T10607 - Revista de Seguros - out/nov/dez de 2007_2007

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m m I cincomeqs ^lacamfend^ps^ ^yiBiPrjometeiSeiihistdnco.Ijj^A
IMAIS:

Que venha 2008!

Mais urn ano esta chegando ao fim e a Escola Nacional de Seguros se orguiha de todas as realizagoes de 2007. Foram meses de intenso trabalho e plena dedica^ao ao mercado de seguros, capitaliza^ao, previdencia compiementar resseguro. Tudo para que os objetlvos dos proflssionals empresase entldades dosetorfossem alcangados.

2008 chegara cercado de grandes e positivas expectativas de todo o mercado. E temos a certeza que estaremos juntos contrlbuindo com nossos cursos, eventos, pubiic^^oes pesquisas...enfim,que continuaremos essa parceriaem pro!do desenvolvimento da nossa industria.

Queremos dividir a sensa^ao de dever cumprido que estamos sentlndo e desejar um otimo Natal e um 2008 de grandes reallzagoes!

www.funenseg.org.br

0800 253322 Das 8h30^ I9h

ENTREVISTA

O secretdrio do MEC, Eliezer Pacheco,fala sabre odesafio de crescersem qualificaqdo profissional

RERSPECTIVASlOnS.

O que OS brasileiros podem esperar do Pai's nas areas de economia,seguro,saude, transporte e meio ambiente

regulamenta<;aq

Os nichos do mercado que podem deslanchar no ano novo com a adogao de regras estdveis e acessi'veis

RESSECURa

CNSP aprova normas para a abertura do resseguro atendendo propostas sugeridas pelo setor privado

IKTERNACIONAL Presidente da Fenaseg,Joao Elisio destaca em evento no Equador as condigoes favordveis da economia para atrair novos investldores

transito ^ Cidades brasileiras promovem manlfestagoes pelas Vitimas de Trdnsito e pedem penas mais severas para os culpados

presidente

RarfinkefSDate Tra°h' R«il Molina, Norton Glabes "'IRin Nascimento e Patnct do ^TOgoit Lucas Claude de DIRETORES:

Ma™

escola nacional de SEGUROS

^^uquerauB Mucio Novaes de Paulo Miguel ^^^^elradeFreitaseRyoji Fujii

Marques Lucio Antonio

■'i®® Maria 'faCostaeLuizSadaoShlbutanl

SAQDE-

0excesso de intervengoes cesarlanas leva o Ministerio da Saude e ANS a incentivar os nascimentos par partos normals

EENAPREV!

Federagao promove o 1 Encontro Nacional para discutir perspectlvas e oportunldades da conjuntura atual

SEGUROlSOOAL

A partir deJaneiro de 2008 o seguro DPVATpassa a ser admlnlstrado par um sistema de consdrcio

TENDENCIAS^

O nivel de cresclmento dos palses da America Latlna e a establlldade democrdtica da reglao sao fortes atratlvos para os Investldores

MERCADO DECAPITAIS^

Novas regras de solvencia para seguradoras podem levar mals empresas a reforgar a estrutura de capital na bolsa de valores

EMAIS...

04 AO LEITOR

38 FUNENSEG

40 rApidas

41 BIBLIOTECA

42 OPINIAO

Aronacofi das Empresas de rGrlBSGy Seguros Privados e de Capitalizagao

CONSELHO SUPERIOR

PRESIDENTE: Joao Elisio Ferraz de Campos

Membros: Acacio Rosa de Queiroz Rlho, Alberto Oswaldo Condnentino de Araujo, Anionio Cassio dos Santos, Carlos dos Santos, Eduardo Baptista Vianna, Federico Barogllo, Francisco Caiuby

Vidlgaf, Jayme Brasii Garflnkel. Joao Gilberto Possiede, ,torge Estacio da Silva, Jorge Hiiario GouveaVieira, JoseAmerico Peon de Sa, Jose CastroAraujo Rudge. Jose Roberto Marmo

Loureiro.Luis Emilio Maurette, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Manuel Sebastiao Scares l^voas. MarioJoseGonzagaPetrelli, Miguel Junqueira Pereira. Nlllon Molina, Osvaldo do Nascimen^,IJtrIckAntonioClaudedeLarragolll

Lucas, Pedro Pereira de Freitas, Pedro Purm

Junior eThierry Marc Claude Claudon

Conselho de representantes:

Alberto Oswaldo Continentino deAraujo.Antonio

Tavares da Camara, Joao Gilberto Possiede Luiz Tavares Pereira Rllio, Mauro Cesar Batista,' Miguel Junqueira Pereira. Mucio Novaes de Albuquerque Cavalcanli, Paulo Luckmann

REVISTA DE SEGUROS

6i^ao Informativoda Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de CapitalizagaoFenaseg.

PUBLICACAO INTEGIWfTE DO CONV^NIO DE IMPRENSA DO MERCOSUL

- COPREME. Em conjunto com SIOEMA

(Servigo Informativo do Mercado Segurador da RepublicaArgentina), EL PRODUCTOR (Publlcagao da Associagao de Agentes e Produtores de Seguro da Republica Oriental do Urugual) e Jomal dos Seguros (Publicagao do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Capitalizagao do Estado de Sao Paulo).

CONSELHO EOrrORIAL

Membros: Angela Cunha.Geraldo Bolda, Luiz Alberto Costa, Neivat Rodrigues Freitas. Soiange Beatriz Palheiro Mendes

Editor-chefe; Angela Cunha (MTb/RJI2.555) Coordenagao Editorial; VIATEXTOAG. DE COMUNICAgAO viatexto@viate)cto.com.br

21 - 2262.5215

Jomallsta Responsavel; Vania Mezzonalo - MTB 14.850

Assistente de produgao:

Fernanda Good

Colaboradores: Adriana SImoes, Angela Cunha, Aziz Filho, Oenise Bueno, Edna Simao, Fernanda Thurler, Francisco Alves, Jorge Clapp, Marcia Alves. Sonia Araripe e Vagner Ricardo.

Fotografia:

Rosane Bekierman, AntranikAsarian, Claudia Mara. Arquivo Fenaseg e Divulgagao das empresas. Projeto Grifico: Jo Acs/Mozart Acs OTP: MORE-AI - www.more-ai.com.bf

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DIstribuigao: Servigos Gerais/Fenaseg Periodicldade; Trimestral Circulagao; 5 mil exemplares As mtefias e ariigos assinados sao de responsaOilidade dos autores. As materias publicadas neste edigao podem ser reproduzidas se identificada a fonle. Oistribuigao Gratulta

ABBUE

Outubro Novembro - Dezembioi007 HevistadeSeguros

Sumdrio
e
FUNENSEG
A

Um ano marcado pela uniao

Encerramos um ano que considero historico para o mercado segurador brasileiro. O ano em que come^amos a implantar as transforma96es que vao marcar, por um longo pen'odo, a nossa atividade e nos colocar mais proximo dos paises desenvolvldos.

O mercado sera, no futuro, o que formos capazes de pensar e realizar agora. Foi um ano de muito trabaiho, em que todos nos, a par das tarefas que desempenhamos em nossas empresas, demos uma boa parte do nosso tempo as entidades representativas, seja para tratar de assuntos tecnicos, seja para cuidar de questoes que dizem respeito ao novo modelo institucional do setor.

Se tivesse que escolher uma palavra para definir o momento que vivemos, com toda convic9ao, afirmaria que o tra9o marcante de tudo o que temos conseguido ar e a uniao de todos nos em torno de nossos objetivos comuns. Por isso, podemos olhar para o pro ximo ano com otimismo. Porque tenho certeza de que irentaremos os desafios de 2008 com a mesma etermina9ao e uniao que caracterizaram as nossas a9oes em 2007.A

Destaque

Cendriospara 2008

'0tsrnd d3 m3t4ri3 cl6 C3p3 dssts rii "

0 pf6ximo ano,E com base nos cen6rios^ta!?rt^ Perspectlvas que se desenham para (economia,seguros,saude,transporte e main ®®Pecialistas dos diversos setores promete resultados animadores.A moeda estahn Pode-se afirmar que 2008 crescimento continue comeqam a apenas na lembranga os pen'odos de recessao e pct horizonte, deixando ainda terao que ser enfrentados, mas as projecoeS"®^®"economica. Muitos desafios M cada V82 mais coollarte da „d ° Ws eetd em curso. A sustentavel e possivel sim e ja

Secretdrio de Educaqao

Tecnologica do Ministerio da Educagdo EliezerPacheco

O mercado sera no futuro0que formos capazes de pensare realizar agora

aproxima dos 5% ao ano, o que exige aumento de produ9ao das empresas e, consequentemente, a contrata9ao de mais profissionais. Mas esse desempenho tao acalentado ao longo das ultimas decadas trouxe a tona um velho problema do Pais: a falta de profissionais qualificados para o rnercado de trabalho que se abre na movimento. Na avaliaQao j Educagao Tecnologica do iVlimsterio ~ r^iMoreira Pacheco tem se esfor9ado' •

emquaIifica,aopP,:S~

mas adianta que os resuliad'os SO vac aparecer no medio e longo prazos.

A perspectiva de crescimento economico maior estabilidade esta levando g|. u atravessar uma jamais imaginada: a dejempregos formais

esta tendo um crescimento nunca visto na historia recente e, com isso, se depara com a falta de quaiificagao da mao-deobra. Ate o mes de novembro deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministerio do Trabalho e Emprego (MTE), o Pais gerou 1.936.806 empregos com carteira assinada e a expectativa e de que esse numero alcance a marca dos dois milhoes de empregos ate o fechamento do ano.

"0governo tem se esforgado e investido na quaiificagao profissional, masoresultado so vira no medio e longo prazos"

O problema e que o Pais nao consegue preencher todas as vagas que sao criadas - e a situagao tende a piorar com a peispectiva de sustentabilidade da expansao economica em 2008. Para suprir essa necessidade, empresas devem intensificar os mvestunentos na quaiificagao e especializagao de seus trabalhadores. Mas o Ministerio da Educagao tambem esta aunientado a injegao de recursos com esta finalidade, para evitar que o Pais viva um "apagao" no setor.

Ao Leitor > ' ' y j r
Rtvista deSeguros - Ouwbro-Novembro Dezembro 3007 Entrevista Arqulvo MEG
"A falta de quaiificagao e mais um desafio que o crescimento da economia nos coioca"
Edna Simao
Ocrescimento economico se
Ouwbro Novembro - Dezembro 3007- Revisfo de Seguros

O secretario Eliezer Moreira Pacheco destaca que o governo tem consciencia da necessidade de investimentos e que somente em 2008 pretende destinar R$ 1,682 bilhao ou o equivalente a 5% do orQamento do ministerio para o setor de qualifica?ao. Ate 2010, o ministerio pretende expandir a area de ensino tecnico e triplicar as 160 mil vagas atuaimente disponiveis nas escolas.

O desafio do Pais e realmente grande Um estudo do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea), feita com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE)e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), estima que nesse ano o Brasil tera 7,5 milhoes de traba^adores sem qualificafao ou experiencia profissional procurando emprego com carteira assinada num universo de 9,1 milhoes de pessoas em mercado formal mfT«o7 r"/' de pessoas, ou 18% do total, tem a qualificagao

cononS^ experiencia profissional para conquistar um espapo.

enfrS'"" trecbos da Eliezer M ^"P^^^dida pelo secretario Jiezer Morena Pacheco sobre o assunto.

Com aperspectivadeum crescimentoecono

mica maior, mais de 4,5% neste ano, as empresas brasileiras estdo se deparando com um problema muito grave que e afalta de qualificagdo dos trabalhadores. O que o Governo Federal estdfazendo para tentar reverter esse quadra?

Alem da di'vida historica que o Brasil tem com a educa^ao de nossas crian^as, a falta de mao-deobra qualificada e mais um desafio que o cresci mento da economia dos ultimos anos tem nos colocado. E e pot isso que estamos investindo pesadamente na expansao da rede federal de educa9ao profissional.

Quala meta prevista pelo Governo?

Veja so: em 1909, Nilo Pe^anha fez a primeira escola tecnica neste Pax's, na cidade de Campos (RJ). Desde 1909 ate 2003, sao 93 anos. Em 93 anos, todos OS governos que passaram pelo Brasil construiram apenas 140 escolas tecnicas. Nos vamos concluir em 8 anos a constru^ao de 214 escolas tecnicas. Nao ha desenvolvimento de uma Na^ao sem investimento pesado em educagao. E nos sabemos disto.

O Pats vive o apagdo"da Educagdo? Quais sdo as principals medidas do PAC da Educagdo que ajudardo 0 Brasila pelo rnenos amenizar esse problema?

Durante o ciclo neoliberal universidades publicas e institui0es federals de educagao profissional, desmanteladas, tiveram sen funcionamento quase invia-

wgasefaltam profissionais

foram preencNdmTn^^^9,6%das 1,768 milhao de vagasofereddaspeloSine pesardeasistema ter maisde5milhoesdedesempregadoscadastrados

A fa I to _ 1. ,-.

trabalhadores brasileiros pode mibir o crcscimer

O sustendvel do Brasil N„ tercc.ro ,rimes,,c dcsrc ano.„

Pals expand,u 5,7% cm relacao ao mcsmo perlodo de 2006

IT' °,p'T nais quahficados ainda mais evidente. Os mimeros do Siste ma Nacional de Emprego (. me) rnostram bem essa reali

Na^embro-Derembrcmt

dade. No ano passado, apenas metade (49,6%) das 1,768 milhao de vagas oferecidas pelo Sine foi preenchida, apesar de o sistema ter mais de 5 milhoes de desempregados cadastrados.

Embora a media tenha sido de tres candidatos por vaga, um em cada dois postos oferecidos tiao foi preenchido.

Em 2007, de acordo com ^tati'sticas do Ministerio do

bilizado. Melhoria na educa^ao se da a medio e Iongo prazos. Com mais recursos e melhor gestao nesta area, como estamos fazendo, os indicadores vao melhorar. Pot isso temos de cumprir o Piano de Desenvolvimento da Educa^ao (PDE). A partir de sen quarto ano, o PDE agrega R$ 19 bilboes ao or^amento do MEC.

Do orgamentoprevista para Educagdo nesse ano e no proximo, quanta sera destinado a educagdo tecnica e ptojissiorializante?

Cerca de 5% do orgamento do Ministerio da Eciuca9ao para 2008 serao investidos na educagao profissional e tecnologica.

Esses numeros vem crescendo? Quanta efetivamente jdfoi liberado?

Desde o ano de 2004, este or9amento tem apresentado cres cimento superior a 10% ao ano. Para o ano de 2008, ha uma previ sao de crescimento superior a 20% em relacao a 2007. Em 2007 ja temos cerca de 95% do or9amento hberado.

Mas quanta sera efetivamente liberado?

Conforme a Lei Or9amentaria Anual (LOA), em 2007, o or9a-

278.088 pessoas - apenas 38% das vagas oferecidas foram preenchidas.

memo foi de R$ 1.472.450.548. A previsao para 2008 e de que esse mimero atinja R$ 1.682.226.567.

O Ministerio da Educagdopretende investir R$750 milhoes na construgdo de 150 escolas tecnicas no pais. Isso e suficiente para que a demanda por trabalhadores qualificados seja atendida?

Por mais que se invista na rede federal, e estamos investindo bastante, ainda assim quem tem capilaridade para atingir um mimero maior de pessoas sao OS Estados e Municipios. Por isso o governo lan90u o programa Brasil Profissionalizado, para aumentar a oferta de escolas e matn'culas na area de educa9ao profissional piiblica no pais. Para os proximos quatro anos (2008-2011) estao previstos investimentos de R$ 900 milhoes.

Gomo este recurso sera aplicada?

O financiamento deve servir para constru9ao, amplia9ao ou reforma de escolas publicas de ensino medio e profissional; aquisi9ao de mobiliario, equipamentos e laboratorios destinados ao ensino profissional e tecnologico; ou ainda para compra de acervo bibliografico. Os recursos tambem poderao ser utilizados para a forma9ao de professores na area de ciencias (qui'mica, fisica e biologia). A

Trabalho e Emprego (TEM), a situa^ao continuou ruim. A taxa de coloca^ao do sistema esta em 47%, a mais baixa em sete anos. De janeiro a setemDto, foram criadas 1.518.441 vagas, sendo que apenas 720.008 foram preenchidas. O cenario e mais agravante no Sudeste. Nessa regiao foram geiados 733.842 postos de trabalhos e contratadas apenas

Por outre lado, no Nordesvagas existen- tes, 134.157 to,J p,ee„chidas. No proximo no pretende direcion;r ofprn" gramas de qualifica9ao sional para os segmentos onde na carencia de profissionais capacitados como no de servi90s - onde de cada tres vagas ofertadas por meio do Sine,

preenchida. apenas uma e ^ Nesse ambiente, a melhoria

^ ^ducacao se tornou essencial

Dara

estao previstos investimentos de R$900 milhoes"id

^"•-^tcao se tornou essenciai

o crescimento

com distribui9ao de renda. No ini'cio deste ano, o GovernoFederal lan90u o Programa de Acelera9ao ao Crescimento (PAC). Um dos setores incentivados por trazer rapidos resultados para a expansao econo mica foi o da constru9ao civilum dos que mais emprega no

pais. Para surpresa, o segmento esta com dificuldades de fazer as contrata96es para aumentar a sua capacidade produtiva e atender a demanda dos brasi leiros pela compra da casa propria. Nao ha engenheiros dis poniveis. E faltam ate serventes de obras. Para superar esse gargalo, a Camara Brasileira da Industria da Constru9ao (CBIC) fechou um convenio com o governo federal para qualificar para o setor beneficiarios do Bolsa Familia. A CBIC calcula que 20% da mao de obra nova do setor poderao surgir dessa parceria. A

m Entrevista
l^l^ta^Se9uro,-o.t,br,
"Para OS proximos quatro anos,(2008-11)
£^If-_i^gntar
Outubro Novembro Dezembro 2W7 nevista deSegurds

O que o brasileiro deve esperar do Pai's no proximo ano

O A economia comega o ono em ceu de brigadeiro;a abertura do resseguro acarretard mais transferenda de tecnologia estrangeira para osetor de seguros;projetos de envergadura prometem melhorar a sistema de transporte nas ddades;o governo negoda com aoposigao o finandamento da saude publica;e as empresas avangam na consdenda ambiental

D^s mil e oito promete.

