Informe Publicitário 6ª Conseguro Correio Braziliense

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CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, terça-feira, 22 de outubro de 2013 • 11

6ª Conferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada eVida, Saúde Suplementar e Capitalização INFORME PUBLICITÁRIO 22 de Outubro de 2013 Geyzon Lenin/Esp. CB/D.A Press

De olho no futuro

Mercado segurador (capitalização, previdência e vida, saúde suplementar e seguros gerais) deverá crescer 15% este ano. Especialistas traçam estratégias para se desenvolverem ainda mais: hoje, apenas 25% das pessoas usam o serviço para a área de saúde As últimas décadas foram marcadas, em todo o planeta, por mudanças significativas — e que deverão, certamente, repercutir no futuro próximo. Os países emergentes, entre eles o Brasil, passaram a ter mais força política e econômica.As tecnologias móveis e as redes sociais se consolidaram e deram poder de decisão ao consumidor. As alterações climáticas estão

provocando mais danos ao patrimônio e à saúde. Para especialistas, ações urgentes precisam ser tomadas para controlar as emissões de CO2. Diante de tantas mudanças, o mercado segurador no Brasil reúne (veja Agenda) empresas seguradoras, corretores, especialistas e representantes do poder público para encontrar soluções e traçar cenários para o setor.

Economia estável contribui Com expectativa de crescer 15% neste ano, o mercado segurador no Brasil arrecadou R$ 141,1 bilhões, no período de janeiro a junho de 2013. São 189 empresas nos diversos segmentos (capitalização, previdência e vida, saúde suplementar e seguros gerais) e 60 mil corretores em todo o país. No total, as reservas do setor somam mais de R$ 500 bilhões. Mas, apesar do crescimento superior a 15% ao ano e de contribuir com 5,7% do Produto Interno Bruto brasileiro, o mercado ainda tem baixa penetração no país. Apenas 25% das pessoas têm seguro ou plano de saúde no Brasil; 15% têm seguro dental; 15% possuem plano de previdência privada; e apenas 10% das casas estão protegidas. Esses percentuais colocam o país na 15ª posição em consumo de seguros no mundo. No Brasil, o mercado de seguros começou a mudar significativamente na década de 1990, quando a redução e o controle da inflação ajudaram a impulsionar esse crescimento. Com a inflação em baixa, os seguros de longo prazo puderam ser mantidos pelas famílias. A economia mais estável contribuiu ainda para o aumento no número de pessoas que puderam comprar seguros.“Pelo menos 40 milhões a mais de pessoas passaram a ter o que proteger”, explica o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Marco Antônio Rossi. Com o público consumidor das classes C e D crescente, as seguradoras tiveram que ser mais criativas.A ideia de que o seguro era apenas para ricos já não se adequava a uma massa de famílias de classe média que passou a demandar o serviço. Com isso, a comunicação com os clientes também precisou ser simplificada. No geral, o perfil do consumidor de seguros, no entanto, ainda está atrelado às classes altas.“Trata-se de

E em 2025? Em sua sexta edição, a Conferência Brasileira de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização, a Conseguro vai reunir agentes do setor, representantes dos Três Poderes, economistas, sociólogos e pesquisadores para debater o tema “O mercado segurador em 2025”. A conferência acontece hoje e amanhã,no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. O encontro acontece a cada dois anos e pretende debater a atividade e as perspectivas do setor frente a cenários de mudanças em relação a temas como clima, economia, tecnologia, canais de comunicação, mobilidade social e as expectativas dos consumidores.

um consumidor na faixa dos 40 anos de idade, que já tem um patrimônio formado e precisa de muita proteção, pois não pode correr o risco de deixar a família desprotegida”, afirma o presidente da CNSeg. Mas o que ainda pode mudar no perfil desse consumidor nas próximas décadas? “Ele estará mais exigente, e a facilidade de ter acesso a informações, por meio de novas tecnologias, fará com que esse consumidor pesquise e compare preços antes de adquirir um seguro.

