T1737 - Revista de Seguros - maio de 1985_1985

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6^A0 OFICIAL.QE OIVULGAQAO DA FENASEG - ANO 65 IVIAiO/85
CONSTITOINTE ECONOMICA A livre inidativa e a sociedade do futuFo

ABS-Senior e o seguro de vida do Ciube Atiantica Bradesco de Seguros criado especialmente para pessoas de 50 a 80 anos. E o unico seguro de vida que nao exige exame medico, declara(;ao de saude e nem prova de ocupa^ao.

Eu nao tenho paciencia de enfrentar a burocracia, E ate nisto o ABS-Senior pensou. Eu posso pagar as mensaiidades em qualquer agenda de qualquer banco, no Brasil. E e o seguro mais simples para minha familia receber. Alem disso, a indeniza^o e corrigida automaticamente, baseada na varia(;ao das ORTNs.

So 0 maior grupo segurador da America do Sul poderia criar um seguro onde a minha experiencia de vida e respeitada.

REX^STA DE SEGUROS*- Or^0 Oficial da Federa?ao Nacional das Empresas de Seguros Privados c de Capitalizasao (Fenasee). Rua &nador Dantas, 74/129 andar. Tel.: 210-1204. Endcrefo Telegrd-

A DIRETORIA

''°p^'®®-P«sidente:Luiz de 29 Vice-predden- te. Alberto Qswaldo C. Araujo; |®cretano: Hamilcar Pizzatto; ILa'^ro^"' L. oraga ly Tesoureito: Jose Maria Ben i Tesoureiio: Delio Suplentes: Ivan ^0 C FUho;OctareL ,ip r Pedro Pedo'^Ma'^" n"8usto Godoyf?orge

Pho ^"P'entes: Adolda Alfredo Dias

Diietoi Responsavel: Victor ArSbems f""' Executivo: wr fl Lopes. Reda^So - Reda- - / Fernando Couto Sera^m n" SaUno. Colabo-

SrsSrvoS

Motcira, AdrianV^^ ? Marques

Jdtegrada Ltda T-"" Mario Russo. Editora^p' Geral: Rosana Freita< » ^ Executiva: bora^So: r ® ColaFranco, Elisabete S ® Augusto Nunes v Dias Vieiia mento de Artc-St^^H^ DepartagramacSo c orrW, (dia- Jose Ganzaroni®^^a^®°

•'oige Luiz Jos^V meida (arteV Ana.v Altogr^na); (fo-

GalanteMilione. ®8o: Victoria ^PAb'x 26^"^^®'' Dan- '®Xi.(021) 31769 4^2^755. Te- ""sda lauVl74? ®f?Pa"io:AlaChinagUa. Ptinando Dsaiti^4dnad ®®rba MMidlSS resin, sutoies. """=®««clusi»adeMU!

Tema polemico no mercado, o Seguro de Cascos vem 37 passando por uma serie de modifica9oes, com o objetivo de melhor atendimento aos segurados e diminui9ao da taxa de sinistros

abertura

8 Luiz Mendon9a Distor^oes do mercado

BA5TID0RES

9 VlUas-Boas Con«

Rumos da Nova Repiibtica

ECOrtOMIA & FIMAMCAS

•0 Marcfllo Marques Motcira

A conjuntura inlernacional

PERSPEaiVA

ECOMOMICa

>2Pamo RabeUo de Castro

__^stituinto Economica

SJConsenso sobre as 31 modificafoes pleiteadas pelo mercado segurador foi reunido numa proposta organizada peia Fenaseg e entregue ao Govemo

TERMOMETRO DO MERCADO

16 Assessoria Economica da Fenaseg

COMUMICACAO & MARKETIflQ

20 Jomar Pereiia da Silva O povo no seguro

C0MT05 DE REI5

24 Spectator

A memdria do seguro

QUATRO VEMTOS

28 Fernando Couto Panorama do mercado

CULTURA & LAZER

40 Luis Lobo Pcripecias do corde!

SEM FROriTEIRAS

44 Alberto Lopes As confissoes de Bis marck

QRAFITTI

48 Atualidadcs O jovem procurador

OUTRAS

Cartas 4; 0 Seguro e o sexo

19;Humor 50

Capa: Foto - Peter Schneider (Camera Trdsl

Procure seu corretor.
Nome. Endereco CEP Remeter para: Rua Asdribal do Nasdmemo. 268 • 85 andar- Centre • CEP 01316- Sao Paulo - SP
Solidto ao Oube AtJlntia Bradescx) de Seguros maiores infonnacoes sobre o ABSSenior.
<E> BRADESCO SEGURO^
Nuncavinadaigual.Umsegurodevida pra min' sem ©ame m^co nem dedaracaode saiide.
r\V " \ v«-.'I i>r
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Errar e humano

Como toda pubIica9ao que se

^ preza, a Revista de Seguros nSo ^ imune aos deslizes de revisSo, pecados menores, confiamos, mas que nem por isso podem passar sem o devido reparo.

Nao chegamos ao exagero do irado cronista que declarou, certa vez, ser visceralmente contra a pena de morte. excegSo feita aos revisores!

Andnima e laboriosa classe.tao sofrida e caluniada, mas que se orgulha de ter garantido os primeiros e parcos proventos de tantos luminares das letras e do jornalismo hodiernos (cuidado, companheiro,6 hodiernos mesmo,nSo e modemos).

Mas, apesar de nossa solidariedade e compreensao, forgoso 4 admitir que, nao rare, esses meticulosos e

aplicados operarios de alheias obras nos aprontam poucas e boas.

E o caso, por exemplo, da carta enviada pelo Presidente da Bamerindus Cia. de Seguros - Hamilcar Pizzatto - que teve o seu nome lamentavelmente truncado, na edigdo de abril. Que vexame, Dr.Pizzatto,logo com 0 amigo!

Na pagina 48, por sua vez, no penultimo paragrafo do artigo "A Crlse da Di'vida Mundial", saiu "mercado- . rias oriundas de pai'ses desenvolvidos", quando o correto, como todos perceberam, e "paises subdesenvolvidos".

FinaJmente, os grdficos do Documento da Fenaseg, na pdgina 30, ndo interpretam corretamente a per formance do seguro, no pen'odo 1979 - 1984, em relagdo ao PIB.

Ah, 4 verdade, tarabdm nSo dado 0 crddito ao Alberto Sali® j que escreveu a matdria sobre Cap' 'i lizagdo.

Por essas e outras e que nos oc®'^ sugerir a criagao de um seguro co®"!' riscos de revisSo. Nada de maiSi ^ que nos Estados Unidos existe seg""* at4 contra erros"doavaliagSo decisSo_ comettdos por fundon^"' graduados (veja, na segJo Comu®''^! gao & Marketing, pagina 22, o

mentario sobre o amincio "Erf^' humano, perdoar custa caro").

Os revisores que ponham as bar' de molho, pois, daqui por diant®' beletristas poderao botar - sen^® barbas — as letras no seguro.

O Editor

Agradego a gentileza da remessa de exemplares da Revista de Seguros, inovada pela Fenaseg. Nossos cumprimentos pelo elevado padrso grdfico e informativo imprimido a publicagSo, para satisfagdo de seus inumeros leitores.

Banito Carlos Fagundes da Silva - Presidente Sindicato dasEmpresas de Seguros Privados e CapitalizagSo no Estado do Rio Grande do Sul Porto Alegre(RS)

O Ndcleo de Documentagdo do IRE apresenta sinceras felicitagOes pelo feito marcante que constitui a aquisigdo da tradicional Re vista de Seguros. Nao temos duvida da valiosa colaboragfo que 0 peiibdico dard nSo so a classe seguradora, como tambdm aos diversos setores da opiniSo nacional, pela maior opgao de informagCes que pretende oferecer aos seus leitores.

Lflia Maria Gouvea

4:

Aceite nossas entusiisti^ oongratulagoes peU I^una miciativa deeditar » de Ap„, wabelece, conu-

Aderaar Neves Diietorde Marketing

"izeiro/Federal Seguros

Ferreira Leite Chefe do Nucleo de Documentagdo do IRB

por fora, em sua diagramagSo e impressSo, e bela por dentro, pelo alto nivel de seus artigos e entrevistas. Pa rabens pelo trabalho e estendam meus cumprimentos a toda equipe.

Roberto Pougy -Diretor Vera Cruz Seguradora

Many thanks indeed for your February number of the Revista de Seguros which I read with great interest and congratulate you on the transformation of the Revis ta to something alive and readable.

A nova Revista de Seguros

Acuso recebimento e agradego o envio de volumes da excelente Revista de Se guros, agora em sua nova fase.

Senador Fernando Henrique Cardoso - Brasilia(DF)

Em nome da presidenda da Andima, parabens pela iniciativa de agora dispor, com ti'tulo prdprio, de importante vei'culo de informag^o e divulgagao do setor de seguros, de alto padrao grafico e informativo. Temos certeza que, agora, mais do que nunca, a informagao se toma um bem indispensavel ao esclaredmento e a

formagSo de opiniSo publica e dos segmentos direta ou indiretamente ligados as nossas atividades.

Jos6 Luiz Sombra

Assessor Com.Social Associagdo Nacional das Instituigoes do Mercado Aberto

Muito agradego a remessa da Revista de Seguros.Para-

bfos por este primeirO mero, sob a responsabil' de da Fenaseg, e pelo mismo que, tenho cerf®^., passara a imprimir a su3 regao. Contem sempre a nossa Generalli para cas e aplausos.

Cidudio Bietolini Diretor-lh^sidente ^ Generalli do Brasil — Ci^' Nacional de Seguros REVISTA DE SEGUROS;

M'dto obrigadopeUaco. dispensada ao P omovendo c negdcio da patebdn, X' de dede'"'

ftrededeSiKe Presidente

Digna de todo o apoio do mercado segurador a feliz iniciativa de nossa FederagSo, com respeito a Revista de Seguros, cujo primeiro uiimero, em sua nova fase, prazerosamente acabo de ler. Trata-se, de fato, de um veiculo de comunicagSo da classe seguradora com os circulos empresariais do Pais, do mais alto significado. Em meuprdprionomee no da Argos, transmitam a ditetoria os nossos sinceros cumprimentos.

Geraido de Souza Freitas

Presidente Argos- Companhia de Seguros pela tui ,r

758 d"'? Seguros,fevereito. Bela

Foi com satisfagSo que ,-recebemos o n9 758 da Re vista de Seguros, a qual analisamos atentamente. Temos certeza que, sob a.orientagSo da Fenaseg, a Revista sera valioso veiculo de co municagSo da classe segura dora com os elevados circulos da NagSo.

Jose Cruz Santos Diretor Brasil Salvage

Recebi o primeiro exem plar da nova Revista de Se guros. Indiscutivelmente, a decisSo da Fenaseg em adquirir seu ti'tulo foi de ex treme importanda para o mercado segurador, nao so pela manutengSo de uma tradigSo, como tamb^m para ter um instrumento de grande penetragSo junto aos ci'rculos politicos e empresa riais do Pais.

Octdvio Cezar do Nascimento -Presidente Sindicato das Empresas de Seguros Privados e de CapitalizagSo Sao Paulo(SP)

I still like to keep up vrith insurance matters and shall be obliged if you will take out an annual subscrip tion.

Best wishes to you all

Capitalizacao

0 artigo sobre "CapitalizagSo - Mercado em Franco Crescimento", muito bem elaborado, 4, sem duvida, uma excelente fotografia do mercado. Aparece no me mento em que as empresas de capitalizagao, com gran de interesse, se langam a conquista de novos espagos no mercado brasileiro.

Tenho certeza de que a Revista de Seguros veio para ficar e preencher uma grande lacuna em nosso mercado de Seguros e Capitalizagao. Recebam meus cumprimentos pelo excelente nivel da Re vista.

T
SEGUROS

A CHINA ABIU OS OLHOS.

"China:No 35? aniversario da revolugao comunista,carros alegoricos exibiram robos, computadores e geladeiras cheias.E a nova ordem de Deng Xiaoping: modernizagao, conforto,livre iniciativa e lucro".

Veja-26/12/84

"A China Mbera os pregos. Ospregospassardo aserreguladospela oferta eproaim mm sistema delivre mercado que vat substituir o modelosovietico decomercializagdo porcotascompulsorias, vigentehdS5anos"

O Estado de S.Paulo -01/02/85

"Campones melhora de vida na China de Deng. Sun Guiying, um hem sucedido criadordegalinhas, \ torriou-seestasemanaoprimeiro trabalhadorruralda China acomprar um carroparticular"

Jornal do Brasil-08/04/84

"Governo chines anuncia fim da economia centralizada.

Osprodutosliberadosdo controle estatalobedecerdo as forgasdo mercado:a oferta ditadapela demanda,deacordo com osprincipiosdaeconomia capitalista, e ndopelas metas deprodugdo estabelecidaspelo governo"

Folha de S. Paulo -10/10/84

^'China lista 130 projetos parainvestimento estrangeiro. Numagrande oportunidadepara o capitale a tecnologia ocidentais, China convida empresdrios internacionais para ajudar a desenvolver 130projetosindustriais"

The New York Times- 24/03/82

"A Chinaja admite banco estrangeiro.

I OsbancosestrangeirosJdpodem abrirfiliais na China. A mudangafazparte doprograma de reformas econdmicasesocials que estdsendo executadopelo governo dePequim"

0Estado de S.Paulo -13/04/85

"Deng diz que arranca China da pobreza em cinco anos.

O homem-forte da China atribuiu osproblemasda Chinapds-revoluciondria a ideologia de esquerda, que obstaculizou asforgasprodutivas dopals."

OGIobo-17/04/85

"China parte agora para um programa contra a estatizagao.

AsautoridadesdePequim decidiram acabarcom o monopolio estatalno campo da aviagdopara melhorar a eficdcia eoservigo do transporte aereo. Assim, deverdo surgir vdriasempresas, que serdo responsdveisporsuasperdas on lucros,enquanto o Estadose limitard d supervisdo e controle delas."

O Estado de S. Paulo -15/01/85

Notkiaspublicadaspelaimprensa

mundialsobre a novapostura economica do Governo chines, divulgada peloseu jornal oficial.

di\
Coordena(ao do Conselho Nacional de Prof
MOVIMENTO NACIONALPELA UVREINlClATim.
comunica^aa

O seguro das operacdes passivas das instituicdesfinanceiras

LUIS MENDONgA

Um canto arrumado da casa

So 4 nova no Brasil a id^ia da cria^^o de um seguro para as J^operagOes passivas das instituigOes financeiras. O assunto,agora, faz novo retomo a cena por causa de graves episodios aihda em aberto, dos quais emergiram: a tese de que os prejuizos dos credores devem ser reparados pelas autoridades monetaras; a fdrmula salvadora da estadzagSo, numa epoca de mudangas institucionais e de abertura economica. Qualquer desses dois mecanismos, no entanto, serd altamente oneroso para a sociedade porque representara agravagao do ddfidt publico, esse grande responsavel pela espiral infladonaria que inibe a melhora de desempenho da economia e gera injustigas sociais. A cobertura agora procurada para as operagSes passivas das instituigdes financeiras 4 a cobertura tipica de um seguro de crddito, tendo por objeto a protegSo de titulares de credito contra a insoivenda daquelas instituigdes. Trata-se de uma cobertura tecnicamente viavel, como tantas outras relatives ao seguro de crddito. No caso, todavia, o que estd em jogo nao 4 apenas uma questao de drdem tdcnica, mas um problema de grandes di mensdes em que estSo envolvidos in gredientes de outras ordens. Para co megar, cogita-se de cobertura abran gente, extensiva a todo o sistema fi nanceiro. Para complementar,impor ta ter em conta que a insoivenda de instituig^o financeira (cuja atividade

4 regulada e fiscalizada pelo poder publico) decorre nem sempre do teor de risco inerente a iniciativa empresarial numa Monomia de mercado. Esse risco, por sinal, ^ o da insoivenda ou> falenda dos devedores das instituigdes financeiras, exigindo por seu tumo o seguro de credito, tamb^m, para as operagSes ativas de tais instituigSes.