Com a moeda estabilizada e as esperan9as turbinadas pelo cresdmento da economia, os brasileiros voltarao ^ urnas para renovar o comando das prefeituras Carencias historicas,como desigualdade e d^cit educacional, continuarao no topo dos desaJios, mas a ordem do dia e avan^ar. Os investimentos do Programa de Acelera9ao do Crescimcnto (PAC), o comedo

dos trabalhos para sediar a Copa de 2014 e a competi9ao pela crescente demanda interna tern tudo para arquivar as lembran9as da recessao.

O que, afinal, mudara na vida dos brasileiros em 2008? Para antecipar tendencias, a Revista de Seguros ouviu especialistas de cinco areas. O balan9o e positive.

Apesar do inesperado fim da CPMF, com redu9ao de R$ 40 bilboes na arrecada9:ao, a economia come9a 2008 em ceu de brigadeiro. O real esta estabilizado, a infla9ao

sob controle, os estrangeiros dispostos a investir, os juros em ritmo de queda e o crescimento em seu mais alto patamar desde os nada saudosos anos 80.So falta, na opiniao do economista Jose Marcio Camargo, enxugar os gastos piiblicos — ou redireciona-los para areas nobres como a educagao, abrindo espa90 para a iniciativa privada nas obras de infra-estrutura.

Se o Pals cresce a taxas interessantes, mais ascendentes sao as curvas do mercado de seguros. A bertu-

ra do resseguro e o anuncio das

Entre as cons«,uta??

consultor Marino Agubjcria9ao de produtos versar?^^° ^ ado9ao de ferramentas tecnolLLs para racilitar a vida do consumiri.. , "inaor.

Como tudo na vida tem uu^ pre9o,o dinheiro chega ao bolso dos brasileiros com varies desafios. A cscassez de energia preocupa, mas nao devera estragar a festa em 2008. Outre efeito colateral do credito

facil e o aumento do niimero de automoveis em cidades asfixiadas. O executive Lelis Teixeira, no entanto, esta otimista. O no chegou a tal ponto que o obvio come9a a se generalizar; e inadiavel investir na mobilidade urbana, com a revitaliza9ao dos suburbios. Em fase de gesta9ao, o PAC da Mobilidade financiara projetos vitais nas metropoles.

Na saiide publica, setor mais atingido pelo fim da CPMF, o ano come9a incerto. Governo e oposi9ao precisam chegar a um acordo paia

viabilizar projetos como o de multiplica9ao de postos avan9ados para desafogar os hospitals. E o que pro mete Jose Noronha, secretario de Aten9ao a Saude e bra90 direito do ministro Jose Gomes Temporao.

O Brasil e cobrado pelo desmatamento, mas as empresas avan9am na consdenda ambiental. Pesquisa da economista Clarissa Lins mostta que a busca da sustentabilidade se consolida ate em empresas fechadas.

"A tendencia e positiva ,diz ela, em coro com os demais. Feliz 2008! A

:..r: yUSJfSEKmXiyipiTW^gjgjtLrrfcgi Perspectives2008 .m-: ".diikU..,
M aV.
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Rtvlsta dtSsgufof - Ouwbro • Noyembto Dezembro 2007
Novembm - Deiembro 200/- Revl ilLW.)

olftica monetdria adequada 'oma

0Pafs otraente

w Ossetorescom perspectivas mais animadorassac as voltados para ^"iferna.Alimentagaosera um exceientesetorpara investimento, assim coma o comercio e o agronegocio OSbrasileiros terao mais um ano de esrabilidadc, crescimento e entrada de capital esiraiigeiro, especialmente se o sucesso da licita^ao para a concessao de rodov.as inspirar o governo a abrir mais espa^o para a iniciativa privada. E a avalia■jao do economista Jose Marcio Camargo queve a redu^ao dos gasros publicos como o caminho mats seguro para o Pais maurer aquedadejuroseo controledainflacao O govcrno segtmdo ele, deveria aproveitar o mar de bngade.ro para estimukr investimenros privados em infra-estrutura Tse

acreditam piamente que a unica forma de crescer e gastando mais".

quecimento da economia vai pulsionarsetordeseguros

p.i

Oaumentodadiversidadedeprodutos

fOAsempresasseguradorascomegaraoaexploraraenormefilaoformado perpessoasdemenorpoderaguisitiv,buscandocanalsalternativesde cobrangaparaosprodutosdemicrosseguros

qaodofuturo, como a educacao. Jose Marcio Camargo, 60 anos e nro ressor da PUC Rir^ ^ t P Tendencas r. ^ Consultona Integrada Plo esnrna que, em 7nns "J^graaa. Ele perto 1 40/ ■; «tara "-""do vai cl, 5°'«- O contitiuara cm uin i> °

^ mila^ao conti- nuara sob control,^ con aumento; de 3,80/o' T a 4% em 2007 para :eiro algo entre 4,2% e 4 ao/ "omista nao espera ^ de gramde porte, pois „ ^'^culdade politica monetariaesti uA f^^'^^ao, a continua atraente, ainda 0^^ cal continue "frouxa" P^'idca fisaumentando muito gastos 'P &CIOLO sendo u ponto fraco en, A

^JoseMarch

Camargo:

"0desafio e res/st/r ds pressdes dos d^eacreditam piamentequea unica forma de crescere Qostando mais" i concessoes para mdovi pelosespanhois,

"O desafio ^ msistir as pressoes dos

ftfvistodeS*iffufos■Outuhro ticmntoro Dezembromf

Os setores com pers pectivas mais animadoras em 2008, na previsao do economista, sao os volta dos para a demanda interna, que tende a crescer mais do que as exportaqoes. Alimentaqao sera um exceiente setor para investimento, assim como o comercio e o agronego cio. Ele teme problemas com a oferta de energia, mas nao etn 2008.

E raro ouvir um econo mista falar com tanta paixao sobre educaqao, tema pouco afeito ao 'economes'. PhD em Economia pelo MIT (Massachussets Institute of Technology), Jose Marcio Camargo identifica nos desequilfbrios educacionais o maior no brasileiro. Um estudante universitano custa dez vezes mais do que o do Ensmo Fundamental. Universalizar a pre- escola e o Ensmo Fundamental e 0 grande desaho. Sena muito melb/^. j 1 "gasrar mm c nieihor, segundo ele, cratas". A vidadc brasildra e ' FT.'*"""Alim/a reduziria a violencia. probabT^°7 Medio tem menor probabl.dade de cometer crtaes. Os que

de de r probabilidativemo^"^'' ^unca desafi governo que encarasse esse aesal o como ptioridade. Precisamos disso defende o economista.

promete um ano de inovaqoes no mercado de seguros. Entre os efeitos da quebra do monopolio do ressegvuro, os •Ttais visiveis para o consumidor serao as facilidades na compra de apolices, com a ampliaqao dos canals de venda e informaqao. Na avalia9ao de MarinoAguiar, consultordaAccenture, este sera um dos resultados do know how que as seguradoras vao assimilar nos contatos com as resseguradoras de outros pafses. Ele considera improvavel uma reduqao de preqos uo primeiro momento, mas o passo foi dado. Vai ficar mais facil comprar", dizo consultor.

O aquecimento da economia impulsiona o mercado de seguros e as companhias precisarao crescer muito em 2008, segundo Marino, paradar contado mercado brasileiro, especialmente em vida e previdencia. Investimentos a longo prazo, como na aposentadoria privada, sempre ganham for^a quando o consumidor acredita na estabilidade. Os bons indices de crescimento do Pais potencializam o setor. Os bancos devem ficar mais agressivos tambem

a^ ^polices, pois os seguros ajudam ven cr outros produtos. O aumento do SmrHnT""™ - incluiu o Brazil no vimcnto "7 DesciwoloMor.Quam^I

maioreademanda. P®"'""mpramcarros, O mtercM estrangeiro pelo Brasil condnuara aiaxndcnte. "O saturamento dos EstaOS ni OS e Europa direciona investidores para mercados em formaqao naAsia eAmeri^ tina. Ha ptioridade para o Brasil", diz ^mo Aguiar. Em cinco anos, dobrou o ^ontante dos premios de seguros no Pais. ara um crescimento do PIB entre 4% e 5%,

O Marino

Aguiar: "0 saturamento dos Estados

Unidos e Europa direciona investidores para mercados em formado na Asia e America Latina"

Marino estima que os premios ficarao 12% a 18% maiores em 2008. O que nao falta e perspectiva. Em 2006, representaram 2,8% do PIB, ainda longe dos 8,9% dos americanos. No Chile, a proporqao e de 3,2%. Na Europa, gira em 7% e 8%, com destaque para o fenomeno ingles: 17,4%.

Tambem em 2008, segundo Marino, as segtuadoras come9arao a explorar o enorme filao das pessoas de menor poder aquisitivo, com o desenvolvimento de produtos de microsseguros. "A ordem do ia e facilitar a vida do cliente, desenvolvendo tecnicas para que ele possa, por exemplo, pedir extrato ou incluir alguem no piano via internet".

Grande parte das seguradoras no Brasil integram bancos de capital aberto e outtas tem participa^ao estrangeira, ja com aqoes em bolsa. A abertura do capital de mais empresas tendeaacompanharo desempenho promissor do mercado de a96es. Mas a crise do credito imobiliario nos EUA ainda inibe estrategias mais agressivas. Alem disso, a maior preocupaqao em 2008, diz Marino, sera melhorar a situaqao de solvencia das seguradoras, que tambem deverao se beneficiar da troca de informaqoes e praticas gerenciais com o mer cado internacional, desenvolvendo metodos administrativos e ampliando as vendas. A

I vt, ' 7/ Perspectivas 2008 O ECONOMIA
110
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O SEGUROS
Outubro- Novembro - Dezembro200/ -Revlstade Seguros

^esafio de Lula: uma safda para a Saude

Z> Com o fim da CPMF,Ministerio perde R$24 bilhoes e depende de acordo com oposiqao para manterprogramas de atendimento a populagao que desafoguem as emergencias dos hospitals publicos

Ataquicardia do ministro Jose Gomes

Temporao apos a derrubada da Contribuifao Provisoria sobre Movimentafao

Financeira (CPMF) no Senado da uma ideia do que os brasileiros podem esperar para 2008. Caso o governo nao viabilize com urgencia uma nova fonte de financiamento, estara sepuitado o Programa de Aceleragao do Crescimento (PAC) da Saiide, que receberia

R$ 24 bilhoes em quatro anos. Segundo Jose Temporao, a Saiide esta de luto e "quem perdeu fol o homem comum".O governo planejava fazer de 2008 um divisor de aguas no atendimento a populaqao. A ideia era investir pesado em postos 24 horas e no programa Saiide da Fami'lia para desafogar os hospitais.

A regulamenta^ao da Emenda Constitucional 29, que redefine criterios e repasses de recursos,e a perspectiva de R$ 24 bilhoes extras em quatro anos eram a espinha dorsal do PAC.

Oposi9ao e governo ainda podem entrar em acordo e criar uma nova fonte de recursos, mas a saiide virou uma incognita. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou que sera a area mais afetada e Temporao admitiu o comprometimento de todo o conjunto de novos sem^os , apesar de nao haver risco de colapso. Ja o presidente Luiz Inacio Lula da Silva prometeu "encontrar uma safda" para nao paralisar o PAC.

Apesar do reves, o secretario nacional de Atengao a Saiide,Jose Noronha,insere a relevancia adquirida pelo setor na agenda nacio nal no processo de melhoria dos services de saiide no Brasil desde os anos 80. A mortalidade infantil caiu para menos de 10 por mil no Sul (no Nordeste chega a 80), a expectativa de vida aumentou e as doen^as do cora9ao ficaram menos letais. Mas o cancer e as

solugao passa pelos transportes de massa

O A escoiha do Brasilpara sediar a Copa de2014 desencadeard uma sauddvel competigao entre as cidades para sediarjogos e hospedarselegdes. Um trdnsito que flui bem vale muitos pontos

Noronha:

"Se viabilizarmos o PAC,em quatro anos nao chegara mais ninguem com diarreia, dedo quebrado ou unha encravada em hospitais"

mortes violentas mantem graficos desanimadores.

Para Jose No ronha, a decisao de Lula de fazer do crescimento a razao de ser de seu segundo go verno criou a mentalidade de que a reduqao das desigualdades na Saiide gera riqueza. O IBGE come^ara a medir o peso setor no em 8,5%. O secretario calcula que 6 milhoes trabalhem na area. "Essa mentalidade muda tudo. A prioridade nos servi9os piiblicos de saiide deixa de ser arrocho e passa a ser cresci mento", afirma.

Com ou sem CPMF, o Ministerio quer intensificar campanhas de conscientiza9ao em rela9ao a bebida alcoolica - causa da metade das 35 mil mortes por ano em acidentes-e ao planejamento familiar. Dificilmente o Saiide da Famflia ganhara as 10 mil unidades previstas, mas experiencias que desafogaram hospitais, como em Belo Fiorizonte, deverao ser ampliadas, com verbas para as prefeituras instalarem postos. "Se viabilizarmos o PAC, em quatro anos nao chegara mais ninguem com diarreia, dedo quebrado ou unha encravada em hospitais", afirma o secretario. A

Asperspectivas do Programa de Acelera-

9ao do Crescimento (PAC), especialmente com a recente licita9ao para a concessao de rodovias, vai ganhar um refor90 2008: o PAC da Mobilidade. Trata-se de urn conjunto de medidas, ainda nao divulgarlas, para desatar o no do transporte de passageiros nas grandes cidades. A inspira9ao das aqoes e o criativo modelo de linhas expressas e onibus articLilados de Bogota, copiado por varios pafses. O Transmilenio aumentou a ruobilidade na capital colombiana, valorizou OS subiirbios e reduziu a violencia.

O PAC da Mobilidade gera grande expectativa entre os empresarios do setor. Chega com um atraso de decadas a um pafs que,em 30 anos, mudou-se quase por inteiro do campo para as cidades. "A ideia surgiu como Uma rea9ao a omissao historica dos governos cm rela9ao ao transporte urbano, um absurdo ^m um pafs com 80% de sua popuIa9ao urbana, com 20 centros com mais de 1 ruilhao de habitantes", diz LelisTeixeiia, direda Associaqao Nacional das Empresas de

^•■ansporte Urbanos (NTU) e membro do unselho de Administra9ao da Assodaq^o

^^naldeTransportes Piiblicos (ANTP).

„ ^^ccutivo ve 2008 com "muito otimismo

J^mbem por causa do aumento da cons-

'^'^tizaqao de governadores e prefeitos em

^?ao ao transporte de massas. A escoiha do rasil para sediar a Copa de 2014 desencaueara uma saudavel competi9ao entre as cidarlcs parasediarjogos ehospedarsele96es. Um rransito que flui bem vale muitos pontos.

Uiante da conjun9ao de tantos fatores, Segundo Lelis Teixeira, os brasileiros vao tedescobrir os subiirbios e a indiistria imobideve intensificar os lan9amentos nas

O Lelis Teixeira: "So agora comegamos a entender que o transporte de pessoas revoluciona a economia, reduz a favelizagao e a violencia"

periferias, ao longo das vias escolhidas para os corredores expressos. "Historicamente o Brasil so pensou na logfstica do transporte de cargas. So agora come9amos a entender que o transporte de pessoas revoluciona a econo mia, reduz a faveliza9ao e a violencia. Sem isso, as cidades entrarao em colapso".

