncia, coberturas securitarias mais adequadas, melhores servigos e pregos competitivos nos premios.

Como a tendencia do governo e desregulamentar e privatizar, Mo acyr acredita set este o momento ideal para mudangas concretas na legislagao que rege o mercado segurador, cujo obsoletismo esta causando danos a todos os seus integrances. Sobre isso, ele faz o seguinte comentario:

"O decreto-lei 73 e uma lei antiga que devera merecer do sistema nacional de seguros prioridade e atengao. Tenho conhecimento de que as autoridades normativas do seguro no pai's estao sensiveis a esse problema e tem consciencia da necessidade de se encontrar uma solugao urgente alternativamente a mudanga da lei, que forgosamente levara muito tempo, pois tera de passar pelo Legislative, que tern hoje pela frente a tarefa de elaborar leis complementares a Consticuigao." •

KwisiairScprw ftIO DE JA^EIflQ A SEV5TA lit, ftcnfwn&iA' ik Jiiittko yvr Aryr m u lum MkdntSttt "kV"tfr »Ar< 4tt vvtiaVj 4/ 4M «Mi0v>u ».* n's.4/, Jr ytui^ty»<T uua^/it^p, n<«k-sb <rM. |40 /H'AAt.K. yw •Ammi mfimu IttJuurn/ ''«» »«• IwO •omA*' 4i» (•aTAf/yr/rv yw •vrffufm •»•■>«£•<• aifw *ryw' K OmTAKDA,
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Qualquer semelhanga nao e mera coincidencia

Champs £Iysees — da elegancia e sedugao aos dias de hamburguers,jeans e camisetas da Belle Epoque

"Ostensivamente vulgar e baruIhenta", queixou-se o Quotidien de Paris."Todos os confortos de um aeroporto", resmungou o Le Matin, e "um deserto cuiinario", lamenrou o semanario L'Express. Embora esse tipo de cn'tica virulenta fosse geralmente reservado a metropoies estrangeiras nao bafejadas peia civiliza^ao, desta vez o escarnio se destinava ao consume domestico,e o co/tp de grace foi desferido peia publica^ao

BC BG: Le Ban Chic Bon Genre, a mais recenre bi'biia dos yi/ppies franceses. Encabe^ando sua lista de "Lugares a serem evitados", nada mais nada menos do que a lendaria avenlda dos Champs Elysees.

A realidade e estarrecedora: escriniooutrorade elegantes edificios.lojas sofisticadas e imponentes mansoes, o Champs Elysees cransformou-se ,quern diria , numamontcado de vidros e cromados, numa estrepirosa mixordia de balcoes defast food,espalhafatosos neons e emporios pornograficos. A mudan^a de am bience crouxe uma prevlsivel mudan<ja de clientela. Os ternos bem cortados e os vestidos de griffes famosas deram lugar as camisetas e je ans, jaquetas de couro e mochilas. Em vez da avenida do beati monde, cornou-se o local preferido dos malcheirosos, desleixados, musicos desafmados e dos camelos. Na verdade, o decllnio nao aconteceu da noite para o dia; o velho bulevar vem afundando ha anos. Recentemente, porem, renovou-se a preocupa?ao com aquele que ji foi um dos mais fulgurantes raios da Cidade Luz,ante

a iminence demoliglo de um dos seus marcos historicos: o Fouquet's, cafe^estaurante situado no n.° 99 e freqiientado no passado por Ernest Hemingway, Marlene Dietrich e Francois Truffaut, esta com os dias contados.