Mas a insoivenda da instituigSo fi nanceira pode ainda resultar de ma administrag^o, nessa hipotese entranhando componentes de natureza culposa ou dolosa ou mista. £ essa hipdtese obriga que o objetivo de defesa dos titulares de creditos nao conduza a adogSo de fdrmula,como a do

seguro, restrita a um so dos varies angulos do problema. O seguro de cre dito nio poderia, assim, ser medida ou solugSo isolada, mas um mecanis* mo a ser cogitado para integrar uifl contexto mais amplo.

Assim, por exemplo, de nada adiantaria o segiwo sem a introdugS® simultanea de_ outros filecanismosEntre estes," pbr exemplo, melhor ® mais rigorosa definigdo das respons3' bilidades do setor publico, ja que a fiscalizagao por este exercida,em ve® de um manancial de entraves buro* craticos ao funcionamento das insti' tuigSes, a estas deve servir como in®' trumento de racionalizagSo e higide^ economica de suas atividades.

Da mesma forma, nao se pod® pensar em seguro sem que, ao mesm® tempo, se cuide de modemizar a 1®' gislagSo do mercado de capitals, ® fim de tomar as instituigoes financ®'' ras menos vulneraveis a sanha d® aventureiros e adventidos travestido® de empresarios.

O seguro 4 instituigao eficaz e dispensavel na vida modema. M®® nao se deve supor que seja instituig®" por si mesma capaz de operar mil®' gre, bastando sua simples presen?® para solucionar todos os problem®®' Antes de tudo,seguro 4 uma formid® racional de compensaglo e repartigd'' de riscos, e nSo uma espdcie de migi' ca para a solugao de problenias qu® nada tenham a ver com o risco era' presaiial. ^

Esses primeiros meses tumultuados da Nova Repiiblica . Pfovocaram um tal aperto no coragao de todos n6s que. na turva9«o da angusda, ningudm conseguiu rel^r num memento de tranquilienxergar que, no balango sensato das coisas. o quadro nSo era asara tSo desalentador.

LS 4 verdade que a atuagao ponderada do Presidente Jos4 Samey vem ajudando a desanuviar receios e ^ war. lentamento, um clima de ra^oavel expectativa otimista. Ainda

qas e do calvario de Tancredo Neves ^ra 0 salto da improvisagio, buliu

<^omosnervosnacionais.Atalponto que amda continua dificultando a que « identifique na heranga legada por ancredo, ao seu tenso substitu'® melhor quinhSo.

T,n„edo,

dia da nri "^^sordem, d balburda cob^! ao d««pero rslataL' ^ W um oanto

durado num nm i- Penque ocurJ°

®«'--heosvazloseJ°tt' 1987, uma in, ®'®^^™®ados

bilidade politica que estd oferecendo ao Govemo e ao Pais a oportimidade de, com os p^s plantados em algtms palmos de terreno solido, enfrentar 0 grande desafio das crises simultaneas. Do alto do mono e possivel descortinar, ca em baixo, o horror da di'vida intema e o monstro do endividamento extemo, reclamando a urgincia de uma renegociagao competente que nos alivie da sangria na veia de 13 bilhoes de dolares anuais, so para o pagamento dos juros e dos servigos. Ou, noutro angulo, a mis^ria de um quadro social de injustigas e reivindicagoes repre^das, das desigualdades regionais que desequilibram o mapa deste Pars de contrastes.

Certamente que o Govemo tam-

bem padece das suas dores politicas. Nem poderia ser de outra forma. Afinal,ja estamos envoltos pelo clima de vdspera de campanha para as eleigdes de prefeito das capitals e dos municipios que recuperaiam a sua autonomia, convocadas para o proximo dia 15 de novembro. E que devera emendar, como 4 recomendavel, com a campanha para a Constituinte e a eleigSo de govemadores e deputados estadtiais, marcada para o ano que vem, no mesmo dia 15 de novembro.

Ora, tempo de eleiglo 4 ^poca de desobediencia, das ambigSes destrambelhadas. Agora,o Govemo sem oposigSo s^ria embaraga-se com a aloucada rebeliao que ensandeceu o Congresso, onde nao ha mais nem partidos nem lideiangas e nem hierarquia.

Mas, apesar das marolas que encrespam a superficie das aguas, a po litica esta ordenada. O Govemo con ta com apolo de sobra e dispoe de uma programagSo que permite a mobilizagSo popular, a distragao das ruas. E, em contrapartida, a folga e a seguranga para tentar domat as ou tras crises.

Para quern acha que ^ pouco, aconselha-se a que feche os olhos e tente imaginar o tamanho da crise se a politica hoje reproduzisse a estampa da vespera de 64 ou a face descomunal da desordem economica ou ainda a fundura vertiginosa do desequilibrio social. ★

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REVISTA DE SEGUROS > I'l , , VILLAS-BOAS CORREA
-m,abruscatranrig^odases^

O Brazil e as novastendendi conjuntura intemadonal

s dados que tern vlndo a lume nos uldmos dias e o comI poitamento dos mercados intemacioTiais vem confirmando, ou at^ acentuando, as tendendas que comeqaram a revelar-se desde abril.

Nos Estados Unidos, que com seus quatio trilhdes de d61ares(!) de produto anual dominam o cenario, os ndmeros revistos sobre o cresdmento da advidade no primeiro trimestre revelaram-se ainda mais medi'ocres do que OS previamente estimados:o pai's parece ter cresddo nos tres primeiros meses minguados 0,7%, medidos em ritmo anualizado, o menor ni'vel des de 0 inido da atual recuperaqlo em fins de 1962.Em conseqiiencia,a Reserva Federal (o Banco Central norte-americano) continua relaxando sua polidca monetiria e deu sinais inequivocos que eontinuara nessa rota ao fixar a taxa de redesconto em 7,5% a.a., a mais baixa desde o bienio 78/79.

Em consonancia com aqueles si nais, a taxa para emprestimos preferendais (a prime rate, que regula 9% de nossa di'vida) caiu para 10%. tres pontos abaixo da prevalecente ha um ano e tamb^m a menor desde o referido bienio, enquanto a LIBOF (a taxa de referenda que atua sobre 65% de nosso endividamento) acornpanhava o movimento em patamares ainda mais reduzidos, situando-se em tomo de 8.25%, isto 4, 45% abaixo de seu ultimo pico hd apenas ura ano.

A maior significagao dessas taxas de juros mais moderadas d a de que, em tennos nominais, voltamos a niveis inferiores.aos vigentes antes do chamado "choque dos juros" que ocorreu a partir de novembro de 1979, quando a Reserva Federal resolveu condudr sua poh'tica monetaria enfocando diretamente o controle dos chamados agregados monetarios (a base monetaria e os meios de pagamentos), despreocupando-se das ilutuagfies de juros dai decorrentes.

E verdade que, em termos reais, os juros ainda se situam acima dos daquela dpoca, que chegaram a ser negativos durante toda a ddcada de 70.

Mas, levando-se em conta o ndmero revisto para o deflator implicito do PIE no 19 trimestre. a mais abran-

gente medida da inflagao, que se situou em 5,6%, chegan'amos a cifras reais para a taxa de referenda de pouco mais de 2,5%, que nao estSo longe das madias historicas de dois a tres por cento. Fica clara, portanto, a dimensao do ali'vio resultan* te em nossas contas correntes (mais de dois bilhSes de ddlares em jielaglo ds estimativas preliminares) e a importlnda de conseguirmos,em nossas negodagSes extemas que agora se reiniciaram, substancial redug5o da taxa de risco (que se adiciona a taxa de re ferenda) diminuindo-a de uma m^die de 2% hoje aplicada, para m'vel ao menos prdximo daquele praticado em relagSo ao Mexico,isto 4,1,125% em m4dia.

Juros mais baixos, por sua vez,

tenderSo a reativar a economia americana ao estimular a construgao dvil, a venda de bens duraveis de consumo, em espedal a de automdveis, B OS investimentos, tres dos pilares da atualrecuperagso.PossibUitara.ainda queda paralela de taxas nos parses europeus e no Japao, ajudando a fortalecer a atividade nesses parses, al4m de estimular a manutengSo de estoques fr-sicos - em contraste com ati-

Wlo para lastrear os pregos das ™at6nas-pnmas.

Quanto ao tempo pelo qual pos- ^^ntmuar vigindo esses patama res mars barxos para o prego do dinherro, os progn6sticos nSo sao una »"nes, por impossiVeia de elaborar com seguranga. Enquanto um Z

™ ».p<ie que > »dt, a „„u,

»= de ut eu ddlst - moAneuto parece subsistir. ""

deriamos apontar os seguintes:

1) no segundo semestre de 1984 e nos dois primeiros meses de 1985, o ddlar viveu um dos seus perfodos de ascensSo mais acentuada, embora os juros estivessem cm baixa;

2) OS Estados Unidos tomaram-se a partir deste ano um devedor liquido na drea intemadonal, aldm de arcar com uma crescente dr'vida inter nal juros altos, portanto, viriam a onerar sobremaneira o seu balango

senSo de descon&tnga;

5) o desequilibrio da conta de com^rdo chegou a tal dimensao, que um ddlar mais realista passou a ser crucial para sustentar exportagSes e comegar a desestimular importagfies. NSo obstante, o ddiar esta tSo sobrevalorizado que sua queda em at^ 20 a 30% poderia ser absorvida pelos exportadores de outros parses, utilizando 0 colchSo de lucros excepdonais que vem faturando em suas vendas para os EUA; portanto, a influenda sobre os pregos intemos seria menor do que se supunha:

6) finalmente, Executivo e Congresso nos Estados Unidos estao comegando a se entender para efetuar corte no orgamento federal, aliviando, assim, a pressao sobre o mercado de cr6dito.

em contas correntes e o orgamento intemo;

3) 4 essendal a imagem do Govemo Reagan continuar a estimular a atividade economica intema, prindpal tnmfo de sua popularidade e fator de diminuigSo do componente conjuntural do d^fidt pribHco;

4) o nival de sobrevalorizagSo do d61ar atingrdo nos primeiros meses do ano, em vez de fundoirar como fator de atragSo de capital, comegou e operar como elemento de caugSo,

Embora em economia a Idgica nem sempre acabe prevalecendo, ^ h'dto esperar que a conjuntura internadonal - para cuja sailde tamb^m concorrem os pregos, em ligeira que da, do petrdleo - devera continuar propiciando, durante este ano e possivelmente no prdximo, condigdes ambientais favordveis a conclusao das negodagSes para o reescaionamento de nossa dr'vida extema e a condugdo dos esforgos necessaries ao reajustamento intemo, espedalmente para domar a inflagSo, hoje a prindpal barreira a nossa recuperagao econo mica. ir

' w conomi MARCILIO MARQUES MOilEIRA
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Em relagao a 1984,a prime rate e a libor cafram 3% e 45%,respectivamente REVISTA DE SEGUROS f
v^rmanceiros-e.portanto,contrr.
DE
Faieral teria 1
REVISTA
SEGUROS
E Ifcito esperar condfraesfavoraveis a conclusao das negociacdes para o reescaionamento de nossa divida externa
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Constituinte economica

Em debate,a atuafSo do Estado; produtor de bens ou volfado is ireas sociais

Brasil ja tem uma Nova Repiiblica e, com ela, um novo mentor: Tancredo Neves. Tem tambem um povo, herdeiro de uma nova esperan<ja. Para transfermar o sonho (. "seu sonho sera nosso sonho") em realidade, e predso agora estabeiecer uma Nova Doutrina, abandonando com coragem as velhas concepgQes.

Partidos poli'ticos a parte, todos reconhecemos a necessidade de moldar, concretamente, as esperangas difundidas peios ventos da democracia, para que o povo perceba e sinta para onde esta sendo guiado, e a Repiiblica Nova adquira uma respeitabilidade duradoura. A questSo da Doutrina e essencial na discussSo constitucional que permeara loda a vida intelectual da Nagao nos prdximos meses. E importante que o amago dessa Doutri na esteja bem fixado no texto da no-

va Constituigao. Isso 4 fundamental, para que os grandes objetivos perseguidos, pela atual e proximas geragoes, sejam apreendidos atraves de uma mensagem clara e objetiva. Sera que estamos preparados para um tal exercicio de civilizagao?

No campo economico, sobre o qual nos concentramos aqui, surgem perguntas cruciais a desafiar a nossa capacidade de sintese e conciliagSo social, tanto mais na circunstancia de crise que atravessamos. Tais questionamentos, meio siculo atras, geraram a Revolugao de 30, escorada nas manifestagSes mcdernistas e no Tenentismo de 22.

Naquela Revolugao, fixou-se um novo padrao de desenvolvimento para nosso pat's, baseado na idealizagao do progress© industrial. 0 projeto nacional demandou o casamento do Estado com o empresario indus

trial emergente. Abriram-se espagos tambim para o capital estrangeiro. A escassez de recursos para investimentos obrigou a uma crescente concentragao economica, fiscal, espacial e, finalmente, politica. O modelo era polarizador de poder, como ficou patente em 37 e-64. Tinha taiiib^m um forte viis inflacionario e, portanto, confiscatbrio de poupangas; as vitimas preferidas sendo os assalariados urbanos pouco qualificados e os agricultores de mercado intemo. Nenhum desses esquemas de acumulagSo de capital sera mais aceito passivamente daqui para frente.

Como 4 comum nos paradoxes histbricos, SSo Paulo, que sai'ra politicamente derrotado na refrega da Constituinte de 32,acabou se tomando a base fi'sica para a doutrina industrializadora iniciada por Vargas. At ocorreu o primeiro grande surto

de urbanizagao, como p61o concentrader de gente e de capitais. A renda extraida do campo fmaneiou o processo de concentragSo industrial. 0 papel moderador foi desempenhado pelo Rio de Janeiro, ponto de encontro politico dos outros Brasis que rambbm se candidatavam a parcelas da poupanga gerenciada pelo Estado, que ia sendo distribuida. de modo estratdgico, via obras publicas e, mais recentemente, atraves da localizaga'o

Desle po„,o de a doutrina •oonomlc. do P6S.64 nSo reS

r'ata 1-

™»to desenhado noe ptimdrdiot do "fovunento tenentma, embora pas-do p„, didstoles demooratioae

jsta saber se esse modelo ainda e

Constttumte e Empresario - Mas

"lento. desenvolvihlSo se trata

raentos ou pegsn equipareciclar velha quanto de teresse na Cn ° "■

^^"har vai de^rapres^riosT" f '

patrdes e empregados, do direito de tributar e da aplicagao dos recursos ptiblicos, do direito a propriedade e da distribuigao de rendas. A lista de topicos 4 ampla e complexa.