Lelis Teixeira presi de tambem a Federaqao das Empresas de Trans portes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e o Sindicato das Empresas de Onibus da cidade (Rio Onibus). Segundo ele, o Ministerio das Cidades deveraescolhersete ouoito metropoles para implantar o PAC da Mobilidade, estimulando a criaqao de linhas expressas para valorizaros suburbios e reduzir a polui9ao. No Rio de Janeiro, um das principais a96es seiia a constru9ao de uma linha de metro interligando Niteroi, Sao Con9alo e Itaboraf. Outro projeto seria a remodelaqao da Avenida Brasil, a maior via urbana do Pafs, com um sistema de vias expressas inspirado no Transmilenio, que, posto em pratica, reduziria a tendencia de faveliza9ao e abatidono dos bairros ao longo davia. O grande obstaculo ao fluxo das metropoles continuara sendo o uso do carro individual, vilao da polui9ao, que tende a crescercomaeconomia em expansao e a infla9ao baixa. A

J2
Perspectivas2008 OSAUDE
Luis Oliveira/MS OJose
Revista de Seguros - Outubro Novemhro Dc-zembm 2007 O TRANSP0RTE5
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2007 - Revista de
13
Ouwbro
Noveinbro Dezembro
Seguros

Criterios ambientais pautam a agenda econdmica

As autoridades negociam o futuro da humanidade,e empresas e consumidores brasileiros avangam no consciincia ambiental.Pesquisa mostra que a sustentabilidade entroupara valerna agenda econdmica

Aconscienda ambiental devera ganhar

contornos mais objetivos em 2008, com a revisao do Protocolo de Kyoto, que preve a redu9ao, ate 2012, de 5,2% da emissao de gases do efeito estufa verlficada em 1990. Desta vez, os ricos dividirao a berlinda com os emergentes. China, India, Africa do Sul, Mexico e Brasii devem apresentar as estimativas do impacto de sens projetos de crescimento. No caso dos brasi leiros, a pressao contra o desmatamento devera se intensificar. Enquanto as autori dades negociam o futuro da humanidade, empresas e consumidores brasileiros avan9am na consciencia ambiental. Uma pes quisa da economista Clarissa Lins mostra que a sustentabilidade entrou para valer na agenda econdmica.

Clarissa e diretora executiva da Funda9ao Brasileira para o Desenvolvimento Sustentavel. Entre 2005 e 2007, entrevistou 200 executivos de papel e celulose, alimentos e bebidas, a9ucar e alcool, energia eletnca e mercado financeiro. A tendencia e posidva, conclui a pesquisadora, que mediu o nivel de prioridade gerencial da sustentabilidade na gestao das empresas. Come9am a surgir incentivos de mercado para novas posturas, praticas de governan9a com preocupa9ao social e ambiental Isso aumentara em 2008".

Mesmo as empresas familiares, que nao precisam dar satisfa96es a acionistas, ja entendem as novas exigencias do mundo'.L de a9ucar e alcool buscam certifica96es de olho no mercado europeu e come9am a conciliar cana com biodiversidade, seguindo as empresas de eucalipto e pinus. O manejo de florestas na indiistria de papel e celulose ja

protege areas maiores do que as plantadas.

Clarissa preve que, em 2008, muitos bancos incluirao criterios ambientais na concessao de creditos e analises de riscos, seguindo o pioneirismo do Real. Falta, em seu entender, mais transparencia na divulga9ao de resultados.

Em alimentos e bebidas, ha uma nitida orienta9ao das matrizes para que as multinacionais adotem a96es agressivas na preserva9ao de agua, diversidade da mao-de-obra e uso mais racional de recursos naturais. As multi nacionais tem essa preocupa9ao mais embutida em sua gestao, segundo Clarissa, mas e m'tida a tendencia de melhora e de transparencia dos brasileiros. A Ambev e uma das mais produtivas do mundo no uso da agua. Sadia e Perdigao pressionam os fornecedores a reaproveitar os dejetos suinos.

Apesar de seu impacto na biodiversidade, a matriz energetica brasileira, hidreletrica, e uma das mais limpas do mundo, mas o risco do racionamento tem aumentado as pressoes pelo aumento das termeletricas movidas a carvao ou oleo diesel, poluentes. Os brasi leiros ampliarao este debate em 2008. "Q desafio e ter uma matriz limpa e melhorar a gestao das empresas. Falta mais analise sobre as energias renovaveis, como a eolica". ▲

^Seguro para carros usados Hd expectatlva de mudanqas no seguro para carros usados, que pode agregar uma frota de milhares de veiculos

C> Seguro Rural 0mercado espera que a definiqao de normas para oseguro rural aconteqa ao longo do proximo ano

Mercado aguarda definiqdo de regras

Sonia Araripe dente da Mapfre Seguros.

O presidente da Federa9ao

go de 2008". Jayme Garfmkel, que preside a Porto Seguros, lembra que o mercado sempre costuma esperar mais da autoridade do que ela pode fazer e que,em contrapartida, a expectativa do regulador e ver o mercado correspondendo rapidamente as sinaliza96es dadas.

Mudan9a de ano traz sem pre expectativa em rela9ao ao que acontecera novo pen'odo. Como 2007 foi um bom ano para o setor de segua contagem regressiva para 08 se volta, especialmente, para rnudan9as tao aguardadas em regula9ao. Resseguro e tos ^ segmento dentre tan^ j tao relevantes que erao deslanchar com regras ^St3.VciQ p ar-ja ■' • J res parasegurado- corretores e consumidores.

Estamos Susep

muito otimistas. A tem atuado bem proxima

'io mercado, nesta gestao e na interior, nos ouvindo e entenden•io que precisamos de legisla9ao, "^as sem burocratizar demasiada*^61110 o mercado", resume o pre^idente da Federa9ao Nacional de Erevidencia (FenaPrevi), Antonio Cassio dos Santos, tambem presi-

Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Jayme Garfinkel, tambem ressalta este bom dialogo com a autoridade reguladora. "Armando Vergi'lio e um homem do merca do e a Susep ja vinha desenvolvendo um trabalho promissor. Estamos avan9ando no seguro popular e acredito que poderemos contar ainda com as normas do seguro garantia e do rural ao lon-

Cendrios para 2008 Diante de um dialogo e proxi mo, o que especialistas do setor esperam em cada segmento? A Revista de Seguros ouviti experts em diferentes carteiras para tra9ar cenarios do que devera mudar em 2008 - e quais deverao ser as novidades na area regulatoria do mer cado segurador.

Certamente, a mais aguardada e a confirma9ao oficial da atividade do broker e tudo o que sera defmido com a regulamenta9ao do resseguro.

Antonio Cassio (FenaPrevi)

Estamos operando praticamente sem regras, como se fosse uma atividade ilegal. A regulamenta9ao nos dara norte e regras estaveis que ha tantos anos esperamos", diz o presidente da Associa9ao Brasileira das Empresas Corretoras de Resseguro (Abrecor), Car los Alberto Protassio. Com

Perspectivas2008 O MEIOAMBIENTE
Ci Clarissa Lins: "Comeqam a surgir incentivos de mercado para novas posturas, praticas de governanqa com preocupaqao social e ambiental"
Revista de Seguros- Outubro - Novembro - Dezembro 2007 M
^Autoridades dosetor acreditam em mudangas positives,fortalecendo os diferentessegmentos
''Estamos muito otimistas.
A Susep tem atuado bem proximadomercado, nesta gestao ena anterior, nos ouvindo e entendendo queprecisamos de uma iegislagao"
Outubro - Novembro - Dezembro 200/ - Revista de Seguros 15

Regulamentagao

o resseguro regulamentado, a expectativa de Protassio e o fortalecimento rapido de um mercado forte e pujante, gerando emprego, renda e negocios. "Sera um marco na historia do mercado".

Positiva tambem e a previsao do presidente da Cooper Gay do Brasil Resseguros, Fabio Basilone. "A grande mudan9a sera sem diivida a implementagao de controles formais, tanto por parte dos orgaos reguladores como das proprias corretoras", preve. Esta novidade, complementa o broker, representa uma enorme altera9ao no esquema de trabalho de muitas empresas: e comum o escritorio brasileiro ser uma especie de ponta comercial, enquanto que a matriz cuida da retaguarda operacional, administrativa e fmanceira gestao dos recursos ligados na diretamente a opera9ao de resse guro. Com estas altera96es, Fabio Basilone espera a contrata9ao de novos funcionarios pelas correto ras, que deverao ser profissionais especializados na nova "cara" do mercado, cada vez mais moderna e promissora.

Na avaiia9ao do presidente da Federa9ao Nacionai de Corretores (Fenacor), Roberto Barbosa, o novo perfil do corretor tem caracteristicas proprias. "O cor retor e um empreendedor que sabe^ o que quer, investe em seu negocio e na propria capacita9ao e nao hesita em defender os seus interesses com atitudes, postura e argumentos soiidos". Certo de um 2008 promissor, Roberto Barbosa acha que sera possivel conquistar avan90s. "O cenario e muito favoravel para o merca do de seguros e os profissionais que estejam preparados para explorar os novos nichos que surgem a todo o momento, em

vocada porque a regulamenta9ao nao e ciara o suficiente. "Agora podemos esclarecer nao so para OS Procons, mas tambem para os consumidores. E nos dard norte e regras estdveis

Carlos Alberto Protdssio

uma nova poupan9a mui to atrativa, com o sorteio".

O diretor da FenaCap, Neival Rodrigues Freitas, concorda. "A estabilidade (Abrecor)

economica tem incentivado esta carteira".

diferentes segmentos da sociedade brasileira".

Expansao mais forte Mudan9as na capitaliza9ao sao aguardadas com grande ansiedade pelo mercado. "Registramos um crescimento em torno de 8,8% em 2007. As novas regras poderao estimular uma expansao ainda mais forte", acredita o presidente em exerci'cio da Federa9ao Nacionai das Empre sas de Capitaliza9ao (FenaCap), Norton Glabes Labes. A parte mais aguardada e a que podera explicitar de forma ainda mais transparente e data como funciona este segmento.

Muitas vezes, conta Norton Labes, orgaos do consumidor interpretam a lei de forma equi-

E com a experiencia acumulada tambem na carteira de automoveis, Neival Freitas preve tambem mudan9as no seguro popular para os carros usados. Se tudo der certo, ha uma frota de milhoes de veiculos que pode ser agregada. Atualmente, cerca de 10 milhoes de carros sao segurados, mas outros 15 milhoes, que tem de oito a 15 anos de uso, nao possuem seguro porque o custo e alto, comparado ao valor do hem."Com as novas regras, se conseguirmos trazer um ter9o desta frota nao-coberta para o mercado segurador, sera um avan9o expressivo".

Recem-chegado da Argentina, onde foi conhecer o modelo local, o especialista diz que a chave do sucesso desta formula esta na reposi9ao de pe9as na hora de um sinistto. Se a pe9a puder ser reciclada e certificada por um orgao idoneo, como o Inmetro, a medida traria beneficios ambientais e acabaria com os desmanches ilegais. Outra tentativa seria a op9ao por pe9as nao-originais de fabrica, desde que tambem certificadas — um processo mais lento, na opiniao de Neival Freitas.

^Fabio Basilone:

/'I grande mudanga sera a "^plementagao de controles formais por orgaos reguladores e corretoras"

volvem a isen9ao e a redu9ao sigoificativa do lOF - Imposto sobre

Opera96es Financeiras (de 7% para 1%^ por exemplo) sobre o seguro para carros com mais de oito anos de fabrica9ao e a simplifica9ao em todo o processo de controle e formata9ao do seguro. Se e para ser popular temos de simplificar o processo por completo e repassar essa redu9ao de custo para o consumidor", lembra o diretor.

Seguros populares

Outro segmento que passara por reformas proflindas e o de n^icrosseguros. "Vem ai uma ver- ^deira revolu9ao", preve o presiente da FenaPrevi, elogiando o ^sroj*QQ J o I 'cgisl ^usep em lan9ar uma Onr,. aderente aos seguros populares a Pr de — ■ ■'^tonio Cassio derenrcgras Simples e faceis de ser fUes^ polosconsumidores.O do tipifica9ao s novos seguros de previdencia ^iHculados a savide e educa9ao. No caso da blindagem na pre videncia, o presidente da Fenal^rcvi advene que o atual produe inviavel do ponto-de-vista ^peracional, de dificil aplica9ao. 5^ grande esfor90 e como auxilar o crescimento do setor de orma sustentada".

C Jayme Garfinkel:

"Acredito que poderemos contarcom as normas do seguro garantia e do rural ao longo de2008"

Sobre margem de solvencia, o presidente da Comissao Atuarial da Federa9ao Nacionai de Segu ros Privados e de Capitaliza9ao (Fenaseg), Almir Martins Ribeiro, avalia que os aportes de capi tal pedidos nao sao problema para os grandes grupos economicos - que dispoem dos recursos e teriam apenas que realoca-los

"Com as novas regras, seconseguirmos trazer um tergo da frota de vefcuios nao-coberta para o mercado segurador, serd um avango expressivo"

"Houve um crescimento de 8,8% em 2007. As novas regras poderao estimular uma expansao ainda mais forte"

na ordem de 100% a 200% sobre o seu atual patrimonio liquido". As alternativas para estas empresas seria rever suas estrategias, reduzir regioes de atua9ao e classes de negocios e estudar a entrada de novos socios com recursos para suprir a necessidade de capital. "Sob este aspecto, a norma da Susep tem um cunho altamente concentrador. Se a inten9ao for deixar o mercado nas maos de meia diizia de grandes grupos, a norma esta no caminho certo", diz Almir Ribeiro.

Outras discussoes en-

Neival de Freitas (FenaCap)

para atender as normas da Stisep. O problema e esperado nas companhias de menor porte (patrimonio liquido ajustado, o chamado PEA, de ate R$ 50 milhoes), que representam mais da metade das empresas constituidas, porem contam com menos de 3% do PEA de todo o merca do. "Algunsestudos apontam para essas empresas aportes de capital

Ainda assim, adverte, o aumento do patrimo nio liquido pode reduzir o lucro das empresas. Isto gera uma pressao por parte dos acionistas na busca de melhores resultados". Nestas circunstancias, o risco e o aumento do premio do seguro.

A norma pode acarretar eleva9ao nos pre90S praticados no pais, o que seria extremamente danoso ao piano do mercado de aumentar a participa9ao do seg mento de seguros no PIB (Produto Interno Bruto), bem como a inten9ao do Governo de atingir as camadas menos favorecidas da popula9ao". A

Revlsta de Seguros - Outubro Novembro - Dezembro 2007
"Estomos operando praticamentesem regras, como se fosse uma atividade ilegal. A regulamentagao
que hd tantos anos esperamos"
"0cendrio e muito favordvelpara o mercado de seguros e os profissionais que estejam preparados para explorar os novos nichos quesurgem a todo o momento"
C Norton Labes:
Ouuibio. Novembro Dezembro 2007 - Revlsta de Seguros r; f in,17

Normasatendem a nova realidade economica do Pai's

O Entre as mudangas propostas pela regulamentagao,uma das maisimportantes e a flexibilizagao das garantias adidonais para resseguradores admitidos

Teremos agora um mercado forte, local e competitivo", assinalou.

O setor privado tambem teceu elogios ao empenho da diretoria e da equipe tecnica da Susep no processo de aprova9ao das normas do resseguro. "O que pode ser feito, foi feito. E um sonho de quase 60 anos que se realiza. Em nome do mercado, quero dizer que estamos muito gratos", afirmou o presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferrazde Campos, que marcou presenga na reuniao publica realizada pela Susep, no inicio de dezembro, para apresentar ao naercado o resultado da analise feita pela autarquia das sugestoes do mercado referentes as minutas de resolu9ao.

Flexibilizagao das garantias adidonais

Um dos pontos mais importantes aprovados pelo CNSP com base em propostas apresentadas pelo setor privado foi a flexibiliza9ao das garantias adicionais para as resseguradoras admitidas. Essas garantias deverao variar de acordo com o rating da resseguradora. A empresa com classifica9ao minima de "A-" nao precisara ter garantias adicionais. "O rating e uma importante garantia financeira. Creio que todas as grandes resseguradoras internacionais com escritorios de representa9ao instalados no Brasil tem classifica9ao de risco superior a "A-" e, portanto, nao serao obrigadas a constituir reservas adicionais.

Dezessetededezembrode2007.Esta

data ficara marcada na historia do mercado de seguros brasileiro come o dia da tao aguardada regulamenta gao da abertura do mercado de resseguro. E corti urn ingrediente a mais: a participagao e etiva o setor privado nesse processo, que apresentou uma serie de sugestoes acatadas pela Supermtendencia de Seguros Privados ^usep) e, posteriormente, aprovadas peio

(CNSP). Corn esse passo, a Susep mostra estar smtomzada com as melhores praticas da boa regulamenta9ao, que 6 o resultado

de profundas discussoes com o mercado regulado e a sociedade, adaptada a realida de economica do pars.

Foram feitas muitas propostas, mas quase a totalidade delas era relativa a apenas alguns pontos especi'frcos do texto ori ginal das minutas de resolu^ao do CNSP, postas em audiencia piiblica. Isso, na pratica, tambem demonstra claramente que houve no mercado uma aceita^ao muito grande da proposta original apresentada por nos", salientou o superintendente da Susep, Armando Vergi'lio. "Com as mudangas feitas no texto e aprovadas pelo Conselho, a partir das sugestoes do merca do, foi possrvel melhorar o texto inicial.

^ Susep, ao aceitar essa sugestao do mer- '^ado, neutralizou um dos pontos mais cnticos das minutas que estavam em audien-

to^ ^diretoradeAssun- os nstitucionais e Resseguro da Fenaseg, Elena Bidino.

