T1755 - Revista de Seguros - nov/dez de 1987_1987

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Fenaseg — Federagao Naciooal das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza^ao

Presidente: Sergio Augusto Ribeiro, I. Vice Presidente: Alberto OswaJdo Cononentino de Araujo; 2.° VicePresidente: Hamiicar Pizzatto; 1.° Secretario; Rubens dos Santos Dias; 2° iecretario; Sergio Silveira Saraiva; 1° ^soureiro Luiz CUudio Garcia de 2° Tesoureiro; Niiton Alberto Suplence: Antonio Juarez lUbelo Marinho, Eduardo Baptista mnna.Cliudio AfifDomingos,Delio ^n-Sussau D.as, Pedro Pereira de Maria SouzaTeixeira CosAntonio Sampaio Moreira cJfn Fiscal - Efetivos: rn^rm Saint-Martin, GuiMo" Au^sto Ramos Fiiho, Jose Silva i"'" Ruy Pereira da Suva,Jorge da Silva Pinto,

brgao de Divulga^ao da Fenaseg

20 BRASIL/ARGENTINA

A caminho do Mercado Comum Latino-Americano

Na busca de formas mais eficieri tes para o relacionamento comerciai, economico e cultural, Brasil e Ar gentina estabeleceram um programa de integra?ao. Dentre 14 protocolos

ABERTURA

A clausula de rateio

BASTIDORES

Caminhos do confronto

7 CODISEG

Um enderego para o projeto

8 PERSPECTIVA ECONOMICA

assinados no ano passado, o que se refere aos transportes elaborou uma apoUce unica de seguro, ja em vigor na area rodoviaria.

ComovendersegurossemdizerumaOnicapalavm. queexisKtre ^ OScompromi^os^conb^dos.^^seguradora perele indicada pode e vai honrartodos

no Cli^nte que o recebe.

E,nunici relatesssim,voc6oodpvendersegurossemfcurrta ^ unicapaJavra.

Basta asuaassinatura eoavalBradesco.

LoP"

Co a>^ Albeno Salino R^eJ^P r.""'' Boas-CorrSa, bo Aik/, Jaguar, Luiz LoMendtinr-a*^ r Antonio Penrcado Salino iSio A'berto SUva. Jomar Pereira da S^'lsSell'^'if^'^ FranLaboure daPP. Kada Lucy's

j^Jjndadonjose Veioso Borba

CEP^Oo?L'Sn- t"""

Tel • rn->i<„ Janeiro — RJ 3-1505 mEf^^'^lO-'^OdTelex

CEP 200ii ®

■Fc".: <02.,220-^46

Coordena«aoEdltoria|JoseA i«

Programasao Visual nia»J^ ^es e Arte: Marcelo Raposf

bS"'" ''™"' «"»'»

Dl.lrlb„L5i„:Di,»ibuido,.Fem.ndo Chinaglia S.A.

Wadeartigosassinadossaoderesponsabiunica e exclusiva de seus auto-

Foto capa: Dennis Hailinan "EVISTADE SEGUROS

A politica do feijao com arroz

10 BOLSA DE VALORES

No balango das agoes

14 AUTOMOVEIS

O mercado se libera

76 RESPONSABILIDADE CIVIL

R.C. no Brasil — necessidade de uma revisao profunda

RESERVAS TECNICAS

18

Os calculos da lei

19 COMUNICAgAO E MARKETING

O "marketing" do sol

ENTREVISTA

24

30

32 38 40

Espirito Santo: o realismo bem sucedido PERITAGEM

A medlda do sinistro

CULTURA E LAZER

Letras, Musica, Artes Plasticas

QUATRO VENTOS

Atualidades

Dos archives da Revlsta de Seguros

Contos de Reis

SEM FRONTEIRAS 44

Resseguradoras: devagar com o andor

HUMOR Jaguar

1
IRADESCO SEGUROS
A
p"Sjs;r°="—"

A clausula de rateio

Atraves da opera?ao deseguro,o que se oferece e propoe e agarantia da compensagao financeira para um prejui'zo aJeatorio, possi'vel, mas eventual e incerto. Quando o prejuizo decorre de dano material ao objeto segurado, o valop deste ul timo e necessariamente o valor de referencia do contrato de seguro.

Por que o valor do objeto segu rado tem essa fun?ao basica? Simplesmente porque nela assenta o pre^o do seguro. De maneira sumaria e simples, pode-se dizer que os calculos atuariais, indispensaveis a elaboragao das tarifas do seguro, contribuem em ultima anaJise para que o prepo do seguro seja a expressao de uma rela^ao percentual entre OS danos a serem reparados e os valores dos bens segurados.

Fixado o pre^o como porcentagem dos bens cobertos pelb seguro, torna-se evidente que esse preco encoIhe, e a receita da empresa seguradora diminui, quando a apoiice toma por base outro valor, menor que o valor real dos objetos segurados. Preco menor, menos cobertura comprovada, e claro.

Como,no enianto, medir a extensao da cobertura comprovada? Relacionando-a com o valor do objeto segurado. Quern, por exemplo, tem imovel do valor de tres milhoes de cruzados,e o p6e no seguro por dois milhoes, esta adquiriodo cobertura equivalence a 2/3 daquela propriedade, O ter^o restante e logicamente assumido pelo proprietario. Suponha-se a destrui?ao total do imovel. A indenizagao sera de dois milhoes de cruzados, correspondence ao va lor do seguro. O proprietario arcard com prejui'zo restante, da ordem de. um milhao. No caso de dano partial, a mesma proporfao seraobservada;a indenizafio equivalera a 2/3 do pre juizo, continuando o segurado como segurador dele mesmo, isto e, da di-

ferenga que deixou de colocar no se guro. Assim funciona a chamada "clausula de rateio".

Essa clausula, alem de preservar o equih'brio do prego, indispensavel para que a seguradora tenha condigoes de atender a seus corapromissos,tambem atua como instrument© de eqiiidade entre os segurados, a partir da propria equidade tarifaria. Nao e justo, por exemplo, que dois segurados, proprietarios de bens semelhances e de igual valor, paguem pregos diferentes e adquiram direitos (isto e,coberturas)iguais. Sendo o prego uma fungao do valor segura do,quanto maior esta, maior a indenizagao,porque por esta se terS pago mais. A clausula de rateio 6 que opera esse equih'brio.

0Piano Future Certo nao e apenas jais um piano de Previdencia Privada e emcaracteristicasevontagens

5 ®o^ornomunico.Eiaborodopor

j 9®"^^9ue entende Cflrt A L assunto,o Futuro medida para pessoas ®5peciais.

sua aposentodorla6IncenHvado pelo govemo.

COiim MOOUIAR.voci

AOQUKQUJUIME

QUA^MdDUtOS QUtSER.

Assim, torna-se de suma impoP tancia, na compra de seguro, que 0. valor da apoiice corresponda a*' exato valor do hem segurado. Ess' regra, valida em qualquer epoca, ga' nha maior relevo em periodos infla', cionarios, porque o valor segurad*' pela apoiice, quando estabelecidc'i em quantia fixa, se desatualiza af longo do tempo,na medida em que > inflagao avanga, Para evitar essa deterioragao d^i valor segurado, os usuarios do se'^ guro tem hoje duas opgoes: 1)com' pra de apoiice indexada,em que o va', lor do seguro corresponde ao valoP do objeto segurado, convertido eifll OTNs;2)revisao periodica do valoP segurado, nele procedendo-se aoS' acrescimos suficientes, solicitados a seguradora e endossados na apoiice.f REVISTA DE

A decisao6sua. E voce quito o piano de umo so vez. No Piano Futuro Certo nao existem comes.0que ha sdo mddulos independentes que voce adquire no medido do seu interesse ou sua necessidade. E claro que quanto mois voce comprar,maiores seroo seus beneffcios nofuturo.

voci S6PAOA QUANTO QUISER.

Voce e quem decide quanto quer pogar.

Pelo sistema modular do Piano Futuro Certo,d perfeitamente possivel odequor

o pogamento a sue disponibilidade h'nanceiro. Issopermite que voce adquiro o Futuro Certo com inteligencla.

VOCt RESGATA QUANDO QUISER.

0Piano Futuro Certo etambem um excelente investimento. Alem de render juros de6% a.o., mais a correcdo monetdric dosOTN's, voce pode resgatar quando quiser.

suafanUiiataiiibEmestA SEOURA.

0Piano Futuro Certo e tambem como um seguro de vido,em favor dos beneficidrios que voce determinor. Assim,sua fomilia tombdm fica gorontido com um peculio correspondente ao que voce oplicou.

#Vera Cruz Previdencia Privada

ABERTUf^
SEGUROS'
b!S5*"*"0$IU FUTURO|«WD»mnDoiMPosro
p^°?''f'>"'°''quevocepagano
Associada a qa Moinho Santista Industrias Gerais MAS[UA.W.(0611 WNAUS W I°^'l 22W293«035•FOWAUZA • M.;|08512J1-6266/W10 ■ GOIANIA • U.;(0621•22J44ra449«25-719116861"«NAUb.|H,.|W2]2W3^fMTOAlfGRt.Tuk;((»12127.20e7/2977.RECIFE-TA.;i08112244764/494A«ftlODEJANEtllO.T.l:|021|»^ S«VADOS.T«i!,;(071|242-20i7/2955»SAOlUIZ.U;(09g)227-1955.SiOPAUlO-M:(011)5454944

Caminhos do confronto

Doangulo de hoje, parece cada vez mais intrigante e indecifravel o tempo desperdifado pela folgada maioria moderada da Constituinte para encontrar-se, identificar-se e reagir, saltando da humilha-^, ^ao do segundo piano, da marginaliza^ao acovardada, para o nitido comando da elabora^ao dafutura Constituifao.

A partir do instante em que a maioria resolveu bancar o desafio das esquerdas, ganhou todas,e com largas sobras. Curioso e que todo mundo que sabe fazer contas ja chegara a apuragao do resultado matematicamente inquestionavel de que a maioria centrista e, no minimo, o dobro da esquerda. Para as necessi. dades de uma radicalizag^ ideologica para valer, da quatro a um. A soma iosuspeita do deputado Luis Inacio "Xuia" da Silva totaJizou pouco mais de uma centena de parlamentares com matrlcula na banda de la. Lula chegou a tais desanimadores numeros a fim de apelar para a rea^ao popular, como forma de constranger, pela pressao vigorosa das ruas, a Constituinte a ceder as reivindica^oes emplacadas pela es querda na inversao de sinais daComissao de Sistematiza^^.

A reviravolta iniciada dentro do PMDB,com a organiza^ao do Cen tre Democratico,inflando no plena^ rio com a montagem do Centrao,recolocou as coisas nos seus lugares, habilitando a Constituinte a enfrentaro funil das decisoes com amaioria liderando as articula?6es e a minoria fazendo o seu papel de botar a boca no mundo, reclamar, protestar, amea^ar para levar as suas vantagens. E assim aqui e em qualqueV Congress© do mundo. Em todas as assembleias.

A esmagadora superioridade do centro esta produzindo resultados imprevistos. Muitos mitos estao de-

sabando ao sopro da evidencia. Um deles e a convic^ao, trabalhada por insistente orquestra^ao dos interessados, de que a aprova?ao dos qua tro anos de mandate para o presidente Jose Samey, com eleigoes diretas este ano,eram favas contadas.

Bastou o governo promover uma articulagao competente, jogando pesado, para furar a crosta do medo e juntar assinaturas em penca para a emenda dos cinco anos. O governo n^ faturou apenas os resultados da sua atuagao, das promessas, dos acertos pagos a vista. Ele liberou constrangimentos, soltou constituintes intimidados pela cobranga do eleitorado, notoriamente favoravel a realizagao de eleigoes imediatas, se possivel ontem.

E transparente que a realizagao de eleigoes em 88 nao consulta os interesses da maioria dos constituintes.

Principalmente do PMDB, aboletados no poder, lambuzados de mordomias, com 22 governadores necessitando de verbas e muitos deles sonhando com a presidencia, Para um candidato como o governador de Sao Paulo, Orestes Quercia,elei goes agora, em novembro, seriam um horror. Ele sabe que pode deixar passar a sua grande oportunidade.Esta e a sua bora de se impor a um PME® perdido, acefalo, em panico ante o fantasma da derrota.

Um enderego para o projeto

Quercia e o melhor candidato, poi que e o mais viavel. No momentc, obvio. Mas, desincompatibilizar-S; em maio representaria para Quert' uma decisao pejada de riscos. MuiP cedo para renunciar ao mandato d' governador de Sao Paulo, antes ^1' cunhar a imagem de bom adminii trader, de dar o seu recado.

No duro mesmo, sinceramenf poucos, pouqmssimos na ConsC tuinte desejam diretas este ano.Pa^, OS governadores, e a plor alternai' va, e para o PME®, no atacado,' salto no escuro.

Mas e a tal coisa.A esquerda 610' noria mas sabe fazer barulho, bat' caixa, ocupar espagos, "agitar ba" deiras. Debaixo de vara, com paif do povo, 0 FMDB hesitou, enC Iheu-se. Pelo visto, agora liberou g' ral. j

Do jeito que a Constituinte esta s'.j acomodando,janao parece t^ pri^ xima, tao certa, a confrontagao id^ oiogica na disputa do poder.

A hipotese, antevista como a ma'' provavel, de uma eleigao para a s** cessao de Sarney decidir-se no s' gundo turno, entre um candidato d' centro e um de esquerda, vai resv' lando para 89, perdendo nitidez.

Daqui ate la, muita agua passaf| pelas crises que ora tensionam pais. Ou a economia toma jeito, s gura a inflagao, ou escorregam' para o imprevisi'vel.

Com cinco anos para Sarney,ele'i goes em 89,a indefinigao sobre o siSli tema de governo,tudo pode acont^i' cer. Desde a confirmagao de ud! process© gradual de confrontaga'! ideologica ate — quern sabe? — ' repetigao da velha, da classica, d'. ortodoxa fdrmula da sucessao deci'i dida entfe dois candidates centrist tas. No racha tradicional entre go' verno e oposigao,e nao entre centf" e esquerda.Pois e esta,e nao outra,' realidade da Constituinte. ^

Rua 7 de setembro, 111/13-°

andar. Neste enderego estara funcionando plenamente, a partir de margo,0 Comite de Divulgagao Institucional de Seguros. Com isso, es tara cumprida a primeira etapa do piano de agao elaborado pelo ConseIho Administrativo do Codiseg, que pteve, ainda, a contratagao de pessoal especializado e a conclusao de pesquisas que irao tragar o atuai perfil do mercado segurador brasileiro e OS principals obstaculos ao seu fortalecimento e crescimento. Afinal, 0 principal objecivo da entidade — e tambem seu maior desafio — e se transformar em permanente e eficiente canal de comunicagao entre o seguro e seus usuarios.

Por esta razao,o diretor executive o Codiseg,Marco Antonio Moreira ''te, defende a tese de que "cada passo dado nesta fase inicial deve ser precisamente calculado, de forma a oao colocar em risco este objetivo oem tampouco frustrar as inumeras ^xpectativas do mercado em relagao ^ atuagao do Codiseg". Por isso roesmo, estao'sendo erapregadas na contratagao de pessoal as mais mo-

dernas cecnicas de recrutamento e selegao, pois, afirma, nao ha interesse por parte dos diretores da enti dade em estruturar velozmente uma maquina, e sim o objetivo de que esta maquina, ap5s estruturada, possa caminhar com velocidade e seguranga em diregao a um mercado amplo e solid©. A localizag^ do Co diseg foi tambem,na opiniao de Mo reira Leite, um item que exigiu ex treme cuidado, uma vez que era necesswa a opgio por um local,no cen tro do Rio de Janeiro, com capacidade de- comportar adequadamente o crescimento da entidade.

Ja para a elaboragao das pesquisas, fator de vital importancia para o real funcionamento do Codiseg, foi contratado um dos mais conceituados consultores de planejamento estrategico e marketing, o professor Raimar Richers, da Fundagao Getiilio Vargas. A pesquisa inicial, cujos re sultados comegam a ser obtidos, se divide em duas etapas: o diagnostic© macroeconomico e o diagnostico mercadologico. A primeira tern por finalidade dimensionar quantitativamente o mercado segurador atra-

ves da analise das informagoes de que dispoem seus diversos segmentos, das estatisticas existentes e da comparagao com a realidade de outros paises. Ja a segunda etapa visa a delinear o perfil do mercado consumidor e do mercado potencial atraves da resposta a perguntas como: quem compra o que, por que, de quern compra ou quem gostaria de comprar, per que nao compra e de quem e como compraria.

Segundo Moreira Leite, estes elementos sao fundamentals para a boa atuagao das seguradoras e,especialmente, dos corretores de segu ros. Ele adverte, contudo, que a eficiencia de pesquisas como esta e da propria atuagao do Codiseg depende basicamente, e sobretudo, da participagao efetiva de todos os segmentos que compoem 0 setor, pois, afir ma,"so atraves de umapoUticacristalina e de uma troca transparente de informagoes e que conseguiremos estabelecer um eficiente canal de comunicagao entre o seguro e seu mercado atual e potencial".

O diretor executive do Codiseg destaca tambem que, apesar de se encontrar em fase de estruturagao, a entidade esta atenta a responsabilidade que tem em responder a desafios momentaneos. Como exemplo, ele cita a elaboragao, a pedido do Conselho Deliberative, do qual sao membros integrantes o IRB, Fenaseg, Fenacor e Susep, de campanha de esclarecimento ao public© consumidor do incentivo fiscal que o go verno concedeu para abatimento, na declaragao do impost© de renda de 1989, de premios pagos em seguros de vida, acidentes pessoais e saude. Esta medida do governo, anunciada no final de 1987 atraves do Decreto-Lei 2.396/87, proporcionara, portanto, o primeiro esforgo de divulga gao do Codiseg junto aos consumidores de seguros. •

BASTIDORES •- • i'ni >iVCT^' i-^/t'i.t.-yuiWnv^^M-iJ'..,f -i-L
REVISTA DE SEGURO^
Morpi!n^f ''otnpra o que,porquSede quern compra,segundo Moreira Leite. REVISTA DE SEGUROS

A polftica do feiiao com arroz

Naosao raras as viagens em que o momento de maior alegria e prazer se da quando da volta para casa. Na fase de planejamenco,o espirito aventureiro se excita e distrai com as possibiJidades usualmente muito bem exploradas pela im^inaCao. No decorrer do processo,enrretanto, o acaso ha de dar o seu toque especial na jornada, corroborando ou nao as expectativas previamente assentadas.

E bem verdade que o charme do inesperado pode ocorrer sob a forma de uma boa companhia no assento ao lado no aviao (o que,convenhamos, requer uma razoavel dose de sorte) ou de uma inesperada acultura?ao junto a um povo distante. Mas nem sempre a sorte se sobrepoe desse modo ao azar. Muitas vezes o oposto ocorre sob a forma de perda de conexoes,extravio de bagagens, perda de passapone, inadaptafao aos tempefos aiienigenas, queimaduras de sol etc.,. Nesse caso, a volta ao aconchego do lar e tambem a volta apaz e a tranqiiilidade.

De quaJquer forma, as experiencias, mesmo quando nao bafejadas pelo lado bom do destine, trazem consigo, pelo menos se vividas por atores atentos,o necessario aprendizado que vem com o tempo. Dai a sua utilidade.

A viagem da qua] agora retornamos imciou-se,como se sabe,em 28 de fevereiro de 1986. Nao houve

nenhuma bela companhia ao lado no ayiao (na segunda escala, a da moratoria, nao houve sequer oucro passageiro),o passaporte para o fim do tunel foi perdido, varies extravios de bagagens foram noticiados e ninguem se divertiu como esperava. E bom tambem lembrar que todas as conexoes foram perdidas e o pro ximo aviao demorara pelo menos um ano(talvez dois)para chegar(o pior e que ninguem sabe dizer para onde ele Vai).