Os empresarios, como lideranga economica e depositdrios naturals da bandeira da livre iniciativa, correm o risco de serem tragados pela velocidade dos ventos de lenovagao que soprarao para todos os lados. Para orientar a corrente de mudanga no sentido da construgao, an tes de tudo e precise repensar o espago da empiesa capitalista modema. Este e um trabalho a ser promovido com prioridade e urgencia ao nivel de todas as federagbes e associagdes de olasse empresarial, numa verdadeira Constituinte Economica, cujo evento deve preceder, inclusive, o da assembleia politica propriamente dita. Se o empresario nao afirmar de modo claro e objetivo qual sua pro posta de contribuigSo a sociedade do futuro, alguem tomara a sua vez, restringindo o papel do mercado em fa-

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REVISTA DE SEGUROS
No campo economico. surgem perguntas cruciais a desafi^ nossa capacidade de sintese e conciliaran Tais questoes. mein seculo atras, qeraram a Revolucao de 30, escorada manifestacoes modernistas e no Tenentismo de 22"
o^raotonal.NJo..Cumpri«seus:b
DE SEGUROS
"Se 0 empresario nao afirmar de modo claro e objetlvo qual sua proposta de contribuicao a sociedade do futuro, alquem tomara a sua vez, em favor das promessas de um Estado planificado e plenipotenciario"
PAULO RABELLO DE CASTRO
Nos modelos de 37 e 64, caracterfsticas
atingindo o setor niral 13
inilaciondrias

Co-gestao de contribuifoes sociais entre

vor das promessas de um Estado planificado e plenipotenciario.

Vamos ficar apenas num exemplo. A nova onda 6 dizer que o Poder Pijblico deve deixar de interferir diretamente como produtor de bens (o chamado Estado-empresario)e passar a concentrar sua aten9So nas necessidades sociais prementes, tais como saiide, educaqgo, previdenda e nutriqao. Colocada a tese em termos gendricos, merece todo nosso aplauso, mas as generaJidades sao t5o vagas quanto perigosas. Nao fioa claro se o novo Estado-Social vai agir como indutor, ou se vai ser o produtormonopolista dos servigos basicos a populagSo. Neste ultimo caso, estan'amos, na realidade, diante de uma nova proposta estatizante, de conseqiiencias ainda mais desastrosas do que todas as ingerencias governamentais at6 o presente.

patroes e empregados

"Assistenclalismo", nova panaceia?

- O Estado assistencial, que se dedica a saiide,educagao,previdenda etc., nSo deve matar os empreendimentos particulares nesses campos. Pelo contrdrio, as atuais ineficiencias nas prestagdes de assistencia medica, na cobertura de riscos previdenciarios e do trabalho, bem como na educagao, tem decorrido exatamente do excesso de centralizagao estatal que ja se verifica nessas ireas. Portanto, se a redobrada "dedicag^o" do Estado ao campo sodal significar apenas que este deva concentrar ainda maior vo lume de recursos em suas prdprias mdos, para a gerenda direta desses servigos, vamos de mal a pior.

Atualmente, dezenas de trilhSes de cruzeiros sSo literalmente desperdigados porque as empresas privadas recolhem contribuigQes sociais de toda natureza, em nome de seus em-

pregados, mas a gestao desses recur sos cai na vala comum dos orgamentos federals defidtdrios. Quanto seria poupado,se a parcela maior desses re cursos permanecesse diretamente na empresa, para aplicagSo nas areas so ciais, em reginiB yinculado e-bo-gerendado por patrdes e empregados! Mas a Veiha Repiiblica sempre partiu do pressuposto (quase "constitudonal', por assim dizer) que os patrdes seriam, por definigao, nSo-confiaveis e OS empregados ndo-preparados, para gerir as somas arrecadadas para a cobertura dos servigos sociais e provisdes previdendarias.

Este preconceito pode e deve mudar. Se os empresarios souberem assumir a responsabilidade social direta por seus empregados, terSo produzido a mais solida coalizao poli'tica em favor da livre inidativa neste Pais.

Em outras economias mais avangadas, prindpalmente na Asia, mas tambdm na Europa,o modelo de descentralizagdo social tem fundonado com grandes resultados.

Paralelamente aos beneficios diretos da gestao sodal autonoma, existem tambem os corolirios financeiros da questao.0 mercado de capitals de longo prazo so se fortalecera quando houver um verdadeiro casamento da poupanga popular com a empresa modema. Essa nova doutrina tem chance de vingar agora, como saida para nossa crise de endividamento excessivo

14
Nttcwo
it REVISTA DE SEGUROS
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CtuzSeguradora SA santisw

Seguro e expoitacdes

capacidade de gerar um excedente exportavel sera uma i^^j^Prioridade para os prdximos anos, pois somente desta forma poderemos fazer frente aos encargos financeiros de nossa di'vida extema e permuir aJgum espago para o crescimento intemo.

ASSESSORIA ECONOMICA DA FENASEG

Apesar do excelente desempenho de nossas exportagSes nos ultimos anos (Fig. 1), o seguro de cr^dito a exportagSo - pega essencial para Incentivar exportagdes e abertura de novos mercados - nao tem acompanhado em termos reais a expansao de nossas vendas externas(Fig. 2).

Entre os principais problemas porque passa este ramo, poderj'amos des' tacar os administrativos e tecnicos. Os primeiros sao formados pela desarticulagao entre os orgaos direta pu indiretamente envolvidos nas questoes de seguro, como o IRB,a Cacex, 0 Banco do Brasil, o Itamaraty e a Receita Federal, al6m da inadequa<?ao da estrutura do IRB, que n3o dispoe de recursos humanos suficientes como, por exemplo, o Japao e a Ale-

manha, para administrar este ramo. Com respeito aos aspectos tecni cos do seguro, poderiamos destacar primeiro a forma como 6 feito, onde todo o risco e assumido pelo consdrcio formado pelo-IRB e seguradoras pnvadas, sem que^qualquer o^eragSo. seja ressegurada'no exterior. A participagSo de seguradores privados em operagdes de resseguro dos seguros dos creditos d exportagao, aldm de ser a tdcnica mais indicada de pulverizaga-o de riscos, poderia contribuir para reduzir os premios que o exportador paga e/ou os onus impostos ao Tesouro Nacional, que e, na realidade,0 ressegurador do consorcio. O segundo aspecto tecnico seria o da obrigatoriedade do seguro de credito a exportagso. Apesar do Decre-

IMPORTAnCIA SEGURAPA do ramo CRgpiTO A EXPQRTACAo"

73,de 21.11.66,.,r tornado obngatPno o seguro de crddito a exPortagSo. quando concedido por insfmanceiras pubUc^, j,,, "SO tem sido suficdeme para impedir aquedadovalor m^dio real das imcato 3)-Aobri. ^tonedade n^o d um mere artiffcio ^raaumentar as receitas das segura doras Ela d necessaria, nao somente

~ror~r:r. gtande ndmero de riscos

estausticamente a mddia tros)^AmedidaquedimmuiJnW P-wSd^To^^

™ente um mim.,

carteza da a

«omento de

rias medidas '"quer vd-P-a tIT'"""''

mais h °o"tribuir de '"ento de nossa^^'^'*^ °

..i"
ANOS 74 N9 DE APOLICES 644 IMPORTANCfA SEGURADA NOMINAL Cr$ 1.000 370.626 1.134.346 2.316.302 9.709.531 31.609.449 116.604.881 142.882.839 88.368,345 132.208.438 660.375.564 IMPORTANCIA SEGURADA REAL Cr$ 1.000 136 326 466 1.361 3.214 9.413. 4.743, 1.418 1.092 2.126. .175.400 .623,580 .804,340 .276.200 .680.900 .121.400 710,200 .311.900 .041,700 409.300 IMPORTANCIA SEGURADA real media Cr$ 1.000 211.452 334.998 367.562 1.025.057 1.485.527 1.541.114 636.739 203.313 193.008 83.557 Fonte:IRB Nota:deflator IGP OG REVISTA DE SEGUROS
REVBTAde SEGUROS ijrasUeiras fIG. 1 -EXPORTACOES GRASILEIRAS (•m btlhft«s d« d6itr«s) Fonte:Caut
l-..illL Pomes: IRBa FGV Note: deflator usedo IGP - OG. FIG.
Liilli»> 74 75 76 7? 78 79 80 81 82 83 FontBt: IRB •FGV Nola. deflator utada IGP - 06 17
FIG 2-PR£MI0S reais ARRECAOADOS RAMO CRSOITO A EXPOHTACAO (em mllheret de cruzeiros)
3 IMPORTANCIA SEGURADA 00 RAMOCR^OITO A EXPORTACAO lem milheres de erueairoi)

a

O sexo na propaganda do seguro

conteiido da publicidade d a

^^l.mensagem do anunciante.

llL_L!; Mas para qua a mensagem atxnja o pdblico. d preciso que este seja attai'do pelo impacto da peca publiatiria.

Enundar esses conceitos d facU. Difiol d apUca-los, sobretudo na pubbcidade de um produto sui generis: o seguro, que faz o tormento de muito ptoFissional de criagSo nas agenoas de propaganda.

to r°™ ™ tapac-

S "»ia bam mcaq.femm para pr„„a,a, o aaguro

atd mais ousadas. For que nSo os idosos?

O poster, enrim, limitou-se a um tempo de exposigSo mais breve do que o cronograma da campanha. Os seguradores deddiram recolhe-lo an tes que a reagdo do pdblico pudesse voltai-se contra a prdpria imagem da instituic^o do seguro. A mensagem publidtaria, no entanto, gragas ao fato de ter o andndo chamado a atengSo do publico, teve mais divulgagao e maior grau de penetragdo do que se espeiava. A cena polemica despertou a curiosidade para o texto, e, deste, o que o leitor extraiu foi material de reflexao sobre o equadonamento dos problemas financeiios da hora da aposentadoria; reflexdo para uma dedsSo radonal sobre a compra de seguro de vida - no caso, seguro de sobrevivencia com o pagamento de uma renda certa.

antrela^dot pm„

TOtadras de muita geme. Te,d sido

A aposentadoria depois de longa atividade profissional nSo i a condeuagSo ao marginalismo. O aposentado, porque o tempo e a idade Ihe tenbam consumido boa parte da energia pata o trabalho, nSo terd perdido a condigSo nem a riqueza de um ser bumano integral. Nele nao se apagou a chama, a essencia da vida.

Hoje muito se proclama que a sexualidade 4 biol6gica, organica, ati vidade natural e sem macula, dominio de estudos e conhecimentos de uma disdplina (educagSo sexual) com mereddo e necessario lugar nos

curriculos escolares. Entretanto, no episddio do andndo dos seguradores, a leagSo dos noruegueses deixou patente que a concepgao modema de sexo, ou nSo tern muitos adeptos la, ou somente 4 aceita quando aplicada aos jovens. Os idosos, ja educados e doutorados na escola da vida, tern mesmo 4 que recolher o diploma ao recesso de um discrete bau de reCaso contrario, serSo pomograricos e imorais, ainda que movidos pelo comando fisiologico da natureza.

Nos Estados Unidos, como em alguns outros parses, tambdm em materia de sexo a medicina 4 colocada a servigo da natureza. Recorre-se cada vez ma's a intervengCes cirdrgioas para a corregSo de desgastes organicos da virilidade.

Sera que o poster noruegues ptoduziria o mesmo impacto, e a mesma reagSo do publico, nos Estados Uni dos? Em recente seminario sobre "O sexo na propaganda", promovido pela AssociagSo Brasileira de Agencias de Propaganda e pelo Clube de CriagSo do Rio. o Sr. Barry Day, Vice-Presidente mundial da McCannErikson, revelou que os Estados Uni dos sSo "o ultimo reduto do puritanismo". Li, disse ele, um filme de publicidade sobre sutiS $6 pode ser exibido se a pega for vestida por um manequim inanimado.

E, no Biasil, qual seria a reagSo ao poster dos seguradores noruegueas?

exportaqOes MTLHdES AN OS PflfMIOS ARHECADADOS DO RAMO CREDITO A EXPORTAQAO ANOS PReMIOSNOMINAIS C(S 1.000 prEmios REAIS CrS 1.000 74 1.659 609.549 75 3.B00 1.094.172 76 9.856 1.986.279 77 17.767 2.490.933 78 29.632 3.013.574 79 91.387 6.020.575 80 270.485 8.980.102 81 589.566 9.462.534 82 1.007.020 0.317.985 B3 1.275.355 4.106.643 84* 2.275.355 2.275.355 Fonfe. IF8 — Nrjta:deflator us^do IGP — OG - * eslirvaiive
.LUIZ MENDONQA
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^2""«™°«e«ibiaumaoamaa, 11iLr;™ ^ dada.Otdoia,aieamp,,„„„. estavam
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18 REVISTA DE SEGUROS
★ 19 iviii^pipi UU-WtAU.' •Wit

O povo no seguro

;partir do movimento nacional L em tomo das eleiqoes diretas Sjque se transformou na vitoria do Dr. Tancredo Neves, atraves do Col^gio Eleitoral, e culminou com sua doenqa e morte, dando vaga ao seu legi'timo sucessor, Jose Samey, criou-se uma expectativa popular sem precedentes na histdria deste Pais. A perspeciiva de dias melhores, atravds de legitima democracia indinada a medidas de alcance social, Uuminou o povo brasileiro de tal forma que se criou uma atmosfera de otimismo generalizado, vindo quer do meio empresarial, quer das diferentes camadas sociais; inflamando ricos e pobres, cultos e analfabetos. Respirou-se esperanga. E e isto que nao desejamos perder, nem podemos perder. A saida para os principals probleraas esta concentrada, basicamente,- em duas palavras; trabalho e esperanga. Por esta raz5o, as manifestagoes popula tes em torno da morte do Dr. Tancre do foram tSo profudamente apaixonadas, Justamente pelo que ele representava, por suas promessas e seu discurso. EntSo, mesmo sem govemar um dia sequer, a projeg£o do que o Dr. Tancredo representava tomou conta do Pais. E 4 esta imagem de seu espi'rito liicido, democratico, condliador que o povo quer ver preservada. Assim. como se pudessem garantir as atitudes dos politicos e govemantes, comegaram a surgir, simultaneamente, as mats diversas manifestagfies para assegurar este clima

A intenga-Q niiida 6 a P°vo brasileiro no seguro. atra^s^de "-a empresa de uome democracia. Assegurar o direito de ir e vir, de pen

«ta 9overno e fni

IT para abastecer e su^:; ° -hega atraves da unSoT "'a^tos, da comunicaca-o H ■"a^. do entendimentre pelo serhumano Den Pos aconteceu h "lees de t^e 120 mita-Sofrid^, ^

b"==car alcangar irH foi Prome^r "O" to. E pi ?'l"'^'^°«°'dedirei.

