T1746 - Revista de Seguros - abr/mai de 1986_1986

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c. -''T...' >w«*» f»-,-o ;:=r33^S? ..ar* S 14 O * Jii..:. >.->fc^ 'Xi' r\ ifi ^SJlSfSsS V t OBRAiS t'«-*ir«rl. A criaqao ctri^siM em maos seg^**^®-SergioRibeiro aJ|^^®ti^agao Fenaseg

TODOS^OS RISCOS

DO TRANSITO AGORA

NUM SEGURO SO.

Quern tern carro, corre Ires tipos de riscos 0 nsco do carro ser roubado, incendiado ou acidentado. U n^o p^al dos passageiros, em caso de acidente ror nm, o nsco de prejuizos a terceiros.

Ate hoje, a unica forma de se prot^r destas eventualidades era fazer v^os seguros diferentes. Ipo signifl^va vari^ apolices, v^os vencimentos,- v^as riotas de s^ro, mpita burocrada. -

t mais Mcil. Com urri unico secure ' s:mplifI.\ado, voce r^lve o_s tres problem^ de uma vez. ' ■> ■irr'' ^'^Quilida^Q para viver sdos prazeres qse qorraor. w

BEVISTADESEGUROS

Orgfto Oficial da FederacSo NacionaldasEmpresasde^guros Privados e de Capitalizagao(Penaaeg). RuaSenador Dantas, 74/12? andar. Tel.: 210-1204 e 220-0046, EndercQO Telegrdfico; Fenaseg. Telex: 34505 FNES-BR. CEP 20031.

A QIRETORIA

, J^esidente: SergioAugus ta Ribeiro. 1? Vice-presioenta AlbertoOswaldo ContinenimodeAraujo.2° Vice-presioente: Hamilcar Pizzatto. 1.® Seoret4pio: Rubens dos San tasDias.2? Secretdrio:S6rgio ouveu-a Saraiva-1? Tesourei- |o: Luiz Cldudio Garcia de ^uza. 2.® Tesourelro: Nilton Alberto Ribeiro.

Suplentes: Antonio Juarez «abelo Marinbo. Eduardo i^ptastaVianna, CldudioAfif ^mu^os, DdlioBen-Sussan JJias Pedi-o Pereira de Frei«^^Jo86MariaSouzaTeixeiraCosta, MarooAntonio SamPaio Moreira Leite.

Conaelho Fiscal EfetiCarlos Antonio baant-Martm, Guilherme Au^toRamosFilho,JosdMonSuplentes:BuyPereirada

®"va. Jorge da SUva Pinto.

CS A onda de violenoia urbana

^9 tem levado o comdrcio a vender produtos jd assegurados contra roubo. Como carpo-<^efe desta nova tendSncia, o relogio. Maiores detalhes na pdgina 8.

0 ^ Motive de constante

A preocupagao per parte de colecionadores e expositores, a seguranga de museus e galerias de arte merece a atengdo do setor de seguros. Com a reforma econdmica e a conaeqtlente redupdo das formas poBsiveis — e eeguras — de aplica^Oo financeira, a arte oome^a a conquistar outras fatias de mercado. O assunto mereceu destaque em nossa edi^do.

Responsdvel: Dr. AugustoRibeiro. EdiAlbertoLopes. lin«^'^®^tante:AlbertoSaRj^.poJalJOpadopeB: Paulo Castro. VilJas-BOas Jt,f„^'RubensFenhaCysne, Luis Lobo, Alberto cUirt ^uiz Mendon^a, M«ir- Ciii/??^^ueaMoreira, Maria uawe^iroe, AlbertoSalie Carvalho Va B ^-Jouiar Pereira da Sil- ^•^bertoTerziani.

Borba" Veloso ^adad ABERJE, de ®'"tigos aesinados s&o ejtf.if®P0U8abUidade unica e tasivade seusautores.

RlPPORDENACAOEDITOGRAFICA: ASSESten^/ ^munica^ao Soo'id In• "t,® Rta - Sfio Paulo ®®;ua. Endere^o Rio: Rua

262 Tel.: Ri, EditorGeral: Mario j^bbo. Edltora Exeoutiva: aana Freitas, Ppogpama- ^ visual: Hyrmo F. Costae ri^y. Reda^SoeCoIaboracSo:j^loe Franco, Josd Alberto \5Pes eArthur Fish- Gpdfica: ^oronEditorseArtesGrdfifAB. Dlstpibulpfto: Fernando "^hinaglia.

ABERTURA

4 Luiz Mendon^a. Regime de coneordo atingo o mercado

REGISTRO

5 Albertp Lopes

A proposiCo de obraa de arte ou da tranaoendSncia metaliagtiiBtioa

BASTIDORES

6 Villas-Bdas Corrda

Sua ExceJdncfa, o candidato-empresdrio

COMUNICACAO & MARKETING

12 Jomar Pereira da SUva

Sui AmSiioa invests no

II Eleito paradirigiraFenaseg 1 no tridnio 86/88> Sdrgio Augusto Ribeiro pretende desenvolver um trabalho dentro do sistema de colegiado. de forma a manter um permanente didlogo com as seguradoras. A Reviata de Seguros fez ampla coberturada solenidade de sua posse, no ultimo dia nove de maio.

FUNENSEG 20 Pesquisas benefioiarSo mercado segurador

OPINIAO

26 J^me BraaU

Garfinkel

UrtiSo de mercado, uma Utopia?

CULTURA &, LAZER

27 Luis Lobo

Culfura tambdm 6 ouiCura

28 MariaCdllaNegreiros

Lfvros, artespidstieas, teatro e miisica

FLANO INFLACAO

ZERO

36 Oe efeitoB aobre o mercado aegurador

CONTOS DE lU^IS

38 Spectator

A memoria do aeguro

QUATRO VENTOS

42 Atualidadea

SEM FRONTEIRAS

44 iUberto Lopes

Sinto muito, mas sue apolioe ndo serd renovada

HUMOR 60 Jag^iar

Capa; Foto ■ Paulo Qoea CriaoSo - Willy

^ 0* * - , Ti"—i... i>Rir«o«»i •.!»»» * a aS* 51» p: • i\. ita W. IS tis*' t;89»! HftF^a'p.io . r:?§sy
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I^ST.'A A H
social
DE SEGUROS

Regime de consdrcio atinge o mercado

Omercadoseguradorfoilevadoa

adotar o regime de Consdrcio, naopera^ao dosegurb obrigatdrio dos danos pessoais resultantes de acidentes de trAnsito; o seguro que todo proprietArio de automdvel deve adquirir, para que o veiculo sejalicenciado.For que o Consdrcio? A explicaqao ejdge o oonhecimento,antes de tudo,dosfatos que determinaram tal solugfto. Vejamos o que aconteceu.

No final de 1985,foi aboUda a taxa BodoviAna Unica(TRU),masnfio acarga fiscal do contribuinte. A Eraenda Constituoionaln?27inetitui,em aubstituigfio,acompetAncia doa Eatadospa-

O Documento

como uma capa ao roproduzir uma capa '^^trada por uma tola que repi^duz um mcendio torna^se uma metacapa

Fatal e rapido incendio que reduziu a cinzas em 23-V1I1-1789 todo o Recolhimento de Nossa Senhora do Parto, saivando-se entre as chamas a milagrosa jJTiagem da mesma penhora — Muzzi 'nventou e dellneou

das.primeiras telas paisagistioas do pals e alAm disso documentosflAia da indumentAria,desde o povo atA o vicerei Luis de Vasconcelos e Sousa, passandoporescravoB,soldados.burocrataa,freiraa enobres;domobiliArioque estAsendoatirado pelasjanelas;do modo de 80 combater o fogo; do edifioio; dos materials de construqAoeatA mesmo dos operArios com auas diversas ferramentas.

Em outra tela em oujo verso se lA: Felize pronta reedificaqao da igreja e detodooantigorecolhimento de N.Se nhora do Parto. comeqada em 25 de agosto de 1789e concluidaem8dedezembro do mesmoano.Muzziinventou

e dellneou,vA-se Mestre Valentim(da Fonseca e Silva)no unlco retrato que, segundorezaatradiqAo,dele seconhece.

Em dezembro do mesmo anoo vicereilevoudevolta Aigreja,em procissAo solene,aimagem daSanta,queforareoolhidaao Conventode Santo Antonio.

CrAdito Autoral: Oleo sobre tela (101,0x124,3 nun)S.d. 1789deJoAo Franoisoo Muzzi.

Credito Institucional: MING/ FNPM/Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya — Museu do Aqude.

ra tributar a propriedade de veiculos. Eeaareforms,Aprimeira vieta tflo-somentedeordem tributAria,em seu bojo traria noentantooutraa implicaodes.

Ocadastramento de veiculos,Otil eatA indispensAvelem escala nacdonal,sempre tivera por base asinformaqOes coneignadas na guia de recoUjimento da TRU.Abolidaesta ultima,asinformaQOes oadaatrais doe veiculos pnmanT-jQTv, aser pulverizadas nos diferentes documentoe dearreoadaofiodoe tributoeeqtaduais sobre veiculos.

Aeeim, as autoridades federais, oompelidaspela necessidadede preser ver e manter ocadastro nacional,decidiram criar o Documento tJnico de TrAnsito(DUT). E com essa medida oonseguiram inclusive aperfeiQoar os

meoanismos nAo b6 de captaoflo de in formaqOesestatistioassobreafrota na oional, masde controle tanto dastrans ferAncias de propriedade de veiculo quantodarealizaqAo doseguroobriga t6rio.

O DUTdeoompOe-seem trAs partes unia6o certificado de registro,indis pensAvel para que seja autenticada a posterior alienaqAo, erguendo assim uma barreira A compra-e-vendade vei culos roubados;outraparte6o certifi cado de Uoenciamento(anual)do vefou-

Jo,aiconstando a quitaqAo banoAria do imposto estaduale doseguro;aterceira parte 6 o bilhete de seguro.instrumentoeontratual dacobertura dos da nos pessoais de aoidentes de trAnsito.

ODUT,documento aseremitido pelos DepartamentosEstaduaisdeTrAn sitoeinocrporandoobilhetedeseguro, excluinadas seguradoras aemissAoe controleindividual dosseuscontratos. Dai o imperative do Consdrcio. agrupando todas elas como fdrmula capaz detomarviAvelaoperaqAodoseguro., /

Esta plnturaquetraz no verso ale- gendaacima A um testemunho da hor°®'^^rofe que pOs em polvorosa '®*^®:oinc6ndiodoca8arfiosituado <>, ruas de Sfio JosA,dos Ourives Silva)o da Cadeia(Aesem174o^' oonstruqflo se iniciara em ® abrigava numa extremidade a ^«reja de NoesaSenhora doPartoe na u raoReoolhimento,queforafundaoparaasUodo mulheres n£o-virgens, ? ®'<^eixando a perversidade doseoua vldae costumea anti(Pizarro,MemonAsHistoricas,vol. '•P&g.214-I.N.L.)

Maoedo,em Um Fasselo pela Cida® doRio deJaneiro,oontaqueoincAn'^foraoriminoso,ateadoporumadas fe<»lhida8,enciumada,no desvairo de PaixAo sacrilega,..O que Impressio^oufundamente opovo,como milagre. que o fogo tivesse poupado a imagem da Virgem.

Este quadro e o seu pai-tAm grande hnportAnoia artlstica e histArica; sAc

CInico de Transito foi criado pelas autoridades com o objetivo de preservar e manter o cadastro nacional
REVISTA DE SEGUROS
A propdsito de obras de arte ou da transcendencia metalingiiistica,
Oe
REVISTA DE SEGUROS
O Editor a I I i i

Sua Excelencia o candidato-empresario

Afigura do candidato-empresd- x

rio6a grande novidade,a senaa^&o desta abertura da tempK>rada eleitoraldoano,quandodeepontaa retadaarrancadadecifiiva,nos seismasea e pioo que nos separam das urnas de 15 de novembro.

Nfio Be trata de uma inven^So de dltima hora,de lan^amento improvisado num geeto de ousadiae habilidade.Pa ra eermos exatos,aparticnpagSo doempreedrio na milit&ncia poUtioa,com o olho grandefixado ntima oadeira de deputado esenador do Congresso-Constituinte,6 uma velha tese plantada hd temposeque vem germinandocom lentidfio.Compreende-se:nfio dfdcUarquivar,deumahoraparaoutra,preoonoeitos acumulados em anos de prevenQdes.Ora,aatividade p^lamentar baixou muito de nivel, amesqtunhou-se atd a degradaqSo noB 21 anos de arbitrio e margmalizaqfio do oiclo revoluciondrio.

Osgovemos militares,estalando a ohibatadocasuismo.dascassa^des.da forqa,doe pacotes,impuseram ao Legislativoasubmissfioinfamantedoescravo,obedienteeaoovardado.Aspoucas exoeQfies do inconformismo pagaramoalto pre?© do afastamentoeumdrio da vlda publioa.

OCongresBo,sem ter nada parafazer—simplescarimbodosatosdoExeoutivo —,fez a sua parte para afundar mais no charco da prbpria prova^fto. Enfeitou-sede mordomias.deluxos,de InstalaoOes suntudriase inuteis,enlameou-secom vantagens decasta,ieentou-sedaobrigaQfioelementardo pagamentodo impostode renda,dietraiu-ee num tunemo desbragadoe pagocom o dinheiro do povo e patrocinouOs espetdoulos deprimentes dos renovados festivals de nomeaqOes de parentes pa ra OS quadroB engorgitados do seufuncionaliemo bem remunerado,ohegando ao despudor do trem da alegrla da gr&fica do Senado, que imortalizou o at6 ent&o desoonhecido senador Moaoyr Dallas.

Oempresdrioafastou-seoomhorror de um CongresBosem serventiaesem atrativoB.

Entfio,era muito maisfficil.Tnain cOmodo e proveitosofreqtientar os gabinetes ministeriais — nfto todos, mas doleou tree,escolhidos adedoecom endereqos eabidos — paraos acertos por cima ou por baixo do pano.Ali, afinal, 6 que se decidiam asooisas. Ali pulsava o corao&o do poder.

De repente,as ooisas comeqarama mudare mudaram mesmo dechofre. A traneformaqao antecipou-se na mobilizaqfio popular das diretas e se consumaria com o desabar do govemo do ex-Presidente Joflo Pigueiredoe aelei960 do que parecia impensdvel meses antes de um preeidente da Repdblica, civil e oposicionista,com o carismae a lideranqa de Tancredo Neves.

A mudanqa trouxe o compromisso priorit&rio e 16gico da convooaqfto da Constituinte.Oempres&rio maisatento entendeu queasregras dojogo estavam sendo alteradas. E que a Consti tuinte 6 um desafio embrulhado em stirpresa.Convinhabotar as barbae de molho,despejar acarga dos preoonceitos e cuidar de garantir posigdes nas eieioOes deste ano. Para oonquistar o direito legitimo a nmn tribuna de resson&noia naoionale infludncia efetiva no rieoo do future, na composigflo do modelo de demooracia que devemos pratioar num perlodo que as esperangaseeticam e as apreensdee encolhem.

Mas.atd ai,nadade mais.Apenaso previeivele desejavel,valorizando potencialmente o CongresBO-Constituinte.

A moda do candidato-empresario 6 bem mais recente.Confunde-se00m a operagfto delangamento da candidaturade Antonio Ermiriode Moraisaogo vemodeSfioPaulo.Comimensoestardalhago,com ampla coberturapublioitaria.Laa verdade que,de unsdias pa ra ca, murchou um pouco. Falta-lhe a densidade partidaria ou talvez Sao Paulo espere, para a polarizagao, pela definigao sempre de ultimahoradoaloprado prefeito dacapital,o Janio Quadros dos eternos truques repetidos e sempre com sucesso inegavel.

Portodaa parteonde asuoessfio esta encarogada.procura-se um candida to-empresario comoasaidaideal,ajustada ao figurino de novoB tempos.

Claro que o grande responsavel pe la mudangade mentalidade a0progra msde estabilizagfiofinanceira,consohdado com0sucesso do indicededeflagfto de margo e afantastica ades&o po pular a fiscalizagflo do congelamento de pregos.

Por artes de um consenso nacional quedeve honraraclasee e aumentaras Buasresponsabilidades,intuiu-seque Boaraa horadeconvocar,paraagerSnoiados governos,empresarioscom experiSnoia, biografia limpa,boasidaias nacabegaeum agudosentidoda urgenoia de aprofundar,at6 as ultimas conseqiiencias. aopgao pelo social.

B a hora de S.Ex.'o candidato-em presario. A moda6 esta. /j

Seguro: quantomais t^i^cnico, maissegum

poino uma seguradora independente ^ada a grupos financeiros, l^ternacional de Seguros 6 totaJmente voltada para o seu produto: o seguro. significa pesquisar, criar e desenvolver sempre o seu produto para torna-lo niais completo e capaz de ^tender um mercado cada vez niais sofisticado.

Um trabalho de especialistas que se dedicam uriica e exclusivamente ao seguro. Especialistas que colocam a tunica do seguro em piimeiro lugaj?, E que podem somar a sua tecnica o conhecimento e a experiencia dos corretores para oferecer um seguro mais seguro.

REVISTA DE SEGUROS
0 Internacional de Seguros mp

Relogios marcam a hora do seguFO de massa

A onda de violencia nos grandes centros urbahos tornou natural a compra de produtos ja assegurados contra roubo. Assim, seguran^a e, hoje, mais uma estrategia de marketing para aumentar as vendas de bicicletas, toca-fltas, oculos^ e, principalmente, relogios

Morarem grandee cen

tros urbanos, sem nunca ter eido roubado,6 nm privildgio de que gozam poucos brasileiros. Na verdade.

nSo h6 estatisticas que mostrem exatamente quantas pesBoasaodiaexperiro'entam, nas ruas,esse ato de violfenoia jd abeorvido pelo quotidiano.

Eoomrazdo.Afinal.namaioria dos casos, procurar uma delegacia pararegietrar queixa representa para a vltima apenae amargar male uma perda;a de tempo.

A solu^fio do problema eetd confiada de autoridades de seguranca piiblica que, atd o momento,ed aeeistem ao aumento daincidfinoia deoaaos.

Mas.enquanto nfto eurgem providfencias oficiais, eeguran^a eatd vlrandoestratdgia de marketing para engordar as vendae doe produtos mais visados peloslardpios. Assim, oomprar reldgioe. bioicletas. tooa-fitase atd6culos.Jd asse gurados contra roubo,comepaa tomar-ee naturalpara todo tipo de oonsumidor brasileiro, antes acostumado ao oonceito de que eeguranpaera anjo da guarda apenas para proprietdrioe de bens de alto valor.

Na eetetra do orescimento da violdncia urbana,oseguro oaminha parao proceeeo irreversfvel da massificaodo,on-

de,caindo nofdrtilterreno do marketing, deve proliferar aceleradamente nuzaimenso univereo de op?6es.

A estdria comegou tendo o rel6gio eomo carro-chefe. A novidadetomouformaem setembro de 1984, quando um fabricante paulista de rel6gioe, a Beta Industrie e Comdrcio,pensou eminooiporar mais um atrativo ao rel6gio Champion de pldetico colorido com pulseiramtercambidvel.

"Os relogios de pldstico que langamoe em 1983 foram idealizadoB para subetituir as maroas de alto valor tfto visadas porladrOes,"explica Dayse Blankfelder, diretora da Beta. "No langamento"

prossegueela — "para afastar ooonceito de que se tratava de um reldgio barato esem durabilidade, implantamos a inovagfio de oferecer garantia por quatro anoe de use,quando a praxe do mercado era de um ano apenas."

Mas, a um ano do langamento,faltavaalgo a maispa ra diferenciarorei6gio Cham pion da concorrSncia que avangava,atraldapelo suces80 de vendae alcangado pela Beta.

A id61a de aliar um seguro & estratSgia de vendas, proposta pelaLagus Corretagens deSeguro,veioacalhar."Era a solugfio adequada. A16m de

Beguranga, a proposta do se gurotrazia um diferencialpa ra nosBo produto: menos exposto aladrOes porque menos caro,mas no caso de roubo ele eeria reposto em pouco tem po," afirmaa diretora da Beta. Ea novaestralSgiade mar keting deu certo, A Beta faz segredo de quantos relbgios dalinhaChampion,com segu ro da Seguradora Bamerindus,foram vendidos at6 a da ta. Entretanto; nflo esconde queesse produto,carro-chefe da empresa,6lider de merca do e representa mais de um tergodo totaldereldgiosfabiicados per ela no ano passado, quandoasvendas globaisficaram em torno de trSs milhoes de unidades.

Diflcil, tamb6m,6 dimensionar em quanto o seguro contra roubo impulsionou as vendas doChampion,uma vez que,paralelamente,aempresa sustenta na praga uma intensacampanha publicitdria, o queimpede deafirmarqueo oonsumidor prefira a maroa

s6 por causa do seguro. otinico reldgiofabriUma coisa 6 certa; ao com pela CIR vendido com eetr&riodo queaLagusCorreta'Suro.reprosentahojecercade gens esperava, as reclama: do total de reldgios progfiestSm sidobastantenumei'^'^^'doB poressaindilstriana rosas e at6o momento forarf^'^I^'rancade Manaus,onde repostos mais de 20 mil rel6- tnontados todos os rel6gios. A fdbrica, por sua veZ, de fabricagSo naoional. consideraessenumeroaindfl Para Lavlnia Padigas, diaqu6mda8expectativaa,enrj!f''°''a comercial da CIR,o bora Dayse Blankfelder nflO °®'^°®'Ouasmarcasooma8 esconda sua satisfagSo a(3™®®™^caracteri8tioasexisafirmar;"No comego as pes' no mercado, vieram soas nfio acreditavam que fl o setor de relbgios, reposigaodoreldgiofossefei'^"® antes dessee langamentarealmente. Mas.agora,te- °®^'^n^acaminhandoemritmos at6 recebido cartas elo',™° ntuito lento. A novidade giosas de cUentes que se di- afetou a demanda de ouzem surpreaos por estareil! '^^nroas tradicionais—oosendo atendidose respeitadofl porexemplo,que como consumidores." ; tipo de oonsumidor Baatante satisfeito com eueesso da novidade est^. Quem compra um relogio tamb6m,outro fabricante d< P^^stico, situado na faixa Munoem,outro raoricante a® j oiaco, situado na faix

reldgios que entrounaerad"-® entre Cz® 300,00 pl^sticooomseguro.EaClB'A ^ outro pilblico. representante do Omega sui'g situa-se go no Brasil, assim como da^|.^ ® ^0anos,argumenmaroas Tissote Lanoo.O ressaltando que, garaento do Cosmos Quartz- fa mais popular,o tipo coloridoecompulseirasalter"-,,^ Cosmos nor

,quaUdade Sem ®''°®lente a substituicao dn ^ Pldstico ^^''°">®talpelo

Abarno: e filosofia da Pbrto Seguro ftxaminnr a implantagfio de qualquer tipo de%eguro

em torno de2% sobre os rel6gios vendidos, arrieca sem muita certeza Alberto Kazan, diretor daPotSncia Corretora, que criouo seguro parao rel6gio Cosmos,asaeguradopela Porto Seguro Cia.de Seguros Gerais.

Kazan esta satisfeito com oeresultados;"A contadmaravilhosa em termos de faturamento",afirma. Mas revelaros numeroe nem paasa pe la sua cabega.

afirinnoial da CIR^ ""etora comer^nanto renr»^"® revela do seguro . ® ® Pr^^io que o valor »nsinua ai«^,8ignifioativfl °^®8a apesar relbgio ®"8to

^^•'"cantes do "^ais recu^™"® eeperavam Arcade '^"® :^v^y.^.de8deiuih /^"®^°ramfeitas °*^®®5-quandopasip^^Boraro seguro. ase totalrepresentaalgo

Segundo o diretor da Potenois, uma das dificuldadea encontradas para implantar essa modalidadede seguro de massa foi venoeraresistencia da seguradora, que vacilava por desconhecer os riscos nessa Area de atuagfto. Uma pesquisa realizada pelaPorto Se guro convenceu a oompanhia da viabilidade do seguro,afir ma Kazan,que considera que o risco "6 bom,levando em conta o volume da massa."

Paulo Abamo,diretor operacional da Porto Seguro,con ta quea incvagao precisouser adaptada dentro das normas

jA existentese86foiaceita pa ra atender A solicitagAo da Qosmos,jA cliente em outras oarteiras.ParaAbamo,nesse caso,"como pacote para iim determinado cliente," aalternativa torna-se viAvel para a seguradora.

Existia,tambAm.a expectativa,atA o momento nfioconcretizada,de que a partir dessa iniciativa fossem criadas possibilidades de venda para, outros tipos deseguro,acreecenta o direito da seguradora.

Segundo ele. a Porto Seguro tem comofilosofiaexaminara implantagfio dequalquertipo de produto e,casosurjam no vas propostas para massificagfio,serfioestudadas cuidadosamente.