De volta de tao inesperado percurso, vem a apologia do lar, representadapelaeconomiado feijao com arroz^ 0 planejamento de polftica economica abandona a amante heterodoxa e volta para a esposa que havia (alguns dizem, a contragosto) abandonado no infcio de 1986. Tratando-se de um marido que a propria teoria economica quis blgamo por excelencia, mais uma vez a opfao por apenas^ um dos lados da gangorra (miseiavel gangorra que nunca para no meio!)trara de volta os problemas que assolavam a vida do casal entre 1983 e 1986: ausencia de perspectiyas. desemprego e altas taxas de infla?ao. Mas por que necessariamente desemprego.^

Teoricamente ha varies motives que dificult^ uma estabilizatao da mflacao em patamares da ordem de 15% a 20% ao mes.Oprobleman^

ecompararoniimero 15(ou 20)com

ao devera sofrcr nenhum processo iperinflacionario em futuro proxi|mo. Mas nao se deve esperar muito, •tambem,em termos de crescimenco. Se o corte do deficit publico fosse significativo, crfvel e de conheci.niento comum,seria ace possfvel que a retomada dos investimenros priva•dos em pouco tempo reativasse a o niimero zero, massim uma inflafif''^"®"^'^- uma polftica em ascendente com uma infla?ao es["^"bo-maria mais calcada no aperto vel. Quando a taxa de variagao 9ue no saneamenco veldepre5osseeleva,variosmotiv(^|"'^'""'^o finangas do setor piiconcorrem para que este processo'j ^P'^'U'^ipaimente, na questao torne auto-sustentavel. Dentre 6^°^, e transferencias), nao tes, incluem-se: Ij^^^^^^sperarumagrandeeleva^ao

a) O aumento das expectativas infl'' empregos no setor pricionarias, elevando os pregos, larios, e a aquisl?ao de bens \ breve, a volta ao lar e consume duraveis; arrozpassaraasecarac-

b) Os repasses pela indexafao; causative e te-

c) A queda no valor real da arred. ^ a^i^ao da ausencia tera da^ao tributaria do governo, hai,q destolorido da rotina, vista o intervale de tempo entrfi rao\ recessao e hiperinflaarrecada^ao .efetiva e o fato ge(\ P^^tica, significaria um dor do imposto; 'cad° ^°"Selamento) se mostrara

d) A queda"da demandapor moeif. p^ expifcito. decorrente das inova^oes finsi resi^^ ^ P^ssoas fisicas e jurfdicas ceiras que costumam acompanh' no pai's, toda essa espera a eleva^ao das taxas de inflacao"

e) A maior variafao dos pre^os rel*^ tivos, elevando o custo de infot ma^ao por parte do comprad' e, conseqiientemente,tornandc' menos sensfvei aos novos aume" _tos de pre^os.

E claro que todos esses fates pO dem ser devidamente contornad<^ com uma adequada restri?ao de manda(o que, alias, e exatamente' que se espera da polftica do feiji' com arroz). Mas e claro tambem qu' isto implica uma desagradavel redi) fao da atividade economica (prinC'J p^mente devido a indexa^ao e a tabilidade das expectativas de infl^l^ ' Cao). Em adigao, um segundo prol" blema se contrapoe a compensaflif monetario-fiscal. Por motives polH "cos, ela costuma ser muito m4 nonetaria do que fiscal, o que eleV< as taxas de juros, inibindo os inveS' timentos privados e a taxa de acumU lasao de capital no longo prazo. Mantida a atenfio que vem sendo dispensada a polftica de demands' (com momtoramento nao apenas do governo, mas tambem,fiituramente. de agencias tntemacionais), o Brasil

REVISTA de SEGUnoi

por uma solu?ao definitiva para o processo inflacionario (ao menos no nfvel dos saudosos 40% ao ano vigentes entre 1973 e 1978) e claramente enervante. Alem das perdas,a favor do governo,do valor aquisitivo da moeda com que transacionam, tanto firmas quanto individuos sao obrigados a operar com uma menor quantidade de liquidez real em maos, o que dificulta sobremaneira o seu dia-a-dia. Isso para nao mencionar o efeito altamente perverso do im posto inflacionario sobre a distribui?ao de renda, visto que a percentagem desta ultima mantida em termos raonetarios e certamente maior nas camadas menos favorecidas da popula?ao.

Essa deteriora^ao da ambiencia para se ter uma vida menos complicada nesse pafs nao se iniciou ha pou co. As drasticas mudanfas no patamar inflacionario iniciaram-se em 1979.O que preocupa, no entanto,e a demora na reversao do processo.O problema claramente transborda a concep^ao puramente tecnica, encontrando suas raizes em fatores cul-

da Gen

turais, institucionais e poUticos. A administra^ao de politica economica nacional parece estar sempre apelando para um conhecido teorema da microeconomia, pelo qual uma situa^ao com k -I- 1 distor^oes pode ser superior, em termos de bem-estar, a uma situa?ao com >1 distorcoes.

O problema e a definicao de bem-estar com a qual se chega a este resultado. Esquece-se tambem que a ausen cia de distor^oes e sempre uma situa^ao superior a todas as outras. Mas a parcialidade parece ser a tonica no Brasil. A admhiistra^ao da politica economica se caracteriza por medidas isoladas que em muito beneficiam poucos, e em pouco prejudicam muitos. Mas como essas medidas nao sdo poucas, acabam mesmo em muito prejudicando todos. A infla^ao e uma das conseqiiencias de atos desse tipo. Se nao houver consciencia, representatividade e cobran^a da maioria, ela se perpetua. •

O autor e professor da Escola de Pos-Gradua^ao em Economia da Funda^ao Getulio Vargas.

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No balango das agoes

Oinvestimento em Bolsa em

1987 represeotou um desastre para as seguxadoras, como confessa o dirigente de uma delas. Ou pelo menos estreitou os resulcados de muitas, explica outro, ressaltando. que o mercado precisa se conscientizar desse prejui'zo. Ha tambem quern nao queira falar em prejui'zo, ja que as a^oes continuam no portfo lio das seguradoras, e ate quern ache que a medida exata das conseqiiencias so seracomputadadepois dapublica^ao dos balanfos do ano passado,e que, na verdade, tudo depende do peso das reservas tecnicas nas reservas totals das companhias.

O fato e que o mercado segurador nao passou ao largo dos problemas economicos do pais em 1987, cujo reflexo mais evidence foi o pessimo desempenho das Bolsas de Valores, agravado certamente pelas constantes mudangas nas regras do jogo e ainda pelo crash da Bolsa de Nova lorque, que assustou o mundo todo com a possibilidade de reedi^ao da quebra de 1929Com a obrigatoriedade de manter um mi'nimo de 25% de suas reservas tecnicas aplicadas em a?6es, desde julho ultimo, a partir da Resolu?ao

1.363,babcada pelo Conselho Monetario National(CMN)e pela Superintendencia de Seguros Privados (Susep), o mercado segurador brasileiro deve ter um valor nao inferior a US$ 250 milhoes aplicados em a^oes (niimeros de dezembro de 1987) calcula o vice-presidente de fmangas da Sul America Seguradora, Felipe Cavalcanci, admitindo como desastrosa a perda com o mau desempe nho das a^es.

Segundo Felipe Cavalcanti, a Sul, America tinha cerca de US$ 30 mi lhoes em a^oes em dezembro passado, para efeito de reservas tecnicas. Desse total, ele acredita ter perdido na Bolsa em torno de US$ 12 mi-

Ihoes, que so nao foi mais porque a empresa realizou boas vendas no ano passado."Nos demos sorte,gramas as vendas, mas o mercado perdeu dai para mais, e quern nao teve a mesma sorte deve ter perdido em torno de 50% do seu patrimonio em a?6es."

Ja o presldente da lochpe Segura dora,Julio Bierrenbach, estima que sua companhia deixou de ganhar CzS 150 milhoes no ano,por for^a dessas aplica^oes. Mesmo com uma gestao de carteira que considera bastance boa, a lochpe teve um ganho nomi nal de 40% em 87,enquanto o Ibovespa cresceu cerca de 60% no mesmo periodo, Em sua opiniao, o mercado todo devera ter crescido entre 40% a 60% em valores nominais.

Se alguem coloca a falta dos balan ces como um impedimento para se ter a medida exata das perdas,e o diretor executivo da Itau Seguros, Paulo Eduardo de Freitas Botti, para quem a importancia das reservas tec nicas no conjunto das reservas das companhias variaconforme seu peso no total dos investimentos. Ele ressalta que, para aqueles com poucas

s: de capital de riscos, de riscos a xpirar e de sinistros a liquidar, cabendo apenas ao segundo grupo a ;obrigatoriedade de aplicagao em acoes.

'i Dessa forma,portanto,nao ha que se falar em prejuizo,insiste Renault, porque as agoes continuam no port"ffolio das seguradoras;alem do fato de reservas livres, a influencia da obriP"^ ^ seguradoras sao^tradicionalgatoriedade e maior, o que nao e investidoras e nao especula1 I - doras. caso da Itau.

Segundo Botti,a Itau tern um pef Sf.'" pratica as comcentual pequeno de reservas tecnicaf^'' tiveram que buscar mais gaem relacao as reservas totais da coiB^, outras alternativas de inves- panhia —cercadel5%—oquetiA"^®"^ para contrabalancar essas talizava,emnovembrode 1987,Czl5'"^'"^j^«s, como revela o presi350 milhoes aplicados no mercadC"^® lochpe Seguradora. Julio acionario.Outroponto porele apon; '^"^J^bach confessa, no entanto, tado como responsavel pela nao ? ochpe trabalhou levando em ducao do patrimonio de maneira si^'^°."^'. alguns aspectos. "Em nificativa foi o fato de os investimefl''^ ^?oes comerciais baseadas em tos da Itau Seguros terem sido lucre" — diz ele —, pre de cunho muito conservador. pode contar com o ganho Para Paulo Eduardo de que reduzir as Botti, nada mais simples para margens de comerciamonstrar o conservadorismo dos in' vestimentos da companhia que da lochpe Serige do que lembrar que de 31 de Jad orcoso admitir a necessineiro a 30 de novembro do ano ant^L ^'zienos teorica de reduzir as rior seus investimentos tiveram de corretagem para o corsultados praticamente identicos a descontos para o segurariacao das Obrigacoes do Tesouf ' ® ^"escerlta ter a sua emNacional (OTN), ficando

essas questoes—, 1% abaixo desse mdice e 12^* desse criterio e ehfatizada abaixo do rendimento da cadernet^

"Ja que o volume de a^oes nao chega a 5% do patrimonio da companhia, a perda e minima",esclarece Renault. polemica se forma. Devem as segu radoras manter um minimo de 25% de suas reservas tecnicas de riscos nao expirados aplicados nas Bolsas de Valores e sujeitos as altas e babcas comuns nesse mercado?

Como evitar os prejulzos"? Liberdade total e a saida?

ficados de Dep6sitos Bancarios (CDBs)e/ou Obrigagoes do Tesouro Nacional(OTNs).

Do ponto de vista do segurado, concorda plenamente com ele o diretor executivo da Itau Seguros,Paulo Eduardo de Freitas Botti, enteodendo que n^ pode haver liberdade plena. Sua sugestao e de que se acabe com a obrigatoriedade de aplica?6es minimas, mantendo-se apenas os criterios de aplica^oes m^imas, com vistas a prdpria saude financeira das empresas.

Os dois sao de opiniao que uma parte dessas reservas poderia perfeitamente ser aplicada no mercado de metais, como o do ouro, que tern grande liquidez."Tambem nao acho que as seguradoras estejam impedidas de operar com agoes, e ja houve momentos em que operamos com mais que o limite minimo obrigatofio. Queremos apenas nos proteger, quando isso nao for atrativo" — adverte ainda Julio Bierrenbach.

Sui'\^'^®",^'^"'dente

de financas da de poupanca. Com tudo isso, com o apoio do diretor ainda espera que a Itau Seguros ce'j da Itaii Seguros. nha lucro Uquido no fechamento d^^ p Cavalcanti,da Sul America, 1987,que,completa,"deve ser bas'' f Eduardo de Freitas Botti,da camente o resultado do primeif^ totalmente que isso te-

Comodiretordaltauconcordaf empresas com o segurado ou vice-presidente do Conselho ° ^orretor, uma vez que o Admmistrafao da Companhia N^' na Bolsa n5r^ j cional de Seguros, Victor Arthuf ^'^O'nercializacao^^ Renault. Para ele, a perda patrimC'Fara Cavalcanti ^ seguros. niai e minima, ja que o volume d^ ''^^"^Udade na' ^ menor agoes nao chega a representar net'' P^°dutonaoHp '^agao do 5% do patrimonio, no caso da N^'^'dtado de sua sra nuncado recional. E diz mais:"Com uma qued^ De qualou de a?6es. do valor venal das a^oes em 30% ^fico—^atem^'^ ozma,e ponto paci40%,o patrimonio cai, mas nao efl' Pfia-—nn- pordefini^ao prorazao direta." seguros - ^"^'dades do ramo de Ex-presidente da Fenaseg, Victo^'de risco ^^^'^amente atividades Anhur Renault esta convencido de a lerern » ^ ^^^'gar as seguradoras que todo o mercado segurador traba- timenio P^^'a dos seus inves- Iha com esse mesmo padrao de re- que sob^ ^P"<^ada em outro mercado r1ivir4^m ^tn evive do risco. >?is ai onde a servas, que se dividem em tres gro

f^^VlSTA

A polemica continua, pois se para alguns as companhias deveriam ter liberdade absoluta na aplicagao de suas reservas, cabendo ao governo apenas fiscalizar o valor e a liquidez deSsas mesmas reservas, para outros nao e possivel liberar totalmente a a^ao dos tecnicos das empresas do ramo de seguros, uma vez que os segurados precisam de uma certa garantia.

Contra a liberdade total e sugerido que o segurado deve ao menos ter garantidas suas reservas pela aplica?ao em papeis com corre?ao monetaria, o presidente da lochpe Segura dora, Julio Bierrenbach, acha contudo que o criterio atual deve cair. Segundo ele, pelo fato de as reservas tecnicas servirem basicamente para que as autoridades e as seguradoras tenham condicoes de enfrentar os riscos assumidos, obrigar as empre sas de seguros a terem uma parcela dessas reservas am a0es e tirar do segurado essa garantia.

Bierrenbach acha mesmo que ha iogica na compulsoriedade de aplica^ao num investimento especulativo ou sem garantia de retorno, e que essa obrigatoriedade poderia ser substitulda pela aplica^io em Certi-

O presidente da lochpe Segura dora acredita,contudo,que,mantlda a obrigatoriedade em opera^oes em Bolsa, uma das formas de as segura doras se prevenirem contra oscilagoes bruscas e fazer hedge, atraves dos mercados futures e de Indices. "Quem rivet capacidade de inves timento, tudo hem" — completa Paulo Eduardo de Freitas Botti.

Embora partilhe a opiniao de que mercados futuros sao uma defesa, ja usada hoje pelas companhias, o vi ce-presidente da Sul America Segu radora, Felipe Cavalcanti, faz coro com OS que se posicionam pela liber dade total de aplica^ao, assim como Victor Arthur Renault, que aponta como unica atitude cabivel ao go verno a fiscaliza^ao do valor e da li quidez das reservas.

Renault justiftca sua tese alegando ser a favor de uma economia de mer cado,enquanto o vice-presidente de finan^as da Sul America Seguradora afirma nao ver como isso poderia trazer riscos para os segurados, na me dida em que as seguradoras mantivessem bens garantidores das tais re servas, de acordo com sua estrategia individual. Bens esses que fossem controlados pela Susep,como ali^ ja o sao hoje. *

BOLSA DE VALORES
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"A lochpe deixou de ganhar uns ISO milhoes gramas as aplicacoes compulsorias em 87",diz Bierrenbach.
soment^,^^^®^^°"®'derado
,sJ™°^'^'"doorelacionamentode
REVISTA DE SEGUROS
DE SEGUROS
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A Mmerindus Seguros EstaCoeogando o Proeissionaeismo EmPLugar.

1 ara premiar o esforgo de todos aqueles profissionais qua estao ajudando nofortalecimento do negocio de seguros,fundamental para a nossa economia e desenvoivimento social,a Bamerindus Seguros esta lanpando o Premio Bamerindus Seguros.

0Premio Bamerindus Seguros e uma premiagao aberta a todos os corretores de seguros do pals.

E nao sd vai oferecer a seu^ ganhadores premios valiosos, aldm dotrofeu"ArvoredoSucesso",desenhadopeioartistaElvioBecheroni, como tambdm vai servir de registro do profissionalismo que deve nortear as relagoes enlre corretores e segurados.

Todos OS trabail]os premiados deverao mais tarde ser divulgados, transformando-se assim numa fonte de informagao a servigo do aprlmoramento dos prdprios corretores.

0Premio Bamerindus Seguros, mais do que uma justa homenagem ao empenho e k dedibagao dos corretores, e tambem umaforma de contribuir para maior profissionalizagao do setor.

Dm empenho que a Bamerindus Seguroscoloca em primeiro lugar.

SEGUROS
NDUS
BamerindusSeguros Gente de Confiarrga I

O mercado se libera

Em fins do ano de 1986, a Superintendencia de Seguros Privados liberou a tarifado seguro de automoveis. Com esta decisao, as companhias seguradoras vivem ha cerca de um ano a sua priraeira experiencia de comercializacao de um produro com pre^os livres. Este fato, alem do seu ineditismo, trouxe importantes aJteragoes no comportamento do mercado e mesmo no desempenho da carteira, que apresentou excelentes resulcados em 1987, chegando a registrar um crescimento em torno de 350% e a constituir a unica modalidade que teve ganho re al, de acordo com o parametro usado pela Fenaseg, o IGP medio. A car teira de automoveis cresceu 11,6% no movimento de premio, ao passo que quase todas as demais civeram um comportamento negativo.

"A liberdade tarifaria foi conseqiiencia do congelamento imposto pelo Piano Cruzado. Estavamos operando com uraa tarifa defasada, em vigor desde janeiro de 86, calculada com base em niimeros de outubro de 85. Quando aconteceu o congela mento, ja estavamos quase na bora de reyer a tarifa, que era atualizada quadrimestraimente. Fomos pegos de surpresa, como todos os outros segmentos da economia nacional", diz Jorge Carvalho, diretor da Segu ros daBahia."Passamos o ano inteiro de 86 com as tarifas congeladas, enquanto o automovel foi o item que mais subiu e mais provocou agio. A industria automobilistica nao respeitou as leis, e, na minha opiniao, este foi um dos grandes motivos da desmoralizacao do cruzado", compiementaJose Carlos Lino de Carvalho, diretor da Bradesco Seguros. "Nos na epoca alertavamos que nao se po dia congelar uma tarifa em que o risco nao estava congelado", continua. "Os sinistros nao estavam congelados. Os indices de roubo subiram. O resultado da carteira, que sempre foi ruim, se agravou", acrescenta Jorge Carvalho.

A pressao era Muito grande, principaimente em novembro de 86,

quando houve um aumento de cerca de 80% no preco dos carros."A Susep nao tinha como segurar, porque o mercado amea?ava uma paralisagao das operacoes, premido pelas dificuldades. A decisao do superinten dence podia ter sido no sentido de convocar a classe e rever a tarifa ou libera-la. Ele optou pela segunda possibilidade", conta Lino de Carva lho, que considera, entretanto, que esta liberacao nao foi normal."A ta.rifa foi liberada por uma pressao de precos, uma fase em que estava reduzida a zero, em que nao tinha, como tarifa, nenhum significado."

De imediato, a liberacao tarifaria trouxe apreensao. "Minha preocupacao foi como o mercado iria operar se nao dispunha de estatisticas, uma seria deficiencia nossa. Nao sabia como as companhias iriam se comportar", declaraJorge Carvalho,que verificou, surpreso, que a ausencia de dados levara as seguradoras a buscar a uniao. As maiores empresas, que tradicionalmente ja se encontravam aptas para avaliar o comporta mento de suas carteiras, foram seguidas pelas menores. Admitindo que esta nao e a situacao ideal,o dire tor da Seguros da Bahia lembra que, mesmo antes da libera?^ dos preCos, a Fenaseg ja havia contratado

IdaMonarca,que opera no Rio deJaneiro, Sao Paulo, Belo Horizonte, .Porto Alegre e Recife, confirma que cobra, "nos centres urbanos de jmaior movimento, como Rio e Sao jPaulo, uma taxa maior que Porto 'Alegre e Recife. Os coeficientes sao ■menores nestes locais".