Sarney ° deira possivel de ^ a bandeira bl 1 "lais espago para oT^' ^t^nduta. mudanga "■aro que as manifestaca^^!' lectuais de esouern Inte-

ComTancreaoafrenie. unidos.l iniciarpos a caminhada Rumoli Constituinte livre e soberana. Rumo a uma sociedade mais justa.

Rumo a uma denwracia verdadeira e delinitiva Com Tancredo no coragao umdos vamos conlinuar neste caminno Sem mudanga Sem volla

ywajbandeira Wa ~ de fdlego
' PablmdaJe, vdrios a„to. «fo,amp„bUoado.„.e„oial„eme
O masmo objetivo e c„„,ebd„ c uonieud
JOMAR PEREIRA DA SILVA
20
O compromisso de Tancredo Neves e o nosso compromisso.
O que ele prometeu realizar, ao iongo de nossa campanha politica, sera fieimente reaiizado.
Nada / sera esquecido.'
Tre<hu do di«cuMo protend,, por ocidlo da %.)lpnidade de .lOeriura do CoriRierisa Na.ionjl de Etchiores SJo Paulu. 17 dp abnl de I'mi
ClubedeCriagao rte Sao Paulo
21 (wr"-"
Entidade que reune os protissionais de criagSo em prooaganda do Estaciode Sao Pamci

Errar e humano, perdoar

custa caro

ada mais verdadeiro. Seja em ©specie cm em imagem,o prejuizo pode set grande. At^ mesmo os erros ^ticos pagam o seu prego, a desp^to de outro prov^rbio que diz: "Enar 4 humano.perdoar 4 divino . Mas esse ji 4 outro papo.

NSo 4 por outro motive que os americanos, com o seu reconheddo pragmatismo, trataram de criar um seguro que protege as grandes empresas contra os erros de dedsSo de seus executivos e fundonarios dos piimeiros escalOes, que,as vezes, podem dar origem a intrincadas agOes judlciais. Os tribunals, diz o texto do amindo, estSo chdos de cases semelhantes. e, ganhando-se ou perdendo-se a causa, OS Gustos s£o sempre elevados, sem falar do tempo perdido e do desgaste.

Aldm do titulo extremamente criativo, intrigante, a foto que ilustra o amindo 4 das mais expressivas.Pela 3ara infeliz do ftmdonitio que esti levando a bronca, a mancada nSo deve ter ddo das meaores. Mas a verdade 4 que elas acontecem com todo mundo e a toda hora, pois, afinal, "errai« humanum est", jd diziam os romanos. Portanto, bem avisado anda o Editor da Revista de Seguros quando sugere o seguro contra erros derevisSo... a.L.

OVisconde na era do computador

5™ *erde e amarelo, da- SqueU. com abo, de eafe de Pto e ,ara„da, i„,ede com eoceeeo

do computador. Tra.

Ciuco da SID lutorrnddl"emp^

qPP qatUtou o d.ea,„e do eeru"

Bom gosto e criatividade

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•iovos produtA ^®"9amento de Produtos a novas tecnologias bio a de um ^ instTd si- Aldm disso '=°"sumidor6s no PersAn ' ^^nsma ine*1"® concilia "i®dida em amigo. ° de sdbio « Primeira fa«,

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REVISTA DE SEGUROS
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0 SEEURO NO MUNDD 0 mallogro da estatizacao na Italia

Ja temos o que nos faltava: o reconhecimento, pelo proprio governo italiano, de seu mallogro na gestao oficial dos seguros.

Tai noticia 6 digna de commentario. Nao tern sido vao o nosso empenho, cujo fim e por de sobreaviso os nossos liomens publicos acerca dos perigos que envolvem a commoda tendencia de imitar os estrangeiros. Aquelle facto se impoe, pois, como inevitavel corollario das advertencias feitas com conhecimento de causa e com vcrdadeiro patriotismo.

Fundado origlnariamente o Institute Nacional de Seguros Italia no, para fazer seguros sobre vida, teve a sua

ac9ao ampliada em 29 de Janeiro de 1920, da ta em que foi publicado um decreto em que facuhava aquelle Institu te assumir, a titulo de reasseguro e, por sua propria conta, os riscos por qualquer genero de damno.

A experiencia devia ter custado demasiado cara ao Institute, pois foi precise retroceder em seus passes e fazer surgir um novo decreto - que e o movel deste commentario — segundo 0 qual fica revogado o anterior.

0 que interessa, pordm, no caso, sao as considera^oes em que se fundamenta a segunda resolu9ao real. Entie outras diz que "consi-

FIRE INSURANCE

Presteza e modlcidade agora neata Capital

Ha setcnta aiinos funcciona em Nova York uma das mais importantes sociedades de seguro contra fogo, a Niagara Fire Insurance Co. Largamcnte conhecida nSo so nos Estados

dera opportune autorisar 0 Institute Nacional de Seguros a coUaborar com a industria privada para o desenvolvimento da gestao dos reasseguros." Temos assim, co mo artigo previo, uma razao de opportunidade, esclarecida logo a seguir quando expressa a conveniencia que existe "em limitar a responsabilidade do thesouro do Estado em tal negocio".

O decreto diz que se considera opportune autorisar para nfo dizer claramente que o Insti tute Naciond fracassou em sua gestao de reasseguros e que nao resta outro recurso senJo o de contar com a coopera9ao dos particulares.

desfruta a Niagara Fire

(...) Contando agencias em varias partes do mundo, a desta capital, estabelecida a avcnlda

Rio Branco n9 9, sala

X, ns. 101-103, sob a competente direc9ao do Cel. Perrin C. Colhranm conta na nossa pra9a innumeros contratos de seguro, ja tendo tido

occasiao de evidenciar a lisura e seriedade com que opera, na liquida9ao de sinistros.

(. .) Fallecendo o jogador, em consequencia do ferimento recebido, a companhia seguradora pagara aos seus herdeiros legalmente habilitados a quantia de cinco mil pesos.

TRAVESDURAS DOS AMERICANOS

Mortalidade em accidentes de automovel e elevada nos E.E.U.U.

Da lista dos segurados de grande importancia de seguro, organisada recentemcnte, consta que o Sr. Rod man Wanamaker tern

Dos 63 mais impor tantes sinistros liquida dos nos Estados Unidos e no Canada em 1921, /8 dos segurados, isto e, 12%, perderam asuavida em accidentes de au. tomovel. No que concerne a mortalidade por accidentes nos Estados Unidos, a "Insurance Press" diz o seguinte:

"A mortalidade per accidente e o dobro da mortalidade de acciden tes na Inglaterra.

V Eis as tres razoes:

19) - Na Inglaterra

nSo ha passagens ao nivel das estradas de ferro; 29) - 0 uso relativamente limitado de automoveis em compara930 cdhi 0 uso intensivo dos mesmos nos Esta dos Unidos; 39) _ 0 tradicional cuidado e o conservantismo dos inglezes em contraste com a impulsividade, descuido e travessuras dos americanos, que tern um desprezo notorio pela sua propria vida ou pela vi da dos outros."

Responsabilidades do inquilino

se da,as companhias se guradoras de predios devem fazer propagan da junto aos seus occupantes, mostrando-lhes

a conveniencia de cobrir este risco.

£ preciso tirar a explora9ao do seguro dos moldes estreitos e cos-

lumeiros,levando-a a situa9ao generalisada de cobrir todos os riscos que possa coner 0 patrimonio particular.

Unidos da America do Norte, como em todo o mundo, as suas transac9oes sao vultosas, e de anno para anno se tornam mais importantes.

Os capitais de que dispoe, examinado o

seu ultimo ba]an9o, montam a $15,227. 726.63 ahi incluidas as diversas reservas. Os lu cres verificados no an no transacto ascenderam d soma de $9,989. 694.17, assim discriminados:Premios($9,066. 166.20), Jutos ($718. 930.91) e Diversos ($195,221.81).

A presteza com que sSo liquidados os sinistros, a modlcidade de premios e outras facilidades foram o segredo da popularidade que

$4,500,000 (36.000: OOOSOOO) d? seguro de vida e que s^u pae John Wanamaker, o percursor dos grandes armazens de novidades, teve

$3,000,000 (24.000: OOOSOOO), sendo estes dous Srs. considerados como os maiores segurados nos Estados Uni dos da America do Nor te. Calcula-se quo o numero de segurados que tern mais de $1,000,000 cada um (8.000:0000$ 000) se eleva a mais de 50.

Fazer propaganda e predso

0 Codigo Civil, no art. 1.208, estabelece a responsabilidade do in quilino do predio, pelo incendio deste, se nao provar caso fortuito, ou for9a maior, vicio de construc9ao ou propaga9ao do fogo originado em outro predio.

A "Revista de Segu ros" tem constantemente se referido a esta disposigao legal, chamando para ella a atten9ao das seguradoras.

4 Nelia reside uma fonte de novos seguros. Todo o locatario de predio, para Rear tranquillo, deve segurar a sua responsabilidade ciREVISTA DE SEGUROS

vil contra um incendio provavel, mesmo que o predio esteja por conta do proprietario, porque, no caso de sinistro, a companhia seguradora, pagando a indemni53930, tem 0 direito de rehaver do inquilino o que houver pago.

Entre nos ainda nao houve uma 30930 desta natureza.

As companhias de seguros, que tem indemnisado incendios de predios, nos ultimos cinco annos, tem ac9ao contra os seus morado-

res.

i Spsctator
24
REVISTA DE SEGUROS
Emquanto isso nao
A QUE VENDB MAIcT SARATo / I punboSeCoS<3Jia • n ««.0upives35

BUY BflflBOSfl Falavras singelas a' Agiiia da Haya

A perda de urn dos nossos maioras intellectuals comove todo o Paiz

0 passamento, no dia 19, deste illustre cidadSo mergulhou em profundo luto a alma da Patria.

Deante do seu feretro abateram-se todas as bandeiras, calaram-se todas as contesta9oes, emudeceram-se todos OS odios e todas as linguas concertaram-se pa ra o elogio desse espirito primoroso, do finissimo estylista, do causidico eminente, do constitucionallsta consagrado e do orador bellissimo e infatigavel.

Essa fulgurante mentalidade nao iittcrcssava somente ao seu paiz; mas, tambem, a todo o mundo occidental, que sente o silencio dessa palavca ardente e grandiosa, sempre ao sorvi9o dajusti^a.

No Brasii, era a unica personaiidade, que pelo seu proprio merecimento, pela desmesurada altura a que tinha attingido, podia ser vis-

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ta de qualquer ponto do globo.

0 seguro contra o desemprego

Pondo em realce os esforfos que tern sido tentados por cada paiz no que diz respeito I resolu9ao do problenia da desoccupafSo for9osa ou desemprego (unemployement) a Reparti930 Internacionai do Trabalho da Sociedade das Na9oes, em Genebra, acaba de editar um interessante voiume intitulado: "Remedios contra o desemprego" (Remedies for Unemployement).

****

Depots de descrever OS "differentes systeinas dc segiifos contra o'de semprego actualmente cm vigor, exp6e esse livro que o seguro contra 0 desemprego i ainda meramente paiiativo, sendo do interesse dos operarios e da vida eco-

nomica da communidade que o desemprego seja reduzido ao minimo possivel. A tal res peito, a primeira medida que deve sec tomada consiste na distribui9?o a mais completa e equitativa possivel de todos OS empregos disponiveis. Esse assumpto e tratado em uma sec9ao muito interessante, em que se acham enumeradas as divcrsas expcriencias tentadas para permuta dos desoccupados; a educa9ao technica e a colloca9ao dos competentes no logar que Ihes cabc, por moio de um coiiseiho ou parecer bem fundamentado, quando a mocidade deixa a escola e procura arranjar a sua vida; a emigra9ao dos trabalhadores e o recrutamento desses em um paiz para

empregal-os em outro, etc.

Uma terceira sec9S'o occupa-se das obras dc assistencia em varios paizes e das novas ideas aventadas nesse dominio e apresenta um quadro dos progressos realisados nos paizes os mais adeantados, sendo estabelecida uma compara9ao com os projectos esbo9ados c as medidas que foram tomadas em outros.

E o volume conclue:

"Difficilmcnte um mez se passa sem que alguma nova iniciativa deixe de ser tomada para meIhorar as medidas existentes contra o de semprego. E da maior importancia que outros paizes sejam informados de tudo o que concerne i luta travada contra o desemprego."

0 seu immenso prestigio intellectual excedeu OS limites do territorio nacional e mais de uma vez dominou em grandes assembleas de povos, em Haya, em Buenos Aires, espalhando por toda a parte as magnificencias do seu verbo e a grandeza dos seus pensamentos.

Nessa boca de ouro, a palavra portugueza se aprimorava e refulgia, como a franceza e a ingleza.

Por isto, a sua morte da a impressao de uma desgra9a que feriu a to dos OS povos civilisados.

0 pensamento humano estd cobertn de cr6pe.

Tanto se tern escripto e fallado, louvando o eminente morto, que a "Revista de Seguros", ap6s estas singelas palavras, cala-se e calca no ititimo o seu grande pezar.

0 Bamerinclus passui a teraira rede entre os bancos P^rtic-Mlares do BrasU.

mn. ddades, m agenctas bancdrias e 126 de P^upan*^, em ele foi pioneiro 123^ ^ ^

entm t^tdemeta de poupanca ^OS Itaiycos particulares.

Quarto ^po segLirador, Em mais de 40 entpresas coligpdastrabalham 53.400 pessoas.

lomando cada vez mais forte oterceiro maior ^po financeiro m pais em patrimoitio liquido.

Banco forte, voce viu fer. Mas 0 que e ser forte?

Forte c o homem que tnuialna, C[ue vive sua ddade,(Dnstroi 0 mundo mais di^o e txaiiu^-

Pois a medida de um bancx) ft)rte e esta: fazer crescer em fort^a e st^irani^ti a a}muitidade e toda a sua gpnte. Assim e o Bamerindus. Tontando mais forte e segtira a \4da das ddades, das empresas e dos scius 8 milhoes de dicnte,s epoupadores.

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REVISTA DE SEGUROS
f'
umbaooo?
^do e senindo
e
esta terra
sua gente.

Capitalizacao das empresas privadas

Em sua ultima decisao, o Conselho Monetario Nacional aprovou 11 medidas destinadas a estimular e facUitar o processo de capitalizaqSo das empresas privadas e dar, ao mesmo tempo, maior flexibUidade as opera9des do mercado financeiro.

Embora a mais importante delas (segundo os empresarios, a que mais contribuira para a diminuiqao das taxas de juros) tenha sido a redu^So, de 180 para 90 dias, do prazo de resgate dos Certificados de Depositos Bancarios e das Letras de Cambio, para as seguradoras, foi mesmo a decisSo n9 3, da extensa pauta da reuniao que durou duas bo ras, a mais importante.

Em relagao ao mercado segurador, a medida que teve maior repercussao foi a decisao relative a redugSo das exigenclas de apUcagdes compulsdrias, por parte das entidades fechadas de previd§iicia privada e seguiadoras em titulos federals. As exigencias de aplicagao dessas entidades em titulos fe derals ficam reduzidas de 35% para 20%, mantendo-se

0 direcionamento mi'nimo de 10% para titulos estaduals.