"Quando{lensamos nessa proposta,imaginAvamoe que, por um lado.asexigAncias necessAriae paraaliquidagfio e, por outro, o prego relativamente baixo do produto, nfio estimulariam ooonsumidor a reclamar o seguro," afirma MArioPedroLagus,daLagus CoiTetagem,para quem o se

guro da Championrepresenta 25% do faturamento.

E.no comego,asexpeotativasseconcretizaram."Tinhamos poucos rel6gios averbadose pouooB sinistroB."Maso oomportamento do negdcio comegoua mudar.A Lagus recebe hoje,emmAdia.oercade 80 sinistradoB por dia, para entregar pessoalmente os documentosdaUquidagfio,eem tomode25cartas depessoas que,porseremdeoutrosEstadosou poroomodidade,preferem mandar os documentos via correio,oonformeindioado nasinstrugOesdocartfto de se guros.

Esse movimentoobrigoua Lagus a expandir seu departamento de sinistros. Depois de feriadoB prolohgados, quando oresceo Indioe de violAnoia nas ruas, as reolamagOesaumentam e ai A necessArio recorrer a pessoal temporArio para garantir um rApido atendimento,adianta Lagus.

O seguro A vAlido por nm ano,a contar da data de com-

'MMKaL:.
8
Dayse:estrategia deu certo
REVISTA DE SEGURof^^STA DE SEGUROS MAKTHA ALVAREZ / s i

pra,e d& coberturaa spenas umsinistro.

Nocasode roubo,par^receberum reWgio novodam&rca Champion, basta enviar 6 empresa corretora ocertificado de garantia,a notafiscal e ocartfio deseguro,fomecidos pelorevendedor doreldgio no atodaoompm,Juntando,tamb6m,oBoletim de Ooorrtnoia emitido pela Delegaoia de Polioia onde foi regietrada a queixa do roubo.

A corretora ee encarrega defazeraandlise do sinistro, inoluindo a triagem do segurado por nome,CIC e RG,eliminando no oomputador a poBsibilidade de duas reolamaoOee paraomesmoseguro. Depoia 6 e6 enviar o doseie A seguradora,queliberaa autorizaqfto paraafabricarepor o reldgio.Oainistradodas gran deecapitalsreoebeeeureldgio novo noesoritOrio da Betaou. quando n&o existe nin representantenacidade.aentrega 6 feita atravae do reembolso postal.Nocasodoreldgio Coamoa,o procedimento A simi lar.

A exigenoia de apreaentaqfio do Boletim de Ooorrfinoia feita pelas seguradoras eat6.

tambSm, mudando habitoa. Agora,mesmo queo rouboseja de pequena monta,6necees^oir A delegaoia registrara quebca.

Se naofosse o seguro,EdsonVieira de Carvalho,um of fice boy de 16anos que preferiu ir pessoalmente A Lagus entregar a documentapao, nao teiiaprocurado lima dele gacia para notificar que um "pivete"Ihe arranoara aeu reIbgio no Onibus.

Edson,que anteriormente ja teve um reldgio roubado, optoupelo Champion nahora dacompra porcausa dosegu ro.

Tampouco teria ido a dele gacia Jose Caiado Romero, um motoriata da Perfumaria Hastro,queate agoraagradece aosladrOes por terem poupado o veioulo da firma e se oontentado em levar-lhe, no asealto A mfto armada,200 oruzados e o reldgio. Mas foi aoDistrito. Afinal,eleeeooihera aquele relOgio por dois motivos: por gosto e porque estava garantido contra rou bo.

DohaEsmenia de Oliveira oomprou tres rel6gios para pagarem quatro vezess6por que eram bonltinhos. Nem penaou no seguro.Masantes quevencesseaprimeiraprestao&o foi obrigada a lembraree dele.At6achou bom ir a de legacia registraro roubo e dizer BO delegado que o cheque foigrandequandooladrfto arranoou o relOgio do pulso de sua filha, deixando no lugar v&nosarranhOes.Agora,nem a certeza de que a perda serA resaarcida,no prazo m&ximo de 2B dias,oonvenoe donaEsmfenia a usaro seu reldgio no pulao."Andando na cidade, lugar de relbgio e na bolsa, mesmo que a gente tenha eegtiro."

No ranking da inoidenoia

de roubos de reldgioscom se guro,encabepa a lista a capi talde S&oPaulo,seguida pelo Riode Janeiroe por Recife.No

3.® DistritoPolicialdeCampos EUlseos — umadas delegacias do oentropaulistamaia procuradas pelas vitimas — o dele gado de plantao, Edeicio Lemos, nfio se incomoda com o maior niamerode pessoasque vflo hquele Distrito em busca de um Boletim de Ooorrftncia (BO)para oomprovar o roubo de reldgios."A polloia existe paraissoeadelegacia6lunreflexo do que ocorre na rua," afirma.

Nem todossfio tfiocomplacentes. A Lagus jA ouviu reclamaqOes de um delegado que. por telefone, protestou contra o grande nilmero de pessoas que procuravam o BO.

Mas um problems que se faz sentir na reclamacfto do seguro-— e que,por vezes.envolve atA os delegados — A a falta de esclarecimento da populaqOo quanto a uma sutile-

za do vernAculo: a diferenC entre roubo efurto.E nAo sf poucos OS oasos em que eel esparrelada linguafrustro« expectativas do coneumidd

Isto porque o seguro A contl roubo ou,como ensinao me* tre AurAlio.6 contra o ato ^ "subtrair para si ou parad trem,mediantsgraveameaf ou violSncia A pessoa,ou d' pois de havA-la reduzido A W possibilidade de reagir."' nAo contra simples furto. Esclarecer o comprad® atravAs de carta foi o recur! enoontrado pela Lagus pare problems que,em alguns C SOS, por falta de informaqfl' colocaem xeque aidoneida'' das empresas envolvidas.A' mesmotempo,anecessida'' de contato maiorcom o cone' midor afasta o aparecimen^ de novas iniciativas.

A opiniAo dos lojistaa f vendedores, ouvida pela Sd ko,teve grande peso na ded sAo daquelaindhstria,de aderir A mesmaestratAgia^ marketing.Segundo as re'V'

Lagus: expectativas se concretizaram

seguro traz mais vantagena paraofabrioantedo que

blico , ®ontato com o ph-

que afaa«>m semf reWgioSeiko ^seguro.ParalssaoOku-

bo, diretor da indiistria, duranteafabricaqAo.orelAgiojA sustenta uma allquota de prAmio muito alta, pois todas as etapas do processo, desde a importaqAo doscomponentes atA a entrega ao revendedor, envolvem seguro. Outro prAmioonerariaocusto do produto,afirma Okubo,sem descartar completamente apoBsibilidade de.um dia,aderir A estratAgia. Ele reconhece que, comoimpactode marketing,a iniciativa de seus concorrentes foi boa e langada "no me mento certo".

Na verdade, a Seiko nAo compete diretamente na mes ma faixa de mercado da Cos mos e da Champion. Os rel6gios que a Seiko produz,atA o momento,sAode metal,eapoUtica de vendas adotada pela empresa A bastante tradicional.

Mas tradicAo, no ramo de relAgios,noantigoconceito de um produto durAvel que paasade paiparafilho,A ooisa que nAo existe mais. Agora.relA-

Issao Okubo: possibilidades de, um dia, aderir A eetrategia

gio acompanha a moda. E a Seiko sabe disso. TantoquejA pensa em disputar sua vaga no mercado de relAgios de plAstioo. "Estamos oientes de que nAo serA nosso forte. O meoanismo doreldgio SeikoA importado do JapAo, a prepos quenftootumamcompetitivo nafaixade produtopopular," oonclui Okubo.

ViAvelounAo, aprAticacomeca a alastrar-se. A fAbrica de bioicletas CaloijA anunoia o seunovo modelo Barra Por te. ostentando seguro contra roubo, da Sul AmArica Bandeirantes, e a lista deverA oresoer em breve.

A Lagus prepara-se para langar mais uma novidade jA a partir de margo. MArio Iagus faz mistArio. Apenas adianta que se trata de um produto direcionado para a olasse mAdia alta. com baixo oonsumo e baixo indice de sinistralidade. que terA no se guro uma alavancade vendas

epermitirAA seguradora, que "oomprou" a idAia, embolsar mensalmente em torno de CzS 30O mil de prAmio.

Omercadodemassificagfio deseguros,porseupotencial, tem emLagus um grande entusiasta. Para ele, embora os resultados sejam palpAveise amentalidadedo oonsumidor comece amudaremrelagAoao segiiTO, existe ainda umacertaresistAnciaperparte do eegurador e do corretor. "O seguradorquerconoentragAodo risoo, e nAo massificagAo. e o corretor estA preooupado em ganhar com produtos de alto valor," afirma.

Mas, nas previs&es de La gus, essa postura deve mudar. "Ao contrArio de antes, o consumidor estA oomegandoa ver o seguro como um meoa nismo simples. Isso, Ediado A pressAo dos fabrioantes, alavanoarAo ingresBO do segtiro na linha de produgAo de maasa," vaticina MArio Lagus.O

1
10
Se nao fosse a seguro, Edson de Carvalho, um office boy de 16 anas, nao teria procurado uma delegacia para notificar o roubo de sea relogio
ranking da incidencia de roubos de reJogios com seguro, Gncabega 3 lista a ^^pital de Sao Paulo, seguida Pe/o Rio de daneiro e Recife
^esfeitasASeiko.orelAgio
2^aovendedor,jAqueeste.
■- A
REVISTA DE SEGURO DE SEGUROS
11

Sul America investe no social

Dentroda politicade marketing

da Sul America Seguroe,onde se desenvolvem programas.de apolo & cultura0ao esporte,destaca-se agora tamb^m iima linha de aQfio no campo social.Ofato deaempresstertidoseus inveatimentoe institucionais direcionados para essaa Areas vem gerando um retorno de gratificsacSo muito grande & diretoria,al6m doe beneffcioe no refor90 de imagem da eeguradora.

NaopiniSodoseupresidente,Bony Lyric,6fundamental no Brasil de hojequeoeempresAriostenham umaefetivaparticipfigaono setor social,principalmente no amparo ao menor,pois dependerA desta nova geragAo o futu re do Pais, Segundo Lyrio, eete A o grande momento para se praticarasoUd^edadehumana.com umforteengajamento do empresariado nos programas de fundo social, oolaborando oomoGovemo paraaformaoAode uma comunidade mais aadia,e perisso mesmo mais feliz.

Si o peneamento de um empresArio que dA o exemplo,assumindo na sua companhia um compromisso com a ^A~LegiSo Braeileirade AssistSncia,de desenvolver umprograma,sni vel nacional. de AdogAo Financeira de Creches,queimplicarAo apoio direto a mil criangaa.com ahmentagso,assistencia e formagfto.Essa atitude6 corretaeinteligente,tantodo ponto de vis tasocialoomo de marketing,Nummercado altamentecompetitive,comoo setorde eeguros,em queosprodutos basicamentese equivalem porncrmaslegielativas, o diferencial tern que ser conquietado com as virtudes da instituigAo. ^

Lyrio:"tl fundamen tal que OS empresArlos tenham uTrin efetiva partlclpagao no setor social, prinoipalmente no amparo ao menor."

O compromisso da Sul America com a LegiAo

Braaileira de AssistAncia(representado no anundo)vem reforgar este pensamento.

Milvidas naovaomais ccmegardozera

cuLPmjsa KSEBUm

E muito pouco dizer que aPaulistafaz80anos.

Amenca esta paiticipandodo profframa

A pariir deagora,mil criangasde todososEslados

Ameiica,para alimen^ao,psistenciaefoirnagao. ede vi^° seguranga

Elafazmuito maisdoqueisso.Fazdasolidez, daexperienciae da seriedade normas detrabalho. Fazseguro artesanal:pessoaapessoa,empmsaaempresa, atrav^ de suas equipes tecnicas especializadas que trabalham cuidadosamente caso a caso. Faz quests do mais absoluto dinamismo no atendimento. E com tudo isso,elafazatranquilidadede 1 milhaodebrasileiros. Fa^acomoela. Tudo o que aPaulistafazecom a maior seguranga.

PaulistasSdeSeguros

12 JOMAR
SELVA
PEREIRA DA
• >' y, : SUL AMERICA SEGUROS
soAMOSKMm sicmiieiL

Sonho, vida e histoii^ patrimdnio a segurar

Contam os historiadores que a arte e o principal e mais valioso dado de que dispoem para compreender e decifrar a nistoria do homem.Se estao certos, a propria histdria o dira. Mas a verdade e que o mundo sem Matisse, Raphael. Picasso, Dali, Michelangelo, Da Vinci, Renoir, Portinari, Ui, begall e tantos outros, definitivamente, nao seria o mesmo. Faltar-lhe-iam as cores fortes, vivas e sombrias dos rostos, das paisagens e dos sonhos. Para preservar tudo isso, o seguro tem Importancia fundamental.

Talvezporessemotivo.

asinetituipOea eOSoolecionadores vejam o seguro das obras de nfio apenas como umaoperaQflorotineira. mastamb^m,eprinoipalmente,como umagarantiadeque esses registroe do paseado e do presents possam integrar oaoervodofuturo.At6 mesmo porque,como afirma a ex-diretoraexecutiva do Museu de Arte Modemsdo RiodeJanei ro,HeloIsaAleixoLustosa,"o valor de uma obra nfto pode ser medido apenasdo pontode vistafinanceiro mas,sobretudo,do ponto de vistacultural, isto 6, oonsiderando-se a importAncia da obraedo artista para a humanidade."

Noentanto,eapesardesua importdncia, o seguro de obras de arte 6, ainda, muito poucooonheoidb etem suaevidSncia destocada apenas durante arealizapAo de grandes expoeiqbee ou na venda de obras cujo valor financeiro e cultural sfio ineg&veis. A exposipfto de360gravuras dePi casso - Suite Vollard,As Lineogravuras e As 156 Ulti mas Gravuras — queserealiza no Museu de Arte de Sfto Paulo,6 um exemplo tipico dessa divulgaq&o, uma vez que osegurodas obras expostas,pertenoentes dgaleriapa-

risiense Louise Leiris,^ estimadoemtomodeUSS lOmiIhdes.

NaopiniSo de HeloisaLustosa, este fato ressalta o seu argumento de que uma obra s6 deve ser submetida a viagensemoondipOesideais.Bla

explica:

"Uma obra de arte, independente de seu valor cultural oufmanceiro,nfio deveser exposta a riscos previsfveis co mo M viagens,sem que eeteja devidamente segurada.Is to porqueo seguro.alSm decobrir os eventuais danoscausados pelos sinistros,6tambbto uma das garantias, senfio a principal,deque essaobraseT& transportada com extreme cuidado,uma vez que as pr6priasempresas exigem,para a validade do seguro que realizam,ocumprimentoderigorosas normas de seguranpa."

Mas nfio6s6com os riscos de uma viagem quese preocupara OS coleoionadores, dirigentesde museuse galeriase tamb^masseguradoras.mes mo porque sfio os oasos de incfindio e roubo os mais comuns.Por essa razfto, odiretor cultural do MAM.Paulo Herkenhoff Pilho, logo que assumiu o cargo, executou timarigorosa vistoria nas dependSnoias do museu,deparando-se,inclusive,com desagradfiveis surpresas -como a presenqa, em local imprOprio,de um tanque contendo substfinoiainflamfivel —,oonoluindo que tais sinistros, muitasvezes,sfiodecorrentes de desinformacfio das pessoas. Ele enfatiza:

"Nfio aoredito que um incfindio sejaobra do acaso,,porque sempre,em qualquer situagfio,haverfium motivo pa rasuadetonaqfio eoonseqUentepropagapfio.Nesse case,oa-

be fie instituipSes e autoriaades competentes realizar ^trabalho de conscientizaW w«rtfi-ladapopulapfionosentidode quanto aos riscos a quese expOe."

O diretorculturaldo MAM

a tambfim que ofato de Begurada nfio 6 ment ° relaxadas normas de seguBi °contrfirio,afirma, ^

oion ^^°^^^'®lparaocole-nador ou instituipfto, nfto "ievendo ser exposta a ne-

nhnm tipo de risco. Quanto fi responsabilidade de iim dirigente de museu ou galeria,HeloisaLustosa tem mnafirme posipfiosodeclarar que"se trata de uma questfio de credibilidade," ou seja, a populapfio — no caso das instituipfies publlcas — e os proprietfirios das obras — no ca sodasgalerias—esperam que oadministradoroumpraoseu papele este que seus auxiliaree e tficnicos o fapam. Atfi porque,prossegue,afalhade tuna das partes dessa engre-

por se tratar de bens culturais,incaloulfivel. E ai eu me pergunto:dequem6arespon sabilidade? £i natural que eu teria que confitu nos laudos tficnicos daCorporapfio, que, acredita-se. estfiaptaaexpedi-los."

Outralip&o queos museus •eoB diversoB espapos onde se realizam mostras de artes plfisticas retiraram das cinzasdo MAMfoiadequeosseguros,quando nfio integrals, funcionam apenas como nm paliativo.Motivo peloqualHe-

loisafazum apelo fisseguradoras:

''A maioria dos museus.todossabem,nfiorealizaosegu ro integral de euas obras e, portanto,estfiextremamente exposta aossinistros.No caso do MAM.porexemplo,osegu ro que tinhamos nem sequer foisuficdente pararepor metade do acervo,o que evidenoia a necessidade de realizfi-lointegralmente. Por isso, fapo um apelo as empresas do setor, no sentido de permutarem seus servipos, nima vez que OS museus nfio dispOem derecuTsossufioientese sim, apenas,de excelentesespapos para a divulgapfio das artese dos que a ela prestam servi pos."

Este problema.noentanto, nfio 6 excltisivo dos museus. Os proprietfirios de obras de arte,e estessimpordesinformapfioou descuido,ainHn nfio se conscientizaram daimportfinciadestamodalidadedese guro. Razfio pela qual, oabe-nos mformar que asobras

"No caso do incfindio do Museu de Arte Moderna do Rio deJaneiro,que eu dirigia na ooasifio(1978), os laudos comprovaram que estfivamos integralmente dentro riaa nor masexigidas pelaCorporapfio de Bombeiros. No entanto, o sinistroaoonteoeueo valor de nossasperdasfi,sdndahcje.e

Materia de cqpg/Segtiio de
de
obra
arte
14'
'4
CARLOS FRANCO
do REVISTA DE SEGUROS SEGUROS
<l6 1978. o Museu nagem pode oolooar em risco todo um trabalho.E exeniplifioa:

\ deartepodemserseguradas nascarteiras de incêildio e roubo,paraoobrirrisoos� cíficosdessascategorias,� naderisoosdiversos,através do seguro compreensivo de obrasdearte-cujasooberturas abrangem roubo efurto qualificados, alagamento, desmoronamento,tumultos, incêndio,raioseexplosãode qualquernaturezaesuasoonseqüências.

Paraefetuá-lo,ocliente,isto é, o proprietáriode uma obradearte,deveenviaràseguradora,atravésdocorretor oucorretorade seguro, um laudotécnicodaobracontendotodasas informaçõesnecessáriascomo:tam.anho,autoreobra,fasedeexecÜçãoe localemquefoiooncluída.Estelaudo, éevidente,deverá serfeitoporummarchandou críticodeobrasdeartedevidamentereoonheoidoerespeitadopelomeioartístiooeempresarial.Feitoisso,estasinformaçõesserãoenviadasàoompanhiaseguradoraque,após analisá-lasoomprecisão,rea• lizaumavistorianolocalonde seencontraaobra, comoobjetivobásicodeverificaras condiçõesdesegurançaexistentesnolocal.

Concluídaestaetapa,aseguradoraoonsulta,atravésde formulários especificoe, o IRB-InstitutodeReesegurosdoBrasil,queiráfixaras taxasecondiçõesparaacontrataçãodosegurosolicitado.

ConformearespostadoffiB, aseguradoraemiteaapólice doseguro.

Comosevê,umaoperação simplesedegrandeimportânciaparaquePicasso,Matisee, Renoir,Monet,Tarsila,Djanira, Raphaele Goya possam descansarempaz,comacertezadequesuasobraspermanecemvivasequeahistóriaos registrouparasempre.

porquedeterminadosvalores dedesembolsopodemcausar algumdesequilíbrioinicial. Nãoéàtoa queaGaleria Louise Leiria, proprietária das360gravurasdePabloPi· cassoqueestão expostasno MASP,secercoudetodosos cuidadospossíveis,realizan· donoeixoParis-SãoPaulo aquilo queos escritores de beet sellers, como Harold

AGaleria Louise Leiris, que expõe 360 gravuras de Pablo-Picasso no MASP (à esq., uma delas), cercou-se detodos os cwdados possíveis, e o seguro estáavaliado emtorno de USI 10 milhões. O que vem ressaltar o argwnento de Heloisa Lustosa(abaixo) de que uma obra sódeve ser submetida a viagens "mediante condições ideais"

U01a questão de segurança

Temadediversasconferências, estudose publicaçõesnacionaiseinternacionais, a segurança demuseusegaleriasdeartetemai• do, ao longo dos anos, um constante motivo de preocu• paçãç,,tantoporpartedoscolecionadoreseexpositorescomodasseguradoras.Istoporque aperdadoobjetoparao colecionadorsignifica,ainda queosegurocubraoseuvalor,umdesfalquerealemseu acervo;eparaasseguradoras problemastambémexistem,

Robbins,KenFolletteSidney Sheldon,chamariamdeOperaçãoPicasso.E,certamente nãoestariammuitodistante� darealidade.

Vejamos, então, osdetalhesdestaoperação:asobras são seguradas por dez milhõesdedólares;amaiorempresafrancesa de embalagens,aÉtablissementsChen_ue,écontratadaparaacondicioná-lasnoscontainers da Varig, empresa aéreanacional i·esponsável pelo transporte das mesmas até São Paulo. Chegando àcapital Paulista,wnaescoltadebate­ doresediversasviaturasda Po1·icia Federal as acompa- nhamaté o BancoFrancês :rasileiro,ondesãoguarda- asnocofre-fo1·te,seguindo posteriormente, parao Mu'. seudeArteModerna aduas qua�---�tlSdoBanco,naAvenida Paulista.

Comosevê, umroteiroci­nematográficoparaningu· sus ·tar em obr�e1d daimportânciadas que�oess� gênio espanhol nl rtalizoumulheres s0- 10sereauct d nand a e,revolucio- 0aartee mente a d •conseqüente, vi a.

Mas,éevidente as Paçõesnão . · Preocupaiamporaí.Ase- 15Urançado espaço ond expost esão as asobrasde . lllnaconstante artee r· comobemd meoatualdiret e.., orcult al �vtuseu de A ur do R rte Modernad odeJaneiro p o nhoffFilho: auioHerke":Nalllinh rançad ªºPUUâo,1:1segu. artenã emuseusegleriasde ªPen o Podeser encarada tina;!:,ºmollmasimplesro- QJ.Jaesimcom ºªnismo . oummedas obra:taldepreservação sarazão edoespaço.Poresnase _ 'façoumapeloàFeli•~ gnosentidodereeditaro "º 'Se=,� onde �=ança deMuseu', Pelo�sistemáticautilizada uvre é abordadacom REVISTA DE SEGUROS

No Museu Nacional, as gravuras são protegidas porvidros(visíveis na fotoacima). A necessidade de segurar e proteger as obras levou Herkenhoff(abaixo)a apelarl)IY'a a Fenaseg reeditar o livro "Segurança do Museu"

precisão, servindo de exemplo,oumesmoobjetodeanálise,paraosdirigentesdemuseusegalerias."

Semdúvida, umassunto importante,poucodebatidoe queconvivecomumadiversificada gama de interpretações.SegundoHeloÍSaAleixo Lustosa,duas são asvisões

maiscomWls:aprimeiradefendeodistanciamentoentre ovisitanteeaobraeasegundaasua aproximaçãocomo objeto.Mineira,filhadopolíticoPedroAleixo,eladefende umaposiçãodeconsenso: "Acreditoquearelaçãodo visitantedeummuseuougaleriadearteirávariardeacordocomamostraemquestão Istoporqueseexistemobras quenãodevem,P.Orrazãode segurança, serem tocEldas, existemtambémaquelasque exigemotatocomoformade expressãodesuamensagem. Contudo,equantoaissoninguémpoderáterdÇl.vidas,asegurançaé fundamentalporquesuainexistênciaimplica, obviamente,aampliaçãodos riscosaqueestãosubmetidas asobras,eatémesmonanulidadedewnseguro,umavez queasempresasexigemcondiçõesideaisparaefetivá-lo."

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16
17 1

1Matériadecapa(cont.)