Se a regionalizacao do calculo da tarifa foi uma grande conquista do um atuario para colher dados e reali"'^f^®'^o segurador, ainda falta zar um estudo sobre a tarifa adequa™"''^® tornar o prego do seguro da. PC autom6veis realmente adequado.

A coesao do mercado tambem ini'^^iuanco nos Estados Unidos e na pressionou Lino de Carvalho, "cns como a idade do motoviu muitos frutos positives, advindoi'^'®^^' ° ^'po de uso que da ao veiculo, desta realidade. "Muita coisa foi fei'^"^"'. i^tiliza o carro, se apenas o ta, O produto, que estava sem ou tambem outros nhum mecanismo de corre?ao, ja i'^^'"bros da fami'lia, se o automovel indexado, uma mobilidade que em garagem ou na rua, contramos depois da liberacao. Qo' ^uilometros sao percorridos tracoisa que seconseguiu,recIamad< com ele sao importan- ha muito tempo, e que seria muifo^ ° calculo da tarifa, aqui no dificil de se obter atraves dos mec9' f^euhum destes elementos ennismosoficiais, foi apraticadetarifa^ composi9ao. "Claro que diferenciadas." Assim, os lugareJ cntrar", afirma VieiraVarque tem freqiiencia menor de ocof „ j saindo de um estagio renda_de sinistros passaram a tef menos a maior ou meuma taxa mais barata, uma reivindi' de roubo nas diversas ca^ao antiga do Brasil inteiro. Jorg^ considerada. Ja Carvalho tamhem rrmmrAa I ^ um avanrn Mpcm nrim^>ir5i Carvalho tambem concorda que < avango regionalizagao foi uma das vantagen? ^ Dodiamos levar da medida, "No modelo tarifarioi ^'enientos porque uma parte se destina a cobrir as oer '^eles. Para uma fase mais

Nesta primeira :m conta esnao dispuuma parte se destinaa cobrir as per ava"^?j '' das parciais, e outra as perdas totals certeza eles entrarao. A rava niip oaranro .,c ^udo as taxas tecnicamence mais A taxa que garante as perdas totals elev^ incide sobre a importancia segurada- Alia^ Nas perdas totals temos explica Jorge Carvalho. ucscas moaaiiaa- des de sinistro."Jose Vieira Vargas, 80% 1 ^'^^^'mente as seguradoras sao roi: com perda tota perda tota

um grands ° 9uestao regional esta o peso representado pelo roubo e fuf' q '"oubo ainda ser considerado to, que varia de regiao para regiaO' Jane^° cn^s incidente. "No Rio de Procuramos diferenciar esta taxa dc sinLsr'^^rj representative na acordo com a regiao, se ha maior oU. 'dade. No interior de Sao rnenor frequencia destas modalida- nor"'i'^ "nportancia ja e bem meros'ev ° Bradesco Segucapical^fT^ enquantona " toiai« ^^luense 50% das perdas Paulo ^ roubos, em Sao mais fav ^'"'^'"^^I'dade se comporta

l

de ajustar-se aos indices locais

® apenas 20% roubo. nalizarjfj vinculado a regiono uiPr ^^uacao das seguradoras mente ^ ^ interior, normal"A como mais timido. Politica do seguro depende da agridem companhia. Algumas sao as Nao £ maiores que penetram. Varoo ° "°sso caso", declara Vieira qug ' Monarca. "Acreditamos mais ^T'P'-^sasdointeriorsesintam com esta regionaliSeizi., ' Jorge Carvalho, <" OS da Bahia. "Este mercado da e

mais timido pela propria maneira de agir das seguradoras. Sao poucas as que cobrem o" territbrio nacional, grande parte e regional. Alem disso, fora dos grandes centros a oferta e bem menor. A fragilidade nao e tanto pelo produto, mas pela situagao do mercado segurador, que nao esta la e nao ve muita facilidade em ir tambem", assegura Lino de Carva lho, da Bradesco Seguros. Atuando com muita restrigao na carteira de automoveis, "porque a sinistralidade e muito alta, fazendo ja dez anos que os coeficientes estao em torno de l40% nesta carteira", a Monarca nao tenta atrair de forma alguma o segurado de carro usado. "Temos ate uma instrugao para proibir as sucursais de aceitarem carros com mais de cinco anos, pois b carro velho traz mais problemas", diz, Vieira Vargas. Como "o transito nas grandes cidades e uma loucura", ele acredita que nao houve evasao de segurados. 'Todos procuram indistintamente o seguro de autombveis, pois e um objeto de consume bastante utilizado hoje." Posigao identica tem Jorge Carvalho, que con firma que, "por este sistematarifario, a taxa dos velculos usados fica percentualmence mais elevada." Segundo ele, entretanto, a despeito das solugoes apresentadas, as saidasnao sao "faceis". "Esperamos, com esta liberdade tarifaria, ter modeios mais din^icos de taxas." Ele nao acredita que tenha havido evasao, porque "se OS custos estao subindo, os riscos tambem estao." Lino de Carvalho considera que a frota nacional estd muito velha, e que per isso deve ser

sepdrada, do que resultariaumafrota seguravel. "Em 1978, a frota circulante no Brasil era de mais de 10 miIhoes de veiculos. Hoje era 1988' temos 15 milhoes de carros e precisariamos colocar no mercado interne um milhao e duzentos mil, so para repor a frota. E vamos colocar apenas 600 mil. Partindo deste comporta mento da propria industria automo bilistica, o seguro tem uma perfor mance muito boa. Se apenas 17 ou 18% da frota estao segurados, nao adianta pensar porque muitos nem estao em condigoes'de ser usados."

Extremamente otimista. Lino de Carvalho acha que a carteira de au tomoveis tem um comportamento muito penetrante, com uma mentalidade desenvolvida de fazer seguro. "O mercado vai evoluir bastante, as seguradoras vao tentar oferecer ao piiblico um produto mais comercial, mais simpatico."JaJorge Carvalho e mehos confiante. "Eu nao diria que a liberagao tarifaria tornou o resultado da carteira excelente. O mercado se conforma, esta procurando operar com o seguro de autombveis com pequena margem de lucro, nao esta pensando em torna-lo um ramo nobre, como incendio, lucros cessantes e seguros pessoais. Ele procura ope rar com margem pequena de lucratividade." E por fim Vieira Vargas revela a apreensao da seguradora de menor porte. "Acho temerario dizer que a liberagao de tarifas ajudou a recuperag^ do mercado, pois e dificil equilibrar esta carteira, conseguir manter estavel a relagao sinistro/premio, dada a alta incidencia de sinistralidade. Nbs atuamos com muita restrigao nesta carteira." •

14
neVISTA DE SEGUROS DE SEGUROS
Para Jorge de Carvalho, a surpresa da liberaqao motivou a solidariedade das companhias.
IS

R.C. no Brasil — necessidade de uma revisao profunda —

Oincn'vel

progresso mundial, especialmente depois da Segunda Guerri,.permitiu que qualqaer pals tivesse acesso a riqueza, independentemente de suas condi?6es materiais e fisicas, destinando a pobreza apenas aqueles que nao conseguiram superar suas deficiencias p6^ ilticas.

Este salto qualitative, que colocou a India no rol dos palses exportadores de aiimentos e a China na reiagao dos palses auto-suficientes, e que vem abrindo o enorme mercado sovietico, interligou as economias nacionais numa rede mundial

cada vez mais interdependente e cada vez mais voltada para a eficiencia, beneficiando a humanidade como um todo, principalmente na elevagao do nlvel de vida nos dlferentes palses.

Como foi comentado no primeiro artigo,este progresso trouxe responsabilidades novas, que alteraram a ordem de importancia dos riscos coberros por seguros. O sinistro de incendio deixou de set uma amea^a muito grave, pela desconcentra^ao das fabricas,ao passo que os riscos de responsabilidade civil foram responsaveis por prejulzos nunca vistos no 1

ler acordado as 6:00 da manha,a fim Jde pegar um aviao. Por qualquer mo tive,0 hotel nao o acorda na hora de^erminada e ele perde o voo. O host>ede sofreu um prejuizo, perdeu o aviao, deixando de chegar na hora certa em algum lugar, onde poderia ter uma reuniao para fechar um graode negocio. Alem disto,ele per deu o dinheiro da passagem,que nao foi utilizada, e vai ter despesas com mercado segurador americano, pel^"^ estada ate conseguir outro voo expansao das atividades economical^^ ® destine. O hotel causou e a introdu^ao de novas tecnologias.,^"^ dano concreto ao seu hospede,e, Hoje, nos palses desenvolvidos, fo'um dano mateconceituagao de risco pessoa! e riscf^ ' nenhum bem foi danificamaterial esta complecamente ultrit-, ■ pouco um dano pessoal, passada, Enquanto o Brasil mancerf'^ integridade fisica do hosestes conceitos, boa parte do mund'^^j^ fo'afetada. evoluiu para um terceiro conceito,® ° Brasil, este sinistro nao teria risco patrimonial. Sem diivida, de RC-G do hotel, evolu^ao necessaria, ja que a maioril dano patrimonial, muito dos sinistros de responsabilidade ct ° hospede pudesse proces- vil afetam muito mais os patrim6niol,j^jj^ P^taressarciar-se dospredo q"ue pessoas ou bens. ^ soiridos em conseqiiencia de O exemplo cl^sico de dano P°^'^'^foada portaria, que trimonial e o do hospede que conforme as suas insinstrufao na portaria do hotel pad . . '

A industria quimica X fornece reiSWarmente paraafabricade ra?6esZ ser^^ ^ue, agregado a uma ^ outros produtos, resulta xVrrS^ galinhas poedeiras can problema de produentrJl"^^ temessa do produto Y foi das especifica?6es e, Percek fobrica de ra^oesZ

^^'Prsgada normalmente ?ao XPTO.A ra2yv ^®'^dida para a Cooperativa de ov ^ '■®Passou aos produtores Uma sefoiro CO S^'fohasde umgran- duas s ^ botar ovos azuis; "has todas as gali las dne •"/'cpois, todas as galitiva filiadas a Cooperaestavam botando ovos ^2uis. Q "-^'avam botando ovos submetido^°^ fotara imediatamente ■^•^"clusarff ? tecnicas, e a Sem n.=. L ® perfeitos, cil problema. exceto a a> proDiern o Drnki ' ^ darafao acusou '^^doair?-^"™ ° P™dmo Y, fi. savel ru.1 quimica X respontro e Mas qualo sinis^etad^ Nenhuma galinha foi > mnguera que comeu os ovos

foi afetado, a produgao das granjas permaneceu a mesma, o tamanho dos ovos permaneceu inalterado; apenas, por sua cor azul, os ovos tiveram dificuldade de aceitagao, sendo uma porcenragem alta devolvlda para a Cooperativa. Como nao houve nenhum dano material, ja que as ga linhas nao foram afetadas, nem danos pessoais, jiqqe.niQguem que os co meu foi afetado, o sinistro se deu pela nao-aceitacao dos ovos pelo comercio varejista em fun^ao de sua cor azul, o que abrlgou a cooperativa a vende-los para fins industriais por um pre?o menor. Assim, trata-se de um dano patrimonial restrito entre a diferenga do prego que os ovos teriam no varejo, se nao fossem azuis, e o preijo realmente alcangado.

No Brasil, dificilmente uma seguradora indenizaria tai sinistro. Na Alemanha, onde este caso se deu, apesar de todas as dificuldades para enquadra-Io, a seguradora chegou i conclusao de que o sinistro erapasslvel de cobertura no item danos pa-

trimoniais, desde que houvesse clausula especlfica na apolice da fabrica de ragoes Z, que, por ironia do desti ne, tinha uma serie de coberturas para danos patrimoniais conseqiientes de produtos, mas nenhuma que previsse a Indenizagao pela diferen^a de pre?o de um produto em fun?ao de sua cor.

Este exemplo mostraclaramente o gtau de sofistica^ao que a cobertura de responsabilidade civil alcan^ou nos palses desenvolvidos, e que o Brasil, caso queira participar da economia mundial de forma ativa, obrigatorlamente devera passar a desenvolver e colocar a dlsposigao de suas empresas, porque, sem uma revisao profunda das coberturas de respon sabilidade civil em vigor, os produtos brasileiros nao terao sequer autorizagao para serem vendldos em diversos palses. •

O autor e consultor de seguros e diretor do Centro de Comercio do Estado de Sao Paulo. •

DE
IREVISTA
SEGUROS DE SEGUROS
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Os calculos da lei

Em 1988, as companhias de seguro vao apresentar resulcados concabeis piores que os do ano passado, por for?a da Resolufao 26/87;-de dezembro"ultimo, baixada pelo Coriselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que veio modificar o criterio de constitui^ao das reservas tecnicas das seguradoras. Pelo menos,e o que vaticina o presidente da lochpe Seguradora, Julio Bierrenbach, Ressaltando ser essa uma questao muito importante,Paulo Eduardo de Freitas Botri, direror executivo da Itaii Seguros, pensa diferente, Ele entende que,por permitir maior flexibilidade na consticuigao de reservas, a nova lei vai propiciar tambem maior margem de decisao por parte das empresas, o que e satisfatorio. Salienta, contudo, que, a longo pra20, algumas companhias querer usar essa capacidade de decisao para apresentar um lucro maior ou mesmo um prejmzo menor nos seus balangos.

A possibilidade de que isso aconte?a deve-se ao fato de que, quando se cri^ reservas maiores, o resultado final se converte sempre em lu cres menores,e vice- versa. De qualquer forma,de acordo com a ResoluCao 26, se uma empresa constituir mais reserva vai acabar tendo que investir mais em Bolsa, o que podera Ihe acarretar mais prejulzos. caso o ativo tenha em 1988 a mesma per formance negative que teve em 1987" — sustenta o diretor da Itau. Esse porem nao e o pensamento de Paulo Eduardo de Freitas Botti nem do presidente da lochpe, para quem, com pre?os Burramence aviltados corao os atuais, as a?6es devem certamente se tornar mais atrativas este ano.

Bierrenbach garante que fez 250 mil calculos e que na verdade existia a necessidade de altera^ao do sistema

anterior para composicao das reser vas tecnicas. "Um dos motives"

aponta — "era a questao da indexaCao, que permite agora que as reser vas de riscos nao expirados sejam corngidas pela inflagao e diminmdas do risco ja corrigido".

Mas se a teoria da equagao nova esta muito bem-feita" — observa ele

^Praticanaoestacorreta,porque as taxas de carregamento ficaram inadequadas, sendo agora menores do que deveriam ser." O presidente dalochpe explica isso sugerindo,por pane das autoridades, a presungao de sinistralidades acima da realidade "Portanto" — diz ele — "se pelo c^culo anterior as reservas ficavam superdimensionadas, agora ficaram maiores ainda, e isso faz com que o reflexo contabil va ser pior que o resultado verdadeiro da companhia. Uma sinistralidade superior ao seu valor real acaba aumentando a re serva de riscos nao expirados,o que contabilmente e considerado despes^ Como consequencia, a compa nhia refiete uma perda de lucro,sem que tenha havido qualquer modifica^ao na comercializagao do seu produto."

Ja o vice-presidente de financas da bul America Seguradora, Felipe Cavalcanti, acha que os parametros podiam ser melhores, mas prefere nao comenta-los. Ele alerta, no entanto que, dependendo do ramo, as reser vas serao maiores ou menores.

Quem tern em sua carteira muito si ' guro de automdvel, por exempt tera de fazer reservas maiores,caso inflafio deste ano seja alta, com' tudo indica.

Como reserva maior implica ma demanda compulsoria em a?6es, nivel de risco da seguradora aumef ta. Alem do mais, maiores reservi correspondem a carregamentos mi nores, que vem a ser o ponto fragi apontado pelo presidente da lochp Seguradora, Julio Bierrenbach.

Ainda no caso do seguro do auto movel, Bierrenbach lastima que' percentual fixado para o carrega mento seja de 30%,quando deveri ser de 50%,no mi'nimo. "Isso leva um premio de 70%, que e muin exagerado" — refor^a, lembrandi que o que fizeram foi indexar a sinis trahdade historica, quando teriaqu' ser levado em conta que a experiefi cia passada ja previa a indexa^ao

Nos outros ramos de seguro esc ocorrendo a mesma coisa, garante C presidente da lochpe. Mas Felip^ Cavalcanti, da Sul America, lembri, que quem segura mais incendiC tende a ter reservas menores e coo| sequentemente menor quantidad« de dinheiro aplicado em a?oes, cofi rendo assim menor risco. Ele estimi, que a Sul America nao deva ter mo-' dirica?6es substanciais no seu resul'!' tado, uma vez que o peso do seguroi de autombvel nao e grande o sufi-i Ciente para provocar alteragoes nas! reservas. «

melhor negocio mesmo e ficar na praia. Justamente por isto, os marketeiros de centenas de indiistrias se mobilizam para aproveitar este momento de grande oponunidade mercadologica. De vender aos consumidores produtos e services de prote?ao contra o rigor do verk),que podem variar desde o aparelho de arcondiciooado ate o picole, passando por viagens internacionais as esta?6es de esqui, festivais de musica, venda de imdveis no litoral e uma enorme lista de ofertas para a ocasiao. Buzios, por exemplo, disputa com Angra a preferencia dos turistas. A Pepsi entra em guerra com a Coca. O vendedcr ambulante na praia dis puta com as carrocinhas. Fico imaginando o volume de negocios que se realiza neste periodo, a movimentaCao de pessoal, o investimento publicitario, a distribui^ao aos pontos de

nomeno carioca apenas, mas de toda e qualquer cidade brasileira ou de qualquer pais em que a temperatura se eleve a ponto de se tirar o palet6. Acredito que os profissionais de planejamento devam ter uma vis^ uni versal do mercado, e nao restrita. O hoteleiro do Rio esta na verdade disputando com o de Mar del Plata, ou Aruba. O ventilador que nao foi vendido na Rua Uruguaiana at^ abril pode perfeitamente ir ventilar a cabe(;a de um alemao e de um Fran ces. Mas continuam insistindo com aquela ideia de que carioca nao trabaIha, principalmente no ver^, o que logicamente e uma enorme injusti^a com 0 pessoal da Zona Sul do Rio. Esta turma, quando vai a praia du rance a semana, acorda cedo, da seu mergulho de no maximo uma hofa e chega ao escritorio em torno das 10. No final do dia, o horario de verao permite ainda uma cai'da para refres-

ifCOMUNlCAgAO E MARKETII^ii
18
REVISTA DE SEGUROS B
Com ocalor que estafazendo,o
EVISTA de SEGUROS

A caminho do Mercado

Comum Latino-Americano.

Com a troca de visitas entre os presidentes Sarney e Alfonsfn, foram assinados 14 protocolos abrangendo areas diversas coma cultura, transportes, biotecnologia, forma^ao de empresas binacionais etc. Para os transportes rodoviarios foi criada uma apoliceunica deseguro,ja em vigor, de cuja elaboragaoparticipou o IRB. Nesta

• etapa do acordo, apenas os seguros oe responsabilidade civil podem ser contratados atraves de companhias argentinas e brasileiras.

