T1750 - Revista de Seguros - jan/fev de 1987_1987

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D O ORGAO OFICIAL DE DIVULGAQAO da FENASEG•AND 67• N? 773•JAN/FEV-87 LEI SARNEY l5®^Wvo beneficia ^*>«ura no Brosil m Como ioi 86 e o que esperar de 87 :rv^-r
A

FWJETRANOOOjO COM SAUDE DRAOESCt

gEVISTADE SEGOBOS* Orgfio Oficial da FederagSo Nacional Bmpresasde Seguros Privados e de Capitali(Penaseg).RuaSenador Dantas,74/12? andar. Tel.: 210-1204 e 220-0046. Bnderego Telegrafioo: Fenaseg. Telex:34505FNES-BR.CEP 20031.

A DIRETORIA

medicps,totaloupardalmep dependendodopenoquevo" escolher. ^

^ OSaucteBiadescjocDbreViJ ceesuararnlliaemqualqtterw tedopaisetambem noexteriP'

P^idente:Sergio Augus- jo Riboiro. 1.° Vice-preslden-J®'AlbertoOswaldo Continenmo de Araujo.2? Vice-presiante:Hamiloar Pizzatto. 1-° ?®®fetario; Rubens dos Sans Dias.a.® Secretario;Sergio -"^fmaSaraiva.1? Tesoupeio: Luiz Claudio Garcia de . Uza.2? Tesoureiro:Nilton ^"^noRibeiro. j> b^Plentes:Antonio Juarez j^Delo Marinho, Eduardo j. PtistaVianna,Claudio Afif gj3^08.D6U0 Ben-Sussan tao 4 Pereira de Frei- ^J0S6 Maria SouzaTeixeitini Marco Antonio SamMoreiraLeile.

Conaelho Fiscal — Efetivr'^Cnrlos Antonio SaintGuilherme August© ^^oa Filho,Jose Monteiro. Sii,."P)®nte8:Ruy Pereirada n. Jorge da Silva Pinto.

do,dotiabahoaolazer.E,comos npvostenpos,ficoumuito mais divertidoviveraoladodafeiA .. Entao,gaiantaasuatianqumoade para viver esses novostempos.

Estejasegurodeque,emcasodeeventDmediccKinjrgicDde grandeporte vooeteraaoseuladppseumediconomelhorhos pital,cercadopelosmaismodernos da m^dna.

SaudeBradesconaofoicriado pam consiitas ou exames de rotina. E urn seguro-saude para gtandes riscos-aqueles capazesdedesequilibrarumor-

«ert»i "tssp tor p ° Aiigusto Ribeiro. EdiAlbertoLopes, lirio o Alberto SaC>_. - v<olah<M><a<1m>ci<i- Pnnlo brio rtioei ujoa- 7®l^boradore8: Paulo Con^°beCaatro,Villas-Boas RubensPenhaCysne, Luis Lobo. Alberto OQjn-f* ^biz Mendonga.Mar- Cfii: M^quee Moreira,Maria pQ T -^SreiroB.AlbertoSalie Eduardo de Carvalho Va ft Jomar Pereira da Sil'.^berto Terziani. p,—oci uo rerziani. ^Qj^^ndador: Joa6 Veloso

^liadaaABERJE, de V® ^'"tigos assinados sdo ejfpi ®Pob8abilidade linica" "bsiva de seus autores.

ftv^PORDENAgAO EDITOE grAFICA: ASSESIp Comunicag3o Social In- .^ada Ltda.Rio - SSo Paulo 55 tasiiia. EnderegoRlo:Rua Dantas, 7-A - Tel.: jtU-a487 EditorGeral:Mario ftbsso. Editora Executiva: ^sana Freitas. Programa^Visual;HyrmoF.Costa e Redagfio e Colaboragfio: T°'"8e Clapp,KWia Labour^e Alberto Lopes. Graflca: ftPano Gr&fioae EJditora Ltda. ^latribulcao:Fernando Chi'^^lia.

r-rr^—jNo ano passado,as lU/ empresas seguradoras

P r\/ff Ha

nn 1 Apresentada ha 11 anos no \ Congresso Nacional pelo aumentaram em 50%suas vendas de seguro de vida,seguto saude e pianos de aposentadoria. Estima-se ainda que CzS 35 bilboes pode ter sido 0 total de premios arrecadados pelas companhias duranle 0 ano.Estes sao alguns dos dados que constam nas materias Balan9o 86 e Perspectivas 87, respectivamente nas paginas 10 e 14 desta edi^ao.

entao senador Jose Samey,a Lei n? 7.505 - mais conhecida como Lei Samey -foi fmalmente aprovada e regulamentada.Empresas como a Shell, Brahma e Banco Nacional estSo se utilizando dos incentivos fiscais que a le^sla9ao concede para promover eventos culturais e divulgar as suas imagens.E um dos assuntos de destaque neste exemplar(pa^a 32).

^ Q As vesperas da promulga^ao

1 da nova Carta Magna,os setores de produ9ao apresentam propostas e reivindica9oes que gostariam de ver contempladas pelos constituintes. Como importante^ segmento para a economia nacional,o mercado de seguros analisa as principals questOes que devem ser lembradas quando da elabora9ao da Constitui9ao. E o assunto de capa da Revista de Seguros(pagina 18). iw

ABERTURA

4 Luiz Mendon9a

Inflagdo: retorno com fdlego

PERSPECTIVA

ECONOMICA

5 Rubens Penha Cysne

Aprendizado penoso

MEDICINA

PRIVADA

6 Reformulafao em estudo divide opinioes

BASTIDORES

8 Villas-Boas Correa Lideranga para as reformas

COMUNICAgAO & MARKETING

9 Jomar Pereira da Silva

Um marketing de guerra para 0 Rio

CULTURA & LAZER

24 Lui's Lobo

••

Em louvor da camisinha

28 Livros, artes pldsticas, teatro e musica

QUATRO VENTOS

37 Atualidades

CONTOS DE REIS

46 Spectator

A memdria do seguro

HUMOR

50 Jaguar Capa:

Cria(do: Willy

Fotos:

Etevaldo Vieira

SAUDE BRADESCO 54b 544 ODDOOl DO R 00 GERALDO TOLEDO 60TTEINER
Cz$ 1.342,92 CzS 1.179,24 CzS 1.0l5,5e • Precos validos para tiiuiares aic59anos. KS255 800-4612(iiitemftr BRADESCO Sua^rantia para viver mais tranquilo.
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DE SEGUROS

Inflagao:retomo com fdlego Aprendizado penoso

Ainfla?aoanualizadaatingiu

a 235% em 1985.No comego de 1986(Janeiroefevereiro)chegou4 m^a mensal de 16,38% e, nesse ritmo,fecharia o ano ganhando a altnra dps 518%.

Surgiu o Piano Cruzado e,logo nos dois primeiros meses subseqUentes,oindice de preposexperimentou quedassucessivas,registrando-se no Pais fato ate entfio medito:deflapfio.Masdaiem diante anova moedan^teve maiscondipoesde resistireentrouem prooesso de desvalorizapgo, at6 che-

8ultado: a inflagSo anualizada de 1986 atingiu a 65%o.

A atividade seguradora tern na mrl^ao o seu mimigo numero 1. Porisso mesmo,o mercado br^ileiro de seguros conheceu,com o Piano Cruzado,a euforia de nmn era nova, que Ihe abria largos e promiesores horizontes.Seria entfio possivel um vigoroso aproveitamentoda procuraqueainflapao cromcasempreconservaraem estado latente.

Apesardodificilesforpoderea-juste a uma nova realidade eeon6mca.que se prooessaria ao longode^ooano,aindaassimomerca do de seguros p6de,em 1986 alcanp^razodvel taxa deexpansSo re^ de suareceita de operapoes, pela contribuipao sobretudo da ^rformance dos seguros de pes80d€.

A reapfto positiva da procura gerandocrescimento realde arrec^^ao,ngo foi todavia acompaijada^r comportamento semeIhante do resultado operacional A permaneceu

^ pelofinancia- mento do deficit, declinaram em 1986, porque deles foi abolida a pr4tica da indexapao-apesar do retorno dainflapfioe do patamara que ela subma no final do ano

f ^ a«Pioo, mtercalando periodo de transipao durante o qual previa-se e esperava sea ocorrencia deimpacto des-

Ndosaorarososfilmesdeter

ror que se iniciam a partir •ie experimentos cientificos,cujo Sucesso trariaimensuraveis beneficiosahumanidade,masqueaul tima hora. devido a um pequeno iapso ou acidente de percui'so, re®ultam na criapao de um monstro.

Mantidas as devidas propor96es, este pai'ece ser o destino do dosso Piano Cruzado. Iniciado a daideiatecnicamentedefen®dvel de passagem a media de valores com reajustes espapados,e congelamento tempordrio de pre9osesalarios,oconjuntodemeditomadasa partir de28defeve^oiro do Eino passado coire o risco •ielevar o Pais a umacompleta desorganizapao.

K.

favor4velsobrearentabilidadedas empresas seguradoras.Sobreveio como fato positivo, no entanto, o compoi-tamento da procura eleva^anovo patamar.Resta agorainMgar,a esta altura,qualserd seu desempenho em 1987. Uma respostaaessaperguntaimplicainevitdvel progndstico sobre a evolugfio do processo inflaciondrio

O descongelamento de prepos defasados gera incontomdvel advento de uma inflapdo oorretiva que,por sua vez,provocara repercussoes nos oustos de setores de produpdo, antes nao afetados em ecus prepos relatives.Daijd estar sendoreivmdicadooretorno daindexapdo.Diante desse quadro os Renteseoondmicos ndo dispo'em de qualquer bussola queIhes pos-

saindicarcom precisaoo ponto chegada da inflapdo no final d® 1987.

Essafalta de instrumentos p^' ra prever e quantificar a inflapd" futura afetaasoperapQesde seg^' ros, baseadas em contratos ha^'' tualmente anuais. Um ativo hoj® segurado por determinado valofquanto valerd daqui a um ano?

Assim,ocomportamento dar®' oeita de prdmios do mercado e 0 ^au de efetiva protepaoqueesta* rd sendo comprada pelos segura" dos,dependerd da expectativa deS' tes ultimos quantodinflapdofutora.Quanto mais prudenteoconsU" midor. mais sua previsdo estard prdxima doalvo — e mais adequa- da serd a sua compra de seguro.f^

Olapsoficou.comosesabe,por ®onta do descontrole de demanda. ^desorganizapao dosistema pro^utivoseinicia pelaeleipaodosemPi'esarios a categoria de viloes, Passa pela ausdncia de racionaliuade no controle de prepos por um eterminaem medidas populistomadas totalmentefora de hoDentre estas,incluem-se a concessao de um aumento de 25% e 13.° salarioaosfuncionarios publi cs.anunciadosaofinalde dezem®ro,bem como a pretendida inusitada elevapao do saldrio minimo feal recentemente divulgada.

E olaro que estas medidas nao Suardam vinculo direto com o tratamento de cheque contra a infla pdo,implantado no inicio do ano Passado.Mase claro tambem,bem importante lembrar, que ®las setomam particularmentein^nsistentese nocivasao bomfunoionamento do sistema economi•^o,quandointroduzidasconcomitantemente a um c-ontrole generalizado de prepos. Na ausfincia de I'espostas destes ultimos a estas modificapoes,o aumento de custos daidecorrente implica uma queda de produpdoe amliapdodo excesso de demandados setores quejd opefam sob este regime. A ausdncia ou parciahdade de controle de preQos,poroutrolado,apen^ anteciparia o seu cardter inflaciondrio. Defato,a administrapdode pre

pos. da forma como atualmente realizada. apenas revela uma transferencia de problemas parao future. A atual equipe econonuca nao podesedesvencilhar desteinstrumento,pels depende dele para sobrevivernocomando.Dentroem breve, no entanto,as pressoes do setor produtivo forparao a uma mudanpadepolltica,comrestripao do mecanismo de controle de pre pos aossetoresoligopolizados.co mo se fazia anteriormente. Uma vez mais,aparecera nas manchetes dejomaisotermoinflapdo oor retiva, eufemismo usualmente utiMzado paraumadevidaimputapao de responsabilidadesaequipe economica anterior. O motive e justo, pois ninguem gosta de iniciar um jogo com desvantagens previas no placar.

O tdrmino do controle general!zado de prepos deveria vir o quan to antes,antecipado,obviamente, de uma acentuada redupao de de manda.Defato.quala possibilidade quetem um tecnico doSeap,por mais habilitado que seja. de avaliar precisamente e sem defasagens as modificapoes de gostos, distribuipao de renda(e, conseqiientemente. demanda), da relapdo capital/trabalho na produpdo de cadafirma,de substituibiUdade tdcnica e custosdos diferentes insumos de produgao,da qualidade destes ultimos e do produto final, ocorridos desde o finalde fevereiro de 1986e,por ultimo,quantifi car OS reflexos de todos estesfatores sobreo prepofinaldeum deter minado produto?

Por falta de implantagao conjunta,tantoa politicade demanda quantoa derendasforam lanpadas ao descrddito. A primeira entre 1981 e 1986easegundane9te ul timo ano.Espera-se ao menos que, assim como o fracasso da contenpdo monetaria num ambiente de indexagdo trouxe d tona a politica de rendas,aderrota do controle de pregos sem restrigdo de demanda sirvade eviddnciad necessidadede austeridade na oondugdo de politi ca monetdria fiscal,em situagSes futuras de combate d inflapdo.Afi t-iqI ft nT>aei1 nfin ffin

pennitasobreviver vdriosanosco motubo de ensfiio paratestes unidoxos de pianos de estabilizapdo. A politica econSmica que sefaz no mementoetecnicamenteinconsistente. O Pals nao escapara de uma fase de transipao, na qual o ajuste se fara sentir por meio de quedadastaxasdecrescimento do produto,do saldrio realllquido de pleno emprego {devido a necessi dade de redupao dodeficitpublico, desvalorizapdodocdmbiorealerecomposigao das margensdeluero), inflapdo bastante elevada(a se manterem as regras atuais concemetesao ajustede salaries,ena ausdncia de controles artificiais de prepo, tendendo a 20% ao mds a partir de marpo/abril deste ano), retrccesso na qualidade evariedade de produtoscolocadosd disposipdo do publico,sdriacrise de abasteciraento, greves generalizadas visando d realizapdo de um poder aquisitivo prometidp, pordm impossivel,bemcomo.aoquetudoindica, de uma nova submissao a contingenciamentos extemos. Oiniciodeste processo,bem co mo a sua intensidade, dependerd da ou menor disposipao de agentes econSmicos ndo residentes na aceitapdo de ativos liquidamente emitidos por brasileiros (leia-se,acesso ao crddito extemo).

De fato. ndo se deve esquecer que qualquer governo, por mais incompetente que seja,sempre pode propiciar a populapdo um elevado poder aquisitivo no curto prazo.

Trata-se deumasimplesoppdointertemporal, em detrimento das futurasgerapdes,obtidadscustas da proliferapdo desubsldiosou valorizapdo do cdmbio real.

Todos estes fatores serdo tdo mais acentuadoB qudo mais tarde vierem.Na ausdnciadeoutras barreiras efetivas ao populismo,que nao a imindncia de uma inadimpldnciaextema,o Brasilcorre um serio risco de retrocesso ou estagnapdo de longo prazo. Ndo seria o primeiro pals da America do Sula passar per uma experidncia deste tipo. Nem o segundo.

fl [Perspectiva Economica 3
4

Reformulagao em estudo divilpinioes

Aatua^Sodasempre-

sas qua prestam eeryjgoe dG asaisiejioia meUica uli'uvea cle unia Variada oferta dc pianos6semelhante n das oorapanhias de seguros que dispdem do chamado soguro-satide, Noentanto,ver sa a legi8la9ao que as seguradoras cstejam sujeitae ao controle efisoaJiza9ao do Governo,per intermedio da Superintendfincia de Seguros Privados (Susep), enquanto as demais firmas independentes ou cooperatives medicag nao submetem seus pianos a aprovagao do Go verno, nem tSm seus pre90s administrados pela Susep.

Essa diversidade de regulamentagSo para servi908 similares motivou um bom numero de reclamagbesjuntoaSunabea propria Susep,em funggo de apenasasseguradoras terem adotado as corregoes de pregos determinadas pela Superintendencia de Seguros.pautadanosindi ces autorizados para o setor pelo Piano Cruzado. O incidente deu partida ao inicio deestudos nadiretoria tecnica da Susep, visando umapossivelreforma da legislagao sobre o seguro-saude,cujoprincipal objetivo seria incluir soba mesmafiscaUzagaoe

controle da prdpria Supe rintendencia todas as empresas, seguradoras ou nao.que prestem servigos similares na ^ea de saiide. E, embora Solange Vieira de Vasconcelos,diretora do Departamento

Teonico-Atuarial da Su sep, considers a materia ainda embrionfiria e com poucoB esclarecimentos objetivos a adiantar, conversamos com as direto-

rias de algumas dessas empresas a fim de antecipai- "sutis tiooigOoo quaiito 30 ddniroveriiclc proieto. que desponta para as mesmas coiiio uma ameaga regressiva de controle estatal,num momentoem que a lendCnoiQ obsei-vaclQ 6 a de li bei'ai'aauto-roguIngSo do mercado, estabeleeendo apenas limites proporcionnis para ue tarifatj.

Mario Berger. diretor ejceciitivo da Golden Cross,lembrou queoestu do de uma novalegislagSo esta para ser realizado desde 1973 eacrescentou nao saber por que ainda naose efetivou. Noseu entender. seja qualfor a no va regulamentaggo,ela deve tereomo principalobjetivo a defesa dos direitos dosusuanos."Devehaver liberdade para que os usuarics possam escolher OS servigos com que mais se identifiquem, dentro dos principios civilizadamente competitivos da lei de oferta.ParaqueessalegislagSo seja benefica, a Susep deveria criar norniasde disciplina,conslderando asformas distintas de cada tipo de servigo de assistencia m6dica," destacou Mario Berger."E precise nSo esquecer que as companliias deseguros operam estabelecendo pia nos de indenizagSo, em que OS gastos sac previsive^. OS custos operacionais saopredeterminados. Seria fundamental, portanto. distinguir claramente o ambito das atuagoes."

No eventual processo de elaboragao desse projeto,Berger defendeaparticipagao direta das empre sas envolvidas. Segundo ele,a area dos seguros de saude tem forte conotagao social 8 deve sujeitar-se,

por isso mesmo, a uma normatizagao mais deta il mcla Beepolfioa.^00^81"

d<'rngao dara poculiui-idudes de cada empresa con- uquidos monsaia 801001" tnbuira para a abrangfin- vididofl por tOdO0 qi"®' ciadosestatutos."Noen- constituem. Somente'^

caso de89a rcgulameTJt^ ?aoconsidernressacoi^ terlslica fundamental"^ nossa cooperativa, deravii*atrazerbenefit tanto para a empr®® quanto para o cliente tratante."

Do ponto de vista " Unimed e piioritario 1 86 as empresas de sistencia m6dica tambdm os sindicatos entidades t6cnicas e Ihistasquefazempart®^

de umaempresaem que® brgaoe oologindoa loe.OsisiunaesiaDeP do dctomiiimque os IfquidoB monsaia sejorii" tanto". ponderou Mario Berger,•■€ importantenOo oonfundir controlo com imposiggo. 0 que devo exietir e um controle nor mative), a exeinplo do que ocorre nos Estados Unidos, defendendo sempre OSinteressesdousugi-io, a fim de evitarque este crie expectativas excessivas que nao possam vir a ser preenchidas. O papel do Estado nesse mercado de ve ser o menos restritivo possivel."

Eduardo Arguelles, di retorde Relagdes Medicas e Comunicagao Social da Unimed, umacooperativa medioa, considera temergriaapossibilidadedaregulamentagao em estudo tentar padronizar as normas paraos pianos de sau de. "Sobretudo se englobA-los nos parametros das empresas sustentadas por empresarios, onde o medi co e mal pago efreqttentemente explorado," diz ele. Para Arguelles, "na Uninied, OS que nela trabaIham sao tambem donos

Assooiagao M6dica .leiraparticipemdaela'^

ragflo dessa legislagSuimportante, segundo A* guelles, 6 estabslecef grandediferengaque te entre a sistematica ® organizagao interna '' umacooperativamedium as demais empresas ® medicina de grupo.

Considerando uma sumivel vinculagao d" bens garantidores das servas tecnicas, que^ grea dos seguros e da vidgncia privada abei"'^ saoatreladas aorients^ daSusep,Arguellesadve'"

Berger; peladefesados usuarics

P^outamente sobre a stingao do case da Uni-

""utav do uruu coopoi-o.®ssae mcsmae reser- 8 sao apiicnrias nob ^®P'-8Cfio do Miniat6rio g^r^^pultura,aoqualsao tem '*^^®^oHiodQ8os8is-8® cooporativos, meato °®^tlependenteseau-'"•!"stentavei9.

nicas de disciplina, representando os direitos das pprjpresos cIb aaude a olo. vinouludoH, por vozea em confUto com o Ministferio da Satide e da Previdenoia," disse Berger. "Tudo que pretendemos 6 fazer comqueoassociatloaesinta soguro."