Marco Antônio Rossi, da CNSeg: mais de 40 milhões de brasileiros passaram a ter o que proteger Ele fará isso, muitas vezes, pela internet”, explica Rossi. As novas tecnologias podem fazer com que os corretores de seguros percam seu espaço? Para Rossi, o corretor não vai deixar de existir, mas precisará ser mais sofisticado na sua abordagem, adaptando-se aos meios digitais para realizar suas vendas. Para Marco Antônio Rossi, o propósito da Conferência é mostrar o trabalho das empresas do setor de seguros para quem dita as normas.“A existência de regras claras, previsíveis e longevas é um ponto importante desta discussão”, afirma. Ainda no âmbito da regulamentação, o mercado segurador, segundo Rossi, tem buscado com o poder público, regras menos rígidas para a aplicação das suas reservas, hoje somadas em mais de R$ 500 bilhões. “Esse dinheiro poderia ser aplicado, por exemplo, no desenvolvimento de obras, assim como acontece em outros países.”

AGENDA Marco Antônio Rossi, presidente da CNSeg, é um dos debatedores do painel Megatendências da indústria de seguros no mundo, que acontece em 22 de outubro, às 16h45. O painel terá como palestrante JamieYoder, da Prince WaterhouseCoopers – PwC.

O seguro no Brasil 189 empresas seguradoras 60 mil corretores

expectativa de crescimento de 15% neste ano 5,7% do Produto Interno Bruto 15ª posição no mercado de seguros no mundo mais de R$ 500 bilhões em reservas

Arquivo Pessoal

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Mais cobrança

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Para o sociólogo Bolívar Lamounier, novas tecnologias permitem que cidadãos cobrem do governo e do setor privado

Para o sociólogo Bolívar Lamounier,as novas tecnologias digitais permitirão que mais pessoas se envolvam no debate político e cobrem mais como consumidores. Ele é um dos debatedores do painel Pensar o Brasil de forma estratégica, traçando cenários futuros nos campos jurídico, econômico e social — conferência de abertura da 6ª Conseguro. Para discutir temas cruciais para o mercado de seguros, a CNSeg vai colocar na mesa de debates o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso; o economista, fundador da Gávea Investimentos, Armínio Fraga;e o sociólogo Bolívar Lamounier.Lamounier é bacharel em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais e Ph.D. em Ciência Política pela Universidade da Califórnia, Los Angeles. Atualmente é membro do Comitê Assessor Acadêmico do Clube de Madri, entidade integrada por ex-chefes de Estado, criada em outubro de 2002, com o objetivo de promover internacionalmente a democracia. Existe influência da atual movimentação política para o cenário futuro no país? A população continuará mais participante da vida política ou o cenário atual é passageiro? Bolívar Lamounier — A movimentação ocorri-

da no mês de junho foi uma coisa muito rara, se pensarmos em termos de sua dimensão e intensidade. Mas eu acredito que ela deixa um rastro importante, para o bem e para o mal.Voltar à situação anterior, que era de muita apatia, acho que o país não voltará. As novas tecnologias e redes sociais podem sustentar a longo prazo este movimento de participação dos grupos,tanto na vida política quanto no seu papel de consumidor? Bolívar Lamounier — Eu penso que sim, embora até o momento haja mais especulação que fatos concretos sobre isso. Mas há um aspecto indiscutível: as novas tecnologias estão reduzindo drasticamente os “custos” individuais da participação. Antes delas,toda participação envolvia riscos elevados, medidos em tempo gasto, em risco pessoal etc.Pessoas muito tímidas não participavam de reunião nenhuma,nem de condomínio.Pelas redes sociais, dificuldades desse tipo deixam de existir, começa a haver um aprendizado. Em médio prazo, portanto, eu creio que a participação na política e noutras atividades que envolvam convívio e discussão deva aumentar. O ganho de poder dos consumidores, com as tecnologias da informação, pode representar

também uma mudança de postura no seu papel de cidadão e na política? Ele será exigente em outros campos como passou a ser ao comprar algo? Bolívar Lamounier — Quanto a isso, não há dúvida. As novas tecnologias aumentam não só o volume de informações em circulação mas também a velocidade com que elas circulam. Fica muito mais fácil comparar os preços e a qualidade dos bens e serviços.Isso vale para o setor privado e para o governo. Os cidadãos vão cobrar mais de ambos. Seguindo esse raciocínio, que perspectiva temos para esse cidadão quando o assunto é preservação ambiental? Na sua opinião, o cidadão ativo nas redes sociais também coloca em prática isso quando o assunto é preservação e sustentabilidade? Bolívar Lamounier — A questão ambiental sensibiliza todo mundo, mas numa intensidade relativamente baixa. O cidadão dá mais atenção e se envolve mais no que o incomoda mais de perto, sobretudo no que o incomoda no bolso.Assim, a participação em questões ambientais caminha mais devagar e requer uma aprendizagem mais longa.


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