A adaptagao aos novos percentuais de aplicagao minimos devera ser feita com a utilizagSo de recursos liquidos adicionais, recebidos pelas entidades, nSo se admitindo a venda li'quida de LTN e ORTN. A dedsdo foi adotada, conforme o Presidente do Banco Cen tral, depois da constatagSo de que a existencia de mer cado cativo de titulos piiblicos aumenta a taxa de juros dos ativos financeiros.

As dedsdes do Conselho geraram o segundo maior recorde de movimento de toda a historia da Bolsa de Valores de SSo Paulo e do Rio de Janeiro, s6 superado pelo movimento registrado no famoso boom de 1974.

CNSP tern nova bancada

Foram nomeados, no dia 27 de inaio, os novos membros da bancada privada do Conselho Nacional de Seguros Privados — CNSP —, em ato do Presidente da Repiiblica. Os membros efetivos sSo Jayme Brasil Garfinkel e Luiz de Campos Salles, re-

presentantes do mercado se gurador; Nilton Molina, pela area de previdencia privada; Arthur Sampaio CandaJ

Fonseca, pelos corretores; e Mardo Joao Borges, como representante dos segurados.

Como suplentes,foram indicados Claudio Afif Domingos e Dario Ferreira Guarita Filho (seguros), Wagner

Nannetti Dias (previdencia privada aberta), Jose Fran cisco de Miranda Fontana (corretores) e Renato VUlela (segurado). Ainda permanedam pendentes os nomes dos conselhsiros que vao representar o Govemo no CNSP.

Anuario de seguros

A Fenaseg prepara-se para langar, no inido do se gundo semestre, o Anudrio de Seguros. O novo anuario, que como a Revista de Se guros esta agora sob sua responsabilidade, obeceder^ a um projeto grafico moderno, a cargo da Assessor, e suas capas serSo a quatro cores.

O niimero de anuncios em suas paginas sera Umitado. Mais detalhes na pr6xima edigao da RS.

Itau amplia quadro diretor

A saida de Antonio Pau lo Noronha, diretor t^cnico de seguros,. da Itau Seguradora; para cuidar de seus neg"bcios pessoais provocou uma alteragSo significativa no organograma da empresa, .com a criagao de quatro postos de diretores. Luiz de Campos Salles, diretor superintendente, justifica a mudanga dizendo que "nos ultimos dez anos a companhia cresceu muito, tanto em participagao de mercado e patrimonio h'quido quanto em niimero de funcionarios, cujo quadro triplicou apenas nesse pen'odo. Aproveitamos esse momento, entSo, para ampliar o quadro de dirigentes, uma necessidade que ji era sentida h^ algum tempo."

Os quatro novos direto res, que assumiram suas fungCes no mis de maio ulti mo, sSo Alfredo Carlos Del Bianco, na drea comercial; Fldvio Molica, na drea de planejamento e controle; Josd Carlos Vergili Medeiros, na de informdtica e recur sos humanos;e Paulo Eduardo Botti, que era gerente em Nova lorque e agora atuard

*13 drea tecnica de seguros. Todos se reportarSo a andiretoria, composta por de Campos Salles, diresuperintendente, Josd ^ Filho e Rubens dos tes diretores gerendo cartao seguro

Nacional, apds de intensos estu-

dos — desenvolvldos em conjunto com tdcnicos da Nacional Cia. de Seguros"-, prepara-se .para langar, no mes de julho, uma grande inovagao no mercado — o seguro sobre o saldo devedor de seus usuarios.

Segundo Tedfilo NegrSo de Lima, presidente do CartSo Nacional, trata-se de um servigo que nunca foi oferecido no Brasil, nem por cartCes estrangeiros. Sua me-

cinica I a seguinte: em caso de morte do titular do car tao, 0 seguro cobrira a diferenga entre o limite concedido, que varia de CrS 1 a CrS 25 milhdes, allm dos gastos ja efetuados. Logo, sua divida estara, neste caso, automaticamente quitada. O projeto faz parte de uma estrategia para ampliar a prestaglo de servigos aos usulrios do cartSo, que fez da seguranga sua preocupa-

gSo constante. Allm de trazer impresso a foto do titu lar, evitando a fraude, o cartSo oferece outro benefi'do especial, que I a obrigatoriedade de todas as agendas do Banco Nadonal — mais de 600 no Brasil - prestarem toda a ajuda possivel em caso de addente do titular.

Para estimular os clientes em potendal — em 84, seu aumento de dientes foi de

-FERNANDO COUTO
28
REVISTA DE SEGUROS
Naodeixeseu carrosofrer um malsdbito. !i / S6a ProtecaoTotal
podeoferecera Vddna Anti-Roubd. M..,..-.iiimnt trie
Nos liltimos tris ones,o nCimerode coiros roubodos cresceu muito. ^VlSTA ■ taierM tTCu*'>a9 Pare ocobarcom Isso foi criada a Prote?do Total Porto Seguro.corn a excluslva Vacino Antl-Routo* A Vocinc consiste no grovogoo do numero do chosslem todos os vldios d^e^o Son^a sua Identiticagooe ditioultondoafalsiticagqo^sd^mentos, pelos telefones(Oil)800-6117 e(SP)2^8117. ■■l D6 ao seu corro a Protegdo Tolol Porto Seguro. BWX PocamoioresinformocOes Qoseucorretor. - — -— — - - Et^aTlheexpllcartodasosvanfagensdo T* ProtegooTotalPortoSeguro, Sucurwis«esoitonoseirtodososesiodos. SSL FOPOSEGURO DE SEGUROS ■Mr. 29
PortoSeguro
nivw.o niimero de coiros roubodos cresceu muitc.

70% - o Nacional esta antecipando o lan^amento de inovaqSes e, ainda este ano, colocard em uso o seu MulticartSo, consolidando em um so todos OS outros cartoes utilizados pelos dientes do Banco Nacional.

Novo grupo de trabalho

A Fenaseg decidiu criar um grupo de trabalho para acompanhar e orientar o representante do mercado jun to ao IRE nas sucessivas etapas do processo de liquidagSo do chamado Cons6rcio de Londres. O grupo de trabalho e composto por representantes das seguradoras Atlantica, Sul America, Itau e Alianga da Bahia.

Aumento das fraudes

O Ministro da Previd6ncia Social, Waldir Pires, revelou,em Brasilia, que hd hoje fortes indicios de que as fraudes nos beneficios por addentes de trabalho tenham grande dimensSo,com a fabricagdo em massa de processos de addentes de trabalho sem a existenda do addente e do addentado.

Na ocasido, o ministro anundou que sera montado um esquema pelo INPS e a Dataprev para investigar profimdamente todos os auxilios por addentes de trabalho concedidos nos illtimos anos, para se conhecer a dimensao do problema e punir OS fraudadores.

36 no ano passado, a Previdenda Social gastou Cr$... 677,8 bilhdes com auxilios gerados por um milhdo de addentes, dos quais o mi nistro supSe que grande parte tenha sido fraudada. Ain da de acordo com o Minis tro Waldir Pires, os indi'dos mais graves de fraudes neste setor pattern do Rio de Ja neiro, mas, de qualquer for ma, todos OS Estados serSo' investigados.

Vila Olimpica em nove meses

0 Grupo Bradesco de Segurosincluiu,nas comemoragOes de seu dnqUenteneirio, o langamento da pedra fun damental da Vila Olimpica da FundagSo Bradesco, no Rio de Janeiro — prevista como uma obra monumen tal, a ser inaugurada em diversas etapas, ao longo dos prdximos dois anos —, que

Em busca de nova proposta

ob 0 ti'tulo "Atualizagao da ' poh'tica de seguros - subsii^^'^dios e reivindicagOes da classeseguradora", a Fenaseg encaminhou ® diregSo do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e da Superintendencia de Seguros Privados e de CapitalizagSo (Susep), no final do mes de tnaio, documento contendo o levantamento detalhado dos problemas Prioritarios do mercado segurador brasileiro, englobando as sugestoes

de decis6es normativas do setor, a adogao de medidas prioritdrias e de caratet pratico". dentre as quais se destacam as seguintes:

sera a maior da America do Sul, numa area de cerca de 100 mil ra^, na Barra da Tijuca.

O compromisso da Bra desco com o desenvolvimento da educagao e do esporte tem sido uma constante na vida da empresa — ho je com mais de 7 mil funcionarios atravSs de sua participagao na FundagSo Bradesco. A Vila Olimpica representa a contribuigSo da Fundagfio para a formagdo de atletas de alto mVel, utilizando as mais modemas t^cnicas disponi'veis em todo o mundo. As escolinhas preparatdrias terSo enfase especial dentro do projeto, com a finalidade de orientar e incentivar novos atletas. Seu objetivo bdsico: o aprimoramento do esporte oh'mpico brasileiro. Dentre

talagSes, o projeto preve' construgSo de uma arel'^ poliesportiva, com capaci«l^' de para 8 mil pessoas em deiras; o primeiro estddio ^ tenis do Pai's, com arquibaJ^' cadas para 5 mil pesso^^' centro de pesquisa e info"^ magOes sobre o esporte; taurantes e, finalment®' um estacionamento propri" para 1.500 vei'culos.

O campo de atletismo s®' rd 0 primeiro item a fic®^ pronto no projeto, dentr® de aproximadamente nov® meses. Muitas autoridade® compareceram ao langameh' to da pedra fundamental d® Vila, entre as quais o prefe'' to do Rio de Janeiro, Mat* celo Alencar, o Ministro d® ^ Educagao, Marco Maciel, e o Presidente da FIFA, JoSO Havellange.

^ '^orrsoUdagSo de uma nova ponacional de seguros.

Q trabalho da Fenaseg, detalhan° SolicitagSes de todas as areas do "rereado, foi considerado pelo presi^®Rte do IRB, Jorge Hilario Gouveia Vieira - em entrevista exclusiva a Revista de Seguros de abril -"como dos primeiros passos para o dia^090 amplo que devera ser aberto com a iniciativa privada". "Para que ®ste importante setor da economia se ajuste as novas realidades nacionaisactescentou — uma s6rie de mudannecessdrias, devem inccrporar-se ^ poh'tica de seguros."

Tal didlogo, contudo,s6 se efetuasegundo o presidente do IRB, a Partir do momento em que todos os ^agmentos do mercado, atraves de entidades representativas, sejam °*rvidos."Os diagndsticos, reivindicagbes, opinises e sugestoes constitui^ ° 0 material bdsico de uma nova poh'tica de seguros, capat de concias aspiragSes e tendencias do se^ oom as dlretrizes gerais da poh'ti

Vieira;nova poUtica de seguros ca economico-financeira do Cover-

Segundo Jorge Hildrio, 0 novo Presidente do IRB, esta nova postura teve ini'cio "no momento em que os representantes da iniciativa privada se coordenaram, atraves da Fenaseg, para a apresentagSO deste documen to, que detalha e registra a proposta de todas as areas do mercado para a adogao da nova poh'tica de seguros".

0 QUE FAZER

Dividido em quatro partes, 0 do cumento recomenda, em sua abertura, que, numa primeita etapa, "a adaptagao da poh'tica de seguros a nova realidade institucional do Pais exige, alem da reordenagSo da estru-

Na area do resseguro, a qual 0 documento reserva a primeira parte, 0 equacionamento da configutagSo do IRB, propondo-lhe uma nova estrutura organizacional e administrativa; 0 regime operacional do IRB; a queslao do resseguro-inclndio; a questSo das comissSes de tessegutoincendio; a compatibilizagSo entre fluxos contabeis e financeiros; a regulagao de sinistros e a capaddade* retentiva do mercado.

Na area da retrocessao, a mudanga do regime de operag6es. para o qual se propoe a reformulagSo do seguro de cr^dito a exportagSo; a alteragSo do regime de cobertura de assistencia m^dico-hospitalar no segu ro de danos pessoais causados pot vei'culos automotores (DPVAT); a melhoria do processo de comercializagao e a alteragao radonalizadora de itens do regime de cobranga de prdmios.

Nas outras areas, das quais se ocupa a parte final do documento, prop6e-se uma reformulagSo, para melhor, do aparelho fiscal do Sistema Nadonal de Seguros Privados, bem como a adogSo do exercido financeiro semestral nos demonstrativos fi nanceiros das companhias de seguros.

RESSEGURO

Quanto a configuragSo do 6rgSo

30
'A
suas miUtiplas ins-
REVISTA DE SEGUROS
''^''WADE SEGUROS
no
FERNANDO COUTO
31

Al.e.f6es „„ d.

ressegurador, diz o documento que, na sua estrutura patrimonial, o IRB ^ uma sociedade de economia mista. Entretanto, no piano juridico,6 uma entidade "sui generis", que nSo se enquadra em qualquer dos modelos organizadonais tipicos, definidos no direito brasileiro. NSo 4 uma autarquia, uma empresa piibUca ou uma soaedade de economia mista, como definidas pelo Decreto-Lei n9 200/ 67. Tamb^m nSo 4 uma sociedade anonima.

Assim - prossegue o trabalhoo primeiro e mais importante passo para que o IRB adquira apropriada estrutura organizadonal e administrativa 4, sem diivida, enquadr^-lo em um dos modelos usuais de Pes-

soas Juridicas. Pela natureza de suas operagdes, ti'picas do setor privado, o modelo mais indicado para o IRB d o da sociedade anonima, com ca pital misto.

Desde a criagSo do Instituto. a es trutura da entidade teve como instancia superior do processo decisdrio um colegiado: o Conselho Tdcnico, com representagSo paritiria dos acionistas, ou seja, do setor pjiblico e da iniciativa privada. Estendia-se assim, ao piano administrative, o carater mlsto que a sociedade sempre teve no piano economico.

For inadequada e imprdpria interpretagSo do Decreto-Lei n9 200/67 o Conselho Tdcnico do IRB foi transformado em orgSo de consulta e as-

sessoramento.0 art. 177 daquele di ploma legal havia atribuido esse cara ter aos .. conselhos, comissSes e outros orgaos colegiados.. que contassem .. com a representagao de grupos ou classes economicas diretamente interessados nos assuntos de sua_-cempetencia.. sempre que aquela representag^o correspondesse numero de votes superior a um tergo do total, Com 0 avango do intervencionismo estatal, ampliou-se cada vez mais o grau de regulagao da economia. E, no exercicio dessa atividade reguladora, 0 Estado passou a convocar para seus conselhos comissSes e outros colegiados(de autarquias e or gaos da Administragao Direta) represeritantes das classes econohiicas. 0 objetivo era o de captar a experiencia e 0 conhecimento do setor priva do, 0 cabedal acumulado pelos que tinham a lida e a vivencia das atividades sujeitas a regulagSo estatal. Foram esses colegiados o enderego certo do disposto no art. 177 do D L. n9 200/67, pois a eles entendeu" se que nSo seria proprio, num regime mtervencionista, conferir poderesdeliberativos, mas fungees de consultona e assessoramento, enquanto tivesse peso na sua composigSo a representagso de classes diretamente mteressadas nas mat^rias de sua competencia.