Com a refonna econômica, avalorização

NoBrasildoscuzados, asobrasdea�e, os imóveiseas8QOesnegoc�as nasBolsasdeValorestomaram-se,danoiteparaodia,as formasmaissegurasdeinvestimentose,portanto,objetodasatençõesdosmaisdiversosinvestidoresegrupos econômicosetambémmotivo desurpresaparanossosartistasplástios.Istoporque,comonosafirmaCarlosScliar, umdosmaisrepresentativos nomesdapinturacontemporâneabrasileira,nossomercadoérecente-temmenos de20anos-enãoestavapreparadoparaatenderaessetipodedemanda.Eleexplica:

"Soudeumageraçãoque jáconquistouomercado,isto é,nossasobrasvalorizwn-se porsiprópriaseexpresswn, noconjunto,osignificadode umatrajetória.-Masesta,é evidente,nãoéarealidadedo nossosetorcomoumtodo.Até porqueexistemaquelesque seencontrwnemfasededefiniçãoeosquepreferemdirigir seustrabalhosparaumalinhadecorativa.Noentanto, istonãosignificaqueestas obrastenhammenosoumais vlor.Mas,certamente,ficarãoprejudicadaspelocritério dejulgamentodomercado, quecostumalevaremconsideraçãooestiloeasfasesde desenvolvimentodosartistas.

Razãopelaqualestarepentinaviradanomercadovirásurpreendê-los."

Contudo,Scliaréetremamentefavorávelàampliação domercadoque,acredita,possibilitarãosurgimentodenovosvalores.E,oqueémais signifioativo,resgataráartistasdegrandeimportância que,pordiversosmotivos,se encontravamforadosetor. Quantoàquestãodeasobras seremvistascomoinvestimento,eleécategórico:"Elas

Obra de arte: wnboJDinvestiJDento

Nessesentido,éprecisoque fiqueclaroaomarchandaimportânciadeseuengajamentocomaobraasercomercia• lizada,evitando-seassimque, encerradaaexposiQãoevendi• dostodosostrabalhos,ele tambémencerresuaparticipação,aoinvésdecontinuar investindoemnovosvalores oumesmoresgatandoaquelesque,querpelafaltadeinformaçãoouisolwnentoinvoluntário,nãotêmcondições reaisdeseapresentarem."

fundasalterações.Eparame· lhor,felizmente.Afirmoisso porqueesperamosqueasem· presasdegrandeportepas· semafazerumareciclage!]l emseusinvestimentosedes· cubramnasobrasdearteurn& possibilidadeseguradeinves· timento,assumindotambé!]l asresponsabilidadesformais pelaobra,entreasquaisdes· taca-seoseguro."

Aaplicaçãoemobrade arteéantigaempaísesdetradiçãocomoFrança, rglat�rra.Alemanha,Holana,S\UQa, EstadosUnidos, :apanha, Itália, Japão.No rasil,aindaqueseleveem contaosantecedentesdanossahistóriadaarte CuJ · omare . . , oU11cialfoiaMissa.oFrancesa,averdadeéqueomercado deartenoPaíséinstituição r�cente,desenvolvido.nosúl­ tunos30anos.

Nacional,entreoutras,que investemmaciQamentena obradeartee,omaisimportante,noartistabrasileiro.O empresariadop1·ivado,como BlochEditores,emultinacionais,comoaNestiéea IBM, sãoosmelhoresexemplosde incentivoparaoparticularoptarpeloinvestimentonoartistabrasileiro.

-

MARIACÉLIANEGREIBOS

Scllar:mercadocrescerá sempreoforam,desdeosprimórdios,tantoanívelcultural comofinanceiro."

CarlosScliaracreditataro• bémqueosegurodeumaobra deartepassaráadesempenhar,apartirdessanovarealidade,umpaelfundamental,umavezqueaobra,enquantoinvestimento,precisa serresguardadadospossíveis riscosaqueestáexposta.

LigiaPappe,porsuavez, umadenossasmaispromissorasartistasplásticas,está, comotodaasociedadebrasileira,torcendoparaqueoPlanodeMedidasEconômicasdo Governodêcerto.Suaposição éfirmediantedonovoquadro queseapresentanomercado deartebrasileiro.

"Supostamenteomercado deartepodeserumgrandeinvestimento;aliás,teoricament�eleoé.Masépreciso tambémdetectarmososseus principaisproblemaseagravantesque,naminhaopinião, saodois:arelaQll.odomarchandcomaobraeofatode serummercado,noBrasil, aindarecente,ondeoartistaé sempre pego de surpresa.

Otimista,LigiaPappeesperaque,apartirdessanova realidade,QSartistasplásti• cospossamrealmenteexpor suasensibilidadecriadorae também,maisumavez,demonstraremoquesãocapazesdefazererenovar.Quantoàquestãodosegurodas obrasdearte,dizaartista:

"Queosegurodeumaobra énecessário,nenhumdenós discorda.Oproblemaatualé, justamente,definiraquem caberiafazê-lo,poiséevidentequenãocompeteaoartista. Noentanto,creioque,apartir dessasmudanças,onosso mercadodeverásofrerpro-

LigiaPappe cultivatarri· bémumsonhoqueesperasejl!._compartilhadopelasse�J" radoras.Elaexplica:

"Muitasvezesrealizamos exposiçõesdegrandeimpor· tância,comoaRetrospcctivs, emSãoPaulo,daobradeHe·' lioOiticica,semdispormos, inclusive,decondiçõesideais• Foiparticipandodessamos· traquepudeconstatarasdifi culdadesencontradaspara9 realização do seguro da6 obras-oqual,rateandoosvil· !ores, assumimosintegral· mente.Tomamosestainicia• tivaporqueumaviagem,p0f maisseguraqueseja,sempre podecausaralgumtipodens· co-eeste,porsuavez,serb sempresignificativo.Nesse sentido,gostariaimensamerr tedepoderverempresasdO mercadoseguradorinvestiJ'l donaexposiçãodeobrasdeat" te.Atéporquetrata-sedeuJJ'l investimentopublicitárioqo6 temretornogarantidoeqo8 possibilitaaoartistamostr&i' suaobraeàempresaaefioiêtl' oiadeseusserviQos."

Esperançososquantoao futuro,tantoCarlosScliarc0· moLigiaPappeconfiamnae mudançaseconômicaseespe· ramqueainjeQãodeanim0 queosetorrecebeupossase! oreflexodequeomercadoes· táamadurecendoeabrindo novosespaçosparaasartes plásticasemgeral.

. Osgl'andesleilõesdearte �ciadosnoséculoXIX,aten'. ammaisacolecionadores sendoasmansõesdestes� palcoonde,aocorrerdomar­ telo,Pratarias,móveisdeépo­ ca,tapetesorientais lacas lll f' ' arins,cristais,porcelanas �aras,alabastrosejóias,eram aputadosporumaelitefe­ ��ladissima.Omercadodeleiü es�voluiu,tornando-sese- r ssim0 muitoorganizado tendo i1 comorepresentantes ustresa h Ern c amadaDinastia lo aru,hojerepresentadape- quartoErn .H namd ,., aru: oró.cioEre•v•elloNeto O • vemleil . , maisJO· oeu·odoPais Mas,ladoalacto CIOSdeleilo aospalá1 es.cresce ga eriasde ramas tnundoque a:�teetodo um mastrês dé ongodasúlticadas vo . mandoojáreconh mf1r�oBrasileirode ecidoMerbílitancto 1 .ArttJ,P0sai.u1cusive on lllentoda"Bol · pareoit"'-t sade ,,_,.e,, ....,onoRi cu�Paulo H . oquant:,emSão g l . O.Je€tioD:18.i h aerias 0rit· nnds, resta11-'. leoa,a.rt.etas -.....01cshiato . 'moldureiros ,. l'la.dor3-3 pee . ...etécni · QlllSadores 00 oaaemateriaisrnolllvestid 'que, teUtna or,tornamaarejá

Comadesvalorizaçãoda moeda,aimportaçãodematéria-primadequalidade,osprê· mios,aspesquisaseonome feitoaqujenoexterior,grandenúmerodeartistasecolecionadoresbrasileirosfixa suasobrasemdólares.cot.a• das no mesmo plano dos monstrossagradosdaarte contemporâneadasmaisvalorizadaspraçasdomundo.

queomercadoébomeestáem expansão.Antigwnente,colecionava-seumouváriosartistas.Oucomprava-seumaobra porafinidadecomoambiente ougostopessoal.Hoje,emborataisaspectossejamconsiderados,investe-senometro quadradoassinadoporumartistafamoso,emascensão, .___promessafirmenomercado futuro,comoéocasodeYugo eJorginhoGuinle-quesão muitojovens.

Oautorqueestádeixando deproduzir,comoVolpi,90 anosemabril,quasecego,elevaopreçodesuasobrasexistentesnomercado.Portinari, Djanira,Pancetti,DiCavalcanti,Bandeira,Malfatti,to·

(1632-1675)pintorholandês deixou36obrasaomorrer.

Em1937,foidescoberta,na Holanda,umaobradoartista: "OsPeregrinosdeEmáus".A telafoisubmetidaàpericiade renomadosespecialistase acabousendoadquiridapela GaleriaRealdeArtedeRoterda..Sóem1945,apósofinalda IIGuerraMundial,équeoverdadeiroautordaobrafoidescoberto.Tratava-sedeummodestorestaurador,denome VanMeegeren,profundoconhecedordavidaedaobrade Vermeerequegostavadeiinitaroartistaqueadmirava.Istolevouàdescobertademais deumadezenadefalsosVermeer.

aplicação

Praze a�scomosimples restético.

Esao

Qôe8r· 118grandesinstitui­ lllan0 .i_é . eirascomoSul "'"''1 rica .e. ancoEoonôm.iooe

Oartista,hoje,dncategoria deumManabuMabe,pinta disaiplinadamente,viaja,pesquisa,estudaosgrandesmestres,inovanatécrúca,natextura.nomaterial.noestilo, semmedodechocaropúblico, porque seu compromissoé apenascomaarte.Suavida acaba,porforçadecontingênciasmercadológicas,enquadradaemprojetosouplanos demarketing.Artistascomo Wakabaiasní,JonnerAugusto,TikashieTakashiFukushima,AldemirMartins,PauloChaves,RorúBrandão,CiceroDias. Bianco, Ianelli, BrunoGiorgi,Agostinelli,Calabronceoutrostantosnãofioarnma.ise11olaueuradosem suastintas,atelleraepincéis. QuanaodelasnOop.'.lrticipam, sooàabU.uéedru:ifoirasinternacionais,dasbienaisedos acontecimentosmundiaise nacionaisdasartesplásticas. Elesproduzemdeformaa não "saturar" o mercado. mantendooequilíbrioentro ofertaedemanda.Estaéuma daooonseqüentescertezasde

dosdesaparecidos,têmospreçoscorrigidospelasbolsasde artedeNovaIorque,deLondres,quasequediariamente.

Nem mesmo o aparecimentodeobrasfalsificadas, comoestáIM'Onteoendonomomeuto,envolvendogenteséria110eixoRio-SãoPaulo,desanimao investidor. Pois queminvestesabequt1aialsi{1oaçãodaobradearteétê.o sntiga quanto o homem. Quemnãosabedomau-carat.ismodeRamsés II,cuja vaidadeofaziaapagarosnomes deseusanteoessores, dedinastiasanteriores,pa• r'\escreveroseunosmonu:nentosegipoios?Vermeer

Adécadade70tornoufamosoohúngaroElmyrHorry, exímiofalsificadordePicasso,Renoireoutrosdeigual importância.Nestesanos80, osecretáriodeSalvadorDali tumultuouomundodaarteao declarar-seautordeobrasassinadaspelomestre...

Oinvestidor,alémdebuscarmarchandaeinstituições quetenhamtradiçãodeconfiabilidadenomercado,deve pedirafiohatécnicadaobraa seradquirida.Emcasodedúvida,devesubmeter,quando possível,aobraaopróprioautorouobterdeespeoialistas suaautenticaçãoehistórico Mesmoassim,oinvestidor temqueter oonaoiênciade queoorrdoperigodeinvestir emumprodutorlsifioadooomoriscodemercado;oque nãoécomum,masprovãvel. Isto11ãodevedesanimarninguém.Eamaiorevidênciade queoinvestimentoemarte, principalmentenoartistabrasileiro,oonstituiumadasmelhoresoPQOesdenegócios,éa ausênciadeosoilQQAodepreQOBnomercado. [.J

18
" ,. Pappe:definirquempaga
r
na.o�ti�ocorno
Hoje, investe-se no metro quadrado com a assinatura de um artista famoso, em ascensão

Multirisco -Residencial da Uniao Continental de Seguros

Pesquisas benefidarao mercado segiirador

O mercado de seguros, no Brasil, dispOe^de duas instituiodes com objetivos bem definidos: de pjn lado, a Fenaseg — Federao&o Nacional das Empresas de Seguros Privados e de CapitalizaoAo, que tern, entre outras,a responsabilidade de divulgar a instituigfio seguro; de outro,a Funenseg — Funda^&o Eecola Nacionalde Se guros, cujoe objetivos sfio. prioritariamente, o treina'mento e a promoo&o de cur80S e editora^fio. Recentemente. no entanto, esta lUtiTTitt ganhou atribuiQdee de um drgfio de pesquisa, por delegagfio do CNSP — Conselho Nacional de Seguros Priva dos.

Segundo o presidente da Funenseg, Carlos Frederico Lopes da Motta,as pesquisas nfio serestringirfio apenas ao campo pedagdgico. O drgao pretende realizd-las objetivando elevar o sistema segurador como um todo,seja por iniciativa prdpria ou oontratado|por terceiros, no que diz respeito aoerisoos de comportamento de material.

Emborajdestejapreparando um projeto de pesquisa. a instituioaoesbarra nafalta de espa^o flsico, uma vez que a construpao da sede prdpria, na Rua Satamini, na Tijuca, estd paralisada"em virtude da poUtica de restriqfto do Governo," como afirma seu presi dente. Motta ressalta,pordm, que a Funenseg oonta com o apoiointegraldopresidente do IRB — Inetituto de Resseguroe do Brasil, Jorge Hildrio Oouvea Vieira, e do superintendente daSusep—Superintenddncia de Seguros Priva dos, Jo&o Rdgie Ricardo doe Santos.

Otimista, Carlos Motta aoredita que,emborafalte es20

paqo fisico paraos projetos de pesquisairem adiante.itSofaltarfio recursos para oonoretiz4-los, uma vez que pretende contfer com o fundo administrado peloIRB,que seorigina das comissOes deseguros vultosos.

Opresidente da Funenseg 6 de opinifto que as novae medidas econOmicas adotadas pelo Governo serfto extremamente bendficas."O Pais n&o poderia mais convivercom nivel tfio alto de inflao&o,"justifica.Bntretanto,oor^amento da instituioao nfio deverfi so fter grande impaoto"porque, ao elaborarmos o orgamento de cerca deCzC 22milhdes pa ra este ano, excluimos qualquer receita oriunda de oorreg&o monetfiria e sd trabalhamoB comjurosde investimentos,o que nosdeixa mais tranqtlilob," conclui.

Cursos

ra 86 partiu de sugestOes e opinides recebidas de diversos segmentos do meroado segurador,a que se somou a experifinoia adquirida pela instituigfio ao longo dos anos.Por serem subsidiados,os cursos estfio aempre ao alcance dos interessados e representam uma sdlida contribuigfio ao aperfeigoamento do profissional de seguros.

Com a finalidade de ampliaroatendimentoao setor,a Funenseg vem estruturando cursossob aforma de"Ensino fi Distfincia", desenvolvendo nova metodologia didfitica que permite proporcionar, a um maior ndmero de pessoas, a iniciagfio, a qualifioagfio e o aprimoramento no que diz respeitofiformagfiotunica na firea de seguros.

No ano de 1985, alSm do Curso Bfisico de Seguros (CBS), o 6rgfio operacionalizou, no primeiro semestre, o projeto-piloto que validou o material auto-institucional que estruturao Curso Bfisico de Seguro Incfindio(CBSI)eo implantoua partir do segundo semestre.Para 1986,atfim do

Curso Bfisico de Segurode Inc6ndio. a Fundagfio pretend® desenvolver, ainda neste se mestre, o projeto-piloto do Curso Bfisico de Seguros Tranaporte(CBST),quecomo' garfi a set ministrado a partiT domesdejulho.

\^e ressaltar que aFunda gfio coloca OS beneficios doS oursoB ministradoe sob afor made"Ensino fi Distfincia"a® alcance de toda a massa securitfiria,possibilitando apartioipagfio daqueles que, per algum motive, nfio possam freqilentarcursosem eala de aU' la. As inscrigOes sfio faoultadasaos interessados de qualquer parte do Pals,o que aiH' plia as oportxinidades de uro® formagfio nafirea deeeguros,

O candidate deve pleiteaf SUB raatrlcula, atravfis dsS CoordenagSee mantidas pels Fundagfio em diversos Estados, ou na eede do 6rgfio, nO Rio de Janeiro. Oa ourBoa d® "Ensino fiDist&ncia"tfimsua® taxas arbitradas em valores idfinticosaoB ministrados erP sala de aula, variando 0 valof de acoido 00m a regifio.

Carlos Motta: as pesquisas nfio se restiiagirao apenas ao campo pedagdgico
programagfio de oursos
pa
A
que a Funenseg elaborou
O REVISTA DE SEGUROS O seguro ciG seular 'Jniao Continental Seguros ^ciadadUAPL'Unlnion des Assurances de Paris /

Solenidadedeposse

Sob no��liderança,prossegue a lutapeloclesenvolviJDento do mercado segurador

Tomoupossenoúltimo dia9demaioanovadiretoriadaFederaçãoNacional dasEmpresasdeSegurosPrivadosedeCapitalização(Fenaseg),presididapeloseguradorSérgioAugustoRibeiro, que substitui, no triénio 1986/88,VictorArthurRenault.Asolenidadeocorreuno PavilhãodeConvençõesdo CentroEmpresarial-Riode JaneiroecontoucomapresençadosMinistrosDi!son Funaro,daFazenda,Raphael deAlmeidaMagalhães,da PrevidênciaeAssistênciaSocial,dopresidentedoBanco Central,FernãoBracher, alémdeinúmerosrepresentantesdaáreade�eguroscomoosuperintendenteda Susep,JoãoRégiaRicardo dosSantos,dopresidenteda Fenacor,RobertoBarbosa,e domB,JorgeHilárioGouveia Vieira.

Duranteasolenidadefoi firmadoumconvênioentrea Fenaseg,oMinistériodaPrevidênciaSocialeoInstitutode RessegurosdoBrasil(ffiB), ondeseestipulouqueassociedadesseguradorasqueoperamcomoseguroDPVATcederãoaoIRB20%daarrecadaçãomensaldeprêmiosdo respectivoramo.Estamedida representaráumacréscimo dereceitaparaoINAMPSde CzS500milhõesem1986ede Cz$800milhõesaté1987.

OMinistrodaPrevidência

Social,RaphaeldeAlmeida Magalhães,destacouemseu discursoque,hátrêsanos. tantoaeoonomiaquantoaati• yidadeseguradoranãoconta

vamcomos"ventosfavoráveisdeagora,quanda._ainflaçãoimplacávelatingia�os ossetoreseconômicos."Enºtretanto-ressaltou-,omercadosegurador"resistiuao vendavalinflacionárioese destacoucomocarro-chefeda economianosetorprivado.''

Sobreapolémicagerada pelaCircularn?6,disseopresidentedaFenaseg,Sérgio AugustoRibeiro,queadecisãodasseguradoraséqueos contratosdeseguroassinadosanteriormenteaoPlano Cruzado,ouseja,atéodia27 defevereiro,poderãoserrevistos,deformaanãoseaplicaratabeladeconversãodiáriadecruzeiroparacruzado, adotadanaregulamentação daSusep.

Atabelaparaarenegociaçãodoscontratossemcláusuladecorreçãomonetáriaou comcorreçãoinferiora240% serádivulgadapelaFenaseg

atéofinaldemaio.Nela,osvaloresserãocorrigidosaté28 defevereiroeconvertidosparacruzadosnaproporçãode umparamil. OnovopresidentedaFenaseginformouaindaquenosegurodeautomóvelcontratado comcorreçãomonetáriade 240%(índicemáximopermitidopelasseguradoras),os proprietáriosserãoressarcidospelovalordemercado,se houverperdatotaldoveículo. Casoocontratotenhasidoassinadocomcorreçãoinferior a240%,oseguradopoderápagarumadicionalqueserácorrespondenteaumaatualizaçãodovaloraté28defevereiro.Tambémpoderãorenegociaroseguroosqueassinaramcontratosemqualquer correção.ConformeesclareceuSérgioRibeiro,osvalores adicionaisquevãoresultarda aplicaçãodatabelasãodeliquidaçãoearenegociaçãonão éobrigatória.

Quem é o novo presidente da Fenaseg

S.érgioAugustoRibeiro pret�;dedesenvolver.àfren· tedaFenaseg,umtrabalho dentrodosistemadecolegia· do,deformaamanterumper· manentediálogocomtodosos segmentosdasseguradoras e,conseqüentemente,levaràB autoridadesasreivindicações doórgãocommaiorrespaldo. Eledestacoucomode"grande importância"anecessidade desemanteraunidadedas empresasseguradoras,prin· cipalmentenestemomento, emqueomercadoestápas· sandoportransformações. emconseqüênciadoplanode estabilizaçãoeconômicado Governo.

OnovopresidentedaFena· segdefendequeomercadode· ,emostrar-secoesoefazerda entidadeseulocaldediscus· são.Emsuaopinião,opapel doEstado,nãosóemrelação aosetormasemtodososou· trossegmentosde.economia. deveserapenasodee.compa· nharasaúdeeconômico-fi· nanceiradasempresas."As· sim,comotempo,aSusepeo IRBnãoirãoexerceruma açãointervencionistaexcess�· vanosetordeseguros."

Eleitoparadirigiraentida· denotriênio86/88,SérgioAu· gustoRibeiroformou-seem economiaem1957,pelaentAo UniversidadedoBrasil,hoje UFRJ.NosEstadosUnidos, REVISTA DE SEGUROS

fezocursodeespecialização noCentroLatino-Americano deEstudosMonetários.Ocupoudiversoscargospúblicos nosúltimos30anose,por d�asvezes,integrouadiretoriadoBancoCentral.

Em1964,foiconvidadope· loMinistroOctávioGouvêade

BulhõesaassumiraCaixade

Amortizaçãoquedeuorigem aoDepartamentodaDivida Pública,doBancoCentral, cargoqueocupouaté1967.

realde25%nageraç4odere�-

Algunsanosmaistarde,em 1974,oMinistroMárioHenriqueSimonsenonomeoudiretordaáreadeMercadodeCapitais,tarefaquedesempenhouatémarçodei979. Nosetorprivado,Sérgio Sérnlo Ribalro

Assumoapresidência daFenasegemmo­ mentosingulardavidanacic>• naJ�econ,omiadoPais,ago­ raonentadapararadicalmu­ dançade,horizontes,encara vert,icnJesúbitaquedadein­ fl�çifoque.aindanavéspera.àt.in8it'aataxaanualde255%. Surgê,emvezdisso,arealida­ denovadel'enômenoexatamenteoposto:odofortaleci­ mentodamoedapelorecuo dosPre90saíndicenegativo. Elssamudançarepentina IJâosedetém.oontudo nop'n. nom ' ,� f onetário. Desce mais undoe nasuaabrangência esparrama-seportoda nomia i aecoconsig�l'�clus!v�trazendo te osofJainteirarnen- nova,queobri zadarevi 11 gagenerali- comportn::odeatitudese -,,,entos E• meça..,,,18 . · �ssoco,c-v exigênciad t formaçt&od . e ransdaded ªPrópr1amentali-os�teseoonôohamados à nnoos, conscientenW::ªrticipa9110táve1e� Processoeslllentod on_aJ_dedesenvolviV asativtdadesproduti- 11:�t::.zn reflexosinevitáveis oiaJ.. moçaodobem-estarsoNós 0 mos ' �seguradores, tei:cnpJ;re�isposiçaoantigae comoat�vapaz:aoconvívio lllon oJ�nadeestabilidade etária n que · iriaatémesmo 9âo ';11a1sdoquepredisposi­ . elllosnecessidadevital

curso'ceita.

Paraosseguradoresfoi bem-vinda,portanto,ainspidooxigéniorespirávelnesse radaepatrióticainiciativado alima. _Governo,decidindodotaro Lembro,apropósito,que Paísdaestabilidademonetáem1981 aConferênciaHe- riaindispensávelàordenaçáo misféricadeSeguros,realiza. eaoexercíciofértildasatividaemAcapulco, foiúnicae dadeseconômicas. Tantoou exaustivamentevoltadaaoes- maisdoquequalqueroutro tudodainflaçllo,talagravida- setor,omercadodeseguros dedosproblemasenfrentados estáplenauienteengajadono pelosmercadosseguradores esforçoemqueseempenhaa alireunidos,noexercíciode Naçlioparaagarantiadeêx.isuasatividadesemecono- todoplanoqueoGovernoimmíasinflacionada.s.Enote-se .plantoueasociedadeperfiqueapelejadamaioriadeles lhou. eracomíndicesinflacioná.rios Osegurotemimportantes emtornode20%anuais. tarel'asei:esponsabilidades

Naquelemesmoano,aliás, empalestral'eitaaquinoRio deJaneiro,duranteô"Internà�onalIn,suranceSeminar", l1aviaditoumcolegar:Josso que.seofenômenodainflação jáfosseCônheaidonaépocade Si1oJoiioEvangelista. certa. menteoApocalipseteriamais umcavaleiro.