Fernando Aragflo. falando em nome da Amil e como presideuto da Abramge, apresentauma

a este aspecto

eventualregula- Abramge. apresenta uma dap Mario Berger, solidaargumentaQ&O, tiaO seada na sua experiSncia un "1 Cross, adiantou tante tbe parece imporbican reservas t6c- Eaj vinouladasao to an respei- qug^blor e periodo. "O rtia^'^^.*'8lmente6aforprest ^^'^^bgSoeadevida aoa infofmagOes Seijj 5^^® competentes, "ine necessaria®®tari ^®^'8®atreladoao ®>nO(f' '^Sbmentouele. 9^g ®ntidodaorganiza®P^8entagaodosinipo ^ empresas co da Ah^^' ®'Po^touonome Sraaii^^^g® (Associagao Gfqp deMedicina de bova, bma associagao processo de crescujo presidente,

ponsabilidade no atendimento a um expressivo percentual(25%)dapopulagfioeconomicamenteativa. UmaofertadepadrOes diferenciados de conforto, com niveis inquestiondveis de qualidade, comprovados junto aos usudrios empesquisasdealtacredibilidade," coloca Aragdo, lembrando ainda o aliviamento daredede saudeoficial — cara e com niveis de eficiSncia abaixo dos padrees — e gerando empregoparamaisde 15milmddicos e outros 35 mil profissionais paramddicos e da administragao.

Arag&o: oetatlzagfio vai contra o "bom sensO administrativa na area das empresas medicas, tamb6m conheoidas como Medicina de Grupo, Para ele, discutirqualquernivel de estatizagao paraos ser vigos medicos ehospitalares signifies ir contra o bom senso, diante dos cr6nicos males que o nosso pais vive neste setor. 'Umapremissadeforo antesideologicodoqueso cial. Talvez fosse oportuno, isto Sim, lembraro anacronismo de talproposta, diz ele. "Alem do que nao poderiamos em absoluto pretender restringir a imensa infra-estrutura presinente, das empresas medicas, Aragao, 6 tam- plenamente habililada e ^btor comercial da que,emapenasduasdeca^ que a Abramge das, sefirmoupelasuauti- ^ ^ntandocriarsaot6c- lidade,competenciaeresregulamentagfio e •'temerdria"

zcente artigo que publioou. propunha que, "antes de secogitarqualquervincu lagaoestatizantedanossa medicina, dever-se-iam consideraros enormesbeneficios sociais que adviriamdacriagfiodeincenti ves fiscais na area de sadde, inexplicavelmente t§o desprivilegiada at6 aqui nesseaspecto. Seriajusto permitir aos usuarics do sistema, tanto individuos como organizagoes, a dedugSo no Imposto de Renda das despesas efetivamente incorridas nos convenios de saiide."

"Por outre lado," continuou o presidente da Abramge, "nenhum mo mento talvez seja mais conveniente para discutir-se o relacionamento en treoEstado6alivreiniciativaquantoasvdsperas de umaConstituinte.Valeobservar que, embora nossa Constituigao deixe claro competir a livre empresa, comoapoioeoestimulodo

Estado, a exploragao das atividades econemicas. algo bem diverse vem ocorrendo entre nds. O que se assiste e a uma crescente participagao do setor publico em areas que nofmamentenaodeveriamserda sua algada."

Com colocagSesesclarecedoras e consistentes, Fernando Arag&o, em re-

"Mediante um tematSo crucialependentedesolugaes, o que se requer sSo medidas eficazes enao discussoes v&s. Neste esforgo de atendimento medico aos brasileiros, aqueles que podera pagar diretamente ou atraves de contratos deveriam ser incentivados e motivados a faze-lo. O que se pretende e a soma de esforgos, a parti cipagao geral, e n&o medi das inibidoras e restritivas," acrescentou Artigao. Ele finaliza: "O papel que o Govemo deve desempenharno mercadoeexolusivamente fiscalizador e nunca o de nivelar os pre gos, deixando que as em presas negcciem os seus contratos livremente."

Medicing Privadrr
JOSE A.LOPESE DOROTHEIA BASTOS
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8c Mcnketing

Lideran^a para as reformas

OPresidente Jose Sarney reconciliou-se conjcotimismo do inegavei6xito da renegoeia^ao de i^te da divida externa com o Clube de Paris e o acerto.com o PMDB,apartir daidentifica^So de interesses comuhs com os 22governadores eleitos pelo partid(?

Na g^gorra da popularidade reconquistou alguns pontos, que devem dar para o gasto das proximassemanas,ate que as coisas se defmam na arruma^ao doplendrio do Congresso — Constituinte.

Nocompasso da espera restabeieceu-se, momentaneamente. as oondigsesdeequiHbrio politico,as vesperas da partida para outra etapa decisive da maratonada transigao.

Uns baixaram apresun^ao- outrosrecuperaram ofSlego.Ealgu-

cartas continuam fora do baramo.comoeoexemplodid^tico do governador Leqnel Brizola e do seu ressentidoeaparvalhadoPDT.

Brizola saiu da cadencia nacional e nao conseguiu ainda entrar no ntmo. Ora parte para a ofensiva antes do tempo,como na campanha eleitoral, ou. entao, chega atras^oparafaturarodesenc^to nacional,com ochoquetraumatico do Cruzado II.

Para o lance que estA sendo armado.Brizola nao tem cacife partidario anteafragiUdadeda representa9ao do PDT. Bquipara-se a LuisInacio da Silva,oLula,no radicalismodoPTque marginalizaa legenda nas composi^Oes indispen^veisda Constituinte.empur- rando-a para a esquina de uma Uderanga classista, um dirigente smdic^perdido num plen^oque

nSoe de umaassembleia do ABC Agora,as pedras se ajeitam no ^buleiro para definigoes fundana fixacao do mandate do Presidente Sarney. das regras pa?a k proxroa sucessao e a montagem dofuturo.Osprotagonistasdoato

ocupam OS seus lugares nas marc^5esdo palco.Sem duvida queo Presidents Jos6 Sarney, mesmo despojadodamAgica Uderanga dos 10 meses de euforia com o conge6

VILLAS-BOAS CORREA com bancada expressiva, e um aliado natural do Presidents Sar ney e um fator de equilibrio da Constituinte.

Eaitemososatoresprincipais.

O que nao A PMDB e nem PFL ou que nao se abriga asombra do Govemo,naochegaa 10% da Constitumte.

Um marketing de guerra para o Rio

OSprofissionais de marke

lamento dos pregos,e um parceiro de peso para as negociagoes. No gigantismo crivado de contradi9oes, o PMDB braceja para preservar a umdade e garantir-se paraempalmaro poder.DoPMDB doseucomportamentoe dalucidez dassuasliderangas.depends muito o sucesso de uma composieao comp^cadaefundamental.A sor-

"as maos doPMDB.Qque quer dizer,do deputado Ulysses Guimaraes E e por isso que assusta e inquieta quando o dr. Ulysses perde o sen se da medidaeexpoeoseu carisma a um desgaste desneoessArio apresentando-secomo candidate a todasas vagasda Nova RepubHca.

1^? com aco- leqao de derrotasdosseuscandida tes aos governos estaduais, mas

Convem naose deixariludir pe- las aparAncias. De fato. o grande personagem desses tempos tumultuados e asociedade,mobiliza dacomonunca,presentsem todos OS mementos,reivindicante,orgamzadaem entidades representati ves que pululam por toda a parte. Umasociedade queencontrouo seu ponto defusAona Ansiade mudangas,na exigAnciade reformas. Essa A a palavra-mAgica,a palavra-chave de toda a transi^ao.

Naencruzilhada da Constituin te,a bandeira dasreformas balan?a a espera do punho que irA desfraldA-la. E.ou o Presidente JosA barney atira o Govemo na direcAo dasreformas,atendendo A cobranqaimpaciente da sociedade,ou as mudan^asseraoimpostas A Cons tituinte pela irresistivel pressAo popular.

Como de costume,a boa salda esta no meio. Numa oomposicfio nacional aonossojeito conciliatono.Com 0 Govemo comeqando de fato a promover as mudangas e a future ConstituigAo garantindo sua contmuidade. q

ting e propagandaestaoexoitados com o enfoque revolucio*1^0dado pelo GeneralPrussiano Karl von Clausewitz em seu livro. ^tarketing de Guerra(Marketing Warfure),recem-editadono Brasil P^larevistaExame.Basicamente, ^proposta do general A de voltar a ^tengAo para o concorrente, mantendoo consumidor o seu grau de ^PortAnciaque,entretanto,6vis^ por um novo Angulo. Segimdo Karl,na medidaem que vocAfique ^tento aosseusconcorrentes,e as sumeumaposigao deataque(oude" cefesa),sua estrategia serA mais ®"ciente.

No caso das empresas que co"lercializam produtos e servigos, ^<3iretores de marketing queado- ^em estapoUticasaberAoidentiicar asforgas doinimigo,atravAs

^8 ©struturaa das empresas, nl®1de qualidade na area de producapacidade comercial e com^tAnciadosexecutivos.Entretan• se encararmos o Rio como um P^duto,como na verdade 6,tereque eatabelecer os concorren-

O General prussiano Karl

von Clausewitz

^^comenda voltar a atengao para o Concorrente — sem osquecer, e claro, o consumidor. bia

'Medida em que voce ^ssuma uma posigao de ataque(ou de defesa), ele afirma, sua estrategia sera mais eficiente

tes naturals,que sAo basicamente OS demais Estados da FederagAo. E provAvelqueo novo governador do Bstado do Rio,Moreira Franco, tenha lido tambAm este livro e,se nAo leu,e possivel que alguns dos seusauxiliares mais proximostenham Ihe transmitido algunsconceitos pregados pelo general.

CoincidAncia ou nAo,ofato6que jaestamos assistindo aos primeiros ensaios do combate,com ataques pelosflancos,para usar aterminologiaadequada.A decisfio poUtica de uniao de forgas de Minas com o Rio A essencialmente uma atitude de guerra,com uniao de exercitos paracombater oinimigo SAo Paulo junto ao poder central de Brasilia,numa atitude defortalecimento estratAgico legitima.

Seguindoestafilosofiade guer ra,certamente em alguns casos a decisAo de marketing de Moreira Franco terA que ser defensiva co mo,porexemplo,emrelagAoaotu-

rismo,poiso Riolideraneste setor, nAo devendo perder esta posigAo para a Bahia.Assim tambem terA que sernaareademoda,nosmovimentos culturais, na construgAo navale em outros segmentos.Se rA precise uma analise caso por (»■ so para se decidir que arma utilizar. Quandoe aquematacaroude quem se proteger.

E, da mesma forma que as ideias revolucionarias do general escritorpossamempolgareoontribuir para agoes na area governamental, estes principios deverAo ser sempre melhor aproveitados porparte dainiciativaprivada, pe lavelocidade de agAo, menor burocracia e melhor competAncia gerencial. Se vocA, leitor, se sente tentadoaimaginareagirpraticando um marketing de guerra, siga emfrente, naopercateireno.MAos nas armas. A proposito, jA deu o seu tiro hoje? O

O grande personagem desses tempos tumultuados e a sociedade, mobilizada como nunca, reivindicante e organizada. Ansiosa, enfim, por mudangas e reformas
[Comymicagad
H'v .1-
JOMAR PERBIRA DA SILVA o
REVISTA de seguros

A retomada do crescdmento

Trintaecincobilhoes

de cruzados pode tersidoototaldosprgmios arrecadados pelas companhias seguradorasduranteo ano de 1986.Estafoi a estimativafeita,no principio deJaneiro,pelodiretor juridico da Superintend^ncia de Seguros Privados(Susep),LuizTavares. Os numeros fornecidos per64empresas.relatives ao periodo deJaneiro a novembro do ano passado, permitiram a Federapdo Nacionaldas Empresas de Segin-os Privados e de Capitaliza^ao(Penaseg)estimarque aarrecadapaoglo baldo mercado tenha sido deCz$31,5 bilhoes.Ainda que OS niimeros nao estejam fixados. ndo se pode negar um crescimento real no setor,j& que os valores relatives ao recolhimento de prSmios em 85 foramdaordemdeCz$ 12 trilhdes.

Por enquanto,e dificil calcular qual foi a receita exata do mercado,acredita o diretor da Bradesco Seguros,S§rgioMotaCorr6a,poisos balanceteaain da e8t&}sendo consolidados,o que impede umaes timativa mais aproximada do real.Da mesma maneira,Sergio Mota n&o v§ comocalcularagorao cresci mento real,ja descontada ainfla^fio,oresultadooperacional,o patrimonial e o final,afirmandoqueesses valores vanaram de seguradora para seguradora. Nocaso daBradescoSegu

ros, sua arrecadacao de prgmios foi da ordem de Cz$ 6,28 bilhOes em 86,o que representaria oerca de 18% do total do mercado de seguros nacional.

S6rgio Mota estimou o crescimento do mercado em 10% no ano passado, lO

considerando dificilapontar quais os ramos de seguro que tiveram melhor desempenho,pois, para o diretorda Bradesco Segu ros,"esteeumconceitorelativo."Nocaso dascarteiras que apresentaram maior crescimento,Sergio Mota indicou o seguro de vida eo de automovel,responsabilizando o aquecimento daeconomia poresseincremento:"Onivelde desemprego caiu sensivelmente,houve aumento de salario real e uma maior distribuigao derenda.Tais fatores conjunturais per mitiram um crescimento na demanda por seguros pessoais."

A formagao dessa conjuntura favoravel 6 atribuida por S6rgio Mota ao Piano de Estabiliza^ao Econdmica,"que aumentou a riqueza do Pais."

Quandoa economiacresce,hd tambdm nm cresci mento do mercado de se guros,' completou ele,adicionando queassegurado ras adaptaram-se muito bem ao Piano Cruzado, ''a,pe8ar das dificuldades iniciais." Sdrgio Mota exphcou queatefevereiro de 86,ou seja, antes da implantagao do Piano, as companhias de seguros trabalharam basicamente sobre oresultado patrimo nial. Com o Piano Cruza do, elas se viram obrigadasaconsideraro resulta do operacional. Por este motivo, o diretor da Bra desco Seguros acredita queo mercado mostrou-se mms eficiente,jd que ter'minou o ano adaptado d economia e ds suas mudan^as,emboraoprego do segurotenhasidocongelado.Ele atribuiu easeresul tado a prbpriaeficidnciado setor e tambdm ao cresci mento queexperimentou.

"que hd alguns anos o mercado nao via."

Em rela^ao aatuagao do IRBe daSusep,Sergio Mo taedeopiniao que"autoridades e seguradoras tdm olhado o mercado pela 6tica do consumidor, o que permite atingir outros segmentos hoje marginalizados." Ele considerou como medidaimportante a libera^ao datarifa de automoveis, bem como acha importante a criagao do desconto de prdmio no se guro deincdndio.Segundo o diretor da Bradesco Se guros,o beneficio que po deadvir dessase de outras medidas similares 6 a expansao da faixa de consumidores. Como exemplo ele cita a companhia onde trabalha,que atingiu cerca de 18% do mercado em 86 e, para 87, tern como meta a participaoao naor dem de 20%.

Piano Cruzado: saudades

Pelo menos para o mer cado de seguros doPais,o

Piano Cruzado deixous dades.Em apenassete' sesdesua viggncia,no^ passado, as empresas guradoras aumentaf' em 50%suas vendasde? gurosdevida,seguro deeplanosde aposentaf ria. No acumuladoat^?, Iho, 18 dos 65 grupo^^ empresas que atuaDi"! setor — correspondehd® 62,5% do total — obt^ ram um crescimento naarrecadaqdode preD^ de 8,6% em relapSo nho de 85. Mesmo as presas demgdioepequ^ portes nSo tgm muito^ que se queixar.

"Nossocrescimento^ extraordindrio com formaecondmica,''diz milton Ricardo Cohn,^ tor-tecnicoda SafraSe^^ radora S.A., que ocup^t 34.^ posigao entre as empresasem atividads^g drea. Foram Cz$ 414.^ milhOesem pr6miosai^^ ridos pela Safra em ^ . 90 com um resultado op® cional de Cz$ 81,90 Ihdese patrimonialde 72,53 milhoes. NSo ainda. os numeros do balango,masisso

Cohn. lOo/ '^'^ento de mais de 0sobre o ano de 1985. Segui ©nipreBas conSejQ desempenhos PrSJ- Somente de tiiQg^

de SeSerais(23.® no ranPa.Ro,!j^^®°®tiou no ano ^6es 368,60 mibiinaiT aumento no128% sobre o ba de g ® 85.A Companhia oq, Inter-Atl&nti,8rupo portugues de iQ,^^la<ienoBrasildes® hoJe na 62.® poci-esoi teve um diiQQ '^snto real em pr6de 157%.

ft-j^^andoOSnumeros podemos dizer tiinj um bom cresdizMdrio Costa daxj,. ®' diretor-regional PapiQ ^'^lltotico,em Sdo

ho ajuBtesdoPla-u g 2ado para o merca ^ht^^rador ndo foi, no "'Og-. dma tarefa fdcil. hiaig uma dasdreas afetadas pela refordog o congelamento doe ficou abaixo ^^Veis praticados em

1985,"dizFrancisco Vidigal,diretor-gerentedaMaritima. Alem disso,acrescenta,"houve uma queda brutal nas receitas fmaJ}" ceiras."Carteirasdeficitariasde seguros,comoa de automOveis, que sempre foram cobertas pelas re ceitas financeiras, tive ram que ser reguladas a segundo plano. No caso da Safra Segu radora,a adapta?aofoirdpida,deacordoconiseudiretor-tecnico, Hamilton Cohn. "Vislumbramos desdecede queas taxasde juros cairiam e haveria umademanda muito grandede seguro."Acreditaele queo mercadocomo um todo demorou muito a perceber que a"economia estavel" trazida pelo Piano Cruzadoeraacondi?ao bdsica para o crescimento dosseguros.A carteirade incdndio, por exemplo, cresceu muito em fungac disso: empresas indus trialse comerciaisque an tes obtinhara ganhos financeiros em aplicagoes de dinheiro,com a estabilidade do Piano Cruzado passaram a refor9ar as

LUCIA SANTA CRUZ

B genilsoN cezar

apolices pelo seu valor real.A demandaem mcdndio,portanto,cresceu mui-^

to. No caso da Safra,essa carteirajd chegaa constituir 35% do total de segu ros.

duzir OS custos administrativosdaempresa:corte de qualquer despesa superflua,como promogoes, e revisao da politica de marketing.Naohouve dis penses deempregados,co mo aconteceu no setor bancdrio, mas as vagas abertas diirante esse pe riodo,emtomode 100,nao foram preenchidas. Contudo. o principal ponto da estrategla foi o "rigor seletivo" naaceitaQdo de riscos.SegundoVidigal,antes doPiano Cru zado assegurador^,devido as elevadas receitas fi nanceiras,poderiam aceitarriscos sabidamente deficitdrios."Com a queda dessasreceitas,passamos a concentrar a maior parte de nossas operagoes em carteiras rentdveis,como a de incdndio e acidentes pessoais, declinando a aceitagdo de liscos deficitdrios."

No ano passado, per exemplo. a carteira de incdndio da Maritima cres ceu 206%,a de lucros cessantes, 278%,seguro de vida, 257% e acidentes pessoais, 418%. Na In-

Mas.para algumasem presas,o custo de actoptagao ao Cruzado foi bem maior."A companhia teve querever pmticamentetoda a sua politica,"lembra Francisco Mailtima. Essa revisdo consistiu basicamente em reSergioMota;PianoCruzadoobri^uosetoraolharcom

mais cuidado o resultado operacional

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^&^icar,segundo
euro^^°"}Panhia°^obrados,aMarl-
'STa de SEGUROS

ter-Atltotico,acarteira de incendio, que representa 40% do total dos seguros, teve um crescimento real de 244% em relacao a 1985.

Apeear destes tons resultados,asalteragoesfeitas no Piano Cruzado a partir de novembro tornam pratioamenteimpossivel, na opiniao dos dirigentes das seguradoras, qualquerprevisaosobre a situaqao do mercadonodecorrer deste ano. "Estamostrabalhandocom quaorgamentosfeitos com indicesdeinflagao quevao de50a400% — umasitua5^0 totalmente indefinida." diz Vidigal. "Pazer qualquer previsao sobre 87eextremanente dificil,'' completa Mdrio Duarte. Menos pessimista — pois acredita na''capacidade de ajuste do mercado ^s no vassituagbes" — odiretor da Safra Seguradora,Ha milton Cohn,afirma que havera grandes dificuldades este ano emfungao da indefinigSo da inflagSo.

Para Vidigal ease quadro de indefinigfio 6 siinplesmente lastimdvel:

Evite decisoes de consequencias imprevisiveis por falta de informagao confiavel.

"Quandoconseguimosfazer OS ajustes para trabaIhar8 ter bens resultados num regime nSo inflaciondrio ou com inflagSo pequena,vemos que a estrutura economicadoPaisestd de volta asituagao ante rior a do Cruzado. Agora, com um agravante:sem qualquer expectativa de como serd a inflagao."Segundo Vidigal,o mercado segurador trabalha hoje com pelo menos dez indi ces. Na Seguradora In ter-Atldntico,oorgamento elaboradoem novembrodo ano passado estimavaainflagao em 50%."Nesta altura ndo sei com qual niimero trabalhar.''dizDuar te.

Ha outroB complicadorea,aldm dainflagdo. Ndo da parte dedrgdosestataia o Institute de Resseguros do Brasil(IRB) e a Superintenddncia de Seguros Privados(Susep) que,deacordocomamaioria das seguradoras, foi sensivelaosapelosdo mer cado durante o ano passa do. A lentiddo de adaptagSo do mercado segurador

Congelamento ooogestlonou cartel™ de automdvcl.