Clara e oertamente. aquele dispositivo legal nSo se ocupava das sociedades de economia mista, nem a estas tmpunha uma regra. Se o fizesse, es-

de seguros

violando direitos de acionistas. parceiros do Poder bco no capital da empresa, ticondigso legitima e inegdvel a se fazer representar na admitragao da sociedade a que se ligam pelo vinculo direto da participa*?aoacjonaria. 1

Assim, independentemente da transformagSo do IRB em sociedade anonima, afigura-se certo e necessario que sera de inteira justiga e de ex treme importancia a recondugao do Conselho T^cnico a posigdo e fungOes que sempre teve na estrutura da entidade.

REGIME DE OPERAgOES

Ainda em sua parte inidal, destaca 0 documento que, desde sua fundagdo, o IRB adotou um regime de resi seguro com dupla caracteristica: o monopdlio e a n'gida tmificagSo de pianos.

"rocracm e evita exci recorde usivas Para ^"as vantacens

Segurcros

32
REVISTA
IJauyida.
o2'"^39'ne niuitos.
^"'t^cinfn.^odavida, DaviHa uvid,,7j
otljg^ida

Se, de ini'cio, tinham fiindamento e conveniencia, Ja hoje essas caractensticas estao destitui'das de atualidade. n5o mais se ajustando ao novo perfil e ao quadro de exigencias operacionais do mercado segurador. Na presenfe etapa evolutiva, bem mais indicadp e o regime em que:

a) haja compatiVel e razoavel margem de operagdes de resseguro entre empresas seguradoras;

b)haja margem, nas operagoes com 0 IRB, para que a cobertura de resseguro seja talhada Cfai/or-made; em fungao da carteira de cada Companhia, cada qual com sua area e configuragffo tdcnica proprias.

Regula^Ao de sinistros

A aceleragJo do ritmo das regulagSes e liquidagCes de sinistros 4 objeto de pretensao geral, a comegar pelos proprios segurados. Segundo trabalho dos seguradores, nos riscos sinistrados, em que ha cessSo de res seguro, ainda hoje nao 6 satisfatbrio, no process© de regulagSo, o grau de participagSo das companhias de seguros.

Ha, sem ddvida, urn desnecessario indice de concentragao da atividade do IRB nessa drea,sobrecarregando a entidade e, per isso, afetando o seu desempenho em termos de prazo madio das regulagbes. Assim,no interesse geral do sistema, e sobretudo no mteresse dos segurados, ha necessidade de maior dispersao das tarefas de regulagSo, conferindo-se maior grau

de participag^o e de autonomia as , rompanhias de seguros.

RETROCESSAO

Toda asegundaparte do documento dedica-se a area de retrocessdo, cujo regime de operagoes mais apropriado deveria ser o de Consorcio In tegral, com a partidpagao do IRB e das companhias de seguros. Esta uni-

Na area de retrocessao - que ocupa toda a segunda parte do documentoo regime de operacdes deveria ser o de Consorcio Integral, com a participacao do IRB e das seguradoras. Till uniflcacao resuitara no equliibrio tecnico das operacdes

ficagao, agregando numa so as atuais faixas de resseguro e retrocessSo, dari ao conjunto dimensdes mais adequadas ao equilj-brio tecnico das operagoes, entre outras vantagens. Quanto ao critdrio distributive, a Fenaseg sugere que ao IRB caberia avaliar e fixar sua quota de participaqSo nos consbrcios, bem como apresentar urn detalhado crit^rio de calcu-

Pata a fixagso da partidpagao das companhias de seguros. Reivindica a classe seguradora, tambbm, a aboli?ao do regime de retengao(pelo IRB) de reservas e fundos de retrocessbes constituidos^pelas companhias de se guros.

OPERATORS DE SEGUROS

. A terceira pane 4 toda dedicada a drea de operagbes de seguros e, nela, o documento propbe o seguinte:

1. Ramo Crbdito a ExportapSo

A experienda recente das opera gbes de Consbrdo do ramo,registrando elevados e crescentes ddfidts, p6e em eviddnda o imperative de uma racional e ampla reformuIagSo do seguro de credit© a exponagSo. Ha urgente necessidade de aprofundar estudos que permitam apropriado dimensionamento de coberturas e taxas, bem como o aperfeigoamento de praticas operadonais, com vistas a melhoria do underwriting e a maior efidencia na regulagSo de si nistros - elevando-se,emconseqUencia, o padrSo geral de desempenho do seguro, em proveito dos prbprios se gurados.

2. Ramo DPVAT

O INAMPS mant^m vasta rede de estabeledmentos, prbprios e conveniados, para a prestagso de assistencia mbdica a seus segurados. Por isso, REVISTA de seguros

taro tamb4m da atendimento, o ais das vezes consistindo em ser?os de pronto-socorro, a vitimas de entes de transito, cobenas pelo seguro DPVAT

esn^- addentes daquela rift "lesmo quando contribuintes -g primeira linha

DPVAT seguradoras de tabel 'ri °Emite regulamentar es° as despesas com o ^^stamentodelesoes.

^ implantagSo cuidou ® INAMPS nao ^tuir es^*^ condigbes de inspresl^ri^"^. s^rvide tfgjj. vitimas de addentes ^stidas^^*'" vitimas,quando asP®9avam ao

bolsar ri' ® '<las companhias de seguros. Pontft"? l^ssivelmente seria, do oomnl ^ administrativo, mais

de ® formula mais vidvel Tal f6rr^?^ ^ companhias. IT?"

cm!?? ^®soviginci T ® colocou 1980 ^ dezembro de

Nos addentes de transito,limite para o reembolso dos contribuintes do INPS parte dos gastos que incorre com o atendimento das vitimas de addentes de transito.

Impoe-se a necessidade de ser estabelecida, com a possivel brevidade, uma fbrmula capaz de conduzir a definitiva soIugSo do problema. Uma das id^ias jd expostas pela classe segu radora d a de transferenda, para o INAMPS, da prbpria cobertura de assistenda mddico-hospitalar.

®squem mesrao a esdiretaT de coA companhias de segu^"^tessa Qul algum

^""'ando INAMPS, con^®scoberto em boa

O seguro 4 um produto sui gene ris, com um processo de comerdalizagdo que se reveste por isso mesmo de caracteristicas espedais. Se o ex cess© de regulagSo e intervendonismo estatal exerce influenda inibido-

ra na comerciallzagao de todo e qualquer produto, no caso do seguro esse mecanismo de bloqueio desenvolve e alcanga maior capaddade de agao: desestimula o exercido do poder de inidativa e de criagao na oferta de novos e mais aperfeigoados produtos; sobretudo retarda e toma menos dgels a assimilagSo e o atendimento de novas tendendas assumidos pela procura.

Nas drcunstancias atuais, e como primeiro passo para um regime capaz de tomar a oferta de seguros mais dinamica e mais ajustada as potendalidades do mercado brasileiro, sugere-se:

a) que as seguradoras tenham a faculdade de, isoladamente ou em conjunto, fixar condigbes e taxas para se-

k
SEGUROS
3. Melhoria da Comerciallzagao
35

guros nSo obrigatorios, dentro de suasretengaes,estabelecendo-se,paralelamente, procedimentos simplificados para o cosseguro, ou mediante a utiJizapao de resseguro intemo, para esse fim transformando-se as tarifas atualmente existentes em tarifas de resseguro;

b)que as comiss5es de corretagem e demais custos de comerdalizagSo deixem de ser objeto de regulag^o, pois a experiencia prova e deixa patente que o efeito prdtico e liltimo do processo normativo d o de padroidzar aquelas comissaes, em flagrante cheque e desacordo com as leis naturals da economia de mercado;

c) que se promova generalizada revisSo tarifdria, objetivando a adequagdo de taxes a realidade estatistica em matdria de custos de riscos, podendo-se, a propdsito, exemplificar como hipdteses de redugdes de atuais niVeis de tarifa os casos de seguros de incendio e de Lucros Cessantes; e como hipdteses de majora?5es OS casos dos seguros de Cascos Maritimos e de Crddito a Exportagao;

d)que 0 regime de livre fixagao de taxas e condigaes seja complementado com a adogio gradual de normas condizentes sobre a margem de solvencia, a ser observada nas opera?Oes das seguradoras, levando-se em conta fatores como a sinistralidade e Smbito geogr^fico da atuagSo da emPresa.entre outros;

0) qua seja restabelecido nos segu-

I Segufo de Cqscos

busca por solucdes d .ALBERTO

meira das quais propondo uma reformulagao do aparelho fiscal do Sistema Nacional de Seguros Privados, tomando-o dotado de condigdes para um melhor desempenho. "Este, certamente, quanto mais voltado para -uma agSo orjentadora e preventiva. tanto mais serd proveitoso para o Sistema e, em ultima analise, para 0 public© segurado".

Em si'ntese, ha necessidade ae reestruturagSo e reaparelhamento da Susep, 0 que implica a disponibilidade de recursos financeiros.

Seguro incendio;revisao tarifdria

ros de pessoas (Vida, Acidentes Pessoais e Saiide) o antigo e tradicional incentivo do abatimento de premios na renda bruta do conttibuinte do imposto sobre a renda, por ser este um tratamento tributario que entranha bem menos um incentivo e mgjg um princi'pio de justiga fiscal;

f) que 0 mesmo tratamento fiscal seja estendido aos premios dos de mais seguros feitos por pessoas fisicas, ja que tal regime prevalece para as pessoas jun'dicas, nSo havendo razSo para se manter o que 6 discriminatorio.

sugestOes

A parte IV, final do docuraento trata de "Outras SugestSes", a prf!

O Imposto sobre Operagdes de Se guros, antigo Imposto sobre Operagoes Financeiras, tern exatamente a finalidade de gerar recursos para o custeio das atividades que estSo a car go do Estado, no setor de seguro. Estima-se que aquele tributo, no ano passado, tenha produzido receita fis cal da ordem de Cr$ 57 bilhdes, ai localizando-se apropriada fonte de re cursos para o custeio das atividades da Susep, exercidas em niVel adequado i importancia do papel conferido a entidade.

Fuializando, o documento ainda reitera a reivindicagSo da Fenaseg de que passe a ser semestral o exercicio fmanceiro das companhias de seguros e, no piano do aperfeigoamento do prwesso contabil, destaca a conveniencia e atd mesmo o imperative de que as autoridades examinem, para uma decisSo final sobre o assunto o projeto de Piano de Contas montado pela Fenaseg e encaminhado recentemente a aprovagao da Susep.*

REVISTA de seguros

e bastante profundidade f I

ao tem quinze anos que o _ Seguro de Casco no Brasil foi nacionalizado, com a implantagSo de um esquema de piotegSo de carteira do tipo "excesso de danos," em substituig£o aos contratos de resseguros proporcionais com o exte rior, que mais se equivaliam a operagao de fronting, face a pequena capacidade de retengao das empresas seguradoras e do IRE (Institute de Ressegtiros do Brasil). E certo que, para se chegar a esse estagio de desenvolvimento, a implantagSo do parque naval brasileiro foifundamental, pois expandiu a frota mercante e propercionou um volume sempre ciescente de negdcios.

Antes, no periodo pos-guena atd OS anos 60,os seguros de navios etam colocados diretamente no mercado ingles, sem qualquer partidpagao brasileira na transagSo. A frota nacional, na ocasiSo pequena, limitava-se as embarcagSes da classe Cimavi (excedentes de guerra), vendldas ao Pai's pelos Estados Unidos como parte da chamada "Poh'tica de Boa Vizinhanga". A navegagdo de longo curso e a grande cabotagem eram feitas apenas pelo Lloyd Brasileiro e pela Companhia Nacional de Navepgao Costeira, 0 processo evoluiu e adotou-se, em seguida, uma apdlice brasileira, que ftmcionava com a partidpagao de se guradoras estrangeiras, na forma de coseguro, mais tarde substituido per uma cobertura total, com resseguro

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A
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proporcional no exterior, antes de se chegar a atual forma. A experienda gerada pelos seguros de naWos Cimavi, entretanto, permitiu ao nosso mercado atender a demanda de coberturas dos primeiros cargueiros modemos, saidos dos estaleiros nadonais e provenientes de importagoes.

Com a nadonalizagao do seguro, o mercado segurador passou a admimstrar livremente as taxas de prenuos,exceto nos riscos de guerra e de greves, instalando-se no IRB uma comissa-o especial, com a participagao da Fenaseg e dos armadores, posteriormente ampliada com a entrada de representantes da Fenacor e do BNDES. Al^m disso, exigiu a apareUugem de nma estrutura propria de

A nadonalizapao do seguro implicou a

UquidagSo dos sinistros, necessidade que foi suprida com'a criagao da Brasil Salvage e de urn quadro de reguladores credenciados pelo IRB, substituindo, respectivamente, as atuaqOes da Salvage Association, de Londres, como vistoriadora, e dos reguladores estrangeiros.

A obrigatoriedade de os navios com bandeira brasileira realizarem seguros no mercado intemo representou, sem diivida, um grande avango, mas ainda precise ser aperfeigoada. E que, para atender a navegagao de Iongo curso, preocupada com o pagamento de reparos que predsam fazer no exterior, bem como com as responsabilidades perante terceiros, cobertas pela apolice de casco e exigi-

livreadministragaodopremio

veis em moeda forte, explica Edson Jeronymo, Superintendente de Mer cado da Brasil Salvage, as companhias seguradoras passaram a conceder coberturas em dolares. A medida, esclarece, resguardou os interesses dos armadores, mas trouxe sdrias distorqfies que sa'o responsaveis, mais que OS aspectos fisicos da sinistralidade pelos resultados desfaVoraveis da carteira nos liltimos anos. Jeronymo revela a razSo:

- A condigSo essencial para a exeqtiibilidade da cobertura em ddlares obviamente, que o premio seja pago na mesma moeda. No entanto, o que ocorre, na verdade,4 que,embora o armador seja obrigado a efetuar uma operagSo de fechamento de

0 cheque pago em ddlares a seguradora 4 encaminhado ao Banco ^®nttal, por intermddio do IRB, que evo ve ao mercado seu equivalente cruzeiros. Isso cria dificuldades, que as reservas de riscos nao expi^ sinistros a liquidar sao d sbtuidas em cruzeiros para atenem moeda for8os as empresas prejuider ® variagao cambial exceapIicagSes das ocorreu quando das Verno °'^';des feitas pelo Go-

®®guros dos navios de caboein ^ ^®^2ados, obrigatoriamente, fatoj. lacional, segundo ele, o "NSo h contra o segurado. ^bial"''^"'^^ clausula de corregSo segurado ^Portanda Permanece estatica, toman®obrir^ ®^rto prazo,insuficiente para P''®J"^'2os do armador e/ou

Derrf. ®ventualidade de uma sula Aplicando-se tal clduva, era contrato, obser° equivalente, valor fixado para o ao^!!- *10 ini'cio do seguNo entari ^ sinistro. gSQ fo ^ ° Pi'ocesso de liquidat" ®bla rt a eficacia da clau'■ da, cambial fica reduzij pen'odos de ' refere

®®berta°^ Perciais e outras despesas I ^ seguro,assinala, OSefei-

Nos seguros de navios de cabotagem, a inflagao age contra o segurado var a carteira a uraa situagSo de im- tos da desvalorizagl!o monetclria sSo mas graves, do ponto de vista do ar mador, pois esses custos sdo ressarcidos por seu valor original, ja que ndo ha qualquer forma de ajustamento da indenizagSo, mesmo que exista na apdlice a clausula de atualizagao cam bial, para fins de perda total.