Osseguradoresbr-asilei.ros oonhecemdeamargaexperiênciaPl/Óp1-faosmalesdo processoiflaofonário.Pois 11aJlistóriaeconômicanacionalosperíodosdeexacerbaçaodadoençamonetár4isao, exatamente,osquetlimmarcadoasfasesmaisproblemáticasdônossosetor.De19'79 a1984.paraexemplificarUlo· sócomoquadrodeépocamais recente,asoperaçôesdesegurosexperimentaramdeolinio

Ribeirofoivice-presidentedo Unibancoe,háseteanos,ocupaavice-presidênciaAdministrativaeFinanceirada CompanhiaSulAméricade Seguros.

sócio-econômicas.Poíslheoa• beabsorvereneutralizarriscos,proporcionandolastrode garantiasquetranqililizaeÍll· duzos�nteseoonômioosSD desemP?nhodopapelquelhes tocano'fortalecimentoeprogressodaeconomia. E, além disso,porqueàsempresasseguradoras,comoinvestidoras institucionais,cumpredrenar recursosparaofinanciamentodesetoresestratégicosdo processoprodutivoedodesenvolvíznentonacional.

Estoucertodequeomercadosegurador,agoraemmelh01-esoondiçõesdoqueantes, eumprfácomexaç4oseus compromissoseresponsabilidadesinstitucionais.Comotodos os demaissetores, vai atravessarorápidoperíodode transiçllo,impostopelosreajustamentoserevisõesqueo

aaomodemànovarealidade econômica. Essaéobraque00I2Sidero extl'emamentefacilitadapela tradiçãodaFenaseg,como atuanteó.rgaDdeooordenaçao erepresentaçaodaclasseseguradora,eoomoentidadede intermediaçl!oentreosempresáriosdosetoreoGoverno.Paraodiálogodealtoní• vel,qu_esempretemcaracterizadoessaintermediaçilo, aindabemquetemosdooutro lado,comorepresentantesdo setorpúblioo,homensdainteligência,sensibilidadeeespíritopúblicodeJorgeHilário, Jo4o Régis Riolll'dodosSantoseseuscompanheil"osde equipe OdiálogoSérá,decerto.freqüente,natransiç&>quevamosviver.E,semprelrut11'ero,certamenteevoluiráem seu temárionamedídaemque

22
OMlniBtroRap.baeldt:Alm.eidaMagalhãesselaoconvênio ftrm.adoentreaFenaseg,oMinistérioeoIRB
•. dis
.....
REVrSTA DE SEGUROS
..

:/d ieorder^ulagSoda^vidaseffuradora se reduza, ao ^ongo do tempo,ao que seja ryerd^eiramente esseaciai. ^oia,aem dtivida.oaexageros t^e iiitervencionismo flfio so l^jperturbam a mercado e re"freiam odinamismodainiciativa privada. coma entorpecem e tomam ierdo oEstado, em prejuizo da eficdcj'a e do aentido da sua interv-enpso.

Bstou convencido de que, em taleaquema derelagOesdo poderpdblicocom aatividade 'aeguradora, todoa melhorse

ajustarSo a seus objetivoe e fungOes,a comeQarpelosmeoanismoB de aprimoramento da eoonomia de mercado: inoiusjVe/jossa J^ederspSo,que enriqueoerA suas atividadea ocupandooespapo deixadope ls desreguiap^esta(ai.

Parsissoa Casaeatardpreparada,renovando-se A aitura desuasnovasresponsabilidades. E terA, sem duvida, a apoiode todaa classeaegura dora.desdeJAconvocadapara oprooessode tomada ooletiva de deoiaOes, visando ao de-

sempepho oada vez mais eficiente do papel instituoionai do aeguro privado,

OPai's. Senhor Miniatro, agora 6 outro, liberto deaae Cavaieiro doApocaUpaeague foi aomparadaainflagAo.E.ao

credito de V.Elxoia.neaaa codquiata, correaponde a divj'da do noaao apoi'o,como respon• saveispor um setorda economia sob a Jurisdipao de sua Pasta. Eaaadivida. tenhoabsoiuta convicgAo,serdresgatadapeJa contribuigSodomer cado de seguros ao Axito con-

tinuQ do Piano Cruzado.

O Pals agora A realmente outro, Senhor Miniatro. O Preaidenle da Republica, co mo autAntico eatadiata,p6de afinal transmitira mensagem quehAmuitoaNagAoanaiava receber. ComodisaesuaExcelAncia:"Chegouahoradareconstrug&o.HA um ano tinhamoso caoa,hojelidamoscom a eaperiwiga. .""Dentro de algunsanosoBrasileatar&no seu Jugar. Ele dA a grande avango, o'aalto definitivo. Pronto,totalmente.paraoaeu grand© deetino-"

Victor: tres anos de muito empenho a frente da Fenaseg

Ap6socuparportrSsanos

a presidencia da Fenaseg, Victor Renault em seu discurso de despedida lembrou que,ao aceitararesponsabilidade agora transferida, aeoonomiae aatividade aegu radorapaasavam por momentoe deintranqUilidade,que ele classificou como "uma fase traum^tica de persistente ajuste interno k orise externa". A inflap&o e a reoess&o iropunham ao setor problemas,cujae solupOes a classe seguradora buscou sempre resolver.

Entretanto.apesardosesforpOB,afirmou Renault,aoladodos£ntosobtidos regietraram-ee tamb^m aiguns insuoessos,lembrando.que entre OB ultimoBesta"o malogro do repetido esforpo pela recuperapfio do seguro de acidentes de trabalho,arrebatado dainiciativa privada nos anos60."

Mas Victor Renault oonfia que,oom base nas palavrasdo Presidente Samey de que "a .inioiativa privada A o car24

Ministro Funaro:discurso

nFo grande eatorgo que a *•sociedade brasiJeira precisaempreenderpara modernizar as suas estruturas, "m eapaga tern que eatar resexTado para oineremento da atividade do segtiro.

Bsteinstrumento, tanto ®;"t'goquftn£oeficaz,dde utib'zapaonecessAria,tantopara a grande empresa como para q maia h umiide oidadAo.

DeanecesaArio enfatizar, P^ranteosacnhoreamexnbros dacomunidade.aimport&ncia da atividade de seguros do pontode vista econdmicoeaothai.AprotegSo dopatrimOnio dasempresaa eindivlduoeea

dica eapecial tuteia.

A verdade A que o setor de seguroB no Brasil precisa creseer para ocupar o espapo potencial quea ecojiomia bra siJeira Jh© oferece.

Com efeito, a arrecadagSo deprAmioB deaegurospermaneoe hA 30anos oaoiJando ao redordeO.9% doPIB.Eatenuraero encontra-se ainda mui to diatante doa que oatentam eoononpasdeigualporteesemelhante estrutura,onde es sa relagSo aCinge a 3,S% do PIB,em mAdia.

ro-chefe da economia," ha perspectivas alentadoras de que essa reivindicapao do se tor seja atendida.

Aofazerumaretrospectiva dos tres anosem que presidiu a Fenaseg, Renault afirmou queo mercado segurador brasileiro "resistiu ao vendaval InflacionArio."B asempresaa seguradoras, resguardadas em sua vitalidade, "aprestam-se para a tarefa que Ihes cabe: levar o concurso do se guro ao processo de retomada do desenvolvimento econdmico e social do Pals."

Com oadvento da Nova Re publica, lembrou Renault, a Federapao iniciou um proces sode recolhimento daopinifio da classe seguradora para a formu^aqfio de uma poiitica de seguros,"realistae ajustada &s perspectivas de mudanga que se abriam 4eoonomia nacional."O resultado desse tra balho foilevado ao entfio Pre sidente eleito Tancredo Neves e, mais tarde, transformado em mlnucioso documento ka

autoridades diretamente respons^veis pelo setor.

/•juelas iddias "continuam v41idas c atuais e, se postas em prdtica, darao substancial ajuda para que o mercado de seguros,readquirindo dinamismo e evolup&o, situe-se na posigfio que Ibe reclamao processoeoondmico."

Victor Renault ressaltou o apoio que recebeu durante sua gestao das diversas entidades quecompdem o setor de

seguros,destacandooConseIho Nacional de Seguros Privados, o IRB — Institute de Ressegurosdo Brasil.aSusep — SuperintendSneiade Segu ros Privados e osfuncionArios daFederagSo,"sempreleaise efioazos."

Victor Renault registrou sua admirag&o "pelas medidas que o Governo vem implantando na Areaecondmica, sob a orientagAo do Ministro Dilson Funaro."

Da dir. p/a esq,; Jo&o RAgls(Susep), Victor Renault, Mln. Raphael de Almeida MagalhSes, Min,Dilson Funaro e Jorgd HllArlo<IRB)

proteeSoaoeeguradoouseus benefiojArios. em casos em <3ue o inforCijjiioatixya a inte^dadefiaioa do trabalhador, impedindo-o depraver o sustentodesuafamilia,constitui daativj'dadeseouritanQ.

h Pois,asociedadeb^demapresoindirdo um tal ^oontrArjo. de ampjiar as ^-bihd^eadesua^utS

Por outro lado, a advento doPianodeEatabilizagSoEconOmica, oujos principiae foram tranaladadoaparaa Area de aeguros atravAs da Circu lar Susep n," 006/86, represontaparaosetor um novodesafio.

d

o segurador cada vez mais consistente.dopontode vista atuarial,egficiente,doponto de vista econOmico.

A esses desafiosadsepode responderoom trabalho,competAncia e criatividade. Tra balho e competAncia para expandir a atividade. eJevandoseasvendaseaprodutividade e fortaJecendo, tambAm, seu papeJ enquanfo investidor inetitucional, apto a contribuirsigiufioatfvamentepara aoapitahzagSodosetorprodutivo da economia brasiJeira. Criatividade para atender A demandapornovasmodalidadesdesegurosqueee£A a exigiromundomodemo,em que OS riscos se acerbam em deoorrAncia meamoda din&mioa prbpria de um ambiente em rApida transformagSo.

do JOecreto-Jein.® 2.284/86estSosujeitasaoregimedeconvera&o das obrigapOes, prescrito nosartigos8?ed9doreferido decreto-Jei. conforme expreaaa acertadamente a Circular Susep n? 06/86.

A aplicag&odesea circular deixa evidenoJados os efeitos perveraoa da inflagAo no tocante aos valores s^ursdos, sendo legitimos oa anseios dos seguradOB no aentido de procurar atenuA-Jos.

Jndo ao enoontro deaaea anseios, as sociedadea segu radoras manifeataram.em re cent© deolaragSo pdblica, a diaposig&o de renegociarem oa contratoB fifinados antes deSSdefevereirodeateano.o que coneidero postura que atenda aosintereasea deparcelaexpressive dapopulagSo braaileira.

Levar a bora terrao erapreitada A tmefa dainicia hvapnvada.das«,rapaSS^ de seguro edemais^^

essa

;P^nd^ordequeLA°S^:

oializadoa.caboacompa^' esse processo e eliminar

Mtrac

A lucratividade das seguiadoras estavafortemen teinfluenciadapelosganhosinfJacionArios, decorrentea das aplicagdes finanoeiras dos prAmioB arrecadados, enquan tooscompromiaaoa oorreapondentes aoa valoree seguradospermaneoiamem termosnominaia durante toda a vigAnofa do oontrato.

ParadoxaJmente, todavia, essa Juoratividade de ozigem nAo operacional criou uma tendAnoiadeacomodagAogue acaboaporeatreitarasdimensOes do mercado segurador.

emfacedasexigAnoias do modemo capitaliamo braeileiro.

O eapirito segurador, voitado para os prinoipioa mutuaiistas e caioado na lei doa grandee numeroa, deve aer

sem descurar.todavia doo.v," teressesdo oonsumidor^ ampJamente dsaeeminado na «»Ws,aquemalegisJagao2'. pode abrir mOo de um meroe-

Cumpre As autoridades criar condigCes para que se possa estabeJecer plenamenteaJivreoompetipAo.fatorimprescindiveJ A obtenpflo dos beneficioBproporcionadoapelaeconomia demercado.Nada aubatitui a criatividade empresarialeaefioiAnciacompetftiva. Aaredito que hoje oa empeoilhoa para uma aaudAvelevolugAodo mercadoestAo sendo afasCados.

Com efeito, o advento do PianodeEatabiUzag&oEoonOmica certamente trarA,numa perspeotiva de mAdio elongo prazoB.reaie benoticioe para aatividadedeaeguro,BOpoaaibilitaropagaznentodeindenizagbeaemmoedaeatAvele, portanto,aapazea de asaegurar a plena repoaigSo do bem s^Tirado.

FJvidentemente, as applioesemitidasantesda vigAncia

Manifesto, aaaim, minha aatiefag&o com essa atitude das eeguradoraa, no aentido deprocederem A repactuag&o doecontratoadeaeguro,atendendoaointereaae daapartea envolvidas,principalmenteao doa segurados.

Aomercadoaeguradorbraaileiro abrem-se asportas de umaeoonomia verdadeira,ondeaintrod upAodeinovapAese a administrapAo competente daatividadedesegurooonstituem tarefas de particular e fundamental importAncia.

Cabe ao empresariado do se tor enoontraro melhor oamiiiho nesta fase de transigSo: DessanovBpostura dependerA a expansAo ds atividade, que poderA ser beneficiada por um auniento dademanda porsegurosdeoorrentedosreflaxospoaitivosde umaeoono mia de bases estAveis. capaz degarantiraopiiblioo oonsumidor uma efetiva proteg&o. a

J?qsse(cont) 4
^STA DE SEGUROS
esaodesenvoJvime dosetor.tafseomo«,^acao e bm-ooratjzagao exoeeai^
25

Uniao de mercado, uma utopia? Cultura tambem e cultura

J& faz algum tempo

que venho pensando naid^ia de escrever este artigo. O que me fez vacUar at^. aqui foi a certeza que tenho quea maioria das pessoasque meconhecem(e creio que sSo muitas neste nosso meroado deseguro)j&ouviramamiiiha defesa da id^ia de uma unifio de mercados. Desde que oomecei a faiar disso, sempre ouvi aresposta;"Utopia!"Dizem sempre:"O nosso mercado sempre foi assim;sempre que OS dirigentes das empresas se reuniam para discutir Bobre a necessidade de diminuiroimpeto daconcorrencia, sempre havia um ou male de um que rapldamonte avisava a sua estrutura de produ^So que para elesoacordo nfip valer."

Masotempoeet^ paesando e as pr&ticas concorrenciais estao cada vez mais agressivas. Aumenta a criatividade na concorrencia de quern da maiores vantagens e na raesma propor^So diminuem os resultados das seguradorae.

Todosndssabemoe que isto se torna dramAtioo a partir deagora,quando nfio teremos maiso acolchoamentodoe re sultados patrimoniais para nos gerar os lucros neces8&rios & sobrevivSncia do sistema. Mas a concorrdncia se acirra, embora todos os diri gentes de seguradoras com quern tenho oportunidade de conversar confessem o seu amargor,asuadiscord&nciae muitas vezee o seu desanimo com esse estado de ooisae. EiU me pergunto: por que isto vem se repetindo e agravando hatantotempoe nfio se faz nada?

Parecequearesposta d que as pessoas acreditam que es te deslizamento,no sentido do resultado zero ou negative, cieja um deetino atavico do mercado de seguros:reoeber

o pre^osem ter umareal visao doscustos(e temos umafalta ainda enorme de estatieticas sobre despesas administrativase sinistralidade por modalidade derisco)eaofertailimitada nos conduziram a eeta competioao autofagica em busca do negdcio da companhia ooncorrente, mesmo intuindoqueisso significaa deterioragao future da carteira que ja temos em casa. Seestajaera umacaracteristicsa do mercado de seguros

Umanoitedesfibado,nafeira

do Aleorim, em Natal, um cantador deuo mote: "Muitamodaepouca aofio". Da cantoria reaultou a certe zade que esseeraoproblemadanagfio. Talvez seja mesmo. Agora a moda d cultura. Assim sendo. jfi nfio precisamosmais estarpreocupados comacul tura, porque tudo 6 cultura. Ou como eles dizom, manifestagfio cultural.

seguradores

nos dltimos anoa, agora,em que desdedezembroo merca do eeta sendo sacudido per medidas enargicas(como foram ofracionamentosem adicional,areduoso das taxasde moradra em 50% na oarteira Incendio,o oongelamento dos prSmioe de DPVAT e o fim da comeroiabzaoao direta desta carteira),com tudo issoe ain da mais com a revoluqao econdmicaa partir da soluqSo do problemainflacionArio nofim defevereiro, nbs,segurado res, nao tomamos nenhuma medidacoordenada,nfio para mos para rever juntos quais as reais margens deliberdade deoperaqfto ecompetipfioque

teremos daqui por diante. Ofato de noe sentarmosorganizadamente para discutir OS nossoB problemas de mar gens de lucros nfio quer dizer que vamos cartelizar este meroado ou destruir os organismos de representa^fio nelee jfi existentes.

Acontece que o problema emergencialdo sistema brasileiro de seguros,cujofoco estfi voltado para as segurado ras. oda oonvivenoia oomeroial que envolve a prdpria sobrevivfincia dosistema talco mo ele ai estfi e cuja soluqfio nfio encontra no momento meoanismodentro dos drgfios de representaofio(Fenaseg,sindicatos,aasocia^fio),quesem pre se voltaram mais para os problemas de ordem tficnlcae derelacionamentocom Susep eIRB.

A proposta quedefendo6a deformapfio de Grupos de Discusefio informais,grupos estes compostos por represen tantes do mais alto escalfio das seguradorae individuais ou dos grupos seguradores, para que se estabele^a ura "mecaniamo de conversa"{a expressfio nfio 6 minha), no

sentido derestabelecerno neceesfirio curto prazo nmft ba sedeconfianoaentreossegu radores.

Creio que a partir da discussfio amplados problemas □omeroiais das empresas peloB seus mais altos responsfiveisacabaremosporestxuturar algumaformade auto-regulaofioe, mesmoqueestademore aacontecer, teremos tido a oportunidade de discutir informal, mas organizadamente, as queixas que todos fazemoa sempre que temos oportunidade de nos encontrar.

A quern ocorrer a imagem de Utopia agora, ao final deste artigo, eu peQO que pense em alguma idfiia melhcr, que noe evitepedirmaioringerfinoia do estado no nosso aetor: faoamos a partir de nds mesmos tuna fieoalizagfio efetiva e preventive sobre o mercado doqual tiramos nosso sustento, mostrando o 6bvio que 6 que aningufim interessamnia um mercado segurador sfirio es61ido doque ands mesmos. a

vioe-pn> giaente da Porto Seguro.

Ha tempos a moda era a ecologia. Comonfiopodiamosounfioqueriamos unpedir o desmatamento e a devasta5^. tratamoB todosde enoheracasade plantas.Cadasamambaiatrauaemsi mesma o perdfio dos nossoe peoados contrao meio ambiente. E assim aooisaandou, por umbom tempo, atdapareceremaquelasincriveiapessoasque eat^ defendendo a ecologia. Gente niuito interessante e muitoesolarecida.sdpodeaerisso,porquenuncasoube queaecologiaestivesseameagada. Seriabem melhor que essas pessoas Parassemde defenderoquenuncafoi ameagado.ouidandodedefenderomeio ^bientequeelaaoonfundemoomecoogoa. -Eumaquestfiodecultura.nfi?

^agorafiaculturae.francamenb^f°- Na Constituigfio D^Uetfaaunicareferfinoiaficultura ura fi um dever do Estado.

tura^M ° ^cultura?Aoulpopular? As duS?^o aoultura prioridadev Com ordem de

tonoassunto. Porque PovomuitoouriosJ^at^ ^ aafitimaConstituiga^o

quevamos cumpri la " amente, onangas desetea Ifianos,nunca houveescclasgratuitaeparatodasessascriangaa. Nfioseise existe,emalgumlugar.

acadeiradepsioologiapolitioa. Maadeviahaver, oepecialmentenoBrasil. Se ria bom, de vez etn quando, uma boa sessfio de psicanfilise pilblica. Porque assim como as samambaias garantem quesomos contraa destruigfiodomeio ambiente, a Constituigfio iios desobriga a oontinuar lutando paraque aqueledireitosejareoonheoidoerespeitado.

Exemplo? O salfirio mlnimo. Hfi quantos e quantos anos ele jfi nfio fi mais o minimo, segundo o que a lei estipula?

Nasoido comendo bom pfio, assieti, pouco a poucc, ao Pais passar a comer apenas pfio de trigo. Porqu6? Nfio por quehajamais trigo. Ouporqueopfiode trigo seja melhor ou mais gostoso. Nemporque otrigo sejamaisbarato. A verdadeira razfio para abandonarmos o milho ou a farinha de mandiocafi cul tural: otrigo 6europeu, nfi? Entfio,otri goternstatus cultural, nfiofioomidade bugre e caboolo.

Antes, todososproblemas eram um problemade eduoagfio. Agoraoproble ma fi znaior, mais grave, um problema

LUIS LOBO

de cultura. Se as criangas riscamo elevador, fiumproblemadecultura. Sehomens publicos furtam escandalosamente, 6 um problema de cultura. Se deputados e senadores nfio trabalham suficientemente ("est&o consultando as bases"), mas recebem ojeton, fi um problemade cultura. Outro dia, diante dejogadores europeus, umjogadornacionalousou errar. O comentaristafoi claro, ao justificar tamanho erro que faziao Brasilcurvar-se ante aEuropa: era nma questfio de cultura. Deixo aqui, modestamente, umasugestfio para aqueles mesmos que sorriram malicioaamente diante da infermagfio de que a broa de milho tambfim e cultura: lancemos uma campanha. subordinadaaotema "culturatambfim fi cultura''. Antes que se perca a Copa do Mundo.

Jfi que falamos de futebol (que, obviamente, tambfim 6 cultiup, dentro dos padrOes da moda). gostaria de enfiar minha peina torta neese assunto daselegfio. Os critioos, falantes e escreventes, afirmam que a "nossa" Selegfio (assim mesmo. em maiuscula) estfi mioitomal. Dizemmais: queelanfiorepresenta o futebol braeileiro. De duas, uma: ou eles nfio estfio aoompanhando o futebol ou eu jfi nfio sei mais ver o jogo. Vou, com enorme freqUfincia, aoe estfidios, grandesepequenos. Vejo, assiduamente, as transmiasSes e as gravagOes de inOmerosjogos. E ooncluo que ofutebolbrasileiro estfi em criee. mal jogado, violento, maiBpreocupadoemnfio perderdoque em ganhar. FreqOento os bastidores, assisto atreinos, e verifico quejfinfio se treina tfionica. Quando muito, tfitica. O que todos querem 6 o ohamado "ooletivo", nome queesconde aboapelada. Treinar, de fato, pouqulssimos gostam. Ensinar, de fato, pouqulssi mos sabem.

Dessagente 6 que sfio selecionados alguns, pressupostamente os melhores. E quando elesjogam e mostram o seujogo OS oritiooB ficam decepcionadoB. Porqufi? Omelhordo pioraindafi ruim, nfi?

Mas talvez esteja enganado. Deve aer um problema de cultura. □

imao &Lazei
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Defendo a formagao de Grupos de Discussao informais com representantes do mais alto escalao das seguradoras ou dos grupos
JAYME BRASIL GARPINKEL
JaymeBrasiJGarfinJcel6
REVISTA DE SEGUROS
REVISTA DE SEGUROS
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Cultiua & Lazer

Livros

MANUEL BANDEIRA: "EU FACO VERSOS COMO QUEM MORRE"

VVHM orrer de corpo e alma. JL A Completamente." Sfio as puras palavras de um homeA, mais qua isso, um poeta. qua nfio temia a morte e nem aspirava &imortalidade. Seestivesse vivo,Manuel Cameiro de Souza Bandeira Filho participaria orgulhoso dacomemora^fio de seu centenario, 19 de abril."Eu faqo versos como quern morre," dizia.

Lirico porexcelSnoia,o poeta de Pasargada transpirava asimplicidadeem suas obras.Iniciador do Modemismo, participou de quase todos oe movimentoB queseseguiram,inclusiveoooncretismo. O culto 4leitura e a influSncia paterna na sua juventude podem ser analisadoa em "Itinerario de Pasargada".

ManuelBandeira,nome que reflate oamorexacerbado 4b paixOes.Romantioo Intuitivo, amante Hna amlzades e

de teor profundo, tinha um temperamentoalegree gostava de viver.Entregou-Be4poeBia,oomo4suavida,fazendo-se valer pela sua retidfto moral: ''Estrela da vida inteira. Da vida que poderia ter sido e nfio foi. Poesia, minha vida verdadeira."

mEhn seu primeirolivro publioado,''A cinzadashoras",revelanovasensibilidadee novos meios deexpressfio,destoando dos padrOes da 4poca, 1917. Buscou aliberdade naforma de exprimir seus sentimentos e de depor suas angustias,como amorte defamiliares eo sofrimentocom sua doen^,atuberculose.Esta Cdtimafezcom que o poe ta de Recife desistisse da carreirade arquiteto e se intemasee num sematdrio sui^.A crenganuma vida curta,devido 4doen^a,ampliou o enriquecimentodaliteratura nacional,deixando per{i^tua e exposta a cicatriz de um grande escritor.