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aos ajustes da economiae ra este ano praticameuj

mernJ s fundamental- permanece inalterada4 Slo Min- Vidigal, relag&o ao ano passadc,J df •-o ^ Srupo Safra.porexero# da^^O Mimsteno da Fa- emtermosde^anejaipe^,

to dara enfasp an qph zenda nfio foi sensivel ao to dara enfase ao seu ^

mercado de seguros, nas suas necessidades de adaptagfio aoPiano Cruza do,comofoiem relagSoaos bancos, que hoje podem cobrar pesadas taxas aos sens clientes," diz Fran cisco Vidigal. ® •

ro-mestre:acarteiradc^,

iw-iiicotie. acarteirao" ( cfendio, onde tem "coO^ aa _ ^

pxvwentanvas da indusi^'., e do combrcio, como B''?. cletas Monark, ^ Products,MetalLeve.

gao de riscos, pois, oof^ diz Francisco Vidig^:.

"tendoem vista aimpre^ sibilidade de receita,, principal 6 manter a sol* dez da empresa;nfio6 too crescimento daempr®' sa no mercado." E a ter-Atlfintico quer oont' nuarracionalizando a teira de automdveis, equilibrfi-la, alfim de e^'

Suzano de Papel e Celi^, ouzano de rape!e Cel^ > Exemplos desse trata- se, Copene Petroquioi'''? mento desigual,ainda se- Nordeste etc. A Mari^, gyndoo dirigente da Mari- ma pretende manter uf' dacarteira rigorosapobticade acei*^ idi-uas aacarteira de a tiuu tie ticw utomoveisforam congeladasde margoanovem bro,a pregos defasados e asautoridadesdo Govemo so permitiram reajustes depois que os pregos dos automdveissubiram cerca de 100%; as seguradoras assumiram as taxas de serii'igos cobradas pelos bancos e nao puderam repasad-las aos seus clien tes.

pandir os ramos de inc&f*' Diantedessasdificulda- transportee acidente^ des,aeetratfigiadevfirlas Pessoais.

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empresasseguradoras
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e 86 foi um ano marcado pela possibilidade de planejamentos a longo prazo, 87 esta surgindo paraas companhias de seguros como umano dificil de planejar. NSoefacilfazer uma andlise nesta epoca, porque a economia brasileira esta passando por uma transiQfto, esta sendo objeto de redefini^ao," afirma o diretor-superintendente da Ajax, Adolpho Bertoche FUho.Isso porque,aposalguns meses com pre90s congelados,juros baixos, desindexagao e inflapfto controlada, o cenario nacional viu, mais uma vez, voltar um dos elementos que mais mquietaggo cau saaempresdrios,govemo e trabalhadores: a escalada inflaciondria.

Diante deste quadro, o Piano de Estabiliza^ao Econbmica,decretado em finsdefevereirode88,perdeu muito de sua efic^cia inicial. Ao serimplantado, o Cruzado prometia inflagao zero,crescimento econdmico, maior distribui9ao da riqueza, aumento do poder de compra, saneamento financeiro do Pais,entre outras coisas. Algumas inegavelmente foram alcan9ada8,outras nfio.Depoisdo CruzadoII, no entanto,a possibilidade de se fazer previsSes tornou-se quaae um feito pa ra aatrologos e quiromantes,como declarao diretor da Yorkshire-Corcovado, Ronaldo Santos de Olivelra.

"E uma bola de cristal. Hoje esta dificil, com trSs tninistros falando coisas diferentes. Qualquer projegfto que se fa9a em termos de numeros pode ser suscetivel a erros." Esta opinifio tambem6compar-

Incertezas no carross^nflacionaiio

tilhada pelo presidents da Companhia Excelsior de Seguros, Ronaldo Xavier deLima:"Nestemomento nSoefacilfazer proje96es, jd que esta em curso um entendimento entre Go vemo,empresarios e empregados;muito do quese ra a nossa economia saira deste entendimento, chamado de pacto social."

A dificuldade,noentan to, nao se resume as companhias de seguros, garante o presidents da Nacional de Seguros, Victor Renault."Eumasitua9fio desconfortavel para qual quer empresario,em qual quer setor de atividades. Nos liltimos 60 dias,com asmudangaseconomicas, ficouimposslvelfazer previsoes,jaque neste periodo ainfla9ao retomou indi ces substanciais."

Retorno a Janeiro de 86

Com dezembro fechando com uma infla9ao de 7,27%, muitoe empresa riostemem que isto signifique,napratica,uma volta aos numeros de tres digitos,que acompanharam mflacionariamente a eco nomia nacionalate oPiano Cmzado.Na verdade,o re torno da infla9ao e consideradotao certoquetodas as seguradoras fizeram seus planejamentos para 87 baseados na sua exist^ncia e atuacfio implacdveis. A Yorkshire-Corco vado, por exemplo, traba'Ihou com uma media ponderada deinflaQfio de80% ao ano,de acordo com Ro

naldo Santos de Oliveira. Para a Nacional de Segu ros,o caiculofoifeito apartir de uma infla9ao m^dia de31%parao primeirose-

mestre, mas Victor Re naultadmitsque esses in dices terSo que ser revistos ainda em fevereiro. A Ajax incluiuainfla9fioem suas previsSes, mas-nao utilizou indicadores definidos,de acordocom Adol pho Bertoche Filho, que acredita que "o Governo vai fazer esforgos para conter a infla9ao a niveis suportdveis." Na Compa nhia Excelsior, no entan to, esse painel muda um pouco,pois o planejamento daseguradora"foifeito dentro dos indices previstos pelo Govemo quando da implanta9ao do Piano CruZado," assegurou Ro naldo Xavier de Lima. Se ainflagdo vaivoltara fazer-se presentsdeforma sigriificativa,nem porisso ela se toraard um entrave ao crescimento. Ronaldo Santos de Oliveira, da Yorkshire-Corcovado, acredita que o resultado operacional dependerd de seguradora para segura dora.

"Ocrescimentodosetor

em 87 serd em fungdo d" crescimento da econoD^®' Os efeitos da inflagSo s®" todosnegativos a todos'f produtos que sao ofereC" dos ao pdblico. Nao riaser diferente com o^ guro," pondera Ronald XavierLima,daExcelsi'*' afirmando, no entant"; que devera haver um mento na receita de pf®' mios na ordem de 40 50%,com um crescimeij^ real na faixa dos 7 a 8^' Adolpho Bertoche da Ajax,avaliaquedaqi^^ dois ou trds meses sef "possivel fazer um nostico mais seguro 4 evolu9ao domercado,P^l tudo estd na depend6ii°\ dorealinhamento dosp^ 90s e do disparo ou ndo ,, gatilho." Victor Renad' ndo se mostratao confi®*!, te em rela9ao ao cres*'' mento real, achando "encontrard dificuldad® de ser atingido pelo obvio de que o seguro um antagonismo gra^ comoprocessoinflacioh^ rio." Mesmo assim,a N®

°ional de Seguros calcula ^tingir um crescimento '^Ide33% nosprimeiros seis meses de87,com um ^ento nominal da prode 70%.

Realismo e a palavra tern guiadoos planeja„ das companhias SUradoras."Jdconvive°8 com uma inflaq&o Vie 80% e o mercade seguros soube se Utopiaedizer que serd zero," diz ra Santos de Olivei-YQl^®^8scentando que a tra ^ inflapao nSo vai p^®r impacto negative °hiercado8egurador.

paraaeconoressalta. ogj. ®^ault tem um pareQ;, ®®daelhante, uma vez egjJ f'^^ele,"asociedade tigp haais consciente da 9a j®®^dade de seguran? ®stabilidade, atradent ®®guro." O presi- gqj. ® da Nacional de Setaiv considers que este tenha sido, nesses ®ato dez anos,o dnico nfio teve proble"Qi^dequalquernatureza.

Soij^^^iicia,eficidnciae

Qjgj. caracterizam o ®le *^^do," oomplementa

-^tasmas

RenaSt:consistencla e solidez caracterizam o mercado

areduqao doconsumo pessoal.Comoaumento deinvestimentos, crescem os seguros de pessoajuridica que,em termosde receita, tfemumpeso maisforte no setor."

Bertoche:ano "dificil de planejar

Partir de outubro, ° dgio cobrado sobre jj^^utoscomoalimentos, Vg paraindudtriase ^bdrio,em fun9&o do ^'bento de demanda,o ^ ^©rno passou a tomar ^ ®didas qua contenham, ^Igumaforma,ocoiwuj,."de8enfreado."Isso,pobi,nao afetard o mercaA^de seguros." ressalta ,,dolpho Bertoche Filho, bipavez que visa apenas

A tentative governamentalde aumenlara poupanga nacional pode ser, inclusive, ben6fica,garante Victor Renault, para quem"oseguroe umadas formas de poupan9a. Ndo da rendimento material imediato,mas dd estabilidade,8eguran9a." Este ponto devista,todavia,difere do diretor da Yorkshi re-Corcovado, que vS "qualquer contengao de demanda"como responsAvel por uma distorp&o. "N&ose podeafetar aleida ofertae da procura,eoPia no Cruzado fez isso. Por essa raz&o tivemos uma demanda excessive no principio do piano.O segu ro estA diretamenteligado ao poderaquisitivodeuma pessoa, de seus bens e de sua prdpria vida." Para Ronaldo Xavier de Lima,

por6m,as medidas do Go vemolevarfio"apreserva9ao dos patrimbnios j& existentes e,por isso,ose guro n&o sofrera abates, aindaquehaja uma elevag&o dastaxasdejuros,gerada por um aumento da inflagSo."

"Se ocorrer uma hiperinflagfio ou uma inflagSo desmesurada,no entanto, o Govemo terA que recorrera medidas maisenergicas, que acabsirao por desencadeararecessao,"ad verts Adolpho Bertoche Filho.A entrada da econo miaem um processo recessivo 6 sempre uma continua9ao deumainfla9aoalta,de acordocom os mbtodos utilizados para o seu combate.Dessaforma,es te e male umfantasmaque amea9a rondar o Pals em 87.

"Nao acredito que o BrasU venhaa enfrentar a recess&o t&o cedo. Bstamospassando por umafase dificil, de readaptagSo da nossa economia, mas acredito que o bom senso

das partes envolvidas tenha,alem dasoutras preocupaQoes normals, a de nao deixar o Pals voltar aos tempos de arise," almejao presidentedaCompEuihiaExcelsiordeSegu ros. A condupao dos problemas nacionais se3r& decisiva para enfrentar este fantasma, de acordo wm Ronaldo Santos de Olivei ra;

"Acredito que muitos fstoresiraoinfluenciar n& recess&o ou no reaquecimento. O crescimento in dustrial de outubro foi de 10,5%. em novembro de 9% e,em dezembro,tudo indica que a taxa foi ma nor. J& estd havendo um decrdscimo. O Governo tem &sua frente um desafio enorme: reescalonamento de pregos. reajustes salariais,paoto social, necessidade deincremento da poupanga interns e extema,renegociagfio da divida extema."Comb^e nesta conjuntura, o dire tor da Yorkshire-Corcova do afirmaque"6dificilsa-

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REVISTA DE SEGUROS
DE SEGUROS
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beroquevaiacontecer.Todos estes fatores s&o determinantes.''

Victor Renault espera que se encontre uma maneira de ultrapasaar este momento de ineerteza, sem entrar em processos mms dolorosos:"A economia brasileira tern repudiado arecessao.O queeu penso e que hade se encontrar, em bases reahstas, um crescimento programado, condizente com a poupan^a nacional, bastante diferente da euforia que se viu depois do Piano Cruzado, cujas conseqaanciasacho dispensAvel comentar."

Infla^ao traz redefinigao

Asalteragdesque estfio oc»rrendonaesferaeconOmicanestes mesesiniciaie de87nflo devemimplicar, no entanto, mudangas na eetrat6gia de atuaqfto das empresas seguradoras,

segundo os prdprios empresdrios. AdolphoBertochePilho,por exemplo,v6 que houve uma grande transforma^aoem 86.com o Piano de Establlizagao EconOmica. Ate a sua decretac&o, ele explica, as companhias trabalhavam basicamentecom a receita financeira. A desindexaQ&o da economia impossibilitou a continuaqao desta pratica,levando o mercadoainvestir maisnasua operacionalidade."Oitentaeseisteveo merito dereconduzir as empresas do setora operarem deforma mais sadia," salienta.

"O que n6s vimos no ano passado 6 que a gran de maioria das empresas nfio se endividou,apostando no crescimento e aumentando a sua produpfeo," relata Ronaldo San tos de Oliveira, que nfio acredita em redefinicfio para 87:"NSo vai haver mudan?a de politica. Vamosapenas nosadaptor4s novas regras do jogo. Vai ser preciso muita agilida-

cer uma especializa^fi" e/ou uma regionalizaffi® dasempresas,comofoii®® de "equacionar um outrp tipodeganho,quenSoofi' nanceiro, esforgo fei*" em 86 e que deveraserr®" petido em 87." O dir^ tor-superintendente tamb6m que serao feit®® reduQdes de despesas, cionalizagfio das ope^®' Qoes, gerando uma co^' centragSo regional."A® seguradorasdevem conb" nuar seus esforgos, m®®' mo que volte uma ecoO°' mia inflaciondria, p®^^ que prossigam em sua ta de operar Industrie'' mente com lucro."

qualquer tipo de mudanqa ja economia." Victor Reault assegura que a tennaa4especializaqao hd

cad verifies no meraind '^^seconcretizou cfi "^"^^amenteemfun-ry,° inatabilidade viy.j'^^ante em que tem co-c ° processo politiDesde que ®®^abilidade no Pais, torn °mercado se ati,,:^f^®®^avez maisnma hier economia de vres'i regras liXordvJi^^ tendencia ine^ ean<r ^egionsdizaqdo e ®speeiaU2a9ao."

de para permitir isso,porque asalteraqdes que vSm acontecendo no mercado mfluenciam cada seguradora de maneira diversa. Cada uma ter4 seu estilo prbprio de atuar."

Adolpho Bertoche Pilho acredita que pode aconte

RegionalizaqSo taf^ bem faz parte Haa andlis® do presidente da Naciob^ deSeguros,queconside^' entretanto,queaform®!

atuagao atd outubro a mesma com que as coi® panhias de seguro atua^ agora."O mercado eejd^^ mamente dindmico e tet^ que ter esta caracterlsti^ para poder estar perni^' nentemente ajustado ®

realidade um poupor ® apresentada tna r, Xavier de lii- sio;?.^®}dente da Excel°®°Plnno govemaa uma reestratdgia de nSo lio- ■, companhias dog jv^asaconglomera-ttiaig ^^ceiros, somos as emn do que dag^^^sasquesaoliga5a d^f termos a forceir^ "^^oes financonseguir os hd Con^ nma preocupagdo ^daliri "^^Ihoramento da Cdo,a^®• 5dQ'4^°^^f€emadivulgaeemrela®^idari ^^'^zaQdo.Bum P6riri„ ° lue existe, inde3Caw pianos." bdova ®^^cLima, pordm, dauoa ^®^®Pectivademu^'-nto grandes no 'Q®cgnro6,em conservador. Os *^0da devemficaremtordo /^aumentoordena'^aiQ ^'^"-irando ultrapas-^Gonr.'^^f^'^^cnto real da '^a brasileira." Pahia (j' ° mudad aforhflo _ ^cmercializaqdo e Produto em si: "Um ti^Sdro

POdeV, " viaa. ii; oque Pftj ^verdenovidadeemfj^^®®8uro devida?

.Lima, que considera omercado de seguros "conservador

nas a maneira de vendd-lo."

Expectativas

As reaches sdo bem diferentes, como deverdo ser diversas as formas de atuar nesteano. Nohoroscope chinds, 87 e o ano do gato. B o gato e conhecido como um animal escorregadio, independente, imprevisivel, dotadodecardterproprio. Ningudmpode negar que, ate agora, a conjunturaeconSmicana cional e seus provdveis desdobramentos tdm tide o comportamento de um felino. Por este motive, hd quem esteja pessimista, quem tenha olhos "mais realistas" e atd quem este ja bem otimista.

B otimistapornatureza

6 Ronaldo Santos de Oli veira, daYorkshire-Corcovado, que, no entanto, procura encarar o mercado de

seguros em87deumaforma realista. "Como Sayad", exemplifica, anvmninnHn que "vai serumano atipicoedificilcomofoiSB, porqueestamos saindo de um Piano Cruzado onde se esperava uma infla^do bembaixa, deumdigito, e. segundo especulaqoes e comentdrios da imprensa e do proprio Governo, podemos entrar em uma inflapdo de dois a trfes digitos, com uma hiperinflagdo em relagdo a 86." Jd Adolpho Bertoche Filho acha que "ndo devemos ser pessimistas. Vamos ter dificuldades nas dreas intemae extema quanto d divida. mas jd temos estrutura comercial, indus trialesocialpararesistira certas dificuldades." Difi culdades que, para o diretor-superintendente da Ajax, sdo tempordrias, de reajustamento da econo mia. "As companhias de seguros estdobemcapita-

lizadas, a atividade ndo tem por que tamer."

Este d tambem o espirito deRonaldoXavierdeLi ma, que considera o mer cado bem araadurecido e, de certa forma, din&mico, Ijaraacompanhare contribuir paraaestabilizacdoe o crescimento da econo miabrasileira.'' Ele acrescenta, esperanQOSO: "Gostariaque, a exemplo de outros paises, principalmente OS mais desenvolvidoe, 88 desse ao seguro a importdncia que ele tem."

Um pouco perplexo, mas positive por criagao, Victor Renault mantdm suafdnoBrasil; "Achoque meu otimismo tem recebido crlticas de toda nature za, mas ndo perco a confianga na capacidade do noBsopovo, donossoPais, da nossa sociedade, e na criatividade e capeicidade do empresariado privado do Pals."

PeKpectivasW(conty
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REVISTA DE SEGUROS
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DE SEGUROS
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Participa^ao e propostas do merc^^segurador

luem a nova Carta pode ®riar novos mecanismos ^resseguroquepossibilio desenvolvimento as Companhias do setor, Preservando a economia de^visas.

tn ressaltou,entretan-que o Instituto de Res§UrosdoBrasilnaopode excluido do sistemade g pots 6 evidente unportAncia como 6r^queregulaasatividade^ aetorno Pals, alem g ressegurador. Fri2aR ° reali- oziniioo monopolio de no Brasil, "pels certi capitalperten- dor- ?^ercado segura- Qy ^elio Dias declarou serA de muita hovo efetivagAo deSe„,®°^6canismoaderes ort "fiscalizando e as compa-

A abertura do paraempresasde

Ap6sexperimentar

um ano de bom crescimento, como foi 1986, apesar do congelamento de pregos, o eetor de se^roB aguarda, agora, com muita expectativa. a promulgagfio da nova Constituigao para que poaea definir o caminho a ser trilhado. E, como todos os demais segmentos da economia, jA tern propostas que gostaria de ver aprovadas pelos legisladores eleitos em 15 de novembro.

Com a finalidade de detectar o pensamento dos prlncipaie lideres do setor

a respeito da Assembleia

Nacional Constituinte, a Revista de Seguros ouvlu

OS presidentes dos Sindicatos das Empresaa de Se guros Privados no Rio de Janeiro, Delio Ben-Sussan Dias; Sfio Paulo, Octdvio

CAzardo Nascimento; Mi

nes Gerais, AlbertoOswaldo Continentino de Araujo; eRioGrandedoSul, Mi

guel Junqueira Pereira. Nos depoimentos que virfio a seguir, estes empresarios mostram que, emprimeiro lugar, toreem para que os constituintes promulguem uma Carta que preserve alivre inicia-

tiva.Omonopdliodoresseguro e a participag&o das companhias de seguros em outras atividades da economia tambem sSo temaslembradosnasentre^stas, como tdpicos que ^dem, mclusive. serdisConstituinte HoO . fjsso. OS Uderes do setorde seguros anaUe^oatualgraudeest^S2^aodaeconomia,falam

sobrea^fioignciadoslDbWeseomolegitimoinstrumentoaserusadonadefesadeseus mteresses iunto aos legisladores e resmSn™ ^.^"^portfincia do (InstitutodeResseg^-

ros do Brasil) no SisteniA Nacional de Seguros.

Delio: Constituinte 1 deve "corrigir" monopolios

"Acredito na poasibilidade dos constituintes virem a corrigirtodo e qual quer monopdlio exercido pelo Estado, inclusive no setor de resseguros". A opinifio A do presidente do Sindicato das Empresas de Seguros Privados no RiodeJaneiro(Serj), DAUo Ben-Sussan Dias, pars REVISTADE SEGUROS ^

capitalestrangeiro, opre sidents do Sindicato das EmpresasdeSegurosPrivados no Rio de Janeiro disse "nAoternadacontra a medida", desde que sejam respeitados os parAmetros jA definidos pelo Conselho Nacional de Se gurosPrivados. DelioDias considers fundamental, no entanto, que sejareduzida a participagao do Estado na economia, especialmente no setor de.se guros:"Como presidents do sindicato, defendoos interesses de todos os nossos associados, inclusive as empresasestataisdomercado. Entretanto, enquantohomemnascidoe criado na iniciativa privada, sou contrArio a qualquer tipo de estatizagao", afumou. Ainda a respeito deste tema, DAlioDiascriticoua transferSnciadosegurode acidentesde trabalhooara

o Ambito exclusive do INPS, em 1967. Segundo ele, adecisaogovemamentalprejudicouosempresarios, que tiveram um prejulzoconsiderAvel,naepoca, e OS proprios contribuintes, que "passaram a ter uma assistAncia de qualidade inferior".