^ ^gurido a tabela aprovada pelo CNSP ^^rao ser adotados os seguintes percen- tuais de garantias adicionais conforme o rating da resseguradora: 30% ("BBB-"); 20O/O ("BBB"); 10% ("BBB+") e 0% ("A-" ou A+"). Sera aceito o rating avaliado por riuatro agencias internacionais de classificade risco: Standard &; Poor's; Fitch^oodys e AM Best. O CNSP manteve a exigencia de depo-

sito mi'nimo das contas em moeda estrangeira, uma vez que foi estabelecida pela Lei Complementar 126, aprovada em Janeiro de 2007, que trata da poh'tica do resseguro e nao pode ser alterada por normas de orgaos reguladores. Contudo, acatando proposta do mercado, a Susep sugeriu — e o CNSP aprovou — a redu9ao de US$ 5 milhoes para US$ 1 milhao do valor do deposito no caso das resseguradoras admiti das para atuarem no ramo vida. Segundo Armando Vergilio, como essa modalidade representa apenas 5% do volume total de resseguro, foi possivel reduzir o valor inicialmente proposto.

Pedidos de registros de resseguradoras

A Susep ja esta recebendo, desde a ulti ma semana de 2007, os pedidos de regis tros de resseguradoras interessadas em operar no mercado brasileiro. Pelas regras apro vadas, esses registros podem ser feitos antes mesmo do final do prazo de 120 dias - contado a partir da publica9ao das resolu96es do CNSP que foi estabelecido para o im'cio de vigencia do novo modelo.

O IRB Brasil Re tera ate outubro de 2008 (num total de 300 dias) para se adaptar as novas regras aprovadas pelo CNSP. Esse pen'odo representa a soma dos 120 dias que serao contados para o inicio de vigencia dos dispositivos estabelecidos pelas resolu96es do CNSP e mais 180 dias. "Esse prazo esta de bom tamanho", avalia Maria Elena Bidino.

O CNSP aprovou ainda o fim do limite de

reten9ao por risco - que seria equivalente, inicialmente, a 3% do patrimonio liquido

- para as ressegura doras locais. "Cada resseguradora tera que apresentar uma

O Armando Vergilio: "Teremes agera um mercado forte, local e competitivo"

Abertura do Resseguro
Antranik Asarian
O Paulo Botti: "Resseguro e um negocio muito dinamico. Sera precise fazer adapta^des no future. Nae da para amarrar a atua^do das resseguradoras" Jorge Clapp
■r Revlsta de Seguros- Oulubro Novembro - Dezembro 2007

Abertura do Resseguro

nota tecnica com o seu limite de reten^ao para analise pela Susep", esclareceu Arman do Vergilio. Com relagao a preferencia para as resseguradoras locals (fixada em 60% dos repasses totals, nos ttes ptlmeltos anos; e de 40%, a pattlt do quarto exetciclo), fol aptovado que o tlsco teta que set ofetecldo a todas as emptesas ate que seja pteenchldo o percentual estlpulado.

Alnda com telagao as resseguradoras locals, Maria Elena Bldlno acredlta que essas emptesas vao optar pot formallzar um capi tal mmlmo superior ao plso de US$ 30 mllhoes estabelecldo pelas normas aprovadas no CNSP."Sera preclso um capital mals elevado para aumentar a capacldade de reten9ao dessas resseguradoras locals", argumenta a dlretora da Fenaseg. Para ela, o fundamen tal na aprova^ao das regras fol o fato de o mercado segurador brasllelro ter ganho um novo amblente regulatorlo e economlco que contrlbulra para o desenvolvlmento do seguro no Brasll, Inserlndo o Pals na comunldade Internaclonal de seguro e resseguro.

Maria Elena Bldlno alertou, no entanto, que as seguradoras tambem vao preclsar trabalhar bastante e se adequar a nova realldade, a partlr de 2008. "Sera preclso Investlr em quallficaqao. Devemos lembrar que as resseguradoras sao seguradoras multo exlgentes e podem slmplesmente nao aceltar o repasse do rlsco, caso nao Ihe sejam dadas as condi^oes mlnlmas para subscri^ao do rlsco. a pratlca, serao as resseguradoras que escolherao com quem Irao operar."As segu radoras que ja tem rating avallado pot agencias classificadoras internaclonals terao muito mais chances de sucesso na negoclafao corn os resseguradores", afirmou, acrescentando que resseguro e custo para a segu- radora. O resultado da negocla^ao do custo da cobertura de resseguro passa necessariamente pela elaboraq:ao de programas de resseguro, que realmente possam atender as necessldades, e exlje conheclmento tecnlco da cartelra de seguro, resseguro e da proprla estrategla da seguradora para que a prote9ao de resseguro seja eficlente e eficaz.

A dlretora da Fenaseg dlsse ainda que a abertura trara mals concorrencia e novos

produtos. Com Isso, avalla, os pre^os medlos deverao calr em breve, devendo ocorrer com o resseguro o mesmo processo que fol verlficado nas telecomunlca^oes, com mals ofertas de produtos e tecnologlas, queda dos pre^os e qualldade malor nos servl^os prestados.

Corregoes de rumo

O dlretor da G5 Solutions, Paulo Bottl, tambem ve com otlmlsmo o cenarlo que esta sendo montado com a regulamenta^ao da abertura no resseguro — mas consldera fundamental o acompanhamento constante desse processo, com as devldas corregoes de rumo sempre que for necessarlo. "Resseguro e um negoclo multo dlnamlco. Sera pre clso fazer adaptagoes no futuro. Nao da para amarrar multo a atua^ao das resseguradoras", frlsou Botti, que coordenou o Grupo de Trabalho de Resseguro formado pela Fenaseg para dlscutlr as propostas de altera^oes das normas de abertura do mercado que foram colocadas em audlencia publlca pela Susep.

Ospregos medios deverao coirem breve, devendo ocorrer com o resseguro o mesmo processo que foi verificado nas telecomunicagdes, com mais ofertas de produtos e tecnologlas e queda dos pregos

Biblioteca A economia sob a luzda vida cotidiana

cc O Economlsta Clandestino" e um personagem crlado por Tim Fdarford que tem o poder de observar a vlda no seu cotldlano e entende-la a luz das lels da economia. E nesta atmosfera bem-humorada e persplcaz que o llvro e desenvolvldo e oferece ao leltor boras de delelte e reflexao. Quem de nos ja nao parou algum dla para pensar sobre o valor do cafezlnho que tomamos todo dla? Sera que pensamos em todos OS fatores que Influenclam no pre^o?

^ Guilherme de Freitas Leite r^nalista de Sistemas, ^ocharelem ^dministragao com ^^pecializagao em Gestao Empresarial

ca entendimento de assimtos polemlcos, como desenvolvlmento sustentavel, globallza^ao, e o porque da tendencla de parses rlcos ficarem cada vez mals rlcos e os pobres, cada vez mais pobres.

Se o leltor nao toma cafe nao faz a menor dlferen^a, pols a mensagem do llvro pode ser apllcada a qualquer outra colsa simples.

£ fasclnante a forma corrlquelra e slmpllsta com a qual o autor aborda conceltos da economia. Assuntos como escassez de recursos, poder dos mercados, InformaQo prlvlleglada, teorla dos jogos, falhas do mercado e outros sao contextuallzados ao nosso dla-a-dla, a compra de carros usados, ao aluguel, congesrlonamentos nas grandes cldades, pobreza, globallza^o e ate mesmo o fenomeno China.

Segundo a teorla dos "retornos decrescentes", os parses pobres deverlam estar dlmlnulndo a dlstancla para os parses rlcos. Isso faz sentldo, ja que um novo Investlmento em um pars pobre tem uma recompensa multo malor do que teria em um pats rlco, mas nao e Isso que acontece. Talvez um dos fatores mais determinantes seja, como mostra a historia, que pessoas ambiciosas em posl9ao de poder, mais Interessados em suas conquistas pessoais, sao a maior causa de desperdr'cio e Inefrciencla nos paises em desenvolvlmento. E a catastrofe da corrup9ao.

Na sua avalla^ao, o mercado vai melhorar bastante com a abertura, mas tambem tera multo mais trabalho, pois enfrentara um amblente totalmente novo. "Fiavera dlficuldades durante o processo de adapta9ao. Val ter genre que sentlra saudade do tempo em que o IRB fazia todo o traba lho", brlncou Bottl.

Ele acentuou alnda que o mais interessante fol a capacldade demonstrada pelo setor prlvado de estar unldo para apresentar propostas que pratlcamente representaram o consenso, facllltando a aprova9ao de normas mals adequadas a realldade do mercado local. "O desenho nao bcou otlmo, mas acho que ficou de bom tamanho. Agora, vamos acompanhar a evolu^ao", observou. A

^ 0 ECONOMISTA

JUndestino

^Utor; Tim Harford

E^itora: Record

•^aginas; 333

Tim Harford tem llcen9a para falar com maestrla. Ele asslna uma coiuna no jorna! Financial Times, na qual responde de forma bem-humorada perguntas sobre dilemas dos leltores. Fol redator de edltorlas de economia no Financial Times, trabalhou numa grande empresa de petroleo e leclonou na Oxford University. Atualmente mota em Washington, a capital amerlcana, e trabaIha no Banco Mondial.

Alguns parses estao conseguindo veneer este desafro, atacando causas pelas raizes. Podem ser cltadas a Corela do Srrl, China e Taiwan, que transpuseram barrelras culturais e mllenares, abrlndo suas portas para a globaliza9ao. E desta forma que a China vem resgatando por mes um milhao de pessoas da llnha de pobreza.

bra aborda assuntos polemlcos, como desenvolvlmento sustentavele ballzagao,e o porque de paises pobres ficarem cada vez mals pobres

Por ser uma obra no campo economico, poderao ocorrer divergencias de alguns leltores — o que nao ofuscara o brllhantlsmo dos enslnamentos e reflexoes de Har ford. De um lado o autor dlscorre sobre temas mals compreendldos nas socledades ocldentals, tais como a for9a da escassez de recursos e da vontade de constimlr, na determlna^ao do pre^o dos produtos e Ser vians. Por outro lado, a obra aborda e bus-

Os paises rlcos, ou os que estao proces so de cresclmento e desenvolvlmento, abra9aram as li96es basicas de economia expostas neste llvro; Lute contra o poder da escassez e corrup9ao. Corrija as externalidades, que sao imperfei96es ponmais a serem ajustadas no escopo e piano original. Tente maxlmlzar as lnforma96es. Implemente os Incentlvos corretos. Fortlftque os la90s com outros parses e acima de tudo renda-se aos mercados que corrsegircm atlnglr a malorla destes objetlvos ao mes mo tempo,

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Ktvlita d» Stguroi - Outubro - Novembro - Dezembro 2007
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Outubro Novembro - Dezembro 2007 ■ Revista de Seguros 21 1

Mercado brasileiro e bom negocio para estrangeiros

•m/ Presidente da Fenaseg mostra numerosdo mercado e destaca asconjunturas favordveis do Pais,durante evento no Equador,para atrairinvestidores

OSinvestidoresestrangeiros

tern uma nova chance de aportar no Brasil com a quebra efetiva do monopolio na opera^ao de resseguros. j^ta foi a principal mensagem passada pelo presidente da Federa^ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza^ao (Fenaseg),Joao

Elisio Ferraz de Campos, ao apresentar, em outubro, no Equador, OS numeros do mercado de segu ros brasileiro e o modelo regulatorio do mercado de resseguro. Ele participou da XXXI Conferencia Hemisferica de Seguros,evento da Federa9ao Interamericana de Empresas d e

Seguros (Fides) naquele pais. A contagem e regressiva,ja que, mantido o cronograma origin^, a abermra de fato acontece em abril do proximo ano. Em dezembro, devem ser fixados os criterios operacionais de atua^ao dos novos resseguradores. Na seqiiencia,a Superintendencia de Seguros Privados (Susep) vai come^ar a babilitar as empresas interessadas em operar resseguros no pars.

Joao Elisio destacou que, ao lado do mercado nacional, a comunidade estrangeira pode compartiIbar essa grande opoitunidade que

meio de cortes dos impostos e de maiores investimentos na infraestrutura, e o desempenbo alcanfado pela inflagao, que esta agora no menor mvel dos ultimos sere anos, o que tem permitido ao Banco Central reduzir a taxa basica de juros, a Selic. "A queda dos juros, combinada com inflagao sob controle, e bastante positiva para manter o ritmo da atividade economica, incluindo-se ai o mer cado de seguro".

O Joao Elisio, no Equador: "Ao lado do mercado nacional, a comunidade estrangeira pode compartilhar essa grande oportunidade que se abre no Brasil"

milboes, dos quais pouco mais da metade cbegaram ao resseguro, com uma propor9ao de 56,6% no ano passado. Ao todo, os 12 ramos avaliados geraram premios de R$ 59,7 bilboes (com a inclusao de saude), sendo repassados R$ 3,4 bilboes ao resseguros (5,7% do total).

O America Latinai

0Brasil lidera 0 mercado da j,, America Latina e ki Caribe. A receita nos i ramos Vida e

Nao-Vida totaiizou a1|

US$30,3 bilboes,ou gl seja,43%do mercado regional" • w

abre no Brasil. Durante a palesta Libera^ao do Mercado Brasi leiro de Resseguros, Impactos e Oportunidades",ele aiirmou que o quadro macroeconomico e muito favoravel a atividade de seguros, e destacou medidas relevantes. A meta do presidente Lula de duplicar o crescimento economico, por

Na sua exortaqao por investi mentos no mercado de seguros, Joao Elisio destacou que Brasil lidera o mercado da America Lati na e o Caribe. A receita nos ramos Vida e Nao-Vida totaiizou US$ 30,3 bilboes, ou seja, 43% do total do mercado regional, e o dobro do M&ico, o segundo maior mercado, que teve uma arrecada^ao de premios de US$ 15 bilboes, participa^ao de 21%. Os demais parses, incluindo-se ai Argentina(US$ 5,6 bi) Venezuela (US$ 4,8 bi) e Chile(US$ 4,7 bi), nao ultrapassam a casa de um digito de participa^ao.

No piano mundial, a receita dos ramos de Vida e Nao-Vida alcan^ou US$ 3,7 trilboes em 2006, com destaque para os Estados Unidos, Japao, Reino Unido, Fran9a e Alemanba, os cinco maiores mercados nessa ordem. O Brasil, nesse quadro, ocupa o 19° lugar.

Na palestra, Joao Ebsio mostrou que a propor9ao entre pre mios de resseguros e de seguros e ti'mida nas carteiras de riscos massificados, o que sinaliza que o mer cado segurador brasileiro retem os riscos de baixa volatilidade. Mas a tendencia e de expansao com a cbegada de novos operadores, cujo ambiente da livre concorrencia trara alternativas de condi96es de res seguro para as seguradoras, o que podera estimular a utiliza9ao do resseguro como ferramenta de substituiqao de capital. Na carteira de pessoas, de um total de R$ 25,2 bilboes em premios em 2006, os repasses aos pianos de resseguros geraram uma receita de R$ 200 tnilboes, ou seja, 0,7% do faturamento das seguradoras do ramo.

A rela9ao foi maior nos seguros de propriedade, que tiveram prenaios de R$ 5,1 bilboes, dos quais 1,6 bilbao repassado ao orgao '^^ssegurador local(32% do total).

^ taxa de penetra9ao e de zero na ^police de saiide, carteira que §^rou R$ 9,1 bilboes de premios ano passado. Algo que se repeno seguro obrigatorio DPVAT, ^l^ele que paga por morte e inva^^clez as vitimas de atropelamentos a seus beneficiarios, que teve *"®ceita de R$ 2,9 bilboes em 2006. Os novos operadores de resse

guros podem ainda olbar outras carteiras com potencial de expan sao. Numeros exibidos pelo presi dente da Fenaseg mostram que a taxa de penetra9ao, no caso do seguro de credito, foi de 12,1% em 2006(ou seja, R$ 100 milboes para R$ 600 milboes de premios de seguros) e de 13,3% na apolice residencial (R$ 100 milboes para R$ 500 milboes de premios gerados no ano passado).

A tendencia e de expansao do mercdo deseguros com a chegada de novos operadores,cujo ambiente de livre concorrencia tratd alternativas de resseguro para as seguradoras

As apolices que mais demandam cobertura de resseguros sao as de riscos financeiros e de riscos especiais, respectivamente. Na primeira,dos R$ 300 milboes de prA mios de 2006, cerca de R$ 200 milboes foram repassados ao resse guros, apresentando uma taxa de 66,1%. Na segunda, as segurado ras tiveram uma receita de R$ 200

Na apresenta9ao sobre o perfij do mercado brasileiro, Joao Elisio fez questao de destacar a crescente participa9ao das empresas estrangeiras na capta9ao de seguros. No periodo dos ultimos 12 anos, encerrado em 2005, o que coinci de com a estabilidade da moeda brasileira, as companbias multinacionais sairam de uma participa9ao de 4,16% do total arrecadado para extraordinarios 34,62%,em 2005. Sao 31 grupos estrangeiros presentes no Brasil, o que facilita tambem a comunica9ao dos grupos resseguradores internacionais.