A Argentinavemsecoiocando ao longo do tempo como o 6.° parceiro comerclal do Brasil, apesar dos negocios entre os dois pai'ses nao terem ultrapassado a barreira de US$ 1,5 bilhao. A balan^a comercial sempre foi favoravel ao iado brasileiro, tanto assim que ate outubro do ano passado ja existia urn superavit de US$ 126,5 milhoes, resultantes de expona?6es no montante de USS 651,3 mi lhoes contra USS 425,7 mi lhoes de importa?oes. Em 1986, porem, o Brasil nao se saiu muito bem junto ao seu parceiro da America do Sul, uma vez que acusou um deficit de US$ 54,6 mi lhoes, conseguindo vender apenas USS 682,3 milhoes contra compras no total de US$ 736,9 milhoes. Esse resultado negative quebrou uma tendencia favoravel ao

j;tambem estao integrados o Uruguai e o Chile. Os protocolos abrangem: administragao pu- hlica, bens de capital, forma^ao de empresas binacionais, comercializa^ao de triBrasil ao longo de varW 8o. biotecnologia, transport^rrestres, transporte maNa relacao dos product ""roo, comunica^oes e ammais vendidos entre os doi Plia?ao da lista de produpai'ses, vem tambem se deS-^°s com tratamento tarifario tacando ao longo dos anos,^ reduzido entre os dois minerio de ferro, pelo lad« P^'ses signatarios, atualbrasileiro, e o trigo, pell! ™ente em torno de quatro lado argentine. Esse tradf A necessidade de intecional comportamento ©^^ao levou os governos comercio exterior levou brasileiroe argentine acriagovernos dos parceiros su!" uma "moeda binacioamericanos adiscutirformal P^aservir de divisanas mais ativas de relacion? comerciais dos dois mento comercial, econfi^ P^ses. Surgiu, entao, ogaumfco e cultural. moeda que podera Essa preocupa?ao tomof ^"bstituir o dolar nos negocorpo com as mudan^as pf comercio exterior li'ticas nos dois paises, ou se' ° Brasil e a Argentina, ja, a panir do momento d' . . ^ mten?ao de criar na transifao dos regimes aurc Latina algo pareritarios em vigor nas ultima'' 'O Mercado Coduas decadas. Os presidef*' Europeu (MCE) exige tescivisRaulAlfonsmeJos' ^ ^serie de medidas prati- Sarney decidiram estabelC ^ Porque nos meios cer novos parametros de r^' P'"®sariais existe uma exlagoes entre a Argentinae" reU muito grande com Brasil,dentrodeumesfof€''^iQ futuros nego- maior para a consolidaca" facilidades tedo mercado latino-america'' viab'l' —">^>vautts pj no, que ja vinha sendo teO' ,jj '1?^' Por exemplo, tado atraves de acordos re' ® L1S$ 2 bilboeseni 2s de acordos re as trans '^"Poes entre gionais no ambito da Asso" ^ dagoes dos dois paises cia^ao Latino-Americana c ^^ual decada Livre Comercio (ALALC). tacou"^ facUidadesdesA programa^ao de inte' tej ^ ° detransporgracao entre os dois palse^i tan'cia*^ ""damental impor- levou OS seus governos ^ entre elaboracao de varios proto' palment P^ses, princi- colos de acordos bilateraiSt tir dai ^ ° '•^^restre. A parabrangendoosmaisdifereO' leirn e ®°^®rnos brasitessegmentosdeatividadeS.'por acharam Com a visita do presidente protocol ^®^^'^®'ecer um Sarney k Argentina, no anO varios passado, o Brasil assinou U os prohl resolver protocolos, estabelecendo rodoviario"''^ novas e mats amplas formaS criacao A '" ^oplando a de relacionamento, visando, principalmente, aumentar fl c-stak i . ^ual se importanciaque os dois pal' ® um justo pa-

gamento pelo uso das estradas argentinas por caminhoes brasileiros com destino ao Chile e ao Peru. Surgiu entao o Protocolo 14, resultado de cinco reunioes de um grupo de trabaIho composto por representantes de entidades brasilei ras e argentinas ligadas a as sumes de seguro, comercio exterior e questoes tarifarias. A primeira reuniao foi reaiizada em Buenos Aires nos dias 5 e 6 de fevereiro de 1987, e a loltima, no Rio, de 5 a 7 de outubro, quando fo ram aprovados a apolice unica e o texto do convenio mutuo a ser firmado pel^s seguradoras dos dois paises. Entre os p'articipantes do grupo de trabalho representando o Brasil esta a chefe do Departamento de Trans portes e Responsabilidades do Institute de Resseguros do Brasil (IRB), Rael de Brito Goulart, para quern o sistema de apolice unica estabelecido pelo Protocolo 14 sera de grande importan cia para as rela^oes comer ciais entre o Brasil e a Ar gentina.

O Protocolo 14 funcionara, numa primeira eta pa, abrangendo seguro de responsabilidade civil em transportes terrestre — onibus de passageiros ou cami nho de carga — mas apenas para danos pessoal e mate rial para terceiros transportados ou nao. Exemplo: se um caminhao brasileiro, apos entrar na Argentina, bater em um outro velculo, derrubar o muro de uma casa ou atropela^ alguem, causara um dano pessoal a um terceiro nao transportado, sem qualquer vinculo com ele (caracterizando-se uma responsabilidade civil extracontratual), ou um dano material a um terceiro tambem nao transportado (colisao com outro velculo

O minerio de ferro brasileiroe o trigo argentino saoos produtos mais solicitados estacionado, choque com uma casa etc.).

Esse seguro de responsa bilidade civil podera ser feito e cumprido nos dois paises atraves de acordos firmados entre seguradoras argentinas e brasileiras.

Segundo Rael de Brito Goulart, "se nos nao tivessemos uma cobertura comum e uma seguradora para representar o Brasil la fora, as vltimas na Argentina teriam de entrar com uma a?ao contra as transportadoras aqui no Brasil, o que seria uma tarefa bastante diflcil".

Ele acrescenta que esses empecilhos levaram a se estabeiecer no protocolo de inten^ao firmado entre os

dois paises uma condi^ao geral unica de cobertura e um convenio mutuo entre as seguradoras para representa^ao reclproca.

Dessa forma, uma segu radora argentina fica representando em seu pals a brasileira, regulando e liquidando o sinistro e respondendo a a^ao judicial. Nos sinistros ocorridos em territorio braisileiro, as segurado ras argentinas tem o mesmo tratamento, mas, numa pri meira fase, apenas envolvendo caminhoes e onibus.

Como e

O seguro de responsabili dade civil do transportador

R - -■>•
Wses tem na regiao, em especiai no Cone Sul, ao qua! ..W andolpho de Souza/Katia Laboure
20
REVISTA DE SEGUROS SEGURos
21
Goulart: "O sistema de apolice unica firmado no Proto14 sera fundamental para as trocas comerciais".

de caminhao em viagem internacional, envolvendo danos causados a pessoas ou objetos transportados ou nao, a exce^ao de carga transportada,obedece^seguintes condi^oes gerais estabelecidas entre o Brasil e a Argentina;

a) Quanta ao objeto do seguro: as mesmas condi^des particulares anexadas ao Convenio de, Transporte Terrestre Internacional dos Paises do Cone Sui, que estabelecem a indenizagao ou o reembolso das somas pelas quais fora clvilmente responsavel, em seten?a judi cial executada ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora por fatos ocorridos durance a vigencia do seguro relativos a morte, danos pessoais e ou materiais causados a passageiros; morte, danos pesso ais e ou materiais causados a terceiros nao.transportados, excluindo a carga.

O seguro garante o pagamento das custas judiciais e honorarios do advogado para a defesa do segurado e da vitima, neste ultimo caso sempre que o pagamento for imposto ao segurado por senten^a judicial e mediante transa^ao judicial ou extrajudicial, observando os seguintes princi'pios: na propor^ao da soma segurada fixada pela poli'cia e a diferen^a entre este valor e a quantia pela qual o segurado seja civilmente responsavel nos cases de morte, danos pessoais ou materiais causa dos a passageiros, e nos ca ses onde as custas e honora rios forem devidos ao advo gado da vi'tima, ao advogado do segurado designado pela seguradora e por ele aceito, e ao advogado designado pelo prdprio segurado com previa e expressa autorizada seguradora.

O documento entende

Produtos mais

importados da Argentina para o Brasil

(•)

Produtos Brasileiros mais exportados para a Argentina

com qualquer organizagao cujas atividades sirvam para iderrubar, pela for?a, o governo, instigar sua derrota atraves da perturba^ao da or! dem poh'tica ou social do pals por meio de atos de ter1 rorismo, guerra revoiucio' naria, subversao,guerrilha e Jock-oui; terremotos, treraores de terra, movimentos te' luricos, erupgao vulcanica, inundagao efuracao; acidentcs ocorridos por excesso da capacidade, do volume, da dimensao e do peso da car; ga.

' Valores ' segurados

3 do Protocolo : H tambem escabelece uma '3 elafixando valores para a execug^ do seguro de resPonsabiiidade civil. Assim, para mone e danos pessoais j '•^''ceiros nao transporta dos ficou definido o valor I e US$ 20 mil por pessoa,e danos materiais, o e varias reclamacoes

poiicia.

Responsabilidade Civil da Carga

FONTE: Cacex

como passageiro toda pessoa transportada que seja ponadora de uma passagem ou que figure na lista de pas sageiros do vei'culo segu rado. Tambem escabelece como segurados, ou seja, passiveis de responsabilidades cobertas,indistintamente, o proprietario do vei'cu lo segurado, o empresario transportador e/ou condutor do veicuio devidamente autorizado.

b) Risco coberto: e considerado risco coberto a responsabilidade civil do segu rado — provenience de da nos materiais e pessoais cau sados pelo vei'culo transpor tador discriminado na poli' cia ou pela carga nele trans portada — a pessoas ou coi-

sas transportadas ou nao, excetuando-se a carga trans portada no veicuio causador do acidente.

4 ^ ^ mesmo i a responsabilidade^^^^Suradora paraacober- surgidas naprodugao,tran«' US$^*20 t fimitada a porte, utiliza^ao ou neutr«' oue'^'' liza^ao de materias de fiss^ a passage' ^ ^ danos ou fusao, ou seus resi'duoS' morte oud^°^ casos de assimcomoqualquerevent" rao coben^^^ resultante de energia ni^' mil por pg^ clear com fins pacificos o'> teriais.uS; belicos; furto, roubo o'>' Na hi'pdte'ce - • apropriagao indevidado vef' clamacoes r^i . culo transDortadnr- amc mper«^ _• - ^'^'cnadas culo transportador; atos mesmo sini

c) Riscos excluidos: o contrato, que ja recebeu a aprova?ao do Ministerio de Obras e Services Publicos da Secretaria de Transportes da Argentina, deixa claro que o seguro nao cobre re clamacoes relativas a nrna serie de responsabilidades, onde se incluem: dolo e culpa grave do segurado, seus representantes ou agentes,salvo quando se tra- fato ou de direito, civil Apesar dos , 1 tar de um motoristaque es- militar. e, em geral, todo ^ vistos, o te,a a service do proprieta- qualquer ato ou conseqiien' radora poderL ^f no do veicuio segurado ou da desses fatos, assim comf seguros mJs ^ estabelecer empresario^ de transporte tambem atos praticados po( diante aror^ ®^evados, mecomradiacoesionizantesou qualquer pessoa atuand<J ser inrlnf,^^ ° P^"'Cular a qualquer tipo de emanacoes por parte de ou em relaca" Presenca da

O Brasil e a Argentina ja concluiram as condi^oes de cobertura e o texto padronizado com as clausulas principais do convenio mutuo que criou a apolice de se guro reciproco de responsabilidade civil para danos pessoais ou materiais de ter ceiros transponados ou nao por caminhoes ou onibus que cometerem sinistros em ambos os paises. Agora, o grupo de trabalho encarregado da parte de seguro-do Protocolo 14 comesou a negociar a responsabilidade cistm'^'°"^''" ^

hostilidade ou de guerr^' biiidade da rebeliao, insurreigao, revo" cobertura prevista lucan. ronfisrn na«-inna1iTa' tai-la lrr-« - Ca Jlmi- lu?ao, confisco,nacionaliz^'. tada a US$ 200 ?ao, destruicao ou requis'' morte ou danos r. proveniente de qual': US$ IQ mil por dan^!°^'^ ® quer ate de autoridade riais. matefato ou de direito, civil

memo de Transportes e Responsabilidade do IRB, dependera muito dos investimentos a serem feitos pelos seguradores desses pai ses. Ela explica que, pelo lado do Brasil,tudo tem side feilo no sentido de agilizar essa pratica, como a decisao do IRB de estabelecer normas para aceitar o primeiro resseguro dessa nova forma de seguro, alem de fazer uma previsao de cessao de premios para a Argentina (22% em termos de resse guro). Isso porque, na Ar gentina,o seguro era obrigatorio, razao pela qual todo caminhao brasileiro que la entrava tinha de faze-Io.

Varias seguradoras brasi-

Economica Europeia. O projeto tem o respaldo de um mercado consumidor formado por mais de 180 milhoes de pessoas, mas, ao longo do tempo,foi deixado um pouco de lado diante do interesse dos paises da regiao de procurarem outros parceiros ccmerciais mais distantes, a despeho dos esforcos da ALALC.

Varias medidas praticas foram tomadas no sentido de ampliar essa interligacao comercial, como o ample acordo firmado com a Ar gentina prevendo tratamento nacional e aliquota zero nos dois sencidos do comercio de produtos quimicos e petroquimicos com o Brasil. No ambito da Associa^ao Latino-Americana de Integragac (Aladi) estao sendo desenvolvidas constantes negocia?6es para a redu?ao de carifas alfandegarias, incluindo-se produ tos quimicos,agricolas e eietrodomesticos.

Um Mercado Comum no Cone Sul teria o respaldo de um publico consumidor de mais de 180 milhoes de pessoas.

vil do transportador rodoviario pela carga transporta da.

A exempio do acordo ja firmado,o seguro estara diretamente vinculado a aci dente, quando ocorrem as grandes perdas, tanto em viagem de exportacac como de importacao. Essa respon sabilidade civil incluira cases como colisao do caminhao ou o seu tohibaraento, quando a carga pode ser Perdida, inclusive, por saque.

A execucao pratica dos Seguros reciprocos de responsabilidade civil em transportes terrestres entre a Argentina e o Brasil, segundo a chefe do Departa-

leiras ja demonstraram interesse em panicipar do segu ro de responsabilidade civil para cobertura de danos ma teriais ou pessoais vinculados a terceiros nos transpor tes rodoviarios com a Ar gentina, apesar dos investimentos elevados que essa atividade exige. No momento, firmaram o convenio o grupo Bradesco e Bamerindus, enquanto outros estao tentando obter mais detaIhes sobre o seguro.

A assinatura de protocolos de interesse comum en tre o Brasil e a Argentina visa consoiidar uma antiga ideia de se criar um Mercado Comum no Cone Sul, nos moldes da Comunidade

Os governos brasileiro e argentino ampliaram a lis ta de itens de bens de capi tal fabricados nos dois pai ses para serem negociados como nacionais, ou seja, sem qualquer tipo de ali quota alfandegaria, alem de criarem um mecanismo de consulta permanente para ser ativado sempre que um dos dois paises resclver reduzir as tarifas a favor de terceiros paises.

A integra^ao do Cone Sul a partir do interesse comum entre o Brasil e a Argentina conta, alem da vontade governamental, com o apoio popular dos dois paises.

Nesse contexto, a atividade seguradora exerce funda mental importancia, porque atraves dela sera facilitado o incremento das rela^oes comerciais, tao importante para o desenvolvimento da America do Sul. •

22
(Em d6lares) 1987(•) 1986 • 1985 Trigo sem casca Couro bovino semiterminado Macas frescas Peras frescas Caixa de marcha ou mudaoga para vei'culos 101.018.686 25.474.602 21.968.730 16.944.292 16.435.063 84.091.606 72.883934 37.876.278 10.804.388 22.490.525 105-489-322 32.430.236 25.011.739 ' 10.808.378 19.159.233
Ate outubro FONTE: Cacex
(Em doiares) 1987(•) 1986 1985 Itabirito'aglomerado Hematita Outros acessorios para vei'cuios Caf6 cru em grao 29.603.941 26.368,508 25.005.785 24.782.626 31-326.661 34.221.085 18.937.466 54.141.359 22.349.399 30.502.722 13.808.266 24.018.472 FONTE: Cacex
(Em d61ares) ANO EXPORTACAO importacAo saldo 1985 1986 1987 (•) 548.237.398 682.383.921 651-344.499 468.865.172 736.988.420 425.784.611 79.372.216 -54.604.499 126.559.888
Balanga comercial entre Brasil e Argentina
(*) Ate outubro
REVISTA DE SEGUROS SEGURQS
^ L
23

Espirito Santo: o realismo bem-sucedido

Na entrevista que concedeu a Revista de Seguros, o diretor da Sasse (companhia que faturou aproximadamente urn bilhao de cruzados em 87, apesar do saldo negative em suas contas de corregao monetaria)

faz uma analise do mercado, em uma radiografia que mostra que, embora o paciente esteja em bom estado de saude, deve ser evitado otimismo exagerado.

Credenciado por uma larga experiencia no mercado seguradorbrasileiro,Caleb do Espirito San to, diretor de Opera?6es da Sasse Companhia Nacional de Seguros Gerais, vinculada a CEF, assegura que a cria^ao do Codiseg vai beneficiar em muito a imagem do setor junto ao publico. Ele tambem nao tern duvidas de que o monopolio do tesseguro, exercido pelo IRB, nao e de todo mau para as seguradoras e que a regularaentacao excessiva pode prejudicar a performance do setor,

RS — Quais as perspectivas do mer cado segurador brasileiro?

CES — E insignificante a posi?ao do Brasil no ranking mundial (47.° lugar). Nao da nem para compara?bes com OS paises desenvolvidos. E tam bem nao e necessario ir muito longe.

Aqui mesmo, pertinho, na America do Sul,e so olharmos para os nossos vizinhos Argentina e Venezuela, ou para o Chile. Todos esses paises superam o Brasil em termos de seguro per capita, isto e, o volume total de premios de seguros arrecadados dividido pela popuJa^ao economicamente ativa, o que nos indica quanto cada individuo, em media, paga do seu or?amenta para o seguro.

O Brasil nesse aspecto ainda esta muito mal colocado, e a causa fun damental -disso e o fato de que grande parte da popula^ao brasileira e mal remunerada. De acordo com dados oficiais,65% da nossa populacao,economicamente ativa,ganhade I a 3 sal^ios minimos. E ai, entao, nao ha apelo que faga milagres.

Acho otimista demais a estimativa de um mercado potencial de Cz$ 400 bilhoes, como alguns afirmam.

Acredito que poderemos chegar la, se o pais voltar a crescer em indices altos. Ha fatores essenciais, como o poder aquisitivo da popula^^,e seria necessario que este desse um

grande salto para chegarmos aos CZ' 400 bilhoes, o que constitui uma pectativa remota. Acredito em cresj^;,;. cimento com esforgo do mercadflj^ mas um crescimento moderad' nada mais.

RS — E agora, com o Codiseg, mercado pode melhorar um poucOj CES — Era o que estava faltando Codiseg tera a fungao de divul junto a popuiacao em que consiste seguro, quais as suas fun?6es. Moti var o interesse do individuo para conhecimento do seguro, inclusi' aquele que ja e segurado. Desenvo] ver a possibilidade do segurado d' fender seus interesses junto as seg radoras. O Codiseg deve melhorar imagem do mercado, sob todos aspectos.

RS — Ha muitas queixas contra a?ao do Estado no ramo de seguro^ O senhor concorda com isto?

CES —Realmente,no Brasil,o seg''' ro, justamente pela excessiva reg''" lamenta^ao e alto controle do Est^' do,ficou muito padronizado e pout"' evoluiu em criatividade. Quase p"' demos dizer que osseguros eram ef' latados pelos orgaos oficiais e lan?^', dos no mercado. Isso porque nao i'*', teressava e nem cabia^ segurador®^' a institui^ao de corpos tecnicos cfi^' tivos, ja que nenhum proveito tif^', riam disto. O maximo que se pod'' fazer era ter uma ideia e passa-la af' orgaos do governo. Ai, entao, el' era estudada, e se fosse considerad' boa, sua comercializagao era aprf' vada para todo o mercado.

Mas tambem e verdade que, d'' uns tempos para ca, o assunto ja cO' me?ou a despertar algum interess^' inclusive porque houve de fato guma abertura dos orgaos oficiais. ^

Susep tern insistido, com toda a r^' zao,em que o seguro deve ser meno' regulamentado. No caso do segur"; do automovel, por exemplo, a libef dade de hoje e bem mais ampla d"

lochpeSeguradora. Oseguro na sua verdadeira dimens3o.

ao riscffn?iT'f seguro deve ser proporcional Samo ^^^P^esatranslere a seguradora.