O presidente do Serj tambemsemostroudesfavoravel a abertura de no vas cartas-patentes no se tor, per considerar que o mercado de seguros esta muito bem dimensionado e capitalizado. Segundo ele, asituagao das compa nhias no Brasil, evidentemente gusirdadas as devidasproporgoes, emaisflexivel do que a de alguns paises desenvolvidos:

"Nos mercados estrangeiros, existem meirgens desolvenciaque sopermitem que uma seguradora tenha um faturamento trAs vezes o valor de seu

JORGE CLAPP

patrimonio liquido. No Brasil, arelagaoentreprAmios arrecadados e patrimbnio liquido e de aproximadamente uma vez e meia, oquemefazcrerser desnecessanano raomento a abertura denovas car tas-patentes," frisou. Em relagAo as fungSes que o IRB deve ter, Delio Dias afirmou que o orgao tem £igido de forma exem plar, principalmente por contar em suas fileiras com tecnicos altamente qualificados. Ele defendeu, entretanto, uma liberdade de agao maior pa raqueascompanhiaspossam, atraves da livre concorrencia, melhorar aqua lidade dos servigos e atA mesmo reduzir as tarifas de seguro cobradas atualmente.

Pereira: privatizagao "mesmo com onus para Estado"

O presidents do Sindi cato das Empress de Se guros no Rio Grande do Sul, MiguelJunqueiraPe reira,porseutumo,defen ds a total privatizagAo do setor, mesmo com 6nus paraoEstado. Eleentende que, seainiciativaprivada estApresents naescalade valores dasociedade, apri vatizagAo do setor deve encontrar "um caminho de facilidades enAode dificuldades."

"N6s vivemos em um regime de economia centralizada, com alta intervengAo do Estado. Sabemosque nfio existeecono mia sem a presenga dele; entretanto, tal influAncia nAo deve ser t&o sicentuada. Particularmente no ca se do segmento de segu10

iMgteriadeCapa!Constituinte
Tm\r-m iti1-r-nT"T%l ..1' \ ■•>, •'■ •iijf % §
18
-:Constituiiitedevecriarnovosmecanismosderesseguroparainerementarsetor
Ta de .<;pc;iinos

Sntutiiite ^'^"'np^'ihias de segurosrealizem lobby aa

ros,nSo econtramos razao que justifique a presen^a do Eatado-empresdrio. O Estado deve prinoipalmente cuidarda eduoa^ao, dasaude,dajustiga.daseguranga", afirmou Junqueira Pereira.

Paraele,"ooxig6niodo seguro" e a economia em prosperidade.Paraqueisto ocorra seria neoessdrio uma gradual desoentralizagao e o fortalecimento dainiciativaprivada;"Ate

OS regimes socialistas estaoadotando procedimentoe da livre iniciativa. N6s aqui no Brasil estamos apenas com a retdrica da iniciativa privada, sem partir para a execug&o," complementa.

JunqueiraPereiraacreditaqueasituagSo poderia ear outra."Se,de um modo geral,o eleitor brasileiro tivesse acesso ao quadro informativo desfrutado por aqueles que Idem 20

jornais e revistas,jd que isso o faria assumir mentalidade de eleitor-contribuinte,provocandofartas mudangas nos esquemas atuais."

O presidents do Sindicato das Empresas de Seguros Privados no Rio Grande do Sul acha que a participagao das companhias de seguros em outros setores da atividade econdmica,atraves do controle acionario majoritdrio de outras empresas, ndo deve ser especificamente tratada na Assembldia Nacional Constituinte. Jun queira Pereira entende que este proceaso ocorrerd natiiralmente, e na medidaque a oconomia brasileira for descentralizada.

Ele considera "legitimo"queascompanhiasde segurosrealizemlobby na Constituinte,porconsiderarquee prOprio doserhu mane "batalhar por seus

ciedade,reuni-los e cons"" lidd-los naquilo que for pertinente.Oque nao pod® haver ea regulamenta?®' de tudo,pois isto seriaP®" car por excesso.Teriaioo® uma Constituinte co'® muitos artigos que, pouco tempo,estaria des®' tualizada."

O presidents do Sind*' cato das Empresas de Sf guros Privados no B'" Grandedo Suladmite afi^' calizagao dosetor pelo GO' vemo,desde que comaf|' nalidade de criar compad" tividade sem quebrar" equillbrio do mercadO' diferengas signifi®^ tivasentreas empresas.G Governo poderia agr^' pd-las de maneira que pO" desse auferir condigoesd® equilibrio na competigd"' Creio que pelo menos est® ponto poderia ser resolvr* doacurto prazo",conclui-

objetivos":"Achovdlidaa reahzagfio do lobby, pois ele. conscientemente ou ndo,e exercido por todos OS segmentos da sociedade,em escala maiorou menor. Contudo,Junqueira Pereiraentende queelede ve serfeito deforma trans- parente e sem inibigoes.

Quantoaopapeldolns-tituto de Resseguros do Brasil(IRB)no mercado egur^or,ele acresoenta queo Orgdotem cumprido bem seu papel,masressal^que o setor quer novas rondj56eg p^ra atuareainda ter o direito de partici-

Problemas referentesaoramo.Perei raede opinido.noentanto quemudangasdestenivei

^devemsertratadaa mla Constituinte:

nai n -^ssembleia Nacio- nalConstituinte eaobera"demff ° ® Sf'?^°®an8eio8do8

lurerentes setores da so-

QUefixar os principiosque OS prmcipios que rrdo reger a economia de "bercado, consolidando e Wvilegiandoaplenaliberade de atuagao da iniciahva privada.Segundo ele, esta forma o setor de se|bro8 podera ocupar, no evidotempo,umlugar de ^taquena"oitavaeconoQha do r^do mundo," particil^do,comosepreconiza, maisde 3% doProdu-

r4r>i-\T-T*o cxvY> OAS ®hteocorreempaises desenvolvidos. to d entradade ca®8trangeiro no mer ^ado de m„.. - seguros. ele afirl-y aComissao deEsQ Constitucionais,en^ egada de elaborar um

bdsico paraos teg .^^oe dos constituinvnJ ^dcerto"aopreserihsr nacional das Qc. de seguros. eteguiuo, do" o ingresso ct te,.J ®scasBo capital exOctdvio Nasci

f^asdmento:setor em "posigao de destaque"

A defesa da livre inicia" tiva, para o presidente do Sindicato das EmpresaS de Seguros Privados e do Capitalizagao no Estado de Sao Paulo, Octavio C6zar do Nascimento,6 uf ponto que deveriadominaf as discussoes na Asseni' bl6ia NacionalConstituin te,quandoforem tratadaS as questoes relativas ^ economia doPais.Em su® opiniao, OS constituinte^ devem determinar o meio pelo qual os empresdrios brasileiros poderao lutar, visando o desenvolvimento da economia nacional e oseu crescimento aniveis satisfatdrios.

Octdvio Nascimento achaquea Assembldia Na cional Constituinte terd

mentoesperaqueOS constituintes levem em consideragao esta proposta da Comissao e que nao haja "umlaivo estatizante.co mooutrorase pretendeu.''

O presidente do Sindi cato das Empresas de Se gurosPrivados e Capitali zagao de Sao Paulo assegurou que, sob comando dos representantes da li vre iniciativa, as compa nhias de seguro poderao ampliar asua vocagaoinstitucional, investindo em empreendimentos de longa maturagao. As empre sas poderao ate,comoe comum em outras economias, assumir o controls de taisempreendimentos, contribuindo para a capi talizagaoefortalecimento daempresa privadanacio nal e na geragao de novos empregos.

Nascimento considera de"grande signifieado pa ra o setor" a retomada da

questao denacionalizagao do ramo de seguros que, no entender dele, deve ocorre no ambito da AssembleiaNacionalConsti tuinte:

"A Comissao de Bstudos Constitucionais se preocupoucom anaciona lizagao das companhias seguradoras,estabelecendo quea maioria doseuca pital com direito de voto deva ser constituido per brasileiros. Isto e muito importante,"frisou.

Lembrando qua na Constituinte de 1933/34 preocupou-se apenascom a regulamentagfio dos poderes politicos — fixou conceitose parSmetrosdo regime presidencialista e preteriu aordem econOmicaesocial—.OctavioNascimento disse quea partir de entSosurgiua visao embriondria do que 6 hoje o Institute de Resseguros doBrasil,bemcomo dana

cionalizagao dosetordese guros. Prosseguindo,lamentou a atitude dosconstituintes de 1946,quesem se referirem a questao fundamental, simplesmente determinaram que aLeiOrdin&riatratassedo tema.Porisso,sua expectativa e de que os legisladores de agora tenham uma postura diferente.

Araujo: Coristituigao abrangente e generica

A Constituinte deve procurar ser uma Carta Magna.que defina,defor maabrangentee gen§rica, OS principios basicos que vao nortear a vida da Nagdo,na visao do presiden te do Sindicato dasEmpre sas de SegurosPrivadose Capitalizagao no Estado de Minas Gerais, Alberto Oswaldo Continentino de Araujo."Se caminhar pa radetalhese minuciascorrerd o s6rio risco de refletir a circunst&.ncia momentdneae passional pela qual atravessa o Pais. comprometendo sua capacidade de ser uma lei permanente e duradoura. Como empresario da fireade seguros,Continen tino de Araujo acha indispens6velquea novaConstituigao brasileira reafirme o direito de propriedadee a livre iniciativacomo diretrizes basicas. E con siders o lobby uma forma legitimae democr&tica de representag&o dosinteresses dos diversos segmen tos sociais.Por este ponto de vista, o presidents do sindicato mineiro acredita queolobbyefundamental para o equilibrio deforgas e interesses de todas as atividades, de cujo jogc

IMSteriq de Copa(cont.)
^^,^temoBruto,comoge-
tj,^^!^®ento
REVISTA DE SEGUROS Rp\,
^cimento;Constituinte deve tratar da naclonalizagSo do ramo de seguros

surgird uma resultante que,certamente,atendera de uma forma seneata os anseios da Nac^.

"Sou fnvorQvelaolobl?y per parte dos seguradores com a finalidade de fazer representar,junto^ As- r ,jciJibO-^ t\8" sembleia Nacional Cohetituinte, a defesa dos inte-resses de toda a instituiCao doseguroe da livre iniciativa," defends ele.

Para o presidente do Sindicato de Minas,o atual grau de estatiza^ao daeconomia brasileira e um dos maiores do mundo.sendo, em alguns casos. major at6 do que o de paises de governo socialista, como nocasoPranoa,Portugale Espanha.

Continentino de Aradjo entende que a funoSo do Estadonosetordeseguros devesersimplesmentefisealizadora e normativa, Mesmo assim. ele ressaltou que isso nao deve toIherainiciativa doprdprio mercado. Ele afirma,ain-

S"® ° importante e existirliberdade,para que osetor privado possaseexpandir e amadurecer.

o que deve constar da Constituinte

Os principals tdpicos que deveriam constar nas discussoesda AssemblOia Nacional Constituinte,em se tratando do setor de se guros. sao OS relatives ao resseguro e as reservas tecnicas. A opiniao fe do presidente da Companhia Patrimonial de Seguros Gerais,JorgeSa SilvaPin to,acrescentando que gostaria que as empresas do ramo participassem de formaefetiva na defesa de eeue interesses junto aos legisladores queformula-

rao a nova Constituipao brasileira.

Eata participaoSo, no entender do presidente da Patrimonial,poderiaocorrer de diversasformas,in clusivecom aformagao de lobbies ou mesmo com a atuaofio direta doslideres do setor de segurosjunto aos constituintes.

Silva Pinto n&o concorda com a modificagfio do modelo de seguros, que atualmento € utilizado pe- lo setor. Segundo ele, os empresdrios do ramo nSo

devem concordar com a criaoao de um novo modelooperacionalapartir da e^boraofio da Carta Mag-

te presiden te e da Companhia Excel siorde Seguros, RonaMo Xavierde Lima,nao exis ts umasoquestaorelativa ao setor de seguros que J^®®^.®®^f°luidana8dis cussoes da Assembldia ^SS.Co"8tituinte.Se^ndo afirmou,osleeisla ores deverao as deter em

cional, para que nao se Perca a posi^ao conquis®^ate o memento."

Concluinclo, Lima afirou que a Constituinte nao deve ser,de forma algjjia. uma"colcha de redr ° seriadanoso a a economia e para a P^PUlagao brasileira:"O jetivo da Constituinte6 g ®®®rvar as diretrizes do tj. no ambito social, bip apenas dos seg- Q, da sociedade e esas atividades no ^icuiar,tipo bancos, OS e outros ramos.' 88-

Ar?A^^®®i'iente da Sul de Oliveira Lyrio, as questoes relaseguros, ^attio todos OS outros rial ®^®'Oconomianaciodag ^devem ser debatita w^^^boraqaodaCarPara ele, os hag 1 devem apettian sobre os teg ® dm nivel 8mt6tico. to_ Q ®ressaltou,entretan® ^sto nao quer dizer tado^ ®cnipanhias se^nso devam partici-

par dasdiscuss6esem torno da Constituinte,defendendo os interesses do rarao. Rony Lyrio acha fvmdamentai que seja debatido no plenario o principio da livre competigao entre as empresas do sistema privado e estatal — oferecendo,com a regulamenta^ao a este respeito,condi9oes para a livre competi^ao e escolha. O presidente da Sul America Seguros destacou ainda que o mercado desegurosesta bem estruturado, faltando apenas uma base para que possa se desenvolver em paralelocom osegurosocialobrigatdrio — acargo doINPS —,que a priviiagio do Esta do.

A luta pela garantia da liberdade de empreender deve ser a principal preocupagao das seguradoras no atual momento politico, afirma o vice-presidente da Porto Seguro Compa nhia de Seguros Gerais, Jayme Brasil Garfinkel. Para ele, a prdxima Constituiqfio precisasersintdti-

caenaoanalltica."Paraisso, nela nao deve figurar nenhuma questao de se guros.Oimportante6que aConstituigaose atenhaa princlpios." Neste sentido,Garfinkelressaltaque o"unico preceito que pre cisa ser preservado 6 o da livre iniciativa, pois com isso se mantem a possibilidade do risco."

O vice-presidente da Porto Seguro acredita ain da que,atualmente,todos

OS setores daeconomiana cional"estao querendo puxar a brasa para asua sardinha,"e queisso transfe rs para os constituintes nmn responsabilidade que e do mercado.

Para que a seguranga da livre empresa seja garantida,ele acha que deve ser feito um trabalho jun to aosdeputadosesenadores constituintes,atravfes dos organismos represen tatives das empresas se guradoras. Garfinlcel espera,ainda,que a Constituigaosejauma regra ampla,amaior possivel,para quetenha validade permanente e nao um oarater transitbrio.

AAssembl^iaNacional Constituinte, que formu lary a proximaCarta Magna do Pals.dever4concentrar suas prioridades nos consumidores de seguros, na opiniao do diretor da Bradesco Seguros.Sergio Motta Corrba, para quem "o consumidor devera ser mais protegido nas suas relagSes com as empresas em geral." Sbrgio Motta acredita queea partirdeste enfoque queasforqasdo mercado irao se compor. Em relag&o ao outro lado damoeda,isto e,ascompanhiasseguradoras.o diretor da Bradesco Seguros considera"fundamentalo estabelecimento de nor masque visem o equilibrio da relagdo segurador-segurado. ■

Para queistoseja efetivado,Motta afirma que as seguradoras devem participar,defendendo seusin teresses, "primordialmente atraves dos drgSos de classe." Ele justifica sua posigfto dizendo que "toda e qualquer atividade empresarial tern obrigagfio de, em um momento historico como o da implantagao da Constituinte, trabalhar pelos interesses dasociedade e doPais,preservando o seu segmento."

debates sobra o pianoeoo* nOmicoem geral,sem pensarem temas espeoificos: A Constituioao naopo" de tratar de detalhea e sUn de normas generalizadasEla nao podeser modificadaatodoomomento "frisou.

O presidente da Excel sior acha que ndo so as seguradoras, mas tambein todasasempresas envolvidas no ramo,devem lutaT pelapreservaoao dosdireitosdainiciativa privadana atjvidade econOmica naREVISTA DE SEGUROS

Embora acredite que o mercado desegurosesteja exigindo novas medidase "a conseqiiente adaptagfio a presents realidade econOmica e social do Pais,"

SSrgio Motta n&o atribui este papel aos constituin tes:"A Constituig&o neoessariamente n&o asseguraa miplantag6o de um novo modelo.Blaestabelece OS contomos legais da economiacomoum todo e, a partir dai, do segmento de seguros." □

Moterig de Copg(cont.^
^au de eetatlaaedo daeco„„„da braaileiea d an...doe n.a,„,es de
22
23

Em louvor da camisinha

oc6s desculpem por puxar W assunto tao desagraddvel mas se a sua possibilidade matem^ticadefazeros 13pontosnaLo- teria Esportiva com um jogo sim ples e de um em um milhao e 600 mil,asuaprobabUidade deencbntrar uma parceira sexualinfectada pelo virus da Aids e de um em 140 milaquinoRio.E,em SaoPau lo,ja e de um em 38 mil.

Segundo a Organiza^ao Mundial da Saude,a Aids e uma doenga100%fatalatecinoo anosdepois de oontraida.Paraela nSoexistem vacmasoutratamentoeficaz Pre- cisamosaprenderaevitd-la porque nao ha altemativa:aaltemativae a morte.

A OMS sugere que evitemos o chamadocomportamento de rlsco e calcula que at§o ano 2000jd estaraomortaspor Aids lOOmilhaes depessoas.Einforma:nSo se deixeenganar pelaaparSnciasadia da sua parceira ou cio seu parceiro o virus pode passarate dezanosno orgamsmo sem apresentar sintomasde suapresenpa.O que signi-ficaquepessoasquesejulgam sa-

®^J'J<iando a espalhar a Aqui reunimos,sem Qlarmismo.o mimmoindispens&veldeinrormagao. E nao imaglnem nor preconoeiio, que or jovons 0 as cnancM devam ser poupadasdessas notioias. Se nao formos rudementefrancos,nao vamos deter o avanoo da Aids. Baata dizer que no ano passado, o Minist^rio da Saude calculou em oito milhaes o numero de pessoas que contrafi^al^im tipo de doen^asexualm^te transmissivel. Cerca de 55% eram adolescentes e a Aids6 uma doenqa sexualmente transimssivel;sb que b mortal.

eietema

munolbgico:sfio cblulase mol6culaschamadas mensageiras,quese conmmcam.Afuncao dessesistema6reconhecer o que6estranho ao orgamsmo e reagir ao invasor protegendo nossa sadde.

Quando um objeto, uma substtooiaestranhaou um microorgamsmoinvade nossocorpo,ele6re24

conhecido.De aoordocom asua natureza qulmica, ease invasor vai ser atacado por celculas do sistema,OSanticorpos e as matadoras.

Eoalame provocado pelainvasSo ativanao soascelulasque vao atacar o invasor,como as que defendem oorgamsmo,aschamadassupressoras.

Masnem sempreosistemaimunologieo atuacomo deveria atuar Entre outros motives, porque a pessoa: 1)nasceu com uma deficiencia e nao produzdeterminadas substdncias ou ndo tern determi nadasceli^,ou sofreproblemas de comunicapao entre as molecu^mensageiras;2)tomou reme dies que suprimem ou diminuem asf^Qoes do sistema imunolbgi-

3)esta malaHmentada.subnutrida, principalmente sem reservasde Vitamina Ce das vitaminas do ComplexoB;4)estdestressada oque podelevar ahipbfisea produzirum hormbnio queinterfere nas nm^bes do sistema imunolbgico5)estar muito infectado por microorganismos e parasitas,o que estimulao aumentode celulassupressoras e impede uma resposta imunolbgica eficlente, Quondo hd uma invasao do or gamsmoeasrespostasimunolbgiC!«IB nfto bOo correlas ou sao lentQS nossa saude corre um sbrio rlsco' 0invasor tern tempodeseinstalar o que pode resultar em infecca<^ por bactbria,fungo,virus,parasita ou em um tumor.

Poroutrelado,nbs podemosre-

for^ar osistemaimunolbgico,desde antes do nascimento de uma criajiQa, alimentando bem a mae. E,depoisdonascimento,dando de mamar no preito.

Outrafonna de reforpar osiste ma e a vacina. As vacinas, geral* mente, contem antigenos sememantes aos que estao presentes nosagentescausadores dasdoenbas.Sem serem prejudiciais ao or gamsmo,eles sao capazes de aumentar a potbnciadosistemaimu nolbgico,aumentando ainda a rapidez da resposta.

Uma alimentapao equilibrada, nca em Vitamina C e nas vitami nas do ComplexoB,e outraforma dereforparosistema.Oideale procurar as condipbes btimas de sau de,evitar ofumoem excesso,o dlcool e o stress.

Os virus sao organismos vivos que medem decimos de milbsimos de milimetro e que so se reproduzem no interior das celulas de se res vivos mais complexos. Sao, portanto, parasites.

Ac penetrarem umacblula.o vlfozcom queelaproduzaebpias dos componentes desse virus E 68808 componentes se reunem e formam novos virus,idbntioos ao invHHor.

Ao invadii- um organismo hos-

^bstAnciaestranha,ativandores^stasununolbgicasque,namaio-

aerrotando o mvasor.

Mas esses mecanlsmos podem

8erprejudicados e o sistemaimu nolbgiconaoreagirbem, oureagii lentamente.