A regulamenta9ao preve tr& tipos de operadores: local, admitido ou eventual. No primeiro caso, exige-se que a empresa tenba sede no pais e opere exclusivamente nas areas de resseguros e retrocessao. Entre as vantagens de ser ressegurador local, ba o direito de receber 60% das cessoes de resseguros nos tres primeiros anos de mercado livre, teto que caira para 40% apos esse prazo, e a possibilidade de explorar negocios nos ramos de Vida por sobrevivencia e previdencia privada.

Os demais resseguradores terao exigencias adicionais a cumprir. Os chamados admitidos terao de exibir um patrimonio liquido de US$ 100 milboes, solvencia comprovada por meio de rating e saldo minimo de conta em moeda estrangeira no Brasil no valor de US$ 5 milboes. Do ressegurador eventual,sera exigido um patrimo nio b'quido de US$ 150 milboes e rating minimo, entre outras. A

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"A queda dosjuros, combinada com a inflagao sob controls, e bastante positiva para manter o ritmo da atividade economica, incluindo-se aio mercado deseguros"
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Estudos apontam o abuso das cesarianas no Brasil

w0abuso noindicagao deintervengdes cesarianas, que na redeparticularchegam a80%das nascimentos, tern levado o Ministerio da Saude,ANSe ONGsa

incentivara retorno asformas naturais de dara luz

Francisco Alves Filho

Criada como recurso de emergencia, a opera^ao cesariana e uma tecnica importante para proteger a gestante e o bebe no momento do parto. No Brasil, porem, a pratica Indiscriminada transformou as cesareas num problema. O indice de interven^oes desse tipo feitas

na rede publlca chega a 40% e no sistema de saiide complementar sobe para 80%. A taxa tolerada pela Organiza9ao Mundial de Saiide (OMS) e de apenas 15%.

Estudos mostram que o risco de obitos nessas opera^oes e quatro vezes maior que no parto normal.

A ocorrencia de infec^oes e muito mais freqiiente e ha prejufzos emocionais para a parturiente e a crian^a. Alem disso, os cofres piiblicos sofrem uma San gria desnecessaria. O ministro da Saiide, Jose Gomes Temporao, critica a multiplica^ao de cesaria nas: Isso e um absurdo, temos que incentivar as pessoas a ter partos normais". O retorno as formas naturais de dar a luz e a

alternativa que alguns medicos, maes e entidades da sociedade civil defendem para mudar essa estati'stica. As campanhas pelo parto humanizado estao crescen do e o objetivo e mostrar a futur3. rn3.c ncm scmprc c prcciso ter um aparato cinirgico para garantir a seguranga nesse momento importante.

nascido dessa forma. Outra possibilidade e que a palavra esteja relacionada a Lex Caesarea, baixada em Roma para impedir que mulheres gravidas mortas fossem enterradas antes que houvesse a tentativa de salvar o feto.

O ministro

Jose Comes Temporao faz criticas ao uso abusivo da cesariana:"Temos que incentivar as pessoas a ter partos normais"

A chamada cesarea consiste em fazer um corte transversal pouco cima da regiao pubiana para abrir primeiro o abdome e depois o litero. Esse tipo de interven9ao e indicada quando o trabalho de parto leva mais tempo que o esperado ou em gravidez de alto risco. Para alguns, a cesariana e chamada assim porque o imperador romano Jiilio C^ar teria

A tecnica chegou ao Brasil no inicio do sectilo XIX, mas foi a partir de 1930 que os partos passaram a set feitos predominantettiente em hospitals. As estatisticas oficiais mostram que na decada de 90 o percentual de cesaria•^as no Pax's era alto, chegando a 33% na rede piiblica. Com a ^ma rigorosa Fiscaliza9ao deflagrada em 1998 pelo Ministerio da Saiide, os indices cairam bastante, atingindo 24%. Pouco depots, porem, houve mudan9a

A ONG Parto do Principio elaborou um dossie sobre0abuso de cesarianas no Pais e encaminhou ao Ministerio Publico Federal,em Sao Paulo.

0documento propoe

uma atuagao mais firme da ANS

no sistema e a ocorrencia de cesa reas voitou a subir. Em 2006, a rede piiblica gastou cerca de R$ 371 milhoes em 644.899 interven96es desse tipo.

Diante da gravidade do pro blema, a Organiza9ao NaoGovernamental Parto do Princi pio iniciou uma 3930 civil piibli ca. As integrantes elaboraram um dossie com 30 estudos cien-

tificos sobre o abuso de cesaria nas no Brasil. O documento foi encaminhado ao Ministerio Piiblico Federal, em Sao Paulo.

A ONG propoe uma atua9ao mais firme da Agenda Nacional de Saiide Suplementar (ANS) junto a rede privada e denundou outros problemas.

Ana Cristina Duarte e uma doula (profissional responsavel pelo conforto fisico e emocional da gravida durante o pre-parto, nascimento e pos-parto) e partidpa da entidade. Para ela, uma das distor96es e o fato de a forma9ao medica estar voltada para a cirurgia. "A pessoa sai da faculdade como otimo cirurgiao, mas pessimo parteiro". A visao mercantilista e outro aspecto que

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1 Oumro-X
U /I estiiista corioca Kananda Soares,: ao lado da filha Yeda,de 5 anos, se prepara para fazer o segundo parto humanizado,sob os cuidados da enfermeira obstetra
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Heloisa Lessa
Outubro - Novembro Dexmbro 2007 ftevista de Seguros 351

pesa na decisao do medico. O procedimento do parto normal leva de seis a doze horas. A cesariana e feita em apenas uma hora, o que permite ao profissional atender a varios clientes num mesmo dia. "Os Conselhos Regionais de Medicina nao fazem nada em rela^ao a isso", cririca Ana Cristlna.

A medica Claudia Orthof e coordenadora da ONG Rede Pela Humaniza^ao do Parto e Nascimento (Rehuna). Para ela, OS profissionais de Saiide sao apenas parte do problema. A questao maior e que as pessoas deixaram de acreditar na natureza. A tecnologia, que tantos beneficios trouxe para a bumanidade, acabou sendo mal utilizada no momento de dar a luz. A ansiedade por diminuir o risco toma o lugar da aten^ao as condi96es biologica, emocional e espiritual do casal que vai ter o filho. Isso e que determina um parto seguro", diz Claudia.

Na cesariana desnecessaria ha interferencias que causam danos a saude, como apressar o

parto, nao esperar o fim da gravidez. "Por isso, constatamos que o mimero de prematuros esta aumentando". Essa interven^ao modifica profundamente a existencia da mulher e do bebe, pois deixa um vazio emo cional importante.

A medica se dedica a fazer o parto humanizado e tambem se

A questao maiore que as pessoas deixaram de acreditar na natureza.A teconologia,que tantos beneficios trouxe para a humanidade, acabou sendo mal utilizada no momento de dar a luz

classifica como parteira. Entre os varios beneficios desse tipo de procedimento esta a amamenta9ao na primeira hora de vida, que traz grandes vantagens para mae e filho."O parto humaniza do e sustentado por evidencias

Estati'sticas do Ministerio da Saude:

-•Total de partos reaiizados na rede publica no Brasil em 2006- 2 139 439 (custo; R$ 924,807.453,63)

•Partos normals em 2006: 1 494 594 (custo: R$ 370.955.024,44)

• Cesarianas em 2006:'

•644.899(custo R$ 553.852.429,19)

• No Sudeste ocorrem mais de 40% das cesareas

•A itienor proporjao ocorre po estado de Roralma onde dos 6.192 partos registrados em 2006 '

888 foram cesareas

• Em Sao Paulo foram feitas no ano passado

131.646 cesarianas em 362.993 partos

• Niimeros parciais de 2007 -janeiro a iunhn (Ministerio da Saude)

• Numero total de partos: 1.068.807

• Numero de cesareas: 332.894 ▲

cientificas, tem base nas teorias de vfnculo emocional e de conforto social e espiritual". Claudia acredita que o acesso das mulheres a informa9ao de qualidade pode reduzir o excessivo mimero de cesarianas no Pafs, que ela classifica de "vergonha".

Gravida de seu segundo filho, a estilista carioca Kananda Scares, de 29 anos, optou duas vezes pelo parto humanizado.

Sua filha Yeda, de cinco anos, nasceu em casa sob os cuidados da enfermeira obstetra Heloisa Lessa. Aos nove meses da segunda gesta9ao, Kananda preparase para repetir o procedimento.

"A tensao diminui bastante, o fato de estar em casa traz um conforto a mais e fico mais proxima do bebe". No primeiro parto, ela dispensou a anestesia.

"A dor e perfeitamente suportavel, nada que leve aquela gritaria que a genre ve em cenas de filmes ou novelas".

A enfermeira Heloisa explica que sua fun9ao e zelar pela gravidez e facilitar o acesso da mulher a seu proprio instinto, mostrar

que todas sao capazes de dar a luz. Nos primeiros meses de gesta9ao as consultas sao feitas a cada 15 dias e no final passam a ser semanais. O acompanhamento e mais minucioso e leva em conta fatores emocionais.

Heloisa nao marca o parto se achar que sua paciente esta muito triste ou deprimida. Nao ha uma posi9ao pre-indicada para a tnae, no momento de dar a luz. "Pode ser de cocoras, de quatro, de lado. Ela vai descobrir o posicionamento que e mais confortavel para si e para o bebe", con ta. Depois, a mae pode se banhar numa pequena piscina inflavel. A inten9ao de fazer o parto de forma natural nao elimina os cuidados convencionais. Todo o encaminhamento de remo9ao hospitalar fica preparado, caso seja necessario. Dos 154 partos que realizou em casa, Heloisa so precisou recorrer ao hospital 11 vezes.

A intera9ao entre mae e filho na hora do nascimento e uma das principais perdas em caso de cesariana, acredita a epidemio-

logista Daphne Rattner, da Coordena9ao de Saude da Mulher do Ministerio da Saude. Para ela, a supervaloriza9ao da tecnologia e a origem do proble ma. Tanto assim, que as taxas mais altas de cesarianas sao verificadas no Sul e Sudeste, onde OS hospitais tem mais recursos

Os pianos de saude no Brasil tem cerca de 14 milhdes de mulheres em idade fertil e a Agenda Nacional de Saude iniciou uma campanha de esclarecimento sobre o exagero na prdtica de cesareas

tecnologicos. Segundo Daphne, a prolifera9ao de cesareas desnecessarias e dramatica."O mime ro de obitos associados a cesaria nas e quatro vezes maior do que no parto normal". Outra seria distor9ao e a interrup9ao precoce da gravidez, que tem feito o

Empresas deseauro-saude adotam providencias

Alem da campanha promovida pela ANS, as proprias empresas de seguro-saude tomam suas providencias. A Intermedica tem um programa com esse objetivo para diminuir a ocorrencia de cesarianas.

"Fazemos isso porque os riscos de complicagao para a mae e para o bebe sao muito maiores", explica Rodolfo

Pires, diretor de Promogao em Saude da empresa.

Para ele, ha duas causas importantes para explicar a grande ocorrencia de cesareas. Primeiro, muitas mulheres acreditam - equivocadamente - que essa operagao causa menos dores e menos problemas anatomicos. Em segundo, esta a comodidade dos medicos, pois gastam menos tempo em cada parto. Por isso, a Intermedica busca conscientizar maes e medicos. Lima das unidades da empresa, o Hospital Paulo Sacramento, de Jundiaf, recebeu o tftulo de "amigo da crianga", pelo estimulo ao aleitamento materno e ao parto normal.

numero de prematuros crescer consideravelmente. Alem disso, e comum a ocorrencia da slndrome do desconforto respiratorio no bebe, ja que a passagem pela vagina ajuda a crian9a a expelir agua dos pulmoes. Como na cesarea isso nao acontece, muitas vezes o recem-nascido acaba indo para a UTl. Os pianos de saiide tem 14 milhoes de mulheres em idade fertil e a ANS iniciou uma cam panha de esclarecimento sobre o exagero na pratica de cesareas. No ambito do Ministerio da Saiide, ha um premio para institui96es que se destacam na humaniza9ao da assistencia obstetrica e no incentivo ao parto normal. "Trabalhamos tambem na qualifica9ao e sensibiliza9ao de 1.857 profissionais de 457 maternidades de referencia em todos OS Estados", relata o ministro Jose Gomes Temporao. Outra iniciativa e a capacita9ao de doulas voluntarias comunitarias e o incentivo a forma9ao de enfermeiras obstetricas na assis tencia ao parto humanizado. A

Pouca flexibilidade

0 diretor de Gestao Medica da Bradesco Saude, Manoel Peres, concorda que o numero de cesarianas e bastante elevado, mas acredita que as empresas de seguro-saude tem pouca flexibilidade para infiuir no problema."Os valores pages pelas duas modalidades de parto sao identicos, nao ha estimulo economico", diz ele. Peres acredita que cabe a Bradesco Saiide agoes de prevengao, principalmente no que diz respeito a conscientizagao das pacientes. Para isso, a empresa langou o programa Juntos pela Saiide, com o objetivo de estimular o parto normal.0 executivo da companhia. no entanto, chama a atengao para um aspecto relevante: parece haver uma relagao entre o aumento de cesarianas e a queda da mortalidade perinatal."Quando bem usada, a cesarea e um recurso importante, nao deve ser descartado", diz ele. A,

Saude i
Revista de Seguros - Outubro - Novembro ~ De/embro 2007
Outubro Novembro Dezeivbro 2007- Revista de Seguros 271

Vida e Previdenciasintonizadas com OS novos desafios

w /Encontro Nacionalda FenaPrevidiscutiu as novas perspectivas do mercado e as oportunidades quesurgem em fungao da atuaiconjuntura econdmica do Pais

Nove meses apos sua cria-

9ao,a Federa^ao Nacional de Previdencia e Vida (FenaPrevi) realizou, em novembro, seu primeiro encontro nacio nal. Mostrou que o desafio de unir esses dois segmentos, assumido em mar^o deste ano, esta sendo vencido com sintonia fina entre os participantes do mercado e ajustes de propositos e metas de trabalho.

Para 2008, a expectativa e de crescimento de 20% sobre o resultado do ano anterior, com volume de reservas da ordem de cerca de R$ 140 milhoes.

O evento ocorreu entre 7 e 11 de novembro, no Flotel Praia do Forte Eco Resort & Thalasso Spa, na Bahia. Alem da diretoria da FenaPrevi, que la realizou duas reu-

I A FenaPrevi

"Os deasfios da FenaPrevi vdo desde a estabiiidade da relagao regulador-operadores ate o reconhecimento do setor como estrategico para o Pais"

e UFRJ; e desenvolvimento, com a Fenaseg (em transforma^ao na Confedera^ao Nacional de Segu ros, Resseguros, Previdencia Priva da, Saude Suplementar e Capitaliza^ao - CNSeg)e a Susep, de proposta de regulamenta^ao do seguro popular, ou microsseguro, um seguro de inser^ao social.

"Estamos oihando para um novo Brasil, cheio de oportunidades. Com certeza temos muito ainda a realizar"

pando a setima posiqao. Na avalia9ao de Marco Antonio Rossi, que comentou a pesquisa, este e um fato que evidencia a credibilidade conquistada pela previdencia pri vada aberta e a mudan9a de cultura da sociedade brasileira. "Nossa luta agora e para alcan9ar a primeira coloca9ao dessa lista".

nioes de trabalho, estavam presen: tes as principais lideran9as dos setores de Previdencia Privada e Vida do Brasil. Mais que um forum de debates de temas importantes para o desenvolvimento dos dois seg mentos, o I Encontro FenaPrevi significou um momento de integra9ao entre os participantes. As previsoes sobre os rumos da economia e do setor de Vida e Pre videncia do Pais deixaram todos animados. De acordo com os palestrantes, ambos deverao viver um ano de 2008 igual ou melhor que o de 2007. Tambem foram positives os prognosticos para o mercado de resseguro, que em janeiro deste ano deixou de set monopolio, por meio de Lei Fede ral. A expectativa e de que esse mercado venha a dobrar e ate triplicar nos proximos cinco anos.

Esse otimismo e mola propulsora na FenaPrevi. A entidade representa 89 entidades de previ dencia e seguradoras, que, juntas, constituem mais de 50% dos premios de seguros, segundo balanfo feito pelo presidente da entidade, Antonio Cassio dos Santos, na abertura do encontro. A FenaPre vi, disse ele, cumpriu praticamente todas as metas estabelecidas no inicio do ano, dentre elas, a que define os objetivos estrategicos para o trienio 2007-2010. Neste periodo deverao ser realizados os seguintes trabalhos: tipifica^ao, em conjunto com a Susep, da pre videncia vinculada a saiide e a educa9ao em linha com evolu^ao da acumula^ao das reservas de longo prazo; criaijao das tabuas biometricas brasileiras, trabalho de parceria entre FenaPrevi, Susep

Para Antonio Cassio, os desa fios para a FenaPrevi vao desde a estabiiidade da rekfao reguladoroperadores ate o reconhecimento do setor como estrategico para o Pais, tanto pela constitui^ao e manutengao de reservas de longo prazo, que dao suporte a politica macroeconomica, quanto pela mitiga^ao da pobreza por meio do desenvolvimento de produtos de microsseguro. Marco Antonio Rossi, 1° vice-presidente da federe9ao, apontou mais um: continuar a rota de conquistas que foi desenvolvida pela entida de antecessora, a VVssocia9ao Nacional de Previ dencia Privada (Anapp).