E dificilsaberquem n4o o oonheceu. Adoravaserfotografadoe reconheoMo. Deixou umacoletAnea de quase 300fotoB,revelandoamaioriadesuasfases, Construiu geragdes de literArios, exemplificou ainspiraoAo interior sem fugir da estAtioa. Fez nome e renome, ganhou Bua cadeira cativa na Academia Brasileira de Letras. CompOs letras de miasica com Villa-Lobos e outros mais,sob o peeudbnimode Manduca Pi6. Enfim,cresceu o mundo com suas poesias,encantou a vida com sua alegria e glorifieou sua genialidade e arte com oreconhecimento ainda vivo; e, por fim, voou para PasArgada.

"Li4 sou amigo do rei 14 tenho a mulher que quero nacamaque eecolherei." C.F.

SIMONE DE BEAUVOIR (1908/1986)

□ Porforoadoseutalentoedasuatenacidade excepcionais, Simone de Beauvoir tomou-se uma figiarade primeiragrandeza nos meios intelectuais franceses, durante quase 40 anos — e uma das mais ilustres e prestigiadas escritoras daEuropa. Voz altivae desafiadora, queergueuabandeiradofeminismoepregouarevolugfiopoUtica, defendeu suas idbias iconoclAsticas em seis novelas, duas colet4neas de oontos e mais de uma dOziade obras de nfio-ficg4o, incluindo ensaios sobre temas diversos e uma autobiografia.

OSegundo Sexo, de 1949, acontrovertida anAlise da autora sobre a condiqflo de inferioridade da mulher, lanQouOS alicercesdomovimentointemacional feminista, elegendo-a suaherolna. Autbntica intelectual engajada, tambbmfoiativistapolitieacomprometidacomascausasdaesquerda. Simo ne de Beauvoir morreu, no dia 14 de abril, numhospital de Paris, emoonseqllbncia de compticagdes pulmonares ap6e umaintervengAocirurgica. Tinha 78 anos-

Nascidaem Paris, eatudou filosofia naSorbonne, onde, em 1929, conheceu Jean Paul Sartre, o famoso filbsofo existencialista, queseriaseualterego e companheiro durante mais de meio sbculo. Inoentivadapor Sartre, Simone eventualmente abandonou Bua carrelra de profeseora para se dedicar 4s le tras.

Livros como O Segundo Sexo e A IdadedaBaz4o, candente denunoiada omissAo da sociedade eni relagAo aos velhoB, emboraoonvinoentes, pecaram pelc excesso de erudigfio. Os Mandarina, romance que Ihe valeu o Prfimio Gonoourt, foi considerado por alguns criticoscomo um retratocamufladode Sartre, Camus eoutros membros daesquerda existencialista, que floresceu depois da SegundaGuerraMundial. A maioriade suasobras de ficg&o, porbm, sftorelatescomoventeseprofundosde mulheres lutandocontraos pteoonceitossociaisereligiososecontraadevastagfto da velhice, da solid4o e da perda REVISTADESEGUROS

Simone de Beauvoir doamor.Emsuaautobiografia, aescritora registra o seu desabrochar emocionaleintelectualcominvulgarobjetividade.

Oseubrilhanteintelecto,emquepeeeumaeertafrieza, impunharespeito, masnaoh4como negeu-que Simonede Beauvoirtinhaumapersonalidadedi ficil. Intransigents em suas convic?be8,destituidadehumor, erafrancamentehostilaosqueconsideravainteleotualmenteinferiores. NfioreconheeiacontradigOes em suavida, particularmente no seu case com Sartre o proclamada gualdadededireitos, nuncadeixoude servietocomo umrelacionamentoen tre mestre e discipula.

^^198l,umanodepoisdamortede J^.SunonepubUcouoqueseriaseu em m?. ^CerlmoniadoAdeusP^rmulLT^- tide ™au gosto ;^®srespeitoso e de companliehodpl^.!^''® momentos do oadenciadocorpo'?SXT ®®

ne de Beauvo^^ 9068,numderradeh^^drT

bem-pensante. esafio 4 moral

ral, imagem depravada, distorcida da sociedade que santificava o mal e a crueldade.

"Repudiava um mundc que me repudiara," disseele. Atbofim, viveuoomo um p4ria social. Em seus ultimos anos, tomou-se umreolusoinofensivo, embora imprevisivel. Seus companheiros eram todos ex-sentenciados, vagabundose alcodlatitts, comosquais gastavatodooseudinheiro. Bmmeados de abril, o seu corpo foi encontrado num deepojado quartodehotel de Paris, em tudo semelhanteaumacela, onde reeidia. Genetmorreudec&ncernagarganta, aos 75 anos.

Filho ilegitimo de uma prostituta. Genet passou a adolescbncia em lares adotivos e reformatbrios at4 se alistar na Legiao Estrangeira, da qual desertou paralevar umavidanbmade, de cri me, naEuropa. Preso naFranganad6cada de 40, eomegou a escrever suae obras sobre a vida carcerAria, inclusi ve NossaSenhoradas FloreB, impregnadas de umlirismoerbtioo. Firmou-se como dramaturge de recursos comAs Criadas, pegs sobre adominagAo ritualisticae avioIAnciaemque duas empregadas imitam seus patrbes e acabam pormatA-loB. Outraspegas dramAticas, entre elasOBaloAoe Os Negroe, foram escritas depois de 1948, quando Jean Cooteaueoutrosintelectuaisfranceses conseguiram que Genettivesse a sua sentengade prisAo perpbtua porcrime derouboperdoada. Todasassuaspegas foram oontrovertidas, mas situam-se entre as obras mais significativas do teatro do absurdo.

ladrao,proatituto,homossexuaS?~

-neta queextraiu de ^lutaumaarteblasfematbrlaqueina revoIucionaraliteraturadosbouloXX Bmsuaspegas,novelasepoemaa Gei netconstruiusuaprbpriaordem

REVISTADE seguros

Apesarde sualiberdade e da suafama, Genet nunca deixou de provooar: elogiava publicamente os criminosos de guerra nazistas, os Panteras Negras e, mais recentemente, os terroristas palestinos "pelo bdio que alimentamepelodesejodedestruir asocieda de." Porbaixo dablasfbmia nSohavia mensagena, rembdios, caminhos para asalvagfio. Perguntadoparaondediri- gia sua vida. Genet respondeu: "P«ira o esquecimento."

GUbertoTelles

U VangliardftRiHf>p4iftgM#^p|rn<aTn>i Brasileiro — Mais de 100 anos de filo sofia da literatura, fartamente documentados, bo que nos oferece Gilberto deMendongaTeles atravbsdaEditora Vozes. Trata-se da apresentagfio e critica dos principais manifestos vanguardistas dosultimos 120anos. Men donga Teles b diretor do Departamento de LetrasdaUniversidadeSantatfrsula e professor da PUC. Faz parte da comiss&o de estudos lingUistioos do CNPq—ConselhoNacionaldePesquisas — e b ligado 4 Universidade de Coimbra atravbs do ensino da lingua portugueea.Porsuasqualidadesdecritico, poeta e pesquisador daliteratura devanguarda,foiesoolhidoparaabrir o ciclo de palestrae que marcao centenArio de Manuel Bandeira, na Biblioteca Nacional.

LJ O Ultimo Ver&o em Copacabana. quintolivrodeSbniaCoutinho. FicgAo queexpbe, sem oondeaoendbnoia.uma reahdadecruaeamargaparaasoriaturas que vivem o dia-a-dia das grandes e pequenas tragbdias da solidao. deaamparo e egolsmodo serhumane, em confronto com uma sociedade onde as pessoas perderam anogAo do oonceito de solidariedade. Para Jorge Amado, Sbnia b uma escritora cuja "maestria b a palavrajusta para explicaro dominio sobre os seus meios de expressAo. ." Langamento da Editora Josb Olimpio.

A.L. A^erE DABLASFfiMlA
MARIA CELIA NEGREIROS
A.L.
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Artes Plasticas

A PROPOSITO DOS 90 ANOS DE VOLPI

Abrilmarca.nodial4,oaruversario de um znenino que nasceu em Luooa,ItdUa,e veio para o Brasil aos 18 meses. A familia Volpi radicou-se em SaoPaulo.Em Wll.o menino Alfredo Volpioomegou apintar Bozinho. Autodidata, pintou muraiB,tolas,madeiras.Hoje, aos90anos,6 uma dasglorias dapintwra modems brasileira.

Adficada de 30foi palco de importantes acontecimentos na histdria do modernismo brasileiro, •conseqUfincia daSemanade Arte de22. A partir da conte8ta9ao doe anos 20 e dos entreohoquea de concepgdes esteticae a que estavam afeitos os vdrioa movimentos, processava-se a forma9fio da base humanapara a efetiva implantaefto do modernismo no Brasil.

Surgiram a SPAM — Sociedade PrdArteModerna;o CAM ~Clube dos Artistas Modernos,em 1932, bem oomo OB S^desde MaioeaFamiliaArtistica

Paulista,em 37.todos promovendocoletivas que aproximaram os artistas pldsticos emergidoB de 22. O grande aglutinador de tudo issofoi o chamado GmpoSanta Helena,cujo inicio se deu em 35,no ateliS montado por Francis co Rebolo Gonsales,numasala do PalaoeteSantaHelena.naPragadaS6 Ai se reuniam Clovis Graciano. Manoel Martins,Fulvio Pennachi.Aldo Bonadeie Alfredo Volpi,que vinham paradesenhar modelo vivo, participando igualmente das andaneasde todos pelos arrabaldes da cidade.

Detentor dos maiores pr§mios no BrasilenaEuropa.em 1972,Volpideu uma entrevista a Aracy Amaral,numa exposicao retrospectiva desuasobras no MAM do Rio, Na ocasiSo,recordoii OStemposem quefazia muraisdecorativos;"Foiumperiodo.Eusempretrabalheiem constru?ao.Eraum periodo que tinha muita decorapao. Eu fazia uma sala para um turco, geralmente mounsca,e eles me pagavam um conto de r6i8. Um oonto de r6ia antes de 1920dava para se paesar einoo meees sempenearemnada:pintarporminha conta."

Volpi declareque essafase,paraele, nao teve nenhum significado artistico' "Participei" —diseeele—"decoletivas desde 22,mas aprimeira exposiqaoin dividualfoiem44.FreqUentavaoGnipo Santa Helena e minha pintura, de inicio,foiclasBificadaeomoimpressiomsta.Paradizeraverdade.eunemeabmoqueeraimpressionismo.Bu queria pintare nada maie."

Declarou aindaqueasua passagem paraoconcretismofoilenta,"Pegaram um diaum quadro meu elevaram para

umaexpoeipao conoretista.Eujd tinha feito mtutostrabalhosgeom^tricos,entre 1920 e 25."

Volpinfioselembrado primeiro quadroquefez,porque comegou"fazendo prova de cores,empastando uma com a outra.Sempre tive esea preocupagfto com OS tons.Todos comegampintando alguma paisagem,umafigura.Eu comecei borrando tintas."

Alfredo Volpi 6 uma criatura sim ples,quaserilstica.A euapintura tamb6m.Todavia,ohomem eaobrasefundem em pureza de excepcionalrefinamento.decantadaaolongo dosanos de arduo trabaiho de um oper4rio que escolheu o oficio de pintar.Sempre viveu o cotidiano intensamente,filtrando-o atravfes de sua acurada sensibilidade de artesfio-artista. Levou as conseqOSnciae maisextremaso seu registro pictdrioo,tornando-o dos mais import^tesda atualidade brasileira.Tem vivido e pintado cada instante de sua vida.Todoodesenvolvimento desuaobra de artedeve seranalisado oomo o caminho de desmaterializagfto,a partir da luze atrav6s da cor,de umaforma inicialmente impressionista, passando por um periodo gestual que o levaria a um dram6tico expressionismo, para retomar &luze &cor. A sua preocupagfio com a cor chegou a tal ponto que afastou asuaatengfio das oompoaigfies tematicas,concentrando seu trabaiho nosvaloresconstrutivose cromdticos. Chegou k sintesedesuapintura tendo a cor usufruida como elemento pigraento e sendo o quadro oonstruido bidimensionalmente,com o rigor do espago geometricamente dividido, em que a oor 6 aplicada pela mfto do homem-terra.

A referenda ao meio ambiente 6 sempre visivel,seja no fragmento das bandeirolaa,na variagaodas bandelras das portas, coloniaia ou imperials, na geometrizagfio dos telhados. nos qua- drosquase abstratos das portas refletidas como "reflagao" na teiadividida em dois. Ele passou por vArias fases mas.aoserinquirido por D6cio Pigna1^.no MIS.em Sfio Paulo,respondeu: Nfio peneoem arte concreta.Nao,nSo penso em movimentos.Pensoem pin tura."EstasimpUoidade6ele.Sfloqua-

o surrealismo refrfio,seriao caso defalar-se em filiagao ao realismo mdgico-fant6stico." Se olhado pelo ftngulo dasdcio-antropologia eatraves dasensinangas de Mircea Heliade ou Monique Augras,eu diria queestamos diante da"filiagao ingenuado realismo mdgiooefantastico."A artede Galeno6algo inesperado,novo e digno deser visto e estudado, nao s6 pelo decor como pelas mensagens doinconsciente que delaextravasamem agi-essivatemura.

A arte de Volpi se 90anos de arte,em que o pigni.emo o seu elemento mais importante. Ti ve o priviiegio de vS-Io em suaintimidaedom6sticaeartisticae meemocionei Preaenciando-o pintar umaoomposigao enjazul e verde.as mftos misturando Pigmenfos, tragando pontos,fazendo nascerlinhas.cigairo de palha nocanda toca e aUencioso. pois a oriagao vet^adeira e obra do silencio.

atendenri aparecer e acabar Iha^^ f Eugenia,suafiroll'ia ouidam de tudocom afa»Sm?Sm"™ deSfiopaiit "®®udeArteModema P®oti^ada'°r aa vida e da obra de Volpi.

dos maisjoven^e um das aries plAstic^b^^i®"^®

oisooJose de FatimaOb '^ranou.simplcsmenrGS

ale como descnhisia do quadrinhos.freoUB.-.. em mSo,quo a esoultor eo"dcIT'®"® vedo.Participoudocob^ lia,Goiania. Essa primeiraindu-iduai rUo.6apresentadapS^:'^"''^^-«u de^iaparac«nstruireorganizarama ^riapictoncanoespagodoquadronr connitando com tendftnoia expressionista. Nftofosse REVISTA de

— Na Galeria Realidade, Kuperman escolheu por companheiros Carlos Baravelli, Iwald Granato, Jose Roberto Aguilar.Charles RubensWatsone Ru bens Gerchman, por serem amigos e testemunhas deste moraento da arte brasileiraeintemacionalem que apintura se impQe plena,livre e generosa. Sao todos artistas oonsagrados internacionalmente e os acolhe o maior espago de arte particular do Rio.

□ AGaleria pe de Boi apresentou recentemente uma expostgao de pessankas, feitos por vinte artes&os ucranianoB. Pessankas, para quern nSo sabe, sfio ovos de Pfiscoadecorados. NSo sSo dechocolate,massimdegalinhaoude outraave, esvaziados do seu oonteildo natural e, Ss vezes, recheados com finamassade gesso dedentista, paradar peso e facilltar a marcagfio dos desenhossemperigodequebrS-loa. Ospes sankas constituem uma tradigfio de mais dedois milanos e simbolizamorenascimentodavida, aprimavera. Os ar tistas sao de origem ucraniana que vivem aqui, naregiSo de Rio Negro e Ouritiba, noParanS. Os ovos sSo deoorados com mensagens aimbolicas — o ■rifingulo, por exemplo. representa agua, ar. fogo, forga; umaestreladeoilopontaeosol. simbolodaboasorte. AlgunsdosartistassSoprcmiadosinternacionalmente. Amostravalepelabe- leza, paci6nciae simbologia. Ficaoregistro.

LI ORioganhamais um espagodedicadoabelezaeScultura.comainauguragSo da MontesantiGaleria de Arte. queapresentaxunaooletivadeobrasde Antonio Honrique Amaral, ClSudlo

•Teatro Municipal", de Gregorlo Tozzi, Gregorlo, IwaldGranato, Mario Gruber, Rubens Gerchman, Siron Francoe Tomoshige Kusuno. TemSticadaexposigSo; AUrbsnaVi#i&odeOito Artistas.

Diz Frederioo de Moraes, apresentadordocatAlogo.que"quasetodaaar te do s6culoXX6frutoda experifincia urbana. resultadodavivfinoiados artis tas nos cafes, oabares. edificios, ruas.

AmostraqueinauguraaMontesantirevelaumpoucomaie. direieu, apbs umaprendizado comOscarNiemeyer ainda muito recente.

■'Aformaplksticaevoluiuemfungfiodasnovastecnicas emateriaisqueIhe daoaspectos inovadores. Naarquitetura, primeiroforamasformaa robustas que as oonstrugfles de pedra e argila obngavam; depois. surgiramasabbbodas.OSarcoseasogivas.osvftosimensos,asformas hvrese Inesperadasque o concrelo permite e que os temas mo dernos soliciiam."

Ob varies movimentos que renderamaartemodernasao.afinal, expressaodoque diz Niemeyer. independen- dodo batismoedo local em que se deu o nascimenio. Averdadeequeessesoito artistas, consagrados nacionale internacionalmente. ti'anspbem para a lela. emcor, rltmoe plaaiicidade, uma vis&o da urbs, das cidades que viram, nao oomo as vemos, mas como eles as veem, sentindo e traduzindo em inierpretagbes pessoaiso que Ihes atinge o sensbrio. A Montesanti Galeria de Ar te fica na Ataulfo de Paiva, 214, loja

(cont) fl.-"
Volpi
REVISTA DE SEGUROS
SEGUROS
114 —
31
Leblon.

Cultura & Lazer (cont.)

Música

RealizadocomoapoiodaFundação RobertoMarinhoeda FundaçãoCalousteGulbenkian,AMúsicaemPessoa(SomLivre)é,semdúvida,umdoslançamentosmaisimportantesdoano.Produzidoemhomenagemaocinqüentenárioda mortede FernandoPessoa,foramselecionados algunsdeseusmelhorespoemas,que forammusicadospornomesfamosos damúsicapopularbrasileira,como TomJobim,FrancisHime,MiltonNascimento.Ospoemasforamdeclamados porgentemuitoespecial:MaríliaPera eNanaCaymi,entreoutros.

O JuanManuelSerratéomaiornome damúsicapopularespanholadomomento.Cantorecompositor,eleacaba de lançar El Sur Tambien Existe (RCA),emparceriacomopoetauruguaioMarioBenedetti.Donodeemocionantetonalidadedevoz,onovoídolodacançãoibéricadeixaJuliolglesias nochinelo.

O Amunicipalidadeleva55%darendageradapelosespetáculosmusicais. Porisso,osprodutoresdeespetáculos demúsicapopularestãoempédeguerracontraacobrançadeISS,imposto municipaldequesóescapamasproduçõescircenseseteatrais.Atéporque, excluídaaregulamenta,Qãodoimposto, amúsicaétrucadaem10%dabilhet'eriacomoISS,mais10%sãorecolhidos aoECAD-Esol'itórioCentraldeArrecadaçãoeDistribuiçãoede20a35% sãopagospeloalugueldoteatro.Nessecompasso,nãoháprodutorquenão dance.

O AproduçãodeOGuarani,quemarcaránoMunicipalosesquicentenário deCarlosGomes,temGianniRatto,italianodeMilão,masbrasileirodecoração,comoresponsávelpelafidelidade comqueopúblicomilanêsviuaópera pelavezprimeira.Delesãooscenários etodaabelezavisual.

MaestroRadamés Gnatalll

O Nesteanodetantasestrelasnocéu enaterra,quemfesteja80primaveras é oMaestroRadarnésGnatalli-que tambémécompositor,pianistaearranjador-quedetãomusicaltematéseu nomeextraidodapersonagemdaÓpera"Aida".deVerdi.Comomúsicaparaeleéritmo,melodiaeharmonia,dividiu-seentreoeruditoeopopular. Semtomdequeixa,oMaestrofazalgumasconstatações:"MúsicainstrumentalnoBrasilnãofreqüentahitparada.Aerudita,muitomenos.Nãome preocuposeoquecomponhosaigravadooutocado."MasmostracomindisfarçávelorgulhooúltimodiscogravadopelosirmãosAssad:"Elesgravaram aminha'Brasilianan�4'naFrança.E oTuribiotambémgravoua'Brasiliana n.º 13'.Engraçado,agoraqueestou com80anosequasecomopénacova, estãotocandomaisaminhamúsica "Éissoaí,Maestro!Maseuoconhecimuitoantesdeouvi-lonosprefixoseprogramasdaRádioNacional,e olhaquenuncafuidecurtirhitparade. Etemmais:pénacovanãoéumaquestãodeidade.Éumaquestãodevaga profissional.Asuavaidemorr.Jápensou?Sócolegasseus,nesteano,temos oVilla-LoboseCarlosGomesregendo CorodeAnjos?!Seriamuitabatutabrasileirajunta,nãoacha?

O ClaraSvernerestásepreparando parairaoJapão,aproveitandoqueo Brasilestáemaltanaterradossamurais.Enquantoensaia,dáumjeito,nos intervalos,deestrelarAMissa doGalo, deMachadodeAssis, numcurta-metragemdeNelsonPereirados Santos.

O ArthurBrasilfoioartistaconvidadodoEnsembleOrchestraldel'Ilede France, queseapresentourecentementenaSalleCortot,emParis.Oinstrumentistapatríciofoiaplaudidode -pé.MaisumavitóriadoBrasilque,se vaimaldeCopa,vai.PE}mn_ocampoda músicaevaidarcertoemoutrascruzadas...

O Caetanear-tambémescolhidopor JoãoLeopoldoeRobertoMenescal (Polygram).éumacoletâneadobaiano Velô,comfaixasque sãode1975a 1983.Aquinãohouvelugarpararock pauleira.Éparaseescutarcomcalma ecurtircomtranqüilidade:"Sampa", "Queixa","Odara".

O Simone,depoisdosucessonoJapão com"Cristal",estáprontaparaconquistarosEUA,comagravaçãodeum especialqueserátransmitidopor109 emissorasdeTV.Simoneficaráconhecidadecostaacosta.Quemficafelicíssimocomosucessodesuaprotegidaé oguruMárioTroncoso,queviuSimonepelaprimeiraveznumatravessia Rio-Niterói.Epelaauraefluidosdameninapreviu-lhefamaefortuna.Oguru acertoueatéhojeaartistanãofaznadasemconsultá-lo.

Simone

Teatro

Namitologiagrega,FedraéfilhadeParsiphaledeMinos, reideCreta,emulherdeTeseu.Fedra apaixona-seperdidamenteporseuenteadoHipólito.'Tendoesteserecusado acon-esponderaoseuafeto,elaoacusa.perant.eomarido,delheterfeitopropostasdesonestas.VendoHipólito.vitimadestacalúnia,serentregueporTeseuàcóleradeNetuno,quefazsurgir domarummonstromarinhoespantandooscavalosdojovem,queéarrastado e dilacerado nos rochedos, Fedra enforca-se.

Noteatro,FedrafoiescritaporEurípedes,talvezomaiordostrágicosgre­ gos.Filosoficament.e,omitofoiaborda­ doporSéneca.AFedraquechegaaté nós,nainterpretaçãocorretaeeloqüen- :deFer�andaMontenegro,temotex- deRacme,consideradoopaidotea­ tromoderno.AtraduçãoédeMillõrFer­ nandes.

ParaFernandaMontenegm,"Fedra nãoéwnmitoreVisado.Elaéatual.De ago� Estáaqui.Fedralibertouosde­ mômos,revelouosegredoetrocousua Vldapeladenúncialimpadequefoiela quemlançouoolhar Profano . emces­ tuososobreoserrespeitosoecastc.A t�ansgressãofe�in�aeraeainda é vistacomoumcrune.Aleiestabeleci­ dasuportanohomem,porémnãotole­ ranamulher,odespudpr,adesordem, aperversão,adissolução.Isto,muita vezes,significandoaoapaoidadeque: mulhertevedeemergireprocurar80_ zinhaumcaminho,defazercoisas que ohomemfaz.porque,sendohumana, temosmesmosdireitos,ansiedadese necessidadesqueooutro.Mas,oque0

REVlSTADESEGUROS

homempode,namulherévulgaridade, épromiscuidade."Fernandacompara., ainda,asheroínasdostrágicosgregos amulheresdonossodia-a-dia,noticiadas nasocorrênciaspoliciaisdaimprensa, como ÂngelaDiniz.Paraa atriz,Fedraéomitodainsurreiçãofeminina.Apersonalidademúlti,plade FernandaMontenegroseprojetaalém deRacine,SênecaouEurlpedes.Elavai fundonomitoetrazparaanossaconsciênciaaverdademilenarquesobrevivefielaoseufuroresofrimento,acima de qualquer posturafilosófica ou religiosa.