E sem duvida melancolica a decadencia do iogradouro, com quase dois quilometros de extensao, mandado construir por decreto de Luiz XIV em 1667. Chamado originaimente de Grand Cour, o bulevar foi projetado por Andre Lenotre,arquiteto dos jardins de Versailles. Em 1709, o seu nome foi mudado para Champs Elysees — Campos Eh'sios, o lar mitologico dos mortos iiustres. Raras sao as vias piiblicas mais imprcgnadas de historia. Abcrta no ano em que o Rei Sol deflagrou as guerras pelo domi'nio da Europa, os Campos Elisios sao testemunho da grandeza e do oprobio da Franfa. O antigo obelisco de que Napoleao se apropriou durance sua campanha egipcia foi instalado em 1836 na Prafa da Concordia, e em 1840 o cortejo dos restos mortals do imperador desfilou da pra^a ate o Arco do

'|"igiBangas visando a mulcidao de '®sque deambula pelas calt;adas, dos Champs Elysees oscinemas que podem acomo■liariamente 22 mil pessoas. A Pomposa e agressiva que 0 requinte e a elegancia do bulevar cria sicua(;6es imate poucos anos atras para to^ seus residentes iiustres, Guerlain, que se tjijp''^Pente imprensada entre °'^de discos ensurdecedora e de gosto duvidoso. O ""^111'"'° local nao achaneouvir uma parisiense quero comprar um

Provincianismos a parte, que levam Buenos Aires e Sao Paulo grandes metrdpoies sem duvida ao ridiculo de se autoproclamarem Paris e Manhattan da America Latina, respectivamente, seria 0 caso de

Devagar, quase parando

se dizer em relagao aquela que ja foi Maravilhosa; resta o console do exemplo da Cidade Luz, que, nao se tratade nostalgia, mas tambem "n est plus ce qu'elle etait".

Triunfo, no extreme oposto nida. Em crianga, Marcel

amps Elysees. Vou di- "aou D , •" Qh. "levar St. Honore." >d P^rte da culpa pelo decli-

^gj'^^'daelan^adacontraOSes-

^^rtamence nao vou proCh seou com sua governanta existence entre a Concordin e Point, trecho pracicamente 1^ ^

O exercito de Bismarck pc"" chou depois da captura de 187I,-as-tropas de.Hitler |-ji mesmo em 1940, e, em 19''"' vez dos Aliados.

O espirito de combate vaga pelos Campos, embor'i'^ ^ dehoje

do mercantilismo selvagefO

84 e 122, duas Icjas Burger froncam-se encarnicadameo^^^iii' McDonald's no 140. O qti^ ^ dizer que haja escassez de rentes natives oferecendoci'^^fli' opcoesdlamode.PorUSS9-'^(cJ* pra-se um hamburguer<rrM'^^;i| ovo frito) no Cafe George L'' (j' na outra ponta do especf^' 1.30 pagam um Pop-burge'' Inn. "Mesmo com bom diz a vendedora de uma df^

nescentes lojasde perfume® J posso abrir a porta. E difief perfume com o cheiro de pairando no ar."

Nao e por simples coiP'''.g^i' que o comercio de refeicde® 1/ abf^/ — a pizza e quase cao quanto os burguers — eclip®'' y itens de consumenosCamp'^^. ^,1'. foram Elisios. Somente o volume de vendas da cadei^i ^ nald's e de alguns de seus im''"' •! pode arcar com os exorbitao^^, gueis. Alem dos

adquiriram inc'uneros fiiS 0 ^ Provocaram artificialj^'^'^ecito dos alugueis. A v\ir- ^ ®^cessiva de bancos es-

^1,'^ '•las e de escritorios de comar sediados ao longo do "em corroborar essa versao. conhecido corretor de A de 60% dos terrenos '0f P'"iedade de estrangeiros. muitas esperan?as de mitologico 4 jjg*"'ysees, mas a pouca que concentra-se na luta ^ Fouquet's. O restau-cu Theodore Roosevelt, "^'and e Winston Churchill "^^fserva seus devotos. O ' C do estabelecimento, implorou aos