Ainda quanto aos problemas das empresas seguradoras, pondera Edson Jeronymo, a paralisagSo de muitos navios, motivada pela retragao da economia, causou importante evasSo de premios nos dois liltimos exercicios, agravada pela tendencia de se reduzir as importancias seguradas. Sob a alegagSo de mi situagao do merca do de fretes, os armadores acham que OS valores dos navios estSo abaixo dos considerados nas apblices, frisa, acrescentando que "esse fato pode le-

passe, uma vez que o 5nus com repa ros parciais nao guarda lelagio direta com OS valores segurados, e estes, por sua vez, calndo demasiadamente, toinarSo a receita de premios insuficien te para atender as indenizagSes".

Edson Jeronymo condui que a carteira de casco necessita, hoje, de um exame em amplitude e profundidade, do qual participariam, a nivel institucional, todos os setores interessados. Para ele, um trabalho dessa natureza conduziri, certamente, a uma acomodagao de posigdes e a formulagSo de uma sistematica que permita a manutengao e o desenvolvimento do Seguro de Casco, elemento essen cial para a viabilidade operacional da Marinha Mercante. ir

"nV • uV
Jeronymo;cobertura em ddlares 36
REVISTA DE SEGUROS
t ^"^'^^adesecukos
39

O diabo do cordel nao e

Sabe 0 que mo^o? Deusestd ^em toda parte, mas a gente I nao ve, n^o ouve, quando muito a gente sente. E o Diabo tamb^m esta pra todo canto, s<3 que esse a gente pode ver, ouvir e sentir, inda mais 0 cheiro. Deus ve tudo, ouve tudo, pode tudo e nao precisa se mexer, viu? Entao flea la no cdu,com o Filho sentado a sua mac direita. Ele tem uma legiao de santos e anjos trabalhando, cuidando do seu rebanho. Depois que o homem e a mulher foram expulsos do parai'so, Deus deixou a gente de lado, cada um devendo e pagando, cuidando de resolver seus problemas. Ganhar o ceu e mais do que ganhar de volta o parai'so terrestre. A gente ^ que tem que fazer forga e se agarrar nos santos e anjos e com a Virgem Maria, pra ganhar a salvagdo. Com o Diabo 4 diferente: per mais que a gente apronte aqui na terra, o amor de Deus 4 tSo grande que basta um olhar de Nossa Senhora e nossa alma estara saJva, E s6 a gente ter um arrependimento sincero que fica livre da chama etema. EntSo o Diabo nSo pode ficar \i na dele, esperando a perdigao das almas. Ele tem que trabalhar todo dia, como o ho mem, pra tentar veneer a luta dele com Deus. O Diabo ja foi anjo e sabe que vai perder sempre; mas por isso mesmo 4 que ele luta, qualquer um que ele ganha 4 uma grande vitdria.

Essa 4 a longa explicagao que o cego Enoch Soares me da na feira do Alecrim, em Natal, para o Diabo aparecer mais do que Deus nos versos de cordel. Deus e o Diabo fazem parte do dia-a-dia, da realidade nordestina. Mas Deus estd distante, embora sem pre presente; e o Diabo 4 palpavel. quase humano nos seus vi'cios, fraquezas e defeitos.

Como OS folhetos s5o escritos principalmente por poetas populares nascidos no interior e o publico-alvo

^ o seu semelhante, os versos e os temas refletem a formagao cultural do autor e dos seus leitores ou ouvintes.

Produto e reflexo do meio rural nordestino, o cordel 4 cheio de Deus e

do Diabo como o prdprio homem da terra^Pqbre, desassistido, quase sem educaqSo, sem acesso ao consume que a'sociedade capitalista e selvagem vende como sinonimo de felicidade, esse homem levanta os olhos para o c^u e reza, pedindo, porque ele s6 tem duas esperanqas; ganhar na loteria esportiva ou ser ouvido por lun santo que Ihe diga am^m.

O censo dira que a maioria 4 catolica, que ere em Deus. Mas na realida de a religiao do povo 4 cheia de superstigoes, eminenteraente sobrenatural e mistica, onde santos e anjos formam a Corte Celeste, onde cada um 4 um pequeno deus capaz de exercitar, por conta propria, poderes que aplacam as fiirias da natureza, afastam mau olhado e azar, desentortam a linha da sorte e do destino.

E Deus?

Volto ao cego Enoch: Deus e assim como o dono da ter ra. Os santos trabalham duro dando diaria, tergo ou cambao.E nSo 4 ficH falar com o Senhor. Mais vale a gente se agarrar com algudm mais humilde.

No caso: os santos e anjos. E notem que cada santo tem la a sua especialidade, seu interesse maior, seu campo de influencia. EntSo ha um santo a quern se pede para chover, outro a quern se reza para que nos livre das cheias, um advogado para os endividados, um veterinario que cura

®urandeiro que sara Ou cobra e mais um santo ®

® raorrer. E cada de santo ^ to do ^ ^ ^ santo de reza, ha san ^ Promessa e santo de penitenda sofreii^'

nsam ba mas pou menta dia ^ '^^s^'^ralizagao au '^ordestijio^ religiao do ca desernno^ ™®rarquia catblica nun

Portante P^P®!r"tiito im pre foi olh ^ o bispo sem da elit ^ °^^^o um representan

Ptilista ° padre seja um poetras errastar a multidao demonstragoes de ccdsas ® igualdade, de desapego as alto console!),

■^^fi'oio '^® capacidade desa^"® um^' fazendo com

^®iiado ^

^®rrganada ^ rnuletas, uma de'^°''ainent medicos encontre °centra, ^ ®^®gria deviver (e de ser Avid ®^^^®"?®®sgerais).

^90 as c ® ^9reja, o desa®os ® f'«i®lida'^®sfavor«.Jj' ° emfavordos no

Ponto do povo. Mas ' ^^gaL ^anhos com ^"^rias tid° ®®®rr§ncias extraor®on>o milagrosas. Foi

assim com Padre Cicero, 4 assiin com Frei Damiao.

Padre Cicero era intimo de Deus, como conta Olegario Fernandes:

"Sabemos que o Padre Cicero foi um grande conselheiro tinha boas intimidades com nosso Pai verdadeiro por esse meio remia toda classe de romeiros."

E quern acreditar nao ha de, se temos exemplos de pessoas que nao acreditaram na forga do Padim Cigo e foram castigadas, como o fDho do fazendeiro que virou cachorro ou a

moga rica que ficou pobre e virou co bra, por falar mal do "primeiro san to brasileiro, imaculado patriarca fundador de Juazeiro"?

Fortes tambem, no time de Deus, sao OS missionarios capuchinhos, as "santas missdes" que ha 140 anos percorrem as cidades nordestinas vendendo uma imagem medieval do in ferno com fogo e enxofre e tortures tao tern'veis que devem ter servido de inspiragSo aos diabos soltos na terra. Pecado e penitenda, esse parece ser o resumo da vida do homem. Assim foi, assim tem sido e assim 4 para Frei DamiSo. Como informa Francis co F.Motta:

LUIZ LOBO
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Aulor: luip Cn;!,! Peleja dum Embolador de Coco com o Diabo
REVISTA DE SEGUROS
^ SEGUROS

"E 0 seu nome complete Frei Damiao de Bozano sangue real da Europa legi'timo italiano perp^tuo religiose veneravel frandscano."

Pregando noite e dia, do literal ao sertio, retirande a humanidade do antro da perdig^e, o seu aspecte i de santo, seu ceragSo tern temura, "6 sem diivida um enviado, do filhe da virgem pura". Acenselha os viciados, perdea os arrependidos, condena os amasiados. Simples, humilde, bondose.

Pio Gionette, alias Frei DamiSo, desde 33 viaja pelos sertCes ameagande com o diabo.

Bom e severe, pure e ameagador, humilde mas forte bastante para expulsar OS vendilhOes do templo, DamiSo tem at^ estitua, em Souza, na Parail^a, e,juram, ele faz os paraliticos comegarem a caminhar, cego oomega a ver, paralitico a andar, "aleijado dd salto sem na muleta pegar".

Quem ndo esquecer a ira, o orgulho, a gula,a preguiga,a luxdria, a avareza e a inveja, quem n5o fizer muita penitlncia, muita caridade e muita oragSo, nSo tem salvagSo: 4 a danagao, cai na mSo do Diabo. Se antes nSo virar macaco, bode, cobra ou bicho nojento, sendo obrigado a arrastar-se

de Celhele Uiulnde per xUecraran. atd o Juazeiro era romaria, onde Frei

DamiSo 4 quem dd o perdSo. E a literatura de cordel esta cheia de "exemplos", onde o protestante d sempre apresenudo come "jagungo deLiicifer".

Na verslo dos poetas populares, o protestante sabe muito da BiTjlia para disfargar, para enganar, porque a Biblia "deles","aldm de falsa, d truncada", d "biljlia falsificada, de livro faltado seis", como estd na Djscussdo de Manoel Camilo com um protes tante.

Ultimamente, no entanto, a imagem dos protestantes tem mudado (para melhor) junto ao poeu popu lar. Tanto que a Virgem Maria inter cede por um protestante que bate as portas do cdu: "ele foi bom e foi

puro, estava d desinformado". E consegue salvar uma alma "que nSo era [' absolvida". • . '

.Sinai dos tempos, quando os ro mances de santos ja nSo tem mais tanto piiblico e quando a BiTjlia quase deixou de ser fonte para novos ver sos de cordel. Sinai dos tempos, ^ quando atd o Diabo perdeu muito da sua impondncia, da sua forga, da sua inteligencia, e vive sendo surrado, atd mesmo em seus dominios, por cantadores, poetas e mais uma nima de gente que jd nSo tem medo de enfrentd-lo. '

0diabo nSo d mais aquele.

Antigamente o trago mais caracteristico do Diabo era a sua maldade. Hoje, ao que parece, e como ele mes mo afirma (e Pedro Jacob de Medeiros confirma), o mundo caminhou tanto na perdigSo que d

"mulher deixando o marido andando nua na praia com vestido decotado no uso de minissaia a correr atrds dos homens ouvindo pilheiia e vaia.

Houje a causa d diferente ^ aparece em quantidade '' caminhOes superlotados na minha propriedade quando estou de saco cheio n&o aceito nem a metade."

^^uele Diabo do Novo Testade t "d ^ todos OS vi'cios,senhor tade°K°^ Pscados, medieval, me-

tant? ° tivei a iis ^ nian, imbacom a in Cruz, valiin nome de Maria, forga Espirito Santo, ^ivina ^ "^^sus ou misericordia f®mpo a mats. De algum atd si^^^ f^te o Diabo tem leva- do Lampi^^' aconteceu quanfurantio ^ ao inferno,inauPot nieios veneer o Diabo ® '®r Co alguma lentia, na 6^^°" na va^''tProvisar ^ oapacidade de {que Q *®rsos, nas adivinhagQes tParndria o^ama charadas), na Ventar oapacidade de in9anado ® ^®® enPact homens com quem asoobrat depois nSo consegue

^ que ffoando velho esse Dia- ®'n conda^^'^'^' ® tempo dico a •^^ tnoda e os modos,pudeclara. "m Diabo que

®qui diante eu nSo quero quadrilha,

Came Seca e Zd da Ilha, o caso de Mineirinho d com Maria Padilha/^

Para onde ira, agoia, toda essa gente que o Diabo n^o quer no infer no porque d barulhenta, mal-educada, facinorosa? Que hd coisa pior que 0 inferno, desconfiavamos n6s hd muito tempo. S6 faltava o prdprio Diabo confirmar. E ele confirma, nos versos de Pedro Jacob: Discussao de Roberto Carlos com o Diabo.

"Se voce encher meu saco e as folhas do meu cademo eu mato todos galinhos que tem aqui no infemo queimo a roupa e os sapatos de todos seus subalternos.

Queimo o almoxarifado a farmdda e padaria queimo a fdbrica de redes OS paus da carpintaria, tdo cedo aqui no infemo ningudm faz mais esquadrias."

Queimo tudo que houver Id pela alfaiataria, a fdbrica de califon toda aquela porcaria esta podre indumentaria que tanto o povo aprecia.

Acabo com a plantagdo de cenoura e de tomate quem se meter a valente entra no meu bacamarte desgraga pouca pra tnim d cafd com chocolate."

0 Diabo responde quase choramingas, saudosista, falando mpsmo como um velho, que "no meu tempo nSo era assim":

No final da discussdo, Roberto Carlos puxa o argument© definitivo, ameagador, realmente infemal,digno das mdos brancas da vida:

"Lucifel ndo adianta voci fazer discussao, que depois que esquentar ningudm agilenta o rojao eu chamo o esquadrao da morte e fago liquidagao."

Ao que o Diabo, apavorado, res ponde, entregando os pontos;

"Roberto nSo faga isso que eu considero perdido falou em esquadrJo da morte eu perco logo o sentido pode fazer o que quiser me considero vencido."

No processo de dessacralizagcfo do Nordeste, o Diabo, positivamentei nSo d mais aquele. ir

Juquin Biliiui de StBi bo debatk oo ?m DE ROMA COM ROBERTO CARLOS
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REVISTA DE SEGUR08
SEOUROS
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Bismarck revela toda a verdade sobf P''®vldencla estatai

|H|Hprewc/e/]cia estataJ nao goza

ETde boa leputaqio. A proteqio ^social custa muito caro e, segundo alguns, deveria serprivatizada. Mas OS franceses, pelo menos todas as pesquisas assim o indicam, ainda nao se mostram dispostos a renunciar ao que acreditam ser uma conquJsta do Front PopuJar (Governo Sodalista de Leon Blum). Poucos sabem que a ideia de um sistema estataJ de protegao se deve a Bismarck, que, no entanto, sempre foi um dos maiores im'migos do socialismo. "Science & Vie Economie" soUcitou uma audiencia ao Chanceler de Ferropara esclarecer esse curios.o paradoxo. A segut, a exclusiva e insolita entrevista.

SCIENCE & VIE ECONOMIE -

Todo mundo sabe, Chanceler. que o senhor foi o artifice da unidade alema e que conseguiu fazer do seu pai's uma grande potencia economica e rnilitar. Esquecem, entretanto, que o senhor tem no seu ativo a criagao das primeiras entidades de seguro social.

OTTO VON BISMARCK - E ver dade. Os meus biografos n5o se detem sobre a minha politica social. E uma pena. Tenho muito orgulho de ter inovado nesse setor e de ter aberto um caminho pelo qual logo enveredaram a maioria dos demais parses da Europe. Institui. em 1883, o se guro doenga obrigatdrio e, no ano se-

guinte, um seguro contra acidentes de trabalho. No ini'cio, esses dois seguros so cobriam os operarios das f^bricas. Entretanto, n5o tardaram muito a integrar os empregados e os camponeses. As caixas de aposentadoria que criei, em 1889, para os enfermos e os velhos, completariam o dispositivo. A ti'tulo de comparagSo, lembro que voces, franceses, so instituiram a assistencia medica gratuita para os indigentes em 1893 e foi preciso esperar at^ 1910 para que a sua legislagao social previsse um verdadeiro sistema de aposentadorias. Os ingleses nSo foram mais rapidos do que voces.