Fedraserá,semdúvida,omaiorespetáculoteatraldatemporada.Pela oportunidadeeternadotema,bemcomopelainterpretaçãoapaixonadae perfeitadessaatrizsegura,disciplinada,quesesujeitaàpersonagem,aela transmitesuapersonalidadeetra.ns.oendeaambas.Adireçãodapeçaéde AugustoBoal.Noelenco:EdsonCelulari, FernandoTorres,JonasMello, WandaCosmo,CássiaKiss,BettyErthaleJoycedeOliveira.CenografiaefigurinosdeHélioEichbauerSobtodos ospontosdevista,imperdível.

D FernandaMontenegro,aPrimeira Damadonossoteatro,começou a carreiraaos15anoscomolocutoraderádio.Aseguir,emocionouosouvintesinterpretandoheroínasnasradionovelas,e,quandoatelevisãochegouao Brasil,em1951,elafoiaprimeiraatriz contratadaparaoGrandeTeatroTupy. Emboraoseufortesejaoteatro-veja-seosucessoquefaznomomento comFedra,queexibeparacasaslotac).as-,aatriztambémcresceucom as

telenovelas.Em69,estouroucomCândida,emAMuralha,naExcelsior.Trabalhou,depois,emCaraa Cara.,79;BailaComigo,81;Brilhante,82;Guerra dosSexos,84,e,atualmente,éahilarianteLeonarda,deCambalacho.Impressionantevitalidade,prodigiosa versatilidade,quetransmitiuàfilha,a talentosa FernandaTorres,que, por suavez,estouraabocadobalãonocinemaenatelevisão.Asegurançade suainterpretaçãoesuapresençaluminosaemEuseiquevouteamarfazem deumdiálogointerminável,quepoderiaterresultadochatoecansativo,oomooseupróprioautoradmite,oassuntoobrigatóriodetodasasconversas.Simultaneamente,comoasofridaSimonedeSelvadePedra,apesardacareticedapersonagem,quesóagoraesbo•çaumareação,temmomentosdepn· deempatiaechegaacomover.Istosem falardacaipiraquefazemMarvada Carne,quevemporaíedequemdizem maravilhas.Defato,86podenãotersidooanodocometa,mas nãorestadúvidadequejáéodeumanovaecintilanteestrela.

O OCorsáriodoRei-deChicoBuarqueeAugustoBoal-desorientouos produtores,quetinhamprometidoao� paulistaslevarapeçaatéSãoPaulo.E queatemporadacariocadeuumprejwzodebilhões!

O ToniaCarreroretomaaginásticae aiogaedeclaraquejamaispretendeu posarnuaouaparecernuaemcena.O

1
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EESUBIRABORDO EM Os efeit BARQUE NUM SEGUROAMTO.

£BOA VIAGEM.

os sobre o mercado segurador

AroformamonetAriade

ver4 eetimular a de"^^^anda deaegurosem todos os '■^os.devendoconduzireste ^tor a alcanpar o lugarque 4 devido na nossa econoCabe ressaltar que a inriapao vivida nos ultimos ^08,aliadaaoexcessiveconroledoBstadoe4poucacriavidade das seguradoras, levouoaetordeaeguTOsadimiasua participa^ao noPIB (ProdutoInterneBruto).atingindocifraspoucosignificativaa quando ooraparadas com autros palaes at6 menos deeenvolvidoa.

£;importantelembrai-que e com as grandes mudan^as quesurgemas grandesoportunidades, O cheque heterodoxoaplieado&eoonomiabrasUeiraafetou negativamente gestfiode recursos deourto ^azo. por6m abriu enormes ^pectivasparaaspoupan^/mvestunentoBdem6dioe ^ongo prazoa.

tria e, principalmente na construqao civil, a qual dever6 apresentar um erescimento acelerado para reeuperara estagnaqfiodaofertanoperiodo de 1981 a 1985. Ainflaqao e a incerteza por ela gerada eram o grande fator inibidor dos investimentos. uma vez que nfio eepodia calcularoretomodocapitalemhorizontes. detempoauperioresaalguns meses. No periodo recessive de

nanceiras que se enoontra do mesmo nivel de dezembro de 85.

O ramo tranaporte deverA crescertambdm, oomaexpansfio do produto industrial, principalmente daagricultura. onde o produtor voltaa investir, e das operaqdes de comdrcio exterior.

Seguros

1981 a 1984,houveumareciclagemnaeatruturadaindiis- tlC tria com uma drAatien rnHn. tria com uma drAstioa reduqSo nas formas de endividamento. atravds de capitals de terceiros. Assim, devidoao al to custo do crddito, as inddstrias utilizaram-se muito maisderecursosprdpriosede

ProvavelmenteserAosegmento mais beneficiado. Nos ramos vida, acidentes pessoais,saudeeprevidAnciaprivada.crescerAademandspor capitalsdelongoemAdiopra- seguros. devido 4 eUminag&o zos(acjdesedebAnturesjpara ^si"seguranqaquantoaovafinanciarsuaatividadeprodu- prfimios e benefi- financiarsuaatividadeproduti

va.Anecessidadedemanter

SeguroaJatoe umsegurode acidentespessoais que valepara viagensem linhas regulares hadaAgrandenot^.dadee'queuocecontrataosegun^para viagem^Por,ssoele^muito maisbarato

Q Jato basta ter jcartao do Banco 24Horas. O debitoem contae l^u omabco. Porenquanto, vocSencontra oSeguro iLSe" e,e

Woproximo vdo. passepelobalcao daSulAmenca ^nibancoSeguradoraeembarquenum

Tf\BELA DECUSTOSEIMPORTANCIAS

JAIROLUIZ RAMOS E ANTONIO FERNANDO CARRARO custos atrav4s de ganhos de eficiAnciaoperacionale administrativa, mais do que pels simples gestAo defluxodecaixa. O aumento de eficlAncia operacional implicarAo ajuste das carteiras com relagAo pr6mio/sinistro desfavorAvel. e que eram, antes, mascaradas pelo resultado finanoeiro. O esforgo de vendas deverA deslocar-se para os ramoson dehajapossibilidadede sesumentar o volume vendido, com a manutencAo de uma margem de contribui^Ao mi nima. Amelhoriadaefioienoia administrativa deverA, tarnb4m, contribuir para aumentar o reeultado,,o que exigirA a racionalizacAo das unidades.

oios. A compra desses segu ros nAo 4 vista como um con sumo, mas sim como poupanOa'investimento. Paratanto, 4 fundamental que o segurado tenha parAmetros claros e estAveis para a sua decisAo de compra. As perspectivas de crescimento daeconomia pa raeste ano permitem esperar um aumento da rendaper ca pita. A14mdisBO, poderAhaver

'= crescimento acolerado

empresBS, caso ocorrao esperado saneamento das finanoas publicas. Tal fato resultsrA em aumento da renda disponivol dos indivlduos e empresas, parte da qual poderA serdisputadapelas segurado ras.

OS mercadoe externos jA conquistadoa levou-as tamb4m a realizar investimentos na modermzapAo do seu parque in dustrial, permitindoexpressivos ganhos de efici4ncia. Entretanto, oreaquecimentodo mercado interno, a partir de 1985, conduziuamaioriadas nefioiadospelJs ^'"Presas.a operarem pr6xi- ^aumentodarendaperca- tunentoaesperadosnainrt hmitedeutilizapAoda diaeo,poderAhaver US- suacapacidadeinstaladaipor- i™®red"?SodacargatributA™6*el8: oreacimento tanto, asemantero atual rit- pessoas fisicas e mode expansAo de demands, novosmvestimentosserAoin^apensdveis.OsromosautomdvelerescivU facultaUva ritm« .1 ^®mb4m, manter o de iQflt® ®^escimento m4dio de 1985,57%real,adespeito ^"^'^dosprazosdefi^essaltar^queo

A14mdaagilizagAodaliquidaqAo de sinistros, principal mente no ramo auto. serAimportante a criaqAo e o desen-' volvimento de formas de se analiaar riscos em fungAo de parAmetros predeterminados, permitindo que a inspe?Ao prAvia seja realizada somenteparaos risoos cujos ca pitalssegurados,caracteristicas,localizagAoetipodeoonstrugAoestejamemdesacordo com OS padrdes estatisticoa preestabelecidos.

SerA indispensAvel procederaumareestruturagAot4cnico-administrativa, princi palmente na Area de oomerclalizagAo, com a desregulamentagAo do mercado, o que levariaa umamaiorliberdade tarifAria, estruturade tarifaa mais racionale. oonseqUentemente, maior margem paraa concessAo de descontos por parte das seguradoras.

O novo perfil do consunpdor levarA a um aumento da concorrAncia entre as companhias de seguros, as quaisde verAo mostrar-se mais aensivelsAsnecessidadesdosegu rado. Este tem se tornado

ANTES
5^guro bens
SeguroaJato. _ a manetra matsfacilde uiajardespreocupado.
neS.5"'"'«■>«»<>be-
SEGURADAS PIANOS tMPOHl SEGUh MORTE ANCIAS iADAS tNVALIDEZ PERMANFNTE CUSTO DO SEGURO A CztlOO.QOo.oo Cz$ 100.000.00 CzS 6.12 B Cz$200.000.00 CxS 200.000.00 CeS 12,24 C €?.$ 300.000.00 Cz$ 300.000.00 CzS 13.36
SULAMERICA UNIBANCO SEGURAOORA
med6pedidMd'^cSL°omfT ros'de^"'^^^'^ ros deverAo reduzir oa seus
Reflexo nas seguradoras
35

maisexigente,me�ssuscetível de comprar o p�oduto "seguro" meramentecomo um doscomponentesdeum pacote, mas, sim. por suas qualidades, comparando-o com aplicações alternativas (mercadofinanceiroeauto-seguro).

PelocompromissoexpressonoDecreto2.284,ficouclaraaimpossibilidadedequalqueralteração de trocas dos contratosdesegurosqueimpliquemelevaçãodosrespectivosprêmios, em benefício dasSeguradoras.Oconsumidor, nestes próximos 12 meses,estaráalertaparaprotestarcasoocorram aumentos.

Alternativas paraofuturo

Portudooquefoiexposto, dentro donovo contexto econômico,osegmentodovarejo (pessoas físicas, pequenas e médias empresas) assumirá umaimportânciafundamental em relação ao segmento atacado (riscos industriais).

Devido à redução da importAnciadofluxodecaixa,osegmento de riscos industriais deverá ser redimensionado, adequandoasuaestruturaà novarealidade.

Caberessaltar que o segmento de riscos industriais favoreceaespecializaçãotécnica, além de apresentaras seguintescaracteristicas:

a) pequenamargemdelucro para poder minimizar os custosdo cliente;

b)osgrandesvolumesenvolvidosgarantemarentabilidade destesegmento;

c)·comosubproduto, éum dosprincipaiscanaisdemassifioaQão de seguro, através dasvendasaosfuncionários,

APLIQUEEMPROPAGANDA� DÃMAISQUEOURO.

apresentandoaindaasvantagensdeuma produção mais constante,umareduzidainadimplênciaeondeaempresa estipulanteéumfiltrocontra afraude.

Quantoaosegmentodevarejo,cumpredefiniranovaestrutura e postura devendas, que deverá serdesenvolvida paraatingiresteniérc�o.No passadorecente,aassociação deSeguradorascomConglomeradosFinanceiros,através de suasagências, propiciou umamaiordivulgaçãodoprodutosegurojuntoàclientela. Pesquisas recentes confirmamquepartedossegurados temestabelecidoumarelação entreoproduto seguro esua disponibilidadenasagências bancárias.

Cabeagora,aoscorretores, extrairasliçõesdessatendêneiae, nobojodareformaeconômica, desenvolver formas própriasdeorganizaçãopara conquistarumaparcelacrescentedestemercado.

Emnossaopinião,osCorretores de Seguros deverão, paulatinamente, transformar-seemempresáriosindividuais,atravésdaformação desociedadesanônimasoulimitadas eda contratação de corretoresindividuais,remuneradosporumsistemamistoqueincluacomissõessobre vendas.Dessaforma,ocorretorindividualdesegurosirá setransformarnoagentede seguros, como é a realidade existenteemoutrospaíses.

Outra alternativa é a formaçãodepool decorretores especializados nos diversos ramoà,oquetornariapossível diluiroscustosfixos,aexemplodoquefazem,atualmente, osmédicosao se associarem empequenasclinicas. Quanto à pesquisa de mercado, é fun� Ynental que o mercado seguradorseconscientizeda

necessidade urgente de conhecerbemos compradores dosseusprodutos-suasnecessidadesesuasapreensões.

Neste sentido, uma ação rápida podesetornardecisiva,dadoograudedesgastee perda de confiabilidade que pesquisassofrememfunção do aumento de freqüência juntoaoconsumidor.Anova realidade econômica criou condiçõesparaorelançamento d!) seguro de vida individual,oqualpermiteodesenvolvimentodeprodutosextremamente criativos, podendo constituir-seinclusiveemforte concorrente às aplicações financeirashojeexistentes.

Conclusão

Asseguradorasquenãose estruturaremparaseadaptar aosnovostempos,inevitavel• mente,sofrerãoperdassubstanciais,quepoderãocomprometereuasobrevivênoiaamédioprazo. Émuitoimportantequeoaumentodaeficiência

nãosejaconfundidocomuxn9 politicadereduçãodecustos, pois,enquantoaprimeirapr<r ourareduzirasgordurasex:iS' tentesatravésdeinvestuneri· tosnaáreatécnicaeeminfot· mt\ticapara tornarasegurtl' doramaiságil,asegunda,pO curtoprazo,poderáatétraze! resultadospositivos;poréro9 médio e longo prazos, tiraJ'Ô da empresa os recursosbU' manos e materiais necess6· riosasuapermanêncianaat.Ívidade.

Mais do que nunca, ser6 importante estabelecer-e8 uma politica comercial, defi· nidaemfunçãodosobjetivo!! daseguradoraedosegmento demercadoescolhido,sejael8 regionalouportipodecliente· Por outro lado, a refor0'.l9 monetáriadeixouclaroquee.8 condiQOesdefinanciamentoj6 nãosãomaisum fatordeter· minantena formação dopre· ço final. Assim, adiferencia• ção/desenvolvimento de pr0· dutó assumirá, a partir de agora,grandeimportAncian9 expansãodomercadoedoslu· cros das seguradoras. [1

REVlSTADE SEGUROS

Fal�.q':1-eapropagandaéaalma donego?10eumargumentoantigo. Antigo,verdadeiroelógico. Oraciocínioébemsimples. Acompanhe.

tan Oho?1emestásempreinven- do�oisas,criandonovosprodu­ �os.Se�aparasatisfazernecessida­ es,seJanabuscademaiorconforto.

Umaveztriado,paraseobterlu­ �ooprodutoprecisaservendido. d.paraservendidoeletemqueser ivuI&�do,ficarconhecido.

Aíequeentraapropagandaes­ saalmadonegócioqueVaifazer�om queoprodutosejacomprado.

Comquetenhadeserfabricado emmaiorquantidade.

Comqueessaquantidadefaça diminuirocustoporunidade.

Eassimoslucrosaumentam. Porisso,aplicarempropaganda dámaisquedólar,queouro,que open.

Pqrquevocêinvestenoseupróprionegócio,naevoluçãológicado crescimentodele.

Orestoémeraespeculação.

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RESÃRIO.
___.,.:) --o'' �; ,_S�-�� _.,-��<- '--'��'\_'::,:e., J --............._.,...�IÇ), �e� .r-.r�J --C:._,c,_.u__;:::..____�.l.,/�<-�l.�r::.�D11: -Uf$..:::;--
,.._ '-"9 '--'.t::::....\ //\/e: G r-S·c..... ;:Jlt: r e �
ASSOC/AÇAO BRASILEIRA DEAG�NCIAS DE PROPAGAND,

ContosdeHeis fdosarquivosdaRevistadeSeguros/ e segurodevida eosegredoprofissional

Deveserpronunciada a nullidadedoseguroseoseguradoao contratai-o faltou á lealdade, commettendoinexactidõesouerros nas declarações quelhe incumbiamounãofazendotodas asdeclaraçõesquedevia fazer.

Parachegaremaestersultado,algumasvezes, asseguradorasobtêm attestadosdos medicos que tratarmdos segurados,no sentidodeprovarem quenaquellaépocajáellcs eram docmes e occultaramessacircumstancia ao serem examinados,illudindo-as para a acceitaçãodaspropostase emissãodasrespectivas apoiices.

Essesclinicos,queassimprocedem,desconhecem a ethica profissional.

O mediconãopódetrahir a confiançadocliente,revelandoa terceiros aquillo que soube na consulta ees.safaltaétantomais

gravequandodaindiscripçãopódersultarum maláfamiLia daquellequedeixoudeexistir,como acontececomousoaquesãodestinadostaes attestados.

Hanistoumafaltadedelicadezamoraleumainsciencialegal.

Taes attestados não devem seradmittidosem juizo,porque osegredoprofissionalnãopóde ser revelado,sem infracção do art.192doCodigoPenal,queassim dispõe:

"Revelar aqualquerpessoao segredodequetivernoticiaouconhecimento,emrazãodeoíficio, empregoouprofissão.-Penas deprisãopor um a Ires mezes e suspensãodoofficio,empregoou profissãoporseis mezesaumanno."

DisposiçãosemelhantecontemoCodigoPenalfrancez,art. 378:

' Osmedicos,cirurgiõeseOU· trosofficiaesdesaude,assim comoosphannaceuticos,parteiras eoutraspessoasdepositarias,por estadoouprofissão,dossegredos queselhesconfia,que,fórados casosemque a leiosobriga a se tomardenunciadoras,tiveremreveladoessessegredos,serãopunidascom prisãoporumaseismezese multadecemaquinhentos francos."

Existeodelictoderevelação dosegredo medicoquandoérevelada a molestiadequeveiuellea saber,noexercicioeemrazãoda suaqualidade,nãopodendoessa revelação ser feita de nenhuma fórma,quer seja escripta,quer fallada,comoacontececmdepoimentostomadosperanteostribunaes.

Omedico,dizViben,devese abster de falar, mesmo quando autorisadopeloseucliente'."Ellepódeedeveegualmenteseabster,quandoselhepedeumcertificadorelativoaogencrodemorte aquesuccumbiuumdos seus clientes,segurado sobre a vida. (PreceitosdeMedicina Legal,pagina 751).

Opacientequesoticitaassistencia,que seentrega confiante aoscuidadosdomedico,querecorreásuascicnciaeásuapratica deveter a certeza absolutade queemcasoalgumellerevelaráo segredoquelhefoiconfiadooua natureza do malque lhemina o organismo.

"Acada gemidode dôrresponde no coraçãohumano um echodesympathia edeamor"e ninguem mais do que o medico deveser sensivel a isto.

Sobafédoseugráonãodeve absolutamente trazer a publiconadaquepossa prejudicarmoraloupecuniariamenteocliente.

Senumaacçãoemqueosbeneficiariosdoseguradopedem ã seguradoraaimportanciadeum segurodevidaappareceremattestadosdoss�us medicosassistentes,ojuizdeveconsiderarqueel:_ lesconstituemdelictoderevelaçãoenão admittil-oscomomeio deprova,porquedeactosillicitos não podemdecorrereffeitosvalidos. E' esta,aliás,ajurisprudencia dasnaçõescultas.

Rigorosamente,o juiz deve providenciar afim dequeos medicosattestantessejamsubmetti-

dosaprocessocriminal. Umexemplodestes seria� extremautilidade,nestaépoca<f queosentimentododeversed fraqueceem todaaparte.

Oseguro operaria

ApropriacompanhiaseguJf doradeverepugnarousodeullf A ' prova,que a leiprohibe.Seol!':1., appicaçãoda justiça so·""•cadavezmais 1 . gurado aocontrataroseguron• ampaemais foi verdadeiro nas dcclaraçõe �se_n�aneacomosverdadeiros nncip1osdafrat d d feitasao medicoexaminador 1 a é erm a ehuma' actualmente "d aid occultouaexistencia deuma�as _ ,01 e eto..t asnaçoes cultas lest1asuffic1entementegraver Dese 1 • rainfluirnaacceitaçàodocontlf0and nvo v,ndº e aperfe1oossystemas ba d to ellaqueprocurealhuresapr�•g· 1 • s1cos as '- .• is açoes operaria d" vadarefficenciaouda insiocd�00 . . s, iversos . .. sPíllzesquejátêm d dadcdelle,parapediráiusuça O medidas d ª opianullidadeda apoiice masnãop;' s everas eífic1cntes, • . eguratonasde deir até a indelicadeza desohªenscbenefi ás certas vantad ··" ICIOS classesp·o)e tar o medicoarevelaçãodew asetrabalh. · d d .. 1 .11 IS!as. segre oque cvesermv10 avo A introduc ã . sagrado. m ç o no d1re110 b mum, - que se funda na ngação de seindemnisar ou (julho /911�parar todo Od d amnocausado e�e�dentemente da vontad; av1ct1ma _d d" . l lat ' e 1spos1çõesle-

Umcasodefraude

ODr.OctavioKelly,talentosoeillustradojuizda 2�VaraFederal,recebeusemcondernnação osembargosoppostospelaCompanhiaPortugaleUltramarãacção de seguros intentada por FranciscoConscntino,domiciliadoemS. Paulo.

.Trata-sedeumseguroterrestredovalordecincoentacontos deréis,tendoosinistrooccorrido cmcircumstanciasextranhaseinverosimeis,em RibeirãoPreto.

A seguradora fundou a sua defesanafraudedoseguradoena falta deprovadosvalôresseguros nomomentoeJogardoincendio, doque resultaria a prova doprejuizo,depois de deduzida a importancia dos salvados.

Odespachodohonradoma-

�d�:as�eferentesaosaccidenu .· ra alho,exigiu,romose- enc1a natural medidas .

mplas, de fó , mais

Jrmaa amparar as . assesobreirasaté .----...... dososd ..ntesmocontra e: o ema1sriscosdaprofis. \\"'"

D'ah· -"', ntede 1,o�PParccimentoreumainteressa 1 lladed . n emodah' oinstnutodoseguro d'f .rentecom 1 i • Petamcntede tod outras é as Rer �t agora conhecidas. enmo-nos a " rario" t o seguro F ambemdenominado ranÇa "se gemina " guro social'' e na 1 .. scgUronacional" n�1itu1ção,como 1·á dº . os inte· 1sse- namentedºff os scgu i crenteda gistrado,tãocautelosonojulg3 ros c�mmuns,0 novo mentodos feitos submettidos

tro Sr.Dr. Viveiros deCastro, que,entrenós,talvezsenão acclimebem,o alludido seguroobrigatorio.

Então,tomando,ahi,umcaracterdeverdadeiraassistencia,a intervenção do Estado manifesta-seestabelecendooseguroobrigatorio,oudeixandoqueos interessados deliberem facultativamente,masaindaassimexercendorigorosaeespecialfiscalisação sobreascompanhias "seguradorasoperarias".

Dasnaçõesquejãadoptamo seguroobrigatorio,umas,como aAllemanhae a Noruega,odeterminaramporleiemcertasinstituições,eoutras,como a ltalia ea Finlandia,permiuemqueos patrões escolham livremente as companhiasseguradoras.

NaBelgica,salvooscasosem queo patrão offerece uma caução,oseguro operarioésempre obrigatorio.Existem.alli,aCaixaOfficial,orgàolegaldoinstituto,eas"caixasprivadas",apparelhospaniculares,mascuidadosamente fiscalisados pelo governo.Aosinteressadosédadoo direitodepreferiruma ououtra

"caixa".

O seguro obrigatorio,Paul Pieconsidera-oumcorollarlologicodoriscoprofissional,querse tenhaemvista ointeressedooperario,querodopatrão.

Essaobrigatoriedadeexigiria acreaçàodas''caixasofficiaes", que ainda as nãopodemos ter com funccionamentoperfeitoe, além disto,motivariaquiçáaindisposição dospatrões contra a Lei,emborajusta.

Reconhecendo,-dizaquellemestreinsignedasnossasletras

juridicas-queonossomeioindustrialnãoseria propicio aoestabelec.imentodo"seguroobrigatorio", a Lein.3.72A,de15deJa. neirode1919,nãooconsagrou, seguindo o exemplo da França, daInglaterra edosEstados Unidos.

Regulamentando a bôa execuçãodacitada leie,conseguintemente,obom funccionamento do instituto do "seguro operario",diversointeiramentedosde-

maispraticados,baixouoGovernoo Decreton.13.408,de12de Marçode1919, adoptandoo"seguro facultativo"edeixandoao patrãoplena liberdadenaescolha dacompanhia ousyndicatoprofissional,para segurar os seus operarios.