O virus que causa a Aids, por oxemplo, tem uma atrapao exataniente pelas celulas que comandam OS sinais de resposta ununologica. Ele ataca essas celulas e niata, irapedindo o orgamsmo de reagir contra qualquer invasor.

Quern e atacado pelo virus da Aids pode morrer de qualquer doenpa, porque o organismo n&o comoreagiraosinvasores.Dai

0 nome Aids (que, se nao fosse esdos,maniadeimportardosamericadeveriaserSida, signMicando Sindrome da Imunodeficifencia Adquii-ifiaj jg^ob, doengadequem®st4oomumadefioibnciado sistehiaimunolbgicoquenSotinhaan tes,- ' pegou de alguem. Atacando e destruindo as celu^maisimportantes paraas resPostas imunolbgicas, o virus da causaaimunodeficibncia, reduzindoasdefesasdocorpoquase Goraplgtamente aos virus, ^ bacfungoB e proto2o6rios, in clusiveOSohamadosoportunistas, nao atacai'em individuos nor*^^3, mascausaremdoenpas grae ni6 EaLuia qunndohii cUsEiciCnno sistema de imunizagfto.

O problema6 que nao hd trata^ento.Easperspectivasdedesco®rta de uma vacina sSo extremaP^®ntebaixas.Porenquanto,todos tratamentos sao paliativos. Ent&o.aunicadefesaquetemos ®vitaxacontaminap&o. Ovirusda Aids etransmitidoatravbs dosane do csperma de uma pessoa "^ntaminada.Atransfusaodesande uma pessoa contaminada ^®rtamente contamina quern esta ^oeebendo a doapao. Assim tam tam aa agulhastie injepao contaJj^adas ereutilizadas. Tambem

P^perigoemalicatesdeunha, instruinentosdepedicure,agulhaade

•^atuar e instrumentos odontolbgi6oa que nao estejam suficienteniente esterelizados.

Quanto ao sexo, qualquer pratica sexual intima com pessoa in^®otada pode transmitir o virus. Mas o sexo anal b o que apresenta REVt^ta nc CEfitmric

maior risco, devido a fragilidade dos capilares damucosaretal.

Mulheres contaminadas tSm granderiscodedaraluzafiUiosja contaminados.

Mashamuitamentira, preconceitoe desinformagac sobre omodocomoaAidsetransmitida.Nao se pegaAids no contato socialca sual, no convivio familiar ou dos amigos. no ambiente detrabalho. naescola.nemnohospital.AMds e contagioea, nfto e transmissivel peloar. Nao sepegaAids com um nbraco. aporto do m&o ou beijo no rosto. Nempor usoi'osmesmos ooPCS,pratesetalhereedeumdoente. Nao sepega Aids napiscinaou porusarovasosanitariousadoper um aidetico.

Tambem eprecisecuidadocom OS tastes. O teste para constatar anticorpos serve apenas como suporte ao diagnbstico, que so pode serfeitoporummbdico. Apresenpa do anticorpo indica apenas que o paciente esteve em contato com o sangue ou como esperma de um doente. Mas nfto qucr dizer que esteja doente. De qualquer mode, quandoalgubmpossuianticorpos nao deve doar sangue e deve est^ conscientedequeprecisatermais atenpao com a saude.

Paraevitar a Aids algumas pes soas estfio tirando o prbprio san gue, de40em40dias, edepositando em sua conta corrente em bancos de sangue confiaveis. Assim, havendo necessidade de uma

transfusao, tem-seacertezadetomar sangue nao-contaminado. No futuro, certamente, haverft pouca probabilidade de contaminapaoatravbsdosangue, anSoser nocaso dosdrogadosquecorapartilham seringas e agulhas. E que bastafazertestesparaverificarse osangueestdounaooontaminado. O que ja acontece em 100% dos bancos de sangue dos Estados Unidos, daInglaterra, daFranpa, daAleinanha, doCanadd.daSulqa, contra apenas 30% no Brasil. Quando estivermos segurosdo sangue, prccisamos estarseguros dosnossosparceirossexuais.Nfio podendo haver certeza, o certo b proourar umaprotepan muito antiga,jaconhecidapelosegipcioshd maisde cincomilanos: umartefatoque erafeito detripasdecamelro. B queoinglbsSirCondomaperfeipoouparaomulherengoraonarcaCharlesn, no sbculoXVHI. Desdeo sbculoXIXqueacamisabfeita de borracha vulcanizada, um produto que se revelou absolutamente eficaz na protepao contra o temivelHTLV-TTI, ovirus daAids. Evite que o esperma, o sangue, asfezes ouaurinadoparceiro entrem em contato com o seu corpo. Nessestempos emqueatbumoonjunto de rock b aceito em ptiblico com o nome de Camisa de Vbnxis, por que teriamos preconceito capaz de colocaremrisconossaprbpria vida?

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Uma teia e a sua cunha, Euclides, matematica pura dos sertoes

\ Primo de Macunaima e afiIhado de Cobra Norato, Ojuarafoi um Araujoaventureiro. Comooutrosdestemidos,suas histdrias pareciam inverossimeis porquefalavam de regides povoadas de absurdo.Nuncaotcmaram porem per mentiroso. Deade sua primeira metamorfose.a arte oratdria e amemoriaprodigiosa valeram-Uie de apresentagao para os que sabem que a memoria vive no perfume.

Na opressSo e sensualidade de onde nasce,de nenhumaserventia OS mapae.S&oos desafiose conflitos que sustentam e transportam o ndmade em sua saga. A narrativa,relacionando-secomfatosocorridosem algumlugar,mantdm um p6 no mventado e outre no fio do melado. Esta, a essSncia do livro As pelejas de Ojuara. de Neil de Castro,lanqadorecentemente pela Editora Nova Pronteira.

Para 16 da conquista pessoal, Ojuara § nueleo alegdrico. Sua aventura reproduz luta coletiva, busoa de identidade. Ele vive cereado do povo vivo de muitas expressdes.Seuscompanheirossac traqos peculiaresde cultos,medos e Buperstiqdesdeuminoonsciente

regional.Ohumor predominante6 arma liberatoria que o incoipora aos mitos populares.

¥Aspelejassaborosas temperam erotismo com articulaqao de nmo cena composta de diversas culturas,inaugurando realidade nova. H6 uma estrutura de montagem que superpde vdrios pianos, sem penmtirqueoengenho dacomposipaointerfira nafludnciadaleitura. Antes, pelo contr6rio,o procedimento acentua as relagdes de TOmpromissoentre tradiqao orale ficcao, contribuindo para diluir ainda maisasfronteirasentre ambas.

Lendo Ojuara nSo abandonamos OS livros que lemos antes.Isto quer dizer que o cordel onde se inspira costuma recontaroj6oontado. Neil de Castro, cantador, quer nos mostrare manterem territdrio conhecido. As estorias de Ojuaracontam aventuras queou tros jd contaram, sem saber sequer que repetiam sempre a mesma circunavegagSo — fosse por terra,marou ar—da Odisseia.Za^gconheciaosegredodahistoria da literatura: s&o textos que,de um lado,falam sobre umarealida de real ou imaginada e, de outro, falam de outros textos. Contar vunahistdriasignifica,nammoria das vezes,contarahistoria deuma outra histdria.

Desse modo,Neilde Castrorea- liza umavigorosadefesa docordel como gdnero autdnomo. Ele de monstra que aliteratura de cordel nao vampiriza outras histdrias quereconta,mastem nmn sutilcapacidade de refletir sobre elas,remontando-asem outrosistema,fazendo-as reviver com alma diferente. NasPelejas as cita^Oes sSo expllcitas, pressupondo que o jd narr^ofaz parte do mito e tecendo a invenqao em torno dos elementos deste.

"A histdria verdadeira do homem que virou bicho"repousa,cd" mo obra de aventuras, sobre a agao, realgando a trajetdria do aventureiro romanticod la Quixo te.Ojuara6um Guesadacaatinga. Caboclo Rompe-Mato rastreando Beatrice.Umpersonagemquerea-

presenta a problemdtica de uma lingua brasileira, com sotaque nordestino. Um bravo sertanejo wtesdetudopoeta,de quem"tem sidp dito que n&o era um libertino e sim o malcontente.

Artes Plasticas

DEMOCRATIZAgAO

DOPAgO

Oprdprio diretor doPagoIm

perial,Patilo Sergio Duarte, quetambdm6ooordenadordo Cen tre Nacionalde Referenda CulturddaPundagaoPrd-Memdria,adrmte que o projeto6capaz de suscit^ polSmica e oposigao.

A primeira vista,o mlnimo que se pode dizer da"democratizagSo doP^o"dqueaiddiadrealmente arrojada.Trata-se detransformar o atual"museu depdsito" num centroirradiador de cultiira,instalando-se paratanto num dosespa-

Imperial ^8 mais rioos de tradigao de nos^s-hiatdria,apartir de margo,uma de livros de arte e de tecidos ^^^oionais.Mais adiante,no segimsemestre, o projeto prev§ a ^bauguragao de'^macafeteria,que ®ervir& produtos tipicos de diverregidesdoPals,e de um discre^piano-bar,coisa que talvez nao Passasse nem pela cabega do ga'antePedroI.

Nao d de estranhar, portanto, ^Ueoexperiente homem da noite, ^cardo Amaral,tenhasidoconvi•Isdoparafazer parte doConselho

^hsultivodoPago.Alids,dizoseu

^etor que"osconselheirosforam

®8colhidos adedo paraagitar uma Politica ctiltural nSo apenas preo^Upada com a cultura expressive

*^0 belo" — segundo ele, a linha

^ais conservadora no campo das

^lasartes—,"masvoltadaparaa

*2ultura material,como as ativida^es econdmico-BOciais de um pais

•io Terceiro Mundo."At6 mesmoo

^uguel do p6tio interne para festasejantares,como meio de gerar feeeita para promover shows,espetficulos teatrais e exposigdes, nao estA inteiramentefera d^cogitagdes.

Na opiniao do diretor do Pago, liessa nova programag&o, o "know-how" de Ricardo Amaral 8er6indispensavelparacriareven-

Estaabertaatemporadatea-

tos culturaisquesejam ao mesmo tempo rentaveis.

Alistade 12conselheirosinclui, entre outros, o arquiteto Glauco Campello (responsavel pela restaurag&o doPago),oscolecionadores Luis Villares e Luis Buarque de HoUanda,o assessor do PresidenteSamey,Virgllio Costa,oprd prioPauloSergio Duarte e aescritcraMiarinaColassanti,todossob o comando do presidents da FundagaoPrd-Memdria,Joaquim Falcao.

O projeto j6esta em plena execugao,mas,segundoPauloSergio, o novo centro irradiador de cultu ra,ou Beaubourgbrasileiro,como pretendsRicardo Amaral,soestar6a pleno vapor a partir de 1988, quandotermina oatualcalendano deexposigdes,cujo ponto altoserd em julho/agosto deste ano com a mostra do Centendrio de Villa-Lobos,orgada em Czt 9 milhdes.

Atdl6,o casaraobarroco,construido em 1743, palco de tantos acontecimentoshistdricos,prepara-se para se transformar em imponentecen6xio de mais um"fantastico show da vida". . . plimplim! O que d sempre melhor do que o ingldrio destino de poeirenta e pachorrenta repartigfio publica a que se viu confinado durante mais de meio sdculo.

tral, com a pega Giovanni, adaptagao do romance homdnimo do escritor norte-americano Ja mes Baldwin,prometendo serdas mais brilhantes e movimentadas dos^timosanos.Oespet^uloque abriu a "saison" ja foi encenado em Sao Paulo,onde foii^almente bem recebido pela critica e pelo publioo.Afrente doelenoo.Caique Ferreirainterpretacom sensibiMdade um temadelicado — ohomossexualismo masculino — a que o diretor Jacov Hillel soube dar um tratamento adequado.

Ainda de Sao Paulo nos chega outrosucesso debilheteria;Quem tem medodeItalaFatista?,do gdnero besteirol, que ja fez sucesso no Rio, em curta temporada, no teatro dos Quatro,em 1983.

A estreiade Ligagdesperigosas, estrelada por RenataSorrah e Marieta Severo, est6 prevista para margo,no Villa-Lobos.A pegad de autoria do inglds Christopher Hampton,queseinspirou noclAssico de Choderlos de Laclos. O te mafoi explorado,h6 Eilgims anos, por Roger Vadim,num filme com a estrelissima Jesinne Moreau,e oiTidft rendeu Quatert,de Reiner MuUer,dxito reoente do Laura Alvim,oom Tdnia Carrero e Sergio Britto.

^3 grande a expectativa em torno de A estreia Dalva,com a extraordindria MarlliaPera,estrdia tambdm marcada para margo no

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ITEMPOBADA CARIOCA DE 87 J.A.L.
REVISTA de seguros 1
REVISTA DE SEGUROS

Cultuig & Lazer(contj

Carlos Gomes.Trata-se deum mu sical escrito por Renato Borghi, quefocaliza a vida da cantora Dalva de Oliveira, de saudosa inemoria. Bxcelente oportunidade para Marilia exibir todo oseu talento e versatilidade como interprete e cantora.

Fernanda Montenegro,porsua vez,pretendepromoverum recital de poesias de Adelia Prado,quandoencerrarsua excursao peloPais com Fedra.Nossens pianos,seder pe,uma temporada com a comedia de Eduardo de Filippo, Filomena Marturano,alnda este ano.

Sem duvida, um dos grandes "hits"da programaQao serdLucia McCartney,adapta9ao do conhecido conto de Rubem Fonseca,com MariaPaUiUiaeTony Ramos,noa papdis principals.sobadirepao de

Miguel FalabeUa. Falabelladirigird aindaBeatriz SegaU e Sergio Viotti em O Mani festo,e, num verdadeiro "tour de force",sera o protagonista de O Malvado,um"one-man-show"que jaestasendochamado de Allabout Falabella.

Pinataente,agrande revelagfio dramdtica deverd ser A nossa voz, de Luiz Mana Lima Pereira, vencedorado 1.° Concurso de Cultura Laura Alvim.A pegaeinspiradana tragediado preso politico Rubens Paiva,torturado e assassinado pela ditadura.

Um senhor repertorio,em que hd de tudo e para todos, com atores,autores e diretores do melhor gabanto.Aeles,sucesso. AopiibUop, bom divenimento. A oultura parabdns. '

O dlbum oferece aosapreciadores verdadeiras raridades,com execuQoes do proprio Nazareth,de Nonb,de Augusto Vasseur e de Tia Amelia.Ao tango"Odeon",de Na zareth, que abre as 25faixas, seguem-se eomposigoes de Sinhb, Chiquinha Gonzagae J.Garcia de Cristo.

Que OB dlbuns sejam logo colocados a venda.Paraobem de todos e afelicidade geral da Nagdo!

ULTIMO DESEJO

transformando-o em poesia que Hoel Rosa criou seu estilo inconfundlvel. De um primeiro bandobm,ensinado pela mfie — dona Marta—Noelpassou aoviolaosem teresquecidoque,"gragasaoban^olim,exiierimenteiasensagao de ''^port&ncia.Tocavaelogo se reuhiam ao meu redor,maravilhados a minha habilidade."

Ha descoberta estimulante ao Hando dos TangarAs, o caminho bSo encontrou desvios.B,apartir de Com que Roupa?,primeiro sucesso,seu universo e reinadofoio do Samba.

Nusica

UM brindeA MUSICA

Hdalgumtempo,muitoantes

dese ouvirfalai _ _ ouvirfalar em Lei Sarneyeincentivosculturais(materia de capa da presente edi^ao), empresaseinetituigOesde porte—fugindo ao lugar-comum dos calenddrioe,agendas,bebidaa e que tais —,adotaram a prdtica,portodosos tltulos,louvdvelde patrocinar ediQdes especiais de livros e discos-, paraofereceraseusclientesepessoasgradascomo brinde defim de ano.

Como nfio poderiadeixEu-deser, as tiragens costumam ser limitadas,o que nfio impede que alguns deseesgenerosos mecenasaslibe-

rem posteriormente para consu medo grande publico.B oque sinceramente esperamos que ocorra com asfelizes iniciativas daBolsa de Valores do Rio de Janeiro e do Bancodo Brasilaogravarem duas autdnticas preciosidades; os dlbunsomliomenagemaoB lOOanos de ViUa-Lobos e aos "pianeiros", forma cannhosa de designar instrumentistas que se dedicaram a um estilo que tem Ernesto Naza reth como mestre inconteste.

Ofilbum consagradoa ViUa-Lo bos,valorizado por um texto deprimeiraordem quefamiliariza oouvintecom a obra do genialcompo sitor, compreende os seguintes discos:

1 — 12 Estudos, por Turibio Santos — violfio;

2 — Bachianas BrasUeiras n"

2,4e5:

3 — Choros de Cfimara; 16 Cirandas.pianista Ro berto Szidon.

J6otributoaos"pianeiros"red-^trfia musicos,fi^is oultores do

de um repertbrio que fez as deUciaa de um Rio de Janeiro por oerto provinciano,porbm maisamorfivel.

Autocaricatura de Noel Rosa

HA 50 anos a conversa de botequim n^contacom a presenga do seu genialimortalizador. Nemsequer a Vila conseguiu preservar meia duzia de botequins enquanto seesforga para queofeitigo nfio vire contra quem mora lA na Vila, caindono buracodascalgadascom as partituras do musico-poeta. Mas tratam-se de coisas nossas e condenA-Ias pode nfioser maisque um palpiteinfeliz.Ox doproblema

A saber com que roupa vamos nos vestir para homenagear o maior compositor popular dacidade muIber e,por que nfio, de todo o Bra sil.

Foi ofaservando o cotidiano e

"Noelerao tipo do sujeito que86 dava com todo mundo," lembra ®®uamigoNAssara.Suafacilidade bara Pazer vorsoe atrai'a os paroeiI'OS 00m quem coinpOfe alguma§ °bras-primas: Heitor dos PrazePlerrO Apalxotmdo: OrtiBt.ea «Qrbosa,Posltfvlsmo; Andr6 Fi; |bo. Pilosofia; Rubens Scares,E bom Pararou Kid Pepe.O Orvalho

Caindo. Mas seu grande par- ceirofoi mesmoVadico,queconheb®Uem 1932,noestudio daOdeon. l-'Otn ele,surgiram Feitio de Ora-

Feitigo da Vila,Pra que Men^e ConversadeBotcquim,alinhaJlbstre e consagrada do extenso irabalho de Noel.

Fumando Odalisca e bebendo OervejaCascatinha,sua maniaera bnplicar com os outros e expO-los ^situagoes embaragosas. Nfio se Pfeocupava com as aparfincias e ®-hdava sempre mal vestido, com *oupasamarrotadasesapatossuJos. Seu dia oomegava A tarde, Ibando acordava e costumava ^ompor.A noite,o rumo podia ser °Cafe Nice,aTabemadaGlbriaou be leiterias da Lapa,gago apaixobado pela dama da noite.

doSamba

IIOJIS

AZCS 5am a/5^ ar.'.;v rmu* • o isauo -4^

Neste cinquentenArio de seufalecimento,vale homenagear Noel

Rosacom um passeio pelaVila,visitando o Tmoba,um bar mantido pelasua viuva — Lindaura—esua mais querida interprete, Marilia Batista. All mora a honestidade, que cobrava em suas letras,e encontraremos revivescfincias de momentos unicos da historia das inspiragbes. No mais,asfestividaREVISTA

DE SEGUROS

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REVlffTA DE SEGUROS
^
Em sua curta passagem por ^qui — Noel morreu de tuberculoantes de completar 28 anos —, slesoube,como ninguem,cultivar ^amizade detodosque o conheceram,alem doamor do povoe da pai*&o das mulheres que cruzaram Seu caminho.Para a musica popu lar brasileira, deixou uma obra oonstruida,em grande parte, nas mesas dos bares. A data de sua morte,dia 4 de maio de 1937. 1V«> !><> mr THEATRO CENTRAL >u TK, iMmtK U HI WIIH r-* i;
Noel Rosa,acima, na tradicional fotografiafamiliar(ele esta de pe, aossete anos). Nocartazaolado,a prova de que o compositor foi um dos azes do samba.
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des oficiais serfio so lucre, para quem nfio conhece sua obra, ou prazer,paraquem ouvi-la divulgada,hoje. Quanto a ele,jA dissera: "Quando eu morrer, nfio quero choyo nem vela/Quero uma fita amarela,gravada com o nome dela./(. . .)Nfio quero floi-es, nem COroas com espinho/So quero ohoro de flauta, violfio e cavaquinho." Cprdiaissaudagbes,grande Noel!

A cultura e a renda

Aetimologia da palavracultura noslembra,naoinutilmehte,queo sentido primitivo do verbc latino coleree cuidarecultivar OS campos, modifica-los e tom4-los aptos &s finalidades e exig&ncias dos homens.Culturaeportanto umaformade conhecimento que se traduzem trabalho voltado para a transforraagfio da natureza. O termo 6 assim suficientemente amplo para abarear diferentes praticas como a gindstica. as cidncias e as artes.

Naturalmente, para construir uma cultura,no sentido social da palavra, s&o necessdrioe fins, ideais, metas. Alem do que,nao eomenteaprodu^ao de bensculturais6 um fato de cultura,tambdm o € sua distribuiqSo e seu usufruto. Uma democracia deve considerar justamente a cultura em todas assuasformasmaterialse espirituais. um patrimb- niocomum,ao qualtodos, ao menoB em teoria,deveriam participar na medida de suas oapacidades individuais.