As perspectivas sao promissoras. Segundo pesquisa realizada pela Revista Exame — e publicada na edi9ao comemorativa dos 40 anos da revista- os pianos de pre videncia privada passaram a fazer parte da lista dos dez principais desejos da classe media do Pais, ocu-

Impactos positives do crescimento

Patrick Claude de Larragoiti Lucas, 1° vice-presidente da Fena seg e presidente da SulAmerica Seguros, ao analisar o mercado de seguros e previdencia, ressaltou dados que refletem mudan9as significativas no perfil do Pais e afirmou. "Estamos oihando para um novo Brasil, cheio de oportunida des. Com certeza temos muito ainda a realizar".

O cenario desenhado por ele

consta de crescimento economico (favorecido por taxa de juros reals em queda, aumento dos investimentos externos, eleva9ao do PIB, entre outros aspectos); redu9ao do trabalho informal; crescimento da popula9ao da terceira idade; inclusao social e aumento da capacidade de consumo das classes de baixa renda; reformas previdenciaria, trabalhista e tributaria; ambiente regulatorio e abertura do resseguro. Os dados apresentados mostram que as classes C e D deverao concentrar mais de 50% da renda total do Pais em 2011, e que a popula9ao com mais de 65 anos devera passar de 20 milhoes em 2020.

Os impactos dessa conjuntura no mercado segurador, segundo Patrick, sac de aumento da demanda para varios tipo de segu ros, como OS de riscos industriais e comerciais,de vida e previ dencia, de saiide empresarial; de crMito; os prestamistas; e o microsseguro.

O Mar

"PoLicas vezes o mercado discute seu papei de ir alem da sim ples oferta de produtos, de compreender as necessidades das pessoas e sugerir o que elas podem fazer na aposentadoria"

O consumo tambem deve aumentar nos segmentos de micro, pequenas e medias empresas e nos piiblicos de menor poder aquisitivo, como tambem entre as mulheres e pessoas da terceira idade. Patrick Larragoiti disse tambem que e preciso otimizar e ampliar a capacidade do

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Fotos: Arquivo Fenaseg
28 Revista de Seguros - Outubro Novembro - Dezembro 2007 ,Enortne % rorr.issO'"* OS ni. Tenios
Antonio Cassio O Patrick Larragoiti
Outubro - Novembro Dezembro 200" ■ Revista de Seguros 291

FenaPrevi

canal de distribui^ao, trabalhar junto aos orgaos reguladores para simplificar o ambiente regulatorio e expandir mais a cultura do seguro junto ao poder judiciario.

Aposentadoria de cam nova

Marcelo Gomes Teixeira, diretor da HSBC Seguros, ajudou a compreender melhor o que esta se passando com as pessoas, no Brasil e no mundo, em fun^ao das mudancas demograficas. Ele apresentou OS resultados de um amplo estudo sobre envelhecimento, atitudes e expectativas em rela^ao a aposentadoria, realizado em 2005 e 2006 pelo Grupo HSBC em 21 paises de cinco continentes, em que foram entrevistados 21 mil pessoas de 20 a 79 anos, sendo 1001 no Brasil.

Os brasileiros mostraram que tem visao positiva do fiituro, sentem-se saudaveis, independentes e produtivas, mas ainda saem precocemente do mercado de trabaIho. For outro lado, 71% dos entrevistados gostariam de continuar trabalhando o maximo possivel, ate quando se sentissem aptas para isso e nao simplesmente pela questao de ter atingido uma idade limite.

Um dos dados globais revelados pela pesquisa e que a aposentado ria esta deixando de set vista como inicio do fim,para set considerada um tempo de liberdade. em que trabaJho e lazer se mesclam e ate se confundem. Marcelo Teixeira disse que essa mudan^a de conceito gera grandes oportunidades para o mercado de seguros e de previdencia, mas que isso ainda nao esta sendo assimilado como deveria.

"Poucas vezes o nosso mercado discute o sen papel de ir alem da

"O resseguro tern um papelfundamental no aumento dos investimentos e isso ajudard ainda mais o risco Brasil"

simples oferta de produtos, de compreender as necessidades que as pessoas tem pela frente, e de sugerir mesmo o que elas podem fazer depois de se aposentarem".

No Brasil, a cren9a ainda predominante e a de que a aposenta doria e um dever do Estado, embora seja acentuada a falta de confianga na capacidade de o governo arcar com essa despesa. E justamente nesse espago que devemos trabalhar. Nao vamos esperar que o Governo resolva a questao da aposentadoria no

No Brosil,a crenga e que0aposentadoria e dever do Estado, embora seja acentuada a falta de confianga no apocidade de pogamento do governo

Pai's", sugeriu.

Nos outros paises ficou evidente que essa conta deve ser arcada pela propria pessoa, por meio de uma poupan^a adicional Privada, ainda que cobrada de forma compulsoria. E que quanto naais tarde isso vier a ocorrer melhor. Ou seja, ampliar a idade iimite para a aposentadoria.

Outra constata^ao foi a mudan9a de alguns conceitos nas empresas, como a valoriza^ao do trabalhador mais idoso, por exemplo. O palestrante explicou que os empregadores hoje acreditam que a for^a de trabalho da pessoa idosa e tao produtiva quanto a dos jovens — e que os empresarios se ressentem da pouca preserva9ao do conhecimento adquirido pelos trabalhadores mais experiente.

Marcelo Teixeira tambem ressaltou o leque de oportunidades que a nova visao de aposentadoria abre para o mercado de seguros e previdencia. E foi taxativo: "Nao somos simplesmente agentes de acumula9ao e pagadoria. Temos de ser mais do que isso".

Resseguro livre: novas oportunidades

O Secretario da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, Joa quim Levy, encarregou-se de mostrar as vantagens que a abertura do resseguro trara para o mercado segurador ao Pais. Para ele, a diversifica^ao do risco vida e uma grande contribui^ao da liberaliza9ao do resseguro — e a entrada em breve de novos investidores tam bem vai dar um impulso novo ao mercado. O resseguro tera um papel fundamental no aumento dos investimentos e isso ajudara a melhorar ainda mais a percep^ao do risco Brasil".

Joaquim Levy defendeu a instaaqao no Estado do Rio de Janeiro de um polo de servi^os de ressegu ro, por motivos que ele chamou de racionais . Alem da tradiijao e infra-estrutura do Estado no setor de seguros - na capital estao as prindpais entidades, escolas de forma^ao profissional e grandes clientes - ele apontou tambem o

interesse do Governo Estadual em ajudar a desenvolver o potencial da indiistria do seguro e o facil acesso a aeroportos regionais e internacionais e a ampla rede de telecomunicafoes existente. "E tambem pelo fato de que o Rio de Janeiro flcaria muito mais sexy", brincou.

Ousadia e coragem em 2008

Uma analise mais profunda da economia foi motivo da exposi^ao esclarecedora do jornalisra e cientista economico Luiz Paulo Rosemberg. Ficou facil, por exemplo, entender a crise desencadeada pelo setor imobiliario nos Estados Unidos que afetou o mundo todo, e a forma como o Brasil administrou e vem administrando os reveses disso. "Nunca imaginei viver um momento economico como esse nem que o Par's conseguisse administrar a crise interna de

Liberdade de expressao

S Temas tecnicos e economicos nao foram os unices do encontro. A FenaPrevi convidou os jornaiistas

Artur Xexeu e Herodoto Barbeiro (foto) para faiarem de um assunto que cada vez mais se mostra essencial: o relacionamento entre o mundo corporativo e a imprensa. Eies abordaram desde questoes praticas, do dia-a-dia de uma redagao, ate pontos mais especificos como 0 papel da imprensa, etica e construgao de credibilidade, passando ainda por tendencias, entre outros.

Um resumo das informagoes transmitidas pelos dois jornaiistas:

® A missao do jornal nao e fazer a cabega do leitor, mas propiciar-Ihe espirito cn'tico para que tire suas prdprias conclusoes.

® A definigao de uma capa de revista, de um jornal, nem sempre e

O LuizPaulo Rosemberg

"Nunca imaginei viver um momento como esse e ver o Pais administrar a crise interna de forma tao competente"

forma tao competente", afirmou.

Caso a economia brasileira continue evoluindo, o Brasil deixara de ser uma China em potencial para ser um grande Chile, apostou Luiz Rosemberg. Para ele, o controle da inflafao e uma das grandes conquistas da sociedade brasileira. E o credito, que nao para de crescer, disse, transformou-se em "varinha magica", por permitir acessar renda futura."O efeito do credi to e um dinamizador".

Reconheceu, no entanto, que

ainda ha muitos pontos que precisam de ajustes. Os gastos do Governo, a carga tributaria e os encargos trabalhistas sao alguns deles. Luiz Rosemberg considerou OS impostos muito altos face ao pouco retorno,em forma de servi90s, a sociedade."O Brasil tributa como rico e retorna como pobre".

O Brasil tem a maior taxa de encargos trabalhista - 102,5%, enquanto os Estados Unidos a menos,9%,comparou.

O cientista economico mencionou ainda a excelente perfor mance do Brasil nas exporta96es. A previsao, disse, e que as reservas brasileiras cheguem a U$ 20 bilhoes em 2008, ultrapassando a China e a Russia. "E uma bobagem pensar que o Brasil esta vivendo uma bolha. Vai haver desaquecimento sim, mas e inegavel que o Brasil vem melhorando bastante nos liltimos anos". A

determinada por interesses puramente jornalisticos.

* Fungao do jornalista e separar o joio do trigo e publicar o joio.

* Jornalista tem de ser cobrado de isengao.

e Uma notfcia mal apurada impacta violentamente a empresa envolvida.

e 0 compromisso com a democracia

e sagrado: a errata deve ocupar o mesmo espago dado a noticia equivocada.

® Numa crise da empresa,

0 empresario nao pode enfrentar a imprensa de peito aberto. Tem de estar muito bem preparado para dar entrevista sobre o assunto.

' Quando a empresa se nega a falar, o jornalista vai publicar a sua convicgao.

* 0 relacionamento empresa-imprensa e uma construgao de confianga.

® A marca, a imagem de uma empresa vale mais do que os seus ativos. A

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RevistQ de Seguros - Outubro Novenibro - Dezembro 2007
Outubro - Novembro - Oezeinbro 2007- Revista de Seguros

0

Seguradora Lfder dos Consorcios do Seguro DPVAT

Sistema deconsorcio vai geriroseguroDPVAT

Segumdora nasce como uma das cinco maiores do Pois,com volume depremios de R$4bilhdes

ApaxtirdeJaneiro de2008,o

Seguro Obrigatorio de Danos Pessoais Causados por Vei'culos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) passa a ter um novo modelo de administragao. Entre as mudangas destaca-se a ado9ao do sistema de Consorcios para a operagao dos atuais convenios do seguro obrigatorio de vei' culos (em geral) e de onibus, vigente nos ultimos 21 anos.

A gestao dos Consorcios sera da Seguradora Li'der dos Consor cios do Seguro DPVAT, empresa criada especificamente para esse fim e que ja nasce como uma das cinco maiores do Pais, com prA mios anuais de R$ 4 bilboes. Constituida na forma de uma

sociedade anonima de capital fechado, a seguradora tera capital inicial de R$ 15 milhoes e 56 outras seguradoras como socias. O maior acionista sera a Bradesco Seguros, com 15,4% do capital, seguida pela Seguros (13,7%) e a Porto Seguro (8,8%).

A reestrutura9ao das opera96es tem por base a Resolu^ao n° 154, do Conselho Nacional de Seguros

Privados (CNSP), editada em 08/12/2006, para promover o alinhamento das opera^oes do chamado Seguro Social com as mais modernas praticas de governan^a corporativa e de transparencia, informa o diretor geral do ConvA nio DPVAT, Ricardo Xavier.

"A gestao operacional do segu ro sera concentrada em uma estrutura organizada especificamente

Em meio a uma tragedia pessoal, um certo alento. Esse parece ser 0 sentimento dos familiares das vitimas de acidentes de transito ao receberem a indenizagao do seguro DPVAT. Como foi o caso do professor Caubi Bianck, 58 anos, que perdeu o filho em um acidente de moto em abril deste ano. Ele revela nao ter tido dificuldades para receber os R$ 13,5 mil do sinistro por morte. "Peguel algumas informagoes no site, reuni toda a documentagao e encaminhei 0 pedido junto ao Convenio DPVAT. Em poucos dias 0 valor toi depositado na minha conta", atlrma.

para este objetivo, subordinada h regras prudenciais aplicaveis as companhias de seguro", diz ele. O novo sistema facilitara a fiscaliza9ao da Superintendencia de Segu ros Privados. "A partir do registro de todas as operagoes dos Consor cios nos livros e registros da Segu radora Lfder, a Susep podera acessar a totalidade de suas operates".

Segundo Ricardo Xavier, a cria9ao da Seguradora Li'der permitira a ado9ao dos instrumentos de controles internos e de governan^a corporativa minimos exigidos para as demais seguradoras do mercado.

Reduqao dasfraudes

Do ponto de vista dos beneficiarios, as prioridades continuam as mesmas: aumentar a divulga9ao do seguro para torna-lo mais conhecido e diminuir o risco de fraudes e de pessoas lesadas. Segundo o executivo, o Convenio DPVAT vem desenvolvendo um trabalho intenso neste sentido, com a amplia9ao dos canais de comunica^ao com a sociedade e com a imprensa e por meio tambem de diversas parcerias com orgaos piiblicos.

0 padre da Paroqula Bom Pastor (de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro) Gilson Oliveira da Silva, 41 anos, Intorma que tambem para ele 0 processo toi tacil. Moradora da cidade de Natal (RN), sua mae foi vitima fatal em um acidente de transito ocorrido ha dois anos. Do Rio de Janeiro, 0 religioso deu infcio ao processo para 0 recebimento da indenizagao do DPVAT em nome de seu pai, Miguel Laurentino da Silva, "Correu tudo bem, reuni toda a documentagao, entrei com 0 pedido e recebi 0 valor um dia depois", diz ele.

Mas embora a sua experiencia tenha sido positlva, padre Gilson alerta

Recentemente foi treinada a equipe do Nucleo de Apoio ^ Vi'timas de Acidentes de Transito do Detran-RJ para orientar mellior as vi'timas sobre o DPVAT. E no Parana, atrav& dos Sindicatos das Seguradoras e dos Corretores de Seguros,foi firmada parceria com a Poli'cia Rodoviaria, para constar informagoes sobre o segu ro nos boletins de acidente."Pretendemos estender esta agao ^ poli'cias de outros estados".

Ricardo Xavier informa que as Assembleias Legislativas de diversos Estados estao propondo a criagao de leis que determinam a exposigao de informagoes sobre o DPVAT em hospitais piiblicos, flinerarias, delegacias, para dimi nuir a atuagao do atravessador.

Mais divulgagao

Assim como a eliminagao das fraudes, a maior divulgagao sobre o DPVAT e de fato um dos grandes desafios do mercado segurador. O niimero de vei'culos segurados no Brasil e de cerca de 33,5 milhoes e a cobertura do DPVAT e extensiva as vi'timas de acidentes de transito na totalidade da popu-

lagao, sem a necessidade de comprovagao do pagamento do seguro pelo proprietario do vei'culo. No entanto, o senso comum entre os brasileiros e que o DPVAT nao passa de um imposto, mais uma taxa que nao resulta em qualquer benefi'cio para o cidadao.

Nao e verdade. E os mimeros comprovam: de Janeiro a novem bro foram pagas 230.785 mil indenizagoes referentes a sinistros de morte (R$ 13,5 mil), invalidez permanente (ate R$ 13,5 mil) e despesas com assistencia medica (ate R$ 2,7 mil), totalizando o desembolso de R$ 1,154 bilhao.

Em 2006 foram desembolsados pelo Convenio R$ 1 bilhao em indenizagoes a 193 mil pessoas e suas fami'lias. A movimentagao de premios no seguro DPVAT chegou a R$ 2,9 bilboes, com crescimento de 49% em relagao a 2005.

Do total de premios arrecadados, 45% sao destinados ao Eundo Nacional de Saiide(ENS)— gestor do Sistema Unico de Saiide(SUS), que custeia o atendimento hospital ^ vi'timas - e 5%, ao Departamento Nacional de Transito (Denatram) para a realizagao de

programas de redugao de aciden tes. A previsao para este ano e de um volume ainda maior. O niime ro de indenizagoes devera chegar a 259 mil, informa o diretor do Convenio,Jose Marcio Norton.

Sistema de pagamento

Outro grande desafio a ser vencido pelo Convenio, as operagoes fraudulentas sao estimadas em 3% do total de indenizagoes pagas.

Esse I'ndice, porem, esta longe de corresponder a realidade, admite o diretor. Ele avalia que o niimero de fraudes pode corresponder a ate 11% do total de desembolsos.

Nesta frente, Jose Marcio Norton informa que o Convenio DPVAT vem desenvolvendo varias agoes. Entre elas o aperfeigoamento do sistema de pagamento.