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24 REVISTA DE SEGURO^
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Ique a existente no passado,inclusive com rela?ao a taxas, condi^oes etc. Como exemplo, basta citar o se^guro de perda total ampla da Sasse, aprovado pela Susep no ano passado e que nos vamos comercializar este ^0.No passado,este mesmo tipo de seguro chegou a ser tentado varias vezes, sua crla^ao tendo sido pro:posta ate numa conferencia hemisfetica, que acabou nao dando em nada. A tese fo)apresentada na 8.^ Confe rencia Brasileira de Seguros, em 1987, pelo tecnico Adyr Messina, hpje presidente do Conselho Tecn|co do IRB,mas nao houve receptiMdade. Era o receio da inovagao. Nao vaieram as explicagoes de 9Ue, para os veicuios de mais de tres '^nos de uso,e para proprietaries que iro am pouco com seus carros, nao dire?ao e so saem nos fis e semana,ficava carissima a coerturado seguro compreensivo,ou •'f' que inclui as perdas partal ® cobertura de perda to_ ' ®*'stente, abrangendo soe OS riscos de Incendio ou rousaiisfazia plenamente o Intedian^ segurados, que preten- 20- • ®""ra para grandes prejuicolL""^ aqueles decorrentes de j.io ^°j9^®'^a aciclental em precipiceiros ^ danosos de terAssim' inundagoes etc. curto' I'berar para a Sasse, em parao^'^^^°' ® Pr'meira autoriza^ao

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fessp ''^lagao ao monopoliopelo IRB?

eu me posiI'O, isto '"^u^en^ao do' monopo- » Q r\r\ • s ?lo iateres

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De seGURos

Ate bem pouco tempo tinhamos um mercado de seguros enlatado", diz Caleb. mas de uma corrente que entende nao deva este princfpio legal(monopolio)ser ferido,sob pena de regredirmos ao estagio de 50 anos atras. Agora,o que o mercado necessita, realmente, e de uma maior abertura do IRB,nosentidodeextinguiraburocracla desnecessaria e eliminar a obrigatoriedade de resseguro de ris cos de pequeno vulto. Estamos certos que isso ja constitui meta a ser perseguida pela atual administragao do IRB.

RS — Como anda a informatizagao do mercado segurador brasileiro?

65% da nossa populagao economicamente atlva ganha de 1 a 3 salaries.

Nao ha apelo que faga milagres.

CES — Com o desenvolvimento do seguro, nao mais se pode prescindir da participagao da informarica no setor, fundamental e cada vez mais assumindo papel relevante no mercado segurador brasileiro. Acredito que sejam poucas as seguradoras que ainda nao utilizam a informatica, mas a tendencia e de que todo o mercado esceja informatizado a curto prazo. Sem estatistica nao se pode fazer se guro, ou melhor, nao se pode praticar carifas justas. E preciso saber o

numero de acidentes,feridos e mortos para calcular as taxas justas de se guros de acidentes pessoais, seguro de vidae outros.Tudo,em termos de taxas de seguro, depende de dados estatisticos, que a informatica atualiza a cada momento.

A estatistica, no Brasll, de modo geral, e deficiente e excessivamente defasada, e como o seguro baseia seus calculos e conclusoes nos dados estatisticos, subsistem ainda grandes dificuldades para a elidjoragao de tarifas adequadas.

Lamentavelmente, e verdade que nossas tarifas sao empiricas e nao corresponderiam a qualquer levantamenio estatistico que se promovesse com o objetivo de recicla-las. Chega a ser triste ouvir-se afirmar que o seguro de incendio contlhua a ser tarifado e, ao mesmo tempo, admitir-se, oficialmente, descontos ilimitados sobre dlta tarifa, dos quais OS org^s do poder piiblico nao podem beneficiar-se. E ainda existem muitos que continuam repetindo aquele conceito classico que se aprende nos cursos basicos de segu ros, de que as tarifas sao inteiramente diversas das tabelas de supermercados porque estas representam OS custos mtbcimos permitidos, e aquelas os custos minimos admitidos pelo poder publico, com o obje tivo de preservar a establlidade economico-financeira das seguradoras. 0 temporal 0 mores!

• 29

Iperitagem A medida do sinistro

A Brasil Salvage — que completa quinze anos de atividade — presta servigos a frota mercante nacional segurada atraves de uma organizagao que atua nos cinco continentes. O papel que exerce e o de avaiiar o prejuizo dos seus clientes, levantando perdas e recomendando gastos precisos na reparagao dos danos, tarefas que demandam a alta confiabilidade dos seus pareceres.

Marco no desenvolvimento das atividades maritimas do Pai's, foi da necessidade de romper com a tradigao colonial de colocar os seguros brasileiros no exterior que, no inicio dos anos 70, surgiu no mercado segurador internacional mais uma salvage association, com a fun(;ao de apoiar, protegee e atender os interesses do mercado segurador man'timo. Preenchendo a lacuna qua havia na infra-estrutura brasiieira relativa aos recursos tecnicos necessatfios para a incorpora?ao do seguro de casco no Pals, a Brasil Salvage cuida dos sinistros com navios brasileiros onde quer que ocorram, tendo sido credenciada, a partir de 1977, para operartambem na area de off-shore.

Escolhida em concorrencia piibiica aberta pelo IRB,em Janeiro de 1974, assumiu, como sua congenere, aLondon Salvage,fundadaem 1856, o papel de or^o tecnico auxiliar das seguradoras, atuando para protegee

OS interesses das partes envolvidas em sinistros maritimos. Se no inicio importava-se a tecnica estrangeira por falta de 'know-how', hoje a Bra sil Salvage S/A, segundo Pericles de Vasconcellos, membro do seu conseIho consultivo, arregimentou um corpo de peritos e tecnicos da mais alta competencia e confiabilidade.

"A medida que as empresas sabem que podem recorrer a uma salvage, elas tambem vao se aperfei?oando e, conseqiientemente, a propria estrutura do mercado se beneficia", explica. Como parte de um processo de nacionaliza^ao do seguro man'timo brasileiro, a Brasil Salvage foi designada para operar no mercado, em lu gar da sistematica anterior de vistoriadores autonomos ou organiza^oes estrangeiras. A concentragao de re cursos necessarios e a uniformiza^ao de normas de carater tecnico, juridico, economico e financeiro nao so garantem uma cobertura eficiente no mercado, como tambem o proprio sentido do seguro. "Em todo o mundo existem 8 salvages que atendem cada uma aos seus respectivos mercados. Assim, seria impraticavel a existencia de mais de uma organi-

mbarca?6es avariadas, sujeitas a ma perda de 4 a 8 mil dolares por jdia. e vital.

"Um navio e caro,e como se fosse imna cidade flutuante onde tudo e seigurado, a come^ar pelo seguro de :casco e P& 1 (Protection and Indemnity responsabilidade civil por abalro|a?lo), que abrange danos a terceiros le o cais",esclarece Pericles de Vasoncellos., "A responsabilidade", ontinua,"e de nosso navio. A coligeralmente atinge outra bandei^ vistoria.do navio nacional e o estrangeiro. Instaurado o inquerito maritimo, o caso vai parar no oyds de Londres,onde um juiz ar, decidira quem paga o que. A ■vtstoriadoraavaliao prejuizo de seus 'j (as seguradoras) em fun?ao e uin rigoroso levantamento quefaz ^ perdasque o outro navio sofreu, ^ ° grau de con- J abihdade exigido. 'Na liquidagao tam-

as A OS reparos, reduzindo anais^J"^ excessivas, nao so por ambem pela

A sua esfera de aqiao e muito ampla e acompanha a expectativa de aumento da frota mercante brasiieira. O desenvolvimento da prospec^ao de petroleo na costa brasiieira deu origem a expansao da atividade maritima de apoio « plataformas, ampliando o mercado da atividade.

A peritagem e uma atividade basica de umaWragf. Engenheiros mec^icos e tecnicos oriundos da Marinha de Guerra e Mercante estabelecem a causa, a natureza e a extensao dos danos, no que toca o seguro. A peritagem tambem compreende o controle subseqiiente dos custos dos reparos, permitindo que se enquadrem corretamente as avarias nas condi^oes previstas pelas apolices e se estabele^a a indeniza^ao justa O

IR.B esta estudando uma reavalia^ao de toda a frota segurada Os armadores que recebem subsidios tem interesse em fazer o seguro pelo valor da divida junto ao orgao financeiro. Hoje, o valor da divida cresce numa propor^ao maior que a deprecia^ao do navio, sejapela idade daembarca^ao, pelo seu uso ou pela sua obsolescencia. SegundoJose Francisco da Silva, da divisao de Casco Maritimo do IRB, o Institute entende como pre^o do navio o seu pre?o atual de constru^ao, apurado junto aos estaleiros nacionais e depreciado de acordo com a idade e estado. Nestas circunstancias, os services de uma organiza^ao como a Brasil Salvage sao fundamentals na verifica^ao das condicoes de navegabilidade, pa-

custos mas t mais reco il j * — caso. Ha situa- nossaempresa, operando no de determinamercado, o que implicaria enter. despesas sao ao mesmo tempo diferentes e uma concorrencia d ""««adas e ipevitaveis. Os sinistros fatalmente levana ao favorecimed a Arabia", conta Pericles, "sao um de umadas partes: segurado ou pois nao ha como desen- radora , afirma Pericles. ^ um navio de uma pedra sem ABrasil Salvage, porcaracteriS^j^.^ ao sultao seudireito de explocas de sua propria atividade, tem remuneracaoeformadetrabalho^ Al6mdos socios fundadores, tecxadas pelo seu cliente, no caso xperientes nos diversos ramos mercado segurador brasileiro, cotij 'v.dos, sao acionistas da Brasil gurando-seomonops6mio,conce"^ as dez j , r- rt due nr, niaiores seguradoras oposto por definigao a ideia de id® _• ."Peram no ' ' c "■ V ri ">itind^ ^amo de Casco, per- nopolio.Eestaremunera?aoecal.:Jf^i^^ do uma integra^o quase perlada de forma a garantir a sobrC'^"®daempresacom r, j c vencia da empresa", acresceocj ^5anto, e„a p^in Contando com escritorios propri'^ a imparSS nosprincipals portos brasileiros, umaveial necessanae presentantes em todos os contine^ "'^ConselhoSr teseacordooperacional coma po^ °^"'CoConsultwo hews Daniel International, ^ ^ iKh tes e acordo operacional com a s Daniel International, seo'*- -»vo , Londres, a Brasil Salvage asS«P'^^^^ressobreL! a seus clientes a ra^dez d' ^^tes.£n^^.^^J^^^'^^^'^^^^^atendimento, em qualquer lugar ^ ^ fatura da mundo. Para o armador e para o o cuml. gurador, este e um requisiCfundS^'^'^^leciSorni^^^^^^ mental. Segundo FernandoMattos^'^'^'cos, cada vf. ^ presidente da Corretora Queiro'^'^^^m ainda n,? Mattoso, a Brasil Salvage trabalb", '"dicadr.c ° regulacom muita rapidez, o que, para ^ incnmm REVISTA DE SEQURO'. pelo Institute. SEGURoS

das tecnicas zagao funcionando nos moldes ."dadas para cada

A B.S.analisa custos de reparo e recomenda tecnicas especificas paracada caso. trabalho das seguradoras com a em presa envolve vistorias de avalia^ao, de condi^ao (exigida pelo IRB para efeito de manutengao da cobertura do seguro atraves da verifica^ao das condi^oes de navegabilidade da embarca^ao) e vistorias de sinistro (constata^ao dos danos).

Atualmente, as variagoes de pre^os das embarca^oes fazem parte das preocupa?6es do mercado nacional. "A armag|o brasiieira opera num mercado singular onde as condi$6es politico-economicas nao permitem a livre compra de embarca^oes no mercado internacional", observa Pe ricles. "Desta forma, as empresas possuem navios com precos muito diferenciados." Neste sentido, o

droes de seguran?a, na consultoria dos pre^os junto a estaleiros e no apoio tecnico a discussao com os armadores. Segundo o diretor da Bra sil Salvage, uniformizar os pre^os de embarcacoes semelhantes (tonelagem, tipo, ano de constru?ao etc.) permitira um melhor calculo para os valores dos premios e o fortalecimento de um mercado proprio, sem disparidades. "Equalizar o valor dos equipamentos de todo o sistema ma ritimo brasileiro, ter um com6rcio equilibrado e rotas planejadas, sao fatores que contribuirao para uma marinha mercante nacional capaz, o caminho certo para a conquista de uma alternativa internacional", concluiu Pericles de Vasconcellos. •

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'i-A Em lugar de vistorias autonomas ou estrangeiras, a empresa nacional.
'1
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Plasticas

Um Rio de Humor

pecto corriqueiro,o humor esta cada vez mais forte, lembrando a velha lenda da mitologia grega da Fenix, uma ave que morre mas renasce das suas proprias cinzas, O 1 Salao Carioca de Humor,que fica um mes na Casa de Cuitura Laura Alvim, no Rio, comprova que no Brasil, e das nossas cinzas e mazelas que brota o melhor do nosso riso.

"Essa onda do humor pegou", afirmao cartunista Jaguar, que se recocda dos comedos do jornal Pasquim;"Era 1969 e so tmhamos cinco cartunistas. Hoje,este salao,que mai come^ou,pois e o primeiro ano,teve uma pequena divulga^ao, nem todo mundo ficou sabendo, conseguiu reunir 60 artistas aproyados em uma sele?ao previa." Para ele, Isto e uma prova mais que conrundente para o avan?o do humor no Brasil."Quanto mais crise, mais assunto para o humorista. Em uma primeira pagina de jornal, ha pelo menos dez temas para o cartunista, que so tem 'probiemas' quando esta tudo bem."

t'.

palestra, teatro, lan^^Kamenco de livros e show musical", u eventos que compoem o sa lao e um debate sobre os ultimos 50 anos do humor, que reuniu no dia 8 i ^ nomes como Nassara, jMillor, Ziraldoi Chico Caruso e Hui>ert, A tdeia parciu do proprio Chi co, para se discutir a situacao do huno Brasil, "pois cada um tem falando sobre o momc-nto E m^lLfeue v,veu". Chico nao acredita em ma cnse afetando o humor."Crise ^ muitas, mas elas sao sinonimo de " de passagem. As crises sao 'oas para colocar novos valores", aspcgura, Alem da importancia de reafirmar

t^arlr^ morreu, pelo condienfl sendo um ingreSalan cozinha brasileira,o i P dia 27^^°? Humor,que fica ate tura t/ " naCasade Culde Alvim, revelou um meio "•s«,ra: "tdizado para a OS 15 melhbres de cadacategoriad^otivos, eu todos estes premio N^sara de caricatura, "ma abertura de mio J. Carlos de charge, premio '^'^m-vinda. ^ lor Fernandes de cartum e premio' escultura — para que Chico Caru^j[^J.;.j^^ Millor, Borjalo, Zlraldo e Lan dessem escolher os melhores.

O Lugar da llusao, lapis e aquarela de Ester Grinspum,1987.(Detaihe)

nizada pela Companhia lochpe de Participa^oes.

derico Morals, critico de arte que, procurado por Evelyn, tornou-se o curador da mostra. Ao mesmo tem po, em 87 completaram-se quatro anos que Sao Miguel recebeu da Unesco o titulo de patrimonio hist6rico e artistico da humanidade. E o terceiro titulo que o Brasil detem nesta area — os anteriores foram Ouro Preto e Oiinda— sendo o pri meiro monumento nacional a conquista-lo.

1? SALAO CARIOCA DE HUMOR

A cada dia, parece que a coisa fica mais difjcil. Quando se leem os jornais, o que esta em destaque e sempre a crise, a dificuldade de se continuar vivendo neste pajs. Por todo lado, a tendencia a se entrar em um baixo astral coletivo, a despeito do enorme calor (ou taJvez justamente pelas altas temperaturas do ver^)e dos dias de ceu azul sem nuvens. Paradoxalmente,entretanto,apesar das fraudes dos vestibulares, dos pre?os que param de subir, da corrupCao que nunca tem freio, dos escandalos que terminam por ter um as-

Este tipo de empecilho as mais de 750 obras inscritas no salao provavelmente nao sofreram. A classe poHtica forneceu ample e irrestrito ma terial para satlras e deboches, revivendo uma tradi^ao que flzeraescola com Nassara e outros. Para fazer a selegao previa, foram encarregados Mollica, Lapi e Appe,que separaram

Os sessenta selecionados e maP vencedores estao em exposi^ao Casa Laura Alvim,com patroci'nio j Sasse, a seguradora da Calxa EcoP^ mica Federal. Seu idealizador, o tista plastico Jorge de Sales, aU' dos trofeus que foram entregues ^ primeiros lugares, acredita muito mais que um simples sala<7'._ Salao Carioca de Humor apreselJVIiscgj-| j , uma programa;ao muito ricaeva^'' ^"O ftrtlStS! da,abrangendo ao longo de sua te)^ ^ ViSftO

suscita histo com antropo ' ctivol!^-j e reli®«es du . cmtrou na cena '^zembro g brasileiras desde '^C'.aram a ev^" artistas coSobre as^^' Brasilia, a sua ■ '"^falaram ^®^°cs Jesufticas que "Stntinas p '^^ras brasileiras, ,'^'"^c-3oo l^^caguaias

3nos- A mostra "Missoes ^'sao do Artista ievist^ orga-

A ideia surgiu da museologa e socioioga Evelyn Berger lochpe, exdiretora do Museu Historico do Rio Grande do Sul: montar uma exposiCao que nao apenas comemorasse o aniversario da presen?a da Compa nhia de Jesus na America Latina, mas trouxesse uma reflcxao sobre o as sunto. "Ao iado dos 300 anos das missoes jesuiticas no Brasil, estamos comemorando tambem os 50 anos do Servigo do Patrimonio Historico e Artistico Nacional, cu)o primeiro grande projeto de defesa da memoria cultural brasileira foram as ruinas de Sao Miguel, ondc Lucio Costa inaugurou um museu". lembra Fre-

Tratava-se entao de perguntar a arte qual asua analise daquele evento historico que foram as missoes ou reduqoes. Nove artistas brasileiros foram selecionados — Daniel Senise (pintura), Vera Barcellos (multimidia), Mauricio da Rocha Bentes (es cultura), Cildo Meirelles (instala?ao), Rubem Grilo (xilogravura), Esther Grispun (descnho), Rafael Franca (videol, Moyses Baumstein (holografia), Luiz Felizardo(fotografia) e ainda Livio Abramo, nascido aqui mas vive no Paraguai desde 57, um dos pioneiros dagravura entre nos e que tinha um tr'abalho ante rior relacionado as missoes jesuiticas, e o argentino Jacques Bedel, ligado ao Centro de Arte y Corauniccacion — CAYC — de Buenos Ai res, criador de livros-esculturas e preocupado com arqueologia. Os onze foram convidados a visitar as ruinas de Sao Miguel, Sao Louren^o

>|:ULTURA E LAZEI
Jose
A. Lopes -r» - ARTES
32
Tico,colaborador
I.*'Salao Carioca de Humor.
ano inspirada
da R.S., presente no
REVISTA DE
SEQURC^:
sequros
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Missoes. xilogravura de Rubem Grilo, 1987.

Paraguai — Vi sion, xilogravura de Livio Abramo, 1966

e Santo Angeio, onde permanece-" ram per uma semana, tendo contato com uma excensa bibliografia sobre OS jesui'tas no Brasil, com mais de 1.500 titulos publicados, fora a exibi?ao de filmes, videos, slides e a assessoria de historiadores e ancropoiogos. O resultado foi uma exposi^ao impressionante, densa, critica e que apresenta trabaihos de intensidade esietica. Depots de Brasilia, "Missoes 300 Anos: A Visao do Artista" esteve no Rio de Janeiro, na Escoia de Artes Visuais do Parque Lage, e segue para Sao Paulo em mar^o, onde ficara no Museu de Arte MASP — ate abrll. O encerramento sera em Porto Alegre, em maio, na Universidade Estadual do Rio

Grande do Sul, estado que foi o bergodaideia. Namesmaepoca,esta programado um seminario internacional sobre a Companhia de Jesus e sua fun^ao historico-politico-social e cultural em territorios brasileiro, argentino e paraguaio. Uma questao ainda aberta na historia latino-americana, as missoes jesuiticas prometem gerar grandes debates em torno de sua existencia,funcionando como alertas para outros modelos de coloniza?^ de povos que continuamos empregando na nossa "civiiiza^ao" ocidental.

L S. C.

por chorinhos como Garoto e Re, xendo. Em 52 anos de atividade destacou-se tambem por notaveis a ranjos, tendo assinado alguns ce\ bres como os do Aquarela do Brasi de Ary Barroso,eSinfonia de umai dade, de Tom Jobim e Billy Blanc ou do recente Trenzi'nho caipira, i Villa.