A colera dos usuarios come?a a extravasar nos tiineis do metro. Paris engarrafada. Paris paralisada. Pans prisioneira. As greves se encadeiam e aos poucos atingem todos os setores de atividades. Greves de um tipo novo. Os sindicatos nao conseguem controlar as bases. Os grupos de coordenagao — uma forma de a^ao que nasceu com os movimentos estudantis de 86 —-dificultam o jogo tradicional. E frente a uma crise social de multiplos desdobramentos, o governo de Michel Rocard, colhido en tre as necessidades do poder e seus aliados naturals, navega sem rumo, a procura de uma rota que o leve as elei^oes municipals de 89De punho em riste, as corpora^oes descem as ruas

Bis o que pleiteiam algumas categorias profissionais entre as mais de 15 em greve:

"^6vel para renegociar as Si- estao interessados em ^ e pensam ate.

'V^'^s - contrato de locagao,

° P''^illo da6?//«

®^Peran?a de Casanova e resolva tombar o res-

'■oino monumehto historico ' ®'^bem daverdade, muito fouquet's, diz o seu inProprietario, "e o ul-

*^0 ^ue foi o Champs importante pelo menos ^rar as pessoas que ele nao VV se. ^

■AO^ maneira que se tor- mostruaf .,1.,^ roupa barata exposta nos corr^ i das peqiienas gaierias e o co(^ J 15/8/88

Funciondrio da Previdencia Social (piso salarial — 5.435 F/CzS 608.720,): aumento de 1,75% em margo de 89. Funciondrio publico (piso salarial — 4.977 F/Cz$ 357.424,): garantia do poder aquisidvo em 89. Inspetor alfandegdrio (salario — 5.137 F/Cz$ 575.344,); promessa de reducao minima dos efetivos nos proximos anos; negociaqoes em curso. Mecanico da Air

France: atualizagao de mais de 12% da gratificaclo anual. Motorista dos Correibs (salario — 4.372 F/Cz$ 489.664,); o service nao serd privatizado; a indenizacao mensal de condugao passara de 441 F para 600 F/Cz$ 67.200, e chegara a 700 F/Cz$ 78.400, nos prbximos 2 anos. Enfermeira (salario — 5.986 F/C2$ 670.432,): aumento minimo de 500 F/CzS 56.000, — criacao de 1.500

novos cargos; possibilidade de acesso a profissao medica (depois de vinte anos de atividade); novas condigoes de admissao as escolas de enfermagem. Pessoal de embaixadas (sa lario — 5.200 F/CzS 582.400, mais 8.000 F/CzS 896.000, de indeniza?6es para pessoal da categoria C motoristas, secretarias —, ou seja, 13.200 F/CzS 1.478.400,): reajuste salarial de acordo com aevolu^ao dos pregos. Professor de ensino secundario (salario — 6.100 F/CzS 683.200,): propostas a serem apresentadas dentrode \ ^ dias. Tecnicoaudiovisual (sa lario—6.000 F/CzS 672.000,): raanuteQ?ao dos empregos; pagamento de 50% dos dias de greve; compromisso de reduzir as disparidades salariais em tres anos. Guarda do Museu do Louvre (salario — 4.885 F/CzS 547.120,): novos horarios de 9 as 18 h (devido a inaugura?ao da piramidedevidro). carcerdrio (sa lario — 5.484 F/Cz$ 614.208): 420 cargos suplementares; libera?ao' imediata de verbas totalizando 40 milhoes de francos (e mais 30 milh5es de creditos complementares anuais em 90 e 91) para melhorar as condicoes de trabalho. Farmaceutico (salario — 8.000 F/CzS 896.000,): libera^ao de um credito de um miIhao de francos destinado a jovens farmaceuticos era dificuldade. Ferrovidrio (salario — 4.402F/Cz$ 493.024,): aumento de 2,2% em 89. Paris Match 15/12/88

Enquanto isso, o governo sociaiista do Rio de Janeiro declara-se falido e decreta estado de calamidade publica. Em todo o pais, irrompem movimentos grevistas. Tristes tropiques'. Nao e mesmo, Odete Roitman?

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