O pagamento das indenizagoes e realizado sem a necessidade do registro da identificagao por parte do favorecido, quando feito por ordem de pagamento, o que, facilita o ptocesso e tambem abre espago para a agao de pessoas inescrupulosas. "Muitas vezes sao pes soas que descobrem que a indeni zagao esta liberada, conhecem o beneficiario, forjam os documen tos e recebem indevidamente".

sobre a necessidade de maior divulgagao do seguro para a populagao, principalmente junto as parcelas mais carentes. Ele conta que gragas ao alerta feito por um amigo corretor de seguros nao se tornou mais uma vitima dos golpes apiicados pelas funerarias.

Segundo ele,se aproveitando de um memento de tristeza e constemagao da tamilia, em razao da morte de um ente querido, as funerarias se apropriam do valor da indenizagao do DPVAT."Elas dizem que vao resolver tudo e,sob esse pretexto, solicitam uma serie de assinaturas em varies documentos. Ai quando a pessoa se da conta ja e tarde". A

Para reduzir o risco, o Conve nio criou a alternativa do paga mento atraves da conta poupanga, que, diferente da conta corrente, nao tem custo de manutengao.

CaubiBlank:

O professorse orientou pelo site para receber o pagamento do seguro pela morte de seu filho.

Segundo o diretor, varias instituigoes bancarias Ja estao participando e o custo da abertura da conta sera do Convenio DPVAT. Jose Marcio Norton explica que com a conta poupanga, a pessoa beneficiada devera anexar aos documen tos exigidos uma copia do seu documento de identificagao, diminuindo assim o risco de fraude. A.

Seguro Social X
^^dlidade norecebimento daindeniza0o
Fotos: Rosane Bekierman
tem 32 ;9lPVe4" UevBtD deSeguros- Outubro - Novembro - DezembrO 2007
O Padre Gilson; O religioso resolveu,do Rio deJaneiro, o pagamento da indenizagao pela morte de sua mae,em Natal, RN.
(WP
Outubro Novembro Dezembio 2007 - Revista de Seguros

O boomda America Latina

OA recessao norte-americana abre caminhospara investimentos na America do Sui, principalmente em paises democraticos ecom bons niveis de crescimento

Fotos: Arquivo Fenaseg Denise Bueno

OS mercados da America

Latina estao mals atraentes do que nunca. Esta afirma^ao vem de todos os lados — de organismo internacionais, como a Organiza(;ao para a Coopera9ao e Desenvolvimento Economico (OCDE),de Alan Greenspan, que presidiu o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, por quase 18 anos, e dos especialistas em seguros."Temos a certeza de que havera um grande aumento de seguradoras na regiao nos proximos cinco anos", disse Robert Kerzner, presidente e CEO mon dial da Limra International, organiza9ao de pesquisas relacionadas ao mercado de seguros de vida e previdencia, durante Conferencia Latino-Americana, realizada juntamente com a Conferencia Internacional da Limra, entre os dias 28 e 31 de outubro, em Boston, Estados Unidos.

Alan Greenspan acredita em uma recessao na economia norteamericana no proximo ano em razao da crise imobUiaria (subprime). So este episodio recente fez com que o valor de mercado do setor financeiro nos EUA perdesse mais de US$ 300 bilboes neste ano. Segundo declara^oes feitas por ele durante palestra de encerramento do evento, a recessao americana so nao veio antes em virtude do expressivo volume de lucro das empresas fora dos EUA."Os mer cados latinos vao muito bem. As

As economias(da America Latina)se mostraram quase que imunes a crise do subprime,apesar da globalizagao da economia.0Brasil esta muito melhor do que qualquer um poderia ter imaginado"

economias se mostraram quase que imunes a crise do subprime, apesar da globaliza^ao da economia. O Brasil esta muito melhor do que qualquer um poderia ter imagina do", disse Greenspan.

O nivel de crescimento dos par ses da America Latina e a estabilidade democratica sao normas hoje para a regiao e nao uma mera exce9ao, como no passado, afirmou a OCDE no estudo "Perspectivas

Economicas da America Latina em 2008". O levantamento da organizagao, sediada em Paris, ascende o farol verde para os investidores interessados em acompanhar a evolu^ao das economias da regiao. Em 2006, a regiao recebeu US$ 72,5 bilboes, um recorde em investi mentos estrangeiros diretos.

Outro estudo, "Panorama So

e Venezuela, esta entre os que obtiveram o meUior resultado no que diz respeito ao aumento do emprego e da renda das familias. Ou seja, melborou a distribui^ao de renda, pre-condi^ao para um desempenbo significativo dos setores de seguros e de previdencia privada.

Palestram revelam a experiencia dos paises Para discutir o pontencial dos produtos de pessoas na regiao, um comite liderado por Antonio Cassio dos Santos, presidente da Mapfre no Brasil e tambem da Federa9ao Nacional das Empresas de Vida e Previdencia Privada Aberta (FenaPrevi), organizou uma serie de palestras para mostrar a expe riencia de cada pats no evento da Limra, entidade criada ba 90 anos nos Estados Unidos e que reiine mais de 800 seguradores-membros, espalbadas por 64 paises no mundo todo.

cial da America Latina" divulgado em novembro pela Comissao Economica para America Latina e Caribe (Cepal), tambem destaca positivamente o crescimento eco nomico da regiao. A America Latina permitiu que 15 milboes de pessoas saissem da pobreza e 10 milboes deixassem de set indigentes, em 2006, conforme mostra o levantamento.

No entanto, cerca de 40% da popula^ao, aproximadamente 200 milboes de pessoas, ainda vivem em condi^oes de pobreza. As proje96es da Cepal sao otimistas. Mostram que a America Latina devera encerrar 2007 com 190 milboes de pessoas pobres, o niimero mais baixo registrado nos ultimos 17 anos, frisou o estudo.

E o Brasil, ao lado da Argentina

O mercado de seguros {non life) e de vida e previdencia {life) respondem por 2,4% do Produto Interno Bruto (PIE) da America Latina. Esse percentual mostra o grande potenciai da regiao em compara9ao com paises desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a penetra9ao de seguros supera 8,7% e na Europa,7,3%- O Indice per capita de seguro na regiao nao supera US$ 150, enquanto nos EUA esta acima de US$ 3,5 mil.

"A America Latina responde por 6% da economia mondial e por 9% da popula9ao do planeta, mas fica somente com 1,9% dos quase US$ 2 trilhoes em premios movimentados mundialmente , disse Victoria Bejano de la Torre, presidente da Mapfre na Colom bia, em apresenta9ao na Conferen cia Latino-Americana da Limra.

"A Amdica Latina responde por6% da economia mondiale por9% da populagao do planeta, mas fica apenas com 1,9% dos quase U5$2trilhoes em premios movimentados mundialmente"

Segundo ela, um dos grandes potenciais da regiao esta no microsseguros. "A Mapfre tem apostado neste nicbo de mercado, com pro dutos de US$ 2,50, e tem tido um bom desenvolvimento".

Na Argentina, o grande desafio dos executivos das seguradoras e recuperar o faturamento que registravam antes da crise da economia que abalou o pals em 2001. Os premios de seguros de vida calram

0mercado de seguros e de vida e previdencia respondem por2,4% do PIB da America

Latina,o que mostra o grande potenciai de crescimento da regiao

de US$ 12,7 bilboes em 2001 para US$ 2,6 bilboes em 2003. Ate o ano passado, as seguradoras estavam longe de seus objetivos, encerrando 2006 com premios de US$ 3,8 bilboes, enfatizou Eduardo Cassese, vice-presidente da Alico Seguros, subsidiaria local da AIG.

No Chile, pais-modelo quando

o assimto e reforma da previdencia social, o desafio esta em desenvolver o seguro de vida puro e a renda vitallcia. "O aumento de regras para solicitar aposentadoria antecipada fez a participa9ao de renda vitallcia cair de 70% em 1997 para 44% em 2007", disse Fernando Sina Gardner, CEO da Corpvida, uma das maiores seguradoras de vida do Chile.

Modelo braslleiro de canalde vendas

O Brasil, elogiado mundial mente como um case de sucesso no que diz respeito a venda de seguro nas agencias bancarias, foi representado por Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Vida e Pre videncia. Ele falou aos presentes sobre o bem-sucedido modelo do canal alternativo de venda."Temos 18 tipos de seguros de vida e 25 tipos de pianos de previdencia. Isso so e posslvel porque, desde a decada de 90, atuamos com profissionais especializados para mostrar o melhor caminbo aos clientes da corpora9ao Bradesco. So assim foi posslvel ter o sucesso de vendas que temos boje, com a lideran9a absoluta do setor , disse o executivo.

Segundo Robert Kerzner, o Brasil precisara de ate 15 anos para cbegai' na fase "3", caso nao baja surpresa alguma na economia. Um tempo curto comparado ao perlodo em que o Reino Unido ievou (300 anos) para atingir o ultimo estagio de desenvolvimento (fase '4"). Ja OS Estados Unidos precisatam de 150 anos para concluir a mesma trajetoria. "Tudo isso mos tra que o setor de vida e previden cia tem potenciai de triplicar suas vendas na regiao, com uma boa margem de rentabilidade, o que atrai ainda mais investimentos", concluiu o CEO da Limra. ^

Tendendos
O Alan Greenspan(OCDE):
Revista de Seguros - Outubro - Novembro - Dezembro 2007
O Victoria Bejano(Mapfre):
Outubro Novembro Dexmbro 2007 - Revista de Seguros

Setordeseguros avan^nopregdo

O O movimento de consolidagao nasseguradoras

tera urn catalisadorregulatorio.A partir de2008, novasregras desolvencia entram em vigore reforgam aimportancia da estrutura de capital

tes passaram a aproveitar com mais intensidade a euforia que levou dezenas de empresas a Bolsa de Valores de Sao Paulo (Bovespa) nos ultimos quatro anos. Desde setembro de 2006, Medial, Odontoprev, SulAmerica

Seguros e Ami!Assistencia Medica Internacional recorreram ao pregao com o objetivo de captar recursos — seguindo um movimen to que teve, em 2004, a Porto Seguro como pioneira, desde que OS negocios na Bolsa entraram numa curva ascendente a reboque do crescimento da economia e da liquidez mondial. A julgar pela movimenta^ao no setor, a tendencia continuara em 2008. Maritima Seguros e Cia. de Seguros

Minas Brasil ja iniciaram os procedimentos para conquistar novos acionistas via Bovespa. "A Bolsa de Valores e fonte de recursos abundante no atual cenario economico brasileiro, que tem oferecido capital a um custo muito atraente", diz o advogado Jose Diaz, da area de mercado de capitais do escritorio Demarest. Em termos proporcionais, a participa^ao do setor segurador na

Bolsa ainda e pequena, mas a variafao de sen volume mostra como o investidor esta interessado nessas empresas. Juntas, as companhias dos segmentos de services medicos e de seguros na Bolsa tem valor de mercado de R$ 23,4 bilboes. Ha um ano, este valor era de R$ 8,6 bilboes — um crescimen to de 171%. No periodo, o valor de mercado de todas as empresas na Bolsa cresceu 85% - de R$ 1,3 trilbao para R$ 2,5 trilbao.

A participagao das empresas do setor avan^ou de 0,6% para quase 1%. Para Paulo Botti, da consultoria G5, e um crescimento expressivo, sem diivida, mas ainda insipiente."E um resultado muito menor do que o observado em outros paises em que o seguro ja atingiu uma maturidade maior, como na Europa". No fim de novembro, por exemplo, rumores sobre a consolidagao de grandes seguradoras puxou abas de quase 2% em um dia nas bolsas da Fran9a e da Inglaterra. Para o especialista, porem, a tendencia e de crescimento.

Abertura de capital

muda a vida das empresas

Atrair novos socios por meio de uma abertura ou amplia^ao de

capital na Bolsa muda para sempre a vida da empresa, como afirma Jose Roberto Pacbeco, diretor de relates com investidores (RI) da Odontoprev. "Abrir capital requer planejamento e compromisso com a divulgagao de informa^oes". Para especialistas, empresas familiares tem nessa obrigatoriedade um entrave - o que explica o fato de ainda existirem poucas segurado ras de capital aberto. Alem da Superintendencia de Seguros Privados (Susep) ou da Agenda Nacional de Saiide(ANS),as companbias ganbam novos fiscais, que sao a Comissao de Valores Mobiliarios(CVM)e os investidores.

Na Odontoprev, que abriu capital em dezembro de 2006, ba seis pessoas de prontidao para fornecei informa^oes ao mercado.

Mas OS novos "bisbilboteiros" nao existem apenas para cobrar, segundo Alexandre Peev, gerente de RI da Porto Seguro. "Os analistas tambem trazem o olbar do merca do, com sugestoes e questionamentos que nos fazem refletir sobre o negocio".

O objetivo das empresas e,

sobretudo, levantar capital para sustentar os pianos de expansaoem especial, por meio de aquisigoes. Na Medial, parte dos R$ 1,5 bilbao adquiridos na Bolsa foi usada na compra de concorrentes, como a Amesp,afirma o diretor de RI da empresa, Vitor Faga. O movimento de consolidaq:ao nas seguradoras tera um catalisa dor regulatorio. A partir de 2008, novas regras de solvencia para o setor entrarao em vigor e determinarao refor^o significativo na estrutura de capital. "Algumas empresas viram o IPO (sigla em ingles para oferta piiblica de a^oes) como forma de levantar recursos para se enquadraem nas novas regras", diz Joao Marcelo Maximo dos Santos, advogado especializado em seguros do Demarest.

Empresas menores serao alvos das grandes Para especialistas, as empresas menores que nao tiverem folego para atender a exigencia nem para abrir capital serao aivo das maiores. "Neste movimento, seremos consolidadores do mercado", ava-

lia Arthur Farme d'Amoed, vicepresidente de RI da SulAmerica, empresa que tambem investira os R$ 1,4 bilbao captados na amplia^ao do capital em mercado (a empresa ja tinba uma pequena parte do capital na Bolsa) no desenvolvimento de prodtitos e na

Juntas,as empresas de servigos medicose de seguros na Bolsa tem valor de mercado de R$23,4 bilhoes.

Ha um ano,era de R$8,6 bilhoes, um crescimento de 171%

expansao geografica, principalmente no Sudeste.

As a^oes das seguradoras tem agu^ado o apetite dos investidores estrangeiros. Na oferta da SulAme rica, 84% das aqoes ficaram em carteiras internacionais. Mas nao e so. O corretor paulista Bras Miran da e um novo socio da familia Larragoiti, principal acionista da

SulAmerica. O negocio marcou sua estreia na Bolsa como investi dor. "Escolbi a empresa porque acredito no crescimento do setor segurador e, pafticularmente, na capacidade da empresa de inovar, e planejo comprar mais a^oes".

A lista de beneficiados com o desembarque do setor na Bolsa nao se restringe a investidores como Miranda. Nem as empresas que levantaram recursos a custos inferiores ao cobrado pelas linbas de fmanciamento convencionais. Numa visao restrita ao setor, quem comemora sao as empresas listadas na Bolsa — que passam a ter informa^oes das empresas antes fecbadas. "A transparencia estimula a competitividade, pois, ao conbecer a estrategia do concorrente, as empresas buscam supera-lo com inova^ao", diz Peev. Numa visao mais ampla,empresas sadias trazem ganbos para toda a sociedade, porque com mais informa(;6es dispomVeis o consumidor pode fazer uma escolba mais acertada. E mais um incentivo a concorrencia no setor e ao seu desenvolvimento. A

Mercado de Capitals
Asseguradoras independen-
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Revista deSeguros- Outubro Novembro - Dezembro 2007
Empresas de saiide e seguradoras de capital aberto iV'fc-v 23.426
I EVC EVOLUQAO DOS VALORES DE MERCADO -(R$ bilhoes)
Outubro 2006 Outubro 2007 Bovespa 1.353 2.503 Outubro 2006 Outubro 2007
VALORIZAQAO DAS AQOES DESDE A ESTREIA (R$)
Variagao % '" I : I •V'-' Varlacao % tv
Empresa Na data da estreia Em 23/11/2007 Varlacao % Porto Seguro 22/10/04 18.7.5 64 15 24? Medial 22/09/06 21.50 22.81 6 Odontoprev 01/12/06 28.00 49.00 75 SulAmerica 05/10/07 31.00 29.39 -5 Amil 29/10/07 14.00 15.50 10 Fonte:
Bovespa
Outubro Novembro Dezembro 200' - Reeista de Seguros

Osrigoresdaleicontra mortesno transito

OManifestagoesem todo o Pafs reivindicam penas maisseveras para os crimes de transito

Gramas ao Codigo Brasileiro

de Transito (CTB) o use do cinto de seguran^a e urn habito consolidado entre a popula^ao. Tambem gramas a ele, OS motoristas infratores podem perder o direito de dirigir. Mas, mesmo com esses avan90S, o CTB nao foi capaz, ao longo dos ultimos 10 anos, de frear a evolu^ao do niimero de acidentes de transi to, sobretudo os fatais. Motoristas que, embriagados ou sob efeito de drogas, causam acidentes com morte sao, no maximo, processados pot homicidio culposo (sem inten9ao), cuja puni^ao preve a reclusao pot seis meses ate tr& anos, podendo set convertida em pena alternativa.