Legitimo adepto do 'inspiragao transpira?ao', o maestro nao cult vou preconceitos quanto aosgenert musicals, pautado tao somente pt um sentimenco brasileiro e um esti inconfundivel de organizar notas lan^a-las ao mundo, diluindn su^ fronteiras — o que a.lias realizou coij sucesso.

M tj s I c A Regente do future

No dia 3 de fevereiro,aos 82 anos, no Rio, faleceu o maestro Radames Gnataili, autor de mais de 200 musicas populates e eruditas,numa escala de acordes variantes, que vao do samba Amargura ao seu concerto mais divulgado, o NP 2, passando

segunda, porque incluiste nela tudo o que eu nao disse." Chateaubriand, Jango, Janio, Prestes e o arguto coringa arqui-inimigo Lacerda sao coadjuvantes, entre muitos outros, nesta aventura narrada por um talento que reconhece: "O homem que lidera e um homem so. Confesso, honestamente, que jamais alimentei uma grande amizade... Queria apenas sa ber se valeu a pena... Contemplando o que o destino me ofereceu, so posso concluir que valeu. Claro, claro que valeu."

Ejr R A S

ultima hora

Eilho do compositor italiano Alfif Villa R a ■ sandro Gnataili e da pianista gauclt; ® ames. bye bye Brasil. Adelia Fonseca, nasceu em Port' Alegre, 1906, embalado nas harnt® nias do teclado de marfim que o e® viaram para o Rio, em 1924, coiij solista de piano sob a regencia de V», la-Lqbos, na Orquestra Sinfoni' Brasileira. Ampliava-se a sua eru, fao enquanto o radio entrava no ^ espalhando a vertigem da difusao-' Radio Nacional, imbativel ate ® anos 50, orquestrava multidoes ^ ouvidos sob a batuta de Radai®^ Um projeto muito seu adquiria tao corpo: "Com Pixinguinha ' Caymmi e que fui achar o veio de 4*^ precisava e que era o da miisica

a final

leira", explicou ele. Somando-se ^ ^®n6men nesto Nazareth com a sonoridade editorial do verao,MiRavel mais as valsas de Strauss, c^^Samuet ^ ^ — memorias de garemos perto do resultado obti^iornalisi3 organizadas pelo porRadames,mas aindaincapazes'^Pela Record Nunes e lan^adas desvendar OS segredos dasua sofi^^'flexoes (jj tem mobilizado re- ca?aoaofundiroclassicocomo^ParaRu|^g^^"'f^ cabe^as no Pais. pular. Suas composi?6es e arraoi''^ainer re as confissoes de sao, ate hoje, mais futuras que co''poder, ^ rela?6es entre o temporaneas. "Somos todos filt''''^'nheiro p ^ornunicatao e o de Radames", reconhece Tom rnas "'^^'t^gente sabim, responsavel, por sua vez, p® I^Sa Aspjs'^"^'" A socioreprodugao permanente'coast to Camargo, especialista ast' da bossa nova. havia um '®"tbra que "anUltimamente 0 maestro cuid^'f 0 entre o corrupto de arranjos e orquestra?6es para'f'gutn, pQ^ • temos limite novelasdaGlobo,ondelideravauJ''f_^ncencia ° fascina". E linha sempre acustica contra o abusivo da eletronica na sonorida^^o", esta em regressintetizada da TV.Rebatia ele,irof'^sta ^ ® Peliegririo, psicanacamente: "Eles nao sabem que ipj'^orias m "Estas mecom musicos." E na^^audade ^'^ovocam uma enorme flpuic

De Minha razdo de viver pode-se dizer ser qtiaie um romance, povoado .de nomes proprios. Tudo deve ser considerado como dito por uma personagem de romance,ou melhor, por varias. A a?ao e epica e se desenvolve num cenario conhecido: nosso combalido projeto de nacao. Nesta epopeia em registro 'getulista', Wainer revela a farsa: 0 estrategista poli tico gaiicho Ihe pede que escreva as perguntas e respostas de uma entrevista forjada. Ao aprova-la com louvor, Getiilio comenta; "Profeta,gostei muito da entrevista. E gostei por duas razoes. A primeira, porque tu incluiste nela tudo o que eu disse. A

E ele quem conta para sua filha Pinky como tudo come?ou: na Bes sarabia, que sofria constantes ataques de outras tribos, os invasores roubavam, matavam e possuiam as mulheres. Numa dessas ocasioes, a velhissima av6 Wainer foi violentada por 24 barbaros de ragas diferentes. Somos,assim, o produto de diferen tes ra^as que se perdem no passado, mas, sobretudo, brasileiros. Seu pensamento, argonauta, instiga, propoe a investiga^ao, a colagem dos fragmentos desconexos. Citagao: "E precise viajar incessantemente ad encontro do que esta para acontecer. Sempre circulei atento a aparigao do imprevisto e insisto em que e possivel viajar pelo nosso bairro, ate mesmo pela nossa rua." Sobressai o relato de um individualismo romantico, no sentido aventureiro, num tempo em que a primazia do sistema verbal nos processes de comunica?ao ja come$ava a revener a pratica do piiblico ir ao objeto(com a televisao que surgia,o objeto passou defi-, nitivamente a se impor ao observador). A imprensa tinha papel relevante para a formacao da doxa (opiniao piiblica, consenso)ou para sua subversao. Samuel soube,talvez me lhor que ninguem no jornalismo bra sileiro, dosar essa ambivalencia intima presence na vida cotidiana dos leitores.

camente: sica se faz mais.

Uma psicologa que ele visita em determinado momento Ihe sugere: — Osenhormedaaimpressaode ser um homem para quem a luta em si e mais importante que o comego da luta ou o seu desfecho. O que o senhor nao sabe fazer, nem pode, e abandonar o combate. O senhor entrou numa luta e agora nao quer sair

Como cen^rio de um crime,fotografia de Luiz Felizardo, 1987.
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SEGUn'^'
^
SEGUROS
REVISTA DE
iv.-
Duas escalas de Samuel: o horizonte amplo...
35

...e a despedida provisoria. dela.

Poderaos vislumbrar que o seu problema formador foi o dinheiro. Esta claro, entretanto, que o que se torna desejo oao e o dinheiro gasto, esbanjado, arrastado pelo propric movimento da perda, abrilhantado pelo luxo de uma produgao; o di nheiro se rransforma, metaforicamente, em quro: o ouro da razao de viver. Nao participando dos vaiores da burguesia, ele incorporou a sua arte de viver. E essa arte subsiste, incorruptivel, em meio ^ crises de di nheiro. De privagoes suportaveis (o aperto sempre o e), nasceu talvez uma pequena filosofia da compensaCao livre, da sobredetermina^ao dos prazeres, do a-vontade (que e precisamenee o antonimo do aperto).

O livro nao escoihe; ele funciona per alternancia, avan?a entre lufadas memorialistas e acessos cn'ticos. Mas, aprendemos com Barthes, nao ha imagin^io mais puro do que a critica de si proprio. Que as memorias possam admitir set o livro do Eu. Li vro recessivo; que recua, mas tambem, talvez, que toma distancia.

Quanto mais Samuel e'sincero', mais e interpretavel, sob o olhar de instancias como a Historia, a Ideologia, o Inconscience. Aberto a esses diferentes futures, Minha razdo de viver oio e nada mais do que um lexto a mais,o ultimo da s6rie, nao o ultimo do sentido, assinado Samuel.

J.A.L

Na hora da estrela

Sao dez anos sem Clarice Lispector, e o seu aniversario de falecimento foi lembrado com uma mostra pela Casa de Cultura Lauro Alvira, em novembro passado. Vale o 'gancho' para homenagea-la um pouco mais:

Falar de Clarice e fisgar, nas entrelinhas, as palavras. Exercicio paciente a que recorria para confundir, dividir, somar, multiplicar e subtrair das palavras o sentido da vida e, da vida, OS sentidos da paixao. Afinal, e da paixao, segundo GH, que fala a sua obra.

E Clarice escreve porque assim livra-se de si mesma, subverte a ordem e reedita o livro da vida,"pois escrever e coisa sagrada onde os infieis nao tern entrada. Estar fazendo de proposito um livro bem "ruim" para afastar os profanes que querem "gostar". Mas um pequeno grupo vera que esse "gostar".e superficial e entrarao adentro do que verdadeiramente escrevo e que nao e "ruim" nem e "bom"."

E misterio. E que misterios tern Clarice?

Nenhum e todos ao mesmo tempo porque mergulha, sem medo ou em fungao dele, neste territorio, temerario perto do cora^ao selvagem, onde amor e odio sao apenas pre-textos da paixao. Pretexto para exorcizar palavras e desenvolver uma literatura magica e aromatizada."Tenho um pedacinho de ambar comigo. O cheiro me faz ser irma das santas orgias do Rei Salomao e da Rainha de Sabl Benditos sejam os teus amores."

As manipula^oes de Clarice diio forma e conteudo ^ paixoes. A pai xao pelas situa^oes liraites do ser,pelas contradigoes entre sonho e realidade,vida e morte,certeza e incerteza, afirmagao e interrogagao. Um modo de salvar-se e nos salvar. Ensinar o caminho da iniciagao — uma aprendizagem. Livro dos prazeres. Duelo constante entre o eu e o outro,0 encontro e a despedida, a presenga e a ausencia. iouvada presenga porque dez vezes dez anos nao sera

tempo suficiente para aprendermos encontrar, no escuro, a maga. Ftui da virtude e do encantamento, ^ busca persistenre da verdade que i reveia e se esconde na densidade dl aguas. Agua viva que submerge di: vidas e faz emergir certezas, forga®. do-nos a ver no espelho algo aleili Muito alem do jardim botanico 0, quai se refugiam o amor dos lagos d fami'Iia: recanto de medo e paix^' Pois amar e isso. Entregar-se bragos do desejo e andar por sobre turbulencia das aguas. Naveg" como Macabea, I'cone que Claris engravidou de future,em diregao' instante. A hora da estrela. mento dense,fusao de vida e men' voo e queda. Hora de abrir a gelad^ ra, mastigar morangos rubros e s® vagens, acender um cigarro e dii^"' se nas nuvens da fumaga ate virard trela,

Estrela Clarice, sopro de vida<5''| descobriu por entre o manto da o"'. te, D veu do prazer. Manhas e ai^ nhas de quem tem a coragem inq''' brantavel de revelar ao mundo os^, gredos da especie. Mami'feros se rastando pelas matas fechadas '' medo refugiados de si mesmos.

Com humildade, ela reescreve*' ' , I Geneses cotidiano da biblia. Abrid portas do templo onde repousam ragoes e mentes e pediu-nos "quando acabardes de ler este af"'' e brincalhao livro da vida, rezai mim uma aleluia, E tudo acaba Acabanao,Comega,apartir de^^ obra, nossa caminhada em direg^" hora da estrela.

Brasil Salvage A seguran^a do segurador.

Sal

emh ^ empresa especializada em vistomari'timas.

t^nico e confldvel, g^rante ao claro e precise da situa^ao da em- ^*1 O^t A 5,®^®Paro. **3 exteasao dos danos e dos custos

P"® torpa duvida, um dos fatores

8 Carteira rip ra«pn« mnrfrimrw: Rua Mexico, 111 > 12- andar sinlstro, o segurador sabe que vai

E Hca anos de experiencia da Brasil SaltranqiiiJo.

36
i 46 >
/ ^ firasii
Ij3.XV3.2i0 ^/V
® Clarice per Scliar. REVISTA DE SEGUP ®Surador gosta de seguran^a. Tel.:(021)240-0454 Telex:(21) 23517 e 30034 Rio de Janeiro

Underwriter Na pauta da Susep

O superinteodente da Susep,Joao Regis dos SantoS; esra prevendo um ano de gloria para o orgao em 1988. Segundo ele, com sede propria, piano de cargos e saiarios, e concurso piiblico, a Susep podera se transformar em uma autarquia es pecial, afastando-se das amarras do Dasp.

Joao Regis dos Santos achaque 88 sera agitado quanto a rela?ao da Su sep com o mercado e assinalou que a resoiufao 10/83, do Conselho Nacional de Seguros Privados, sera re-

formulada. Esra resolu^ao e o prin cipal instrumento reguiador da previdencia privada aberta.

O superintendente da Susep assegurou ainda que serao revisadas as normas do Dpvat (seguro obrigatorio de veiculos) e do sorteio dos segOrosdas empresasestatais.O orgao tambem podera modificar o piano de contas das seguradoras, os crlterios das margens de solvenciae o registro de corretores de seguros, processo que devera ser privatizado.

Bolsa das ompanhias

^1 ' A,obrigatoriedade de investir na folsadeValores no mi'nimo 25% ae suas reservas tecnicas causou perlas consideraveis no exercicio pas'fao as seguradoras na^eafmanceif: ^ drasticas quedas nas cota- CNSP: taxa que Joes das acoes a cota, , ^ , ^5oes, as seguradoras nada SObe tambem f™"^f^ersenaoamargarpreim'nv ^ ^^rra para as autoridades desce aa auionaaaes .overnam

entais: as empresas priva- .recivam trabalhar livremente;

em nenhum lugar do mundo,alguem pode ser obrigado a perder dinheiro simplesmente por respeitar normas do governo.

Vale ressaJtar que o resultado operacional do setor de seguros foi deficitario ficando o faturamento, em 1987, pouco acimadosCzS 100 bilhoes. A receita dos premios recuou ate novembro 4,4%,atingindo CzS 90 bilhoes.

J^SP: quem quer casa

p3ga nova taxa

pivados"Tc^SP)^ddetermmou o re'onal seguro habltalamente ^ ^<^op'ada obrigato- /I'^sican 1° ^'"^"ciamento para uste propria. O re'S referent"^^

« aos contratos dos emire<!ti_ >-u"trato ■Has rav°/f'"'''SO'--Como Em outra resolugao, o Cons^^^ ^axasde orpm:' o ®u™ento Nacional de Seguros Privados ro segiifQ ^ l- ^ coberturas terminou a redugao da taxa de do Sistem mutuaregamento(despesas administratjjj ^ 'nanceirodeHabldas seguradoras) de 15% para autorizou o Instituto de Resseg'^^

Q a

O Serj propoe

O Sindicato das Empresas de Se guros Privados e Capitalizacao esra anunciando a realizacao de estudos no sentido de sugerir as autoridades do setor a cria^ao de duas novas modalidades de seguros. Segundo

Delio Ben-Sussan Dias, presidente do Serj, profissionais qualificados serao contratados para elaborar os estudos dos produtos que serao submetidos ao exame da Fenaseg (Federa^ao Nacional das Empresas

Premio puro para as reservas tecnicas

de Seguros Privados e Capitaliza?ao). Se OS projetos forem aprovados, dentro de pouco tempo o mer cado podera oferecer um seguro complementar ao auxflio-doen^a para as empresas privadas,de forma que o salario do empregado nao seja reduzido quando ele for obrigado a recorrer ao INPS para obter o auxilio. O outro produto podera substituir em jui'zo os depositos judiciais necessaries para a interposi^ao de recursos.

do Brasil a gerir o fundo de brio dasinistralidade do seguro,^] fase de criagao, e decidiu que agente do Sistema Financeiro Habita^ao sera, a partir de ago''^' estipulante da apolice do seguro|'' bitacional, papel que era exef^**! pelo extintoBNH. OCNSP apro^ ainda uma serie de mudangas n^^ tematica do seguro habitacio'^'l criando umaComissao Permano''', de carater consultivo, com atrif''! para elaborar estudos e propf' tas acerca da organiza^ao e fun'-'jl namento da carteira. A comis'-; seraintegradaporrepresentante^'j Ministerio da Fazenda. Susep, ^ Banco Central. Caixa EconofO'-Federal, Fenaseg, Coordenagaof'- cional dos Mutu^ios e Abecip (A' sociagao Brasileira das EntidadeS'

Credito Imobiliario e Poupan<;a)-|VISTA nc „

ta?ao terao que arcar com encargos mensais 2,8% mais caros para os financiamentos de ate 2.500 OINs e 3,1% mais elevados para financiamentos de 5.000 OINs. O argumento utiiizado pelo conselho para o reajuste foi a necessidade de um reequiUbrio do fluxo financeiro das empresas seguradoras brasileiras. Estas, entretanto, consideraram o reajuste de 49,6% insuficiente para que possam saldar seus compromissos.

As companhias seguradoras brasi leiras ja estao operando com uma nova metodologia de calculo para a constitui^ao de suas reservas tecni cas— de riscos nao explrados —baseado, a partir de agora, no premio puro de tarifa e nao mais no premio bruto, que englobava despesas de carregamento (gastos administrativos e comissionamento). Com a finalidade de viabilizar este calculo, a Susep fixou um coeficiente de car regamento, criando patamares de gastos que podem influir no prego de alguns produtos, em especial os de pre^os livres, introduzidos nos lilrimos trinta meses. As taxas de car regamento abaixo das permitidas abrem espa?o para que as segurado ras ofertem produtos a,pre?os mais reduzidos.

Pole position

Ainda com rela?^ aos resultados apresentados pelas seguradoras no ano passado, podemos destacar que a queda no faturamento no setor somente nao foi maior gragas ao desempenho do seguro de automoveis. Sem ele, aquedateria atingido o patamarde 10,5%, uma verdadeira catastrofe para o setor.

A carteira e responsavel por 32,1% de toda a receita de premios proauzida no mercado segurador brasileiro. A boa performance do ramo (cresceu 11,6% reais) nao se deveu. entretanto, a bons resultados na industria automobilistica, que registrou uma queda de vendas de 31% era relagao a 86, e sim a eleva?ao dos pre?os dos veiculos e dos se guros, em termos reais.

QUATRO VENTOS
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REVISTA DE SEGUP* '
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CONTOS DE REIS

Spectator

OS INCENDIOS

P obvid accrescentor que os incendios que se vem sudcedendo,daultirtiasemcmadeS^"lembrc. ate ogord, sdo sempre no centro comercial, acarretando prejuizos vultosos as Companhios de Seguros como salientou, em entrevisfa dada a "O Jomal", o Dr. Abilio de Carvolho, eminente causidico e autoridade em seguros. E, como OS anteriores, o de doming© ultimo, na rua do RoSQTio, em cujo predio se localizavam um restaurante, uma alfaiotoiia e uma pensdo, foi das mais lamentaveis consequencias,resultando em prejuizos tolaes."

O grande matutino "O Jornal", no sue edigdo de 8 deste mez, noticiando o incendio da vespera, na Livraria AUemd, escreveu o seguinte:

"O momento emocional da cidade e, niguem o pode negar, dos sinlstros pelo logo.

Como bem qualHicaram os nossos brilhantes confrades do "Diario da Noite", a "urbs" magnifica de que nos orgulhamos,e que e, pela sua belleza, o enlevo do estrangeiro que aqui aporta, estd Iransformada na Cidade dos Incendios. por isso que e raro o die em que os valorosos Soidados do Fogo ndo sdo solicitados d prestar soccono a um predio presa das chammas.

RAUDES do A SCIENCIA CONTRA o Crime

f OS periilor cuidado o •mnie maneira a iniois o^ sem jd18 Drud Apesar des"<iOss , mcurias. fraudes e 'ondo a ind do oub ®std em cri- quando estd prospe-

adverte tado qyg segu- ;^o Sdo exir,- declarados

O Seguro

Um dos advogados respondeu a essa intriga e depois de mostrar a inverdade accrescentou:

"E lastimavel que um catholico pralicante, membro da sociedade de Sao Francisco de Pau la, para veneer, use de semeIhante meio. N6s Ihe lembraremos esta phrase do Sdo Paulo; De que serve ganhar o mundo inteiro e perder su'alma?"

O seguro existe para reparor OS damnos economicos aos quaes esldo sujeitos os industriaes, os commerciantes e os proprietaries, por effeito da catasthophes, naufragios, incen dios e accidentes.

0 seguro, porlanto, e, tam bem, um element© de credito.

lei do accaso de consequencias economicas de cerlos infortuniOS, quepodem serottenuados,e lepartidos porpessoos diiierentes; ddo mais forgo ao credito e mesmo d producgdo, diminuindo os riscos individuaes.