S & V ECONOMIE - Mas o se nhor nao pretende dizer que inventou a protegao social!

O. B, - O senhor e bastante impertinente. Se eu fosse vivo, ja teria dado esta entrevista por terminada. Para dizer a verdade, eu nem o teria recebido. Nunca morri de amores pelos plumitivos como o senhor, mas ainda assim vou Ihe responder, dando uma pequena aula de Histdria.

At^ a minha epoca, a assistencia social era assunto que so dizia respeito as comunidades religiosas. O Estado nada tinha a ver com obras de caridade. Quando intervinha era, principalmente, para defender a sociedade contra os miseraveis. Geralmente, as medidas se limitavam a internar os mendigos. Ao longo dos seculos, a realeza tomou algumas medidas, es-

poradicamente, para recompensar servidores e amparar invalidos de guerra, porem jamais se cogitou de transfe'rir para .o Estado a responsabUid^de pela sorte dos menos favorecidos. Jd no seculo XIX, so se falava em liberalismo.

A se acreditar nos teoricos da mi nha epoca, a ideia de previdencia estava ligada ao proprio conceito de iniciativa individual, privada. Criaram-se muitas companhias de seguros, caixas economicas e montepios para atender a essas necessidades. Com a industrializagao, as caixas beneficentes (sem fins lucrativos) tambdm se desenvolveram, mas esse tipo de sistemarepresentavaumperigo; reforgava a solidariedade operaria. Nes-

O homem de ferro

^ TTO VON BISMARCK

nasceu na Prussia, em 1815, filho de uma fami'Iia de aristocralas luteranos. Estudante em Gottingen, mais tardeproprie- tirio rural, langa-se na poJi'tfca, em 1847. Prfmeiro-Mmfstro, em 1862, luta pela unificagio da Alemariba em torno da Prussia. Apds a vjfbria contra a Franga e a procl^agao do ImpSrio, em 1870, Bismarck, sagrado Pn'ncipe, consolida o seu poder, Sd deixard o posto em 1890, pouco depois da ascensao de um novo imperador, Guilherme II, Morre em suas ter ras, em 1898.

sas

dencia- das'minas e das fundigoes. So fiz organizar e generalizar os sistemas de assistencia ja esbogados em peque na escala.

S & V ECONOMIE - Tem certeza de ter decidido tudo isso por sua propiia conta? Nao tera cedido a pressao dos socialistas?

com essas duas tentativas?

'es. nSo pretendo ter in- ''etitado a * ici ui-

Estado ®sse papel 0 5 consichefo'i^ Erincipe, como um tem-estar a *elarpelo

®^Pregador ^^^^^lano obrigavaos de certr.^^ ^ ^arantir osvencimen- 1e certr. vencimendoeii«g c ^ ®'^P'^®9ados emcasode t. uma Uj 3en.;a E em caso de

a em 1845, °brigat6ria dos

0. B. - NSo misture alhos com bugalhos. Ha mais de vinte anos, ja vinha refletindo sobre os problemas sociais. Na decada de 60 do seculo passado, cheguei a manter correspondenda com Lassalle, fiuidador do primeiro partido socialista alemao. Ele reivindicava o sufragio universal e se batia pela formagSo e cooperativas de produgSo, contando com o apoio financeiro do Estado. Contrariando a panelinha dos socialistas intemadonais que seguiam as ideias de Marx, Lassalle era um autentico prusaano. Na Spoca, estive tentado a adotar uma fdrmula de "cesarismo social", q.ue teria permitido assentar o poder imperial sobre uma base popular, mas desisti desse proposito. Ocorreu que as diferentes correntes socialistas finalmente se aliaram, em 1875, e passaram a constituir uma forga poh'tica perigosa. Longe de ceder as suas reivindicagbes, esmaguei-as. Duas tentativas de assassinate do Imperador Guilherme I me permitiram promulgar leis de excegao e botar os revolucionarios na cadeia.

0. B. - NSo me intenompa, jovem. Um dos terroristas, num determinado momento de sua vida, tinha sido socialista. Para mim, isto era suficiente. A verdade e a moral n£o me interessam: sou um estadista e so os resultados contara. Dissolvi o Rei chstag - (camara dos deputados) e mandei prender os socialistas. Com isso, mantive a paz durante doze anosi Mas n£o era bastante. Era preciso afastar as massas trabalhadoras desses agitadores. Deddi, entSo, em 1880, langar uma politica social capaz de minar a propaganda socialista.

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" Filial; 1 Will
REVISTA DE SEGUROS ir
SEGUROS
S & V ECONOMIE - Entretanto, OS sodalistas nSo tiveram nada a ver
ALBERTO LOPES
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Se criei a previdencia social, nSo foi para ceder a qualquer esp^cie de pressdo e sim para esvaaar os meus adver saries.

S & V ECONOMIE - Como foi acolhida essa poh'tica inovadora?

O. B. - Os h'deres socialistas, que nSo sac idiotas, logo compreenderam do que se tratava. "E precise repudiar", disse um dos seus teoricos, "toda poh'tica que tente consolidar a dependencia moral dos trabalhadores em troca de pequenos benefi'cios ma terials." Durante anos, os operarios de Berlim fizeram pouco de minha poh'tica "agua com agiicar." Mas o

A escalada dosjaponeses

Os investj'doresjaponeses splicaram nos Estados Unidos, em 1984, cerca de 60 bilhdes de ddlares.

t'jegundo oBancoMitsui,com

Lj 70 bilhdes de ddJares de ativos Uquidos fativos nienos di'vj'dasj, sproximadamente, o Japao teria se tornado o principal credorda economia mundial, superando, pelaprimeira vez, os Estados Unidos.

Decidido a se fazer presents nos grandes mercados industrializados e se antecipar a eventuaismedidasprotecionistas, o setor pnvado japones

que importa 6 que os socialistas, que haviam conquistado muitos sufragios nos anos anteriores, perderam muito mais nos anos seguintes. Ganhei a parada. Infelizmente, nSo fui compreendido nem mesmo pelos meus correligionarios poh'ticos. Os imbeds nSo tinham nenhuma imaginagao. Muitos industriais queixaram-se por ter de contribuir para as caixas de previdencia. So faltaram me acusar de ter me vendido aos sodalistas!

S & V ECONOMIE - Mas o senhor nSo procurou faze-los compreender o alcance politico de suas me didas socials?

investiu macigamente no exterior, notadamente nos Estados Unidos, na industria e nos servifos. Assim, a firma Kokan adquiriu 50% do capital da National SteeJ, e a Hitachi construiu uma fabrica de semicondutores, no Texas, no valor de 40 milhdes de dilares. Por outro Jado, osprinci pals fabricantesjaponeses de automdveis instalaram linhas de montagem, a fim de meibor controJar o seu crescimento a longo prazo no mercado americano.

A especulagao com o ddlar, aliada a promessa de taxas de juros elevadas, tamb^m contribuiu para aJimentar 0 exodo puro e simples de capi tals japoneses para os mercados financetos americanos. Em 1984, os fluxos financeiros para os Estados

0. B. - Claro que sim, mas as clas ses dominantes fazem-se de surdas quando pedimos para que abram a carteira, Expliquei-lhes que esse sistema de protegao social era um investimenta vantajoso, na medida em que poderia evitar uma revolug^o muito mais cara! Procurei faze-los entender que a previdenda sodal torna a maode-obra mais maleavel. O trabalhador, que sabe que pode contar com uma pensSo para a velhice, sente-se muito mais tranqiiilo, e muito mais facil manobra-lo!

S & V ECONOMIE — Por que o senhor se opos as iniciativas sodais

Unidos atingiram 60 bilboes de ddJares, ou seja, duas vezes ma/s do que o ano anterior. Esses capitais se destinaram, principalmente, a compra de bonus do Tesouro e de outros ti'tulos emitidos pelo govemo de Wa shington.

Em conseqiiincia, o Japao sofreu uma baixa em suas reserves de cambio e se encontra numa situagaoparadoxaJ, -Apesar de uma taxa de inflagao inferior a 2%, uma taxa de crescimenfo de cerca de 5% e um excedente recorde de 45 bilhdes de ddlares na balanga comerciai, o yen nio cessa de se depreciar em relagio i moeda americana.

Sdence & Vie Economie

Abril de 1985

^0 Imperador Guilherme 11, quando virt?'- ~ '^^diquei toda a minha rio Prussia e do Impe1 fez tudo o quis durante vinte e sete anos, extJI!!' ideias

Ele Ho jovem sucessor.

9^ a P^eocupagSo em se- ciou a ^ Politica social e anun"^308 trabalho aos dopara as horaria dente q^g menores. Eevi<iueria se tomar popular ao ^ tomar popular •^^ssasiw com a adogSo "'"pias. De manifestei-me *^^0 tinho " que o Estado ''®lhadores°ri^'^^"°

0a ^ P°ssibilidades de ga-

P^^®®®^ ®sp®^utes;r esses pre- '"^930 poh'I^ quando asiCdl ° ^®

3s i^v, depois, em Para goaar^ «sponsabUidades

®>do-{i) repouso bem mere-

5 »...

social - Essa previ- - "viciai a - I"""* hoje eni'q. nosagaixa^®'^ "naquiavof ° resultado do

o espanto?

Costumes T, nonhece nada

minb Desde o inihotar^ Parlamentar, ^ M hostilidade

^^ista " nao seria SEGUROS

O perigo esta em toda parte

rXTn a Repufalica Federal Alema, r~IN 20 pessoas morrem, diariarnente, em conseqiiencia de acidentes ocorridos dentro de casa. 82% desses acidentes sao devidos a quedas. 6% dos casos fatais se referem a criangas de baixa idade, que mortem asfixiadas. 5,8% das vitimas sucumbem aos efeitos do fogo.

Todos OS anos, em dois milhoes de casos, OS acidenfe's sao de tai gravidade que acarretam uma imobilizagao

uma razSo para nao lutar contra certas desigualdades mais flagrantes, se, agindo dessa maneira, asseguravamos ao pais a paz social de que ele precisava para se tomar uma potenda. Ainda mais se considerarmos que es ses sistemas de previdencia, por mais desenvolvidos e aperfeigoados que sejam, jamais pSem em causa as bases da ordem social. Devo assinalar, alids, que nSo fui o unico a fazer esse tipo de calculo. 0 General De ^ulle, que tinha grande admiragSo por mim, tentou a mesma manobra poh'tica quando resolveu combater a influencia dos sindicatos e propos desenvolver OS sistemas de participagdo den tro das empresas.

S & V ECONOMIE - O problema

6 que a previdencia passou a fazer

de pelo menos um m&. Depois das quedas, a maior incidencia e a de ferimentos provocadospor objetosperfurantes, pancadas, queimaduras e incidentes envolvendo animals domesticos.

Por sua vez, pequenos consertos domisticos nao deixam de oferecer perigo: essa atividade de lazer provoca, a cada ano, 205.000 acidentes graves.

parte de nossos habitos e a participagao neio teve exito.

0. B. - Sem ddvida, o General De Gaulle ndo foi suficientemente "endrgico" para impor a sua poh'tica. Eu, em todo caso, creio ter levado a melhor. Embora os meus sucessores nSo tenham sabido tirar partido da situagSo para center a investida dos revoludonarios. Mais alguma pergunta? ★ Bernard Kapp

(Ij O Pri'ncipe Bismack, manifestamente, toma algumas liberdades com a Histdria. Todos os historiadores estSo de acordo em considerar que o Chanceler de Feno nSd deixou o poder por sua livre e espontdnea vontade. O jo vem Imperador Guilherme U. desefoso de governor por sua conta, providenciou a aposenladoria do Velho LeSo.*

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0. fi
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Ojovem procurador

'I"® ^ quevoci faznavida?"^l.pergunta o velho general a um jrapaz de pouco mais de vinte anos. "Sou procurador", responde o jovem. "Procurador? Mas onde?"indaga o miJitar. "Numa companhia de seguros," informa o mogo com orgulho. O general balanga a cabega e 0 elogia, julgandoo responsavel pela elaboragfo de contratos de seguros. Nobre ocupagao, sem duvida, sobretudo para uma pessoa tao jovem: proteger os seus semelhantes contra os riscos e as incertezas de um mundo cada vez mais instdvel e conturbado.

O rapaz, encabulado, procurava explicar, mas nSo conseguia dizer coisa com coisa, e o didiogo tomava-se decididamente surrealista. "Mas que diabo", deixa escapar o general, impaciente e nao contendo a irritagdo, "afinal, o que 4 que voce procure?"

O rapaz olha-o assustado e diz, timidamente: "Procuro os contratos extraviados."

No g^nero, s6 aquela dos dois excolegas de coldgio que nao se viam hd muitos anos:

- Hd qu^to tempo! 0-que i que anda fazendo?

— E verdade.Sou jurista.

- Quer dizer, entSo, que acabou seguindo Direito?

— NSo, vivo de juros.

Mas voltemos aos infortiinios do nosso jovem procurador. TSo logo 4 aberto, o processo vai para o departamento de sinistros para verificagSo.

Cintos de seguranca

As vezes, e remetido a um inspetor incumbido de constatar in loco se a realidade dos fatos corresponde as decIaragSes do segurado. Em seguida, 4 classificado ou enviado ao departamento jun'dico, que,' por sua vez, pode pedir vistas a um tdcnico nSo pertencente aos quadros da compa nhia, e so entSo volta a sua origem.

0 passeio pode levar semanas, por pouco que o processo fique parado na mesa de cada um dos funcionarios que tem de emitir pareceres ou simplesmente apor a sua rubrica. E,como nada se parece mais com um processo do que outro processo, p5e tempo nessa procure. ,

Quern diria que, nesses tempos de

lO" Transportes da ■^,^Alemanha pretende apreseninstituindo o ^gatoriodocinto deseguranga

informitica, isso ainda pudesse aeontecer... e logo na Franga! Aparentemente, so mesmo as aparendas 4 qu® mudaram. E, se assim nao fosse, o di* refqr administrativo de nma daS maiores seguradoras de Paris nao ef taria ate hoje, tres anos depois de su® companhia ter-se mudado para novaS instalagoes, procurando localizar 23 mil processoslll Nem por isso, no entanto, se jusO* ficaria que ura general brasileiro s® lembrasse de dizer — parafraseando" Grand Charles - "francamente, esseS franceses nao sao uma gente serial"

(Segundo mat4ria publicada em "L'Express"de 19.01.85) ^

ros A dos bancos trasei- '^osdosautomoveis. A medida 4 considerada indispen99%'/°"' 0 Ministerio, em

°s Passano-gurTga " -

(L 'Argus)

seguro na Russia

a UniSo Sovidtica, o seguro e l^dirigido por dois organismos:

o Gosstrakh ocupa-se dos seguros in-

temos do par's, dos'bens e da vida dos cidadaos, assim como da propriedade das cooperativas e das assodagdes (imdveis, gado, culturas agricolas etc.). 0 Ingosstrakh encarrega-se do seguro das exportagoes e das importagdes da URSS, bem como de outros interesses ligados as relagCes comerciais e economicas da Russia com parses estrangerros. Realize, igualmente, as operagdes de resseguros. Cabe esclarecer que nSo existe qtralquer relagSo de resseguro entre OS dois organismos.

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