Esse foi um dos motivos que levaram imimeros parentes de vi'timas de transito a participar das manifestacjoes realizadas no dia 18 de novembro em diversos pontos do Pai's no Dia Mundial em Homenagem as Vitimas de Transito, cuja data foi institui'da pela Organiza9ao das Na96es Unidas(ONU).

"Quero que a morte de minha esposa nao tenha sido em vao. Quero apenas justi9a", desabafou Luiz Claudio Vasconcelos, que participou, ao lado do filho ca9ula de 16 anos, da missa celebrada em memoria das vi'timas de tran sito, realizada na Catedral Metro-

politana de Brasilia(DF). Ele perdeu a esposa num gravfssimo acidente de transito, que teve outras duas vitimas fatais, no dia 6 de outubro. O carro que dirigia se chocou com outro veiculo conduzido pot um motorista alcoolizado, que trafegava a mais de 140 km/h sobre a ponte Juscelino Kubitschek, supostamente participando de uma racha.

Na missa, Vasconcelos e outros parentes de vitimas presentes comemoraram a decisao do Superior Tribunal de Justi9a (STJ), divulgada dois dias antes, de levar a jiiri popular um estudante que em 2004 provocou a morte de um advogado, tambem sobre a ponte JK, em colisao a 165 km/h.(veja box). Mas Brasi lia tem sido exemplar na aplica9ao do CBT, especialmente em

Justing as vitimas

f> Convenio DPVAT/Fenaseg Equipe distribui material informativo sobre direitos dos parentes cas vitimas

rela9ao ao o uso do bafometro. Apenas neste ano na capital 600 motoristas tiveram suas carteiras de habilita9ao apreendidas pelo Departamento Transito (Detran), por dirigem embriagados.

Rio de Janeiro defende agravamento de puniqoes Mudan9as na legisla9ao foram uma das principals reivindica96es de parentes e amigos de acidentados reunidos na praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro.

SEm inedita decisao, no dia 14 de novembro, a 5®Turma do Superior Tribunal de Justiga (STJ) do Distrito Federal levara Rodolpho Felix Grande Ladeira a jiiri popular pela morte do advogado Francisco Augusto Nora Teixeira, em um acidente de transito em Brasilia, ocorrido sobre a ponte JK, em 2004. Segundo o laudo oflcial, quando bateu na traseira do carro dirigido por Teixeira, seu carro estava a 165 km/hmais que o dobro da velocidade maxima permitida no local.

0 STJ entendeu que "quem dirige a 165 por bora pode nao ter a intengao de matar, mas, certamente, esta assumindo o risco pela tragedia", conforme o voto do relator do processo. Ladeira foi denunciado pelo Ministerio Publico por homicidio doloso eventual, com perigo comum. Sera a primeira vez que um responsavel por morte no transito ira a jiiri por homicidio qualificado, a pior tipificagao posslvel, equiparada a de crime hediondo, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisao. 4

Eles defenderam o agravamento das puni96es para os condenados por provocar acidentes com morte, que passariam a ter o mesmo tratamento legal que os homicidas intencionais, ou seja, julgados por crime doloso (com inten9ao).

Durante o evento, os manifestantes colheram assinaturas para a aprova9ao do Projeto de Lei 798/07, que cria penas alternativas para motoristas acusados de provocar acidentes por estarem bebados, drogados ou por dirigem em alta velocidade. Conforme a proposta, ao inv& de penas alternativas, como o pagamento de cestas basicas, os condutores con denados passariam a trabalhar junto as equipes de resgate de feridos em acidentes.

Para divtilgar os direitos de parentes de vi'timas transito em rela^ao ao seguro DPVAT - seguro de Danos Pessoais Causados por Vei'culos Automotores de Via Terrestre —, uma equipe do Convenio Dpvat/Fenaseg distribuiu material informativo. Em 2006, mais de 193 mil pessoas foram beneficiadas por esse seguro, que preve a indenizaqao de R$ 13,5 mil em

Manifestantes

coiheram assinaturas para aprovarProjeto de Leique cria penas olternativas para motoristas bebodos ou drogados, acusados de provocar acidentes

caso de morte, de ate R$ 13,5 mil em casos de invalidez permanente e o reembolso de despesas medicas e hospitalares de ate R$ 2,7 mil. •

Igreja:missas em apoio

Em Teresina (PI) e em Manaus (AM), as homenagens as vitimas de transito contaram com o apoio da igreja catolica na celebra9ao de missas, ressaltando os temas paz no transito, respeito ao proximo e valorizagao da vida. Para conscientizar a popula9ao foram distribui'das cartilhas com os Dez Mandamentos do Transito, publicados sob orienta9ao do Vaticano. Em Curitiba (PR), um culto ecumenico reuniu fieis e policiais rodoviarios e militates em memo

ria das vi'timas de transito. No primeiro semestre, cerca de 28,4 mil pessoas sofreram acidentes de transito no Parana, das quais 770 perderam a vida.

Minas Gerais, que detem a maior malha viaria do Brasil, com mais de 10 mil quilometros de estradas federals, e que acordo com a Polida Rodoviaria Federal (PRF), lidera o triste ranking de mortes, com 816 vi'timas fatais neste ano, tambem aderiu a manifesta9ao. O Programa de Redu9ao de Acidentes de Transi to de Minas Gerais (PARE-MG) reuniu no centro da capital, estudantes, religiosos e representantes de entidades. A mobiliza9ao atingiu, ainda, simultaneamente as capitals do Rio Grande do Sul e do Espi'rito Santo e outros munici'pios brasileiros.

Dentro do mesmo espi'rito, o Departamento de Polida Rodovia ria Federal promoveu, em 11 e 12 de dezembro, o Seminario Nacional para Redu9ao de Mortes e Aci dentes em Rodovias, em Brasilia, com o apoio da Fenaseg. O objetivo foi apontar solu96es para reduzir OS acidentes em rodovias. A

Transito
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APAZNomn HPCAG®
Fotos: Arquivo Fenaseg Andre Durao n Manifestagao em Brasilia
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Faixa na manifestaqao pelo Dia Mondial das Vitimas de Transito lembra que a paze responsabilidade de todos O Polida Rodovidria
Revista de Seguros - Outubro Novembro - Dezembro 2007
Policiais do Parana assistem a celebragdo de missa que fez parte das manifestaqoes promovidas no Estado
Outubro Novembro Dezembro 2007 -Revista de Seguros

U Carlos

Eduardo Lugati: "0 diferencial do curso e habilitar um executive,que torna-se um gestorde nivelmais elevado"

Expansao de mercado cria necessidade de bonsgestores

OAntenada com a future,a Escola oferece o curse de graduogae em Administragae e aumenta asperspectivesprefissienais desalunes

Apresen^a de um bom numero

de alunos nas tres linicas turmas no Pai's de graduagao em Administraqao com enfase em seguros, previdencia e capitaliza(;ao, na vespera dos feriados compreendidos entre os dias 15 e 20 de novembro, e o primeiro sinal de surpresa. Na seqiiencia, o depoimento dos universitarios nao deixa duvida de que as perspectivas profissionais sao de fato positivas e, muito provavelmente, deverao se concretizar.

A rigor, o quadro e mesmo promissor para a mao-de-obra de malor escolaridade. Considerando-se a previsao de forte expansao do mercado de seguros, de previdencia e de capitaliza^ao nos proximos anos, mais a virtual presen^a de novos resseguradores presentes no Pals a partir de 2008, fica fortalecida a tese de que as empresas do setor vao precisar de bons gestores.

E com este cenario que uma parte dos alunos do curso de gradua^ao da Escola Nacional de Seguros (Funenseg)

trabalha para, apos um dia de trabaIbo em seguradoras ou corretoras de segu ros, vislumbrar x/z/ZM futuro mais

o curso de Direito, mas um infortunio (vi'tima de assalto que o deixou parah'tico) encerrou os projetos de ascensao na area de seguranga piiblica. Na busca de uma nova ocupa^ao, ele, inicialmente, queria fazer o curso preparatorio de corretor de seguros da Funenseg. Mas ao saber da existencia do primeiro curso superior de Administra9ao, com especializa^ao no mercado de seguros, entusiasmou-se com a ideia. Resultado: foi aprovado e hoje esta convicto de que suas oportunidades profissionais sao mais efetivas. "Como os mercados de seguros e de resseguros estao em forte expansao e ha carencia de mao-de-obra qualificada, as chances de emprego apos o curso sao bem maiores", afirma ele, que esta no segundo pen'odo.

Socia de uma corretora de seguros, Luciane Pereira Seo esta convencida que, ao termino do curso de Administra9ao da Escola Nacional de Seguros, um novo leque de oportunidades aparecera. "Aprofundar o conhecimento viabilizado pelo curso e importante, porque posso aplicar OS ensinamentos na gestao da corretora, ocupar cargos em seguradoras ou resseguradoras, case queira dar uma guinada profissional. E ate mesmo a cria9ao de uma corretora de resseguros pode se tornar efetiva apos o curso", lembra ela.

A corretora de seguros Francisca Vidal da Costa e outra estudante do curso de Administra9ao. Ela esta no terceiro pen'o do e concorda que a melhora na gestao do negocio de distribui9ao de seguros devera ser uma conseqiiencia direta da

conclusao do curso de Administra9ao."Os conhecimentos gerados na faculdade tem emprego direto na rotina de uma correto ra, com efeitos nos custos e no aumento da eficiencia".

Os irmaos Anderson e Audiney Bolorini (na foto em primeiro piano), que trabalham no setor de seguros, estao .oertos de que estao garantindo um upgrade na carreira profissional com o curso."Por ora fa9o estagio de analista do DPVAT, na Fenaseg, mas, ao concluir o curso, acho que terei um emprego certo,ja que estarei mais bem qualificado, como exige o mercado", diz Ander son, lembrando que bastou iniciar o curso para ser convidado para o estagio."Eu tranquei o curso de Direito e me transferir para o curso de Administra9ao, porque estou convencido de que o mercado de seguros vai crescer e exigir profissionais cada vez mais qualificados", afirma Audiney. Outro corretor, Jose Antonio Fernandez de Sa, imagina que seu curso de Administra9ao encerra um gargalo na sua forma9ao pro fissional, melhora a gestao dos negocios e abre portas para captar clientes de maior m'vel.

C)Alunos da turma de gradua^ao: Sonhos de aplicar OS conhecimentos na rotina do trabalho em uma empresa do mercado

empregada em seguradoras ou corretoras. Hoje, ha tres turmas formadas, com cerca de 30 alunos, em media, informa o coordenador do curso de gradua9ao de Administra9ao da Funenseg, professor Carlos Eduardo Lugati. Ele reconhece que oferecer um curso de gradua9ao de Administra9ao, combinado com uma forma9ao especifica de seguros, previden cia e capitalizaqao, e um diferencial importante, ja que os futuros bachareis podem ocupar postos-chave em um setor da economia que dobrou de tamanho nos ultimos anos.

Em

Janeiro,a Escola promove mais um vestibularcom 50 vagas para curso ministrade na sede do Rio de Janeiro, O MECexamine sua extensde para e Estade de Sao Paulo

Professor de Matematica Atuarial do curso de Administra9ao, Gustavo Azevedo acredita que, sobretudo com a abertura do mercado de resseguros, a demanda por profissionais mais bem qua lificados tende a aumentar nos proximos anos. Isso amplia as chances de quem ainda busca lugar ao sol ou que tem pia nos de ascensao na carreira, tendo em vista que uma parte dos universitarios esta

O leque e amplo. Inclui cargos nas seguradoras, resseguradoras e corretoras de seguros. E mesmo postos em empresas que mantem profissio nais de gerenciamento de riscos, ou seja, aqueles encarregados de avaliar as apolices efetivamente necessarias para manter a saiide financeira na ocorrencia de infortunios. O diferencial do curso e habilitar um executivo, que, alem da formaqao tradicional de administra9ao, torna-se um conhecedor do negocio seguro, um gestor de m'vel mais elevado", lembra Carlos Eduardo Lugati.

Em janeiro de 2008, mais um vestibu lar sera promovido pela Escola. Serao oferecidas mais 50 vagas. Por ora, o curso so esta disponivel na sede da entidade de ensino, no Centro do Rio de Janeiro, mas ja estao sendo cumpridos os procedimentos para que tambem o Estado de Sao Paulo possa oferece-lo aos interessados. O pedido ja esta em exame no MEC. A

km Funenseg
Vagner Ricardo
X Vvy^
(IS
promissor.
Outubro - Novembro - Dezenibm 200?- Rtvlsta de Seguros

Um rico 2008.Poderiam ser meus votos para o mercado, mas e mais que isso, e a quase certeza do que deve acontecer: 2008 tem tudo para ser um dos anos mais positivos na historia da atividade seguradora brasileira.

Em primeiro lugar, o mercado de resseguros estara aberto e com suas regras de funcionamento valendo para quem quiser ou precisar dele. O desenho de resseguradoras locals, admitidas e eventuais estara consolidado e com a normatiza^ao das opera96es em pleno vigor. Como com certeza, alem do IRB, havera outras resseguradoras locals, e de se esperar uma concorrencia inedita na aceita^ao dos excedentes das seguradoras e na formula^ao de pia nos de resseguros para dar suporte as diferentes companhias de seguros, levando em conta uma individualiza9ao ate agora desconhecida do merca do nacional.

Este cenario deve afetar o relacionamento das seguradoras com os corretores de seguros. Na medida em que a sinistralidade das seguradoras sera ponto importante na precifica9ao dos resseguros cedidos, corretores com alta taxa de sinistros em suas carteiras terao dificuldades para colocar seus riscos. De outro lado, corretores com carteiras diversificadas e com baixa sinistralidade serao vistos como parceiros de longo prazo pelas seguradoras.

Mantendo o rumo do crescimento, os seguros populares, ou microsseguros, deverao efetivamente

A MANEIRAINTELIGENTE DE SOLUCIONAR CONFLITOS

estar nas prateleiras de varias seguradoras. Com desenho e pre9o especificamente pensados para atender as necessidades de cobertura das camadas mais pobres da popula9ao brasileira, eles representam a possibilidade do crescimento acelerado do mimero total de segurados garantidos pelas compa nhias de seguros em opera9ao no Pai's. Alem disso, representam tambem o desafio de se criar novas formas de distribui9ao de seguros, capazes de viabilizar sua coloca9ao massiva no mercado.

Mantendo 0rumo do crescimento, OS seguros populares,ou microsseguros, deverao efetivamente estar nas prateleiras de varias seguradoras

A Arbltragem e um processo pratico e rapido Para resoiver conflitos,utiiizado hoje pelas ^mpresas em todos os pai'ses de economia desenvoivida.

0Centre Brasileiro de Media^ao e Arbitragem CBMA coloca a disposi^ao da sua empresa os Pieios para solucionar de forma agil,economica ^ eficiente qualgu^t tipo de divergencia entre partes envolvidas.

No campo institucional, a transforma9ao da Fenaseg na nova Confedera9ao do setor devera estar completamente implementada durante o ano de 2008. Com o novo dese nho, a atividade tera uma abrangencia e urria capacidade de atua9ao tecnica-poh'tica que hoje nao possui.

Finalmente, encerrando as novidades, a entrada em fun cionamento da seguradora li'der do DPVAT tambem e um bom motivo de comemora9ao. Atraves dela, um seguro com importante fundo social passara a ter a transparencia indispensavel para ser corretamente compreendido pela sociedade. Como no todo e de se esperar que a economia nacional cres9a na casa dos 5%, 2008 tem tudo para ser um ano com crescimento acentuado dos premios dos seguros mais tradicionais do mercado, como auto, vida, saude e residenciais. Neste

OS pacotes empresariais e cenario retorno ao come9o, agora com meus votos para o mercado: Um rico 2008 para todos! A

Para sua tranquilidade,a sentenga arbitral e Pienamente reconhecida peio Judiciario e tem Validade plena para todos os fins de direito, conforme estabelece a Lei n°.9.307/96,sendo o Arbitro de livre escoiha das partes.

A FENASEG - Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza^ao,a ACRJ Associa^ao Comercial do Rio de Janeiro e a P|RJAN - Federa^ao das Industrias do Estado do de Janeiro sac asfundadoras do CBMA,que, rJ _ ^ 3 Col!ir*rlO ClP SP

Rio de Janeiro sac as tunoaaoras go c-divim,guc, desde 2003,vem facilitando a solu^ao de ampio ^spectro de conflitos para as suas afiliadas, ^bjetivo hoje expandido para diversas outras Associa96es que aderiram ao CBMA.

^odas as grandes empresas brasileiras e Pjultinacionais, bancos e seguradorasja

^deriram a Arbitragem pelas vantagens que ^gregam as suas atividades.

Ipclua em seus contratos a Clausula ^ompromissoria de Arbitragem para solu^ao divergencias e conflitos pelo CBMA.

Opiniao ANTONIO PENTEADO MENDONQA t42
ARBITRAGEM
Antonio Penteado Mendon^a Jornalisia e Especialista em seguros e previdenda ▲
Revlsta de Seguros - Outubro Novemro - Oezembro200? CB
CENTRO BRASILEIRO DE MEPIACAO E ARBITRAGEM
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