ACENDEDORES MEDICOS

A "Sociedade Brasileira de Chimica", pelo seu presidente, Dr. Luiz Faria, convidou o nosso Director Dr. Abilio de Carvalho, para assistir, no die 30 do correnle, a uma sessdo em que se ia tiatar do ouxilio que essa util sociedade poderd prestar na repressdo do incendiarismo, nesta Capital, pela investigagdo das materias, por acaso empregadas pelos incendia ries.

A proposito deste paJpitante assumpto, ao "Diario da Noite", de 30 do correnle, disse o Dr. Souza Martins:

"Falarei do assumpto, que e complexo, tdo syntheticamenle quanto possivel, Ndo resta duvida que a frequencia dos in cendios occorridos ultimamente, tern levado d popula?do na tural sobresalto. Alem disso, quern conhece de perto o esiorgo e a luta homerica que desenvolvem OS nossos bombeiros. esses espartanos que nos mais arriscados lances oiierecem a vida em holocaustod salvagdodeoutras vidas, ndo pode permanecer indifferenle d sua sorle, ao combaterem as asperezas desses incendios enigmaticos.

Ha a accrescentar que essos successivas iogueiras preoccupam as nossas auloridades e tambem as companhias de se

guros. Como se ve, sdo sinistro®?®- E i

imdsdointeresse.

-fa eairin. " ®'® 1 nis.ro®J® Eestau^^ mdemnisaenvolvemnumerososintei®^®ff3gast6eam • id!l ®®'Rasdoint.»r«.r.„. e gerom muita apprehen®^ Dahi a idea que live de sentar d Sociedade de Chimica, uma sug9®| ^"^'osa oneefpara que ella offerecesS®T ""iQ iabrica d ®seguio Srs, ministro da Justiga, '"Ho que foj Pieparados de policia, commandanljr^®9adodoseoiin«q ® Corpo de Bombeiros e d® ^ ®°iselhoa h panhias de Seguros, os cimentos scientificos ^'^'^doraa n rao ser apresentados oifensitestado da nossa coopef^ para beneficio public© e technic© scientific© ds dades. j

E' diificil abordar mente este magno assu creio mesmo, que poucos calculado o vulto de sua i lancia,quando mister se lo* um esclarecimento scieo' conduza, desde o inicio. vestigagoes para apuraf ' ponsabilidades a uma cc'' sdo segura. Dizor, como jd ouvimos perito, que o gaz gorb"' apagaofogo. dreaflirmorfl,' ponto pericial constitue o vot" da questdo. e, delle derdo se occupar os techt'y idoneos em suas funcgoe®! fissionaes e publicamente* petentes. E'o que se obser*''' Europa e na America do Noi^

Consla que ha um individuo que anda offerecendo os seus servigos como incendiario, Esse criminoso jd obteve quatro encommendas. Annuncia-se que o fogo casual vae destruii uma carpintGiia ou senaria d rua General Caldwell.

— Albano Carvalho Lucena, e um mogo poituguez que teve um incendio evidentemente ca sual, e estd estabelecido de novo,Serd pena que uma outra casualidade o persiga.

Atten^ao :

Se OS bens do devedor constituem uma especie de peculio para os seus credores esse penhor estaria sempre ameagado de se perder, por eifeito de um sinistro, se ndo estivesse coberto pelo seguro.

Esse temor desapparece com 0 recurso das instituigoes de previdencia e o credor pode confiar com o tranquillidade que nasce da seguranga.

As vantagens do credito, sob essa gorontia, tomam os capitaes mais activos, acceleram o seu emprego; dd possibilidade ds grandes emprezas; favorecem indirectamente a multiplicagdo da fortuna e augmentam a producgdo por meio das permutas.

Os seguros offerecem gran des vantagens directas e indirectas. Por meio da allianga fecunda da associagdo tomam mais faceis a menos custosa a conservagdo e a reconstituigdo da riquezanacional;sublraem d

Nos meios suificientemente civilisados, as instituigoes de seguros representam uma grande forgo economica. O va lor de um coraercio e de uma industria, ou por outra, de uma nagdo. pode ser medido pela cifra dos seus segiiros e reseguros, pela fortaleza das empresas que exploram esse ramo da ecconomia politica.

A producgdo,ostronsportes,o commercio, a circulagdo, o cre dito, a propriedade privada, os salaries, o lucro, a renda, a actividadeagraiia,a saude e a vi da, tudo isto que representa dadivas da natureza e o trabaiho fecundo do homem sobre a face da terra, busca nos instituigoes de previdencia a devida preservogdo contra a forgo dos elementos e os riscos naturaes e inevitaveis. que cercam a todos nos.

Entre todos os povos do mundo civilisado, o seguro tern tido grande desenvolvimento. Elle e o indice da fortuna publica e do commercio nacional. E, tambem, o Iriumpho da pre videncia sobre as incertezas do future.

Revista de SegUrbl
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pR.J DA GAMA MACHADO Medico pela Ualvcraidede dt t.ondres r Fac de Mcd do Kio Ant»M asaisuncc do Royal H'ispit«T Victoria de Boumemot^ih f'artot $ Poen^as dru Sfnhorat Cons. Roa do Ouvldor, J07 da I As 5 —T. N 2059 c 6. m. "554* Chamadns a qualque' fycrn QB. ALBINO PACHECO R. Nova do Aimada, oO — 1 • Coruultas da is 4 horas LisaO* r pB. VEIGA LIMA CONSltTOHIti RUA URUGUAYANA N S -l Telephone C !7n' DENTISTA ULEXANDRINQ AGRA Rua Marquez de S. Vicente, 194 — Tel, Ipanema lOOb CONSt.1.TO|lIO KUA RuDRItx; SUVA, 2b Telephone Central 1828 40
REVISTA 06 SEOU^
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s fn I^APEIS PINTADOS I U VITPAU^-CONGOLEU M ■ IJ ■ CAJA gARTOr^A . VbJAM MOJ'JOS' MOJTRtJARICXr 41

VIVA A MONARQUIA ABAIXO A REPUBLICA

O Brasil inteiro, pelos seus governos e por todas as asso-, cia;des e classes.^^restou a homenagem da sua admiro^ao as excelsas virtudes que esmoltaram a fronts de D. Pedro de Al cantara, como homem e impsrants.

Verdadeiio repubiico, amante do seu paiz, zeloso dos principios de probidade e tsndo o gostodas psssoas honestas, D. Pedro loi o chefs da unica democracia entdo existente na America do Sul.

Arepublica ndo representou o nosso adioniamento politico, porgue d politico ndo era "feita de alcoucss e corrilhos".

Era uma simples phrase dos propagandlstas a allegagdo de ser precise integral o Brasil ao legitnen repnblicano do continente. Com este laciocinio, a Suissa ndo teria vivido no meio da Europa monarchica.

Um senador,que ha pouco repetio esses conceitos, falou na sobejiddo que era o Imperio,esquecendo-se da sujiddo que tem

ASassese importa com o quevoc6tem de maisimportarrte:

sido a republica.

A Revista do Brasil, de Dezembro de 1918, do qual extratamos o artigo do ultimo numero,sobrs D.Pedro Segundo,teve sobre o regimem novo estes conceitos:

"A mesma gente, — o mesmo juiz, o mesmo politico, o mesmo soldado, o mesmo funccionario ate IS de hovembro honesto, bem intencionado, bravo e cumpridor dos deveres, percebendo na ausencia do imperial freio ordem de soltura, desa^amaram a alcatea dos mdos instinctos mantidos em quarentena. Dahi, o contiaste dia a dia mais frlzante entre a vida nacional sob Pedro II e a vida nacional sob qualquer das boas inten^oes quadriennaes que se revezam na curul republicana."

"A machina governamental, carissima, ndo funcciona nos momentos de crise. Ndo e feita para funccionat, sendo para sugar com furia ocarina o corpo doente do animal empolgado."

Disse mais que o Brasil"tinha

MlNUtEMO W mPERIO

VENHAS ADINBBIRO

CKUZ

um rei e hoje tem satrapas; ti nha dinheiro, tem dividas;tinha parlomento, tem antesalas de famulos; tinha moralidade, tem o impudor deslavado; tinha esladistas, tem pegas; tinha vontade, tem medo;tinha brio, tem fome; tinha Pedro Segundo tem... ndo tem. Era, ndo e.

"Apalpa o pescogo a ndo sente cabega. Chegou a maravilha teratologica de uma acephalia inedita. Uma turba de sarcorhamphus estd pacificamente eccommodada em torno da presa a devorar, a Patria. Cada empreza estrangeira

aluga uma serie. De uincf mais poderosa de todas, bido que chegou d parfeigd^i fixar commercialmenta o dos homans publicos.

E a deliquescencia final, verdear.,."

Parecem exagerados conceitos. mas a Camaro Deputodos, em 1921, m enserir nos seus annaes o ferencia em que o professOt; rolea disse ter encontrado a preoccupagdo de enriq sem esiorgo e homens puh sem o freio de uma religid® pldntada.

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Avida 42 REVISTA DE SEQi A SEGURABOM DA CAIXA.
O senador Jose Joaqulm Torres vende ti'tulos de nobreza e condecoragoes as vistas do imperador e do fndio. Proclamagao da republica. Quadro ^e^edito Caiixt'^j

|as fora do pai's, as financeiramente ^racasousimplesmence muito novas Oo mercado. Muitas seguradoras ^ispensamesse tipo decutucadacom

n i l I curta, pois sabem que, a des-

Kesseeuradoras: devagar com o andor

dma do ddo

^ ^ ^seguradoras e resseguradoras i;ravessani, muitas companhias coninuam a perigo. Numa estimativa

A s resseguradoras bem avisadas

nem sempre veem com bons olhos OS negocios angariados por meio de acordos, pois sabem que as carteiras de uma seguradora, em qualquerramo,podem camuflar uma ou duas bombas que eventualmente Ihes custarao caro. Diante das restri?6es que a maioria das ressegurado ras fazem a esse tipo de negocio, as seguradoras primarias sao for^adas a aceitar a opgao alternativa, que e mais cara. A procura pela cobertura facuicativa disparou e com elas as tarifas. No ano passado, as taxas de premies de seguros feitas na base de acordos subiram entre 30% elOO%; nas opera^oes facultativas, chegaram a subir de 75% a 300%.

As resseguradoras julgam,com razao,que os negocios facultativos Ihes oferecem a possibilidade de solucionar bons riscos — ou, no mlnimo, compensar os menos bons com os muito bons. Essa e uma das razoes pela qua! a Amarican Re, a mais sabidade todas, dobrou areceitafacultativa no ano passado, enquanto sua receita total aumentou apenas 50%.

Quanto tempo durara essa vitalidade recentemente conquistada? A medida que o negocio de resseguros atrai novo capital e os aumentos tarifarios tornam-se cada vez menores, muitas resseguradoras entendem que e hora de recomendar cautela.

Ultima pane do artlgo original da umaresscguradoraautorizadaaofedo com

The Economist, junho de 1987, "Depois da Tempestade nem sempre a bonanza". Traduzido e adaptado por Alberto Lopes.

Se nao agirem com o devido cuidado, serao tentadas a subscrever negocios semelhantes aos que Ihes trouxeram problemas no passado — responsabilidade profissional, de produto e de meio ambiente, A princi'pio, os pregos serao realistas, mas a concorrencia acabara se encarregando de desfechar outra guerra de tarifas. E ai come?ara tudo de novo, levando as resseguradoras a pracica de vendas a qualquer preco para garantir o fluxo de caixa, seguindo-se o inevitavel prejuizo. A dimensao e aveiocidade com que isso podera acontecer dependera em parte das taxas de juros praticadas nos Estados Unidos, que, diga-se de passagem,comegaram ase equiiibrar nos ultimos meses.

Embora algumas seguradoras nao aprendam nunca, sempre ha as honrosas excegoes. A Trenwick, per exemplo,esta disposta a por em risco a sua participagio no mercado em fa vor de uma poli'tica de pregos consistcnte. Em outras palavras, isso signU fica que ela jamais se engajara na subscrigao a qualquer prego para fazer caixa.

Alem do mais, algumas novas disciptinas estao sendo impostas as se guradoras, atraves delas, as resse guradoras. Antigamente, os superintendentes de seguros estaduals costumavam aceitar as coberturas de resseguro como ativo nos balan-

?os das seguradoras, independei^ria de ress^eurn 'pdusmente de qualidade do ressegUVente ^ ^0-40% msolAgora, muitos superintendentestf- Permanf-^^.,v. j i reconhecem esse tipo de cobertu(»hem6ria das res« ° menos que tenha side realizada Aemas ciue a n— nm. ^ ^ atJigirara no ano pas-

rar nos Estados Unido.s, ou que nhaestabelccido um fundo degaiCgnar as resspo j parade- tia. Ivam a que se recuOutro fatorestabilizador no neflao tinham O'J io de resseguros e o aparecime^ui.as

deum novo tipo de resseguro cati'jngencia naconcomo o da ACE, uma rcsseguraal aubstanciais suespecializada em catastrofes i em 1985.Trata-se de umaespeci«'^ U0Qf 0j

primentos de caixa ou dar como perdidos OS debitos de umas tantas res seguradoras. Um dos maiores, no montante de 314 milhoes de dolares, foi assumido pela corretora novaiorquina Alexander & Alexander, que nao conseguiu cobrar algumas de suas apolices de resseguros. A Con tinental Corporation arcou com um prejuizo de pelo menos 46 milhoes de dolares;e a Home Groupcom outros 40 milhoes. Fraude a parte, a Beneficial, sediada em Wilmington, Delaware, tambem nao teve como receber de algumas de suas ressegu radoras.

Muitas resseguradoras estao aprendendo depressa a ligao de que nao existe resseguro barato. O resse guro so e barato quando, na hora de pagar as reclamagoes, ninguem cumpre OS compromissos assumidos.

para tr^ uma esteira de problemas. Esses corretores meteoricos conhecidos como os caivhoy do res seguro — criaram a fama de colocarem resseguros dificeis geralmente mediante comissoes mais polpudas do que as usuais. Quase nunca mostram-se preocupados com a qua lidade do resseguro ou com a saude financeira da resseguradora, cujas credenciais deixam muito a desejar. Quando o cliente aparece para rece ber a indenizagao tanto a ressegura dora quanto o corretor sumiram ou levaram a breca.

Nao obscante o ciclo favoravel, as corretoras de seguros enfrentam dias dificeis. Ainda existem muitas com panhias de resseguros duvidosas, e, embora a capacidade do mercado de seguros continue apertada, as segu radoras adotaram criterios muito mais rigorosos na escoiha das resse guradoras em que eventualmente colocam OS seus negocios. Disp6em-se a pagar um premie muito mais elevado desde que tenham certeza de que as reclamagoes serao liquidadas no seu devido tempo.

sao 'T'^'as •- "«"«Jiviio. /is coracionistas, nao Ihes anima o oy "nheiro colocando Io. rlt:'i'''niarias p em seguradoras c''fdo '•^da negocio reali-

clube de seguros que presta serv'lj V / Cl d somente as 500 maiores empr^s COrmf araericanas listadas na Fortune. ^Juinha P^'^cisam dar duro para garantir o seu tas das quais parti^:ipam acion^^ principalmente do resseguro. Nos proximos mente da companhia. Diricida r "''OS, dp\rar^n i ~ a • uma grande corretora de Nova ^ que, a Marsh and McLennan, e ^ conseguirao evitar a falencia. banco comercial, o Morgan as correr cy,aceita seguros de seus socios ° ^*^'-'ndente • seguros,o cilimite de reclamagoes de 240 fepresenr*'"^ ^ mdustria atraIhoes de dolares. Uma vez que ^^Ogao e i "^esmo tempo gurados da ACE tambem sao s'r^fas maidigao. As acionistas, nao Ihes anima o p site de exigir as modalidades c guro mais batatas. Muito pelo «■% Sanhaxn „ reaii trario, sao estimulados apermafl^"^'^ comissao. No ulfieis a sua companhia cativa e empenharem para que os ^'mitiu,- done(cujamedia anualede 600 mil negocio Passaram a res) sejam suficientes para <Corqp^^. ^ ^ "m de melhorar frenteas reclamagoes. E umados^ parce^^*^/ carteiras. responsabilidade que faz faltaai'''g "^^^^^guros subscritores tas resseguradoras. de ah de aceitar ° enquanto ouLista negra se retiraram do '^^'^'dade si '"odogeral menos

E o que e mais, desde 1985, ■•urtotq retora A.M. Best, de Hartf''|r^^''^a porsuavez

eorr^,^f"'^ea menos negocios Connecticut, que ciassifica as ^omissoes. panhias de seguros, recusa-se f ^^ffetop ^^'■^veis sao as peque^ Sto, ^ eorretores autono- siderar aquelas que recorrem du- seg^ ^ eorretores autc frequencia aresseguradoras que.

3s corretoras foram sesua vez, nao constem de ranking O 1 parte algumas resseguradoras se^'f^'Sy^

'171^ 'K "• ol — .-..'iiviuiaa ela elaborado. Da lista negra, fa^' tecessao global no navegagao, que ainda SEGUROS

REVISTA DE SEGU^

se ressente do corte de tarifa

s, e, nas linhas comerciais, da queda dos pre gos do petroleo e dagasolina, provocando um retraimento na expioragao. Os tempos estao dificeis para as pequenas corretoras, que tinham conseguido cavar um 'nicho' nessas areas de seguro especializadas. Ao que tudo faz crer, em 1987, as fusoes entre as pequenas e medias correto ras serao inevitaveis.

A corretagem de resseguros floresceu durante os ultimos dez anos. Entretanto, com o arrocho do seguro primario e a diminuigao da capacidade do resseguro, as corretoras es tao suando a camisa para defender, senao uraa fatia, pelo menos uma casquinhado bolo. Qualquerioom no ciclo de segliros logo atrai os aventureiros, os inescrupulosos, enfim, os espertalhoes de toda sorte, que desaparecem por encanto aos prlmeiros sinais da borrasca. O ultimo fenomeno de crescimento surpreendente nao constituiu excegao, e, como sempre, a debandada dekoii

As corretoras maiores estao numa situagao mais tranqiiila. Fazem par te de grandes redes internacionais construidas durante os 'anos 70, an tes, portanto, da ultima grande recessao do negocio. As grandes corre toras americanas vincularam-se a al gumas das maiores corretoras do Lloyd's de Londres. A Alexander & Alexander absorveu a Alexander Howden, fusao que, a despeito dos efeitos traumaticos do caso PCW, deu prova de grande intuigao. A Howden possibilitou a corretora americana o acesso ao mercado ex clusive do Lloyd's. Com a transagao, a Alexander & Alexander tambem pode acrescentar ao seu acervo a rede internacional de negocios da Howden e os seus solidos lagos com OS maiores centres de resseguros. Com isso, acorretoraamericana passou a ter direito a uma comissao em cada estagio da cadeia de seguros e resseguros. Foi em grande parte pelas mesmas razoes que a Marsh e McLennan, a maior corretora dos Es tados Unidos (e do mundo), absor veu a C.T. Browning, corretora do Lloyd's, e a Cartoon and Black

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juntou-se a Willis Faber Dumas. A absorgio de corretoras do Lloyd's por corretoras americanas teve um efeito decisive sobre a maneira como os negocios eram encaminhados a Londres, especiaimente ao Lloyd's. De um momento para outro,grandes carreiras de seguros,que OS americanos habituaimente distribuiam entre diversas corretoras do Lloyd's, passaram a ser encaminhadas ^ suas subsidiarias do Lloyd's ou « companhias londrinas com as quais mantem la^os mais estreitos. Essa mudanta de procedimento deixou algumas das maiores corretoras independentes de Londres numa situagao embara^osa, na medida em que contas importantes se evaporaram.

No ano passado, duas corretoras do Lloyd's, a C.E. Heath e a Hogg Robinson, iniciaram negocia?6es so bre uma possi'vei fusao, mas o piano gorou em face de conceitos de estrategia corporativa conflitantes. A Sedgwick Group,outra corretora do Lloyd's atingidapelo escandalo PCW, vem tentando dispucar com a Ale xander and Alexander o segundo lugar no plantel internacional. Ela ja controla a Fred S. James, estabelecida nos Estados Unidos,e vem mantendo entendimentos com outra cor retora americana,a Bayly Martin and Fay, com vistas a uma fus^.