Mas, infelizmente,nem em e9esmesmoselementosdeprevidenciasocialtêmtidoapplicaçào entrenós,permanecendoasclassesobreiras,quiça devido ásua

d . • .

todaPº"e bº sua ec1sao,1mportaem terac • i5la ã "'.' ,o Jectodeledoosembargosdarérelevantes' d�� especial, adequada ás cumpridamenteprovados. )n içoesdecadapaizeáindole cadapovo

(julho 1922) f"ISTADE SEGUROS

• Charles Antoine no seu "Cours d'EconomieSociale" tambem abraçaoprincipiodoseguroobrigatoriocomoprotecçào efficaz ao operario,contra as consequenciaslastimaveisdosaccidentesdo trabalho e do risco profissional

Pensa,entretanto,oeminentejurisconsulto1h1ricio,oMinis•

6�gurooperano"temconstitui-
h•'o,em
REVISTA
DESEGUROS
Spectator\
A11cie11ne Maiso11 A. DURAND BEAUMONT, SR
39
Torréfaction par la Vapeur

Contas de MsImU

precaria situafioeconomica,aos seus habitosde vida e aoseu grdo decultuia.a descobena dos benfr^ ficos effeitos que offerece a iiutituiflo do seguro.

E de esperar, pois, que um movimento promissor riaotarde, ou iniciadopelos queexpioram a bemfadadaindimriaseguradora, ou pelosoperarios eempregados no coramercio, ou ainda pelos

proprios legisladores que se interessam realmente pelos raagnos problemas sociaes do paiz.

Tomemos o exemplo da Ar gentina, para cuja Camara o deputado Sr. Dr. Augusto Bunge acaba delevar a questao momentosa da institui?ao do sepro nacional.

(outubro 1922)

Administracao expedita

UmaCompanhiadeSeguros, lendo ajuizado uma demanda contra a Uniao Federal,por damnos causados a cargas em navio do Lloyd Brasileiro,\i atiingindo 0 pedido,com os juros, a 60 conios de riis, propoz,em Mar co do anno passado,um accdrdo por 45 conios.

A proposia leve parecerfavoraveldo2? Procurador da Republica e do Contencioso do Lloyd, cujochefe.oSr. Ramos deAzevedo, e uma das pessoas mais compeiemes que ha aqui em ass-mptos maritimos, mas niio ti40

0gestosobremodo louvavel, allivo eindependente da directoria da Corapanhia de Seguros "Uniao CommerdaJ dos Varegislas", nao silenciando, ncm tao pouco considerando como facto consummadoe irrecorrivel,a absurdaexigencia feita porum ban co americano a um freguez da mesma Companhia,cujosdirectores ao envezde nao ligarem imponancia ao caso,como lem succedido com alpmas compa nhias congeneres, procuraram, pelo contrario,conhecer testemunhadamente, afufi de agir judidalmente,a razao pela qual exigiu 0Banco,seguro em Compa nhia da mesma nacionalidade ou, entdo,ingleza—foi recebidope-

la"elite"do nosso altocommercioeporlodos que tern verdadeira nocao de patriotismo, com a mais radicadasympathia.

Com effeiio. Nada justificaa arraigada aversao de alguns bancosestrangeiros pelas nossasinstituifoesdeseguro.Entrelanto,d notorio a prevenfao de ha muito mantida pelos referidos bancos, OS quaes exigem, sysihemaiicamente,deseuscommittentesose guro em empresas estrangeiras, com verdadeiro metiosprezo pe lo quednossol

A accao energlca e rapida da sympaihica Directoria da Com panhia"Varegistas"edignados maisjustificados louvores,tanto

4 Operaqoes de seguros ® Argentina — As compauasdeseguro exisienifsnaReiV ^oannopas.p.feram282.l75operac6es, ^^oquc«6.398forameffeciuaPorcompanhiasestrangeiras, .OlremordeterradcS. maioresquantooseugestof^"cisco da California representaumsipificadoisol'^ '^'^""^iiriascompanhias qual promanem vantagetis allemas, que vinham menteparaamesmaComp2i'||l^''"^''9uidacaodossinistros ellateveummeritomuitorns'l eip igog consequal0 de moslrar a pessoai^"*^'^ ^''ande tremorde ternao possuem o mais comedo™ da California, dever de delicadeza e agrad^^*^ ^ffiamenie preoccupadas memopela hospitalidade rec^^ Projecio de lei apresenda, que no nosso paiz ao parlamenio ainda,grafas a Deus,homCXj obrigando-asa brioeenergiaquesabem '^°^^".^*^'''°5sinistros,cuja naalturaecomvantagemaoff4 attinge a sete misa recebida;e,ainda mais ^ uoiiars,que corresponloseu acrysolado amor ao em moeda elevam e dignificam as ins'"''] Coes nacionaes. ^ milhSes de esterlifm de 1920 a

fleguros no estrangeiro

nha tido solufao ai6 agora,apezar das reclamacoes da parte interessada. A commissao liquidantedo velho Lloyd,ouvindo o director juridico do novo Lloyd, que della faz parte, resolveu nao acceitar a proposta.Daqui,ha alguns annos, a Uniao pagari 90 contosde riis,devido ao accumulo dejuros,masserd ouiro governoqueabririocredito. Esie re gimen tern por norma-quem vier depoisquefecheaporta.

(setembto 1922)

Seguros contra incendlo no Chile — Segundo uma estatistica recenie.publicada pe la Revista de Seguros,de Saniiago do Chile, operam naquella prospera republica do Pacifico, emseguroscontrainccndios, 109 companhias, sendo 79 chilenas, 21 inglezas, seis allemaes, duas americanas e uma noruegueza. A importanda dos premies arrecadados pelas companhias nacionaes, no periodode 1919— 1930,foi del5,943,250 pesose pelas companhias estrangeiras 15,925,214.

Para por em destaque o progresso da industria deseguros no Cliiie. basta lembrar queem toda a republica exisiem apenas pou co mais de tres milhoes do habilantes.

CuriosB companhia de seguros — Ha tres annos,mais ou menos.exisieem Illinois,nos Estados Unidos,umaempreza de seguros denominada National Temperance Life Insurance Company, fundada por mister John D.Kuapp,aqua)nao segurasinioos abstenios e os que se

"'d^premiosi interessam pela propaganda '"""dios na InelatPr ji'Csr

A companhia tent ocapi"^?; 250.000dollars, A NationalTOmgem a som '^2'' perance Life Insurance faz i^ras contra ^''23.000 forma especial de contrato,''JJO. " ^''bras em nao permitteao segurado cob^ '"cendio 0seguro antes de haver coinP^idos ki '^stados

elles magnificos, visio 1920. nos Estados Unidos as proh'f esiao incluidos nest r foes sJo innumeras. REVJtTA ^

geira estatistica os pequenos incendios.

Ultima palavra em seguro — Excelsior e o nome de uma poderosa companhia de s^ guros franceza. Tern succursaes em Londres, New-York, Bor deaux,Paris,etc.0programma desuasopera?oese altamente seductor: seguros contra todos os riscos de dinheiro, mudan?as, propriedades, usofruclos. . . ris cos de transportesdeobjecios diversos,equipagens, mercadorias, titulos.vaiores. ..accidentesoccorridosatCTceiros, aviajao,exposifoes, cavallos de corridas, cacs de ra?a, prejuizos causados

pelas greves, sedifoes, revolufoes, guerras,inunda?oes,trombas d'Sgua, furacoes, terremotos. Emflm tudo o que possa acomecer na vida.

0assumpio particular para a reclameda companhiae0risco de um parto dupio, o que causa iranstomo em umafamilia,principalmente se ella nso iver recursos.

Um dupIo nascimento e um accidente que iraz prejuizos,co mo 0 roubo,0 incendio,a guerra,0 diluvio...

Barcos de fogo — Existem no porto de New-York dez 'pequenos vaporcs capidos, desti-

nados ao serviqo de exiinc?ao de incendio. Cada um desses vapores, que sio conhecidos pela denomina^ao de barcos de fogo, possuem a bordo o material necessario para oservi^o. A froia e mantida pela municipalidade.

Os incendios, no potto de New-York, onde permanentemenie existem cenienasde vapores carregando e descarregando para osinnumeros armazensedepositos siiuados no cdes, occorrem frequentemenie.

Reforma de apoUces —0Comite de Asseguradores de Antuerpia, por proposta de um technico especial, decidiu estabe-

lecer por principio os systemas: Adjustable Policy, Declaration Policy e Haling Policy,que podem set classificados revolucionaiios em materia de seguros. Adjustable Policy comprehendem as operafoes em curso, declaradas duranie um periodo deierminado;Dedaiation Policy, egual a anterior, mascom declaragao feita antes do come?o do contracto;e,finalmente,Hating Policy, compreheade qualquer dos systemas anteriores,massobreuma serie de riscos dislioctos.

ioutubro 1922) a

II
"Unica publlcac^ do seu genero no Bra^, ha de ser com o auxliiQ da Msta ie Seguros '•'J™ miiCi. .
\
que se fard, no hituro, a historia dessa InddsMa enh% nos."
As exigencias dos bancos estrangeiros em rslacao as companhias nacionaes de seguros
tado 70annos deedade. os prj• ^'^'^'^'-'nidos Naoseconhecem ainda OS'^"^'""ndios,duranteT^''°^suitadosobtidosporessacuri^ '^1, elevaram s^""° companhia, masedepresumirl °"'550 " ^ ^ rem
RBVISTADHSEGUROS L
0 programa de operafoes da Excelsior — nome de uma poderosa companhia de seguros franceza — e altamente seductor e inclui desde riscos de transportes em navios ate accidentes occorridos com cavallos de corridas

Em Sao Paulo,ARTS reune tecnicos em congresso

A Assooiacfto Paulista doe Tecnicos deSeguros(APTS)promove,nodia2de junho,no Salflode ConvengdesdoCentroEmpresarialde SfloPaialo,o 1? ConpesBo Nacionaldos Tdcnicosde Seguro. Entre os principais temas da prograxnag&o deatacam-se o painel sobre "AImportanciadoTdcnico deSeguio", patrocinado pela CompanhiaPaulista de Seguros,onde a preaiddncia da mesaficaraacargo dosupetintendenteda Superintendenoiade SegurosPrivados (Susep). Joao Rdgie Rieardo doa Santoe. Logo depoia,sob o patrocinio da Ck>mpanlua deSeguros Minas-BrasU, ocoirerao painelsobre"O Aperfeigoamento do Tdcnico de Seguro",ooordenado pelo presidente daFundagdo Es-

oola NaoionaldeSeguros(Funenseg), Carlos Frederico Lopes da Motta. A eonferfinoia do presidente do Institute de Resseguroa do Brasil(IRB). Jorge Hiiano GouvSa Vieira, vem em seguida sob o tema "O Posicionamento do T6cnioodeSeguronoMercadodeSegu ros Naoional". Humberto Roncarati, presidente daEditora Manuals Tecni cos de Seguros,abordard '■QDesenvolvimentodoT6cnicodeSeguronoTem po lanteedoinlciodotiltimopaineldb programs; "O T6cnico de Seguro na EradaInform6tica", patrocinadopela Itaii Seguros, que 8er6 presidido pelo diretordeInformdticadestaempresa, Jos6 Carlos Vergili Medeiros.

^ Trabalho sobre bbia-fria e o vencedor do Congresso de Seguranga Viaria

AseversfiacalizagfiodascwndigOes de seguranga dos veiculds que transportam trabalhadores rurais (a cargo dos DERs) e proibigfio do uso de veiculos basculante ou caminhao boiadeiro para transporte de bdias-frias. Estas foram as principais propostas incluldasnotrabalhotdcniooapresentadono

I Congresso Nacional de Seguranga Vidria, peloengenheiroHirilandes Alves, do DER-Sfio Paulo, e quefoi classificado em primeiro lugar, entre 41 oonoorrentes. Ble receberd um bilhete deviagemaosEstadosUnidoseodireito aperaaneoerumasemanaemdrea profissionaldesuaesoolha,prfimiooferecido pela ABsociagdo Rodovidria do BrasU e 3M do Brasil.

Otransportsdeb6ia-friaemveieulosdeoarga", temadotrabalho, refle-

Diesat defende monopdlio do acidente de trabalho

Oanteprojetodanovaleideacidentesdetrabalho, elaboradoporumaoonussfiotdcnicaconstituldapeloex-ministroWaldirPires,estdsendocriticadopeloDepartamentoIntersindicalde Estudos e Pesquisas de Saude e dos Ambientes(Diesat),drgdodeassessoramento aos eindicatos de trabalhado res.Aentidadeposioionou-secontraao anteprojetoporqueoont6m brechaspa rseingressodeseguradorasprivadas nadreade seguro deacidentes do tra balho, hoje monopolizada pela PrevidfinciaSocial. Antes de 1967, esse segyroera(Mmumenteoperado pelainiciativaprivadaepelosinstitutosprevidenci&rios.

te uma luta jd antiga do engenheiro. Em 1983 elejdabordavaoproblems, emenoontrosobresegurangado trdnsitoemSdoPaulo.Comdadosatualizados. Hirilandes voltou a defender os trabalhadoresruraisnesteCongresso, no Parque Anhembi. O autor ressalta myersoaegravesriscosaqueestdosujeitos essestrabalhadoreseconsiders mdispensdvelaadogdodemedidasurgentes,paraevitartantoecasosdemutilagfioemortedebdias-frias,tendopor base Bua experiSncia na Regional DER-Ribeirdo Preto.

Segundojustifioou,ocaminhdobas culantepossuiasduasalavanoas—do cdmbioedabdscula—muitopnSximas, podendohaverinversdoquejogardos trabalhadoresparaforadoveiculo.Da mesraa forma, explicou, o transporte em caminhdo boiadeiro (tipo gaiola) d altamenteperigoso, porqueos pasaageirospodemficarpreeosentreasgra des,emoasodeacidente.Tambdmondmerodebdiae-frias, assinalou,deveser limitadodeaoordocomadreadacarroceria do veiculo de transporte. REVISTADE

Celso da Rocha Miranda; 42 anosdedicadosaoseguro

Municiplos: fundo para seguranga viaria

Acnag&odeumPundoNacionalpa ra a Seguranga Vi&ria; de juizados de mstrugfio, parajulgamentoem rito sumbrio, dos casos deacidentesde trftnsito; a implantagSo de balangas pelos dr^B federals, estaduais e munioipaisemtodasasviaserodovias, comrigorosa fiscalizagao do transporte de carga. Estas sfio algumas das 20 pro postas aprovadas pela Sessfio Plen&ria (classlficadasentremaisde IQOsugest6es),noICongressoNacionaldeSegu ranga Vidria, realizado em abril no Parque Anhembi.

t*® Ajax.que implantou com dxito b ^ do Banco do Brasil

quarta-feim 'i.''"® na dltima ^'guradeprr.' °'®^Sularede8tacada •livorsifioaH <»niatuagdoem elusiveno ®etoresecondmicos, in*leixou de e Nunca,entretanto, do seV um ho®*erceulonB^p^^°'® assim que P'^arialH,.^ °°"lu^uaatividadeem-®®^adaem^^84^ en-

® mogo, dr. Celsofundou

uma iddia pionei-

^luanciamentos uon^®<leag6n^'""^^^.emtodaa8ua ^Poi "°^"^lbrionaeional.

foraentdo elaboradapara arrolarbens e interesses de capitais alemdes no Pais. AIntemaoional, assimrecuperada, com a nova administragSo iria as cender cada vez mais no ranking do mercado brasileiro, tornando-se uma das grandes seguradoras nacionais. E dr. Celso — por sau talento, capacidade intelectual e marcante presenga no seguro brasileiro—iriaoonquistar na tural e relevante posigdo na galeria de lideres da nossa classe seguradora.

Parao ImperioBritdnico. dr. Celso

foi umCavaleiro: Knight oftheBritish Empire, Sir, titulo que nenhum outro brasileiro reoebeu. Para os que conviveramoutrabalharamcomele.dr. Cel so foi antes de tudo um perfeito CavaIheiro.

A Fenaseg deixa aqui registrada a grande constemagfio pelofalecimento do dr. Celso; oonsternag&o que nfio e apenasdosDiretores daentidade, mas detodaaolasseseguradora. (Reproduzido do Boletim Informativo n? 837).

BncaminhadasdMesaDiretoradurante as apresentagOes de paindis, de trabalhostdcniooseresultadosdosenoontrosdeentidades. estasaugestOes serdo encaminhadas ao Contran Conaelho Nacional de Trdnsito. oomo formadesubsidiarotrabalhoexecutadonaqueledrgdo,oomoobjetivodemeIhoraroSistemaNacionaldeTrdnsito. SegundoopresidentedoContran, Mar cos Cabral. que presidiu o Enoontro •'preoisamos nosempenharnumafisoalizagdo efetiva para anular a curva asoendente dos acidentes nas rodo vias."

OengenheiroBentoGomesJardim da3MdoBrasil,defendeuacriagdode xtmFundoNacionalparaaSeguranga Vidria.paraproverrecursosaosdrgdos estaduaisemunicipais. Oobjetivo, as sinalou "6daroondigdesparaoplanejamento.operagdoeimplementagdode programas destinados a uma efetiva agdonaoionaldeoombateaosacidentes de trdnsito, umavez que a legislagdo estabelece obrigagOes a esses drgdos na seguranga vidria, mas ndo vinoula recursos mlnunos necessdrios."

JdodesembargadorOrlandoCarlos Q^dolforessaltouaimportdnciadeae divul^rasdecisOesjudiciais,atravda deentidadee pdblicaseprivadas,para implementar uma oampanha permanentedeeduoagdodotrdnsito. ^77

Quatro Ventos
i:
SEGUROS
I^te^i°°^'^troleaoiondrioda J^®®®guroB, juntacoma ^STAT>r, "^®°uerraMundial,SEGUROS
43

Sinto miiito, mas sua apolice

Condensado e adaptado de TIME — 24 de margo de 86

Nailha havaiana de Molokai,£ta

mulheres grAvidas,quefazem questao de serem assistidas por iiTrr m6dioode euaconfianqa aodar k Iiaz,sd reata a altemativa de se mudarem temporariamente para asilhas vizinhas de Oahu ou Maul.

Oa cinco obstetraa de Molokai,que atd h&pouco seIncumbiatn de trazerao mundo as criancinhas,deixaramde fazfi-lo porque o segurode imperloia m6dioa("malpractice")oustaria muito male caro do que os honordrios quejamais sonhariam reoeber.

Na semana passada,o Condado de Will,na California,interditou sues reservesflorestais at6conseguir uma no va apolice de responsabilidade civil se 6 que isto 6 possivel. Por sua vez, Blue Lake,tambdm na California, fechou seu rinque de patina^ao,parques e quadras de tenis.Centenas deoutras cidades, na Califdmia e no Estado de Nova lorque, estfto desativando uma s6rie de mstalaQdes e servioos publicos aose tomar proibitivaa renovaefto dos respectivos seguros de responsabilida de civil.

Como parte das comemoraoOea do sesquicentenario de sua independSncia do Mexico,o Estado do Texas programou um imponente desfilede noviIhos longhorn, mas viu-se obrigado a cancel&-lo quando a taxa de cobertura de responsabilidade civilfoi dobrada.O deefile acabou se realizando com apenas 28 aniraais, grapas aos prdprios oriadores,que resolveram pagar o ieguro.

Spence, advogado de Miami,e daqueles profissionais que os seguradores muitas vezes culpam por seus infortunios, Nfto tivesse ele conseguido obter grande parte de indenizagOes milion&rias para clientes seus vitimas de danos pessoais. Mas, se um belo dia, Spencefosse prooessado porimpericia ou negligencia,como vem acontecendo cada vez maiscom advogados,teria que pagar do prdprio bolso qualquer reparagao judicial. "Nfio hA meroado que me vendaseguroderesponsabilidade," dizele."Sinto-medesprotegido,o que nfio deixa de ser uma perspectiva inquietadora." -

e seus frequentadores; os governos municipais e seus contribuintes; os lue fabricam queijo e os que comem P|«za:OSqueandam deOnibuseosque

A Century Cartage Co.,uma pequena empress de transports de cargas, aediada em Atlanta, so nSo deixou de funcionar porquea Comissfio de Serviqos Publicos da Georgia autorizou um aumento de"emergencia"de suas tarifas de 5%.Entretanto, a majoragao nem de longe cobriu o custo dos premios de responsabilidade civil,que dobraram para US$ 48,000, no ano passado,e em seguida pularam para US«

114,000, no inicio de 1986.

Exorbitante? Sim.Ridiculo?Em alguns casos- Absurdo? Certamente. Contudo, oa exemplos representam apenas uma pequena amostra de uma onda deproblemas queja assumecontomosde uma nova crise nacional.Tendo era vista a indole litigiosa da sociedadeamericanadosdias de hoje,qualqueratividade, profissSoouservigopublico pode tornar-se de uma hora para outra objetodeumprocessosobaalegagao de impericia ou negligSncia capazes de provocar danos ou injurias pessoais.Isto faz com que o seguro de responsabilidade civil, aquele que se apIicanoB casos de reolamagOes dessa natureza,seja tfto importante quanto o petrdleo para garantir o funcionamento da economia. Mas,nos ultimos dois anos,o seguro de responsabiUdade converteu-se no mesmo tipo de recurso que era o petrdleo nos anos 70; exorbitantemente cai'o, quando6pos sivel encontr6-lo. O resultado 6 uma

Sangria de que poucosescapam -nem mesmo espeoialistas em responsabili dade civil como J.B. Spence.

Rearden, presidente da Duncan Pesk Inc., corretora de seguros de Atlanta,recebe comissSes de apdlices com taxas altissimas. Entretanto, quando chegou a vez de renovar sua prdpria apolice de responsabilidade profissional, sua seguradora tentou aumentar o seu prSmio de US$13,000 em 861%, passando-o para US® 125,000!Rearden tratoude procurar outra companhia,que se contentou em tripUcaropregodoprSmio."Eisso por ser eu, que sou do ramo!" — argu ments Rearden,"E por isso que digo que acrise est&afetando todo mundo."

como! Depois de anos de pagamento deindenizagoes de arregalar os olhose de miopiaagudadasseguradoras,oa Estados Unidos correm o risco de ter suaapolice deseguro cancelada. O custo da crise.durante muito tempo mantido em sigilo, est& em todas as manchetes.OsUS® 9.1 bilhOesqueos americanos pagaram no ano passado em premios de responsabilidade civil foram60% maiselevados doqueo montante pagoaindarecentemente(1983) e quase equivalentes ao total somado dos orgamentos de 1985 da AdministragSo Nacional de Aeronauticae Projetos Espaciais e da CIA — Central Intelbgence Agency.Com todacerteza,o total deste ano registrars outro gran de salto.

Todo americano paga:os m6dico8e seuspacientes;empresAriosqueexploram as estagSes de esportes deinvemo

JJrampetroieobgamjatosparticulares;osquepere osque aquecem suas casas.Ainda mais insidiosamente,o proema ameaga o proprio carAter da viafetando desde a Gran,. pelaFazatraves do pais(que e cbssolveu a semana passada no De® Mojave,em parte porfalta de trniv responsabilidade) As paland' do Condado de RockQue; suburbana de Nova lorcidades de Piernosdet. °®^^'^8)'^'i"striaisoomplamen« ^"P^^P^rasuasfAbricas;honovoB desejosos de langar procurando ^efrontn,^^ Prbpria firma — todos se ficildp obstAculo mais die taxan rt ^ *"^®P°sto do que impostos elevados na busca peamericano. Pe,■^1 tornou®?^^®'"®®Ponsabilidadeci der. custo mais desanima'bAdicos dessa situagAo, era a Passeatas de pro- °haraeug„^^^ estados e ameagam fe'riais e ®^^drios.Grupo8indus^^bgauoaerp^^"^'®® de seguros tfem ^dcidadeerr®'".^campanhasdepuPecialim^ p^^doaosservigosdeesApresentart Projetos de leis 'bearaoaaei-o ~ Mguns chegando raadossoeoff legislatudoaiiraitarB^ ^ericanos,visan- eabiiitiade n ^ derespon- d®s peiag BP ^^^aeprAticasadotacoisaa. ambas as ^noiaap0L,.®^®®ec tem mantido au®deraiQ g _ f^'^basDslegisladores

-^®ipoaldPoL enaaranhados ^todog taUsticaaoonfUtantes, ®8ai8(3yj^ eis suspeitose teorias Grupp '•"°^^^^bm-seperpie.