Rigorosamente falando, nao exists fenbmeno que de um modo ou de outro nao envolva, direta ou indiretamente, a cultura.

O quechamamos de cultu re de um povo se reflete nao apenasem suas obras de artsou de pensamento, mastambem em suasinstitui^oes eem seu modo de viver, de pensar e de sentir.Nao tera sidp a toa que Mao Tse-Tung,enquanto poetaafeito ao uso da pala vra,denominou revolu^ao culturalo movimento que liderou a partir de 1966, percebendo o conceito de culturacomo determinante dos proprios principios da economia e da politics de uma naqao.

Nos,brasileiros, pobres e ingbnuos, nunca soubemosnos proteger e valorizar legalmente nossa expressao genuina. Sempre incorremosna adopao dos modelos economicamente privilegiados da cena mundial. Substituimos Tupa e Zambi por um poderosoIn God We Trust o que naO deixa de ser verdade.Masesta conversa e velha e, afinal, sobrevivemos para tentar viver.Em momentos esparsos de nossa historia culturalvalores individuals e una poucos ciclos souberam ^irmar nosso cacife e,hoje,como diz BarbosaLima Sobrinho,serianecess^ria umaincompetbneia tit&nica para inviabilizar nosso importante destine nesse palco de fim de sbculo.

Numa Nova Republics nflose deve remendar roupa novacom retalho velho. Precisamos de um oorte de estilo para um novo tecido. Cada novo sistema de cul tura e de vida exige que se refaqa o inteiro complexo institucional existente. As sociedades naostofirmes, e querer manter estruturas inertes, nfio mais correspondentes&s novasforqas dinamicas,6 acender vela em paiol. Entrar em

novaidade dainteligfencia impliesfatalmente modificar OS habitos e as normas da vida passada.

A escoiha de Celso Furtado para o Ministerio da Cultura gerou duvidas. O reconhecimento desua capacidade administrativa, desdeo governo JK,apontava para um provavel deaperdicio. Mas,duvidas de lado, ele conseguiu aprovar a lei de incentives fiscais para a cultura, apresentada ha H anos no Congresso pelo entSo senadorJos6Samey,eregulamentd-la. A Lei Samey, comoficou conhecida,tern o numero 7.505, editada em 2dejulho de 86,e6internacionalmente reconhecida como umadasiniciativas mais completas no campo da cultura. Jac ques Lang,ex-ministro de Cultura da Franca, disse dels:"Bra isto que eu haviasonhado,que havia desejado para a Franca."S6 que por la, mesmo sem a lei, a produ^do cultural sempre foi valorizada e, embora a criapSofrancesa jd esteja meio sem gds, ainda passamaisfilme.

Para Celso Purtado, o Mine — 0 menor ministe rio do Governo Federal ainda estd se formando.

"Nossa principal preocupapap 6 apoiar iniciativas e,portanto,descentralizar aQoes.O Ministbrio acredita,como linha de acSo bdsica, que nao cabe ao Govemofazer cultura. Numa eociedade pobre e desigual,acirculaqaodoa valores culturais d muito limj. toda.E,comavastiddo do Pals,temos que agir indi retamente. atravds de 6rg&os estaduais, munici pals, associapbes civis e, mais ainda,da prdpria sociedade," diz o ministro

Celso Purtado declara-se

convencido de que"a cul tura e afase mais nobreda pollticaeconbmica,dapr"^ pria politics social.Eo qu® o Pais mais necessita 6 de politics social."

Basicamente a Lei SaT" ney concedeu incentive fiscalds pessoasjuridica® e fisicas que doarem, p®" trocinarem ou investirei® em favor de operaqbes d® cardterculturalou artisti' CO. O contribuinte — pe®' soafisica—podera abater da renda bruta de sua de* clarao&o de rendimento® OS valorestransferidos p»' ra o setor cultural ate o li* mite de 10% da referid® renda. Jd o contribuib* te-pessoa juridica poder^ abater como despesa op®' racionalos valoresefetivd' mentetransferidos para® mesmo setor.Cumulativamente podera deduzir dp imposto devido valor equi" valente d aplicagdo da allquota cabivel do imposto. desde que observado o H' mite de 2%. SSo portant® trbstiposde operaqoes:a® doaqbes, os patrocinios ® OS investimentos. As pes soas fisicas cadastrada® no Ministerio da Fazenda para estefim poderao aba ter atd 100% do total de doaqbes,80% do patrod' nio e 50% do valor do ib" vestimento, respeitado o limite mdximo de 10% da renda bruta.

O principal aspecto » ser louvado quanto d implantaqdo da Lei Samey ^ a eliminaqSo da postur® velada de um mecenato patemalista por parte do efflpresariado que se relaciona com a produqdo cultu ral. A partir da lei, o setor privado pode investir concretamente. Abandonsmos OS umbrais de Mecenas, um romano rico da dpocade Augustoecdlebre porsua generosidadecom

f^^istase poetas.A tendesejada e consideOri encorajamento d Ve ^^^^Idade como um in- 5g®^lbiento na comunicaj ° dirigida ao mesmo parao exterior{desbli num meio pu- Q .^Itdrio saturado)e para ^^diterior (ilustrando o das responsabiliPj. sociais dos em^ndimentosprivados).

Q iJo ponto de vista de Alberto Rabaqa, jf^esaor daUniversidade federal do Rio de Janeiro

^^Rj),escritor e diretor

JO Rundaqdo Roberto Ma"podemos consideaLeiSameycomo uma

^ btativa de criar um rae^^diBmo formalde despaj^^'balizaqdo da cultura, ®diante recursos partiblares arrolados para o desenvolvimento."

. alvez a grande virtude ^lei,"continuaele,"seja ansformar a quest&o da dltura de tema acadbmiem uma razao vit^,endlvidadiretamente com o

daempressentregou

S6bado,Domingo e Segunda esq.)tem o apoio da companhia.Vale ainda relembrar iniciativas anidgas: um document4rio — O Som do Povo — produaddo em 1972,com Pixinguinha,Tom Jobim.Donga.Caetano Veloso e Ismael Silva(acima).

ei
Mas viver correndo atras do Patrocmio, Jose, e um estilo de escravatura ou nao e?!
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Teatro dos4 ^ j deEDUAHDOOEFlUPPO
tecan ji iii.'e'-1UOMIKGO UIRAVIA ? ftNOAR Mi 2'ti 9895
PAULO GRACINOO YftRAAMARAL ART FONT JURA REWATAFflONZI PAULO GOULART W.ILOUjn.' PEDSOIERAS MONIWlORRtS : cSANOBIMCHtd ESIERJASIONSKI MAfltOlCTE
REVISTA DE SEGUROS "^STA DE SEGUROS 33
A Shell vem investindo maciqamente nacultura:o ptesldente o Prbmio Shell a Milton Nasoimento.nofinal de 86;a peqa

future do nossopovo. Neste sentido,a empresa terd guesubstituira antiga nopao de responsabilidade social per uma politica de envolvimento direto nagociedade, escolhendo, se'gundo a coerenciade seus objetivos de marketing,a melhor forma de apoiar a produQ&o cultural."

Em nossaconversacom Carlos Rabaga,ele ressaltou que "a natureza da obrigag^ social das empresas — geiar lucres periodicamente — faz com que muitos executivos nao demonstrem interesse por questdes socio-culturais. Acontece que hoje a em presa modema precisaassumir umaposigSo de lideranga na comunidade, pa ra nao dar a impress^ de estar reagindo a pressdes do Governo ou de grupos de interesses especiais. A empresa desucesso nofu ture certamenteserd aque estiver maisligada aosin teresses dasociedade e dos cidaddos,se dedicando in clusive & consecug&o da justiga social." E afinnou que,"pensando bem, os profissionais da drea perceberdo que, em Ciltima instdncia, este processo serve paraassegurar efortalecer osistemade economia de mercado."

Mas 6 importante ndo pensar que asimplesexistdncia daLei7.505/86seja suficiente paraque os empresdrioB saiam por ai apoiando abertamente as artes. Existem ainda aspectos pouco claroB quanto d aplicaigfio da lei e, nessesentido.seriaimportan te investir macigamente na realizagdo de semindlios,debates,campanhase mesmo esclarecimentos peffloaia do Minejuntoaos grandee empresdrios para

queestes,aldmde sensibilizarem-se pela proposta, saibam como lidar na prdtica com o novo setor de aplicagdes dedutiveis.

LuizRoberto do Nascimento e Silva, advogado, sugeriu recentemente,em artigo no Jomaldo Brasil, quefosse criado umdepartamentode consulta parao qua!OSinteressadosencaminhariam suasduvidase interpretagSes sobre a aplicabilidade dosincentivosfiscais concedidos."AIguma coisa proxima do institutodeconsultatributdria," atravds do qual o contribuinte dissipa suas duvidas,e qua,ao mesmo tempo, fosse capaz de administrar a duplicidade de interesses que envolve a lei, concebida pelo Mine, mas que por seu cardter fiscal gera reflexes no Ministdrio da Fdzenda.

Todo este reboligo em torno da nova lei serve pa ra confirraar e ampliar a postura de muitas empresas nacionais ou multinacionais, ha muito tempo atentas paraessaf6rmula digna e louvdvel de divulgagao de suas imagens. Pratica queficou conhecidacomo marketing cultu ral. A Shell, por exemplo, hd 50 anos criou, no eixo Rio-Sdo Paulo,umafilmoteca para produgao de curtas-metragens que hoje reiine 250 titulos sobre eidncia e cultura.

Jodo Madeira, gerente de comunicagdo social da empresa, informou que a verba da Shell para o patrocinio de atividades culturais serd,no exercicio de 87,de Czt 20 milhdes.Oito milhoes de cruzados a maisqueem86,devidoaos novos incentives fiscais.

"A antecipagdo neste gdnero de procedimento em-

presarial correspondia a uma orientagdo da Shell internacional", explicou ele.Sdo cinco as dreasque a Shell patrocina, e a do teatro,atualmente a mais favorecida, apresenta, desde 1986, Sabado,Do mingoe Segimda,no Tea tro dos Quatro,mngrande sucesso ainda em cartaz.

Hd dezanos umacomissaoformada por diretores da empresa vem adqiiirindo obras para formar um acervoprdprio,quedispoe atualmente de 300 trabaIhos assinados, na maioria,por talentosainda ndo consagrados."Um incen tive aos novos valores," diz Madeira. Na musica, foi instituido o Prdmio Shell anual, concedido a Milton Nascimento,em 86,paraoconjuntodeobra popular,eaGuerraPeixe, para o erudite. O prdmio emdinheirofoideCzt 100 mil, aldm da produgdo do disco com uma antologia da obra dos vencedores que a empresa distribuiu de brinde de fim de ano. Para montagenscoreogrdficas,Jodo Madeira adian-

tou que este ano a cornP®' nhia patrocinard quatr®

grupos. Madeira advertiu qd®f Shell em nenhum case videopatrocinio."Prefei^' mosndo confundir aided' tificagdo daempresa.O W' cro reside na valorizsig^ da imagem institucion^' contribuindo para as rb®' nifestagoes culturais- P® trocinamos os projeto® que mais agradam a eib* presa. Nada melhor qdf investir num sucesso,"f'" nalizou ele.

tiacional: apoio ao cinema no Brasil

Cinema, artes pldsti' cas,musicaeoutras maib' festagdes culturais taDi' bem fazem parte do coti' diano do Banco Naclonsli que procura apoiar eventos que valorizem nossd arte e a cultura do Pcds.N® cinema, o banco deu seU apoio a alguns dos filmeS mais significativos de nos sa produgdo desde os herdicos tempos do cinema novo(leia-sedecadadeeO)- '{

Assalto aoTrem Fagador, Vidas Secas,Dexis e oDiabo naTerra do Sol,Ganga Zumba e Garrincba, Alegria doPovo sao expressivostitulos dessa§poca.em quea criatividade do nosso cinema ganhou expressao internacional conceituada.

CarlosPousa,assessor de assuntos culturais do Nacional,lembra que "o apoio continua, presente emfilmes oomoMemorias . do CMcere,de Nelson Pereira dos Santos,Quilombo, de Caca Diegues, e NuncaFomosTaoFelizes, deMuriloSalles.Em 1986

a safra que contou com o apoio do Nacional foi premiada internacionalmente atraves dosfilmes Com LicengaEu Vou aLuta.de Lui Farias, Eu Set Que Vou Te Amar.de Arnaldo Jabor —cuja protagonista,FernandaTorres,levou o prdmio de melhor atriz em Cannes —,O Rei do Rio. de Fabio Barreto, e Sonho Sem Fim,de Lauro Bscorel."

proporcionar a populag&o um contato direto com obrasde arte que tambdm servem parahumanizar a correria didxia. O projeto teve inicio no Rio com obras de Ivan de Freitas, Roberto M^alhaese Aluisio Carvao e se estendeu para Sao Paulo com obras de Volpi e Tomie Ohtake. Para este ano esta prevista ainauguragao do mural Apoteose Tropical, de Glauco Rodri^es.no Rio, apos terem sido financiados paindis de artistas mineiros e gauchos em seus respectivos estados. "Estimular a cultura e papel de uma grande em presa," diz Carlos Pousa, justificando oextenso programa do Nacional para a cultura.

Brahma: patrocinio abrangente

Ainda na area cinematografica, o Nacional investiu na recuperagao da obra de Humberto Mauro e de Glauber Rocha,famosos e pouco vistos.Maisre centemente o banco tern apoiado a exibigao de fil mes de arte e programas alternatives de qualidade.

OsCineclubes Estagfio Botafogo(Rio),Bixiga(SP)e a Cinemateca Paulo Amorim(Porto Alegre)sao um exemplo de patrocinio bem-sucedido.

PBanco Nacionalvemsedestacandoha muitosanospe*0investlmentoem produgSescinematogrdflcas,como hioatram oscartazesaesquerda(com Grande Oteloe OsJarito)e acima.A plnturaPdssaros,no alto,de Roberto Ma^Uides,fazpartedeum projetoinovador—Artenos Muros.

As artes pldsticas contam com um projetoinova dor — Arte nos Muros que visa embelezar oscen tres urbanos atraves de grandes paindisassinados por artistas de renome.O projeto utiliza grandesespagos mbanos vazios para

A Brahma e outra em presa que,desdeoinicio de 86, passou a investir de forma mais abrangente em patrocinios culturais, apoiandooteatro,asartes pldsticas e, mais recente mente, a musica instru mental brasileira de destaque. Paulo Damazio d ge rente de comunicagao da empresae nosrevelou que com achanceladaBrahma Extra pretende associar o institucionalcom o mercadologico. "Desenvolvemos, assim, o embriao de um conceito maior, para tornar patente uma expressiva vinculagao com OS verdadeiros momentos extras que enriquecem a vida cultural do nosso Pais."

Entre os concertos,espetAculoseexposigSes que a Brahma Extra vem patrocinando, o Projeto Meio-Dia ocupa lugar es-

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A exposi^ao de Picasso no Fa«o Imperial(& esq.)mereceu o apoio da Brahma, bem como as apresentafoesdeTuribioSantos(no alto)eCesar Camargo Ma riano(acima),ambas dentro do Projeto Meio-Dia.

pecial. A cada quinzena, no Teatro da Casa de CulturaC^didoMendes,importantes int6rpretes da musica instrumental, populares e erudites apresentam sua arte.Os espet^culos s&o gravados em

video e,juntamente com exposlcoes fotogr^fioas, reportagens e depoimentos,formam um\^oso arquivo de memdriada musi ca instrumental brasileira.J6passaram jjelo proje to LuizEqa,Paulo Moura,

interpretapao de BibiFet' reira, recebeu todas a® atengoesda Brahma.Oe®' petaculo, muitas veze® premiado, certamente t®" ra produzido, per todo^ Brasil,desejaveis associ^' goes para a marca Brs^' ma.As artes plasticas biram pelo menos trds W' portantesexposigoescot^ a chancela da empressClaudio Kuperman, Aid" Malagoli e uma curios'^ mostra de cartdes-post^®' organizada pela Associ®' gao de Cartofilia do Bi"' reunindo 600 postals n" Solar Grandjean de tigny.Alem de ter apoiad}' a bem-sucedida mostra P'' casso,no Pago Imperial." empresainvestiu tamb^''' na area editorial, fina^' ciando A Cervejae os Misterios,domestre Ant®' nio Houaiss,que ja coih®" ga a colecionar premios-, Paulo Damazio explj^ cou que "a empresa na cional genuina, que e a Brahma,sabe o quanto ^ importante incentivar a® artes e os talentos desta terra. Bntendemos qu®desta forma, a iniciati^f privadaampliasua parti®'" pagao na comunidade,toi" nando sua fungao social maisluminosa e envolven" te.

Susep regulamenta

OS **pacotes" de seguros

j, Com aregulamentag^dasope- ^6es de pianos especiais,divul^^nosprimeirosdiasdefevereij.aSuperintendfencia deSeguros ^vados(Susep)deu maisum pas°hosentido defacilitar a vida das Q?Pt"esasseguradoras.A medida, 'cializada na Circular n.° 4/87. j,rhute que as companhias elabo-. ^^ pianos de seguros conjugaque poderSo ser ccmercializacaso nao haja manifestagao g Pti^ada autarquiano prazode jj^as.Antes,asseguradorasesfavam meses e meses a fio at§ j,®®ebero sinalverde da Susep paOolocar na rua os"pacotes" de SUros,que consistem naconjude varios ramos ou modali.^•ies de seguro com a finalidade garantir um mesmo segurado objeto seguravel. o Comacircular,aSu8eppreten'hcentivar a criagao de novos

produtos,que atendam os consumidores potenciais.de seguros de limaforma maisobjetivaeconsentSneacom seusinteresses.Com isso, ela julga que o mercado ter6. maiorliberdade paraelaborar pia nos que atinjam este ou aquele segmento,de acordocom suas necessidades de cobertura.

Como ccnseqdfencia desse processo de dinamizagao da operagao do seguro, a autarquia espera estarimplantando os meios necessdrios para estimular o desenvolvimento do mercado,o surgimento de novas coberturase o aperfeigoamento das modalidades existentes.

Liberdade e estimulo ao surgi mento de novos produtos ndo sSo OS unicos objetivos perseguidos pela Susep com a nova circular, apesar de eerem os principals. A razdo direta da medida visa,tam-

bem,simplificar a tramitagao administrativados processes,em beneficio deambasas paries.Nesse sentido,aSusepentende queacir cular e um instrumento de desburocratizagao.

A comercializagaode pianosnos termosdaCircularn? 4,resultante de umprocesso de audidncia publica,6 restrita as operagoes em que a importdncia segurada da apolice nSo exceda o hmite de retengao da seguradora, salvo se houver consulta previa ao IRB (Institute de RessegurosdoBrasU) e com sua expressa anuencia.Diz ainHftacircular queossegurosdevem ser estruturados obedecendo Aslinhasmestrasdeoperagao dos ramos padronizados, pemntidas insergdese/ou ampliagao decober turas.E hA tambem a possibilidade decontratagao naforma ooletiva.

Pela regulamentag&o dos pia nos especiais,as seguradoras estarao obrigadas a enviar A Susep OS dadosestatlsticos ap6scadaanc de vigAnciadopiano,paraacompanhamentoeavaliagao.OfatoAque, com a Circular n? 4,aautarquiadA continuidade a seu projeto de atenuar, paulatinamente, o regramentoaque estasubmetido o mer cado, visando a beneficiar todo o sistema.

Arthur MoreiraLima.Tu- ribio Santos, Mauro Senisee outros ainda virao,integrando um elenco de qumze artistas prosramados.

Nacena teatral, a montagem de Piaf, brilhante

Estes poucos exemplo® de atuagao de empresa® que investem em cultura ilustram o que se pode d®" sejar que acontega ampla' mentecom osetor privad®apartir dosincentivosfi®" caia que a Lei Sarney prO' poroiona.Etempo de para' frasear o celebre dit® "quando ougofalarde cul' tura, saco logo do meu re volver", atribuldo a Her mann Goering,umdoshomens de Spandau, com "quando ougo falar de revdlver,sacologo da mlnha cultura,''proposto pela no va lei. u

CIm centro de informa^des para controle de sinistros

Ha tambem uma ideia originano Serj de implantagao de um hentro de estatisticas de sinistros, que estA sendo analisada no Ambito da Fenaseg. A central de infortpagdes seria especificamente pa ra controle da ocorrAncia de sinis tros, principalmente no ramo de automdveis,um dos maislesados, REVISTA DE SEGUROS

atualmente,em virtude do agravamento do roubc de veiculos.A proposta,contudo,e ade criar um ban co de dados ample,eontendoinformagdessobre vArias modalidades de seguros,objetivando conter a frauds praticada contra asempresas seguradoras.

Lei Samey(cont.) 1
I
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REVISTA DE SEGUROS
vifi
:ro Ventos

Seguradores reivindicam delegacia especializada

A exemplo do que ja existe em Sao Paulo. OS seguradores do Rio deJaneiro enviaram aosecretArio dePolicia Civil.NiloBatista.pedido paraa criapaode umadelegacia especializada no combateaocrime praticada contra o seguro. A dele gacia teriaafinalidade de atender o crescente volume de deUtos que t6m porfinalidade aobten9ao ilicita de indenizaqdes das empresas seguradoras.