Gerencia de riscos

A despeito do atual ciclo ascendente do negocio de seguros,o papel tradicionai do corretor eSta diminuindo. Em parte, isso se deve i crescente importancia do gerente de riscos nas grandes companhias industriais, E ele quern analisa as necessidades de seguro da companhia, eliminando ou absorvendo a cobertura

Sera que o Ciclone ja passou de riscos menores, e negocia com o corretor somente as coberturas e servifos de que a sua empresa nao pode prescindir. Apesar do dech'nio dos numeros na ultima recessao da indiistria de seguros,companhias cativas continuam operando praticamente da mesma maneira.

O corretor rccebe uma comissao do gerente de riscos da companhia ou da seguradora cativa. A comissao pode variar de 15% a 30% do valor do premio. Naturalmente,os gerentes de riscos procuram eliminar ou reduzir substancialmente essas comissoes e, conseqiientemente, o papel do corretor como intermediario.

Os gerentes de riscos, pouco respeitados inicialmente, tornaram-se tao habeis e competentes quanto as seguradoras tradicionais. Nao raro, poem em diivida a lealdade dos corretores e a imparcialidade de suas sugestoes. Contudo, cabe a pergunta: como um gerente de riscos menos sofisticado e capaz de decidir se necessita ou nao do seguro que o corre tor tenta Ihe vender ou se o autoseguro e uma solu?ao mais adequada?

Ha uma outra razao pela quai os gerentes de riscos estao dispensando a participagao dos corretores de se guros. O sistema de comissoes funciona como um freio sobre o uso eficiente de capital de risco. Com uma comissao de 15% sobre o valor do premio, a seguradora recebe na realidade apenas 85 cents de cada dolar de cobertura. No entanto, a segura dora precisa criar imediatamente uma reserva de premio, embora ainda nao-recebido,de um dolar.A diferenga tem que ser for^osamente retirada das reservas do excedente dos segurados — e isto, e claro, reduz a capacidade da seguradora de subscrever novos negocios.

Uercer-Meidinger, firma internajjional de consultoria de pensoes.

Os corretores estao asSumiaj gradativamente o papel de consulfl resprofissionaisdoscompradoresr^.'\V'''^ trabalhistas e assistencia 1 1 . Ih^ulca. TamKem nmo

resprohssionaisdoscompradoresli c assistencia seguros.Os corretores,sobretudo^^, opera uma consulcorretores de seguro comercial, administra?ao sediada em tao setornando cada vez mais 19&6, essas duas comimportante na cadeia da gerencia?^" contribuiram com cerca de riscos. Conquanto apoiando o si^ ° faturamento da Marsh and tema de seguros tradicionai, de 1.8 bilhao de dolares. deles reconhecem a necessidade( passado,a indiistria de seguros desenvolver produtos e prestar s^^^''®cia uma amplagamade services vigos nao-tradicionais no ambito ^ clientes — incluindo servigos gerencia de riscos. Esse novo ^bitragem de perdas e danos que da atividade coloca a disposii^^'ses de salvamento e an^ises dos consumidores de seguros de reservas — mas somente opcoes de metodos de prote^ao compradores de seguros Uns seus negocios da rnelhor qualid^erentes de riscos, companhias cati-e que nao s.gnificam necessajas e auto-seguradores dispunham mente a contratacao de um segifl® muito nr,ii.-o Nao e por mem acaso que cohter par^a toras como a Alexander & AleX^Atuaime-. servtgos. der acrescentaram recentementeiiaiof numero cada vez palavra 'Servicos' as suas razoes^' orretoras os oferecem a ciais. Aos poucos, a companhia ^ seafastandodasimplessubscricao' QG ciais. se : s

quern os solicita. No jar^o, sao conhecidos como 'desempacotados', isto e, podem ser obtidos fora dos pacotes de seguros.

Durante os liltimos cinco anos, o mercado desses servi^os cresceu de 1.5 bilhao de dolares para cerca de 5 bilhoes. Enquanto o crescimento da receita de premios permanecer insatisfatorio e alguns ramos de seguros continuarera a encolher,os ratios de despesas das corretoras continuarao asubirmuito acimadamediade 30% da indiistria. O desmembramento de servifos oferecera, tanto as correto ras quanto as seguradoras,uma oportunidade para recuperar prejulzos. Entretanto, com o desequilibrio dos mercados financeiros mundiais, havera forte e crescente concorrencia de parte dos conglomerados finan ceiros,inclusive bancos e ate mesmo corretoras de ti'tulos e valores.

renovar

eguros. Em 1986, os seus serviP de seguros. que incluem consultoP UoyH'c rt _/ de gerencia de riscos e hened'^^nforma - ^^nores vem revelando com relutancia trabalhistas alem de corretagem,'pa sobre OS nomes dos que sustentam o mercado presetitwam88%dofaturamentOj^ o/tfa de seus recursos. Entretanto,seria deseiavelque

1.1 bdhao de dolares. No futuf^ uma polftica mais aberta. corretagem devera representar " percentual cada operational da Alexander & corxander. ®-poderosa reverenciada A Marsh and McLennan tarnh^^^ada^i^ seguros,com uma arvai pelo mesmo caminho. Esta de 7 premios da orluindo de seus negocios tradicioPf^'^'tiente J dolares,e essenpara uma linha de 'servicos do de seguros,e sionais de alta qualidade para de negocios e corporativos*. A corretora tern dos Estados Unidos. dado a implantar novas companl'^'^^ricang^° muitas resseguradoras de seguros cativas. Juntamente Qiai«, Lloyd's mostra-se cada ^ Xf . felutanf.^ . . jUllCttlilCUlC " ' - —wowi.* o Morgan Guaranty T certos

tradicionai instituicao por falta de imaginagao, argiicia ou sensibilidade para a previsao de riscos. Contudo, pairam amea^as sobre os seus nego cios, e, sob certos aspectos, sua credibilidade esta sendo questionada.

mals. Inversamente, quando a capa cidade se expande, as seguradoras precisam defender com unhas e dentes a sua fatia do negocio. Durante o periodo de vacas magras de 1978-84, estabeleceu-se uma disputa acirrada em torno dos negocios de todos os ramos excedentes.Com a retracao da capacidade, a Lloyd's esta conseguindo respirar melhor.

Apesar da concorrencia de novas resseguradoras — a Bolsa de Resseguros de Nova lorque,o Arab Insu rance Group, criado em 1981 com um capital de 3 bilhoes de dolares,e o crescimento de novas companhias cativas — o Lloyd's nao esta ameacado pelo mercado. A verdadeira ameaca reside na sua propria vulnerabilidade,que paira entre as paredes do seu novo edificio em Lime Street — nas salas dosseus comites,nas praticas arcaicas, nas suas atitudes imutaveis e no tratamento que dispensa aos seus mantenedores,isto e,aquelas pessoas juri'dicas ou nao que fbrnecem o capital que permite o Lloyd's funcionar.

dos Estados Unidos 1 ( ] rust de dg ^fante em aceitar lorque ,montou a ACE para a ind Jf°"sabilidades,tai: tais lorque .montou paraain'l^!'"'role j como tria farmaceutica americana. Effl ^^^*dadg ^ Polui^ao e remocao arneiro, participou da organizacaO ^^®^osa corpoSUUL, companhia de seguros ^erdgj*^1"^ sofrido crescendiada nas Bermudas, destinad'', ^ *^110| ^"^orrentes de negocios prover a universidades e cole^j^besj^^^ *^80, como reclamafoes de cobertura de responsabilidade Pj ®Piiant ,^®**^^P'^ovocadapelop6 professores. AMarsh and McLeo'' re ° exemplo, que po- jaoperaalgumascativasparagran''^® Ros 1 bilhao de dolamdiistrias como a Burroughs, a '^Vd's ^'"°*'mos cinco anos. Ao neral Foods, a Hiram-Walker ^'^^fetanto, nunca faltou um Uniroyal.

Grande parte dos negocios ameri canos do Lloyd's concentram-se nos mercados de excesso e de ramos excedentes. Na maioria dos estados, quaisquer riscos ,de seguros devem ser oferecidos primeiramente a se guradoras estabelecidas (isto e,as autorizadas a funcionar em determinado estado). Se o negocio for demasiadamente arriscado, podera entao ser proposto a seguradoras de outros estados —%quelas que operam na area dos excedentes.

Iqj^ de sobrevivencia incomum

A Marsh and McLennan tamb^^ altos e baixos de todos escadiversificando suas atividades'^Uei^^^ 9ue atravessou. Poucos sao corretagem de seguros. Possu'Ievi^ 9ue se atreveriam a acusar a

A experiencia tem demonstrado que,em ciclos ascendentes,a capaci dade se retrai, ocasiao em que as se guradoras de excedentes se expandem,a fim de atender a necessidade de cobertura para certos riscos consjderados abaixo dos padroes nor

O Lloyd's de Londres e assolado por conflitos de interesse, nos quais OS perdedores sao geralmente os acionistas. Com efeito, o Lloyd's perdeu de vista um dever funda mental estabelecido no Lloyd's Act de 1911: "a protegao dos interesses dos membros da Sociedade"(leia-se Uoyd's). A ciipula do Lloyd's e arrogante, chauvinista, totalitma e reacionaria. Mudan^a e algo que nao acontece com facilidade na vetusta instituigao. O que e realmente grave e que, a menos que modifique seus metodos e criterios, esta fadada a definhar. A posicao dos mantenedo res podera melhorar depois da publicacao do relatorio de Sir Patrick Neiil QC sobre a protefao dos no mes que constituem o Lloyd's.

O inquerito foi conduzido visando a responder basicamente a uma per gunta: OS atuais regulamentos do Lloyd s de Londres asseguram aos seus associados o mesmo tipo de pro tegao de que gozam outros investidores amparados pelo novo Final Services Act da Inglaterra? O relato rio concluiu que nao. No entanto, surpreendentemente, o inqudrito nem abordou,quanto mais procurou

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solucionar, o conflito de interesses fundamental no Lloyd's ou seja, como pode esse conseiho do mercado de seguros proteger os interes ses de seus membros e, ao mesmo tempo,OS interesses dos segurados?

Peter Rawlins, diretor-gerente da H.W. Sturge and Company, uma agenda de subscri^ao do Lloyd's, e um dos que apoiam a linha do Lloyd's. Uma das recomenda96es basicas do Reiatorio Neill e no sentido de que informafoes mais detalhadas deveriam constar da presta^ao de contas anuai do sindicato. Rawlins faz uma pergunta retorica: "Sera tao valioso assim prestar informa^oes altamente tecnicas a um publico naoafeito aos detalhes praticos de um mercado maduro e sofisticado.^"

A legislagao inglesa que rege o comportamento das corporafoes exige que todas as companhias limitadas forne^am aos adonistas "informa^oes alcamente tecnicas", particularmente as cadastradas na Bolsa de Valores de Londres. Em sa consciencia, ninguem afirmaria que todos OS acionistas sao capazes de analisar um balance. Entretanto, existem consultores financeiros independen ces a disposi^ao dos interessados. Rawlins defende menos, nao mais abertura no Lloyd's. O secular sindi cato de seguradores nao e complacente apenas com a manelra de conduzir seus negocios.Tambem o e em relagao ao seu quadro de associados. Rawlins argumenta que"e evidente a operosidade do Lloyd's: 30 mil pessoas tornaram-se espontaneamente acionistas". E verdade, o niimero de associados aumentou de 10.662 em 1977 para quase 30 mil este ano. Mas, durante o mesmo pen'odo, o numero de desistentes cresceu dez vezes, chegando a 348. Em termos absolutos, o numero n^ e grande mas representa um I'ndice sem precedentes. De acordo com fontes do Lloyd's,OS que se afastaram sao asso ciados idosos que preferiram sair para p6ros seus negocios^em ordem, "antes de comparecerem perante o Criador'. Esse sense de ordem cres ceu misteriosamente.Suspeita-se,todavia, que muitos tem abandonado as fileiras do Lloyd's porque aumenta a consciendza^ao de que os riscos se

avolumam nao so no proprio seguro, como na maneira pela qual a institui9ao conduz os seus negocios. Teraese que a fraude e a incompetencia administrativa nao sejam debeladas e que o sistema jogue contra si mesmo.

A nao ser que o Lloyd's ponha a casa em ordem, a frustra^ao que cresce a cada dia podera representar mais do que uma simples amea^a da concorrencia a sua existencia.

O Lloyd's podera ter que enfrentar outros problemas de mercado.Ele ja vem testemunhando a emergencia gradativa do mega agente de subscri9oes. De acordo com o Lloyd's Act de 1982, OS seus corretores nao podem possuir agendas atreladas a sindicatos. A disposi^ao e correta, uma vez que a existencia dessas agendas -encobre um conflito de interesses implicito. Ocorretornaqualidadede agente do segurado e legalmente obrigado a obter o melhor negocio para o seu cliente;como proprietario de uma agencia distribuidora de se guros e evidente o seu interesse em vender a cobertura mais cara.

O process© de desligamento das agencias distribuidoras pertencentes a corretores esta quase complete. Entretanto, agendas de subscrigao independentes estao recrutando agentes menores dispom'veis e vem crescendo a cada dia, a ponto de algumas ja pensarem em se registrar na Bolsa de Seguros de Londres. A Sturge Holdings e a Merret Holdings, que ja eram grandes antes

do desvinculamento, consolid aindamais as suas posi^oes. As n agendas cadastradas tambem rao ser confrontadas com um ch de interesses. Serao pression para maximizar lucros e comiss favor de seus acionistas,-© que s flea atrair cada vez mais nomes p Lloyd's, de cuja administra^ao p cipam. Isto podera nao protege melhores interesses dos a ciados, ja que mais nomes pod^formatizar para nao estagnar, adverte significar menos lucros de subscril para cada um. rretores que entram e saem da Comercialmente, o Lloyd'sl^j^^ *^7*^ qualquer outra muito conservador. No fundo,®^jty Xqj'^ seguros instalada no acreditaque os novossistemaste<^aimen^^^ carregam uma pape- logicos de informa^oes nao sao ^alhamac volumosa quanto os quados para Lime Street. Entre^caminhn^trf "■'u to, eles poderiam representar bara defende^" Bailey avangoinestimavelnosseusmetf^ ttamitaca causa. de produgao e de informagao, *nentosenr,-° ® de docu^-5 c corretores esubscritoxires e ^ corretoras e subscriUm dos problemas, porem, ^^ais rapida^s'*"'^^^ nao seria apenas o Lloyd's e constitufdo por 2l6^'ente e red '®rnbem mais efidicatos individuals. Nao existe '^^tos. sensivelmente os controiecentral, como ocorre cO^fclha questao'^I"^'"^'^^ levantar a companhiaio/<//«gdeumainduS*°'^^o OS corrpfr. - - rfeis em retores sao mdispensa- porexemplo, queeresponsavel q certas operacoesl desenvolvimento e pela policies, chamadn - • . . conglome^do a loago praao. a' " nos que o Lloyd's resolva adota^., ® Ponto-morr t approach mercadol6gico mais /'«^as das do,substituindoosseusmecodoJr'^^ q^e comrol^" ""P?*"" peradosdeoperar.correoserior^f'®Suros _ ' de ceder sua lideran^a acompe^'j ® Office, o ^ Policy Sig- res mais esclarecidos ^ eoTT

zada. Em termos tecnologicos, a in dustria de seguros americana esta muito mais adiantada do que a sua congenere inglesa.

seguradoras diretas estao dando as costas ao mercado, preocupados com as escalada dos premios. Voltaram a considerar metodos alternativos de seguros, e, nesse particular, os corre tores tem ajudado bastante. Eles se encarregam de organizar pools, ou auto-seguros, para grupos de com panhias. Alguns desses programas cobrem periodos de ate dez anos, o que significa que a industria de segu ros, caiam ou nao as tarifas, perdera fatias expressivas da arrecadagao de premios.

— r-— ~ entree dando-o amanter-se afrente corretores correncia. e e corretoras e subscrilerwfi

De costas para o future

O Lloyd's de Londres nao esta sozinho na aparente incapacidade de introduzir novas tecnologias no mer cado de seguros. Muitas outras seguradoras mostram-se igualmente refratarias ^ inovagoes. Entretanto, se as seguradoras primarias, corretoras e resseguradoras nao conseguirem o exemplo da industria de constru^ao civil, dos bancos e das distribuidoras

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Segundo uma recente pesquisa levada a efeito pela Frost G. Sullivan de Nova lorque, corretoras e agen cias de seguros dos Estados Unidos gastarao 680 milhoes de dolares, entre 1986 e 1990, na compra de equipamento da computa^ao e automa9ao. A informatica apressara o pro cess© de elimina^ao das companhias mais fracas. No momento, existem 60 mil agencias/agentes de seguros independentes nos Estados Unidos, dos quais 55.4% sao considerados pequenos (com menos de mil con tas), 40,1% sao medias (de mil a 4 mil contas) e o restante. isto e, 4.5%, sao considerados grandes (mais de 4 mil clientes). A Frost & Sullivan calcula que o numero de agencias, em 1990, nao passara de 45 mil, sendo que as de maior porte responderao por 9-1% do total.

As proprias corretoras estao sentindo OS efeitos de uma crescente concorrencia. Aquelas que dispoem de liga^oes internacionais contiouarao a prosperar, mas o mesmo nao acontecera com as menores. E possivel, portanto, que surja novamente a onda das fusoes dos anos 70. As cor retoras de seguros tornar-se-ao cada vez maiores, e poderao eventualmente esvaziar os mercados aos quais elas mesmas proporcionara receitas de premios.

*^°rdo, Ap^^emnaocheg;u

portan e a um so-

to, que A hist6ria se repete

Se a mdastna de seguros pretende se expandir, predsa oejj' . urgentementeseposidonardeoutramaneiraemrela^ao ^ das corSorrutifl fnfSrmiScl ' fazermais usoda ''"-e) de seguros(soft- informatica. co

mputadores. As desses orogramas, devalores,osseusnegociospodeSf'or mgdyae naotfem estagnar na proxima decada. Ce<'- a suas compartilha-los mente, encontrarao pela frente concorrencia cada vez mais sd'' " ^ dos conglomerados financeiros Hp ocupa em vidamente informatizados fiP® de j^^n^sear grandes voTipicamente. Londres, nesse com histdricos, real.zar po, ocupa uma posi^ao muito poOPrer?^ ® lisonjeira em relacao a outros tom ^ documentacao cados internacionais. Basta obsef^Vi^. "da vez mais padroni^ De seguros

REVISTA DE SEGUf

A longo prazo, as resseguradoras poderao perder um bom peda^o da sua clientela. As seguradoras prima rias estao tratando de reter quase todos OS seus negocios prdprios. Isso se deve em parte ao fato de que nao se pode e^perar que o mercado ressegurador aceite qualquer tipo de negocio. Alem disso, nos estagios finais da ultima recessao, a seguran^a do mercado ressegurador revelou-se falha, resultando na falencia de mui tas companhias menores sub-capitalizadas.

E mais ainda: muitos clientes de

Uma preocupa?^ mais imediata para as seguradoras de ramos elementares e saber quanto tempo durara o presente boom. N^ passara deste ano ou ira ate 15(88? Afora os prejuizos nos negocios automotivos e nas indenizagoes trabalhistas, exis tem outras preocupagoes, como o corte nas tarifas dos ramos elementares, a despeito de sua rentabilidade. Como a Goldman Sachs, investidora de Nova lorque, salientou em dezembro ultimo, a rentabilidade nos ramos elementares e enganadora devido hs condigoes meteorologicas excepcionalmente favoraveis. Mas de tal forma mostraram-se lucrativos que tornaram os cortes de tarifas inevitaveis. Primeiramente, nos ra moselementarescomerciaise depois nos ramos elementares comerciais de multirrisco. Se em 1987 ocorrer uma rapida recupera^ao dos ramos automotivo e de compensagoes tra balhistas e se as reclama^oes de ra mos pessoais continuarem a subir no mesmo nivel dos premios ou abaixo dele, entaoasredu^oes detarifaspo derao parar por af. Como diz a Goldman Sachs, "e possfvelque a in dustria esteja se recuperando mais depressa do que Ihe convem". •

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