ECONOMIA BRASILEIRA
ECONOMIA BRASILEIRA Análise Conjuntural A economia brasileira vem sendo afetada por diversos vetores que apontam, em grande parte dos casos, em sentidos opostos e, por isso, a determinação de cenários depois de um primeiro semestre um pouco melhor que o esperado tem sido desafiador, ainda mais considerando o contexto de eleições presidenciais que viveremos em 2022. Além disso, como debatemos neste espaço no mês passado e em nossas análises semanais1, os impactos excepcionais provocados pela pandemia nas variáveis econômicas têm dificultado os exercícios estatísticos de dessazonalização e, por isso, muitas séries têm tido revisões significativas a cada divulgação, a exemplo do que ocorreu recentemente com o IBC-Br, indicador de atividade mensal do Banco Central.
Um vetor positivo é a maior oferta de imunizantes, que vem acelerando a vacinação contra a Covid-19 e, ainda que permaneça baixa a fatia da população completamente imunizada com duas doses (ou com dose única, no caso da vacina da Janssen), o número de mortes vem apresentando queda consistente. Assim, restrições às atividades econômicas vêm sendo abrandadas ou totalmente eliminadas, alimentando otimismo dos empresários e permitindo uma recuperação – apesar de lenta e de qualidade contestável – do mercado de trabalho. Por isso, os indicadores de confiança na economia brasileira continuam a se recuperar, ainda que a confiança dos empresários, de maneira geral, permaneça em níveis superiores à dos consumidores.
NÍVEIS DE CONFIANÇA DA ECONOMIA BRASILEIRA – FGV (JAN/20 = 100)
Fonte: FGV 1 Acompanhamento das Expectativas Econômicas, disponíveis em https://cnseg.org.br/analises-e-estatisticas/acompanha-
mento-das-expectativas-economicas-aee-8A8AA8A37A39FA6A017AC49414B164B8.html
SUMÁRIO
4
CONJUNTURA CNseg | ANO 4 | NO 51 | AGOSTO/2021