As atividades criminosas atingem hoje praticamente todos os ramos de seguros,n&o so o de automdveis,eendo que algunsdeles, inclusive,amea^am aincolumida-

Setor reivindica ao secret&rio NUo Batista a cria^fio da delegacia de publics, como, por exemplo. o incendiarismo.O aparellio policial melhor estruturado,como ocorreria com a cria9&o da delegacia es pecializada,est€iiia em condigdes de promover a investigagao poli cialcom o dominio de tecnica especifica, dado o car&ter tarabdm especifico dos mdtodos de agSo de-

senvolvidos pelos criminosos.

O pedido dosseguradorescaric casfoiencaminhado peloSerj(Sindicato das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao no Bs* tado do Rio de Janeiro) e estA. atualmente,sendo analisado pelo Departamento de Policia Especia* lizada.

Oscila^ao de pre^os das a^oes ganha novas normas

AtravdsdasCircularesnPs 1 e 2/87,paraas Areasdesegurose de previddnoia privada aberta,a Superintenddncia de Seguros Privados(Susep)disciplinou aeonstitui9&0de provisoes nosoasos deoscilaQdea de pregos dos titulos mobiii&rios, que deverA ser observada naocaaifio do levantamento de balancetese balangos semestrEus.As novas normasjA incidirSo sobre o balango encerrado em 31 de dezembro de 1986.

Asoiroularesestabelecem que o

Seguro pode ter ainda este ano comite de divulga^ao

A performance da Banerjnos ultimos quatro anos

valor dos titulos mobiliArios, por aplicagao,quandoinferiorao valor de aquisigAo,implicarA na constituigao. pelas empresas, de provi soes.em valori^ialao do somatdrio dasdesvalorizagdes apuradas, tendo per baseadatadefechamento do balancete o balango.

Nocasede agbes negociadasem bolsa de valores e em mercado de balcAo organizado. a atuaUzagfto do valor dostitulos da carteira deverA ser feita mediante comparagAo,titulo a titulo,entre os valores

do custo contAbil e a ultima cotagao mAdia ocorrida.Para as agoes foradesseenquadramento,aatualizagSodo valordo titulo deverAser feita mediante comparagao,tambem titulo atitulo,entre osvalores do custo contAbil e o ultimo valor patrimonial por agao divulgado.

Tanto paraasempresassegura dorasquanto para as de previdAncia privada aberta,A vedadaacompensagAo das perdas apuradas quando da atualizagao do valor de agOes com valorizagAo verificada emoutros papAis.Asnormasesta belecem ainda que quaisquer prejuizos apurados na venda de titu los nAo poderAo ser compensados na constituigAo das provisQes,excetos OS investimentos classifioadoa no ativo permanente.

A proposta de se criar um conutA de divulgagao do mercado dese guros, a exemplo do Ccdimec no mercado de capitals,comega a ganliar mais forga. O ConseUio Naoional de Seguros Privados (CNSP)criouumacomissac mista para analisar o assunto. O grupo de trabalhotem representantesda Susep,quesera ocoordenador;da Penaseg(2), da Fenacor(2)e do proprio CNSP(1).

JA em margo, possivelmente,o "Conselhao"deverAapreciarosestudos da comissao,que tem ainda Como finalidade analisar o pedido doscorretcres paraobter verbado Fundo Diferencial de Comissoes de Riscos Vultosos,com o intuito de elabcrar campanha publicitAna institucional.O grupo de traballio do CNSPtambem devera dar parecer aoutro pedido dos corretcres: o de criagao do Fundecor(Fundo de Desenvolvimento do Corretor de Seguros), alimentado com recursosdoseguroDPVAT,referentes aos 8% de comissAo.

Pereira da SUva:reestruturagao comercial,tecnica e adminxstrativa permitiu o bom desempenho da empresa Em apenas quatro anos,a Ba nerj Seguros mais do que dobrou sua participagAo no mercado,pulando da 64.» posigao,com 0,45% do total da receita do setor,para a 25? a 30? no ranking nacional, com 1%dos prAmios arrecadados. O diretor da seguradora,Fernan do Antdnio Pereira da Silva, diz que esse crescimento foi fruto de um planejamento previamente tragado,que paasou portuna reestruturagSo comercial,tecnicae administrativa. A primeira parte do piano,segundoele,foiaidentificagfio dos pontos a serem atacados. de forma que a empresa pudesse sair da incbmoda posigAo no ran kingde maneira graduale planificada.

Fernando Pereira assinala que OSobjetivosforam escalonadosem ORTN(OTN),divididos em trAsestAgios, cujas passagens sempre foram acompanhadasde uma contrapartida de aumento de produgAoelucratividade,numa^evolugAo.

que passou porcontratagoes,promogSes,mudangadesede,implantagao de sistemas de computadores,criagao da area de marketing e da engenharia,entre outros beneficios,inclusive os referentes A melhoria no campo trabalhista e no de treinamento e aperfeigoamento de pessoal. Nesse sentido, lembra que o nivel de emprego acompanhou ocrescimento daem presa.

Elecontatambem queem 1983, no inicio de sua administragAo, quando o mercado ainda vinha acumulandoredugoesdesde 1979 (quadro que so se alterou a partir de 1985),aBanerjoperavaapenas nos ramos elementares, fazendo acordos com vArias oongfeneresdo mercado, que contratavam os se gurosdevidaem grupodosfuncionAiioB do Estadoe do Municipio do Rio de Janeiro,bem como dos pr6prios correntistas e fxmcionArios do sistAma financeiro estadual

i^Quolxo Ventos(cont.)
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REVISTA DE SEGUROS

f^^ggoTeMps(cdnt.)

O seguro atraves dos tempos

(Banerj e BD-Rio). Diante desse quadro,ele revelaque uinadasprimeir^ provid&ncias de sua administraQaofoi a de obterem apenas tres meses(em junho/83)autorizagao para operar no ramo vida, canalizando,gradativamente,todos OS seguros do Poder Estadual pa ra a Banerj Seguros.

Jadiante do mercadono periodo 1983/84,procurandoacompanhar as caracteristicas do banco comereial do Estado,a Banerj Seguros, segundo Fernando Pereira,foi reestruturadaparaatuarcom uma grande massificapSo de pequenos e medios clientes, alem das pes-

soas fisicas. Desse modo, acrescenta,investiu-se emprodutoscomo bilhetes de acidentes pessoais e DPVAT,seguro de vida e incgndio de pequenas e medias empresas."Assim — frisa —,fiel a ima-gem e ao publico-alvodosistemafinanceiro estadual,obtivemosoex pressive crescimento".

Quanto ao futuro,diz ele que a graduale progressivaliberapSo do mercado,atestadaem medidasrecentes,ja determina a necessidade de umarevisaogeralnasempresasde segurps.Para ele,o merca do tende a ficar mais tgcnico e os corretoreseficientes passam a ter papel fundamental na orientapao

aosclientes,face d grande diversificapSo de propostas e condipdes que aparecerdo a uma velocidade diretamente proporcional a das medidasdeliberapdo. Nasua analise crltica sobre o desempenho da seguradora nos ultimos quatro anos,feita proxima da mudanpade direpao nosistemafinanceiro esta dual, Fernando Pereira destaca que a Banerj,"quee umaempress enxuta e com apenas 321 funciondrios". deve na proxima gestdo estar muito atenta ds mudanpas e caminhar no sentido de otimizar seu potencialcom as novas necessidades do mercado.

Porto Seguro

lanpa luz para diminuir acidentes

A Porto Seguro — CompEinhia de Seguros Gerais,juntamente com a Arteb,estd equipando seus vefculos segurados, inicialmente apenasem SaoPaulo—aexjjerigncia,em funpao dos resultados,serd estendida a todo o Brasil mais tarde — com a luz de freio brake light, uma terceira lanterna vermelhainstaladainternamente no vidro traseiro do carro, na altura da visao dos motoristas que vgm atrds. A proposta,lanpada em janeiro,visa diminuir pelametEide o numero de acidentes envolvendo colisdes traseiras de veiculos, atualmente estimadoem torno de 40% do total dos acidentes.

O dispositive6construido de tal forma que impede que o motorists seja perturbado por luz difusa la teral.O efeito dailuminap&o6dirigido exclusivamente para trds, alertando atd o quinto motorists na retaguarda para o uso dos freios. Numa situapdo de freada bruBca. o brake light possibilita aos motoristas um tempo valioso parareapdo,dando-Ihesatd40%de

tempo para tomar uma atitude e proteger-se contra o abalroamentosucessivo pelaretaguarda.Aseqiigncia de ganho de tempo se distribui do seguinte modo:segundo veiculo, 15% de tempo; terceiro velculo,30%;quarto veiculo,35%; quinto veiculo,40%.

NosEstados Unidos,onde o assunto vem sendo pesquisado desde 1960,jdforamrealizados 14estudos,sete em laboratdrios e sete em vias publicas.Estes sete experirnentos prdticos, envolvendo mais de 300 milhdes de quilbmetros, percorridos por mais de 10 mil veiculos,apontam como resultado uma redupdo de pelo menos 50% no ntimero de colisOes trasei ras. Aquelas, que ainda assim ocorrem,tSm seu custo de reparo dimmuldoem 30%,poiscom o bra-

, kelighto motoristsda retaguarda

ganhaat6 meiosegundoa mais pp^ rafrear,diminuindoassimavelocidade do impacto, durante uma oolisao.Poram testes tdo satisfatdrids que, por lei. a luz passou a ser um equipamento obrigatdrio nos novoscarrosamericanoseim-

portados.Posteriormente,aiddia foi adotada tambdm no Canada, Pranpa,Inglaterra e Alemanha.

No balanpo dosresultados,salientam-se os cheques que provocam danos considerados medios, cujos prejuizos materials ficam entre Cz$ 3,5 mil e 5 mil. Ein seguida vSm os casos de perdas totais. que atingem uma faixa de prejuizos que vai de Cz$ 55 mil a 300mil.Osengavetamentos,bem como as batidas frontais e trasei ras,respondem por atd 60%)do to tal das colisdes.

Diante desse quadro nada animador,procupadacom aseguranpa do motoristse dos outros eventuais ocupantes dos veiculos, a Porto Seguro lanpa um apelo: se voce dirige no trfinsito dificildacidade de SAo Paulo,cuide para que OSfreios,pneuse luzes de breque deseu veiculoestejam sempreem perfeito estado.Somente assim voce poderAescaparda contribuipSo mdesejdvelque,ano a ano,faz as cender a curva dasestatisticas;de 30% a 35% dos carros em circulapao sao envolvidos em colisdes anualmente.

Para a Porto Seguro,a introdupao da terceira luz de freio eneaixa-se na filosofia de prestapao de servipo daempress,orientada pa ra oferecer novos servipos para a prevenpao de acidentesea protepao do segurado. u

volta dos corsdrios" — tela de J. L. Wimbush

As atribulagoes de Sao Vicente de Paulo

Durante muito tem po, a pirataria foi

Um dos multos perigos

maritimos — e nAo dos menores,acrescente-se. Servindo-se de velozes bergantins,facinorosos piratas, que agiam principalmente nasdguas do Mediterrdneo, abordavam navios mercantes carregados de valiosas raercadorias.NSn contentesem piIhar as indefesas embar.capdes,capturavam tripu-

lantes e passageiros para vendd-losaos povos bdrbaros — quando ndo eram os prdprios bdrbaros que se entregavam a esse gdnero de rapina.

Alguns desses prisioneiros tomaram-se famosos,como foio easo de Sdo Vicente dePaulo,cujas vi cissitudes sdo por ele mesmo narradas:

I"Naquele dia,osventos eram favoraveis para nos fazer chegm aNarbone,se Deus n&o tivesse permitido que tres escunas turcas,tocaiadas no Golfo de Lyon aespreitados barcos que vinham de Beaucaire, nos atacassem com tamanha ferocidade, que trds dos nossos morreram e os demais ficaram feridos, inclusive eu,queleveiuma flechada que me deixou marcado paraoresto da vi da. Depois de eliminarem nosso piloto oomrequintes de crueldade, acorrentaram-nose nosfizeramdesfilax pelas ruas de Tunis, onde arribaram para nos vender. Fizeram-nos dar cinco voltas pela cidade. com a corrente no pescopo. enoslevaram paraonavio, aonde os negociantes foram ter,a fim de nos examinar comosecostumafa zer antes de comprar um cavaloouum boi,obrigando-nos a abrir a boca para ver nossosdentes,a andar e correr e depois carregar pesados fardos, submeter-nos,enfim,a toda sorte de humilhapSes. Fui vendido a um pescador, que me revendeu a um veIho alquimista,homem de bons sentimentosque gostava muito de mim e se comprazia em me contar suas experifencias, orguIhando-se de ter passado 50 anos de sua vida A pro cure da pedra filosofal." sao Vicente dePaulo viveu cinco anoscomo escravo. Dessa aventura, que afetaria seriamente sua saude, guardaria profunda piedade pelos infelizes subjugados pelo oativeiro, sendo notbrio o episodio em que o semtotomou olugar de um gal6quetombara vencido pelo esgotamento fisioo. Conhecia melhor do que ningubm,

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iHistoria (cont. do numeio anterior)
efour rsairea >},
C. WimbusH
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REVISTA DE SEGUROS L
REVISTA DE SEGUROS
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TSiStofid^cbiil)

por te-los vividos,os sofrimentos e as humilha^oes dos cativos.

Os corsarios

tambem se seguravam..

Entretanto, receando OS abuses,0 Guia do Mar precisava;"Os seguradores nao podem ultrapassar a importancia prevista no contrato,mesmo queoresgate possa alcan^ar um preeo mais elevado,tendo em vistaaqualidade do segurado."

O cursario,embarcagao equipada paraa guerra de curso, donde o seu norne, perteneia a um particul^ reconhecido oficialmente pelo rei. Por extensao, o corsdrio era um soldado quese batia no mar no seu proprio navio,arriscando, porvezes,sua vidae seus bensaoservi9o do Estado. No caso de hostilidades com outro pais, os corsa rios exigiam cartas de represalias, que Ihes outorgavam o direito de confiscar asembarca^Ses inimigas(de guerra ou mercantes)e boa parts do butim.

O govemo nao se negava a Ihes fornecer essas cartas, pois os corsdrios ofereciam a vantagem de seautofinanciarem, oque poupavaosarmamentos e vasos de guerra pertencentes ao Estado.

Oscorsdrioseram segurados corpo e bens."Se o naviosegurado estiver armadoparaocorse,a apolice deverd menciond-lo." (Emerigon). Em contrapartida, nenhuma garantia cobria "os indivlduos correndoos maressem oomissfio de um principe ou

de um Estado soberano, que passam a ser declarados piratas e malfeitor6a. (Ordenan^a de 1681)

rotados de mercadorias preciosas.Aolado do risco das tempestades, existe, nao menostemido,o doincendio, capaz de destruir

Compreende-se, po^' tanto,o pavor dos com^' dantes diante desse sinistroeasua preocupabaoeC se segurar contra ele.

O incendio da Catedral de Sao Paulo

rales

BObCHOT-^'^wsihi

IClavi^re(1753-1793),fundador

O pavor do incendio

Dugay-Trouin,Forbin, JeanBartaincluem-seentre OS maisfamososcorsdrios. Surcouf, morto em 1827,foi o ultimo. Depois do Impdrio, acabaram-se OS navios armados para o corso.

Imaginemos esses belos navios com suas velas enfunadas,os porOes abar-

uma cargainteiraem poucas horas.

Quandosoa a grito fatldico,"fogoabordo",aangustia toma conta da tripulagdo.E preciso parar o navio,paraimpedir a agdo do vento,jogardguaem toda a extens&o do conv6s (mais tarde, acionar as bombas),fechar todas as comunica^des com o local onde o fogo se declarou, tentar abafar as chamas com panos molhados.Basta que um barril de conhaque se arrebente para que a quilha da embarcaqao transforme-se num rastiIho de fogo llqiiido.

Por muitotempo,osriS' cosdeincdndioterrestree maritimo foram relativs" mente pouco cobertos. terra,sempresepodiacod' tar com as associabQes d® caridade para socorrer oS sinistrados,ou,entao, prietaxios sereuniam par® reconstruir osimoveis id" cendiados.Poi preciso qd® ocorresse o gigantescoid" cdndio de Londres, qd® destruiu em 1666 a cate* dral de SSo Paulo e milhares de casas,para quefoS" sem criados naInglaterr^ um "Fire Office" e uid® companhia cujas apolioes vigorariam por sete anosParis teve queesperar at^ 1753 para que Hilair® Maison-Neuve fundass® com sete socios a "Chatdbre d'Assurances Genera' les contre I'lncendie." Di' versas tentativas semeIhantes foram feitas na mesmadpoca,quasetod^ fadadas ao insucesso. E que, em muitos paises, o desenvolvimento do segu* ro contrafogo era sustado pelo receio dos incendios provocados criminosamente para receber as indenizabOes.

financeira dA ^aii?a, ^ Tratava-se de criar uma associabao ^bmfundoeomum.quesenarept^doau^deteiTOi^^

O advogado da Compa nhiadas Aguas,Beaumarchais,responds ao libelo de maneira nao menos agressiva.O autor da ope ra "Figaro" demonstra que as tiradas de Mirabeaunao passam deinvencionices ditadas pelainveja.Contudo,seusesforQOs n&o conseguem salvar o projeto dosirmaosPerier, e Claviere,com o apoio de Calonne — entao Contxolador GeraldasFinanq^—, levantasuacompanhia de seguros contra incendio.

Uma novidade: o seguro de vida

Em seguida", Etienne Clavifere empreende uma grande campanha de divulgabao, procurando explicar ao publico o mecanismo do seguro de vida.

SUrgem,naFranqa, Sg ®r8as companhias de jj6uro contra incendio, (jg biradas no modelo das Qf^Panhiasinglesas.Mas v., ®C6m com dificuldade Vjg®' quanto ao seguro de continua a ser visto ^hiauBolhos.

1 criabao em Paris,em ^ da companhia La q^ S'ale contra incendio origem acenasdignas Uqiromance de Balzac, ^.rt?trando-no8 noseu diaiQ^homenscujosnomes ^ar-se-iam ceiebres.

^aviaem Parisum cer\^\,^onsieur Etienne Cla

te anos mais mcqo do que ele. Letrado, humanista, espirito empreendedor, homem de negdcics sensivel e preocupado com o bem pdblioo, Claviere fez amizade com Mirabeau, queconheceranaInglaterra.Freqilentavasua casa, onde encontrou Brissot e tambem Condorcet. Era um tempoem quefervilhavam as ideias generosas, sob ainfluenciadosfildsofOS.Com Brissote Condor cet, Claviere inaugurou a Socledade dos Amigosdos Negros.que se propunhaa

Figurasinteressantes, ainda proibido naFranqa. s • apinflmfinte61]Qfun* Pensaseriamenteemfun

OS dels irm&os engenheiros, sendo que um deles, Jacques,inventara a bomba Chaillot, destinada a abastecer Paris com a dguado Sena.Na verdade, OS perier pretendiam acabar,per meio de canalizaQoes, com o pitoreseo porem rudimentar sistema dos cairegadores de dgua. Muito naturalmente — a dgua oombatendoof aiddia de uma companhia de seguros contra incen dio impds-se aos dois empresArios.

dar uma companhia,tomando como exemplo as muitas que prcsperam na Inglaterra. Mas eis que, em 1787,ve-se ameabado pela concorrencia do banqueiro Panchaud, que registrara um projeto an&logo na Academia de Ciencias,onde obtivera pareceresfavor&veisde Laplacee Condorcet.

Claviere apressa a conclus&o deseu trabalho,denominado "Prospectus 1788", e trata de deposit6-lo na Academia.

V?®®guro —,trouxefanoideias 6 principios re^®ntes a essa atividade.

^bhavafundarempresas

JbyiaresemParis,em so(l^dadecomseuamigoBa-

, ^Jean de Batz,uns vinL, nc-ra i-\T? Tm/*\C

^'^onsieur Etienne Ula- abolir a escravidfio.Entretg genovesdecinqaen- mente8,ogenoyesnSoperK ^oe,que,tendo traba- dia de vista a intenb&o de em Londres—pdtria criar uma companhia de seguros contra incendio, quando tomcu conhecimento que a Companhia das Aguas, dirigida pelos irm&OB perier, tamb6m pensava em fundar uma empresa semelhante.

MasClaviere tinhaami gosinfluentes;Mirabeaue Brissot,logo que ae inteiraram da situab&o,desfecharam vigorosa campa-^ nhacontrao projeto dosir m&os perier,aouaando-os de vulgares agiotas e afirmando que tudo nSo passava de "erros,intrigas e charlatanismo.''

"Em todcs OB paises dizia ele — em queh& uma real preocupaQdo com o bem-estar dosindivlduos, OS homens que inventaram esse tipo de seguro sSo tidescomo benfeitores da sociedade."