^"^Panbiaat^'^^^^^doresacusamas

Sra Quandoasta- prl^'^^doraaemit^ dizemeles.as

ho Com apoiices sem se ^agpegjjj^°'"Promisso9casoas

t^EVlSTA npOf ®"^®®®emeai'enUbiseguros

lidadede seus investimentos caisse. As seguradoras, por suavez, responsabilizam0 sistemalegal. Osjuris, alegam, estipulam as indenizagOes por danos causados como se apurassem o resul tado de uma loteria. Os advogados apontam a negligAncisdo empresariado. Asituagao s6 poderA ser modificada se for facultado aos individuos apresentEiremseus casos aum tribunal, dizem eles. Os empres^ios apontam a mudangade comportamento. AnogAo individualists de assumir riscos e aceitarresponsabilidades, sustentam, foi substituida por uma tendfencia a processar quem quer que seja por um acidente. O que toma o problema um pesadeloe o fatode, ate certoponto, todos OS que apontam o dedo em alguma diregAo nfio deixarem de ter razfio.

coisa toda se resume em uma questfio de logicsestatistica e psicologiadas seguradoras. Sealgumas inde nizagOes vultosas. reais ou apenasfactiveis, podem afetar toda umalinhade seguros, as companhiasacham quedevem aumentar os prOmios para todo mundoatA quehajaalgumaesperanga de lucre, isto significa que os prOmios podem nfto ter qualquerrelagfio com os antecedontes do pcrtadordaapOlice, e, poroutre lado, consumidores de diverSOS tipos desegurospoderfiovirapagar trSsouquatrovezes mais do que pagavamhAumanooudois. Porincrivelque parega,Hartford,Conn.,conhecidaco mo acapitalmtmdialdo seguro devido ao grande niimero de seguradoras lA sediadas, teve suapropria ooberturade responsabilidade municipal reduzida para apenas US84 milhoes, contra US$31 milhdes no ano fiscal 1984/1985, a despeito de um aumento de 21% na arrecadagfio total de pre mios, da ordem de US$1.8 milhfio.

A duvidoaa distingfio por ter page o maior aumento jA registrado oabe A Specialty Systems Inc.. uma companhiade Richmond, Ind., especializada na remogfio de amianto. As segurado ras tem tanto paver de sequerouvir falar de amianto (asbestos) que cancelaram as apdlicesdaSpecialty tres vezes consecutivas. entre novembro de 84 e

abrilde 85, embora acompanhia, que jAtemnove anos deexistencia, nnnnn tivesse aidoprocessada. Umavez que OSoUentesexigemprovade seguroan tesdecontrataremos servigoedaSpe cialty, acompanhia nAo teveoutra saida senfio comprar uma apOlice de US$ 500,000daGreatAmericanInsurance Company, deCincinnati, pelaqualpa ga, pelo menos, US$ 460,000 de pr6rmos, o querepresenia umaumentode malede4.900%aobreoprAmiodeUS$ 9,361 de sua ultima apdlice. "Quase meiomilhSodedOlarespagosAcompanhiadesegurosparapraticamentenada," lamentaopresidentedaSpecialty - Frederick Treadway.

Mas6grandearelagAo decasos escabrosos.Osmaisgritantessfioosque envolvem servigos municipais. O conselho municipal da Blue Island lUinms, (populagAo: 22.000 habitantes), aprovou, em outubropassado, um au mentode 30% do imposto predial considerado indispensAvel para eobrir os cresoentes prfemios de seguro de res ponsabilidade. CincocondadosdeMis sourifecharam seusoArceres durante uma boa temporada, transferindo alguns prisioneiros e mandandooutros para casa, pura e aimplesmente. A cadeiareabriu depois que os xerifes dos condadoscriaram umacaixinhadeauto-seguro, financiadocomdinheiro dos impostos.

Sem Fronteiras //•
nao sera renovada
Com alarmante frequencia, estas palavras paralisantes ecoam numa America a ponto de segurar a si mesma contra a hipotese absurda de ter de parar pra valer
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REVISTA DE SEGUROS
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Entre ob profiaaionais liberaia, oa problemas auscitados pelo secure de m^-praticaWmdadomuitadordecabeQaaadvogadoB, engenheiroa, m6dicoa e at6 mesmoarepresentantea do clero. Umnumerocadavezmaiordeeacerdotea est&comprando — ou levando seue paroquianos a faze-lo — apolices para protege-loB de agOes oomo a qua foi movidapor umcasalda California, que atribuiu o suicidio do filho de 24 anoa &maorientaefiodeseua mentorea religiosoa. Processos contramOdicoe, particularmente eapecialiatas emobatetrioia e neurooirurgia, t6m aido mala bem-aucedidoa. determinando, poriaBOmesmo, oa mala altospriming de aeguros. UmprfemioanualUpiooparaum obatetra de Los Angeles 6 de cerca de US$ 45,000, enquanto umneurocirurgiflodeLonglaland.N.Y., pagapxsrvoltadeUSa 83,000.

O seguro de responsabilidade de produto configuraum sOrioproblema parafabricanteaemgeral, debrinquedoa aantitoxmas- Avaclnacontraacoqueluche, porexemplo, deaapareceqdo mercadohAumano, porqueosLaboratOrioB Connaughtauspenderama aua produ^&o durante nove meaea atO encontrarem seguro a um preqo compativel. Agora, e a vez da Liederle, a dnica fabricante ooncorrente da vacina, que amea^a auapender a auaproduqfio

em juJho, caao ae materialize um corte noseuseguroderesponsabilidadeci vil. ABeech Aircraft estimaocueto dos prOmioa de responsabilidade paracada aviao que fabrica em nada menoa que US$ 80,000. SegundoWilliam MeDon, diretorde comunicaofto, "o mercado do piloto-proprietdrio aecou praticamente, eumadas razdea6oouatoderespon sabilidade de produto, que colocou o preQO de umavifio novo fora do alcance do consiimidormddio." Alguns barcoa depeaca, queoperavam apartirde pot tos do Paclfico Nororeste, eatfio inativos porque oa seua proprietdrios ndo tdm como pagar oa prdmios do seguro-responsabilidade, quedobraramem pouco mais de um emo.

HM M d uma drea de consenao quanlo ds origensdaarise: puragandncia. Mas gandncia de quem?

Seguradoraa e alguna de aeus clientes acusam advogados diabdlicos, Juizea imaginosos e juradoa de coraqdo mole pela interpreta^do diatorcidados conceitoa legais de negligdncia, transformando-oa emfdrmulas quejuetificam indeniza^Sea exageradas a peaBoasque reclamamdanoa peasoais (um delitonadialdticalegal). AdvogadosganancioBos, argumentam, pleiteiam Media dos veredlctoa de reapdhaabilidade de

compenaaqdes auperdimensionadaa, a fim dereceberelevadoshonordriospercentuais, que chegam muitas vezes a 30 e 50% daindenizaqdo. Naopiniaode Edward Levy, gerente geral da Asaociaq&o das Companhias de Seguros ds Calif6rnia, "oa advogados estSo intereasados em faturar e ndo nas oonseqtiencias socials do que possam eatar fazendo."

Deoutra parte, os advogados querelantesndofazem pormenoa: acusamas companhias de seguros de inventarem histdrias sobre indenizaqdea excessivaeparajustificarprdmiosexorbitantea. DeclaraBrowne Greene, presidente-eleito daAesociaqdo doe Advogados CnminalistasdaCalif6mia: "Aauaga ndncia noa levadevolta aos latifundidrios ineecrupulosos do s6culoXIX." Ao que muitaa organizaqSes de consumidoresaorescentamqueasseguradoras promovemaumentosde prdmios injuatificadoa paracobrir a Bua mdadministraqdo e md avaliaqdo de riacoa.

l^ainfJuenciadesproporcionalaoaeu n ante. Estabelecem um piso para dne ^°Sados e predispOem os acusadoe r generosoa acordoa fora um f dotrimento do que "m juri poderia determinar.

umacontade hospital damulher. Um jCiri concedeu-lhes danos punitivos de USt 3,5milhdes. ou seja, 2.121 vezes mais do queovalordacontaemlitigio.

s americanoa sempre foram um povo litigioso. Mas ndo resta diivida que tem havido um aumento oonsideravel no numero e no volume doa pro cesses de responsabilidade civil com quesedeparamcompanhiasdetodaespecie, de fabricantea de bolas de futebolaindustriasdecigarros. De 1977a 1981. o numero de aqoes civis nos tribunaiaestaduaiscresceu quatrovezes mais do que a populaqdo doa Eatados Unidos. E nadOoadade 74 a84, o nume ro deproceasosdereeponaabilidadede produto em tribunals federaia teve umaexpansaode680%. O primeirovereditode um milhao de dolaresa6ooorreu em 1962, mas, de acordocom aJury Verdict Reseai-ch Inc.. umainstituiqSo particulai-. so em 1984houve 401.0veredito m6dio em casoa deresponsabili dade de produto, atualmente, excede um rmlhao de dolares; os primeirosda dosdisponiveiapara 1985 indicamque o mesmo veredito m6dio em ocorrfinciasde impericia m6dica tambem exce de um milhaode dolares pelaprimeira vez. Essaa indenizaqOes gigantescaa, argumentam as aeguradoi-aa, exeroem

VP„C ~AssociationofTrialLawau? America _ revida afirmando Verrv mfedias da Jury search saodiatorcidoe por Umn e. — por deinri "^^Ist^vaniente pequena ®'^'"'^?<fesvultosas.AATLAafirnia im wooo. ttiirtoa'dg ^ termilhaode sscompensamvitimasouparen-teanr, j "i"'"swivitimasoupar fletind ^^^®^'^e2permanente,.x. Psrte d fJogi&vel disposiqaopor de que as

M reqtientemente.ostribunaiseos

oore-

Pmavam permanecer impu- nea.

*^08 sejamoBm^ritosde vaeoseaDp -r&^8eefti° "^^-ascompanhiasdeeebdaico- ''°""®^®™®eiiargumen-Ponsabiiid^^ <1®res- niaiselevarf ^ °^ig^ou indenizaqOes '"Ssponafi^^^ tnenosempar- de eegtjpo ^-^^P®'°®'-'mentodastaxas impor- ■•^'asQi, "•uuuicaqao impc -i^rie estabelecidaspel « 1*3 paracy^ -^ euiutw* pt5lUis dea'^P®"®^perdasdevend®®Pdoijiclufd^^^^^similareajdeatfto ^aqSgHj,,, ^'iatnaioriadasindeni- zacc5g„ - Eatenitnportdncias maia PSo-c . ~^'®oon6mf Pobertura de danoa ®''^veia ootn°°rf' impon- ^ vu'sas im ^aatantp ° ® sofrimento. '•"'"esopy,.- i^'^'^icativo tambdm 6 o ' voi7 tambdm 6 < ?A!®'.®"Postam„!f punitivos i-e, servem de adver incorra no vq ®o r6i f.^entenam ^ mcorranoAs vezes, os d.® P®'" Uma danos sofripeaaoapoap,i ^^*^iarea ®P®uasalgunsmiUia-

mUhfies. Num caso p-t.» - ^uahnenteaguardandnf7'^'®^da<s''•-"'*«nenteaguardan?id^^

legisiadores procuram definir quem pode ser processadoe sob quais alegaqfJes- Hoje cm dia, podq-se processar a prefeitura, apesar da doutrina da imunidade aoberana, que sustenta que oa governos ndo podem ser proceasados sem o seu prdvio consentimento. Leis estaduais e interpretaqoes juridicas, no entanto, tSm outorgado ease con sentimento, estabelecendo iniimeros precedentes.

Outre conceito legal que vem sendo usado cadavezmais6 o dareaponaabilidade eetrita, que torna possivel conceder umaindenizaqdo pordanos sem qualquerprovadenegligSncia. Inicialmente, aplicava-se, porexemplo, aempreendimentos envolvendo atividadea extremamente perigoa^. Agora, jd ae aplica, perextenado, acasoade reaponaabilidade de produto: o querelante ndo precisa provar que o fabricante de um produto tenha aido negligente, basta afirmarque foi vitimado quando usava o produto de acordo com euaa inatruqdea.

Tambdm 6 cada vez maior o nume rodeeatados quepassaramaadotarpardmetroa menoa rigorosoaparaJulgar casos de negligdncia. Mesmo que um aoidente seja devido d prbpria negligdnciadopoatulante4indenizaqdo, ele poderd proceeaar com aucesso outra parte que tambdm tenha uma parcela de responsabilidade pelo acidente. Na Califdrnia, por exemplo, uma mulher que tropeqou no eatacionamento de uma igreja quando ae dirigia a uma reuniftoreligiosaproceeaouaigreja.o

grupoque promoviaa reunido e amunicipalidade, alegando que o local ndo eatava convenientemente iluminado. Emboraoa acusados achasaem que ela era amaior responadvel pelo acidente, todoatrdsentraramemacordo eIhepagaram US$ 80,000.

Talvezo conceito mais diacutivel, e que tem aido um fator preponderante

emmuitoa casoa, sejaoque aeoonvencionou chamar de "reeponaabilidade conjuntae diversificada". Elapermite ao litigants processar quem quer que seja que oompartUhe da respxinaabilidade pelaocoirenciade um acidente, e. se qualquer umdos implicados foroonaiderado culpado, esse acusado poderd ser obrigado a pagar toda a indeniza qdo, Originalmente, aplicava-seainfratores que tivessem agido de oomum acordo, mas jd 6 invocada contra acu sados que agiram independentemente. Naprdtioa. temdemonstradoqueaindenizaqdo cabe geralmente aos rriain aquinhoados, isto 6, os portadorea de ap61ice de seguro de valores maia ele vados.

Uma maneira de mostrar como ea sesconceitoafuiicionam—eosqfeitos queacarretamdooberturadeseguros — e relatar um caso cldssico. encerradonoanopasaado,quecomeqoucoma quedade uma crianqaelevouamaioria doaparquesdeChicagoaretiraremde seua playgrounds determinadoa brinquedos. Tudoteveinicioem 1978quan do o menino Frank Nelson, de dois anoa, levou um tombo doaltode um escorregador, num playground munici pal, e bateu com a cabeqa no chdo. A orianqa sofreu adrias contuaOes cere brals,atdhojeeatdhemipldgicaefioou comafalae a viado prejudicadaa. A famlliadePrankproceasouofabricante do escorregador, o empreiteiro que o instaloueoDepartamentodeParques eJardinsdeChicago. Osadvogadosargumentaram que a municipalidade moatrara-senegligenteporndotercolooado um aviso advertindo oa fiais do perigo que o brinquedo representava paracrianqaspequenas, porndovigiar o playground adequadamente e ndo pi-ovidenciarumaauperficie maciaembaixo do eacorregador.

Funciondrioa do Departamento de ParqueseJardinseasuaseguradora. a U.S. Fidelity and Guaranty Co.. de Baltimore, aindaaustentam quearesponaabilidade maior coube 4 mde de Frank, aopermitirqueomenino utilizasse um brinquedo imprdprio piaraa suaidade, eporndovigi4-loconvenien temente. Contudo, nunca acuaaram formalmenteamdedenegligdncianos

- 1 1 Mddla doB veredlctos iffg Imngrfi-lg - 1 T s?oo mddlea En* de milhdre. ddlares s /OO 5"iO. V■V>. 76 Fonte: 77 Jury Verc 79 dl€t Rtsea '81 rch. Inc. • •83 pnllmlna •a5'
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procedimentos anteriores ao julgamento,oque,deresto,nfio surtiriaefeito,a menos que pudessem provar que nfio cabia nenhxima culpa & municipalidade. Nocaeoempauta,elaeraoreu que dispunha de mais recursos — iim segurode responsabilidadede US*50 milhSes—e aFidelity receiou que viesseaIhetocara maior parcela da aentenga.Paul Jacob,gerente dafilial de Chi cagodaseguradora,observaque,em Dlinois. um reu julgado culpado, ainda que parcialmente, pela occrrdncia de um acidente pode-se tornarresponsAvel por toda a indenizagSo peloe danos causadoe, Na sua opinifio,"6 praticamente impossivel provar que um acusado nao 6. pelo menos,1% negligente."

Querendo evitarorisco de ter de pagsu- aindenizagaoeventualmente concedida pelo corpo de jurados a uma criangat4ogravementeatingida,aFidelity propfis um acordo.Ofereceu US$ 1,5 milhoes para a aquisigao de uma pensao anual que benefioiarA Frank Nelson para o resto deaua vida.Afamilia aceitou e o caso foi encerrado fora dos tribunals.

Mas a histdria nfio acaba ai. De inioio,aFidelity cancelou osegurodo Departamento de Parques e Jardins, renovando-o,maistarde,com umacobertura muito menor e um prdmio muito maior."Acoberturadeparquesrepresentaum risco muitogrande para qualquer seguradora."explica Jacob.Concluindo. o Departamento. temeroso diante dos diversoe proceseoa contra ele ainda pendentes,comegouaretlrar OS escorregadores com mais de dois metres de altura e outroe brinquedos considerados perigosos dos 513 play groundsda cidade."Aoidentessempre acontecem.nao importa o que voc6faga," declara Jack Matthews — tesoureiro do Departamento de Parques e Jardins. "Antigamente, quando uma crianga caia do balango,o superintendente do parquelevava-a ao hospitale ficava tudo por isso mesmo. Hoje,os parquessfio ameagados porprocessos de todesp6cie."

asos como este demonstram co-

mo doutrinas legais complexas e em constants mutagao podem contribuir paraaumentaros riscosqueascompanhlasde segurosenfrentam e tomd-los cada vez mais imprevisiveis. Mas.co mo OS advogados dos consumidores costumam lembrar.naocontam todaa historia. Asdoutrinaslegaisem questao vSm evoluindo hd muitos anos. O aumento do niimero de agdes por danos pessoaise do volume dasindenizagOes tambem tem sido progressivo. Todavia. afora o seguro de impericia mddica,que tem sido umaenorme dor de cabega para os mddicose as seguradoraa no9 ultimos dezanos.somente hdpouco tempo6queos prdmios de responsabilidade explodiram e as apolices passaram a ser canceladas por atacado.

Oque aoonteceu? AdvogadoseassociagSes de consumidores alegam que as seguradoras estdo pagando o prego — ou,melhor.tentandofazero publico pagar — por sua incompetSncia e mau-julgamento.Oseguro de responsabilidade sempre foi uma industria notoriamente olclica. Robert Hunter, diretor da Organizagfto Nacional de Consumidores de Seguros. comenta: "No pioo do ciclo,elasemitem apolices paratodo mundo.porpiores quesejam as condigOes.e. no fundo do pogo,disparam acancelar.por melhores que se jam as condigSes."

Palavra duras. mas que contSm alguma verdade.Nos melhores tempos, ascompanhias que vendem segurosde ramos elementares e de aoidentes. aqueles que geram apdlices de responsabilidade. raramente ganham dinhei-

^®^docom o peso do •^"^^-^inalmente.em 1984,as perengoliram areceitafiacordo com estatisticas ^ industria.seguradoras

^'ementares tiveram um pre3.8V.u^'»^'antes dosimpostos de US* vertr.=ii.^^"^°'°P'^®i™'"®8ultadono

Preiir 1985. o

^"'"entou para US* 5.5 biPonsavv^f^ seguradorasde resventPC * tornaram-seinsolultimos doia anos.

sultado F>ouco expressivo.

ro com a sua subscrigfio; somente eW dois dos ultimos dezanos.os prfimio® recebidos ultrapassarfim as reclame' gOes pagas. A maior parte de seus 10' ores decorre da aplicagfio dos premio® que recebem.Hd oinco anos,quando^ prime rate,pedra angular da estruto' radataxa dejurosnosEstados UnidoS' atingiuoincrivelpatamarde21 1/3'^" esses investimentos pagavam muit®' muito bem.

As seguradoras admitem a contra' gosto que faziam tudo ao seu alcanc^ para atrair umareceita de prSmios pudesse ser apUcada durante esses p'" cos das taxas de juros. CoerentemeO' te com essa linha de raciocinio, erfli' tiam apolices dereaponsabilidadede a*' to risco a prfimios tao baixoa que er^ quase impossivel evitar oprejuizoop® racional; a concorrdncia desenfread® chegavaaimpor cortes nosprgmios d® at6 20% ou mais.Porem as segurad® ras nunca alcangaram a bonanga col" que sonhavam. As perdas de subsci'i' gfio cresceram mais rapidamente d® queOSganhos deinvestimento,mesrn® quando as taxas de juros estavam P® auge.

E ai a casa ameagou desabar. EP' 1981,as taxas de juros comegaram ® despenoar;a prime sofreu a maior qu®' daem oito anos;9%.Asperdas de sub®' crigao extrapolaram.Resseguradora® estrangeiras —oLloyd's de Londres ® a maior —.que indenizam a maioria da® companhias americanas do ramo d® aoidentes no casode perdas extraordi' n6rias. fizeram cortes substanciai® quando nfto ee retiraram completa' mente do negOcio,deixando as empre-

De sua parte. aOrganizagfio Nacio nal de Consumidores de Seguros mantfem que o numero exato foi US* 5 biIhOes. Emvistadisto, criticos daindiistria consideram que os aumentos dos pr&mios vfio muito al^m do que seria justo e razofivel- AtalhaGerry Spenoe. famoso criminalista de Wyoming (nenliumparentescocomoseuoolegaJ. B. Spence, de Miami); "O que as compa nhias de seguros conseguiram foi in verter asposigbes, de maneira a fazer comqueopublico6 que segureas segu radoras." Nfio raro. os consumidores invocam o julgamento de Wall Street, queestfilongede serumatrincheirade Ralph Nader (lider mundialmente famosodomovimentoemdefesadoscon sumidores). Os que negociam com a compra e venda de papeis contribuiram, no ano passado. para a alta das agOesdas seguradoras de bens (ramos elementares) e acidentes em cerca de 50%. numaoparentedemonstragfiode confianga de que a indtistria estfi, no minimo. a caminho de uma sdlidarentabUidade.

lugfio. As cooperativas que fundaram emmeados dadecadade 70. comafinalidade de oobrir os riscos da ma-prfitica mediante premios mais razoaveis. nfioderam certo. Aigumas estfioem se ries dificuldadesfinanceiraseoutras. em desespero. japensamemaumentar substancialmente seus prdmios. Comoerade se prever, muitos advogam modificagSes profundas nalegislagfio. Entre outras:

• llimitarasindeniz^tg^espunitivas e as relativas a dor e sofrimento;

• Estabeleoer parfimetros mais rigorosos para determinar a parcela de responsabilidade de cada um na ocorrdncia de iim acidente:

• Abolirourever a doutrinade res ponsabilidade conjuntaedlversificada;

• Instituir penailidades para'advo gados quelevamajuizocausas ridloulas ou absurdas.

Esta ultima proposigfio ainda terfi que conquistar um maior niimero de adeptos. Entretanto, diversas oombinagOes das demais estfio sendo cuidadosamente estudadas em muitos esta dos.

■84 '85

M. Best

algarisraos dos veca ^® ^ estatisticas de lu"^seguradoras sfiofi-an^^ntrovertidas. Advogados "ausasde consumidores se fossem feicJc "eajustesni^artiflciosde te ^ "'^ilizados pelo negboio '^'^^olvendo principalmen^eiitodosimpostos.dosdivinominal ascendente , as companhias titn Iqf liquido anual. O InsuH Institute, entidade lUc_^'etneroado.aousou.defato.

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^a i

ndustria depois dos im o llS* i.7bilhees.noanopas no seu ontender, 6 um re

Bem, pode ser. Masnftohfiduridade que esse caminho para a reouperagfio ameaga, pelo menos no momento. estreingular grandes segmentos da economia americana e tomar-se excessivamente caro para os portadores de apdlices. contribuintes e consumido res. A cadadia. surgeranotlciaa de novasrepercussdes: mddicos queaumentam seushonorfirios, playgrounds que fecham suas portas, competigOes de natagfio que sfio canceladas. sistemas de transporte que entram em crise, irmandades cuja cobertura nfio fi renovada. companhias prestadoras de servigosaindustriadopetrbleo queencerram suas atividades. Em meioaacusagOes reoiprocas, desenvolve-se um esforgo sdrio no sentido de encontrar algumas solugOes. SEGUROS

auto-seguro 6 uma estratdgia que muitos empresfirios, profissionais liberals e governos estfio adotando, ou. melhor, estfio sendo forgados aadotar. Aexperidnoiadosmddicos, noentanto. demonstra quenfiochegaaser umaso-

E desnecessfirio dizer que os advo gados dosconsumidores rejeitam qualquertipode reformadalegislagfio. Comumente. acusam as seguradoras de criarem artificialmente um clima de criseparaforgarapromulgagfio deleis quenegam umacompensagfiojustafis vltimt^ de danos em geral. Sem ddvida. em tudo isso hfi uma certadosedeexagero. Do pontodevis tadoslegisladores. um approach alter nativeparaacriaedesegurosdumaregulagfio mais rigorosa das segurado ras. Um indioioatd certo pontoencorajador6ofato demuitos deles recoh€}cerem que. assim como a crise nfio pode ser Btribuida a uma -.ausa isolada. tambdmnfiopoderfite. umasolugfioisola da. Dai defenderem vfirias combinagdes de uma regulagfio das segurado ras mais exigenie com umareformade oertos aspectos da legislagfio.

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°^'mpostos
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REVISTA DE SESUROS
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TradufSo de: Alberto Lopes

0 humor do Joguor

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