Claviere nfio esperou a aproveibao do seu "Pros-

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Etienne da Compagnie Royale d'Assurances.Suicidou-se na prisdo.
NE
O
i'; , CONTRE
I,Its ASSURANCES,PRIMES.TONTINES,
seguro durante a Revolugao
n
, LOTEWES, TlO"'
Jg^ulados.Aideia
No inicio do seculo REVISTA DE SEGUROS

Em abril de 1712, 6 nomeado ministro das Contribuigoes (ministrodaPazenda)nogovemoglrondino Dumouriez-Roland, que nao passard de dois meses. Poi seu amigo Brissot, entao ministro do Interior, quem o indicou a Dumouriez, ministro da Guerra. Claviereaproveita a autoridade de seu posto para tentar reprimir a agiotagem que medra no seiodesuapropriacompa nhia, onde as agoes alcanparamo dobro do seu valor real. Suas tentativas servem apenas para despertar o odio dos agiotas con tra ele. Quando o rei destitui o gabinete girondino,

emjunhode 1792, Clavi^ re atravessa uma fase " "dor, trabaUio e inquie^' Qao", em luta contra as vestidas de "comiss^no perfidos,ignoranteseco^ ruptos", que Ihe exig®® presta^ap,de contas " companhili. Contudo, volta a parte do ministerio agosto de 1792, quand" levante popular ja ceraraoReiLuizXVIes"^

famllia na Prisao do plo.PazpartedoConsel^^

Executivo designado P® Assembleia, juntam®^^ com Danton e Roland21 deseterabro,aConv®^ pao declaraarealeza daeproclamaaRepubU^^

JacquesPierre Brissot(1754-1793), aesq.. amig® de Clavibre. Preso e pouco depois giiilhotinado. O Conde de Mirabeau (1749-1791). abaixo. rompeU com seu velho amigo Claviere, a quem criticou exacerbadamente .ooooooo.

pessoas deixam de ser '^ousieur e madame, pasa ser chamadas de ci"®dao e cidada.

Embora admitindo que Principio se tivesse deiseduzir pelas novas oh Clavierefe- "arOS olhos aos excesses Revolupao? Ura fato e ®g4vel: nao podia igno^asfreqtientesviagens

^BarSo de Batz a Lon®8,parasubtrairosfun®daLaRoyaleacupidez ®convencionais.

17q^ 21 de Janeiro de ^^3, LuizXVI,condenaarnorte, aguardanapriacarruagemqueoconcadafalso. No ul^^oinstante,sabe-seque ®ioxalQdoprefeitodePa

ris, que deverd transportar o soberano, nao esta disponivel. Onde encontrar outro coche rapidamente? O ministro da Pazenda, Etienne Claviere, ofereceoseu.

A prisao e morte da Claviere

Em2de junho de 1793, Claviere 6 preso. As com panhias financeiras tornam-se suspeitas, todas sao acusadas de agiota gem, palavra terrivel, sinonimo de trdfico e de ma-

nobras desleais. Por sugestao de CoUotd'Herbois, Claviere 6transferidopara a Conciergerie, onde seu amigo Delessertjao precedeu.

Picard encarcerado du rante sete meses. Sem duvida, soube na prisdo da sorte de seus antigos pa res: Brissotfoi guilhotinado emoutubro; Roland suicidou-se em novembro, ao saber da execuoao de sua mulher — a celebre Manon Roland. Logo em seguida, Condorcet se envenena. Um mundo se acaba, semque desponte a aurora de uma nova sociedade. A 18 de dezembro, Etienne Claviere recebe o autodeacusagao: dilapida-

Oao das finangas, agiota gem, remessa de dinheiro parao exterior, corresponddncia com realistas. Em suas Memoriae, o conde de Beugnot, companheiro de celade Claviere, narraatragicadetermina9ao do primeiro ministro da Fazenda da Republioa, que se suicidou namesma noite. Su^ Ciltimas palavras foram: "Leia se tiver coragem — disse-me, passando o auto amarrotado —e diga-meo que restafazer a um homem de honra."

Traduzido e oondensado de mSTOIRE. ConcluJ no proximo numero

pectus" para abrir os escritorios da Companhia Royale.

Seuamigo,ofinancista

Delessert, Ihe dava total apoio; outre amigo, Pulcheron.respondiacomDe lessertpelaadministragao da empresa, enquanto o matemdtico Duvillard — o primeiro atudrio francos — calculavaumaTabelade

Mortalidade que serviria durante meio s6culo de ba se aa companhias francesas de seguros.

Jean de Batz tomara-se influente na corte, e grag&B aos favores de Mon sieur de Breteuil, ministro daCasa Real, obt^mo alvard autorizando a Compagniecentre llncendie aadotar o nome de Compagnie Royale d'Assurances, incorporando dels ramos: ino6ndio e vida, com o privll^gio de quinze anos sem

concorrencia.

Poi esse privilegio que indignou Mirabeau. Esfriaram-se as relagdes entre o tribune e Etienne Claviere. Mudando de campo — e principalmente preocupado era manter a sua imagem de homem integro —, Mirabeau voltou-se contra seu velho amigo, proclamando que o citado privilegio "era um residue da anarquia feudal" e denunciou a Companhia Ro yale em doia libelos sucessivos, intitulados "Dendncia da Agiotagem contrao Rei."

Um problema: a agiotagem

Imperturb&vel, Clavie rs oontinuasuaaacensSo.

brasil SALVAGE SA

Sociedade Brasileira de Vistorias e Inspegdes

Atividade principal; Vistorias, inspeglnem embarcacdes maritimas

Outras atividades: Vistoriasem equipamentos

Vistorias de cargas

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Mpna(cont.) ; . -.i /<■' „•{ /' -.••>'-:'C ;■'■ ^ooo<
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A.L. REVISTA de SEGUROS
'Wr.A
DE SEGUROS

Contos de Ms

Interessante questao sobre sepo de vida

Estd pendente de decisao em uma das nbssas Varas Civeis uma imeressanie quesiao sobre seguTO de vida, a primeira, lalvez, que.no genero,se agiia no F6ro local.

Certo subdito aiiemio aqui resideme,querendo garamir a familia uma indemnisaqao peiasua' morte, fez, antes da guerra de 1914, um vulioso seguro de vida numa companhia allema.

De accordo com o comracio, pagou reguiarmeme lodosos premios, em marcos papel, moeda entao correme na Ailemanha e convencionada para os ditos pagamentos.

Tendo complelado o numero de quotas a que sc obrigara, foi considerado remido,passando os seusherdeiros a ler pleno direiio ao recebimento do valor dosegu

ro que seria igualmente pago em marcos. moeda correme allema.

Ha mezes airaz faileceuo se gurado.A viuva,como era natu ral, reclamou da Companhia o pagamenio da indemniza;ao e, aliegando que a moeda agora cor reme na Ailemanha nao e mais o marco papei,e sim o"marcoouro", pleiteou o pagamento dose guro nesia ultima especie.

A Companhia se promptificou apagaro seguro,porem,em marcos papel, moeda que fora objectodo comraao.Dahi o piei10 renhido, ainda por decidir.

Trata-sc evidentemente de um conlracto em que nenhuma das paries cogiiou da hypoihese supervenieme da completa desvalorizaqao da moeda convenciona da eem que,justamente,por nao mais existir essa moeda, fica o

conlracto sem objecto.

A herdeira, pleiteando receber marcos-ouro quer,realmente, mais do que iheseria devido, a Companhia offerendo o pagamenloem "marcos-papel"offerece quaniia irrisoria, pois que converiido o valor do seguro em marcos-ouro talveza importancia nao atlinja a um Reich mark!

Como decidira o juiz a con troversia? Ao iado do aspecto purameme juridico da quesiao em que inconiestavelmenteapparece como ponio centraloelemenio— aiea—com que jogaram as par ies,ha0eicmenio—cquidade, que nao pdde permittir o paga mento de umaidemnisacao de algun5"reis",aquesesegurou por muitas "centenas de mil rdis".

Mas,por sua vez, a quesiao nao poderaser somente decidida

pelos principiosdeequidade,da do quesegurador e segurado fir-. itiaram urn com racto,cujas clausulas0juiz nao pdde desprezar. A controversia e imeressanie. Vejamoscomoadecidiraoillustre magistrado a quem esta affecla a causa! Nam hoc nalura arque

um esl,neminemcumalierins^

trimento fieri locuplel'®''' {Dig. L.XI16, 14).

OTTO GIL des" (Advo§|^o nos auditories Capital) (junho

E nascia 0 facismo.

A politica profissional tern, nosultimostempos,soffridogoipes tremendos.Na Italia, Musso lini humilhou a Camara cobarde, disse eiie. Na Hespanha, Primo de Rivera subio ao poder aos gritos — Puni os ladroes!

Na Polonia, disse ha pouco um telegramma publicado pelo "Correioda Manha",de 3 desie mez;

"Tendo eleiio e empossadoo novo Presidente da Republicae forcado outras medidas de interesse nacional, o marechal Piiudski inicioii hoje a tarefa de que eiie proprio seincumbiu deexpulsar"osladroes",ostraidorese os "assassinos"da vidapublica poiaca,limpando a politica naciona! da lerrivelcorrup?ao que ievou o paiz as bordas da ruina."

Na Grecia, sob o rotulo de Republica,foi creada umadictaduramiiitar. Naosabemosselio exercito tem traiado as populacoes das suas cidades revolucio-

nadascomafuriadebarbaro^^l^ ,

migos,comoacontece em o" nafoes. jf Em Portugal,declarous® neral Gomes da Costa: Nao precisavamos movimento desta grandera. nos irmos sentar nas cadeif^s Poder. Porque, no

findou, quaiquer anaipW ^ podia occupar esses log^r^^'^ grandes valores tem-se j. j, systematicamente da ReP"'''jjc porque nella naotem encontt abrigo. Esse abrigo s6 o trou a canalhaque arrastou o d situafao em que seenconif^^, E um manifesto da 5?" • sao do Exercito disse: salvaraNacaodaignomiii'* poiiticos. Revoltando-se co" as clientelas politicas que d£' j minaram o estado vergonhos'Jj, quechegou o paiz,esiamosaO do da inteliigencia e do sab^'''

[junho'

Viva 0 povQ brasllelro!

■Odcrrotismoquefazcom cidadaos prefiram o 5exttangeiro ao nacional. -"■aiigciro ao natiuiiai. tin j P^i'coumillusiteargenr—'w ui;i iiiujin. 0151.11^)arou que um dos males 1 e a falta de optimismo povo, uijj^'i'fncuidadesdopresente flevetndesanimarosquesao

Jq.®fuiuroedasnacocsnovas, ^xosemformaqao. ^'Tasiieirostemosdefeitos dp '^"ciaeoserrosdamocida^lacoesmoddaresattavest '^mbem, crisestremendasVtij'''^®«ramcorrupqoes terriainda hoje, nao se com-^^penasdegenrehonesta.

jj mesmo, nesta Revista, ^ ^^occupamosdaopiniaode

iuj."^lasdelongaseacaresiiada tiq I'^ingieza,eosviciosdaadtjj^'hntschili,'^'faqaodasforfasarmadas,

deHeidelberg,aoiadodas

Qualidades dos seus patrijij^®'leniaes,achaaarrogancia, a accao violenta e sem %ulo.

tL ^0 povo francez 0 que nao '''toescriptores francezes?

Quanto aAmericado None, receniemenieo Sr. Halan Stone, minislro do Supremo Tribunal dos Estados Unidose antigoprocurador geral, num discurso que pronunciou,noInslitutoAmeri cano de Direlto, declarou que 0 seu paiz e aqueile em que meno^ serespeilamasleisnomundoeesid, apoucoepouco.enttando nu ma desmoraiisaqao sem precedenies.

Naonosdevemosconsiderar, pois,iiiferioresaoutrospovos.Se algunsrepresentantesdenacionalidades extrangeiras nos juigam com rigor — deixai-os falar porque elles nao se lembram do seu passado, nem das chagas actuaes, que 0 verniz da civiiisacao estacobrindo.

Os braslleiros tem defeitos. mas, tambem, tem virludes. Os seus sentimentos sao amaveis. suasmaneirasdeiicadasegraciosas.

Elles se sentem chamados, mais que nenhum outro povo, a agir nesta pane do continente, com espirito civiiisador e largo sentimemo de fraternidade.

podc evitar cu que e difficil de prevenir."

Maniem, pottamo, valores da fortunapublica, quersejaavi dahumana, que e, tambem, capi tal, quer sejam as cousassobreas quaesserefiecieodireitodepropriedade. E dessas cousas que 0 Estado lira os elementos de sua propria subsisiencia: predios, mercadoriasem giro decommercioeconsumelocal, fabricas, etc. Garamindoosvaiorescorrespondentes a todos esses bens, 0

seguro garante, ao mesmo tem po, OSimpostos aqueesiaoelles sujeitos. Logo, 0 seguro e uma necessidade para a existencia da administraclo, um meio de conservar a riqueza nacional.

Nenhum homem degoverno pode ver no seguro uma fonie de impostos, porqueestesjasao pagos pelos predios, pelo commercioe pelaindustriaqueeiietranquillisae garante.

de um facto visto, examinado, apalpado e seniido nao tem impressionadoosgovernantes.0se guro e duramente laxado pelos fiscos da Uniao, dos Estados e dos municlplos. Ea gallinhadeovosdeouro. Se com 0 dedo procurarem muito 0 ovo cubicado, 0 bicho pode morrer.

K 0 seguro nao cobrc uma csde bens disiinctos dos de'3is. "Eum meioderepararou attenuar, deumamaneiramais

ou menos larga, asconsequencias deceriosacontecimenlosprejudiclaes4spessoas eascousas: euma garanilaconiraumdamnoque se

Infelizmente, esta verdade, que se impoe com a brutalidade

Os seguros fazem pane da EconoimaPolitica, que os estuda como elementos de bem estar e progresso. ao Iadodocredito,da (junho

Spectator
XV
Praga
[|^|P«ncersobreaobscuridade
oconhecidopro-
0 valor Social do Seguro
1925)
.\ Jdcadti* c o tmlu"* wMo par* « tort* 4^1 •; .Mdc* rrt* Mtancntbiit efs ■A DE SEGUROS 47

DOS JlmlvDs da Msta dE Sems IconU'Hi

lavoura, da indusiria e do commercio—asgrandes fotfas da sociedade.

A poliiica nao deve desconhecer as suas vantagens, nem impcdir a sua libcrdade de acfao. Poliiica e a arie de dirigir os negocios publicos. Vem de poljleno. adminisirar a Republica.

Poliiica nao e isio que vulgarmemeconhecemose que mereceu de Liiire o seguime conceiio: "Tudo prospera,salvoapoliiica que inhabii, ma ou insensaia,nos despoja de todas as nossas vanta gens."

Nao bastando essa imprudenie poliiica fiscal, lem alguns legisladores preiendido difficullar e encarecer as suas operacoes,

por meio de piojectos esdruxulos, que 0 bom senso presidencial lem . evitado ou repellido.pelo seio. Essas proposias de lei visavam oprimir ocommercio em-geral; ulirajavam a Constiiuifao e negavam a civilisagio brasileira. Nada haveria semelhameem paiz algum esirangeiro, A lei nao podeser conlraria-a moral.Segundo Lasiarria,o que forma oseu caracierimponente e queelladispoe da forta."0que

Ihe forma o caracter sagrado e queellaprocededajustiija.Auiilidade social nada deve ter quese opponha a esta base de loda a legitimidade."

(jimho 1925)

Oitava maravilha do seculo

peculam com o seguro, provocando osinisiro,simulando a perda ou a avaria ou exigindo mais do que o bastante para cobrir o prejuizo. Estae a regra,Podehaverseguradores,quese apeguem a circumsiancias minimas para recusara indemnisa^ao ou obier umabatimento ou procurem dar ao coniracio inierpreia^ao so"phisticaiSeareclamagaoevuliosa.

Havera isto, mas na maioria a toriiceiria e do segurado.

As boascompanhias,de vida folgada, nao amam as protelafoes.

Quern liver de opinar n'um caso de seguro deve examinal-o para ver onde esta a razao.

Nao deve considerar o segu-

radouma vestal nem aseguradora uma virgem druidica. Se parlir daidea preconcebida de que a companhia nao tern razao e deve sempre pagar, por que recebeu o premio, ficara na posifao daquelle juiz, que disse ao Dr. Lafayette Filho, advogado de urn ajougueiro: "Afougueiro aqui nao lem defesa. Esta condemnado."

Entreianio, parece que o Cod.Pen.dizalguma cousa a respeito dos julgadores que agem com animosidade.

Segundo Pedro Lessa,ojuiz naopode ter prevenfdes. Nao ve a pessoa, mas o caso juridico.

fseiembro 1925)

DR. WRSHINGTOIT LUI2 Urn candidato republico

A convenqaodas municipalidades brasileiras,aqui reunidano dia I2deste,adopiouonomedo

Exmo.Sr. Dr. Washington Luiz Pereira de Souza, para candidaloa presidencia da Republica, no proximo quairiennio.

Pelas alias funcgdes pubiicas que tern excrcido no Estdo de S. Paulo, e pela sua reconheeida probidade, o candidato a curul presidencial muito se recommenda as esperanqas nacionaes.

Seguro para tudo e para todos

explicarem aquellesas ol- - -i c# e deveres decorrenies do o

• 0segurado e em re^®^ rante. Os agenciadores ros.querpelaanciadere^ ^ a commissao pelo prenti®' > por nao conhecerem gras legaes, tambem. cam aosseusclientes. NossegurosmariiifdS'u gurados naosabemoqu®^Jj diaou barataria,assimc£"d^ poem queavaria grossasW ^ avaria muito grande. U"^ tambem,quesendo o rado inferior ao valor da^ saoellesseguradoresdof* te.

Confessar alguem que tern prevenfao contra o seguro,revelafaltade equilibrio mental.

0seguro,no dizer de distinctoeconomisia,e a oiiava maravi

lha do seculo XIX, porque foi

nesse seculo que elle aitin^o oseu grande desenvoivimento.

Asuaimportancia^tal.que

0poe no quadro da ecotiomia po liiica.

Ossegurados muiias vezes es-

ram para a America do Sul constantemenieesiao fazendoseguros assim:

"Constamememe fazemos seguros depessoascomrao "ris co" de let gemeos.

"As pessoas que sao muito distraidas tambem fazem seguros contra o risco de perderobjectos ou documentos devalor. Asapolices deste genero augmentam de anno para anno de ll'fo mais ou menos.

"Fazemos,tambem, seguros de pessoas que caqam, contra o mao tempo, contra doengas dos pesoudaboca, denadadores profissionaes contra os ataques de caimbras, eja seguramos um conhecidoescripiorderomancesem series.

nal da Manchaseguram-secontra 0 facto de poderem afogar-se.

"Os actorese as acttizes seguram-secontraaperdadocabello, dos braqos e dapropria pelle. Ha pessoas que fazem seguros contraomao tempono seuperiododeferias. Amaisestranhaapobeedeseguroqueconcedemosate hoje foi a de um conhecido gas tronomequeseseg.urou contrao faao de poder ficar doentenodia dojamar de Natal.

"Hapessoasque fazem o se gurocontrao factodepoderasua casaruir, depoderasogravirmorar no seu lari depodersermorta porum relampagoeoutrosfactos quetaes."

EdecrerqueS. Ex.,noalio posio a qne estd destinado,seja urn verdadeiro Republico^homem zeloso e amante do bem publico — e nao simplesmente um republicano, porque tem havido republicanos que sao muito maus republicos.

Para vlce-presidenie, foi indicado o Dr.Fernando de Melio Vianna.presideniedeMinas Gerais.

(selembro 1925)

Barataria e outraa ignorancias de 132S

Estamosconvencidos do que goeseniresegurados e seguradouma grande pane das contesta- res provem do facto destes ndo

outrasfazendasdocd^

Quando aconiecc o eellesse v?mem facedessd® ^ toes; nao receberem a ?ao por ter havido barataTfy loas memo ou coticorrerem P'' cionalmente para os re; predio sinistrado,senteffl-^' judicadose dahi a revolia t levolenciaconstante.

*^1'ij. 'b'er coisa e tudo nesle OO^gaeamaisfa^

, Panhia de seguros do f,'"teiro.

"Fazemosseguroscontraterremotos e revolufoes, diariamenle. Eniretanto, noquese refereas revolugoes gregas, exigimos um premio mais alto.

"Todos os nadadoresdoCa-

GOTTAS PHYSIOLOGICAS

BILVA ARAUJO

(dezembro 1926) D

I'l'Jeroso Toiiico dos Nervos, do Cerebro, do Sangue e dos Museutos lOiui.iii.i-tiido-Kola-Arrlinisl) Augmenia o peso e di boas c6res

^ ^maescoladominical; j'V^lotheairalmorrerantes

^'erremotos aieacon^"la apolice a um bebe .'h 1, ^®fampo;desde o facto Paraevitaristo, as esiragado um nias devem distribuir com '*■freguezes pequenos livros explicagoes necessarias, queelles, conhecendo osl'"*,

daresponsabilidadedosegd' ascausasdeperda dodireil" . demnisagao,sejamcuidado^j nrpviH^nfPc P oSa op previdentes e nao as aboff' ji sem com reclamagoes icnp^ nentes.

annos, tudo pode Jif).'0, aiemesmoonarizde ^ij^diantecujaprincipalha\^5stejaemfazercomelle careias differemes. 0 tudo faz seguro. , ''Svisiado por um grande ^'''ndrino,umdosdirecto-

A maneira:

"Naohacoisa no mundo inleiro que nao possa sersegura no Lloyds. Antes de tercomcfado a grevedocarvio, muitas e muiias pessoasvieram fazersegurosconiraapossibilidadedeumagreve. Aciualmente estamosacceitando riscos contra o facto de durar ella mais de um mez ou de acabar em cerlo dia, predelerminado.

"Quando a grande greve se encontrava ]& no ar, seguramos muitas pessoas contra o risco de uma revolufao, mas as revolu(;6essaoconsideradas riscoscommuns. Os negocianies que ope-

"UnicB puMcBCBo de sen genera no Sresil, ha de kr com a auxllio da Revista de Seguros gue se fara, no !uturo, a historla dessa industria entre nos."
n
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CREMEOE MASNESIA TONICA^
r tiMO V REVISTA DE SEGUROS
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